Suspensão e Interrupção Do Contrato de Trabalho

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SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO

CONTRATO DE TRABALHO
• Um dos princípios do direito do trabalho é o DA
CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO, por isso
que somente em determinadas circunstâncias poderá
ocorrer paralisações provisórias, totais ou parciais, na
execução do contrato de trabalho
TRATAMENTO LEGAL E
JURISPRUDENCIAL
• Regulamento legal: Capítulo IV do Título IV
(Do Contrato Individual de Trabalho),
precisamente arts. 471 a 476-A da CLT.

• JURISPRUDENCIAL: Súmulas 15, 77, 155, 160 e


269 do TST.
CONCEITO:
• Diz Orlando Gomes, 2007, p. 327, que:

• “ a relação de emprego pode ser paralisada sem a


dissolução do vínculo contratual. Essa paralisação se
denomina tecnicamente interrupção ou suspensão do
contrato de trabalho”.
• Não HÁ PREVISÃO EXPRESSA, NA LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA, ASSIM COUBE A DOUTRINA ESSA
TAREFA:
O Legislador brasileiro denomina:
– SUSPENSÃO – as hipóteses de paralisação total
dos efeitos do contrato de trabalho.
– INTERRUPÇÃO- ocorre apenas uma paralisação
parcial dos efeitos do pacto laboral.

– As causas que dão origem à suspensão e à


interrupção sempre têm caráter transitório, pois,
caso contrário, não se justificaria conservação do
vínculo contratual.
• A suspensão desobriga as partes contratantes
de cumprirem o contrato durante determinado
período. Nos períodos de suspensão do
contrato, NÃO HÁ TRABALHO, NÃO HÁ
PAGAMENTO DE SALÁRIO e NÃO SE CONTA
TEMPO DE SERVIÇO.

Segundo, Delgado 2010, corresponde à


sustação dos efeitos do contrato empregatício,
que preserva, porém, sua vigência.
• Na interrupção NÃO HÁ TRABALHO, mas o
SALÁRIO É PAGO e CONTA-SE O TEMPO DE
SERVIÇO para fins trabalhistas.
HIPÓTESES DE SUSPENSÃO E
INTERRUPÇÃO
• Podem ser:
 Previstas em lei;
 Ajustadas pelos contratantes, desde que
objetive atender os interesses do empregado;
 Previstas em convenções ou acordos coletivos
de trabalho.
Rescisão do contrato de trabalho durante a
suspensão ou interrupção?????
• O empregador não pode rescindir o contrato de trabalho durante
o período em que esteja suspenso ou interrompido, ainda que
arque com todas as reparações devidas, SALVO EM CASO DE
JUSTA CAUSA cometida pelo empregado devidamente
reconhecida pela JT ou em caso de extinção da empresa.

• Ex: art. 482, dever de lealdade e fidelidade do empregado, não violação


de segredo da empresa ou abstenção de prática de concorrência desleal.
PODE PEDIDO DE DEMISSÃO DURANTE A SUSPENSÃO
OU INTERRUPÇÃO????

• O pedido de demissão é válido, no entanto como alerta


Delgado 2010, como forma de evitar discussões acerca
da validade ou não do pedido de demissão, o melhor é
que se faça com ASSISTÊNCIA DO SINDICATO
REPRESENTATIVO DO TRABALHADOR ou, na ausência,
com assistência do Mistério do Trabalho.
Qual é o prazo para retorno?
• A jurisprudência trabalhista tem considerado
30 dias o prazo máximo padrão, sob pena de
abandono de emprego. (Súmula 32 do TST) -
válido para SUSPENSÃO e não INTERRUPÇÃO
Quais são os direitos do empregado após o
término da condição
suspensiva/interruptiva????

– O empregado tem direito à garantia de retorno ao


cargo anteriormente ocupado após desaparecida
a causa suspensiva (Art. 471, CLT), com à
percepção do patamar e de direitos alcançados
em face das alterações normativas havidas.
CASOS DE INTERRUPÇÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO
 1) LICENÇA GESTANTE – à empregada gestante é
assegurado o direito a licença de cento e vinte dias, sem
prejuízo do emprego e do salário (Art. 7º, XVIII, CF)

A lei n. 11.770/2008 institui o programa empresa cidadã,


destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante a
concessão de incentivo fiscal. A prorrogação por sessenta
dias além do período previsto à empregada da pessoa jurídica
que aderir ao programa, desde que a emprega a requeira até
o final do 1º mês após o parto, é concedida imediatamente
após a fruição da licença-maternidade.
• Durante a licença, a empregada se afasta do
trabalho, mas todos os demais efeitos do
contrato são verificados como: CONTAGEM DO
TEMPO DE SERVIÇO e a EFETIVAÇÃO PELO
EMPREGADOR DOS DEPÓSITOS DO FGTS.

• O fato do salário ser suportado pela Previdência


Social (Lei n. 8.213/91) não descaracteriza a
hipótese de interrupção.
2)AFASTAMENTO EM CASO DE ABORTO
ESPONTÂNEO – nos termos do art. 395 da CLT, em
caso de aborto não criminoso, comprovado por
atestado médico oficial, a mulher terá direito a um
período de repouso de duas semanas, devidamente
remunerado, sendo-lhe assegurado o retorno à
função que ocupava antes de seu afastamento.

Aborto – O QUE OCORRE ANTES DA 23ª SEMANA,


APÓS PARTO.
3) LICENÇA PATERNIDADE – ao empregado é
assegurado licença de cinco dias por ocasião
do nascimento de filho, período este
remunerado e computado como tempo de
serviço (Art. 7º, XIX, CF, e art. 10, § 1º, ADCT)

O período de licença paternidade trabalhado com a


ciência da empresa do nascimento do filho, gera direito
a indenização pecuniária.
• 4) FÉRIAS – período de descanso anual
remunerado que, como regra, tem duração de
30 dias é computado como tempo de serviço
para todos os efeitos (art. 7º, XVII, CF, e art.
130, CLT)
5. DEMAIS DESCANSOS TRABALHISTAS,
DESDE QUE REMUNERADOS – os intervalos
intrajornadas remunerados, o descanso
semanal remunerado e os feriados
caracterizam típicos períodos de interrupção
do contrato de trabalho.

Lei n. 605/49 – direito ao repouso semanal


remunerado
6)LICENÇA REMUNERADA CONCEDIDA PELO
EMPREGADOR – como permissão concedida pelo
empregador ao empregado (a pedido deste ou
voluntariamente) para ausentar-se do trabalho
temporariamente, com pagamento de
remuneração e cômputo do período do contrato.

NÃO ESTÁ REGULAMENTADA NA CLT, é uma


LIBERALIDADE DO EMPREGADOR, e objeto de
PACTUAÇÃO ENTRE AS PARTES
7)FALTAS JUSTIFICADAS E LEGAIS – os dias de
afastamento previstos no art. 473 da CLT são
remunerados e considerados como tempo de
serviço para todos os efeitos.

Segundo o inciso IV do art. 131 da CLT, não será


considerada falta ao serviço aquela que for
justificada pela empresa, entende-se como tal
aquela a que não tiver o desconto do salário.
HIPÓTESE – ART. 473 NÚMERO DE DIAS

Falecimento do cônjuge, ascendente, -Até 02 dias consecutivos


descendente ou pessoa que, declarada na
CTPS, viva sob dependência econômica do
empregado
Casamento - Até 03 dias consecutivos

Licença paternidade - 05 dias

Doação voluntária de sangue - 01 dia, em cada 12 meses de trabalho


devidamente comprovada
Alistamento eleitoral - Até 02, consecutivos ou não

Cumprimento de exigências do serviço - Pelo tempo necessário


militar
Realização de exame vestibular - Pelos dias comprovados

Comparecimento a juízo - Pelo tempo necessário

Como representante sindical, em reunião - Pelo tempo necessário


oficial de organismo internacional do qual
o Brasil seja membro
8. AFASTAMENTO POR DOENÇA – De acordo
com a Lei 8.213/91, §3º do art. 60, a empresa
tem a obrigação PAGAR os 15 primeiros dias
de afastamento, é típica hipótese de
interrupção.
9. AFASTAMENTO PARA INQUÉRITO POR
MOTIVO DE SEGURANÇA NACIONAL:
Os primeiros 90 dias em que o trabalhador ficar
afastado, em virtude de inquérito administrativo,
para apuração de motivo de interesse da
segurança nacional, deverão ser remunerados
pelo empregador. Art. 472, §§3º e 5º, da CLT
10. PARALISAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DA
EMPRESA – Art. 133, III – paralisação por mais
de 30 dias, sem prejuízo do salário, em função
da paralisação parcial ou total dos serviços da
empresa.
11. Conselho curador do FGTS – reunião ou
representação no conselho, são abonadas e
consideradas como efetiva jornada. Art. 65,
§6º, do Dec. 99.684/90.

12. Comissão de Conciliação Prévia –CCP –


ausência do representante para atuar como
conciliador - Art. 625-B, § 2º, da CLT
HIPÓTESE INTERRUPÇÃO FUNDAMENTO LEGAL

1) LICENÇA GESTANTE (Art. 7º, XVIII, CF)

2)AFASTAMENTO EM CASO DE ABORTO ESPONTÂNEO Art. 395 da CLT

3) LICENÇA PATERNIDADE Art. 7º, XIX, CF, e art. 10, § 1º, ADCT)

4)FÉRIAS art. 7º, XVII, CF, e art. 130, CLT)

5)DEMAIS DESCANSOS TRABALHISTAS, DESDE QUE Lei n. 605/49


REMUNERADOS

6)LICENÇA REMUNERADA CONCEDIDA PELO EMPREGADO

7)FALTAS JUSTIFICADAS E LEGAIS Art 473 e 131 da CLT

8)AFASTAMENTO POR DOENÇA 8.213/91, §3º do art. 60

9)AFASTAMENTO PARA INQUÉRITO POR MOTIVO DE Art. 472, §§3º e 5º, da CLT
SEGURANÇA NACIONAL

10)PARALISAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DA EMPRESA – Art 133, III

11)Conselho curador do FGTS – Art. 65, §6º, do Dec. 99.684/90


SUSPENSÃO DO CONTRATO – aula
08/08

SUSPENSÃO> SEM SALARIO SEM SERVIÇO =


SSSS
• Segundo, Elson Gottaschalk, 2010, a

• “ suspensão pode ocorrer de fato a que o


empregado não tenha dado motivo e de fato
que lhe seja imputável.
ALHEIOS À VONTADE DO EMPREGADO IMPUTÁVEIS AO EMPREGADO
A)POR EXIGÊNCIA DO SERVIÇO MILITAR; A) POR MOTIVO DISCIPLINAR;

B) POR EXIGÊNCIA DE ENCARGO PÚBLICO; B) POR DETERMINAÇÃO DO


EMPREGADOR PARA APURAR FALTA
GRAVE EM INQUÉRITO JUDICIAL
C) POR DOENÇA;

D) POR ACIDENTE DO TRABALHO;

E) POR FATO DA EMPRESA.


Casos de suspensão do contrato
de trabalho

1) Suspensão disciplinar – trata-se de punição


disciplinar aplicada pelo empregador ao
empregado que pratica atos considerados
faltosos, podendo ter duração de um a trinta
dias, conforme a gravidade da falta (art. 474)

Não recebe salários, não tem serviço, e não tem


contagem de tempo
 2) ELEIÇÃO PARA CARGO DE DIRETOR DE SOCIEDADE
ANÔNIMA – conforme entendimento adotado pelo
TST, durante o período em que o empregado estiver
exercendo cargo de diretor de sociedade anônima,
seu contrato de trabalho ficará suspenso, salvo se
permanecer a subordinação jurídica dele em relação
ao empregador.

• SÚMULA 269,    O empregado eleito para ocupar


cargo de diretor tem o respectivo contrato de
trabalho suspenso, não se computando o tempo de
serviço deste período, salvo se permanecer a
subordinação jurídica inerente à relação de emprego.
3) LICENÇA NÃO REMUNERADA – Concedida
pelo empregador a pedido do empregado, para
atendimento de necessidades pessoais.

Ressalta-se que, por inexistir qualquer previsão


legal autorizadora de tal modalidade de licença,
para que se caracterize como suspensão do
contrato de trabalho é necessário que decorra de
solicitação expressa do empregado, configurando
ajuste bilateral.
 4)SUSPENSÃO BILATERAL PARA QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL DO EMPREGADO – art. 476-A da CLT,
acrescentando pela MP 1.779-6/99, prevê hipótese de
suspensão do contrato de trabalho para participação
do empregado em curso ou programa de qualificação
profissional oferecido pelo empregador.

 A suspensão do contrato de trabalho neste caso


depende de previsão em convenção ou acordo
coletivo de trabalho e aquiescência formal do
empregado. Terá duração de, no mínimo, dois meses
e, no máximo cinco meses. – FAZ JUS A UMA BOLSA DE
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL CUSTEADA PELO FAT
SITUAÇÕES CONTROVERTIDAS DE INTERRUPÇÃO E
SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

o 1. AFASTAMENTO POR DOENÇA OU


ACIDENTE – Nos termos do art. 75 do Dec.
n.3.048/99, incumbe ao empregador o pagamento
do salário referente aos 15 primeiros dias de
afastamento do empregado em decorrência de
acidente ou de doença. Assim, durante o referido
período, o CONTRATO DE TRABALHO FICA
INTERROMPIDO
A doença deve ser comprovada por meio de
atestado médico, devendo ser observada a
ordem preferencial estabelecida no art. 6º, Lei
n. 605/49.

 Médico da Previdência Social;


 Médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria;
 Médico da Empresa ou por ela designado;
 Médico de instituições federais, estaduais ou municipais de saúde;
 Não existindo os anteriores, médico de livre escolha do trabalhador.
– TST Súmula nº 15   A justificação da ausência do
empregado motivada por doença, para a
percepção do salário-enfermidade e da
remuneração do repouso semanal, deve observar
a ordem preferencial dos atestados médicos,
estabelecida em lei.

– TST Súmula nº 282    Ao serviço médico da


empresa ou ao mantido por esta última mediante
convênio, compete abonar os primeiros quinze
dias de ausência ao trabalho.
• Havendo necessidade de prolongamento, a partir do
16º dia o empregado deve submeter-se a perícia
médica da Previdência Social, e o encargo de
pagamento é transferido para o órgão previdenciário,
ficando o empregador desonerado do pagamento dos
salários do empregado (Art. 476, CLT, e art. 75 §2º,
Decreto n. 3.048q99, passando a situação a ser de
suspensão contratual
15 primeiros dias -------------------------------INTERRUPÇÃO

A PARTIR DO 16 DIA --------------------------SUSPENSÃO


• Embora o afastamento por doença ou por acidente após o
16º dia seja considerado como período de SUSPENSÃO do
contrato de trabalho, alguns dos seus efeitos são mantidos
em favor do empregado:

• - contagem do tempo de serviço dos períodos em que tenha recebido


auxílio-doença benefício por acidente do trabalho (Art. 60, Dec. n.
3.048/99)
• -cômputo do período de afastamento previdenciário por acidente do
trabalho ou doença, desde que não superior a 6 meses, para fins de
período aquisitivo do direito a férias (art. 133, CLT)
• - obrigatoriedade de continuidade dos depósitos do FGTS durante o
tempo de afastamento por acidente do trabalho (art. 15, §5º, lei n.
8.036/90)
• 2. APOSENTADORIA PROVISÓRIA POR INVALIDEZ – (Art. 43, Dec. N.
3.048/99) – O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso
o seu contrato de trabalho durante o prazo correspondente ao período
em que perceber o benefício (art. 475, CLT), estando obrigado, a qualquer
tempo, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame
médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional
por ela prescrito e custeado, bem como tratamento dispensado
gratuitamente (art. 46, Decreto, n. 3.048/99)
• Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de
cinco anos contados da data do início da
aposentadoria por invalidez – o benefício cessará, e o
empregado terá o direito de retornar à função que
desempenhava na empresa ao se aposentar.

• Súmula 160, TST:Aposentadoria por invalidez. Readmissão.«Cancelada a


aposentadoria por invalidez, mesmo após 5 anos, o trabalhador terá direito de
retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da
lei.» Súmula mantida pelo Pleno do TST (Res. 121, de 28/10/2003). Res. 102/82 -
DJU de 11/10/82 e 15/10/82.
• Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após cinco
anos contados da data do início da aposentadoria por
invalidez, ou ainda quando o trabalhador for declarado
apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia – a aposentadoria será mantida,
sem prejuízo da volta à atividade:
• A) pelo seu valor integral, durante seis meses contados
da data em que for verificada a recuperação da
capacidade;
• B)com redução de cinquenta por cento, no período
seguinte de seis meses; e
• C)com redução de setenta e cinco por cento, também
por igual período de seis meses, ao término do qual
cessará definitivamente.
• S. 440. AUXÍLIO‐DOENÇA ACIDENTÁRIO. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
RECONHECIMENTO DO DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE
OU DE ASSISTÊNCIA MÉDICA. Assegura‐se o direito à manutenção de
plano de saúde, ou de assistência médica, oferecido pela empresa ao
empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de
auxílio‐doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.

• Como regra geral, durante a suspensão do contrato de trabalho o


empregador não paga salários e pode suprimir os benefícios
habitualmente concedidos, diante da inatividade do trabalhador. A
Súmula em questão contempla situação não prevista explicitamente em
lei e veio a resolver impasse desde há muito presente nos Tribunais
Regionais, pacificando ainda divergências dentre do próprio TST. 
• 3) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO MILITAR –
durante o período de prestação obrigatória do
serviço militar, verifica-se a suspensão do
contrato de trabalho de empregado, não
sendo devidos salários pelo empregador (art.
472, CLT, e art. 60, Lei n. 4.375/64)
• No entanto, muito embora durante tal
afastamento do trabalho o contrato de trabalho
esteja suspenso, alguns dos seus efeitos são
mantidos em favor do trabalhador:
o Contagem de tempo de serviço, salvo se já contado para
inatividade remuneradas nas Forças Armadas ou auxiliares, ou
para aposentadoria no serviço público federal, estadual, do
Distrito Federal ou municipal (art. 60, Dec. 3.048/99)
o Cômputo do período de trabalho anterior à prestação do serviço
militar, para fins de período aquisitivo do direito a férias, desde
que o empregado retorne ao trabalho dentro de 90 dias da data
em que verificar a respectiva baixa (art. 132, CLT)
o Obrigatoriedade de continuidade dos depósitos do FGTS
durante o período de prestação do serviço militar (art.15, Lei n.
8.036/90)
• ALISTAMENTO MILITAR. GARANTIA DO RETORNO AO EMPREGO. O mero
alistamento militar não gera ao empregado o direito à garantia no emprego até
trinta dias que se seguirem ao licenciamento ou término de curso. Imprescindível
a incorporação ou matrícula do convocado ou voluntário e desde que essa
situação impeça-o de continuar a prestação de serviços em benefício do
empregador (art. 60 da lei do Serviço Militar) (TRT-PR 00759-2007-029-09-00-6-
ACO35938-2007, 1ªT., rel. Tobias de Macedo Filho)
– 4)DESEMPENHO DE ENCARGO PÚBLICO – o
afastamento do empregado em virtude do
desempenho de encargo público (art. 472, CLT) pode
gerar situações que se caracterizam como períodos
de:
– interrupção do contrato de trabalho
(comparecimento à Justiça como jurado, testemunha
ou parte; cumprimento de obrigações da Justiça
Eleitoral) e

– outras que são típicos períodos de suspensão do


contrato de trabalho (prestação do serviço militar
obrigatório)
– A dúvida recai em relação aos encargos públicos
que decorrem de um ato de vontade do
empregado (CANDIDATAR-SE A UM CARGO
ELETIVO) e implicam no cumprimento de um
mandato de longa duração.

– Nessas situações, a doutrina e a jurisprudência


vêm reconhecendo a ocorrência de suspensão do
contrato de trabalho, desonerando o empregador
de qualquer obrigação trabalhista durante o
afastamento do empregado.
– Cessado o mandato, o trabalhador tem direito a
retornar ao emprego, desde que notifique o
empregador dessa intenção dentro do prazo
máximo de 30 dias a contar da data em que se
verificar a respectiva terminação do encargo a que
estava obrigado (art. 472, § 1º, CLT)
• 4) ELEIÇÃO PARA CARGO DE DIREÇÃO
SINDICAL: (ART. 543,CLT) – As seguintes
situações podem ser verificadas:
• > A função para a qual foi eleito impõe seu afastamento
contínuo do trabalho;
• > A função para a qual foi eleito exige um afastamento do
trabalho intercalado com a sua permanência no desempenho
de suas funções na empresa.
– Em qualquer uma dessas situações considera-se
licença não remunerada (suspensão do contrato de
trabalho, portanto) o tempo em que o empregado
se ausentar do trabalho no desempenho das
funções de direção sindical.

– Salvo se o empregador concordar em continuar


pagando salários ao empregado nesse período, ou
se houver cláusula de convenção ou acordo coletivo
com tal previsão, caso em que o afastamento
caracterizar-se-á como simples interrupção do
contrato de trabalho (art. 543, §2º, CLT)
– 5) GREVE – a participação do empregado em greve
constitui-se em afastamento do trabalho caracterizado
como período de suspensão do contrato de trabalho,
independentemente de ser ou não abusiva (art. 7º, Lei n.
7.783/89).

Contudo, o instrumento jurídico que


puser fim à greve (convenção ou
acordo coletivo, laudo arbitral ou
sentença normativa) poderá e deverá
dispor sobre as obrigações
pertinentes ao período de
paralisação.
• Assim, dependendo, a SUSPENSÃO poderá
transformar-se em INTERRUPÇÃO DO
CONTRATO de trabalho, com o pagamento de
salários e a contagem do tempo de
paralisação para todos os efeitos legais.

• DURANTE A GREVE é vedada a rescisão do


contrato (art. 7º, parágrafo único, Lei n.
7.783/89).
• 6)AFASTAMENTO DO EMPREGADO ESTÁVEL
DURANTE O INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE
FALTA GRAVE –

– trata-se de situação que leva à sustação dos


efeitos contratuais, determinada pelo
empregador, preventivamente à propositura do
inquérito para apuração de falta grave, quando
assim se exigir, por exemplo no caso de dirigente
sindical.
SENTENÇA DO INQUÉRITO TRANSFORMA O AFASTAMENTO:

 EM RESCISÃO > se procedente a ação // período do


afastamento= SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO;

EM INTERRUPÇÃO, com o consequente recebimento dos


salários do período do afastamento > se improcedente a ação.
CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO
DETERMINADO – EFEITOS DA SUSPENSÃO
E INTERRUPÇÃO !!!! TERMINAMOS AQUI

– Pela própria característica da pactuação do termo


final ou da condição resolutiva que levará ao
término do contrato, a ocorrência de algum fato
capaz de gerar a SUSPENSÃO ou INTERRUPÇÃO
dos seus efeitos gera controvérsia.
• A primeira corrente entende que a causa
interruptiva ou suspensiva não terá qualquer
influência em relação ao momento da
extinção, nesse sentido art. 472 da CLT.
• A segunda corrente é no sentido de que a
causa interruptiva ou suspensiva teria o
condão de adiar o momento da extinção do
contrato a termo para o momento da cessão
do afastamento do empregado.
• Situação importante diz respeito à hipótese de em
que o empregado é afastado do trabalho em
razão de acidente do trabalho ou doença
profissional por mais de 15 dias, percebendo o
benefício previdenciário respectivo.

• Preenchidos os requisitos acima indicados, o


empregado tem direito a estabilidade no emprego
pelo período de 12 meses após o retorno ao
trabalho (Art. 118, lei n. 8.213/91, e Súmula 378,
TST)
RESUMO: SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Serviço militar
• Licença por auxilio de acidente do trabalho DEPÓSITOS DO FGTS 8%
• Licença maternidade

• INTERRUPÇÃO: Art 28, D. 99.684/99, regulamento do FGTS

• SUSPENSÃO: Doutrina e jurisprudência majoritárias – POSIÇÃO adotada


no EXAME DA ORDEM

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