METASTRONGYLUS SPP.
Daniela Krieck do Nascimento
São vermes delgados, de coloração
esbranquiçada.
Podem medir até 6cm de comprimento
Apresentam dois lábios laterais trilobados,
são diferenciados pelo tamanho e formato
das espículas no macho
Parasitam principalmente suínos e javalis
Três espécies:
Metastrongylus apri
Metastrongylus pudendoctus
Metastrongylus Salmi
Hospedeiro intermediário: Minhocas Filo: Nematoda
Causam a doença chamada de Classe: Secernetea
metastrongilose Superfamilia: Metastrongyloidea
CICLO EVOLUTIVO
As larvas eclodem imediatamente em
contato com o solo (em temperatura
adequada de 22-26ºC)
O hospedeiro intermediário ingere a L1
L1 se desenvolve até L3 no organismo do
HI em cerca de 10 dias
O suíno ingere o HI com L3, que é
liberada no estômago durante a digestão
L3 desloca-se até os linfonodos
mesentéricos e sofre muda para L4
L4 alcança os pulmões pela via linfato-
sanguínea
A muda final ocorre nas vias respiratórias
METASTRONGYLUS APRI
SINÔNIMO: Metastrongylus elegantus
O macho mede até 25mm
Fêmea mede até 58mm
Há 6 papilas pequenas ao redor da abertura bucal
As espículas do macho são filiformes e têm 4mm
de comprimento que terminam em formato de
gancho
PPP: 24 dias
HI: Minhocas dos gêneros Lumbricus terrestres e
rubellus, Diplocardia spp, Dendrobaena rubida,
Eisena austríaca, Helodrilus foetidus e caliginosus
HD: suínos, javalis, esporadicamente em ovinos,
caprinos e veados
Parasitam suínos e javalis, infestam pulmão
METASTRONGYLUS PUDENDOCTUS
SINÔNIMO: Metastrongylus brevivaginatus
O macho mede até 18mm
Fêmea mede até 37mm
As espículas do macho são menores que de
M. apri, têm menos de 1,5 de comprimento
que terminam em formato de gancho duplo
Fêmea possui cauda reta
PPP: 4 semanas
HI: Minhocas dos gêneros Lumbricus, terrestres
e Lubbricus rubellus
Parasitam suínos e javalis, infestam pulmão
METASTRONGYLUS SALMI
Macho mede até 18mm
Fêmea mede até 37mm
As espículas do macho medem cerca de 2
mm
HI: Minhocas dos gêneros Lumbricus,
Dendrobaena, Eisena e Helodrilus
Parasitam suínos e javalis, infestam pulmão
PATOLOGIA
Broncopneumonia acentuada
Durante o PPP desenvolvem-se áreas de consolidação pulmonar
Há hipertrofia de músculos bronquiais
Hiperplasia linfoide peribronquial, inflamação pulmonar
6 semanas após a infecção ocorre enfisema e bronquite crônica com
nódulos acinzentados
SINAIS CLÍNICOS
• A doença é discreta e assintomática na maioria dos animais mais
velhos
• Animais mais jovens podem apresentar tosse, dispneia e
secreção nasal
• Pode haver infecção bacteriana secundária agravando os
sintomas e causando inapetência e perda de peso
DIAGNÓSTICO
• Feita por exame parasitológico de fezes, solução de sulfato de
magnésio saturada em função da alta densidade dos ovos
• Achado acidental de necropsia nos lobos pulmonares posteriores
• Pode ser feito com a ajuda do histórico e sinais clínicos
• É mais comum em suínos criados soltos em pastagens
EPIDEMIOLOGIA
• Distribuído mundialmente
• Tem maior prevalência em
suínos de 4 a 7 meses de idade
• É comum na maior parte do
mundo, os surtos não são
frequentes
• Importantes na disseminação
de doenças como a influenza e
peste suína
CONTROLE
• Difícil em criações extensivas onde os suínos tem acesso a pastagens, devido a longevidade
do hospedeiro intermediário
• Quando ocorrem surtos, os animais devem ser confinados, tratados e a pastagem deve ser
utilizada por outros animais
• Limitar o acesso ao ar livre
TRATAMENTO
• Benzomidazóis, levamisol e as lactonas macrocíclicas são altamente efetivos