Aula 2 - Eng BioQuimica B

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Processo Fermentativo Genérico:

Aula 2

Conceitos;
Matérias Primas;
Preparo do Mosto;
Preparo do Inóculo;
Referências: Livro: Biotecnologia Industrial Walter Borzani. Vol 2 – Cap 2
PROCESSOS BIOQUÍMICOS

 Processos Fermentativos:
 Produção de Etanol, BioDiesel e Bebidas,
Antibióticos, Enzimas, Biopolímeros,
Hormônios;
 Tratamento de Resíduos:
 Biorremediação e Tratamento de Efluentes;
PROCESSOS BIOQUÍMICOS
BIOTECNOLOGIA: Conjunto de conhecimentos técnicos e
métodos, de base científica e prática, que permite a
utilização de seres vivos como parte integrante e ativa do
processo industrial.
TIPOS DE PROCESSOS BIOQUÍMICOS
PROCESSOS DE BIOTRANSFORMAÇÃO
 Processos Desassimilitavos (Catabólico):

 Degradação do substrato (molécula complexa) produzindo


moléculas mais simples;
 O processo gera energia (ATP):
PROCESSOS DE BIOTRANSFORMAÇÃO

 Processos Assimilativos (Anabólicos):

 A partir de substratos simples são sintetizados produtos mais


complexos, com gasto de energia.
 Ex: Obtenção de antibióticos, enzimas, proteínas e hormônios;

n
Processos de Biotransformação
Exemplos
PROCESSOS BIOQUÍMICOS
ETAPAS FUNDAMENTAIS
FASES DE UM PROCESSO BIOQUÍMICO
CONCEITOS
1.Fermentação:

 Consiste na conversão/transformação de uma substância em


outra, através do metabolismo microbiano, ou seja através
de uma sequência de reações catalisadas por enzimas,
quando submetido a condições ambientais propícias.
2. Enzimas
 Catalisador biológico de natureza proteica, elaborado
por seres vivos, de altíssima especificidade e estável e
em faixas restritas de T e pH.
 A instabilidade das enzimas faz com que seja
necessário um rigoroso controle do pH, T, força iônica,
salinidade no meio.

 Como o catalisador (enzima) é produzido “in loco” pelo


microorganismo (ser vivo) é o que difere a Engenharia
Bioquímica da Engenharia Química;
 Extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito
superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem;

 Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular


são catalisadas por enzimas;

 As enzimas operam em condições brandas- faixas estreitas de:


 pH

 Temperatura

 Força iônica

 Pressão Osmótica

 Especificidade: Enzima específica para uma dado substrato;


 Sítio Ativo: Parte da enzima que se liga ao substrato;
3. Substrato
 É a substância química cuja estrutura, ou parte da mesma, está presente na molécula
do produto. Pode ser de natureza orgânica (açucares) ou inorgânica (CO2, sais
inorgânicos) a fonte de carbono.
 É a molécula que sofre a transformação química;

 Matéria prima: é a fonte de substrato:

 Glicose: 6C’s
 Sacarose: 12 C’s

 Amido: nC’s

 Celulose:

Polímero de
Glicose
4.N

 Substâncias necessárias ao crescimento e reprodução dos microorganismos:

– Fontes de C, N, S, etc
– A absorção desses compostos se dá por diferença de concentração.
– Água;
5. Excreta
 Produto final, ou intermediário, que se acumula no interior da
célula e depois é excretado para o meio;

 Normalmente, os produtos que conseguem atravessar a


membrana são os produtos de catabolismo. São chamados
extracelulares:
Ex: butanol, etanol, ácido lático

 Os produtos no anabolismo são em geral, macromoléculas que


permanecem no interior da célula, sendo chamados de
intracelulares:

 Ex: pigmentos carotenóides, enzima invertase


6. Nutrição Holofítica
 Nutriente só é absorvido se for previamente dissolvido em água (processo
em meio aquoso)
 Nutrição característica dos microorganimos de interesse industrial.

7. Microorganimos
 É o agente de fermentação, normalmente uma cultura pura.
 É adaptado às condições do processo desde o laboratório até a fase industrial.
Fontes de agentes microbianos empregados e processos Industriais
-Isolamento a partir de recursos naturais
-Compra em coleções de culturas
-Obtenção de mutantes naturais
-Obtenção de microorganismos recombinantes por técnicas de engenharia
genética
8. Preparo do Inóculo
 É a suspensão de microorganismo suficientemente concentrada para
garantir a fermentação de uma dado volume de meio de cultura;

 Os microorganimos de interesse comercial devem ser obtidos puros e


conservados em cultivo artificial;
 Cultivo puro: Todas as células são da mesma espécie (ocorre na maioria dos
processos industriais)
 EX: Produção de antibióticos por cepas de actinomicetos.

 Cultivo misto: Várias espécies de microorganimos que atuam em conjunto:


 EX: Tratamento de resíduos e maceração de fibras.

 Etapas do preparo do Inóculo


 FASE DE LABORATÓRIO e FASE INDUSTRIAL
8. Preparo do Inóculo
Fase Laboratório
 A cultura estocada é replicada em volumes sucessivamente maiores
(geralmente 10X), sendo incubada a temperatura adequada .
 Geralmente é utilizado o mesmo meio de cultura)

- Tempo: tem que respeitar


a curva de crescimento
(normalmente até o final da
fase exponencial, quando
a atividade metabólica é
máxima)
Etapas do Processo – Inóculo
Ativação/Propagação
8. Preparo do Inóculo
Fase Industrial
 Prossegue-se efetuando-se semeaduras em volumes crescentes;
 São utilizados propagadores (pequenos fermentadores)
 A propagação é realizada até que o volume do inóculo esteja entre 2 a
5% do volume de fermentação.
9. Recuperação do Inóculo

 Importante para diminuição do custo operacional;

 Após a fermentação, o inóculo é recuperado, ativado e reutilizado


 com isso evita-se o consumo de nutrientes e a propagação;

 Importante manter um controle da pureza microbiana e da


vitalidade da cultura a fim de evitar perdas de rendimento
 Ex: Cervejarias: utiliza-se o mesmo inóculo em 5 vezes.
 EX: Produção de álcool etílico: pode-se reutilizar a levedura por toda
a safra.
10. Requisitos para a escolha dos Microorganimos
 Viabilidade: o agente de fermentação deve ser viável (apresentar grande
número de células vivas) e ser de fácil manutenção a temperaturas baixas ou a
baixos valores de umidade.
 Estabilidade: não apresentar variação ou mutação.
 Após várias reproduções continuar com a mesma capacidade.

 Potência: Produzir o metabólito desejado com alto rendimento.


 A concentração máxima do produto é obtida quando o microorganismo

apresenta alta tolerância ao excreta.


 Inocuidade: Não deve ser patogênico.
 Não exigir condições de processo muito complexas;
 Não exigir meios de cultura dispendiosos.
 Permitir a rápida liberação do produto no meio
 Permitir o acúmulo do produto no meio de forma a se ter elevada
concentração de produto no mosto fermentado
11. Meios de Cultura (MOSTO)
 Preparado utilizando-se a matéria prima e os nutrientes por ventura necessários;
 Pode ser necessário a realização de pre-tratamento da matéria prima;
 O meio de cultivo pode ser esterelizado ou não, de acordo com as exigências do
processo.

CARACTERÍSTICAS DESEJADAS DO MEIO DE FERMENTAÇÃO


 Ser o mais barato possível (disponibilidade de matéria prima)
 Atender as exigências nutricionais do microorganimos
 Estabilidade dos componentes durante a armazenagem
 Ter composição razoavelmente fixa
 Não causar dificuldades na recuperação do produto ou no tratamento final do(s)
resíduos(s).
12. Fermentação
 Processo tem início após a inoculação do mosto;

 O processo fermentativo deve ser controlado a fim de garantir a


manutenção das condições operacionais, durante todo o período.
 Controle de pH, Temperatura, Oxigênio dissolvido e a

formação de espuma.

 A cinética do processo deve ser acompanhada através do


crescimento celular, consumo do substrato e da formação de
produto ao longo do tempo.
13. Recuperação do Produto da
Fermentação
 De fundamental importância
 Pode representar até 70% do custo fixo total do processo;

 Como a nutrição dos microorganimos é holofílica, as


concentrações de produto obtidas no mosto fermentado, são
baixas devido à necessidade de diluição e a inibição dos
microorganismos pelos próprios produtos formados na
fermentação que são, muitas vezes, tóxicos.

 Baixas concentrações não significam baixos rendimentos.

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