A Experiência Do Sagrado e A Instituição Da Religião
A Experiência Do Sagrado e A Instituição Da Religião
A Experiência Do Sagrado e A Instituição Da Religião
e a Instituição da Religião
Antropologia
Teológica
1. A Religiosidade
Religiosidade ≠ Religião
Se excetuarmos as
atividades culturais
ligadas diretamente à
sobrevivência do
indivíduo e da espécie,
pode-se dizer que a
“Religiosidade” é a
atividade mais
antiga e que existe
em todas as
culturas.
Religiosidade
Por que isso acontece? Isso pode ser explicado por
causa de uma palavra: CONSCIÊNCIA.
Ou seja, o homem
descobre que é “ser
humano” quando
toma consciência do
mundo, das coisas e
de si mesmo.
Portanto, conclui-se o
seguinte:
Desde os primórdios
que os homens
percebem e existência
de regularidades na
natureza e têm
consciência de que
eles próprios não são
a causa delas.
Crença em divindades e deuses
Além disso, os homens percebem também que há
na natureza a existência de coisas boas e coisas
ameaçadoras e reconhecem que também não
são os criadores delas.
Crença em divindades e deuses
Logo, a percepção da
realidade exterior como
algo independente da
ação humana conduz o ser
humano à crença em
poderes superiores e à
busca de meios para se
comunicar com eles.
Para os filósofos
existencialistas, somente
os seres humanos sabem
que são mortais, tanto é
que um deles escreveu:
A percepção do tempo,
através do trabalho e da
memória, fazem com que
os homens sejam capazes
de estabelecer relações
com o AUSENTE:
Portanto, a crença em
divindades e numa
outra vida após a
morte define o núcleo
da religiosidade e se
exprime na
experiência do
Sagrado.
2. O Sagrado
O Sagrado
O Sagrado é a experiência da presença de uma
potência sobrenatural que habita algum ser –
planta, animal, humano, coisas, ventos, águas,
fogo etc.
É sobrenatural, portanto, a
força ou potência para realizar
aquilo que os humanos
julgam impossível contando
apenas com as forças e
capacidades humanas.
O Sagrado
Por exemplo, é considerado Sagrado:
Enfim, o Sagrado é a
qualidade excepcional
que um ser possui e que
o separa e distingue
de todos os outros.
O Sagrado e o Profano
Características do Sagrado
Segundo Rudolf Otto, o homem tem uma certa
forma a priori religiosa, expressa pelo universo
do Sagrado que faz parte do cotidiano das pessoas.
No “espaço da vida”
transcorre a vida
profana dos homens;
no “espaço sagrado”
vivem os deuses, são
feitas as cerimônias
de culto e trazidas
oferendas com
preces às divindades.
A Religião
Portanto, a religião organiza o espaço dando-lhe
qualidades humanas ou qualidades culturais,
diferente das simples características humanas.
O fato religioso
Já dizia Cícero, em sua obra De Natura Deorum
(Sobre a natureza dos deuses):
Mito da Via-Láctea:
Hera e Hércules
A Religião como narrativa de origem
Imagem do deus
Ganesha
b) Mitos com Criação: Ser Negativo
Texto do “Chandogya Upanisad” - continuação:
Se você argumenta que Ele criou sem motivo, por que essa é
Sua natureza, então Deus não tem objetivos. Se Ele criou o
Universo como forma de diversão, então isso é [uma
brincadeira de crianças tolas, que em geral acaba mal. [...]
a) Mitos sem Criação: de existência
eterna
Texto de Jinasena (900 a.C.) - continuação:
Portanto, a doutrina que diz que Deus criou o mundo não faz
[nenhum sentido] Homens de bem devem combater os que
crêem na divina [criação], enlouquecidos por essa doutrina
maléfica.
O rito é a rememoração
perene do que aconteceu
num primeira vez e que
volta a acontecer, graças
ao ritual que abole a
distância entre
passado e presente.
Característica dos Ritos religiosos
Por exemplo, o rito da Eucaristia nos cultos católicos
(missas) é a presentificação da ação divina de Cristo
realizada na noite anterior da sua morte na cruz.