Aula 02 - Psicologia Jurídica

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PSICOLOGIA JURÍDICA EM

PERSPECTIVA CRÍTICA

PROF. DR. NELSON GOMES DE SANT’ANA E SILVA JUNIOR


PROF. ANA RAFAELLA VIEIRA FERNANDES SILVA
INTRODUÇÃO

 Psicologia do senso comum x Psicologia Científica

 Diversidade de objetos de estudo = diversidade dos fenômenos


psicológicos = CIÊNCIAS PSICOLÓGICAS

 Subjetividade
PSICOLOGIA JURÍDICA

 Área da Psicologia que se relaciona com o sistema de justiça.

 Popolo: estudo a partir da perspectiva psicológica de


condutas complexas, em forma atual ou potencial, que
possuam relevância jurídica (tradução livre).
PSICOLOGIA JURÍDICA

 Tratada historicamente como APOIO ao Poder Judiciário.

 Submissão ao Direito.
PSICOLOGIA JURÍDICA

 Surge com demandas específicas (Testemunho, Psicodiagnóstico)


para atender a alta expectativa do judiciário por respostas,
explicações e descoberta de verdades.

 Consolida-se como prática majoritariamente pericial.


Predominância de confecção de laudos, pareceres e relatórios.
PERÍCIA

 Complexidade dos comportamentos se dá pela multiplicidade de


fatores que o determinam.

 Limitação do conhecimento da conduta a partir da perícia, por


analisar apenas um recorte parcial da realidade do indivíduo.

 Necessidade de compreensão interdisciplinar do fenômeno estudado.


OUTRAS POSSIBILIDADES DE
ATUAÇÃO

 Infância e Juventude  Polícias


 Família e Sucessões
 Forças Armadas
 Segurança Pública
 Cível
 Penitenciárias
 Trabalhista  Mediação de Conflitos
 Criminal / Execução Penal  Ministério Público
 Testemunho  Direitos Humanos
 Magistratura  Proteção a Testemunhas
 Vitimologia
INFÂNCIA E JUVENTUDE

 Adoção (Avaliação, grupos de pais, orientações, etc.)


 Medidas Socioeducativas (Planejamento, execução, liberdade assistida, avaliação)
 Jovens Infratores (Avaliação, acolhimento, acompanhamento, apoio psicossocial,
encaminhamentos)
 Reintegração Familiar /Acompanhamento Terapêutico
 Escuta Psicológica / Entrevistas / Avaliação Psicológica
 Trabalho Infantil
FAMÍLIA

 Separação (mediação, orientações)


 Guarda (avaliação, monitoramento, visitas, indicações)
 Alienação Parental (Identificação, acompanhamento, escuta psicológica)
 Violência Doméstica (Avaliação, apoio psicossocial, grupos de vítimas, grupos
de agressores)
 Grupos de Pais
CÍVEL/TRABALHISTA

 Interdição / Tomada de decisão apoiada (Avaliações de saúde mental, capacidade)


 Dano Moral / Dano Psíquico (Avaliação, nexo causal e encaminhamentos)
 Acidentes de Trabalho
 Doenças Ocupacionais
 Trabalho Escravo
 Assédio Moral / Sexual
 Mediação de Conflitos
CRIMINAL

 Avaliações (Ingresso, progressão de regime etc.)


 Grupos de Apoio Psicossocial (Apenados, Familiares e vítimas)
 Penas e Medidas Alternativas (acolhimento, acompanhamento, indicações,
orientação, avaliação)
 Sensibilização Comunitária (Informações, campanhas anti-estigmas, contatos
com ONGs, empresas e entidades governamentais)
 Fortalecimento de Redes de Apoio.
POLÍCIA E FORÇAS ARMADAS

 Seleção e Formação de Pessoal.


 Treinamentos Específicos
 Acompanhamento Terapêutico.
 Avaliação Psicológica.
 Relações Interpessoais.
 Doenças Ocupacionais.
 Articulação com Políticas Públicas.
 Direitos Humanos.
PENITENCIÁRIA

 Apoio psicossocial.
 Formação de Gestores.
 Campanhas de DST / AIDS
 Grupos de Familiares de Presos
 Reintegração Social
 Apoio Psicológico aos Agentes Penitenciários
 Formação Profissional
 Projetos Educacionais
 Avaliações Psicológicas.
VITIMOLOGIA

 Plano de Segurança Pessoal


 Apoio à Vítimas de Violência
 Fortalecimento de Redes de Apoio
 Programas de Proteção à Testemunha
 Apoio a Familiares de Testemunha
 Delineamento de Estratégias de Fuga
 Escuta Psicológica
 Avaliação Psicológica
“Retomando a Psicologia Jurídica, acredito que ela deve ir além do
estudo de uma das manifestações da subjetividade, ou seja, o estudo
do comportamento. Devem ser seu objeto de estudo as
consequências das ações jurídicas sobre o indivíduo.” (FRANÇA,
2004, p. 76)
MICHEL FOUCAULT

“Pareceu-me que entre as práticas sociais em que a análise histórica


permite localizar a emergência de novas formas de subjetividade, as
práticas jurídicas, ou mais precisamente, as práticas judiciárias, estão
entre as mais importantes” (2001, p. 11).

 Interferência nas Relações Humanas.

 Constituição da Subjetividade.
As práticas judiciárias – a maneira pela qual, entre os homens, se
arbitram os danos e as responsabilidades, o modo pelo qual, na história
do Ocidente, se concebeu e se definiu a maneira como os homens
podiam ser julgados em função dos erros que haviam cometido, a
maneira como se impôs a determinados indivíduos a reparação de
algumas de suas ações e a punição de outras, todas essas regras ou, se
quiserem, todas essas práticas regulares, é claro, mas também
modificadas sem cessar através da história – me parecem uma das
formas pelas quais nossa sociedade definiu tipos de subjetividade,
formas de saber e, por conseguinte, relações entre o homem e a verdade
que merecem ser estudadas (2001, p. 11)
MODELOS DE RELAÇÃO ENTRE
PSICOLOGIA JURÍDICA E DIREITO

 Modelo de subordinação: a Psicologia Jurídica procura tão-somente


atender a demanda jurídica como uma psicologia aplicada cujo objetivo
é contribuir para o melhor exercício do Direito.

 Modelo de complementaridade: a Psicologia Jurídica como ciência


autônoma, produz conhecimento que se relaciona com o conhecimento
produzido pelo Direito, incorrendo numa interseção. Portanto há um
diálogo, uma interação, bem como haverá diálogo com outros saberes
como da Sociologia, Criminologia, etc.
NOVOS DESAFIOS

 Atuação com vistas à defesa e promoção dos direitos humanos;

 Alinhamento com as políticas públicas;

 Reflexões sobre as novas demandas judiciais.


QUE LUGAR PARA A PSICOLOGIA
JURÍDICA?

 Defesa Intransigente da Dignidade Humana;


 Produção de Saúde Mental;
 Reflexão Crítica;
 Acolhimento não revitimizador;
 Diálogo;
 Enfrentamento;
 Denúncia.

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