A Bile e Os Detergentes Sintéticos
A Bile e Os Detergentes Sintéticos
A Bile e Os Detergentes Sintéticos
DETERGENTES
SINTÉTICOS
Tema 3, página 203
A bile
A função da bile é emulsificar óleos e gorduras, favorecendo, assim, a ação das lipases.
Isso é possível porque a estrutura dos sais biliares apresenta:
• uma parte polar, que é solúvel em água e em outros solventes polares. Essa parte,
também chamada de hidrófila (do grego, hidro = “água”; filos = “amigo”), é a que tem
afinidade com moléculas polares e, portanto, não tem afinidade com as apolares;
• uma parte apolar, que é insolúvel em água e em outros solventes polares. Essa parte,
também chamada de hidrofóbica (do grego, hidro = “água”; fobos = “medo”), é a que tem
afinidade com moléculas apolares.
FÓRMULA
ESTRUTURAL
DO COLATO DE
SÓDIO
Uma vez presente material lipídico no meio aquoso do intestino, não ocorre apreciável solubilização, em razão das
diferenças de polaridade entre as moléculas de água e as moléculas predominantemente apolares que constituem os óleos e
as gorduras. No entanto, os sais biliares permitem que a água e os lipídios formem uma emulsão, por meio da constituição
de micelas.
Uma emulsão é formada pela dispersão de dois ou mais líquidos que não são mutuamente miscíveis. A fase dispersa
encontra-se na forma de pequenas gotículas dispersas no outro líquido (a fase contínua, ou dispersante). São exemplos de
emulsões: manteiga, maionese e cosméticos, como alguns cremes e loções. Muitas emulsões conhecidas apresentam água e
óleo em sua composição.
Assim, pode-se dizer que, sem a ação dos sais biliares, a maior parte dos lipídios presentes nos alimentos não seria
digerida e absorvida, sendo excretada pelas fezes.