Didática Do Ensino Da Arte

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MARTINS, Mirian Celeste, PICOSQUE, Gisa & GUERRA, M. Terezinha Telles.

Didática do Ensino de Arte - a língua do mundo: poetizar,


fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

PARTE I
A LINGUAGEM DA ARTE

Por que arte nas escolas? Qual a


importância das aulas de arte? O que
se tem ensinado nas aulas de arte de
fato é arte?
MARTINS, Mirian Celeste, PICOSQUE, Gisa & GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte - a língua do mundo: poetizar,
fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

QUESTÕES HISTÓRICAS
- Ensino da arte com ênfase no desenho, pautado por uma concepção
autoritária, centrada na valorização do produto e na figura do professor
como dono absoluto da verdade.
- Influência do movimento denominado Escola Nova – o papel do
professor era dar oportunidades para que o aluno se expressasse de
forma espontânea, pessoal, o que vinha a ser a valorização da
criatividade como máxima no ensino da arte – “deixar fazer”.
- LDB nº 5.692/71 – criação do componente curricular Educação Artística.
Dança, teatro, música e artes visuais ministrados por um único
professor. Arte enquanto terapia ou “tapa buracos”.
- LDB nº 9.394/96 – ensino de arte constituirá componente obrigatório
(artigo 26); PCN traz a arte como área com conteúdos obrigatórios e
não apenas como atividade. ARTE e não mais Educação Artística.
- A arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora
dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos
tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser
humano tem direito ao acesso a esse saber.
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fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

Tratar a arte como conhecimento é ponto fundamental e condição indispensável


que vem sendo trabalhado há anos por muitos arte-educadores.

CAMPOS CONCEITUAIS

DIDÁTICA
PCN
CRIAÇÃO/PRODUÇÃO

PRODUÇÃO

REFLEXÃO
FRUIÇÃO
CONHECIMENTO DA
PERCEPÇÃO/ANÁLISE PRODUÇÃO ARTÍSTICO-
ESTÉTICA
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fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

- A imaginação não é a faculdade de formar


imagens da realidade; é a faculdade de formar
imagens que ultrapassam a realidade.

- O desejo de compreender e apropriar-se da


realidade leva o homem a tentativas de
interpretação através da capacidade mental de
simbolizar.

- A linguagem é um sistema simbólico e toda


linguagem é um sistema de signos. (oral,
gráfica, tátil, auditiva, olfativa, gustativa,
artística (cênica – musical – visual).
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PARTE II
PRODUÇÃO E LEITURA EM ARTE
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fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

- O homem ousa ao buscar e atribuir sentido a


tudo e a todos que o cercam. Os signos
artísticos permitem ao homem construir sua
poética pessoal.

- Qual a matéria-prima para a criação de formas


artísticas (música, teatro, cinema, dança,
pintura, escultura, desenho, canto...? Os
signos:
* sonoros (tons, ruídos, silêncios, ritmos...)
* visuais (linhas, cores, luzes, formas...)
* corporais (gestos, movimentos, flexões, tensões...)
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fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

- No processo de produção, o autor/artista se vê


mergulhado no caos criador: conflito entre o
impulso para criar e a forma desejada; entre a
subjetividade do ser e a objetividade da forma;
entre sentimento/pensamento e forma sígnica.
CONSTRUÇÃO DE UMA FORMATIVIDADE
- No processo artístico, o conteúdo se dá na própria
forma e esta, por sua vez, é que forma o conteúdo.
- A arte nasce em alguma circunstância de
tempo/espaço histórico do homem e desse
contexto se nutre, se alimenta; daí sua
temporalidade. Acontece que a obra de arte
transcende esse tempo/espaço particular, pois traz
em si o universal, tornando-se intemporal.
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PARTE III
CIRANDANDO NOS MOVIMENTOS
DA METAMORFOSE
EXPRESSIVA
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fruir e conhecer arte.São Paulo: FTD, 1998

QUAIS NOÇÕES, CONCEITOS, CONCEPÇÕES O HOMEM VAI


CONSTRUINDO, ALIMENTADO PELA CULTURA DE SEU ENTORNO?

Primeiro movimento
ação – pesquisa – exercício
Segundo movimento
ação – pesquisa – exercício – intenção – símbolo
Terceiro movimento
ação – pesquisa – exercício – intenção – símbolo –
organização – regra
Quarto movimento
ação – pesquisa – exercício – intenção – símbolo –
organização – regra – poética pessoal
1º movimento
O pensamento em ação, sua
pesquisa é exercitada
através do exercício gestual
que se manifesta em
garatujas, que neste
momento não têm
significado simbólico.

IMPORTANTE: o primeiro
movimento reflete sobre o
modo intuitivo de
estar-no-mundo.
A arte é a linguagem básica dos pequenos e deve merecer um espaço especial, que
incentive a exploração, a pesquisa, o que certamente não será obtido com desenhos
mimeografados e “exercícios de prontidão”.
2º movimento
- Fase do por quê.
- Possui um caráter semiótico e
representacional.
- Linhas simétricas e perpendiculares.
- A cor não se vincula com a realidade.
- Construção de figuras bidimensionais e
posteriormente tridimensionais.

Nesse segundo movimento expressivo, a


representação centra-se no manejar e
construir o símbolo em si.

Levamos do segundo movimento expressivo a possibilidade de inventar, de propor


novas relações, de criar a partir de nossas próprias ideias. Mas se isso não nos foi
permitido, nos foi dificultado, é provável que, em vez de inventar possibilidades,
sejamos apenas repetidores de modelos, de soluções já prontas .
3º movimento
- IDADE DE OURO do desenho – elabora
soluções criativas para expressar o
espaço, a sobreposição, o que tem por
baixo ou por trás das coisas, criando
uma lógica e uma coerência
perfeitamente adequadas aos seus
intentos.

A criança possui a intenção de buscar


verossimilhança em sua representação,
procurando convenções e regras com
uma certa exigência.
3º movimento
-Surgimento do movimento notacional.
- Utilização da linha de base – relações
espaciais.
- Estão presentes os jogos de
construção, a narrativa, a escuta ativa e
as ações coletivas.

Neste terceiro momento expressivo há mais


autocrítica na comparação entre o real, sua
imaginação e sua produção, expectativas que muitas
vezes levam a criança a abandonar a produção ou
amassá-la e jogar no lixo. Isso pode continuar a
acontecer se no ensino de arte a criança não for
sensibilizada para outras possibilidades de
representação.
4º movimento
Duas marcas são representativas
na adolescência: a
problematização da identidade e a
gênese do pensamento formal.

A percepção é a fusão entre o


pensamento e sentimento que nos
possibilita significar o mundo.
Capacidade de PROJETAR.

Valorizar o repertório pessoal de imagens, gestos, “falas”, sons, personagens, instigar


para que os aprendizes persigam idéias, respeitar o ritmo de cada um no despertar de
suas imagens internas são aspectos que não podem ser esquecidos pelo ensinante de
arte. Essas atitudes poderão abrir espaço para o imaginário.
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PARTE IV
METODOLOGIA DE ENSINO E
APRENDIZAGEM EM ARTE
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MEANDROS DA LINGUAGEM MUSICAL

Para experienciar e desenvolver-se na


linguagem musical é necessário que o
aprendiz envolva-se com:
• A prática do pensamento musical;
• A estrutura da linguagem musical e seus
elementos constitutivos;
• Os modos de notação e registro musical;
• A prática da escuta musical.
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MEANDROS DA LINGUAGEM TEATRAL


Para experienciar e desenvolver-se na
linguagem teatral é necessário que o
aprendiz:
• Pratique do pensamento “como se”;
• Apreenda a estrutura da linguagem teatral
e seus elementos constitutivos;
• Atue na ação improvisada utilizando-se de
diferentes recursos cênicos;
• Ressignifique o mundo e as coisas do
mundo poetizando-o através do imaginário
dramático.
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MEANDROS DA LINGUAGEM VISUAL


Para que o aprendiz possa poetizar, fruir e
conhecer o campo da linguagem visual, é
necessário que o professor possibilite:
• A prática do pensamento visual”;
• A pesquisa e a leitura da estrutura da
linguagem teatral e seus elementos
constitutivos;
• A experimentação nos diferentes modos da
linguagem visual: pintura, gravura, desenho...;
• O manuseio e a seleção de materiais,
instrumentos e suportes.
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MEANDROS DA LINGUAGEM DA DANÇA


A aprendizagem da arte do movimento –
dança – exige que a criança possa:
• Praticar o pensamento cinestésico;
• Aprender a estrutura e o funcionamento
corporal;
• Criar, improvisando, movimentos
expressivos;
• Registrar a sequência dos movimentos
expressivos;
• Perceber e ler as soluções expressivas
encontradas pelo grupo.
FIM

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