Aula - Normas de Auditoria

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Normas Internacionais de Auditoria

Normas Internacionais de Relato Financeiro

Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria


Introdução à Auditoria
Ano Lectivo 2017

Belchior Cole
Normas Internacionais de Auditoria

A Regulamentação Profissional tem em vista:


• Ajudar a gerir o Audit Expectations Gap
• Assegurar qualidade na prática da Auditoria
• Promover a melhoria da prática de Auditoria
• Ajudar os utilizadores a compreenderem e interpretarem o processo de Auditoria
• A imagem pública dos Auditores
• Evitar a regulamentação estatal da profissão
• Ajudar os Auditores na negociação com os clientes
• Introduzir coesão e regularidade no processo de Auditoria
Normas Internacionais de Auditoria

Aplicam-se:
• no exame completo das DF
• outras funções de interesse público
• serviços relacionados (auditoria/revisão que tenham uma finalidade e ou âmbito
específicos ou limitados).
Normas técnicas
1. Normas gerais - relativas ao auditor
2. Normas de trabalho de campo
• Ações preparatórias
• Planeamento
• Coordenação, execução e supervisão do trabalho
3. Normas de relato
Normas Internacionais de Auditoria

Normas técnicas
Normas gerais
• independência, competência e sigilo profissional
• definição do compromisso com o cliente
• níveis de segurança a assumir pelo auditor
• atitude de dúvida sistemática
• responsabilidade do auditor pela sua opinião

Normas de trabalho de campo


Ações preparatórias
• conhecimento da entidade
• avaliação do CI
• determinação do risco de auditoria
Normas Internacionais de Auditoria
Normas de trabalho de campo Normas técnicas
Planeamento
• planear o trabalho de forma a atingir o nível de segurança pretendido e atendendo
ao risco de auditoria
• seleção criteriosa de amostras
• identificação dos terceiros com quem a entidade mantém determinadas relações

Coordenação, execução e supervisão do trabalho


• especial atenção quando há técnicos auxiliares
• obtenção de prova adequada e suficiente
• declaração de responsabilização da gestão
• consideração dos acontecimentos do período subsequente
Normas Internacionais de Auditoria

Normas técnicas
Conteúdo do documento final a emitir
• expressar a opinião de forma clara e sucinta
• identificar a natureza e o objeto do trabalho
• as responsabilidades do órgão de gestão e as suas
• o âmbito do trabalho efetuado
• apresentar as informações complementares que entenda necessárias

Forma positiva do relatório de auditoria


Forma negativa nos exames simplificados
Presunção de concordância das DF’s com o referencial adotado, salvo declaração
expressa do auditor noutro sentido.
Em situação que não permita expressar uma opinião o revisor deve declarar
expressamente as razões
Quando o trabalho tiver um objeto, finalidade ou âmbito específicos ou limitados, devem
ser claramente descritas no relatório e tidas em conta na opinião
Normas Internacionais de Auditoria
Normas Internacionais de Auditoria

Trabalhos de garantia de fiabilidade


Compromisso em que um profissional expressa uma conclusão concebida para
aumentar o grau de confiança dos utentes. Há dois tipos:

Garantia razoável de fiabilidade Conclusão expressa


de forma positiva

Garantia limitada de fiabilidade Conclusão expressa


de forma negativa
Normas Internacionais de Auditoria

Normas da IFAC
200-299 Princípios gerais e responsabilidades
300-499 Avaliação do risco e resposta aos riscos avaliados
500-599 Prova de auditoria
600-699 Utilizar o trabalho de outros
700-799 Conclusões e relato de auditoria
800-899 Áreas especializadas
1000-1100 Recomendações
2000-2999 Normas e recomendações sobre trabalhos de exame simplificado
3000-3999 Normas e recomendações de trabalhos de garantia de fiabilidade
4000-4999 Normas e recomendações de serviços relacionados
Normas Internacionais de Auditoria
Normas da IFAC
200 Objetivo da AE e a conduta de uma auditoria de acordo com as ISA
210 Termos de trabalhos de Auditoria
220 Controlo de Qualidade para Auditorias de DF
230 Documentação de Auditoria
240 A responsabilidade do auditor ao considerar a fraude numa Auditoria de DF
250 Considerações de Leis e Regulamentos numa Auditoria de DF
260 Comunicações com os Encarregados da Governação
265 Comunicar Deficiências do Controlo Interno aos Encarregados da Governação e
Gestão
300 Planear uma Auditoria de DF
Normas Internacionais de Auditoria
Normas da IFAC

315 Compreensão da Entidade e do seu ambiente e avaliar os riscos de distorção


material
320 Materialidade no planeamento e realização da Auditoria
330 Resposta do Auditor aos riscos avaliados
402 Considerações de Auditoria relativas a entidades que utilizem organizações de
serviços externos
450 Avaliação dos erros encontrados
500 Prova de Auditoria
501 Prova de Auditoria - Considerações adicionais para itens específicos
505 Confirmações Externas
510 Trabalhos Iniciais - Saldos de Abertura
Normas Internacionais de Auditoria
Normas da IFAC

520 Procedimentos analíticos


530 Amostragem de Auditoria
540 Auditoria de estimativas contabilísticas, incluindo o justo valor e divulgações
relacionadas
550 Partes relacionadas
560 Acontecimentos subsequentes
570 Continuidade
580 Declarações da Gerência
Normas Internacionais de Auditoria
Normas da IFAC

600 Considerações especiais – Auditoria de DF consolidadas


610 Considerar o trabalho de Auditoria Interna
620 A Utilização do trabalho de um perito
700 Formar uma opinião e relatar sobre as DF
705 Modificações ao relatório do auditor independente
706 O parágrafo das ênfases
710 Informação Comparativa
720 Responsabilidade do auditor em outras informações de documentos que contenham DF
auditadas
800 Considerações especiais – auditoria de DF preparadas para finalidade especial
805 Considerações especiais - auditoria de determinados itens ou elementos individuais
810 Auditoria sobre Informação Resumida
Auditoria em Moçambique
• Após a independência nacional em 1975, Moçambique passou por um conjunto de
transformações político-económicas que culminaram com a aprovação da
Constituição da República de Moçambique (CRM) de 1990, que introduziu o
Estado de Direito Democrático e abertura da economia ao mercado.

• As mudanças tiveram influência no desenvolvimento de instrumentos de regulação


da atividade económica. Como consequência, em 1990 aprovou-se o Decreto no
32/90 de 7 de Dezembro do Conselho de Ministros de Moçambique (1990), que
regulamenta a auditoria e certificação de contas, sendo o primeiro instrumento a
regulamentar a profissão do auditor.
Auditoria em Moçambique

• O artigo 1º do referido Decreto, com efeitos a partir do exercício


económico de 1992, estabelece a obrigatoriedade às sociedades
comerciais constituídas com projetos de investimento direto
estrangeiro, às empresas estrangeiras, relativamente aos resultados
do território nacional, e quaisquer outras empresas que operam no
país com regime tributário ou cambial especial, de apresentarem os
respetivos balanços e contas de resultado anuais certificados por
auditor independente e profissionalmente idóneo.
Auditoria em Moçambique

• Em 1999 foi aprovada a Lei no 15/99 de 01 de Novembro da


Assembleia da República de Moçambique (1999) que regula o
estabelecimento e o exercício da atividade das instituições de crédito
e das sociedades financeiras. Segundo o nº1 do artigo 77º da
mesma lei, as sociedades financeiras e instituições de crédito estão
sujeitas a auditoria externa que deverá ser realizada por um auditor
ou sociedade de auditoria reconhecida.
Auditoria em Moçambique

• No âmbito da melhoria das práticas da auditoria dentro das normas


internacionais aprovou-se a Lei no 8/2012 de 8 de Fevereiro da
Assembleia da República de Moçambique (2012), que cria a Ordem
dos Contabilistas e Auditores de Moçambique (OCAM) e aprova o
respetivo Estatuto, com o objetivo de regular o exercício da profissão
de contabilista e do auditor, e criar todas as condições atinentes ao
desenvolvimento destas profissões em Moçambique.
Auditoria em Moçambique

• Apesar da evolução que se tem verificado na auditoria, Moçambique ainda


não é membro da IFAC (IFAC, 2015). No entanto, o artigo 4º do Decreto no
32/90 de 7 de Dezembro e as Resoluções no 5/GB/2014 e a Resolução no
6/GB/2014 de 16 de Abril da OCAM (2014), que aprovam o Código de
Ética e Deontologia Profissional e o Regulamento Disciplinar da OCAM
remetem para a adoção de regras e práticas de auditoria que estejam de
acordo com os padrões internacionais. A resolução que aprova o código de
ética faz menção, na introdução, que a mesma constitui uma adaptação
em plenitude do Código de Ética do IFAC.
Normas Internacionais de Relato Financeiro

Regulação – ação de um regulador que tende a normalizar a atividade


de uma função.
Importância
• Demonstrações financeiras preparadas com um referencial similar.
• Comparabilidade da informação financeira.
• Confiança dos utilizadores da informação financeira.
• Melhor funcionamento dos mercados de capitais.
• Interesse público da informação financeira.
Normas Internacionais de Relato Financeiro

Desvantagens / Obstáculos
• Diversidade de práticas contabilísticas entre os diferentes países.
• Efeitos económicos derivados da aplicação das normas.
• Rigidez e complexidade das normas de contabilidade.
• Custos com a implementação de novas normas.
• Falta de entidades nacionais reguladoras.
• Nacionalismo exacerbado.
Normas Internacionais de Relato Financeiro

  ORGANISMO   NORMATIVO
IAS IFRS
  IASC IASB   SIC IFRIC
 FASB  US - GAAP

 UNIÃO EUROPEIA  DIRETIVAS, REGULAMENTOS


 CNC – EM CRIAÇÃO  MOÇAMBIQUE

Em que:
IASC – International Accounting Standards Committee
IASB – International Accounting Standards Board
FASB – Financial Accounting Standards Board
IAS – International Accounting Standards
IFRS – International Financial Reporting Standards
SIC – Standard Interpretations Committee
IFRIC – International Financial Reporting Interpretations Committee
US-GAAP – United States Generally Accepted Accounting Principles
CNC – Comissão Nacional de Normalização Contabilistica
Normas Internacionais de Relato Financeiro
O Organismo

• O IASB (International Accounting Standards Board) é um organismo normalizador


independente. Foi precedido pelo IASC (International Accounting Standards Committee) que
funcionou desde 1973 até 2001.

• O IASC foi fundado em Londres em 1973, com o acordo de 16 organismos profissionais de 9


países (neste momento estão representados no IASB mais de 150 organismos de mais de
100 países).

Os objetivos
• Elaborar e publicar normas internacionais de contabilidade de elevada qualidade e que
sejam globalmente aceites;

• Promover o uso e a rigorosa aplicação daquelas normas, tendo em vista a harmonização


das práticas contabilísticas e a comparabilidade da informação financeira.
Normas Internacionais de Relato Financeiro
Atual estrutura do IASB
Normas Internacionais de Relato Financeiro
O processo de harmonização contabilística do IASC/IASB
1.ª Fase (1973 – 1987)
• Elaboração de normas contabilísticas (IAS – International Accounting Standards)
que se pretendiam de aceitação mundial.
• IAS com várias alternativas e de elevada flexibilidade.
2.ª Fase (1988 - 1994)
• Elaboração da sua Estrutura Conceptual.
• Implementação do projeto de comparabilidade e melhoria:
• Elevação dos níveis de exigência;
• Redução das opções contabilísticas;
• Reformatação das normas.
• A IOSCO (International Organization of Securities Commissions) não aprovou as
normas revistas no projeto de melhoria e comparabilidade
Normas Internacionais de Relato Financeiro
3.ª Fase (1995 - 1999)
• Acordo com a IOSCO no sentido de rever e eliminar certas IAS, bem como
elaborar novas IAS sobre problemáticas não normalizadas.
4.ª Fase (após 2000 até hoje)
• Aceitação pela IOSCO da generalidade das normas como modelo de normalização
internacional e promoção da sua aplicação (endorsement).
• Reorganização interna que culminou na sucessão do IASB ao IASC.
• Projeto de melhoria da qualidade e coerência das normas existentes e incremento
do grau de convergência das normas a nível mundial, que se traduziu,
nomeadamente na:
• melhoria da estrutura das normas existentes;
• redução ou eliminação de alternativas, redundâncias e conflitos
• existentes nas normas;
• inclusão das interpretações nas normas objeto de aperfeiçoamento, a
• fim de melhorar a sua transparência, coerência e inteligibilidade;
• tratamento de questões relevantes para efeito de convergência (com o
• FASB – Financial Accounting Standards Board).
Entidades normalizadoras nacionais

Está em curso a criação Comissão de Normalização Contabilística (CNC) para


entidades inseridas no setor empresarial e setor público.

Instituições financeiras – Banco de Moçambique

Seguradoras – Instituto Supervisão de Seguros de Moçambique

Entidades com valores cotados em Bolsa – Comissão do Mercado de Valores


Mobiliários (CMVM)

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