Curso de Brigada de Incêndio Basico - Helt Engenharia
Curso de Brigada de Incêndio Basico - Helt Engenharia
Curso de Brigada de Incêndio Basico - Helt Engenharia
BRIGADISTA
LÍDER
Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua
área de atuação (pavimento/compartimento/setor).
CHEFE DA BRIGADA
Responsável por uma edificação com mais de um pavimento, compartimento ou setor.
COORDENADOR-GERAL
Dar voz de alarme em caso de apresentar um alto risco, emergência, sinistro ou desastre.
AÇÃO DE PREVENÇÃO
Combater o fogo no seu início, usando os recursos apropriados (extintores ou hidrantes de parede);
CALOR
É o elemento responsável pelo início da combustão, que representa a energia
mínima necessária para o início do fogo. Esta energia pode ser produzida por choque,
fricção, pressão, faísca, por um ponto quente ou por chama viva.
BRIGADA DE INCÊNDIO - TEORIA DO FOGO
Vale ressaltar que o calor é uma fonte de energia térmica que pode ocorrer em reações químicas ou físicas.
BRIGADA DE INCÊNDIO - TEORIA DO FOGO
REAÇÃO EM CADEIA
CONDUÇÃO
CLASSE “A”
É o incêndio que ocorre em materiais sólidos ou fibrosos comuns, que ao se
queimarem deixam resíduos. Esses materiais queimam tanto em superfície, quanto em profundidade. Exemplo:
madeira, papel, tecido, espuma etc.
CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE “B”
c
CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE “D”
É o fogo que ocorre em metais pirofóricos, também chamado de ligas metálicas.
Exemplos: magnésio, potássio, alumínio em pó, zinco, antimônio, etc.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
RESFRIAMENTO
Consiste em retirar ou diminuir o calor do material incendiado até um
determinado ponto em que não libere vapores que reajam com o oxigênio, impedindo o avanço
do fogo.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
ABAFAMENTO
Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio
com o material
combustível. Não havendo comburente para reagir com o
combustível, não haverá fogo. Como exceções estão os
materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam
sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos
orgânicos e a pólvora.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
EXTINÇÃO QUÍMICA
ÁGUA
É agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por
resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade
de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma como é
utilizada, podendo ser aplicada em diversos tipos de jato como:
neblinado, neblina e compacto.
AGENTES EXTINTORES
ÁGUA
Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a
água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais
energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando a água é utilizada no
combate ao fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer
transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a
área do incêndio.
É o agente extintor "universal". A sua abundância e as suas características
de emprego, sob diversas formas, possibilitam a sua aplicação em
inúmeros materiais combustíveis.
AGENTES EXTINTORES
ESPUMA
A espuma pode ser química ou mecânica conforme o seu processo de
formação.
A espuma química resulta da reação entre as soluções aquosas de sulfato
de alumínio e bicarbonato de sódio, e a mecânica é produzida pelo
batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma) e ar.
A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois se
constitui de aglomerado de bolhas de ar envoltas por película de água.
Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizada para extinguir
incêndios por abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária
de resfriamento.
AGENTES EXTINTORES
Por não deixar resíduos, nem ser corrosivo, é um agente extintor apropriado
para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais
telefônicas e computadores). O grande inconveniente deste tipo de agente extintor é o
risco de queimaduras por parte do operador, pois ao ser liberado para a atmosfera, a
expansão do gás pode gerar temperaturas da ordem de – 40 ºC na proximidade do
difusor do extintor.
COMPOSTOS HALOGENADOS :
São compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Esses
compostos atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de
forma secundária, por abafamento. Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam
com facilidade em locais abertos, perdendo seu poder de extinção. No entanto, apesar da su
comprovada eficiência, a comercialização deste produto é proibida por razões de ordem
ambiental (destrói a camada de ozônio).
GASES INERTES
Os gases inertes contêm elementos químicos como o Argônio, Hélio, Neônio e dióxido de
carbono. Este tipo de agente extintor não é normalmente utilizado em extintores portáteis de
incêndio, mas sim em instalações fixas para proteger, por exemplo, salas de computadores e
outros riscos semelhantes. A sua eficiência é relativamente baixa porque geralmente são
necessárias grandes quantidades de gás para proteção de espaços relativamente pequenos, que
devem ser estanques para não permitir a dispersão do agente extintor para o exterior.
SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO - SPCIP
Extintores são recipientes que contêm em seu interior agente extintor para o combate
imediato e rápido a PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO, isto é, incêndio em sua FASE
INICIAL.
Podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho. Classificam se
conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe
de incêndio há um ou mais extintores adequados.
Seus componentes básicos são:
SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES - SPE
O êxito no emprego dos extintores dependerá da:
Fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
Distribuição apropriada dos aparelhos;
Inspeção periódica da área a proteger;
Manutenção adequada e eficiente;
Pessoal habilitado, ou seja, que saiba ESCOLHER o extintor adequado,
conhecendo a sua LOCALIZAÇÃO e tenha condições de MANUSEÁ-LO.
EXTINTORES PORTÁTEIS
É indicado para classes de incêndio tipo "A". Dentro do cilindro existe gás junto com água
sobre pressão, quando acionado o gatilho, a água é expelida resfriando o material, tornando a
temperatura inferior ao ponto de ignição.
Não deve ser utilizado em classes de incêndio tipo "C", pois pode acarretar choque elétrico e
curto-circuito no equipamento.
Como o objetivo de usar água é conseguir um resfriamento do material, o extintor de água deve
ser usado buscando a máxima dispersão da água possível, podendo se colocar o dedo na frente
do esguicho, a fim de aumentar a área atingida pela água.
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO
É indicado para classe de incêndio tipo "B" mas pode ser utilizado em incêndio tipo "C".
Dentro do cilindro existe um composto químico em pó, normalmente bicarbonato de sódio,
com um gás propulsor, normalmente dióxido de carbono ou Nitrogênio. Ao entrar em
contato com as chamas, o pó impede a reação em cadeia e isola o oxigênio da superfície do
líquido inflamável, indispensável à combustão, extinguindo também o fogo por abafamento.
O pó não se dissipa tão facilmente como o gás e tem também maior alcance do jato, então
sua utilização é diferente. O jato não deve ser dirigido à base do fogo, devem ser aplicados
jatos curtos de modo que a nuvem expelida perca velocidade e assente sobre o foco.
EXTINTOR DE ESPUMA
É indicado para classes de incêndio tipo "C" mas pode também ser utilizado em incêndio tipo
"B", considerando a área e o local (ambiente aberto ou confinado).
Dentro do cilindro contém dióxido de carbono, um agente extintor não tóxico, mas asfixiante,
não condutor de eletricidade, limpo, que recobre o fogo em forma de uma camada gasosa,
isolando o oxigênio, indispensável à combustão, extinguindo o fogo por abafamento.
EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO
Como esse extintor funciona a alta pressão, quando o gás é liberado ele se resfria
violentamente. Para que não ocorram queimaduras pela baixa temperatura, o operador deve
segurar a mangueira pelo punho ou manopla e nunca pelo difusor. Como o CO2 age
principalmente por abafamento, sua utilização deve visar substituir o ar atmosférico no espaço
sobre o combustível, para tanto o gatilho deve ser apertado constantemente ou em rápidas
sucessões para que se forme uma nuvem de gás sobre o combustível e as chamas se apaguem
pela ausência de O2.
UTILIZAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS
Nos extintores pressurizados diretamente, basta retirar a trava de segurança e acionar o gatilho.
Nos extintores a pressurizar, é necessário abrir a válvula do cilindro de pressurização, para que o
gás propelente entre no corpo do extintor e pressurize o agente extintor, acionando o gatilho em
seguida.
Após o uso dos extintores em uma situação de incêndio, depois de utilizado ou depois de testado e
constatada a falha, o extintor deve ser deixado deitado para que outros não percam tempo
tentando usá-lo.
MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO
A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a
correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficaz. É realizada
través de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de
identificação, sinalização, lacre e selo da ABNT, peso, danos físicos, obstrução do esguicho e
pressão dos manômetros (nos que possuem).
INSPEÇÕES
HIDRANTE INDUSTRIAL
Localizado no interior das caixas de incêndio ou abrigos, poderá ser utilizado nas operações de
combate a incêndio pelo Corpo de Bombeiros, brigada de incêndio e ocupantes da edificação
que possuam treinamento específico.
HIDRANTE DE RECALQUE - HR
Dispositivo do SHP, normalmente encontrado em frente às edificações.
Esse hidrante é utilizado pelos bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema
hidráulico preventivo, possibilitando assim que todos os hidrantes de parede tenham
água com pressão suficiente para o combate ao fogo.
Esse sistema também pode ser utilizado para abastecer as viaturas do Corpo de
Bombeiros, em casos de extrema necessidade onde não existam hidrantes de coluna
nas proximidades.
MANGUEIRAS
São condutores flexíveis, utilizados para conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao
lugar onde deve ser lançada. Flexível, pois permite o seu manuseio para todos os lados,
resistindo a pressões elevadas.
São constituídas de fibra de tecido vegetal (algodão, linho, etc.) ou de tecido sintético
(poliéster), dependendo da natureza de ocupação da edificação. Possuem um revestimento
interno de borracha, a fim de suportar a pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas, oferecidas pelo
SHP.
ESGUICHOS
ESGUICHO AGULHETA
É um tipo de esguicho simples, considerado comum, encontrado em algumas
edificações por conta da aprovação antiga do seu projeto de prevenção contra
incêndio e pânico. Esse esguicho só produz jato compacto, não possui controle de
vazão e está sendo substituído pelos esguichos reguláveis.
Esguicho regulável
CHAVE DE MANGUEIRA
Chave de mangueira
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME
São equipamentos que tem por objetivo detectar e avisar a todos os ocupantes da edificação, da
ocorrência de um incêndio ou de uma situação que possa ocasionar pânico. O alarme deve ser
audível em todos os setores da edificação, abrangidos pelo sistema de segurança.
FUNCIONAMENTO
O acionamento do alarme pode ser manual ou automático. Quando for automático, o mesmo
estará conectado a detectores de fumaça ou de calor. A edificação deve contar com um plano de
abandono de área, a fim de aperfeiçoar a utilização do alarme de incêndio.
Esse sistema é obrigatório nas áreas comuns das edificações, sendo elas:
corredores, escadas, elevadores, saídas de emergência etc
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
É importante falar que todo incêndio começa pequeno, e se não for controlado
No início, pode atingir proporções que o próprio Corpo de Bombeiros terá dificuldade em
combatê-lo. Portanto, se faz necessário observar se a edificação possui todos os recursos
destinados a prevenção e combate a incêndio e pânico, de acordo com a legislação vigente.
A seguir, veremos uma série de orientações que, se seguidas, darão condições aos ocupantes da
edificação, para que possam sair em segurança.
Orientações
1. Tenha um plano de abandono da edificação;
2. Acione o alarme, e chame o Corpo de Bombeiros;
3. Pratique a fuga da edificação, pelo menos a cada seis meses;
4. Procure conhecer a localização da escada de emergência, dos extintores e do SHP;
5. Tenha cautela ao colocar trancas nas portas e janelas, pois os mais prejudicados são as
crianças e os idosos;
6. Estabeleça um ponto de reunião, para saber se todos conseguiram deixar a edificação;
7. Caminhe rapidamente e não corra, evitando o pânico;
8. Ao encontrar uma porta, toque a mesma com o dorso da mão, estando quente, não abra;
9. Não use o elevador, e sim as escadas de emergência;
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI), todo
material de uso individual, com o objetivo de proteger a integridade
física do brigadista, sendo obrigação da empresa fornecer o EPI, de
acordo com a NR 06 do Ministério do Trabalho.