Proteção Do Sistema Elétrico de Potência - Aula 1

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Proteção do

Sistema Elétrico
de Potência
Prof. Msc. Wemerson Rocha Ferreira
Unidade 1:
Introdução à proteção dos
sistemas elétricos
Seção 1:
Filosofia da proteção de
sistemas elétricos
Unidade 1 – Seção 1

Qual a função do Sistema de


Proteção no SEP?

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Unidade 1 – Seção 1

A principal função de um sistema de proteção é assegurar


a desconexão de todo sistema elétrico submetido a
qualquer anormalidade que o faça operar fora dos limites
previstos ou de parte dele.

Em segundo lugar, o sistema de proteção tem a função de


fornecer as informações necessárias aos responsáveis
por sua operação, de modo a facilitar a identificação dos
defeitos e a sua consequente recuperação.

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Unidade 1 – Seção 1

Pode-se dizer que a proteção é a técnica de selecionar,


coordenar, ajustar e aplicar os vários equipamentos e
dispositivos protetores a um sistema elétrico, de forma a
guardar entre si uma determinada relação , tal que uma
anormalidade no sistema possa ser isolada e removida no
menor tempo possível , sem que outras partes do mesmo
sejam afetadas.

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Unidade 1 – Seção 1

De modo geral, a proteção de um sistema de potência é


projetada tomando como base os fusíveis e os relés
incorporados necessariamente a um disjuntor, que é, na
essência, a parte mecânica responsável pela desconexão
do circuito afetado com a fonte supridora.

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Unidade 1 – Seção 1

Quais são os requisitos básicos


de um Sistema de Proteção do
SEP?

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Unidade 1 – Seção 1

Em suma, os requisitos de todo e qualquer sistema de


proteção são:

 Diagnóstico correto do problema;


 Velocidade de resposta;
 Mínimo distúrbio do sistema elétrico.

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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

É a capacidade que possui o sistema de proteção de


selecionar a parte danificada do circuito e retirá‐la de
serviço sem alterar os circuitos em condições normais.

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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Ato ou efeito de dispor dois ou mais dispositivos de


proteção em série, de forma a atuarem em uma sequência
de operação preestabelecida garantindo a seletividade da
proteção.

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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Capacidade de resposta dentro do menor tempo possível


de modo a assegurar a continuidade do suprimento e a
manutenção de condições normais de operação das partes
normais.
Desde que seja definido um tempo mínimo de operação
para um elemento de proteção, a velocidade de atuação
deve ser a de menor valor possível, a fim de propiciar as
seguintes condições favoráveis:
• Reduzir ou mesmo eliminar as aviaras no sistema
protegido.
• Reduzir o tempo de afundamento da tensão durante as
ocorrências nos sistemas de potência.
• Permitir a ressincronização dos motores.
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

 Capacidade de identificar uma condição anormal que


excede um valor limite ou de pick-up para a qual inicia‐se
uma ação de proteção.

É a capacidade de resposta dentro de uma faixa esperada


de ajuste, ou seja, é a capacidade da proteção responder
às sobrecargas e aos curto‐circuitos para os quais foi
projetada.

Para avaliar numericamente o nível de sensibilidade de um


elemento de proteção, pode-se aplicar a Equação a seguir:

  𝑰 𝒄𝒄𝒎𝒊
𝑵 𝒔=
𝑰Em
𝒂𝒄 que:. 1
Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

É a propriedade de o elemento de proteção cumprir com


segurança e exatidão as funções que lhe foram confiadas.

Probabilidade de um componente, equipamento ou sistema


funcionar corretamente quando sua atuação for requerida.

A confiabilidade tem dois aspectos:

• Confiança: É a certeza de uma operação correta


mediante a ocorrência de uma falta.
• Segurança: É a certeza de não haver operação
indesejada.

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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Consiste na propriedade de o elemento de proteção operar


automaticamente quando for solicitado pelas grandezas
elétricas que o sensibilizam e retornar sem auxílio
humano, se isso for conveniente, à posição de operação
depois de cessada a ocorrência.

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Unidade 1 – Seção 1

Seletividade

Automação Coordenação

Confiabilidad
Rapidez
e

Sensibilidade
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Unidade 1 – Seção 1

Um conceito igualmente importante para o correto


entendimento sobre os sistemas de proteção do SEP é
sobre as zonas de atuação.

Durante a ocorrência de um defeito, o elemento de


proteção deve ser capaz de definir se aquela ocorrência é
interna ou externa à zona protegida.
• Nos limites da zona protegida: o elemento de proteção
deve atuar e acionar a abertura do disjuntor associado,
num intervalo de tempo definido no estudo de proteção.
• Fora dos limites da zona protegida: o relé não deve ser
sensibilizado pela grandeza elétrica do defeito ou, se o
for, deve ter bloqueado o seu sistema restritor de
atuação. 1
Unidade 1 – Seção 1

Existem outras propriedades que


possibilitam o bom desempenho
dos dispositivos de proteção do
SEP?

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Unidade 1 – Seção 1

Na operação dos sistemas elétricos de potência surgem,


com certa frequência, falhas nos seus componentes que
resultam em interrupções no fornecimento de energia
aos consumidores conectados a esses sistemas, com a
consequente redução da qualidade do serviço prestado.

Tais falhas, são inerentes ao funcionamento dos


sistemas de potência, apesar das precauções e cuidados
tomados durante a elaboração do projeto e a execução das
instalações, mesmo seguindo as normas mais severas e as
recomendações existentes.

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Unidade 1 – Seção 1

Quais as principais falhas que


podem ocorrer no SEP?

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Unidade 1 – Seção 1

Todo sistema elétrico está sujeito a falhas.

Entende-se como falha todo fenômeno elétrico que gera


perturbações no sistema, podendo-o levar a um estado
crítico de operação.

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Unidade 1 – Seção 1

Curto-
circuito

Sobretensão
Falhas Sobrecarga

Subtensão

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Unidade 1 – Seção 1

Os curtos-circuitos correspondem às falhas mais severas


que ocorrem num sistema elétrico de potência.
São eventos resultantes de um defeito na isolação de um
ponto qualquer sob tensão da rede considerada ou de uma
ação involuntária sobre o sistema.

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Unidade 1 – Seção 1

As sobrecargas são caracterizadas pela elevação


moderada da corrente, acima dos valores admitidos no
projeto.

Ao contrário dos curtos-circuitos, as sobrecargas não


constituem uma falha de instalação, mas sim um
procedimento muitas vezes incorreto de sua operação, seja
pela aquiescência de introdução de uma nova carga no
circuito, seja pelo aumento da carga mecânica admitida no
eixo dos motores etc.

Enquanto os curtos-circuitos são de curta duração, em geral


as sobrecargas são prolongadas.
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Unidade 1 – Seção 1

Os sistemas elétricos de potência têm como limite a tensão


máxima de operação durante a ocorrência de uma falta: os
valores de tensão máxima não devem superar o valor de
110% da tensão nominal.
Se a tensão do sistema superar o valor limite de 110% do
valor nominal, os relés de sobretensão, atuação instantânea
e temporizada, devem ter os seus dispositivos adequados
de proteção atuando sobre os disjuntores.
As sobretensões podem aparecer nos sistemas elétricos
por meio de diferentes origens, ou seja:

• Descargas atmosféricas.
• Chaveamento.
• Curtos-circuitos monopolares.
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Unidade 1 – Seção 1

Como se detecta um defeito em


um sistema elétrico?

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Unidade 1 – Seção 1

Pela aplicação de um dos seguintes critérios:

 Elevação da corrente.
 Elevação e redução da tensão.
 Inversão do sentido da corrente.
 Alteração da impedância do sistema.
 Comparação de módulo e ângulo de fase na entrada e na
saída do sistema.

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Unidade 1 – Seção 1

a) Causas das interrupções

• Fenômenos naturais: 48%.


• Falhas em materiais e equipamentos: 12%.
• Falhas humanas: 9%.
• Falhas diversas: 9%.
• Falhas operacionais: 8%.
• Falhas na proteção e medição: 4%.
• Objetos estranhos sobre a rede: 4%.
• Condições ambientais: 6%.

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Unidade 1 – Seção 1

b) Origem das interrupções

• Linha de transmissão: 68%.


• Rede de distribuição: 10%.
• Barramento de subestação: 7%.
• Transformador de potência: 6%.
• Gerador: 1%.
• Próprio sistema: 4%.
• Consumidor: 4%.

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Unidade 1 – Seção 1

c) Duração das interrupções (T em minutos)

• 1 < T ≤ 3: 57%.
• 3 < T ≤ 15: 21%.
• 15 < T ≤ 30: 6%.
• 30 < T ≤ 60: 4%.
• 60 < T ≤ 120: 3%.
• T > 120: 9%.

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Unidade 1 – Seção 1

d) Interrupções quanto ao tipo de curto-circuito

• Curto-circuito trifásico: 8%.


• Curto-circuito bifásico: 14%.
• Curto-circuito fase e terra: 78%.

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Unidade 1 – Seção 1

Qual a estrutura básica de um


sistema de proteção e quais
dispositivos a representam?

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

Em alguns esquemas de proteção, os transformadores de


potencial podem ser suprimidos, como no caso da proteção
de sobrecorrente.

Quando se tratar somente da proteção de sub e


sobretensão, não é necessária, no entanto, a aplicação do
transformador de corrente.

E, finalmente, em alguns esquemas de proteção utilizando


relés primários, não é necessário empregar nenhum
transformador de medida.
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Unidade 1 – Seção 1

Experiências mostram que as correntes que fluem em


diferentes partes de um sistema elétrico, imediatamente
após a ocorrência de um curto-circuito, diferem-se das
correntes em regime permanente que fluíam instantes
antes da falta.

Essa característica governa os esquemas de proteção que


utilizam relés dedicados à mitigação dos efeitos de curtos-
circuitos.

Vários tipos de relés podem ser empregados para essa


finalidade, dentre eles citam-se: de sobrecorrente,
direcional, de distância e piloto.
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Unidade 1 – Seção 1

Coordenação e Seletividade

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Unidade 1 – Seção 1

O efeito de coordenar a proteção define a capacidade de


dispor, arranjar, organizar seus dispositivos para
alcançarem um determinado objetivo.

Sabe-se que a proteção sem a devida coordenação, em


vez de mitigar o curto-circuito, contribui para o aumento da
severidade da falta, podendo acarretar desligamentos
desnecessários de equipamentos e/ou partes do sistema.

Em suma, a falta de coordenação da proteção impactará


severamente no suprimento de energia aos consumidores
finais.

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Unidade 1 – Seção 1

A seletividade de um sistema de proteção é importante


para fazer com que qualquer ponto da rede seja eliminado
pela proteção localizada imediatamente a montante do
defeito, e só por ela. Com isto, a parte do circuito que fica
inoperante será a menor possível.

A propriedade de escolher entre dois dispositivos de


proteção quem vai ser desligado é denominada
coordenação, a qual vai garantir a seletividade.

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Unidade 1 – Seção 1

Em um projeto de um sistema de proteção cada elemento


protetor deve ter uma abrangência de atuação, denominada
simplesmente zona de proteção. Há dois casos a
considerar:
 Proteção de primeira linha: Corresponde ao elemento
de proteção para o qual é definida uma zona de
responsabilidade dentro de limites predefinidos, devendo
atuar num tempo previamente ajustado, sempre que
ocorrer um defeito nessa zona.
 Proteção de segunda linha ou de retaguarda:
Corresponde ao elemento de proteção responsável pela
desconexão do sistema caso haja uma falha na proteção
de primeira linha, dentro de um intervalo de tempo
definido no projeto de coordenação. 1
Unidade 1 – Seção 1

O que fazer para coordenar a


seletividade?

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Unidade 1 – Seção 1

Deve-se definir as zonas primárias de proteção, que são


responsáveis por resguardar uma parte específica do
sistema.

• Zona de proteção: é a região claramente definida por


retângulos limítrofes imaginários presentes no diagrama
unifilar do sistema elétrico, como ilustra a Figura 1.3.

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Unidade 1 – Seção 1

Qual a finalidade das


sobreposições das zonas de
proteção?

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

Como um relé consegue


diferenciar os sinais
representativos de um curto-
circuito dos demais sinais no
SEP?

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Unidade 1 – Seção 1

 Determinar as condições de operação do sistema


(normal, máxima, mínima, sobrecarga);

 Determinar condições excepcionais (partida de motores,


magnetização de trafos, etc.);

 Setar os ajustes do relé;

 Realizar cálculos e testes de curtos-circuitos.

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Unidade 1 – Seção 1

O que fazer caso haja falha na


proteção primária e de
retaguarda?

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Unidade 1 – Seção 1

Entra em foco a coordenação seletiva!

“Todos os dispositivos de proteção não atuam


independentemente, ao contrário, suas características de
operação guardam entre si uma determinada relação, de modo
que uma anormalidade no sistema possa ser isolada e removida
sem que as outras partes do mesmo sejam afetadas. Isto é, os
dispositivos de proteção devem ser coordenados para operação
seletiva”. (CAMINHA, 1977, p.198)

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Unidade 1 – Seção 1

De modo sucinto, as finalidades da coordenação podem ser


dadas da seguinte forma:

• Isolar o curto-circuito do sistema, tão próximo quanto


possível de sua origem, cujo objetivo é evitar suas
consequências.
• Realizar o isolamento no mais curto-tempo, visando a
redução nos danos causados aos equipamentos do
sistema, assim como no suprimento de energia.
• Garantir que relés e disjuntores operem
coordenadamente, da maneira como foram especificados
para isolar a falta.

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

Uma vez que há a falha, apenas um dispositivo de proteção


atua, sendo este o mais próximo da falha, dizemos que há
coordenação entre os dispositivos de proteção e que houve
seletividade entre eles.

Se, por outro lado, quem atuar for o dispositivo de


retaguarda, aquele à montante do dispositivo mais
próximo, dizemos que os dispositivos não são seletivos
(embora eles possam estar, de alguma maneira,
coordenados).

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Unidade 1 – Seção 1

Tipicamente, nos sistemas interligados tem-se como


objetivo reduzir as taxas de falhas de operação, ou
“dependability” (não atua quando há falta sob sua
responsabilidade) em detrimento das falhas de segurança,
ou “security” (atua indevidamente), isto porque uma falha de
segurança não resultará em desligamento de cargas
significativas (interligação).

Para o caso de sistemas radiais, opta-se pelo contrário,


isto é, redução das taxas de falhas de segurança em
detrimento das falhas de operação, isso por uma questão
de confiabilidade, visto que as falhas de segurança, neste
caso, desligam toda a carga a jusante.
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Unidade 1 – Seção 1

Um relé de retaguarda pode atuar


indefinidamente?

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Unidade 1 – Seção 1

É importante salientar que a coordenação da proteção está


atrelada à temporização da atuação dos dispositivos
envolvidos, em outras palavras, se o sistema de proteção
da zona sob falta não operar corretamente, o sistema de
proteção da zona adjacente deve esperar um intervalo de
tempo para que possa atuar na eliminação da falta.

Esse intervalo engloba o tempo próprio de operação dos


relés e disjuntores da zona sob falta, além do tempo
referente a uma margem de tolerância

Denomina-se esse intervalo como tempo ou degrau de


coordenação.
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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

O tempo de operação do sistema de proteção deve ser


extremamente rápido, sendo definido pela quantidade de ciclos
da frequência fundamental (1 ciclo = 16,66 ms).

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Unidade 1 – Seção 1

Exemplo

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Unidade 1 – Seção 1

O ajuste correto dos relés garante uma coordenação que


responda às exigências solicitadas em cada projeto.

Apesar de muitas vezes sermos levados a acreditar que o


ajuste dos relés seja um problema complexo e de difícil
compreensão, na realidade, a solução pode ser mais
simples do que se imagina.

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Unidade 1 – Seção 1

Para tanto, vamos exemplificar de modo simples o ajuste de


relés que empregam curvas tempo-corrente (popularmente
conhecidos como relés de sobrecorrente e que serão
apresentados detalhadamente na Seção 1.2).

A escolha desse relé para fins de exemplificação baseia-se


no fato de ser empregado em sistemas de transmissão e
distribuição, devido a sua robustez, eficiência e menor custo
benefício.

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

Situação-problema

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Unidade 1 – Seção 1

Imagine que você é o responsável pela elaboração do


esquema de proteção de sobrecorrente de um sistema de
transmissão.

Para garantir que ele esteja devidamente protegido, você


deve assegurar que os relés estejam perfeitamente
coordenados.

Para tanto, é necessária uma análise cuidadosa das curvas


tempo-corrente desses relés, como as ilustradas na Figura
1.1.

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

1. Com base nisso, como você deverá proceder para


analisar corretamente essas curvas?

2. Por meio da análise gráfica, como você poderá


inferir se os relés estão ou não coordenados de
acordo com uma dada sequência de operação?

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Unidade 1 – Seção 1

De acordo com a Figura 1.1, temos 4 relés que apresentam


curvas tempo-corrente distintas, para tanto, vamos
determinar o tempo de operação de cada relé, em ciclos,
para o valor icc_normalizado = 10.

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

De acordo com os dados do gráfico, os tempos estimados


são:
A: 0,1485 s
B: 0,2971 s
C: 0,4455 s
D: 0,7426 s

Relembrando que o tempo referente a 1 ciclo é


aproximadamente igual a 16,66 ms, os tempos estimados
de operação dos relés são:
A: 8,9 ciclos
B: 17,8 ciclos
C: 26,7 ciclos
D: 44,5 ciclos 1
Unidade 1 – Seção 1

De posse desses dados e sabendo que a Equação (1.2)


rege a declividade das curvas, podemos determinar o valor
da alavanca de temporização (AT) ajustado em cada relé.

Para tanto, vamos assumir k = 0,14 e α = 0,02 (valores


comerciais), assim:

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Unidade 1 – Seção 1

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Unidade 1 – Seção 1

Com o resultado dos cálculos, se a coordenação for


aplicada, a ordem de atuação dos relés será de A, B, C e D,
respectivamente.

Essa constatação também pode ser obtida por simples


inspeção dos gráficos.

Salienta-se que dependendo da escolha dos valores de k e


α vários tempos de operação podem ser obtidos.

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