Sementeira

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D E PA RTA M E N T O D E A G R O - P E C U Á R I A

MOAGRO1307161
1° ANO. II - SEMESTRE

Estabelecer e conduzir uma cultura

Sementeira
Eng.° Aranica
Sementeira

é um método de reprodução de plantas pouco


complicado e acessível a toda a gente. As possibilidades
de escolha de espécies em semente são muitíssimas,
pelo que se pode adaptar a muitos tipos de solos e
climas. Podem semear-se todos os tipos de plantas:
árvores, arbustos, trepadeiras, anuais, vivazes, catos,
etc.
No entanto, é necessário que se tenha em conta que o
tempo de germinação é, no caso de algumas espécies.
PLANTIO E SEMEADURA
Plantio: é o ato de se colocar partes vegetativas ou mudas no solo para
instalação de uma determinada cultura. Ex.: cana-de-açúcar, mandioca , mudas
de arroz inundado, algumas hortaliças, outras culturas com plantio ou
transplantio.

Semeadura: é o ato de se colocar a semente no solo. Ex: milho, arroz, soja,


trigo, algodão, hortaliças, etc.
A época de semeadura é de extrema importância, uma vez que as culturas
apresentam exigência diferente com relação à temperatura, umidade e
fotoperíodo, sendo assim tens se uma época aproximada para o
plantio/semeadura

Ex: soja: semeadura em outubro e novembro


- feijão: semeadura em 3 épocas
- milho: semeadura em outubro
- trigo: a partir de março e abril
Características da semente

Normalmente as leguminosas são mais exigentes que as gramíneas, além


disso, existem diferenças quanto ao tipo de germinação.
Tipo de germinação:
• Epígea - é quando os cotilédones se elevam acima do solo (feijão).
• Hipógea - é quando os cotilédones permanecem abaixo do solo (milho).
Tamanho da semente
As sementes maiores apresentam maior quantidade de reservas e
consequentemente podem ser cobertas com uma maior quantidade de terra.

Tipos de solo
Os solos arenosos normalmente apresentam menor retenção de água na
camada superficial ou perdem água mais rapidamente nessa camada. Portanto
a semeadura nos solos mais arenosos deve ser mais profunda que nos
argilosos, entretanto no caso de ocorrer chuvas pesadas, pode haver
assoreamento do sulco como acontece muitas vezes com a cultura do milho e
cana-de-açúcar.
ONDE SEMEAR?

1. No solo (cenouras, couves, alfaces, etc.).


2. No solo sob proteção, as sementes que requerem uma temperatura mais
elevada para germinarem (tomates).
3. Em vasos ou bandejas com alvéolos, que devem ser colocados em estufas
ou em casa no caso das espécies mais delicadas; serão transplantadas mais
tarde para o solo ou para vasos maiores.

4. As saquetas de sementes que são compradas incluem instruções precisas


sobre os períodos de sementeira ideais. Deve ter em conta que as sementes
perdem a sua capacidade de germinar com o tempo, pelo que não se
recomenda que as mesmas sejam semeadas se tiverem vários anos.
TIPOS DE SEMENTEIRA

Em primeiro lugar é importante que se prepare o solo cavando para o arejar e


que se passe em seguida o ancinho para o deixar liso e para retirar as pedras .
1. A sementeira a lanço
(Exemplo: relva, prado de flores) Consiste em espalhar as sementes da forma
mais homogénea possível numa grande superfície de solo. Esta operação pode
ser efectuada com um semeador ou à mão.

2. • A sementeira em sulcos
Utiliza-se sobretudo para as hortícolas (exemplo: cenouras, nabos, rábanos,
salsa, etc.) Recorra à ajuda de um cordel e trace o sulco com o comprimento
desejado. A profundidade do sulco depende do tamanho da semente e varia
entre 0,5 e 3 cm. Quanto mais pequenas forem, menos devem ser enterradas.
Para semear reparta as sementes nos sulcos de forma regular. Não se esqueça
de cobrir as sementes com terra e regar depois com uma pulverização fina.
3. A sementeira em buracos
Utiliza-se para sementes grandes (feijões, pepinos, melões, favas, ervilhas,
etc.). Traça-se uma linha no solo com um cordel e fazem-se buracos, em que
se depositam 3 a 5 sementes. A distância entre os buracos depende de cada
espécie. Cubra-as e regue-as em seguida. Esta técnica não requer transplante.
4.A sementeira em vasos ou bandejas

Escolha um bom substrato especial para a sementeira, uma mistura fina de


vários componentes que não necessita de ser peneirada.

Coloque no fundo do vaso uma camada uniforme de um material drenante e


em seguida encha-o com o substrato, aplanando-o com os dedos.

Semeie as sementes que terá colocado num cartão dobrado a meio (permite-
lhe uma melhor distribuição das sementes). Tal como no caso da sementeira
em sulcos, a profundidade de sementeira é proporcional ao seu tamanho.
Escalone as sementeiras para obter florações e colheitas mais prolongadas.

Cubra as sementes com uma camada de substrato com uma espessura que seja
o dobro do tamanho das sementes e pressione ligeiramente. As sementes muito
finas (begónia, petúnia, etc.) não devem ser cobertas.
• Regue-as em forma de chuva fina ou com um pulverizador.

• Coloque o vaso numa estufa ou num compartimento com luz e


temperatura amena. Pode cobrir as bandejas ou vasos com um plástico ou uma
placa de vidro. Neste caso, deve ter o cuidado de ventilar a sua miniestufa
todos os dias, descobrindo-a durante pelo menos quatro horas, para evitar que
o ambiente confinado favoreça o apodrecimento das sementes.

As sementes grandes (sobretudo as das árvores e as da salsa) costumam ter um


longo período de tempo de repouso, devido à casca grossa que lhes dificulta a
germinação. Uma forma de melhorar este aspeto consiste em submergi-las
durante 24-72 horas em água morna, para amolecer a casca.
MANUTENÇÃO DAS SEMENTES
Regue as sementes de forma regular em forma de chuva fina. A falta ou o
excesso de água podem ser fatais. No caso da sementeira no solo lembre-se de
eliminar as infestantes de forma regular para que as plântulas se possam
desenvolver correctamente.
Se tiver semeado com demasiada densidade, deve desbastá-las e transplantar
para outra bandeja ou para um vaso pequeno.

Desbastar: consiste em eliminar as plantas mais pobres e as que crescem


demasiado juntas umas das outras. A distância de desbaste depende da espécie.
Os rábanos espaçam-se em 2 cm, as cenouras em 4 cm, os nabos e as
beterrabas em 6 cm e as alfaces em 10 cm. Desbaste a partir do momento em
que as plantas tenham desenvolvido 3 ou 4 folhas.
Transplantar: as plantas semeadas sob protecção requerem um ou mais
transplantes. Estes consistem em transplantar a plântula para um novo
substrato ou para o local definitivo.
Comece a partir do momento em que a planta tenha dois pares de folhas
desenvolvidos. A planta ainda é frágil. Utilize um garfo para não danificar as
raízes. Com um lápis faça um orifício profundo e coloque a planta dentro dele,
tendo cuidado para que a raiz fique recta.
• Sementeira em alfobre vs. Sementeira directa

Vantagens:
 Menor gasto de semente;
 Menor tempo de ocupação no local definitivo;
 Melhor controlo:
• Rega, infestantes, pragas e doenças;
 Garante melhor sucesso com sementes de baixo vigor.
Desvantagens:
 Maior custo fixo;
 Crise de transplantação.
EQUIPAMENTOS DE SEMENTEIRA
Introdução

A sementeira das culturas utilizando semeadores mecânicos é uma operação


muito antiga embora o primeiro modelo tenha sido somente encontrado na
Itália no século XVI.
Não apresentando a produtividade destes equipamentos diferenças muito
significativas relativamente à sementeira manual a lanço, o aumento da
regularidade da distribuição e profundidade são mais que suficientes para
justificar a sua utilização, pelo que hoje se dispõe de modelos para
praticamente todo o tipo de culturas aumentando-se assim a possibilidade do
seu êxito.
Objectivos pretendidos com a utilização dos semeadores

Sendo os semeadores máquinas que permitem colocar no solo, com uma


disposição predeterminada, uma determinada quantidade de semente, a sua
utilização deve permitir atingir os seguintes objectivos:
- regularidade de profundidade
- regularidade de repartição da semente na linha
- alinhamentos e espaçamentos perfeitos
- economia sensível de semente
- rapidez de trabalho

Assim, e considerando os objectivos mencionados, um semeador deve ter as


seguintes características:
- polivalência em relação ao tipo de sementes
- distribuição regular e fácil regulação
- profundidade constante
- possibilidade de trabalho a velocidades elevadas
Principais tipos de semeadores

Os três principais tipos de semeadores são:


- semeadores em linhas
- semeadores monogrão.
- semeadores centrífugos.
Os semeadores em linha; sua constituição geral.
Os semeadores em linhas são caracterizados por distribuírem e enterrarem as
sementes em linhas regulares.
Relativamente à sua constituição apresentam geralmente um eixo com 2 rodas
que suporta a tremonha, os órgãos de distribuição, os órgãos de enterramento e
o cabeçote para ligação ao tractor.
Figura 1- Semeador em linhas semi-montado
1- Tremonha 2- Caixa de velocidades 3- Sistema de transmissão de
movimento a partir de uma roda 4- Barra de fixação dos órgãos de
enterramento 5- Tubos condutores de sementes 6- Órgãos de enterramento 7-
Grade para cobertura das sementes
Semeadores monogrão

Os semeadores monogrão permitem obter uma repartição, na linha, de grãos


isolados e separados por uma distância o mais constante possível.

Para obter estes resultados os distribuidores de semente dos semeadores


monogrão são concebidos de modo a conduzirem os grãos individualmente
uns a seguir aos outros devendo a altura de queda livre ser o mais reduzida
possível para evitar o reagrupamento o que conduz à concepção de
semeadores de corpos separados e muito baixos para cada linha; os tubos
condutores da semente são muito curtos não aparecendo mesmo em algumas
das marcas.
Figura 9- Esquema de funcionamento de um
semeador monogrão de tambor vertical.A-
Vista em corte B- Pormenor do tambor 1-
Tremonha 2- Local de alimentação 3- Tambor
alveolado 4- Dedo ejector 5- Rolo para
eliminar os duplos 6- Carter de retenção 7-
Libertação dos grãos 8- Alvéolo

Figura 10- Esquema de


funcionamento de um semeador
monogrão de distribuidor em
estrela.
A- Vista em corte B- Pormenor do
distribuidor em estrela 1- Tremonha
2- Zona de alimentação 3- Prato em
estrela 4- Plano inclinado 5-
Engrenagens de accionamento
distribuidor 6- Tubo condutor 7-
Nível de libertação da semente por
acção da gravidade.
Semeadores centrífugos
Estes semeadores têm como particularidade a existência de um único órgão de
distribuição para todas as linhas, e não um por linha como nos tipos anteriores,
embora possuam vários tubos condutores de sementes.
A tremonha, que é circular, alimenta um cone de distribuição animado de
movimento de rotação com velocidade constante; este cone invertido possui
alhetas que guiam as sementes, que são projectadas pela força centrífuga, para
os tubos condutores.
Este sistema é menos utilizado que os anteriores, são praticamente
desconhecidos em Portugal, tendo como principais vantagens e inconvenientes
os seguintes:
- vantagens, regulação do débito fácil e rápida e a possibilidade de trabalhar a
grande velocidade;
- inconvenientes, a impossibilidade de utilizar, com eficiência, mistura de
sementes e problemas com distribuição de sementes tratadas ou com
tegumentos delicados, uma vez que a centrifugação provoca o seu
destacamento, obturando os orifícios de passagem.
Figura 15-Vista de um corte do sistema de distribuição de um semeador centrífugo.
1- Base da tremonha 2- Anel de distribuição em coroa com orifícios verticais de
distribuição 3- Cone de distribuição 4- Facas solidárias com o cone de distribuição 5-
Abertura de regulação de débito 6- Rampa de regulação ou cone de regulação do débito
7- Tambor graduado de regulação 8- Correia de accionamento solidária com o cone de
distribuição 9- Parafuso de bloqueio 10- Palhetas solidárias com o cone de distribuição
11- Condutas horizontais 12- Tubos de descida das sementes.
Obrigado

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