Clarice Lispector e João Guimarães Rosa
Clarice Lispector e João Guimarães Rosa
Clarice Lispector e João Guimarães Rosa
CONTEMPORÂNEA
Clarice Lispector
&
Guimarães Rosa
A GERAÇÃO DE 45
(1945 - 1970)
CLARICE LISPECTOR
(1920 - 1977)
CLARICE LISPECTOR
(1920 - 1977)
Romances: Perto do coração selvagem
(1944); O lustre (1946); A cidade sitiada
(1949); A maça no escuro (1961); A
paixão segundo G. H. (1964); Uma
aprendizagem ou o Livro dos prazeres
(1969); Água viva (1973); A hora da
estrela (1977) - Contos: Laços de família
(1960); A legião estrangeira (1964);
Felicidade clandestina (1971); etc...
CLARICE LISPECTOR
Elementos temáticos e
procedimentos narrativos:
A existência subjetiva
As travessias de Riobaldo:
A) Travessia exterior = como jagunço em um
sertão real, na qual ele conhece a natureza e
os limites extremos da condição humana,
cristalizada na selvageria e nos gestos épicos
dos companheiros de jagunçagem.
Grande sertão:veredas
(1956)
B) A travessia interior:
O autoconhecimento = A profunda percepção
de si mesmo e a própria formação de sua
subjetividade surgem do contato com dois
outros indivíduos que sintetizam as noções
difusas de bem e mal. Um abre para Riobaldo
as portas do medo, do ódio e da ambição:
Hermógenes. O outro, mulher camuflada de
homem, desencadeia a explosão do amor:
Diadorin.
Grande sertão:veredas
(1956)
C) A travessia da passagem de um tipo de
consciência mítico-sacral (Riobaldo-jagunço)
para outra de estrutura lógico-racional
(Riobaldo-fazendeiro):a primeira é comum às
sociedades indígenas e mestiças dos sertões
brasileiros e latino-americanos: explica o
mundo pelo mito e pelo sagrado; a segunda é
própria da civilização racionalista moderna: vê
o mundo de um ponto de vista científico.
Grande sertão:veredas
(1956)
Conclusão: À medida que a racionalidade das
sociedades modernas avança, o pensamento
mítico-sacral, ou mágico, tende a dissolver.
Assim, em Grande sertão:veredas, o diabo é
um personagem fundamental, no plano do
passado, dentro do universo sacral em que se
movem os jagunços. Já no plano presente,
quando conta sua vida ao doutor, Riobaldo
tende a negar a existência do demônio.