Curso de Física

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CURSO

DE
FÍSICA
PROF. VICTOR NASCIMENTO
10º ANO DE ESCOLARIDADE
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

• Analisando a figura 1, observamos que, em relação ao skate, o


cascão está em repouso e em relação ao Cebolinha, ele está em
movimento com o skate.
• Afinal, cascão está ou não em movimento? Seria possível realizar um
experimento para comprovar se realmente ele está em movimento?
• Em outras palavras, é possível determinar o movimento absoluto de
um corpo, ou somente podemos determinar seu movimento relativo
em relação a outro corpo?
Figura 1 – Noção de movimento ou repouso em relação a um referencial
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

• Portanto, a localização de um móvel, por si só, não permite dizer se o


móvel está em movimento ou em repouso.
• Um móvel se encontra em movimento em relação a determinado
referencial quando ele muda de posição no decorrer do tempo.
• Se, durante determinado intervalo de tempo, a sua posição permanece
inalterada, ele está em repouso para esse referencial.
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

• Quando uma pessoa caminha na areia, ela deixa “pegadas”


por onde passa (figura 2) que indicam a sua trajetória, isto é,
indicam se o corpo se movimenta em linha reta ou em curva.
• Além disso, o espaçamento entre as “pegadas” pode nos
fornecer informações a respeito da velocidade do corpo,
mostrando se ela permaneceu constante, se aumentou ou
diminuiu.
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

• Com todos esses dados, podemos prever, por exemplo, onde o corpo
estará em determinado instante ou quanto tempo será necessário para
alcançá-lo.
• Assim como as pegadas que uma pessoa deixa na areia, os rastros de
fumaça produzidos por aviões em voos de exibição evidenciam a
trajetória de um corpo em movimento (figura 2).
Figura 2 – Noção de trajectória
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

Exercícios (UFRJ)
1) A Heloísa, sentada no banco do autocarro, afirma que o passageiro
sentado à sua frente não se move, ou seja, está em repouso.
 Ao mesmo tempo, o Abelardo, sentado à margem da rua, vê o autocarro
passar e afirma que o referido passageiro está em movimento.
 De acordo com os conceitos de movimento e repouso usados em
mecânica, explique de que maneira devemos interpretar as afirmações
de Heloísa e Abelardo para dizer que ambas estão corretas (figura 3).
Figura 3
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

Exercícios (UFRJ)
2) Imagine que um marinheiro deixa cair uma chave do alto do mastro
de um barco e em relação a esse fato, apresentamos as seguintes
considerações:
a) Se o barco estiver em repouso, a chave cairá exatamente ao pé
do mastro e sua trajetória é retilínea.
b) Se o barco estiver em movimento, a chave cairá em um ponto
próximo da popa do barco e sua trajetória é parabólica.
MOVIMENTO, REPOUSO & TRAGETÓRIA

Exercícios (UFRJ)
c) Para uma pessoa fora do barco, independentemente de o barco
estar em repouso ou em movimento,a trajetória da chave é
retilínea.
 Qual(is) consideração(ões) está(ão) correta(s)? Justifique.
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

• Vamos desenvolver os conceitos de espaço, deslocamento e velocidade


levando em conta que o móvel realiza um movimento unidimensional.
• O movimento unidimensional é aquele que acontece ao longo de uma
linha, como por exemplo, nas rodovias, onde a localização é feita por
meio de placas correspondentes aos marcos quilométricos.
• Assim, uma placa com a indicação “km 407” (figura 4) nos informa
que aquele ponto se encontra a 407 km do marco zero (origem) da
rodovia, adotado como referencial.
Figura 4 – Noção da posição de um móvel
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

• Nas ruas de certas cidades, a numeração das casas obedece a critérios


preestabelecidos (figura 5).
• De modo geral, a numeração aumenta no sentido centro-bairro, e o
número da casa indica aproximadamente a distância, em metros,
daquele ponto ao início da rua, adotado como referencial.
• Assim, a numeração é feita de tal maneira que os números pares são
colocados no sentido crescente à direita de quem olha para o final da
rua.
Figura 5 - Noção da posição de um móvel
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

• A placa da figura 5 indica o intervalo da numeração de cada


quarteirão é um meio de facilitar a localização.
• Nessa foto, vemos uma placa voltada para o quarteirão que vai do
número 317 ao 225 de uma rua do município de Curitiba, Paraná
(Brasil).
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

• Nos dois exemplos citados, a localização de um móvel é feita com


uma única coordenada, como por exemplo, a indicação da placa ou
o número da casa.
• Essa é a característica do movimento unidimensional (uma única
coordenada) define a posição do móvel.
• Essa coordenada (uma medida algébrica positiva ou negativa)
recebe o nome de espaço, que representaremos pela letra S.
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

••  
Oespaço S é a medida algébrica da distância, obtida ao longo da
trajetória, ou seja, do ponto onde se encontra o móvel ao ponto
de referência adotado como origem (O).
• Na figura 6, o móvel A percorreu uma distância (espaço) de 80km à
direita do ponto de referência, ficando na posição é .
• E o móvel B percorreu uma distância (espaço) de 30km à esquerda do
ponto de referência, ficando na posição é .
Figura 6 – Noção de espaço percorrido por um móvel
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

• A orientação “positiva para a direita” é arbitrária, isto é, dependendo da


situação, podíamos ter adotado livremente a orientação “positiva para a
esquerda”.
• A unidade do espaço é qualquer unidade de medida de comprimento, portanto,
podemos usar:
 Milímetro (mm);
 Centímetro (cm);
 Metro (m);
 Quilómetro (km), etc.
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

••  
Seo móvel modifica sua posição, o espaço varia e nesse
caso,dizemos que o móvel sofreu um deslocamento escalar, ()
• O símbolo (chamada de delta) representa diferença e neste caso
representa a diferença entre a posição final () e a posição inicial () do
móvel, ou seja:

∆ 𝑠=𝑥 𝑓 − 𝑥 𝑖
 
POSIÇÃO, ESPAÇO & DESLOCAMENTO

• O deslocamento escalar pode ser positivo, negativo ou nulo, pois


nem sempre ele equivale à distância ou espaço efetivamente
percorrida pelo móvel, que é sempre positiva, ou seja:

𝑠=|∆ 𝑠|=|𝑥 𝑓 − 𝑥 𝑖|
 

• Na verdade, essa equivalência só acontece quando o móvel se


movimenta sempre no mesmo sentido e a favor da orientação da
trajetória.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

• A primeira ideia que fazemos de velocidade está associada à rapidez,


ou seja, quanto maior a velocidade de um carro, mais rápido ele se
movimenta.
• Portanto, maior é a distância percorrida por ele em dado intervalo de
tempo, sendo que essa ideia nos remete ao valor numérico da
velocidade, aquele indicado no velocímetro dos automóveis.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

• Se um carro parte de uma cidade com o velocímetro sempre indicando


60 km/h, aproximadamente, será que podemos afirmar, com segurança, que após duas
horas o carro vai estar a 120 km do ponto de partida?
• A resposta é não, a menos que tenhamos o conhecimento prévio da direção e do
sentido do movimento.
• Pois o velocímetro de um automóvel indica o valor numérico da velocidade em
determinado instante (velocidade instantânea), sem levar em conta para onde o
veículo se movimenta.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

••  
Para
que a velocidade possa ser usada como fator fundamental para a
localização de um móvel, em movimento unidimensional, é preciso
associá-la ao deslocamento escalar e não à distância percorrida.
• Isso nos leva ao conceito de velocidade escalar média, representada
por , como por exemplo:
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

••  
Umcarro parte às 7h de um ponto localizado no km 50 de uma
rodovia, e, às 10h, ele se encontra no km 110 (ver figura 7).
• De acordo com essas informações, determinamos que o
deslocamento do carro foi de 60 km, isto é:
;

Figura 7 – Noção de velocidade escalar média
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

•  
• Esse deslocamento foi efectuado num intervalo de tempo igual a 3h,
ou seja:
;
;

VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

•  
• Logo, podemos afirmar que, em média, o carro se deslocou
20 km a cada hora, ou seja:

• Esse resultado (20 km/h) é o valor da velocidade escalar média ()


desse carro por cada hora.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

• Observe que, para o cálculo da velocidade escalar média, não


interessa o que se passou com o carro durante essas três horas de
percurso.
• Mesmo que o hodômetro (instrumento que indica distâncias
percorridas) do carro indique uma distância percorrida de, por
exemplo, 200 km, ela não é levada em conta.
• Para o cálculo da velocidade escalar média somente interessam o
deslocamento escalar e o correspondente intervalo de tempo.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

••  
Deuma forma geral, podemos dizer que a velocidade escalar média
() é dada pela relação entre o deslocamento escalar () e o
correspondente intervalo de tempo ().
• Em símbolos, temos:

  ∆𝑠
𝑣𝑚=
∆𝑡
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

••  
No
sistema internacional de unidades (SI), a unidade de velocidade é
o metro por segundo (m/s), mas é muito comum no dia a dia o
emprego da unidade quilômetro por hora (km/h).
• Pode-se demonstrar que 1 m/s é equivalente a 3,6 km/h, ou seja:

VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

••  
Isso
significa dizer que para transformar o valor da velocidade de m/s
para km/h, devemos multiplicar por 3,6, e para transformar de km/h
para m/s, dividimos por 3,6.
• Por exemplos:
;
.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

• Embora os velocímetros indiquem sempre um valor positivo para


a velocidade, a velocidade escalar média pode ser positiva,
negativa ou nula, pois ela acompanha o sinal do deslocamento.
• Um deslocamento positivo (isto é, no mesmo sentido da
orientação da trajetória) implica uma velocidade escalar média
positiva.
• E um deslocamento negativo (sentido contrário ao da orientação
da trajetória) implica uma velocidade escalar média negativa.
VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

•  
• Se a posição final () coincidir com a posição inicial (),
o deslocamento escalar é nulo, assim como a
velocidade escalar média.
• O fato de a velocidade escalar média ser nula não
implica, necessariamente, que o móvel não tenha se
movimentado.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Uma cidade A está situada no km 160 de uma rodovia, conforme


nos indica a figura 8.
Se um carro parte dessa cidade e desenvolve uma velocidade
escalar média de 70 km/h, em módulo, determine a sua posição, após
2 horas de percurso, nas seguintes condições:
a) O carro movimenta-se no sentido da orientação da rodovia;
b) o carro movimenta-se no sentido contrário à orientação da
rodovia.
Figura 8 – Exercício resolvido
RESOLUÇÃO

• 
As duas situações citadas estão representadas (sem escala e em
cores fantasia) na figura 8.
 Na condição da alínea a, a velocidade é considerada positiva, e na
condição da alínea b, a velocidade é considerada negativa.
a) O deslocamento escalar no sentido positivo é:
RESOLUÇÃO

•  
a) Então, para obter a posição do carro na rodovia após 2h de percurso
é:
RESOLUÇÃO

•  
b) O deslocamento escalar no sentido negativo é:
RESOLUÇÃO

•  

 Portanto, se o carro parte do km 160 e movimenta-se no sentido da


orientação da rodovia, após 2,0 h vai estar no km 300.
 E se ele se movimentar no sentido contrário à orientação da rodovia,
vai estar no km 20.
ACELERAÇÃO

• Algumas pessoas têm verdadeiro pavor das altas velocidades, no


entanto, o que realmente incomoda essas pessoas não é a velocidade
em si, mas sim as suas variações.
• Por exemplo, em algumas viagens de avião, a velocidade é superior a
800 km/h em relação ao solo, e as pessoas movimentam-se tranquila-
mente nele, como se o avião estivesse parado.
ACELERAÇÃO

• Em outras situações, as pessoas têm prazer em sentir os efeitos das


variações de velocidade, como no caso daqueles que vão aos parques
de diversões em busca de brinquedos “radicais” (figura 9).
• Podemos imaginar como seria um passeio em uma montanha-russa se
o carrinho subisse e descesse sempre com a mesma velocidade?
Certamente, não teria graça.
Figura 9 – Noção de aceleração
ACELERAÇÃO

• Geralmente, a palavra “aceleração” é associada a um aumento de


velocidade, ou seja, no quotidiano, acelerar significa aumentar a velo-
cidade.
• Entretanto, em ciências o termo acelerar possui um sentido mais
amplo, pois na física, quando ocorre mudança na velocidade de um
corpo, dizemos que existe aceleração.
ACELERAÇÃO

• Aceleramos quando:
a) Produzimos um aumento na velocidade (figura 10);
b) Produzimos uma diminuição na velocidade (figura 11);
c) Fazemos uma alteração na trajetória, mesmo que o valor da
velocidade permaneça constante.
Figura 10 – Aceleração com aumento de velocidade
Figura 11 – Aceleração com diminuição de velocidade
ACELERAÇÃO ESCALAR

• Geralmente, as revistas especializadas publicam resultados de testes


realizados com os mais diversos modelos de automóveis.
• Entre outras informações técnicas, podemos observar que os automó-
veis de pequeno porte fazem de 0km/h a 100km/h em aproximada-
mente 16s.
• Essa informação significa que, partindo do repouso, o carro demora
16s para atingir a velocidade de 100km/h.
ACELERAÇÃO ESCALAR

••  
Emoutras palavras, podemos dizer que, em média, a velocidade do
carro aumenta 6,25 km/h a cada segundo.
• Esse valor, representa a variação da velocidade escalar por unidade
de tempo e é denominado aceleração escalar média ().
ACELERAÇÃO ESCALAR

••  
Porexemplo, se um móvel possui velocidade escalar instantânea no
instante e, após um intervalo de tempo , possui velocidade escalar
instantânea no instante , a aceleração escalar média é dada pela
seguinte equação:

 
∆ 𝑣 𝑣2 − 𝑣1
𝑎 𝑚= =
∆𝑡 𝑡 2 −𝑡 1
ACELERAÇÃO ESCALAR

••  
Onde:
 é a aceleração escalar média, medida em ;
;
;
;
.
ACELERAÇÃO ESCALAR

••  
No Sistema Internacional (SI), a unidade de aceleração é:

.
• Assim, o automóvel do exemplo anterior possui uma aceleração dada
por:
ACELERAÇÃO ESCALAR

• Quando consideramos a aceleração escalar num determinado instante,


e não num intervalo de tempo, ela recebe a denominação de
aceleração escalar instantânea (a).
• Algumas observações são necessárias:
a) A aceleração não indica o sentido do movimento, apenas
mostra com que rapidez a velocidade varia;
b) A aceleração é uma grandeza algébrica, ou seja, pode ser
positiva, negativa ou nula.
ACELERAÇÃO ESCALAR

• Uma aceleração positiva não significa, obrigatoriamente, que a


velocidade esteja aumentando.
• Do mesmo modo, uma aceleração negativa não significa,
obrigatoriamente, que a velocidade esteja diminuindo.
ACELERAÇÃO ESCALAR

• Por exemplo, um motorista de um automóvel que trafegava com


velocidade de 90 km/h (25 m/s), ao ver uma placa informando um
desvio à frente, reduz a velocidade do automóvel para 54 km/h (15
m/s) e, final do desvio, o motorista acelera e retorna à velocidade de
90 km/h.
ACELERAÇÃO ESCALAR

• A figura 10 mostra o comportamento da velocidade em função do


tempo e de acordo com essas informações, responda às seguintes
questões:
a) Qual foi o intervalo de tempo desde o início da redução da
velocidade até o automóvel voltar à velocidade de 90 km/h?
b) Calcule a aceleração escalar média no intervalo de 10s a 20s, no
intervalo de 20s a 60s e no intervalo de 0 a 80s.
Figura 10 – Gráficodo movimento
unidimensional
RESOLUÇÃO

•  
a) Entre e
b) Para o intervalo de tempo entre 10s e 20s, a aceleração escalar
média é:
RESOLUÇÃO

•  
b) Para o intervalo de tempo entre 20s e 60s, a aceleração escalar
média é:
RESOLUÇÃO

•  
b) Para o intervalo de tempo entre 0s e 80s, a aceleração escalar média
é:
MOVIMENTO UNIFORME

• Nas grandes cidades, em razão do intenso trânsito de veículos, é


praticamente impossível manter constante a velocidade de um carro.
• Já numa rodovia, em determinados trechos retilíneos, não é raro que
se consiga manter o carro em velocidade constante durante um bom
tempo.
• Quando isso acontece, dizemos que o móvel realiza um movimento
retilíneo e uniforme (MRU).
MOVIMENTO UNIFORME

• Podemos observar o movimento uniforme em algumas situações


cotidianas, como por exemplo, as escadas rolantes (figura 11A) que se
movimentam praticamente com velocidade constante.
• O mesmo pode ser dito das rodas-gigantes nos parques de diversões
(figura 11B), com exceção das paradas, para que os passageiros possam
entrar ou sair, o movimento de uma roda-gigante é praticamente uniforme.
• No caso da escada rolante, temos um movimento retilíneo e uniforme e,
no da roda-gigante, o movimento é circular e uniforme.
Figura 11A – Escada rolante
Figura 11B – Roda gigante
MOVIMENTO UNIFORME

• Outros exemplos de movimento uniforme são o dos ponteiros de um relógio


e o das extremidades das pás de um ventilador.
• A luz que recebemos do sol percorre a maior parte da distância até a terra a
uma velocidade constante de aproximadamente 300 mil quilómetros por
segundo.
• Já o som se propaga no ar com velocidade de cerca de 340 metros
por segundo (aproximadamente 1200 km/h).
• Enquanto você, sentado, lendo este livro, se movimenta em torno do sol com
a incrível velocidade, praticamente constante, de 107000 km/h.
MOVIMENTO UNIFORME

• Uma característica fundamental dos movimentos uniformes é que, em


intervalos de tempo iguais, o móvel percorre deslocamentos iguais
• Esta é uma das características que define uma velocidade cujo valor
numérico permanece constante ao longo do tempo.
• Por exemplo, se conseguirmos manter a velocidade de um carro
constante em 90 km/h, observaremos que:
Em 15 minutos (0,25 h), ele percorre 22,5 km;
Em 30 minutos (0,50 h), 45 km;
MOVIMENTO UNIFORME

Em uma hora, 90 km;


Se for possível dar continuidade a esse movimento, em 2 horas o
carro terá percorrido 180 km;
E em 3 horas, 270 km, etc.
MOVIMENTO UNIFORME

• Um modo prático de mostrar a relação entre deslocamentos e


intervalos de tempo é por meio de uma tabela, como nos mostra a
tabela da figura 12.
• Podemos usar também um diagrama horário de eixos ortogonais, no
qual representamos, no eixo vertical, os valores do deslocamento, e,
no eixo horizontal, os valores do intervalo de tempo (figura 13).
Figura 12 – Tabela deslocamento versus tempo com veleocidade constante a
90km/h
Figura 13 – Gráfico deslocamento versus tempo
MOVIMENTO UNIFORME

••  
Observe que tanto na tabela como no gráfico, que o deslocamento
escalar () é diretamente proporcional ao intervalo de tempo ().
• Isso significa dizer que a razão entre eles é uma constante, ou seja:
MOVIMENTO UNIFORME

• Essa razão constante é o valor da velocidade escalar (v) do veículo,


portanto, podemos escrever a seguinte equação:

 
∆𝑠
𝑣=
∆𝑡
MOVIMENTO UNIFORME

••  
Esta
equação é exatamente igual à da velocidade escalar média, o que
significa dizer que no movimento uniforme, é indiferente falarmos
em velocidade escalar média ou velocidade escalar instantânea, pois a
velocidade escalar é uma constante.
• Da equação da velocidade, temos que:
MOVIMENTO UNIFORME

••  
Da equação da velocidade, temos que:

• Adotando o instante inicial () como zero, obtemos:

𝑠=𝑠 0 +𝑣 𝑡
 
MOVIMENTO UNIFORME

•• A
  equação anterior recebe nome de função horária do espaço do movimento
uniforme e nos fornece o espaço de um móvel em qualquer instante ,
• Isso, desde que sejam conhecidos a posição inicial do móvel no instante e a sua
velocidade (que é constante).
• A função aplica-se a qualquer movimento uniforme, seja ele retilíneo ou
curvilíneo.
• A utilização de diagramas horários como ferramenta auxiliar na resolução de
situações que envolvem movimentos está ilustrada no exercício resolvido a seguir.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Dois móveis (A e B), movimentam-se simultaneamente numa


mesma trajetória e no mesmo sentido.
O diagrama horário da figura 14 representa o espaço (s) de cada
móvel em função do tempo (t).
Figura 14
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

• 
Com base no diagrama horário, determine:
a) O espaço inicial () de cada móvel;
b) O instante em que os móveis se encontram na mesma posição;
c) A velocidade de cada móvel nesse instante.
RESOLUÇÃO

•  
a) De acordo com o diagrama horário, temos que, no instante , a
espaço percorrido pelo móvel A é 0 (zero) e o do móvel B é 200m.
 Então, os espaços iniciais são:
 Móvel A:
 Móvel B:
RESOLUÇÃO

•  
b) Para que os móveis estejam na mesma posição, eles devem apre-
sentar o mesmo espaço (s).
 De acordo com o diagrama horário, isso acontece no instante
.
RESOLUÇÃO

•  
c) Podemos obter a velocidade de cada móvel por meio da função
horária do espaço.
 Usando os dados do diagrama horário, obtemos, para o móvél A:
RESOLUÇÃO

•  
c) E para o móvél B, temos:
MOVIMENTOS ACELERADOS

• No atletismo, uma prova que desperta grande interesse é a corrida dos


100 metros rasos.
• O interesse se justifica, pois nessa prova está em jogo o intervalo de
tempo que define o atleta mais rápido do planeta.
• Em agosto de 2009, em berlim, o jamaicano Usain Bolt estabeleceu
um novo recorde para essa prova, com o tempo de 9,58s.
MOVIMENTOS ACELERADOS

• Observando o gráfico da figura 15, alguns pontos chamam a aten-ção, como por
exemplos:
1. A maior variação de velocidade ocorre nos primeiros 20 metros da corrida,
quando a velocidade aumenta de 0 km/h a 36 km/h (10 m/s),
aproximadamente.
2. No meio da corrida, entre 40 m e 60 m, a velocidade do atleta sofre um
pequeno aumento e, no final desse intervalo, atinge o valor máximo de 43,56
km/h.
3. O gráfico contraria a suposição de que o atleta, no final da corrida, dá
uma arrancada, aumentando a velocidade, em busca da vitória, pois, a
velocidade do atleta diminuiu um pouco no final da corrida.
Figura 15 – Gráfico da velocidade versus distância
MOVIMENTOS ACELERADOS

• Com base no gráfico, podemos concluir que a prova dos 100 metros
rasos é caracterizada pelo fato de que a velocidade varia ao longo de
todo o percurso.
• Essa variação define o tipo de movimento realizado pelo atleta, que
neste caso, trata-se de um movimento acelerado.
• Já vimos que a aceleração é a grandeza que nos informa a rapidez com
que acontecem as variações de velocidade.
• E que ela estabelece a diferença fundamental entre os movimentos
acelerado e uniforme.
MOVIMENTOS ACELERADOS

• Vimos, também, que podemos usar um sinal 1 ou um sinal 2 na


velocidade para indicar o sentido do movimento, conforme seja a
favor ou contra a orientação da trajetória.
• O mesmo pode ser feito com a aceleração, ou seja, usamos os sinais 1
e 2 para indicar se a variação de velocidade é positiva ou negativa.
• Observe que a velocidade indica o sentido do movimento, enquanto a
aceleração indica a variação de velocidade.
MOVIMENTOS ACELERADOS

• Assim, um móvel pode apresentar velocidade positiva e variação de


velocidade negativa, sendo o que ocorre quando um móvel se
movimenta no sentido da orientação da trajetória com o valor
numérico de sua velocidade diminuindo.
• Também podemos ter uma velocidade negativa com uma aceleração
positiva, nesse caso, o móvel se movimenta no sentido contrário ao
da orientação da trajetória com o valor numérico de sua velocidade
diminuindo.
MOVIMENTOS ACELERADOS

• De uma forma geral, podemos afirmar que nos movimentos acelerados,


podemos ter velocidade positiva ou negativa e aceleração positiva ou
negativa, o que nos dá quatro possibilidades de associação, ou seja:
a) As duas primeiras, velocidade e aceleração de mesmo sinal
(ambas positivas ou ambas negativas), resultam em aumento no
valor numérico da velocidade.
b) As duas últimas, velocidade e aceleração de sinais contrários (v
>0 e a<0 ou v<0 e a > 0), resultam na diminuição do valor
numérico da velocidade.
MOVIMENTOS ACELERADOS

• É costume a utilização de termos diferentes para as várias possibili-


dades da variação de velocidade.
• Assim, temos:
 Movimento acelerado - o valor absoluto da velocidade aumenta;
 Movimento retardado - o valor absoluto da velocidade diminui;
 Movimento variado - o valor absoluto da velocidade varia,
podendo aumentar ou diminuir.
MOVIMENTOS ACELERADOS

• Entre os movimentos variados, existe um tipo especial no qual a


velocidade varia de quantidades iguais em intervalos de tempo iguais.
• Esse movimento recebe a denominação de movimento
uniformemente variado (MUV) e nele, como as variações de
velocidades por unidade de tempo são constantes, a aceleração é
constante.
MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

•• Observe
  a tabela da figura 16, apresenta a velocidade de um móvel em
função do tempo, informa-nos que, no intervalo de tempo de 0s a 6s, as
variações de velocidade são iguais.
• A cada intervalo de tempo de 1s, a velocidade aumenta 3m/s, ou seja, a
velocidade aumenta 3m/s a cada segundo, o que significa dizer que a
aceleração é constante e igual a .
• Dizemos que, nesse intervalo de tempo, o movimento é uniformemente
acelerado, ou seja, é acelerado porque o módulo da velocidade aumenta e
uniforme porque a aceleração é constante (ver o respectivo gráfico da figura
17).
Figura 16 – Tabela da velocidade em função do tempo
Figura 17 – Gráfico da velocidade em função do tempo
MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

••  
Observe,na tabela ou no diagrama horário, que a variação de
velocidade (v) é diretamente proporcional ao intervalo de tempo (t).
• Isso significa dizer que a razão entre eles é uma constante, ou seja:
MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

• Essa razão constante é o valor da aceleração (a) do movimento,


portanto, podemos escrever:

 
∆𝑣
𝑎=
∆𝑡
MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

••  
Essa
equação é exatamente igual à da aceleração escalar média, o que
significa dizer que, no movimento uniformemente variado (MUV), é
indiferente falar em aceleração escalar média ou aceleração escalar
instantânea, pois a aceleração escalar é uma constante.
• Na equação anterior, podemos escrever:
MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

•  

• Adotando o instante inicial () como igual a zero, podemos escrever:

𝑣 =𝑣 0+𝑎 𝑡
 
FIM
MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO

• Página 64 do PDF
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) p.
p
RESOLUÇÃO

 Página 53 do PDF
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

• Página 53 do PDF
Figura 1 -

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