2 Fase Do Modernismo - Poesia

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2ª FASE

DO MODERNISMO

p
o
professora
es Andressa sousa

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VINÍCIUS
DE MORAES
Vinícius de Moraes foi outro grande destaque da
poesia de 30. Compositor, diplomata,
dramaturgo e poeta, publica em 1933 seu
primeiro livro de poemas Caminho para a
Distância e, em 1936, seu longo poema: Ariana,
a mulher.
CECÍLIA Cecília Meireles – Canteiros
Quando penso em você, fecho os olhos de saudade
MEIRELES Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos, em versos tristes que
Com forte influência da invento
psicanálise e da temática Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento
social, Cecília Meireles é
considerada uma das Pode ser até manhã, cedo claro feito dia
maiores poetisas brasileiras. Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Desse período destacam-se
Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza
as obras: Batuque, samba e
Macumba (1933), A Festa
Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza
das Letras (1937) e Viagem
(1939).
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.
Embora sua obra apresente
características simbolistas, Cecília
destacou-se na segunda fase do
modernismo no Brasil, no grupo de
poetas que consolidaram a "Poesia
de 30".
mario quintana
Chamado de “poeta das
coisas simples”, Mário
Quintana possui uma
vasta obra poética.
Desse período merece
destaque seu livro de
sonetos intitulado A Rua
dos Cataventos,
publicado em 1940.
A RUA DOS CATAVENTOS

Da vez primeira em que me assassinaram,


Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Hoje, dos meu cadáveres eu sou


O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.

Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!


Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!

Aves da noite! Asas do horror! Voejai!


Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
carlos drummond de
andrade
Carlos Drummond de Andrade
foi o precursor da poesia de 30
e, sem dúvida, um dos maiores
representantes com destaque
para sua obra Alguma Poesia,
publicada em 1930
A Palavra
Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.

Que resumiria o mundo


e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.

Carlos Drummond de Andrade, in 'A


Paixão Medida'
(...)
JOSÉ José, e agora?
Quantas e quantas vezes não nos sentimos
Se você gritasse, "Josés"?
E agora, José? se você gemesse,
A festa acabou, se você tocasse Tomados pôr incertezas e medo. Quando
a valsa vienense, Drummond escreveu este poema, o mundo
a luz apagou, estava em plena Segunda Guerra Mundial e o
o povo sumiu, se você dormisse, Brasil entrando na ditadura, com o Estado Novo
a noite esfriou, se você cansasse, de Getúlio Vargas. Incrível como, mesmo em
e agora, José? se você morresse... um contexto histórico diferente, este poema
Mas você não morre, com uma simples pergunta nos leva a pensar
e agora, você? em gritos que ainda são sufocados pela
você que é sem nome, você é duro, José! indiferença
que zomba dos outros, Sozinho no escuro
você que faz versos, qual bicho do mato,
que ama, protesta? sem teogonia,
e agora, José? sem parede nua
para se encostar
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
Além de poeta, Murilo Mendes foi
destaque na prosa de 30. Atuou
como divulgador das ideias
modernistas na revista criada na
primeira fase modernista
Antropofagia.

De sua obra poética merece


destaque: Poemas (1930), Bumba-
MURILO MENDES
Meu-Poeta (1930), Poesia em
Pânico (1938) e O Visionário
(1941).

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