Hidráulica e Hidrologia Aplicada 2021
Hidráulica e Hidrologia Aplicada 2021
Hidráulica e Hidrologia Aplicada 2021
ENGENHARIA CIVIL
HIDRÁULICA E
HIDROLOGIA
APLICADA - 2021
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
ESCOAMENTOS EM CONDUTOS LIVRES
A despeito das semelhanças entre estas duas
espécies de condutos, os problemas apresen-
tados pelos canais são mais difíceis de serem
resolvidos, uma vez que a superfície livre
pode variar no espaço e no tempo e, como
consequência, a profundidade do escoa-
mento,
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
ESCOAMENTOS EM CONDUTOS LIVRES
a vazão, a declividade do fundo e a do
espelho líquido são grandezas interdepen-
dentes. Desta forma, dados experimentais
sobre os condutos livres são, usualmente, de
difícil apropriação. De modo geral,
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
ESCOAMENTOS EM CONDUTOS LIVRES
a seção transversal do conduto forçado é
circular, enquanto nos condutos livres pode
assumir qualquer outra forma. No conduto
forçado a rugosidade da parede interna tem
menor variabilidade do que no conduto livre,
cujas paredes podem ser lisas ou irregulares,
como a dos canais naturais.
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
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APLICADA
OCORRÊNCIA EM CONDUTOS LIVRES
CANAIS NATURAIS: Rios, Estuários
CANAIS ARTIFICIAIS:
Condutos Fechados: Circulares, Retangula-
res, Ovais e Ferradura.
Fonte: hhtp://www.srh.ce.gov.br/canal-de-integracao
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Tratamento de Água e Esgoto.
A Calha Parshall é um dispositivo tradicional-
mente usado para medição de vazão em ca-
nais abertos de líquidos fluindo por gravidade,
muito utilizado nas estações de tratamento de
água para a realização de duas importantes
funções: medir com relativa facilidade e de
forma contínua as vazões
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Tratamento de Água e Esgoto.
de entrada e saída de água e atuar como
misturador rápido, facilitando a dispersão dos
coagulantes na água, durante o processo de
coagulação devido a condição de que o res-
salto hidráulico produz uma dissipação de
energia bastante significativa aliada ao fato
de que o estreitamento da garganta do
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Tratamento de Água e Esgoto.
Parshall favorece a uma distribuição mais
homogênea do coagulante. Quando aplicada
na estação de tratamento de esgoto, uma
calha "Parshall" têm a finalidade de medir a
vazão de entrada do esgoto bruto e outra tem
a finalidade de medir a vazão de saída do
esgoto tratado a fim de detectar eventuais
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
https://pt.wikibooks.org/wiki/Mec
%C3%A2nica_dos_fluidos/Medidores_em_canais_abertos
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia.
Quando ouvimos falar em obras de prevenção
de enchentes em Belo Horizonte, logo vem o
palavrão PISCINÃO. Na verdade o termo
técnico é RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO.
Sua função é retirar, por algum tempo, a
quantidade de água do sistema de drenagem,
durante a ocorrência das chuvas intensas.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia.
Os reservatórios de detenção podem ter um
caráter multifuncional agregando áreas ver-
des e de lazer e, compondo projetos urbanís-
ticos com valorização da presença de água
em espaço urbano.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia
Várias são as vantagens da construção deste
tipo de obra hidráulica, tais como:
Depois de construídos, pouca interferência no
tráfego de veículos e no funcionamento de
atividades de comércio e serviços;
facilitam a limpeza e diminuem seu custo,
pois os sedimentos e o lixo carreados pelas
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia
concentrados em um único ponto;
Reduzem os custos de canalizações a jusante,
pois armazenam grandes volumes de água
pluvial.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia
Têm-se dois tipos de reservatórios.
O reservatório fechado que é empregado
em zonas urbanas altamente povoadas, onde
não existem áreas para implantação de reser-
vatório a céu aberto.
A cobertura destes reservatórios, normal-
mente possibilita a utilização do espaço para
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Fonte: http://www.solucoesparacidades.com.br/
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia.
Reservatórios a céu aberto armazenam
água apenas durante eventos de chuva e
podem ser construídos com fundo impermea-
bilizado, quando há risco de contaminação de
águas subterrâneas pelas cargas elevadas de
poluentes.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Controle de cheia.
A impermeabilização em concreto pode de-
sempenhar outros tipos de funções, como a
implantação de quadras de esportes e áreas
de lazer.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Fonte: http://www.solucoesparacidades.com.br
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Geração de energia.
Uma barragem, açude ou represa, é uma
barreira artificial, feita em cursos de água
para a retenção de grandes quantidades de
água. A sua utilização é, sobretudo para
abastecer de água zonas residenciais, agrí-
colas, industriais, produção de energia elétri-
ca, ou regularização de uma vazão.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Geração de energia.
Já o vertedouro, vertedor, sangrador ou san-
gradouro é uma estrutura hidráulica que pode
ser utilizada para diferentes finalidades, como
medição de vazão e controle de vazão, sendo
estes os principais usos.
Quando o objetivo é a medição de vazão, uma
geometria bastante empregada é a
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Geração de energia.
triangular de parede delgada, embora possam
ser empregadas as formas retangular, semi-
circular, entre outras.
Em barragens, o excesso de água deve ser
descarregado para jusante de forma segura.
Isto pode ser feito de diferentes formas, sem-
do a principal delas com o uso de vertedores.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Fonte: https://www.itaipu.gov.br/energia/caracteristicas-
tecnicas-do-vertedouro
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação.
A utilização dos rios como via de transporte/
navegação sempre foi presente na história da
humanidade. Em países desenvolvidos, onde
a rede de transporte terrestre é extrema-
mente desenvolvida, as hidrovias ainda assim
são de fundamental importância.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação.
Uma característica positiva desse meio de
transporte é o baixo custo, por essa razão o
transporte ferroviário não substituiu o hidro-
viário, com exceção dos lugares impróprios
para a implantação de hidrovias. Como exem-
plo de canal de navegação cita-se o Canal
Pereira Barreto,
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação
situado próximo à cidade brasileira de Pereira
Barreto, no Estado de São Paulo, é conside-
rado o maior canal artificial da América do
Sul. Trata-se de um canal navegável, com
9.600 m de extensão que interliga o lago da
barragem da Usina Hidrelétrica de Três Ir-
mãos, no rio Tietê,
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação.
ao rio São José dos Dourados, afluente da
margem esquerda do rio Paraná e ao reser-
vatório de Ilha Solteira, propiciando a opera-
ção de geração de energia integrada.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Fonte:
https://www.facebook.com/SegundoMaiorCanalArtificialDoMund
oPereiraBarretoSp/photo
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação.
Os trechos hidroviários mais importantes, do
ponto de vista econômico, encontram-se no
Sudeste e no Sul do País. O pleno aproveita-
mento de outras vias navegáveis depende da
construção de eclusas, grandes obras de
dragagem e, principalmente, de portos que
possibilitem a integração intermodal.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação
Entre as principais hidrovias brasileiras, des-
tacam-se duas: Hidrovia Tietê-Paraná e a Hi-
drovia do Solimões-Amazonas. As eclusas são
câmaras que ao serem cheias, com água,
elevam as embarcações e as abaixam ao
serem esvaziadas.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Navegação.
Neste processo a eclusa usa exclusivamente a
força da gravidade para o seu funcionamento.
Com a construção das eclusas de Barra Boni-
ta, o Rio Tietê tornou-se navegável desde a
região de Conchas até a sua foz no rio Para-
ná, sendo utilizado para o turismo e trans-
porte de cargas, como milho, soja, cana de
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Casos Gerais dos Escoamentos Livres
- Escoamentos Não Permanentes (Transitó-
rios) = Caso Geral.
- Escoamentos Permanentes = Caso Particular
- Escoamentos Não Permanentes (Transitó-
rios):
- Escoamentos Uniforme Variado: Gradual-
mente Variado e/ou Bruscamente Variado.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
- Escoamentos Permanentes Uniforme Varia-
do: Gradualmente Variado e/ou Bruscamente
Variado.
- Escoamento Permanente: Q = c te
- Escoamento Permanente e Uniforme:
Q = cte
V média = cte
y = cte ; (tirante de água) altura d’água.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
- Escoamento Permanente e Variado:
Q = cte
A ≠ cte
V média ≠ cte
- Escoamento Permanente Gradualmente Va-
riado: Moderado Gradiente de Velocidades.
- Escoamento Permanente Bruscamente Va-
riado: Acentuado Gradiente de Velocidades
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
- Escoamento Não Permanente:
Q = cte
- Profundidade em uma dada seção varia ao
longo do tempo.
Ex.: Enchimento e esvaziamento de eclusas,
golpe de aríete, ondas do mar.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento livre.
O escoamento ou regime é permanente se a
velocidade local em um ponto qualquer da
corrente permanecer inalterado no tempo, em
módulo e direção. Por conseguinte, a profun-
didade, a área molhada, o perímetro molhado
tem valor constante ao longo do canal,
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento livre.
bem como a vazão é constante. Apesar da
diferença entre dois tipos de escoamento, os
princípios básicos que regem os escoamentos
livres são essencialmente os mesmos daque-
les que regem os escamentos forçados.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento livre.
As equações fundamentais são as mesmas:
• Equação da continuidade;
• Equação da continuidade de movimento;
• Equação de energia Para que ocorra o es-
coamento uniforme nos condutos livres, a
profundidade da água,
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento livre.
a área molhada da seção transversal e a
velocidade são constantes ao longo do condu-
to. Nestas condições a linha energética total,
a superfície do líquido e o fundo do canal
possuem a mesma declividade, ou seja, J = I.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento livre.
Esta condição de escoamento pressupõe que
o líquido não sofra nenhuma aceleração ou
desaceleração, ou seja, a velocidade é a
mesma em todas as seções, correspondendo
a uma situação de equilíbrio das forças
atuantes no volume de controle.
60
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento livre.
A profundidade associada ao escoamento,
constante em todas as seções, é denominada
profundidade normal, sendo designada por
yn. Pode-se visualizar a situação através da
Figura a seguir.
61
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
62
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Conforme pode ser visto na Figura a seguir,
as forças atuantes no volume de controle
entre as seções 1 e 2 são:
• Peso W;
• Forças devidas as pressões em 1 e 2: F1 e
F2;
• Força resistente ao escoamento, decorrente
ao atrito: Ff.
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HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Perímetro molhado
Pm = b + 2xy √1+ m
Pm = 4 + 2x2 √1 + 4
Pm = 12,8 m
Raio hidráulico
Rh = Am / Pm
Rh= 24,0 / 12,8 .‘. Rh = 1,17 m
85
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Superfície molhada
Sm = b + 2 x m x y
Sm = 4m + 2 x 4 x 2m
Sm = 20 m
Profundidade hidráulica
y h = Am/Sm
y h = 24 / 20
y h = 1,2 m
86
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Distribuição de velocidade nos canais.
Em uma seção transversal ao escoamento, a
velocidade varia com a posição, devido a pre-
sença das forças cisalhantes que geram atrito
contra o fundo e nas paredes laterais do ca-
nal. Diz-se que a velocidade do escoamento é
função da posição.
87
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Distribuição de velocidade nos canais.
Vazão
Q = v x Am
Q = 2,2 x 7,2
Q = 15,84 m³/s
98
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 004
Variação de pressão na seção transversal Nos
condutos livres, as diferenças de pressão
entre a superfície livre do líquido e o fundo do
conduto não podem ser desprezadas, sendo
linear e hidrostática. A pressão no fundo do
conduto pode ser estimada a partir da
seguinte expressão:
99
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 002
Sendo θ o ângulo que define a declividade do
fundo do canal e y a profundidade da lâmina
líquida medida perpendicularmente ao fundo
do canal, conforme ilustrado na Figura 2.5.
100
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 002
Dimensões características da seção longitu-
dinal de um canal.
101
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 003
Durante uma cheia, um vertedor de altura
igual a 10m e largura 7m, descarrega uma
vazão de 42.000 l/s. Os raios de curvatura do
vertedor nos pontos A e C são respec-
tivamente, 1,2m e 4m. A calha (ponto B) tem
uma inclinação de 85%. Sabendo-se que no
ponto A à lâmina d’água atinge 1,6m de
altura e nos pontos B e C as velocidades de
escoamento são 9m/s e 13m/s, respecti-
vamente, pede-se calcular a pressão hidros-
tática nestes três pontos.
Q = 42m³/s AmA = 11,2m² VB = 9 m/s
VC = 13 m/s rA, C = 1,2m
102
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 003
VA = 42/(7 x 1,6)
VA = 42/11,2
VA = 3,75 m/s
104
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 003
Logo a pressão resultante será:
d= 9,81 x 1000
Sendo
Q: vazão, em m³/s;
A: área, em m²;
Rh: raio hidráulico em m;
I: declividade, em m/m;
116
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Resistência ao Escoamento.
A chamada fórmula de Manning é bastante
utilizada para cálculos hidráulicos relativos a
canais naturais e artificiais. A grande dificul-
dade na sua utilização reside na determinação
ou fixação do coeficiente de rugosidade Man-
ning. De fato, a adoção de um coeficiente
adequado pode ser um tanto subjetiva,
117
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Resistência ao Escoamento.
envolvendo vivência prática e traquejo do
engenheiro hidráulico. Ainda neste capítulo
serão descritos processos para a fixação des-
te coeficiente. O cálculo do dimensionamento
uniforme implica na aplicação da equação
correspondente à Fórmula de Manning de
escoamento.
118
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Resistência ao Escoamento.
Nesta expressão podem-se distinguir as
deferentes variáveis segundo sua natureza:
Variáveis geométricas: a área da seção
transversal e o raio hidráulico, que são
funções da profundidade de escoamento.
Variáveis hidráulicas: a vazão, a rugosi-
dade e a declividade.
119
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 004
Resistência ao Escoamento.
Um canal trapezoidal revestido com grama,
com inclinação dos taludes de 0,5H:1V base
de 6,00 m e declividade de 0,02 %, apresenta
um coeficiente de rugosidade de Manning de
0,025. Determinar a vazão transportada, em
regime uniforme, sabendo-se que nesta
situação a profundidade normal é 5,00m.
120
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 004
Resolução: Determinar os parâmetros hidráu-
licos.
Área molhada
Am = (b+my)y
Am=(6,0+0,5x 5,0)x 5,0
Am= 42,5m²
121
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 004
Perímetro molhado 2 2
Pm = b+2xyx√ 1+m²
Pm = 6,0+2×5,0× √1+0,5²
Pm = 17,18m
122
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 004
Raio hidráulico
Rh = Am/Pm
Rh = 42,5
17,18
Rh = 2,47m
123
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 004
Q = 93,33m/s
124
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
O Coeficiente de Rugosidade de Manning.
No cálculo do escoamento uniforme uma
grande dificuldade que se apresenta diz
respeito à avaliação dos fatores de atrito, que
traduzem a perda de carga. Assim, na utiliza-
ção da fórmula de Manning, o maior problema
a resolver consiste na determinação do coefi-
ciente de rugosidade “n”.
125
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
O Coeficiente de Rugosidade de Manning.
Para efetuar-se a estimativa do coeficiente de
rugosidade através deste processo, encontra-
se na literatura um grande número de tabe-
las, obtidas a partir de ensaios e medições de
campo.
126
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
O Coeficiente de Rugosidade de Manning.
Devem ser destacados os elementos apresen-
tados na obra Open Channel Hydraulics, de
Ven Te Chow (1959), onde consta uma
extensa lista de coeficientes. A seguir são
apresentados alguns valores de coeficiente
de rugosidade.
127
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Quadro 2.2: Coeficientes de rugosidade para
canais artificiais.
128
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Coeficiente de rugosidade para seções
simples - rugosidade variável.
Em canais e cursos d'água com seções
simples que apresentam situações em que a
rugosidade varia ao longo do perímetro do
canal e conforme o nível de água atingido na
seção. A velocidade média, entretanto, pode
ser ainda calculada levando-se em conta a
seção com um todo,
129
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Coeficiente de rugosidade para seções
simples - rugosidade variável.
sem a necessidade de efetuar uma subdivisão
desta. Nestes casos torna-se necessária a
utilização de uma sistemática de ponderação
da rugosidade, permitindo levar em conta as
diferenças existentes e chegar a um coefi-
ciente global. Segundo Chow (1959), pode-se
adotar a seguinte ponderação:
130
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Coeficiente de rugosidade para seções
simples - rugosidade variável.
Segundo Chow (1959), pode-se adotar a
seguinte ponderação:
N = 0,026
134
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 005
Determinação da vazão máxima transportada
levando com consideração todas as caracte-
rísticas do canal.
Am = b x y
Am = 1,8 x 1,6
Am = 2,88 m²
Pm = b + 2y
Pm = 1,8 + 2 x 1,6
Pm = 5,0 m
135
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 005
Rh = Am/Pm
Rh = 2,88 / 5,0
Rh = 0,58 m
136
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento uniforme.
Para que ocorra o escoamento uniforme nos
condutos livres, a profundidade da água, a
área molhada da seção transversal e a veloci-
dade são constantes ao longo do conduto,
conforme é mostrado na Figura a seguir no
trecho CD do canal.
137
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Escoamento uniforme.
A profundidade associada ao escamento cons-
tante é denominada de profundidade normal
(yo).
138
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Figura: Tipos de escoamento que ocorrem em
condutos livres.
139
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Como observado na Figura anterior às um-
danças de regime de escoamento pode ocor-
rer com:
• Mudança de declividade,
• Variação na seção transversal,
• Eventuais obstáculos no escoamento.
No trecho AC o regime de escoamento é
variado (acelerado) onde a altura de lâmina
140
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Já no trecho BC ocorre uma aceleração devido
a componente gravitacional ser maior que a
resistência ao escoamento. O aumento de
velocidade é acompanhado de aumento da
resistência ao escoamento até tornar-se igual
no ponto C.
141
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Para o trecho CD observa-se que o escoa-
mento tornou-se estabelecido e uniforme, ou
seja, y torna-se constante, assim como a
velocidade de escoamento.
142
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
No trecho DE o escoamento é variado brusca-
mente, pois sofre desaceleração rápida devida
à diminuição da declividade entre D e E.
Depois ocorre a formação de remanso para
atravessar o obstáculo.
143
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Indicadores Adimensionais.
O escoamento em condutos livres pode,
também, ser caracterizado pelo Número de
Reynolds, Rey = 4 v Rh/υ, que traduz a ação
de forças de viscosidade mas é melhor
representado pelo Número de Froude,
Fr = v /√⋅g.y, que incorpora a ação da gra-
vidade.
144
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Energia Específica ou Carga Específica
A energia correspondente a uma seção
transversal de um canal que é dada pela
soma de três cargas: cinética, potencial e
piezométrica conforme demonstrado na
Figura 3.2.
145
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
H1 = H2 + ∆E
146
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Resolução:
Q = V x Am ⋅ ∴ 350 = (0,80 x 50,0) x V
v = 8,75m/s
184
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA - Exercício 006
Número de Froude
Fr1 = 8,75 / √9,81 x 0,80
Fr1 = 3,12
2,5 < Fr1 < 4,5 Ressalto oscilante
185
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
FORONOMIA
É um ramo de hidrodinâmica cujo estudo se
concentra no fluxo de líquido a partir de
aberturas chamadas bocas ou luzes. Um
exemplo de "luz" na hidráulica pode ser a
abertura lateral de um reservatório de líquido.
O objetivo principal da anomalia é a esti-
mativa da quantidade disposta
186
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
FORONOMIA
a jusante da luz, cujo valor é menor que o
caudal na ausência de dissipação fluídica-
dinâmica devido à inevitável perda de carga
que ocorre perto da luz.
187
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
VERTEDOR
É uma passagem feita no alto de uma parede
por onde a água escoa livremente (apresen-
tando, portanto, a superfície sujeita à pressão
atmosférica).
São utilizados na medição de vazão de
pequenos cursos d’água, canais, nascentes,
ou seja, vazões menores a 0,3m³/s.
188
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Figura: Partes constituintes de um vertedor.
189
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Principais usos dos vertedores
• Medição de vazão;
• Extravasores de Barragens;
• Tomada d´água em canais;
• Elevação de nível nos canais;
• Decantadores e estação de tratamento de
água;
• Escoamentos em galerias;
190
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Classificação
Quanto à espessura da parede (e):
Figura: Espessura da parede do vertedor.
191
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
• Parede delgada ou soleira fina:
A espessura (e) não é suficiente para que
sobre ela se estabeleça o paralelismo das
linhas de corrente (e < 2/3 y).
• Parede espessa ou soleira espessa:
A espessura é suficiente para que sobre ela se
estabeleça o paralelismo das linhas de
corrente (e ≥ 2/3 y).
192
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Quanto à largura relativa da soleira (L):
Figura: Vertedor sem contração lateral.
193
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Figura: Vertedor com uma contração lateral.
194
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
Figura: Vertedor com duas contrações.
195
HIDRÁULICA E HIDROLOGIA
APLICADA
• Vertedor retangular de parede delgada
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Os filetes inferiores se elevam para atravessar
a crista do vertedor. A superfície livre da água
e os filetes próximos são rebaixados, ocor-
rendo o estreitamento da veia fluida. Fazendo
h1 = H e h 2 = 0 temos fórmula de Du Buat.
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• Vertedor retangular de parede espessa
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• Vertedor retangular de parede espessa
Soleira deve ter espessura suficiente para que
ocorra paralelismo dos filetes de fluido.
• e > H/2 .
• Caso H/2 < e < 2H/3, veia instável,
podendo ou não aderir à crista.
• Caso e < H/2 utilizar equações para
vertedor de parede delgada.
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• Caso e > 2H/3 Usar fórmula de Basin
(1889):
mas m=xm e X = 0,70 0,185 + H/e sendo
Onde
Q: vazão de engolimento (m³/s);
y: altura de água próxima à abertura na guia
(m);
L: comprimento da soleira (m).
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onde,
L: comprimento da abertura (m);
h: altura da guia (m);
y1: carga da abertura da guia (m);
(y1 = y - h/2).
Para cargas de uma a duas vezes a altura da
abertura da guia ( 1 < y1/h < 2 ), a opção
por um ou outro critério deve ser definida
pelo projetista.
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As bocas-de-lobo com grelha funcionam como
um vertedor de soleira livre para profun-
didade de lâmina de até 12 cm.
Se um dos lados da grelha for adjacente à
guia, este lado deverá ser excluído do
perímetro L da mesma.
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A vazão é calculada pela vazão do engoli-
mento, substituindo-se L por P, onde P é o
perímetro do orifício em m. Para profun-
didades de lâmina maiores que 42 cm, a
vazão é calculada por:
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A: área da grade, excluídas as áreas
ocupadas pelas barras (m²);
y: altura de água na sarjeta sobre a grelha
(m).
Na faixa de transição entre 12 e 42 cm, a
carga a ser adotada é definida segundo
julgamento do projetista.
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A capacidade teórica de esgotamento das
bocas-de-lobo combinadas é, aproximada-
mente, igual à somatória das vazões pela
grelha e pela abertura na guia, consideradas
isoladamente.
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