Q2.2.2. Força Relativa de Oxidantes e Redutores

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Reações de oxidação redução.

Força relativa de oxidantes e redutores.


Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Força relativa de oxidantes e redutores.

Analisemos algumas semelhanças entre as reações ácido-base e as reações de


oxidação-redução.
Reações de ácido-base Reações de oxidação-redução
Reações em que há transferência Reações em que há transferência
de protões. de eletrões.
Uma espécie só se comporta como Uma espécie só se comporta como
ácido na presença de uma base e oxidante na presença de um
vice-versa. redutor e vice-versa.
Nestas reações, uma espécie que Nestas reações, uma espécie que
cede um protão (ácido) dá origem a cede um ou mais eletrões (redutor)
outra espécie capaz de captar um dá origem a outra espécie capaz de
protão (base), constituindo as duas aceitar esse(s) eletrão(ões)
um par conjugado ácido-base. (oxidante), constituindo as duas um
par conjugado de oxidação-
-redução.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Força relativa de oxidantes e redutores.

A espécie que aceita eletrões (oxidante) e a espécie que os cede (redutor) constituem
um par de oxidação-redução.

  Cu (s) Cu2+ (aq) + 2 e−


Poder oxidante
crescente
Par conjugado de oxidação-redução: Cu2+/Cu

Oxidante Redutor
Nas reações de oxidação-redução quanto mais forte fraco

forte for um oxidante, mais fraco é o seu redutor


Oxidante Redutor
conjugado e quanto mais forte for um redutor, fraco forte

mais fraco é o seu oxidante conjugado. Poder redutor


crescente
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Consideremos a reação entre o zinco metálico, Zn (s), e uma solução que contém iões
Cu2+.

A equação que traduz esta reação é:

  Zn (s) + Cu2+ (aq) Zn2+ (aq) + Cu (s)

Zinco numa solução de iões cobre.

Ao mergulharmos uma barra de zinco numa solução de sulfato de cobre (azul),


passado algum tempo ela fica avermelhada, com um depósito de cobre, e a
solução descora, devido à diminuição dos iões Cu2+ em solução.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Se introduzirmos um fio de cobre numa solução de sulfato de zinco, nada acontece.

Não há reação
Fio de cobre
Cu (s) + Zn2+ (aq)

Solução de sulfato
de zinco

Na primeira experiência, o zinco conseguiu reduzir o Cu 2+; na segunda, o cobre não


conseguiu reduzir o Zn2+.

Diz-se por isso que o poder redutor do zinco é superior ao poder redutor do cobre.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Cu2+ oxida o zinco, mas Zn2+ não pode oxidar o cobre. Diz-se por isso que o poder
oxidante do Cu2+ é superior ao poder oxidante de Zn2+.

Poder oxidante
Podemos colocar estes dois pares, Cu2+/Cu e Zn2+/Zn, crescente

sobre dois eixos orientados em sentidos opostos: de


Cu2+ Cu
poder oxidante crescente, à esquerda, no sentido
ascendente, e de poder redutor crescente, à direita,
no sentido descendente.
Zn2+ Zn

Poder redutor
crescente
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Consideremos a reação entre o cobre metálico, Cu (s), e uma solução que contém
iões Ag+.

A reação é traduzida pela seguinte equação:

  2 Ag+ (aq) + Cu (s) Cu2+ (aq) + 2 Ag (s)

Se mergulharmos um fio de cobre numa


solução de nitrato de prata, ao fim de algum
tempo o fio fica coberto de prata e a
solução, que era incolor, fica azul devido à
presença dos iões Cu2+.
Cobre numa solução de iões prata.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Se introduzirmos um fio de prata numa solução de sulfato de cobre, nada acontece.

Fio de
prata Não há reação

Ag (s) + Cu2+ (aq)


Solução de sulfato
de cobre

Então, o poder oxidante de Ag+ é superior ao poder oxidante de Cu2+, e o poder


redutor do cobre é superior ao poder redutor da prata.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Podemos agora classificar os três pares Ag+/Ag, Cu2+/Cu e Zn2+/Zn:

Poder oxidante
• poder oxidante: Ag+ > Cu2+ > Zn2+; crescente

• poder redutor: Zn > Cu > Ag.


Ag+ Ag

Cu2+ Cu

Zn2+ Zn

Poder redutor
crescente
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Reação entre um metal, por exemplo o zinco, e uma solução de ácido clorídrico que
contém iões H+.

Hidrogénio gasoso

Ácido clorídrico

Zinco sólido

  Zn (s) + 2 H+ (aq) Zn2+ (aq) + H2 (g)


Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Classificação qualitativa dos pares ião metálico/metal.

Se fizermos passar uma corrente de hidrogénio numa solução de sulfato de zinco,


nada acontece:
Não há reação

Zn2+ (aq) + H2 (g)

• Zn é melhor redutor do que H2;


• o ião H+ é melhor oxidante do que o ião Zn2+.

Generalizando, verifica-se que numa reação de oxidação-redução entre um ácido e


um metal ocorre a oxidação do metal e a redução do ião H +.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Previsão de ocorrência de reações de oxidação-redução.

A partir de experiências semelhantes às que acabámos de exemplificar, os químicos


criaram uma classificação qualitativa do poder redutor dos metais e do poder oxidante
dos catiões metálicos.

Os químicos verificaram também que o hidrogénio, H2, pode ser oxidado a H+ por

alguns metais e não por outros, tendo inserido o par H+/H2 numa tabela qualitativa a
que chamamos série eletroquímica.

Uma série eletroquímica pode ser utilizada para prever se ocorre uma reação de
oxidação-redução.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Previsão de ocorrência de reações de oxidação-redução.

Série eletroquímica

Agente oxidante É reduzido Agente redutor


É oxidado

Au3+ + 3 e– → Au
Hg22+ + 2 e– → 2 Hg
Ag+ + 1 e– → Ag
Poder oxidante crescente

Cu2+ + 2 e– → Cu

Poder redutor crescente


2 H+ + 2 e– → H2
Pb2+ + 2 e– → Pb
Sn2+ + 2 e– → Sn
Ni2+ + 2 e– → Ni
Co2+ + 2 e– → Co
Fe2+ + 2 e– → Fe
Cr3+ + 3 e– → Cr
Zn2+ + 2 e– → Zn
Aℓ3+ + 3 e– → Aℓ
Mg2+ + 2 e– → Mg
Ca2+ + 2 e– → Ca
K+ + 1 e– → K
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Corrosão de metais.

A corrosão é a ação destrutiva que o meio ambiente exerce sobre um metal, dando
origem a problemas técnicos e económicos graves.

Um dos exemplos mais evidentes é o da corrosão do ferro, que, em contacto com o


oxigénio húmido, dá origem à ferrugem.

A corrosão do ferro a partir do oxigénio atmosférico pode traduzir-se pelas equações:

  2 Fe (s) + O2 (g) + 2 H2O (ℓ) 2 Fe(OH)2 (s) ❶

 2 Fe(OH)2 (s) + ½ O2 (g) + H2O (ℓ) Fe2O3·3H2O (s) ❷


Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Corrosão de metais.

Em relação à reação ❶:
  2 Fe (s) + O2 (g) + 2 H2O (ℓ) 2 Fe(OH)2 (s)
(0) (0) (+1)(−2) (+2) (−2)(+1)
Nesta reação, o n.o. do ferro varia de 0 para +2, isto é, o ferro oxida-se.
Simultaneamente, o oxigénio reduz-se: o seu n.o. varia de 0 para −2.

Em relação à reação ❷:

  2 Fe(OH)2 (s) + ½ O2 (g) + H2O (ℓ) Fe2O3·3H2O (s)


(+2) (−2)(+1) (0) (+1)(−2) (+3) (−2)(+1) (−2)

Nesta reação, o n.o. do ferro varia de +2 para +3, o que significa que se oxida e,
em simultâneo, o oxigénio reduz-se, pois o seu n.o. varia de 0 para −2.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Corrosão de metais.

A ação dos ácidos sobre os metais também provoca a corrosão, nomeadamente do


ferro.

A equação química seguinte traduz a reação do ferro metálico com o ácido sulfúrico:

  Fe (s) + H2SO4 (aq) Fe2+ (aq) + H2 (g) + 2 SO3 (g)

(0) (+1)(+6)(−2) (+2) (0) (+6)(−2)

O ferro oxida-se e o hidrogénio reduz-se.

Uma maneira de proteger o ferro consiste em impedir o seu contacto com o ar,
recobrindo-o com tinta ou outros metais apropriados.
Força relativa de oxidantes e redutores.
2.2 Corrosão de metais.

Outra forma de prevenir a corrosão é a chamada proteção catódica, usada, por


exemplo, na proteção dos cascos dos navios.

A proteção catódica consiste


em pôr o ferro em contacto
com blocos de outro metal,
como, por exemplo, o zinco,
que se oxidam mais
facilmente, resguardando
assim o ferro da corrosão.

Proteção de casco de navio.


Conceitos fundamentais
2.2

• um agente oxidante pode oxidar um redutor situado numa posição inferior na série
eletroquímica, transformando-se cada um no respetivo par conjugado;

• um agente redutor reduz um agente oxidante situado numa posição superior na série
eletroquímica, transformando-se cada um deles no respetivo par conjugado;

• um oxidante não tem ação sobre um redutor situado numa posição superior na
série eletroquímica;

• um redutor não tem ação sobre um oxidante situado numa posição


inferior na série eletroquímica.

• Corrosão dos metais: ação destrutiva que o meio ambiente exerce sobre um metal,
nomeadamente através de reações de oxidação-redução.
Atividades
2.2

Para comparar o poder redutor dos metais manganês (Mn), ferro (Fe), prata (Ag) e
chumbo (Pb), adicionou-se um pequeno pedaço de cada um destes metais a várias
soluções aquosas, cada uma contendo iões positivos de um desses mesmos metais,
em concentrações semelhantes.

A tabela seguinte apresenta os resultados obtidos.


Ião metálico
Mn2+ Fe2+ Ag+ Pb2+
Metal

Mn - Há reação Há reação Há reação


Fe Não há reação - Há reação Há reação
Ag Não há reação Não há reação - Não há reação
Pb Não há reação Não há reação Há reação -

Indique qual dos metais tem menor poder redutor.


Exame 2010 2ª fase
Atividades
2.2 Resolução.

Ião metálico
Mn2+ Fe2+ Ag+ Pb2+
Metal

Mn - Há reação Há reação Há reação


Fe Não há reação - Há reação Há reação
Ag Não há reação Não há reação - Não há reação
Pb Não há reação Não há reação Há reação -

Sempre que ocorre reação entre o metal e o ião presente na solução, o metal reduz o
ião.
Se não ocorrer reação entre o metal e o ião presente na solução, o metal não se
oxida e o ião não se reduz e o metal possui um baixo poder redutor.

Então o metal possui poder redutor mais baixo é aquele que não reage com
nenhum ião, ou seja, a prata.

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