Sindemia Global

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Sindemia Global

Relatório global Comissão The Lancet/2019


Como definir boas
práticas do jornalismo
de alimentação neste
contexto?
O que é sindemia global?
Mudanças climáticas estão na iminência de
entrar em um caminho sem volta, e as
pandemias de obesidade e de desnutrição
ameaçam a segurança alimentar da maior
parte da população mundial. Combinadas, as
complexas interações dessas crises geram Uma sindemia é
uma Sindemia Global, o que nos impõe a uma sinergia de
necessidade urgente de reformulação de pandemias que
nossos sistemas de alimentação, agropecuária, coexistem no tempo
transporte, desenho urbano e uso do solo. e no espaço,
interagem entre si e
compartilham
fatores sociais
Teresa Liporace fundamentais
Coordenadora executiva do
Idec comuns.
Fome no Brasil
A fome sempre foi um problema grave no Brasil, mas com a Covid-19, a
situação piorou muito. Antes da pandemia, havia 57 milhões de pessoas
vivendo em insegurança alimentar no país, sem acesso pleno e
permanente a alimentos; em abril de 2021, 116,8 milhões de pessoas
passaram a viver em insegurança alimentar, sendo que 43,3 milhões não
tem acesso aos alimentos em quantidade suficiente (insegurança
alimentar moderada) e 19 milhões passam fome (insegurança alimentar
grave), segundo pesquisa da Rede PENSSAN – Rede Brasileira de
Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

ONG Banco de Alimentos


Emissão de gases no Brasil
O Brasil emitiu 9,6% a mais de gases de efeito estufa (GEE) em 2019, em
comparação à 2018. A constatação é do 8º relatório do
Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estu
fa
(SEEG), realizado pelo Observatório do Clima e publicado em
novembro. O país lançou na atmosfera 2,18 bilhões de toneladas de
dióxido de carbono equivalente (GtCO2e), contra 1,98 bilhão em 2018.
As principais fontes de emissão são as mudanças de uso da terra (44%),
a agropecuária (28%), o setor de energia (19%), processos industriais
(5%) e resíduos (4%). O SEEG estima que as emissões subirão entre 10%
e 20% em 2020, devido ao crescente do desmatamento na Amazônia.

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/11/emissoes-de-gases-estuf
a-aumenta-no-brasil-atividades-rurais-lideram
Uso da terra

Uma floresta primária ou secundária derrubada para dar lugar


à pecuária (85%) ou à agricultura propicia a liberação de CO2,
assim como uma pastagem convertida para cultivo agrícola. Já
a queima de resíduos florestais lança metano (CH4) e óxido
nitroso (N2O). As emissões aconteceram em grande parte pela
supressão da vegetação nativa na Amazônia (841 MtCO2e em
2019), seguida pelo Cerrado (55,5), Mata Atlântica (46,6),
Pampa (8), Pantanal (7,8) e Caatinga (5,7).
Uso da terra

As emissões diretas da agropecuária representam 28% do


total brasileiro em 2019. Com alta de 1,1% em relação a 2018,
as 598,7 MtCO2e lançadas pelo setor foram puxadas,
sobretudo, pela expansão do rebanho bovino, do uso de
fertilizantes sintéticos e da aplicação de calcário. Há uma
década, o Mato Grosso lidera em emissões, principalmente
oriundas da pecuária extensiva e da produção de grãos. Goiás
é o segundo maior emissor, pelo rebanho bovino, e Minas
Gerais o terceiro, pelo gado leiteiro.
https://alimentandopoliticas.org.br/wp-content/uploads/2019/08/idec-the_lancet-sumario_executivo-baixa.pdf
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6913219/
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/07/09/criancas-que-comem-ultraproc
essados-tem-maior-risco-de-serem-adultos-obesos.htm
A Narrativa Sindêmica Global
A má nutrição em todas as suas formas, incluindo a desnutrição,
a obesidade e outros riscos alimentares para doenças crônicas
não transmissíveis (DCNTs), é, de longe, a principal causa (19%)
de doenças e mortes prematuras no mundo todo. Num futuro
próximo, os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde
agravarão significativamente esse alto ônus para a saúde.
Vemos as mudanças climáticas como uma pandemia
(epidemia global) por causa de seu rápido crescimento
e extensos danos à saúde do planeta.
A Narrativa Sindêmica Global
Por exemplo, os sistemas alimentares não apenas impulsionam as
pandemias de obesidade e desnutrição, mas também geram de 25-
30% das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) - a produção de
gado é responsável por mais da metade dessas emissões. Sistemas
de transporte dominados por carros apoiam estilos de vida
sedentários e geram entre 14-25% dos GEEs. Subjacentes a tudo
isso estão os fracos sistemas de governança política, a busca
econômica incontestável pelo crescimento do PIB e as estratégias
comerciais poderosas que estimulam o consumo excessivo.
Reduzir consumo de carne
Mudar sistemas de transporte
Guias Alimentares Sustentáveis
Redução de influências comerciais
Legislação do direito ao bem-estar
Sistemas alimentares

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