Processos de Fabricação Mecânica I Aulas 5, 6, 7, 8, 9 e 10

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ELETROMECÂNICA

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
INDUSTRIAL I
Aulas 05, 06, 07, 08, 09 e 10

Prof. : Fausto Filipe Teixeira de Toledo

Marabá - 2015
Fixação de conceitos

• Usinagem: Operação que confere a peça forma, dimensão, acabamento,


ou qualquer combinação desses três, através da remoção de material na
forma de cavaco.
Ou ainda, qualquer processo de fabricação onde ocorre a remoção de
material de uma peça “bruta”, na forma de cavaco, para se chegar a uma
peça diferente da inicial.

• Cavaco: Porção de material retirado pela ferramenta, que se caracteriza


por apresentar forma irregular.

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Fresagem

INTRODUÇÃO

Com aumento da complexidade das peças dos equipamentos, é


necessária uma forma de fabricação por usinagem que talvez o torno
mecânico universal não mais consiga suprir.
As máquinas fresadoras, que derivaram do torno mecânico, munidas de
suas ferramentas, as fresas, surgem como um equipamento que possibilita
essas novas demandas.

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Fresagem

HISTÓRICO

O levantamento histórico indica que a operação de fresamento surgiu em


1918. A fresadora, ou máquina de fresar, é a máquina cuja ferramenta possui
movimento de rotação e que permite movimentar a peça em um, dois, três ou
mais eixos (lineares ou giratórios). Sendo assim tem-se uma máquina
elaborada para execução facilitada de peças prismáticas, ao contrário do
torno que executa principalmente peças rotacionais (perfil de revolução).

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Fresagem

DEFINIÇÃO DO PROCESSO

A fresagem é um processo de usinagem mecânica, feito por fresadoras


e ferramentas especiais chamadas fresas. A fresagem consiste na retirada
do excesso de metal ou sobremetal da superfície de uma peça, a fim de dar a
esta uma forma e acabamento desejados.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Pode-se classificar as fresadoras de diversas formas, sendo as


principais classificações as que levam em consideração o tipo de avanço, a
estrutura, a posição do eixo-árvore em relação a mesa de trabalho e a sua
aplicação.

Quanto ao avanço:
• Manual;
• Automático (hidráulico ou elétrico).

Quanto à estrutura:
• De oficina, também chamada de ferramenteira
(maior flexibilidade);
• De produção (maior produtividade);

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Vertical (eixo árvore perpendicular a mesa);
• Horizontal (eixo árvore paralelo a mesa);
• Universal (pode ser configurada para vertical ou horizontal);
• Omniversal (universal com a mesa que pode ser inclinada);
• Duplex (dois eixos-árvore simultâneos);
• Triplex;
• Multiplex;
• Especiais.

Quanto a aplicação:
• Convencional;
• Pantográfica (fresadora gravadora);
• Chaveteira (específica para fazer chavetas internas e/ou externas);
• Dentadora (específica para usinar engrenagens);
• Copiadora (o apalpador toca um modelo e a ferramenta o reproduz na
peça); Marabá - 2015 7
Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Vertical (eixo árvore perpendicular a mesa);

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Horizontal (eixo árvore paralelo a mesa);

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Horizontal (eixo árvore
paralelo a mesa);

A fresadora horizontal
mostrada utiliza a fresa
montada sobre o eixo
horizontal. É utilizada
para trabalho de
faceamento na horizontal
e para efetuar ranhuras e
perfis retilíneos. A
ferramenta mais
empregada é a fresa
cilíndrica.
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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Universal (pode ser configurada para vertical ou horizontal);

Dispõe de dois eixos-árvore, um horizontal e outro vertical. O eixo vertical


situa-se no cabeçote, parte superior da máquina. O eixo horizontal localiza-se no
corpo da máquina.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Omniversal (universal com a mesa que pode ser inclinada);

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Duplex (dois eixos-árvore simultâneos). Pode apresentar dois eixos
horizontais ou dois eixos verticais.
Obs.: As duas imagens mostram o mesmo tipo, com eixos horizontais.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Especiais.

Dentro desta classificação de fresadoras encontram-se as destinadas a


realizar processos específicos, como as seguintes:

 Fresadora copiadora;

 pantográfica;

 cortadora de rodas dentadas;

 ferramenteira, etc.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Especiais.

Fresadora copiadora: Trabalha com uma mesa e dois cabeçotes, o


cabeçote apalpador e o de usinagem. Como o nome diz, a fresadora
copiadora tem a finalidade de usinar, copiando um dado modelo.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Especiais.

Fresadora pantográfica: Fresadora pantográfica ou pantógrafo, como a


fresadora copiadora, também permite a cópia de um modelo. No pantógrafo,
a transmissão do movimento é coordenada manualmente pelo operador,
isso permite trabalhar detalhes como canais e pequenos raios, mais
difíceis de serem obtidos numa fresadora copiadora.

Quanto aos modelos, eles podem ser confeccionados em material


metálico, como o aço e o alumínio, ou ainda em resina. A escolha do material
depende do número de peças a ser copiado. Devido à sua resistência,
modelos em aço são recomendáveis para um número elevado de cópias.
Caso o modelo seja utilizado poucas vezes, para a cópia de duas ou três
peças por exemplo, recomenda-se o uso da resina.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Especiais.

Fresadora pantográfica

• Transmissão do movimento é
coordenada manualmente
pelo operador (pantógrafo).

• Permite trabalhar detalhes


como canais e pequenos raios,
mais difíceis de serem obtidos
numa fresadora copiadora.

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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Especiais.

CNC

• Permite o controle simultâneo de


vários eixos, através de uma lista de
movimentos escrita num código
específico (código “G”).

• Parâmetros de corte (rotação,


velocidade de avanço) e
posicionamento da
fresa/ferramenta são dados à
máquina por uma sequência
comandos, ou programa.
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Fresagem

CLASSIFICAÇÃO DAS FRESADORAS

Quanto a posição do eixo-árvore:


• Especiais.

CNC

• Fresadora com quatro eixos


lineares, X, Y, Z e W, e dois eixos
rotativos, B e C.
Vídeos:

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Fresagem

OPERAÇÕES BÁSICAS POSSÍVEIS PELA FRESAGEM

As fresadoras são capazes de executar diversos tipos de operações


dependendo de sua configuração, acessórios e ferramentas.

• Engrenagens e cremalheiras.

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Fresagem

OPERAÇÕES BÁSICAS POSSÍVEIS PELA FRESAGEM

• Superfícies planas, curvas (convexa e côncava) e complexas ou


irregulares.

• Canais simples, canais em t, cauda de andorinha

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Fresagem

OPERAÇÕES BÁSICAS POSSÍVEIS PELA FRESAGEM

• Eixos com seção regular. • Furos.

• Cavidades (bolsões). • Rasgos de Chaveta.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Na fresagem, a remoção do sobremetal da peça é feita pela


combinação de dois movimentos, efetuados ao mesmo tempo.

Um dos movimentos é o de corte da ferramenta, isto é, de rotação da


fresa. Outro é o movimento de avanço da mesa da máquina, onde é
fixada a peça a ser usinada.

Vantagem: dentes podem


esfriar durante o tempo em
que não arrancam material.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:

– Discordante: sentido de rotação oposto ao movimento de avanço


– Concordante: mesmo sentido de rotação e avanço

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:


Concordante (também chamado método “para baixo” ou “a puxar”)

• Os sentidos das velocidades de corte e de avanço são os mesmos;


• na saída do gume, ocorre o esmagamento de material e maior atrito
entre o gume e a superfície de corte.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:


Concordante (também chamado método “para baixo” ou “a puxar”)

A espessura do cavaco decresce durante a sua formação, sendo


máxima no início do corte e mínima no final (teoricamente zero);

• As navalhas atacam o cavaco no ponto mais espesso;


• Tende a apertar a peça contra a mesa;
• Usado principalmente para abertura de rasgos de chaveta, cortes
profundos e longos, corte com serra circular, peças de pequena
espessura;
• Muito usado para o acabamento.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:


Discordante (também chamado método “para cima”, ou “a empurrar”)

• Os sentidos das velocidades de corte e de avanço são opostos.


• No momento da entrada do gume, não há corte, mas apenas o
esmagamento de material, consequentemente os esforços e a tendência a
vibrações na ferramenta são maiores.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:


Discordante (também chamado método “para cima”, ou “a empurrar”)

• A espessura do cavaco cresce durante a sua formação, sendo mínima no


início do corte e máxima no final;
• As navalhas atacam o cavaco no ponto mais delgado;
• Forte atrito;
• Tende a arrancar a peça da mesa;
• Grampos, morsas ou dispositivos para segurar a peça devem se
opor ao deslocamento de arrancar;
• Muito usado para o desbaste.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:


Combinado

Ocorre quando a fresa tem seu eixo dentro do campo de corte da peça.
Desta forma parte do corte ocorre através da fresagem concordante e parte
através da discordante.

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Fresagem

OPERAÇÃO DE FRESAGEM

Tipos de movimento da mesa:

Geralmente movimento da mesa é dado por fuso (movimento baseado


em uma porca e um parafuso). No movimento concordante a ferramenta
empurra a peça/mesa contra a folga do fuso levando a movimentos
irregulares da peça/mesa e pior acabamento, o que não ocorre no movimento
discordante.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

Fresas são ferramentas rotativas providas de múltiplos gumes de corte dispostos


simetricamente ao redor de um eixo, removendo intermitentemente material da peça.
Esta característica oferece uma grande vantagem das fresas sobre outras ferramentas:
o menor desgaste, uma vez que quando os dentes não estão realizando o corte eles
estão sendo refrigerados, e isto permite que mantenham sua dureza.

As fresas podem ser classificadas segundo vários critérios.

1 - Quanto ao Método de Fresamento


1.1 - Fresa para fresamento periférico (Tangencial)
1.2 - Fresa Para Fresamento Frontal
2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas
2.1 - Fresa Cilíndrica
2.2 - Fresas de Disco
2.3 - Fresas com Haste
2.4 - Fresas Angulares
2.5 - Fresas com Perfil Constante
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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

As fresas podem ser classificadas segundo vários critérios.

3 - Quanto ao tipo de construção das fresas


3.1 - Fresa inteiriça
3.2 - Fresa calçada
3.3 - Fresa com dentes substituíveis
4 - Quanto à forma dos dentes das fresas e dos canais entre os dentes
4.1 - Fresas com Dentes e Canais Retos
4.2 - Fresas com Dentes e Canais Helicoidais (helicoidais à direita ou à
esquerda)
4.3 - Fresas com Dentes e Canais Bi-helicoidais

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

1 - Quanto ao Método de Fresamento


1.1 - Fresa para fresamento periférico (Tangencial)

No fresamento periférico, a superfície usinada, gerada por dentes e gumes


localizados na periferia do corpo da ferramenta, situa-se, de modo geral, num plano
paralelo ao eixo da fresa. O fresamento periférico ou tangencial usualmente é realizado
em fresadoras com eixo árvore na posição horizontal. A largura de corte geralmente é
substancialmente maior do que a penetração de trabalho. A superfície usinada é
gerada pelo gume principal.

Fresa Cilíndrica

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

1 - Quanto ao Método de Fresamento


1.2 - Fresa Para Fresamento Frontal

No fresamento frontal, a superfície usinada resulta da ação combinada


dos gumes localizados na periferia e na face frontal da fresa, esta geralmente
em ângulo reto ao eixo da ferramenta. A superfície fresada é plana, sem
qualquer relação com o contorno dos dentes, salvo na fresagem contra um
ressalto. O fresamento frontal, pela sua alta produtividade, deve ser preferido
sempre que possível.

Fresa Cilíndrico-frontal

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.1 - Fresa Cilíndrica

Estas fresas só cortam na periferia cilíndrica, gerando superfícies planas


paralelas ao eixo da ferramenta. São padronizadas, por exemplo, pela norma
DIN 884, sendo caracterizadas pelo diâmetro externo, largura e tipo. Há três
tipos principais: N (normal), H (para materiais duros) e W (para materiais
moles).
Fresas Tipo N (leve): Para usinagem leve, com dentes paralelos ao eixo
de rotação para larguras de até 19 mm.
Fresas Tipo H (pesado): Para usinagem pesada, com larguras
superiores a 50 mm.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.1 - Fresa Cilíndrica

Fresas Tipo W (para materiais moles): São fresas com grande rendimento,
indicadas para a usinagem de alumínio e metais leves em geral. As ranhuras têm
grande capacidade de alojar os cavacos (dentes bem espaçados) e o ângulo de saída
lateral bastante grande.

Fresa Cilíndrica Tipo W.


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

Os ângulos que formam a cunha da ferramenta são: ângulo de saída (γ),


ângulo de cunha (β) e ângulo de folga (α).

Obs.: Verificar página 20 da apostila.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

• Fresas cilíndricas utilizadas para usinar superfícies planas (por isso


também chamadas de fresas planas) e criar rasgos. A ferramentas
mais finas também são chamadas de fresas de disco.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.2 - Fresas de Disco
Caracterizam-se pela pequena largura e por terem, além dos dentes periféricos,
gumes em uma ou ambas as laterais do disco. Distinguem-se os seguintes tipos:
Com dois cortes: empregadas na construção de fresas compostas. Possuem
gumes na periferia, em apenas uma das laterais.
Com dentes retos, e três cortes: usadas na abertura de ranhuras pouco
profundas.
Com dentes cruzados: usadas para abertura de ranhuras mais fundas.
Permitem maiores velocidades de corte e maiores avanços, e têm menor tendência a
vibrações.
Bi-helicoidais (ou em espinha de peixe): empregadas para abertura de
ranhuras profundas em ferro fundido.
Acopladas reguláveis: usadas na abertura de ranhuras profundas, com larguras
ajustáveis, sendo constituídas de duas fresas de disco, encaixadas uma na outra.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.2 - Fresas de Disco

Fresa de Disco com Dentes Cruzados


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.3 - Fresas com Haste

Também chamadas fresas de topo, são usadas prara facear, ranhurar,


executar bolsões, rebaixos, matrizes, gravações, rasgos de todos os tipos e
tamanhos, fresar contornos. Cortam tanto na periferia como na parte frontal,
podendo ser usadas em fresadoras verticais e horizontais.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.3 - Fresas com Haste

Fresas de topo de haste cilíndrica: São padronizadas pela norma DIN


844, têm de 3 a 10 gumes, dependendo do diâmetro. Os gumes de topo
(secundário) em geral não se estendem até o centro da fresa.

Fresa de Topo com Haste Cilíndrica


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.3 - Fresas com Haste

Fresas de haste para ranhuras "T": Padronizadas pela norma DIN


851. São fresas com haste cilíndrica, construídas especialmente para abrir
ranhuras em T, como as usadas em mesas de máquinas-ferramenta.

Fresa de Haste para Ranhuras T


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.4 - Fresas Angulares

São fresas que têm dois gumes principais, formando um ângulo entre si.

Fresas frontais angulares: Usadas para abrir rasgos de guias em


forma de cauda de andorinha.

Fresa frontal angular


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.4 - Fresas Angulares

São fresas que têm dois gumes principais, formando um ângulo entre si.

Fresas angulares com haste cilíndrica: São fresas usadas em


ferramentarias. Têm a forma de uma cauda de andorinha.

Fresa Frontal Angular com Haste Cilíndrica


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

• Fresas cilíndricas para rasgos (por isso também chamada de fresas


para rasgos), utilizadas para a fabricação de rasgos de chaveta, perfil
T, ranhuras, entre outros. Por sua outra característica, ferramentas
que possuem haste própria são denominadas de fresas de haste ou
fresas de topo.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

• As fresas cônicas ou angulares podem possuir apenas um ângulo,


como as fresas para encaixes tipo cauda-de-andorinha, ou possuir
dois ângulos. Neste segundo caso podem ser classificadas como
simétricas (ângulos iguais) ou biangulares (ângulos diferentes).
Normalmente as fresas para cauda de andorinha possuem haste
incorporada, enquanto as biangulares não.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.4 - Fresas Angulares

São fresas que têm dois gumes principais, formando um ângulo entre si.
Fresa prismática, cônica ou biangular: Usadas para abrir guias prismáticas.

Fresa prismática, cônica ou biangular


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.5 - Fresas com Perfil Constante

Também denominadas fresas de forma ou ainda fresas especiais são


usadas para produzir formas complexas. O perfil da fresa mantém sempre a mesma
forma nas reafiações, que são feitas pela face (superfície de saída) dos dentes.
A fresa de forma pode ser inteiriça ou o perfil da fresa pode ser obtido pela
justaposição de várias fresas (trem de fresas).
Esse tipo de ferramenta de corte é muito especializada, geralmente
fabricada na própria empresa que a utiliza, no setor chamado ferramentaria ou
são encomendadas em empresas especializadas em ferramentas.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.5 - Fresas com Perfil Constante

Fresas Convexas: Usadas para fresar ranhuras semicirculares


(concavas) com raios de 1 a 20 mm.

Fresa Semicircular Convexa


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.5 - Fresas com Perfil Constante

Fresas Côncavas: Podem ser inteiriças ou acopladas (bipartidas).


Usadas para executar superfícies semicirculares (convexas), com raios de
0,5 até 20 mm.

Fresa Semicircular Côncava


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.5 - Fresas com Perfil Constante

Fresas de Arredondar Cantos: São fresas de um quarto de círculo,


usadas para arredondar cantos.

Fresa de arredondar cantos


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

2 - Quanto a Forma Geométrica das Fresas


2.5 - Fresas com Perfil Constante

Fresas de Módulo: São fresas detalonadas para abertura dos rasgos de


engrenagens. São fornecidas de acordo com o módulo de engrenagens a
fresar em jogos de 8 ou 15 fresas, cada qual para engrenagens com um
número específico de dentes.

Fresa módulo (para engrenagens)


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

3 - Quanto ao tipo de construção das fresas


3.1 - Fresa inteiriça

As fresas inteiriças são feitas de uma só peça, usualmente de aço rápido, sendo
os ângulos de saída e de incidência construídos por retificação após a têmpera.
Dependendo das dimensões, as fresas inteiriças tem um menor custo inicial, razão
pela qual são ideais para produções pequenas e para uso geral nas ferramentarias.

Fresa inteiriça
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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

3 - Quanto ao tipo de construção das fresas


3.2 - Fresa calçada

São fresas constituídas de um corpo (cabeçote) de aço cujos dentes são fixados
por processos de soldagem . Os dentes são de aço rápido ou metal duro. A vantagem
é que o corpo da fresa é feito de material mais barato, porém menos resistente ao
desgaste.

Fresas com dentes soldados


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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

3 - Quanto ao tipo de construção das fresas


3.3 - Fresa com dentes substituíveis

Também conhecidas como fresas de dentes postiços ou ainda


cabeçotes de fresagem, são constituídas de um corpo de aço, no qual são
montados dentes constituídos de metal duro, aço rápido, cerâmica ou diamante. A
fixação dos dentes, ou pastilhas, normalmente se dá com auxílio de parafusos, pinos
ou garras de fácil substituição.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

4 - Quanto à forma dos dentes das fresas e dos canais entre os dentes
4.1 - Fresas com Dentes e Canais Retos

Nas fresas com dentes e canais retos, isto é, paralelos ao eixo da fresa,
os gumes saem e entram em corte bruscamente na peça, gerando maiores
impactos e variações na velocidade e na potência de corte do que as fresas
com dentes e canais helicoidais.

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Fresagem

FRESAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

4 - Quanto à forma dos dentes das fresas e dos canais entre os dentes
4.1 - Fresas com Dentes e Canais helicoidais

Nas fresas com dentes e canais helicoidais, os gumes penetram


progressivamente na peça, produzindo um corte mais suave e contínuo. Por
outro lado, gera-se um esforço axial na fresa, que pode tentar tirar a
ferramenta ou o mandril do cone de acionamento. Pode ter hélice para a
direita ou para a esquerda,

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Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cabeçote divisor ou aparelho divisor universal, ou ainda divisor universal, é um


dos principais acessórios da fresadora. Esse mecanismo permite girar a peça
sucessivamente de um determinado ângulo, possibilitando operações como:

• a fresagem de peças que devam ter a seção reta em forma de polígono


regular (quadrado, hexágono, etc.);

• a execução de sulcos regularmente espaçados (alargadores, machos,


etc.);

• a abertura de dentes de engrenagens, etc.

Os modos de divisão são três: divisão direta, divisão indireta e divisão


diferencial.

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Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Divisão direta

Esta forma de divisão recebe este nome pois é executada diretamente


no eixo onde está fixada a peça. É a forma mais simples e limitada. Utiliza
um disco perfurado denominado disco divisor que possui o número de furos
necessários para girar a peça e executar a divisão desejada.

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Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Divisão indireta

A divisão indireta faz uso de uma relação de transmissão por meio de


parafuso sem-fim e coroa. Como a divisão não ocorre diretamente no eixo
onde a peça é fixada esta divisão recebeu o nome de indireta.

Marabá - 2015 61
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Divisão diferencial

Quando não há maneira de utilizar a divisão indireta deve-se optar pela


divisão diferencial. Nesta divisão realiza-se o cálculo para um número de
divisões aproximado do número desejado. Devido a esta diferença de valores
a divisão recebeu o nome diferencial.

Marabá - 2015 62
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Focando na divisão indireta

Este sistema permite obter uma maior série de divisões com o mesmo
disco divisor, do que na divisão direta. O parafuso sem-fim é comandado por
uma manivela, ou manípulo, que contém um pino que ajusta-se aos furos do
disco divisor. Por sua vez o sem-fim comanda uma coroa que está ligada
diretamente à árvore onde fixa-se a peça.

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Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Focando na divisão indireta

O aparelho divisor tem uma coroa com 40 ou 60 dentes; três


discos divisores que contêm várias séries de furos e uma manivela
para fixar a posição desejada para a realização do trabalho.
Conforme o número de voltas dadas na manivela e o número de furos
calculado, obtém-se o número de divisões desejadas.
Assim, se a coroa tem 40 dentes, por exemplo, e se dermos 40 voltas na
manivela, a coroa e a peça darão uma volta completa em torno de seu eixo.

Marabá - 2015 64
Fresagem

 CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

• Fórmula para o giro da manivela do cabeçote divisor:

Onde:

: Número de voltas da manivela;

C: Número de dentes da coroa do cabeçote divisor;

N: Número de divisões desejadas (de dentes da engrenagem).

Marabá - 2015 65
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR
 
Cálculo divisão indireta

Exemplo:

Suponhamos que você tenha de fresar 10 ranhuras igualmente


espaçadas em uma peça cilíndrica usando um divisor com coroa de 40
dentes.
 
=4

Significa que você precisa dar 4 voltas completas na manivela


para fresar cada ranhura.
Marabá - 2015 66
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Exemplo:

Quantas voltas na manivela você precisará dar para fresar uma


engrenagem com 40 dentes, se a coroa do divisor também tem 40
dentes?
 
=1

Significa que você precisa dar 1 volta completa na manivela para


fresar cada ranhura.
Marabá - 2015 67
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Nem sempre o número de voltas é exato. Nesse caso, você tem de dar
uma fração de volta na manivela e o que ajuda nessa operação é o disco
divisor.

O disco divisor é um disco com uma série de furos que permitem a


obtenção de fração de voltas.

Marabá - 2015 68
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Em geral, um aparelho divisor tem três discos com quantidades


diferentes de furos igualmente espaçados entre si. Basicamente, as
quantidades de furos existentes em cada disco são as mostradas na tabela a
seguir.

Esses números significam, por exemplo, que o disco 1 tem 6


circunferências contendo respectivamente, 15, 16, 17, 18, 19 e 20 furos
igualmente espaçados. O mesmo raciocínio serve para os outros
discos.
Marabá - 2015 69
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Como já mencionado antes, nem sempre o número de voltas é exato.


Ex.: Imagine que você deseje fresar uma engrenagem com 27
dentes, Utilizando um aparelho divisor com coroa de 40 dentes. Quantas
voltas de manivela você terá de dar?
Resposta:

Para fresar uma engrenagem de 27 dentes, você dá uma volta


completa na manivela e avança 13 furos no disco 2 de 27 furos.
Marabá - 2015 70
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Ex.: suponha que você tenha de fresar uma engrenagem com 43 dentes
e o aparelho divisor de sua máquina tenha uma coroa com 40 dentes.
Quantas voltas da manivela serão necessárias para realizar a tarefa?

Resposta:

Como o resultado dessa divisão não dá um número inteiro, isso


significa que você tem que avançar 40 furos no disco 3 de 43 furos.
Marabá - 2015 71
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Ex.: Você precisa fresar uma engrenagem com 13 dentes e a coroa do


divisor tem 40 dentes. O problema é que não existe um disco com 13 furos.

Resposta:

Como o resultado, isso significa que você tem que avançar 3


voltas completas e 3 furos no disco 3 de 39 furos.
Marabá - 2015 72
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Exercícios:

1. Para fresar uma engrenagem de 18 dentes, qual o disco, o número de


voltas e o número de furos a avançar, se o aparelho divisor da máquina
tem uma coroa com 40 dentes?

2. Calcule o número de voltas na manivela para fresar uma


engrenagem com 32 dentes, sabendo que a coroa do divisor tem
40 dentes.

Marabá - 2015 73
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Exercícios:

3. Quantas voltas deveriam ser dadas na manivela do aparelho divisor para


usinar um sextavado, sabendo que a coroa tem 60 dentes.

4. Calcule quantas voltas são necessárias para executar uma peça com 42
divisões, se a coroa do divisor tem 60 dentes?

Marabá - 2015 74
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Cálculo angular

Esse cálculo é realizado quando se deseja deslocar a peça um


determinado ângulo, para fazer divisões ou usinar rasgos.

Marabá - 2015 75
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

Cálculo divisão indireta

Fórmula do cálculo angular

Em que C é o número de dentes da coroa, α é o ângulo a ser deslocado


e 360 é a constante que representa o ângulo de uma volta completa.

Marabá - 2015 76
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR
 
Cálculo divisão indireta

Cálculo angular

Ex.: Vamos supor que você tenha de fazer dois rasgos equidistantes 20°
em uma peça. Quantas voltas você precisará dar na manivela para obter o
ângulo indicado, uma vez que a coroa tem 40 dentes?

Resposta:

Portanto, para obter um deslocamento de 20°, você terá de dar 2


voltas completas na manivela e avançar 4 furos em um disco de 18
furos. Marabá - 2015 77
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR
 
Cálculo divisão indireta

Exercícios:

1. Em uma peça circular, desejamos fazer 5 furos distantes 15° um do outro.


Se o divisor tem uma coroa com 40 dentes, quantas voltas é preciso dar na
manivela para fazer esse trabalho?

2. Para fazer três rasgos equidistantes 37° em uma peça circular, calcule
quantas voltas devem ser dadas na manivela, sabendo que a coroa tem 40
dentes.

Marabá - 2015 78
Fresagem

MESA DIVISORA

Operação de furação com a fresadora

Dependendo do trabalho a ser feito, a operação de furar na fresadora é


executada com uma broca. Esta é fixada diretamente na árvore horizontal ou
vertical da máquina, ou por meio de um mandril porta-brocas.
Para que seja realizada a operação de furação com uma fresadora
universal vertical, o ideal é que se use uma mesa divisora.

Marabá - 2015 79
Fresagem

MESA DIVISORA

Operação de furação com a fresadora

A mesa divisora também possui o disco divisor já conhecido do


cabeçote divisor. Portanto, o cálculo necessário para realizar a furação,
com um ângulo pré-determinado entre os furos, utiliza a mesma equação
para ângulos do cabeçote divisor.

Marabá - 2015 80
Fresagem

MESA DIVISORA
 
Operação de furação com a fresadora

Ex.: Vamos supor que você precisa fazer 12 furos distantes 30° um do
outro, conforme desenho, tendo a coroa do divisor 40 dentes.

Marabá - 2015 81
Fresagem

MESA DIVISORA
 
Operação de furação com a fresadora

Ex.: Você precisa fazer furos distantes em 45º um do outro em uma peça
fixada a uma mesa divisora. Sabendo que a coroa desta mesa tem 120
dentes, qual o número de voltas na manivela, o número de furos e qual o
disco a ser usado?

Ex.: Você precisa fazer furos distantes em 22º um do outro em uma peça
fixada a uma mesa divisora. Sabendo que a coroa desta mesa tem 60
dentes, qual o número de voltas na manivela, o número de furos e qual o
disco a ser usado?

Marabá - 2015 82
Fresagem

CABEÇOTE DIVISOR

OBS.:

CASO VOCÊ PRECISE FABRICAR UMA ENGRENAGEM EM QUE, ALÉM


DE A DIVISÃO NÃO RESULTAR EM UM NÚMERO INTERIRO TAMBÉM
NÃO EXISTA UM DISCO COM O NÚMERO DE FUROS QUE VOCÊ
PRECISA, É NECESSÁRIO QUE SEJA UTILIZADO UM CABEÇOTE
DIVISOR DIFERENCIAL. NESSE CASO O CÁLCULO FICA UM POUCO
MAIS COMPLEXO.

Marabá - 2015 83
Fresagem

CÁLCULO DO RPM PARA A FRESADORA

A fórmula utilizada para se calcular o rpm a ser configurado na fresadora


é a mesma utilizada no torneamento, sendo que a única diferença é que o
valor do diâmetro que é substituído na fórmula, agora trata-se do diâmetro
da fresa (ferramenta de corte) e não o da peça, como no torneamento.

n: rpm a ser colocado no torno (rotações por minuto)


Vc: Velocidade de corte (tabelada m/min);

1000: constante utilizada para conversão de unidades;

d: diâmetro (mm);
π: 3,14 (constante).
Marabá - 2015 84
Fresagem

CÁLCULO DO RPM PARA A FRESADORA

Exercícios:

1. Sabendo que a velocidade de corte indicada é de 15 m/min, qual é o


número de rpm que a fresa de aço rápido de 40 mm de diâmetro deve atingir
para fresar uma peça de aço 1045?

2. Quantas rotações por minuto deve-se usar para fresar uma peça de aço
1020, levando em consideração que a fresa disponível é de metal duro e
possuí diâmetro de 32 mm? Dado que a velocidade de corte da tabela é de
20 m/min.

3. Para fresar uma peça de ferro fundido utilizando-se uma fresa cilíndrica
com dentes postiços de 35 mm de diâmetro, fabricada em aço rápido e
trabalhando a velocidade de corte de 25 m/min, qual o valor do rpm a ser
configurado na fresadora?

Marabá - 2015 85
Fresagem

CÁLCULO DO AVANÇO

Avanço por volta

O avanço por volta é obtido a partir do avanço por dente sendo que
esse último valor é tabelado e depende do tipo de fresa, do material a ser
usinado e do tipo de operação (desbaste ou acabamento).

(mm)
(mm)
(ou ainda, número de arestas cortantes da fresa)
Marabá - 2015 86
Fresagem

CÁLCULO DO AVANÇO

Avanço da mesa

O avanço da mesa é obtido a partir do avanço por volta, anteriormente


mostrado, sendo ainda utilizado o valor do rpm previamente calculado.

(mm/min)
(mm)
(rpm)
Marabá - 2015 87
Fresagem

 CÁLCULO DO AVANÇO

Exemplos:

1. Deseja-se fresar um canal de 5 mm de profundidade em uma peça de


metal com uma resistência de corte de . A fresa escolhida tem 24 arestas
cortantes e um diâmetro de 45 mm, que de acordo com a tabela possuí
uma velocidade de corte de 46 m/min. De acordo com a tabela, avança
0,54 mm por dente. Qual o avanço por volta e o avanço da mesa?

2. Deseja-se fresar peças de aço cuja resistência de corte é de com 350


mm de comprimento, 15 mm de altura e 50 mm de largura. As fresas
compradas para esta operação são de topo, com 4 pastilhas de metal
duro, diâmetro de 25 mm, velocidade de corte de 70 m/min (tabelado) e
avanço por dente de 0.13 mm (tabelado). Determinar avanço por volta e
avanço da mesa.

Marabá - 2015 88
Fresagem

 CÁLCULO DO AVANÇO

Exercícios:

1. fresa cilíndrica DIN884, usinagem de aço com resistência de corte de ,


desbaste de 5mm. De tabela da ferramenta obtém-se o avanço por dente de
0,22 mm Se a fresa possui 8 dentes e a rotação é igual a 120 rpm, qual o
avanço da mesa?

2. Uma fresa cilíndrica de 45 mm de diâmetro fabricada em aço rápido, vai


ser utilizada para se fresar uma peça de aço de de resistência de corte,
trabalhando a uma velocidade corte de 20 m/min (tabelado). A fresa possui
14 dentes, sendo que cada dente retira 0,18 mm da espessura da peça de
cada vez. Determinar:

a) RPM a ser configurado na fresadora;


b) O avanço por volta da fresa;
c) O avanço da mesa da fresadora.
Marabá - 2015 89
Aplainamento

INTRODUÇÃO

Aplainamento é uma operação de usinagem feita com máquinas


chamadas plainas e que consiste em obter superfícies planas, em posição
horizontal, vertical ou inclinada.
As operações de aplainamento são realizadas com o emprego de
ferramentas que têm apenas uma aresta cortante que retira o sobremetal
com movimento linear.

Marabá - 2015 90
Aplainamento

CARACTERÍSTICAS

Aspectos negativos

O aplainamento é uma operação de desbaste. Por isso, e


dependendo do tipo de peça que está sendo fabricada, pode ser necessário
o uso de outras máquinas para a realização posterior de operações de
acabamento.

Nas operações de aplainamento, o corte é feito em um único


sentido, sendo o curso de retorno da ferramenta um tempo perdido. Por
essa razão, se formos compara-lo com a fresagem que corta continuamente,
por exemplo, o aplainamento é muito mais lento.

Marabá - 2015 91
Aplainamento

CARACTERÍSTICAS

Aspectos positivos

Apesar de pontos claramente negativos, como baixa produção e


necessidade de processos posteriores, o aplainamento ainda possui seu
lugar na industrial metal mecânica, principalmente devido ao baixo custo e
fácil manutenção de suas ferramentas.

Por possuir somente uma aresta de corte, a ferramenta da plaina é mais


barata, além disso ter só uma aresta agiliza a afiação e a montagem na
plaina.

Marabá - 2015 92
Aplainamento

CARACTERÍSTICAS

Cálculo do gpm da plaina

Quando o trabalho de usinagem é feito por aplainamento e, portanto, o


movimento da máquina é linear, calcula-se o gpm, ou seja, o número de
golpes que a ferramenta dá por minuto.

Em que gpm é o número de golpes por minuto, Vc é a nossa já


conhecida velocidade de corte (tabelada), c é o curso da máquina, ou seja, o
espaço que ela percorre em seu movimento linear. Esse valor é multiplicado
por 2 porque o movimento é de vaivém.

Marabá - 2015 93
Aplainamento

CARACTERÍSTICAS

Cálculo do gpm da plaina

Exemplos:

1. Suponha que você precise aplainar uma placa de aço 1020 de 150 mm de
comprimento, e uma folga de 10 mm, com uma ferramenta de aço rápido.
Você sabe também, por que já verificou na tabela, que a velocidade de
corte é de 12 m/min. Qual o gpm a ser regulado na plaina.

2. Calcule o gpm para aplainar uma peça de 120 mm de comprimento


considerando a folga de entrada e de saída da ferramenta de 40 mm,
sabendo que a velocidade de corte é de 10 m/min (tabelada).

Obs.: O curso é igual ao comprimento da peça mais a folga de entrada e


saída da ferramenta.
Marabá - 2015 94
Aplainamento

CARACTERÍSTICAS

Cálculo do gpm da plaina

Exercícios:

1. Calcule o gpm para aplainar uma peça de aço 1045 com 200 mm de comprimento,
utilizando-se uma ferramenta de metal duro, considerando a folga de entrada e
saída da ferramenta de 40 mm, sabendo que a velocidade de corte encontrada na
tabela é de 8 m/min.

2. Quantos golpes por minuto devem ser selecionados na plaina para plainar uma
peça de 320 mm de comprimento, com uma folga de saída e entrada da ferramenta
de 20 mm. A tabela de velocidade de corte nos da o valor de 12 m/min.

3. Qual deve ser o gpm para aplainar uma placa de aço 1040 com 140 mm de
comprimento e 15 mm de folga na saída e na entrada da ferramenta de aço
rápido? Tendo na tabela uma velocidade corte de 20 m/min.

Marabá - 2015 95
Furação

INTRODUÇÃO

A furação tem por finalidade abrir furos em peças. Muitas vezes esses
furos são feitos como um processo intermediário de preparação para outras
operações.

A ferramenta que faz o trabalho de furação é a broca, que trabalha por


meio de dois movimentos básicos: o movimento de rotação, que proporciona
o corte, e o movimento de avanço, responsável pela penetração da
ferramenta na peça.

Marabá - 2015 96
Furação

VARIAÇÕES DO PROCESSO

(a) (b) (c) (d)

Marabá - 2015 97
Furação

VARIAÇÕES DO PROCESSO

(a) (b) (c) (d)

Marabá - 2015 98
Furação

CÁLCULO DO RPM DA FURADEIRA

Assim como no torneamento e na fresagem, a fórmula utilizada para se


determinar o rpm a ser configurado no equipamento, nesse caso a furadeira,
é mesma:

A diferença é que nesse caso o diâmetro utilizado na equação (d)


corresponde ao diâmetro da broca, e o valor da velocidade de corte (Vc) é
encontrado em um tabela que relacione o material de fabricação da broca
com o material que constitui a peça que vai ser furada.

Marabá - 2015 99
Furação

CÁLCULO DO RPM DA FURADEIRA

Exemplos:

1. Qual é a rpm adequada para furar uma peça de aço 1045 com uma broca
de aço rápido de 14 mm de diâmetro, se a velocidade indicada na tabela
é de 18 m/min?

2. Qual a rpm para furar uma peça de aço 1020 com 45 mm de diâmetro
com uma broca de aço rápido com 12 mm de diâmetro, se a velocidade
da tabela é de 25 m/min?

3. Quantar rotações por minuto são necessárias para fura uma placa de aço
1060 com 25 mm de espessura, se a broca disponível é de aço rápido e
possuí um diâmetro de 11 mm, sabendo que a tabela indica uma
velocidade de corte de 20 m/min?

Marabá - 2015 100


REFERÊNCIAS

- Processos de fabricação industrial I, Apostila; ETVC, 2015.

- Prof. Pedro Paulo Ribeiro; Fresagem; UFPA, 2013.

- Realizando cálculos para o aparelho divisor (I), Apostila 13; Telecurso


2000.

Marabá - 2015 101

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