Aula 06 - Maquiavel

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FILOSOFIA

DISCIPLINA/ NÚCLEO FORMATIVO


PLANO DE ENSINO
Maquiavel
Maquiavel – A política Moderna

O filósofo afasta se do pensamento especulativo ético


e religioso (vigente até então).
Ele inaugura a autonomia da política como objeto em
si
E independente de outros campos do saber
principalmente da religião cristã
Maquiavel – A política Moderna

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469.


É conhecido como o fundador da ciência política
moderna.
Seu pensamento representa o início de uma nova fase
da política.
Concepções de poder e modo de governar.
Maquiavel – A política Moderna

Aos 29 anos, ingressou na vida política assumindo o


cargo de Segundo Chanceler da República Florentina.
Se ocupava dos assuntos relacionados à guerra e à
política externa.
Foi também conselheiro e diplomata em sua cidade
natal.
Maquiavel – A política Moderna

Em 1513 devido a problemas políticos foi exilado em


San Casciano onde começou a escrever suas
principais obras
Em 1527 foi definitivamente excluído do poder em
Florença após a queda da família dos Médici.
Faleceu em 21 de junho do mesmo ano.
Itália no tempo de Maquiavel
Contexto Histórico

A Itália nos tempos de Maquiavel era uma península


dividida social e politicamente em cinco principais
Estados.
O Reino de Nápoles os Estados Pontifícios o Estado
Florentino, o Ducado de Milão e a República de
Veneza.
Essas regiões envolvidas em constantes conflitos
umas com as outras.
Contexto Histórico

Itália altamente fragilizada e presa fácil de interesses


estrangeiros que desejavam suas riquezas.
Principalmente Espanha e França.
Contexto Histórico

Florença era comandada pelos Médici.


Importante e poderosa família que governava o Estado
Florentino.
Até o ano de 1492 com Lourenço de Médici conhecido
como o Magnífico, a Itália experimentou tempos de
paz.
Contexto Histórico

Com sua morte seu lugar foi ocupado por seu filho
Piero de Médici, que não apresentava as mesmas
qualidades políticas de seu pai.
Carlos VIII rei da França invadiu Florença expulsando
a família dos Médici.
Dando o poder da região ao frei Girolamo Savonarola.
Com um discurso piedoso e atraente sendo também a
favor de Carlos VIII.
Contexto Histórico

Savonarola tornou se a figura mais importante de


Florença ganhando a simpatia do povo.
Empenhou se em construir um Estado em que os
valores cristãos fossem fortemente cultivados.
Savonarola criticou também a própria Igreja.
Foi condenado pela Igreja sendo torturado e morto em
praça pública em 1498.
Contexto Histórico

Maquiavel foi um pensador de seu tempo.


Sua preocupação principal era de que a Itália fosse
invadida.
A única saída era se a Itália se tornasse forte, se
unificasse.
A unificação italiana ocorreu na segunda metade do
século XIX.
O realismo de Maquiavel

Antes dele, o poder político e a vida em sociedade


encontravam sua origem em Deus na natureza ou na
razão coisas externas à política.
Nessa concepção tradicional de política, as ideias de
Estado e sociedade fundamentavam se sempre no
ideal, no dever ser.
E não na realidade em si mesma.
Sua preocupação se voltava sobre a realidade.
O realismo de Maquiavel

Maquiavel dedica se a pensar a política como ela é.


Abandona as discussões sobre Estados e governantes
ideais.
Como os homens governam e governaram de fato.
Procura entender qual é a legitimidade do poder do
governante.
Como se alcança e se permanece no poder.
Qual é o fundamento do poder?

O fundamento do poder político e da própria sociedade


encontra se na realidade.
Não admitindo a ideia de que haja um fundamento
externo e anterior à política concreta.
Qual é o fundamento do poder?

Na cidade, a política é o resultado da disputa pelo


poder de três grupos:
Os que estão no poder e querem se manter nele.
Os que não estão no poder e querem alcança-lo.
E o povo que não quer ser oprimido.
Qual é o fundamento do poder?

O poder político é resultado da divisão:


Das lutas internas.
Do constante conflito inerente à vida em comum.
Como não é possível que todos satisfaçam seus
próprios interesses.
Muitas vezes eles são contrários aos de outros
Indivíduos.
O conflito é inerente à vida social.
Não existe sociedade sem conflito.
Qual é o fundamento do poder?

Se à primeira vista o conflito pode parecer ruim e prejudicial


à sociedade.
Ele é necessário já que é dele que nasce o poder político.
É da luta entre forças opostas que se estabelece o equilíbrio.
Entre aquele que ocupa o poder e aquele que quer ocupa-lo.
E dessa luta quem colhe mais benefícios é o povo.
Que goza do equilíbrio trazido por essa luta entre opostos.
Verdadeiro príncipe tem força e sabe como tomar e
conservar o poder.
Ele não deve jamais se aliar aos poderosos.
Estes são seus concorrentes e desejam também o poder
para si.
O príncipe deve atender ao povo.
Seu ódio o levaria à ruína.
Limitar o desejo de opressão dos poderosos contra o povo.
Pela força e pela luta, que devem se traduzir em poder e
leis
Virtú e fortuna

A vida política não é para todos.


Não basta querer ser político.
É necessário ter características de político.
O verdadeiro príncipe é o indivíduo de virtú e fortuna.
Virtú e fortuna

A palavra virtú significa virtude.


Não se refere às virtudes cristãs.
Virtú qualidades próprias do bom dirigente.
Daquele que sabe fazer o que deve ser feito.
Consegue enxergar mais e além do que todos os
outros homens.
Virtú e fortuna

Virtú força, astúcia, flexibilidade (quando esta for


necessária), firmeza (quando as circunstâncias assim
exigirem).
Capacidade de enxergar esta realidade e agir de
acordo com as suas vicissitudes.
Adaptando se aos acontecimentos para se manter no
poder.
Tais acontecimentos são fruto das contingências, ou
seja, da fortuna.
O termo fortuna diz respeito aos acontecimentos
imprevisíveis.
Que podem tanto servir ao governante quanto
prejudicá-lo.
Trata se das coisas inevitáveis que a história
encarrega se de trazer.
Diante da imprevisibilidade da fortuna.
O príncipe de virtú sabe reconhecer os
acontecimentos favoráveis e utilizá-los em seu favor.
E também reconhecer aquilo que causaria prejuízo,
evitando seus desdobramentos.
"Os fins justificam os meios"

É portanto necessário, para que um príncipe que


deseje conservar o poder, aprender a não ser bom e a
usar disso, ou não usar, segundo a necessidade.
Maquiavel rompe definitivamente com o pensamento
político tradicional.
Que defendia que as ações têm em si um valor
intrínseco e que o que é mau e ruim, o é por natureza.
Durante toda a Antiguidade e Idade Média o que era
certo e o que era errado estava bem definido.
Os valores continham um caráter em sua própria
natureza.
Dessa forma, a avaliação de uma ação como justa ou
injusta baseava se na essência dos valores morais.
As ações tornam se contingentes.
As ações devem ser julgadas como corretas ou
incorretas de acordo com seus resultados para esse
fim.
A ação eficaz, que traz resultados.
Comprometida com o quantitativo e não com o
qualitativo.
É julgada pelo resultado alcançado.
Em certas ocasiões o príncipe deverá mentir, em
outras não.
Em algumas será necessário enganar e corromper em
outras não.
Algumas circunstâncias exigirão a violência e mesmo
a crueldade.
Outras exigirão a flexibilidade e a compaixão.
Moral pública e moral privada

Para os gregos e medievais os valores são os


mesmos dentro de casa, na vida privada, e fora dela,
na vida pública.
O que é bom é bom em qualquer ocasião e
circunstância.
Para Maquiavel, não é assim .
Na vida privada, as pessoas podem ter valores
próprios , como os do cristianismo, que determinarão
suas ações como a justiça, piedade, mansidão,
compaixão e outros.
Esses valores são, do ponto de vista de uma moral
pessoal, caros e incontestáveis.
Porém, na vida pública, esses valores não se aplicam.
Maquiavel republicano

A visão interpretativa do Maquiavel que defende um


poder centralizado nas mãos de poucos ..(Obra O
Príncipe).
A filosofia do livro O príncipe e a filosofia do livro
Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio.
No primeiro texto, Maquiavel apresenta a necessidade
do poder concentrado e forte nas mãos do governante.
Na obra Discursos sobre a primeira década de Tito
Lívio entende que o verdadeiro e legítimo detentor do
poder é o povo.
O poder deve estar na mão do príncipe que deverá
governar com mãos de ferro, até que a ordem seja
estabelecida.
O poder absoluto só se justifica até o momento em que a
unificação da Itália aconteça.
Uma vez alcançado tal objetivo Esse poder deve passar
às mãos do povo.
Fundando um poder republicano.
As ações têm seu caráter nos resultados para o bem estar
geral da cidade.
Do povo, e não mais são consideradas boas ou más em si
mesmas.
LEMBRETE

Os fins justificam os meios?


REFERÊNCIAS

ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia. Lisboa:


Presença, 1992.
ARANHA, M. L. & MARTINS, M. H. P. Filosofando. São
Paulo: Moderna, 2003.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
CHALITA, G. Vivendo a filosofia. São Paulo: Atual,
2002.
COTRIM, G. Fundamentos da filosofia. São Paulo:
Saraiva, 2002 [e 2006].
REFERÊNCIAS

GILES, T. R. Introdução à Filosofia. São Paulo:


EDUSP, 1979.
MANDIN, B. Os filósofos do ocidente. São Paulo:
Paulus, 1982.

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