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JOSÉ FERREIRA DOS SANTOS NETO

ENGº ELETRICISTA EM TELECOMUNICAÇÕES


CREA-MG 137.520/D
INTRODUÇÃO
HISTÓRICO
ESTRUTURA
O SISTEMA BRASILEIRO
O FUTURO
SISTEMAS ELÉTRICOS DE
POTÊNCIA

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
HISTÓRICO – Século XIX

 1831 – Indução eletro-magnética – Michael FARADAY


 1867 – Dínamo – Werner von SIEMENS
 1879 – Iluminação elétrica da Estação Central do Brasil
 1881 – Transformador – GAULARD-GIBBS
 1882 - Primeiro “Sistema” de Distribuição de energia
elétrica - Thomas EDISON - Nova York – Pearl Street
(540 kW – 110 Vcc)
 1883 – Primeiras Usinas brasileiras
 Termoelétrica em Campos-RJ – 52kW (39 lâmpadas)
 Hidroelétrica em Diamantina-MG – mineração
HISTÓRICO – Século XIX
 1886 – Primeiro Sistema CA – William STANLEY e Franklin
POPE –George WESTINGHOUSE - Great Barrington-MA
(500V – 3kV – 100V)
 1888 – CAMPO GIRANTE - NIKOLA TESLA
 1889 – Primeira “grande” hidrelétrica brasileira
 Marmelos - Juiz de Fora-MG – 250kW – 1kV (monofásica)
 1891 – Primeiro sistema trifásico – Alemanha - 135km
 1892 – Motor de indução (AC) – Nikola TESLA
 1895 - Entra em operação Complexo de Niagara Falls
(20MW/30km)
 1897 – Descoberta do eletron – John THOMSON
HISTÓRICO – Século XIX
 1957 – Primeira Usina Nuclear - Shippingport, PA –
WESTINGHOUSE
 1975 – Inicio da construção de UHE Itaipu
 1976 – Inicio da construção da UHE de Tucurui
 1982 – Angra I entra em operação
 1993 – Inicio da construção de Três Gargantas (China)
O SEP MODERNO - ESTRUTURA
 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP):
 Conjunto de equipamentos que operam de
maneira coordenada com a finalidade de
fornecer energia elétrica aos consumidores,
dentro de certos padrões de qualidade
(confiabilidade, disponibilidade), segurança e
custos, com o mínimo impacto ambiental.
O SEP MODERNO - ESTRUTURA
Características peculiares do Setor
Elétrico
 · Energia elétrica não e estocável  Geração =
Consumo
 · Variação aleatória na demanda (e eventualmente na
geração)
 · Restrições físicas para operação confiável e segura
 · Tempo elevado de obras (usinas/LTs)
 · Dimensionamento pelo pico de consumo -
Subutilização do sistema
SISTEMA DE GERAÇÃO
Geração Convencional
USINAS HIDRELÉTRICAS
 Características
 ● Alto custo de construção x Baixo custo de operação
 ● Distantes da carga: condições de vazão e queda
 ● Aleatoriedade do combustível
 ● Com reservatório x Fio d’agua
 Restrições Operativas
 ● Vazão máxima turbinável
 ● Vazão mínima defluente
 ● Volumes máximos e mínimos operativos de reservatórios
 ● Uso múltiplo da água: navegação, irrigação, saneamento.
USINAS HIDRELÉTRICAS
USINAS TERMELÉTRICAS
 Características
 ● Custo de construção menor x Alto custo operativo
 ● Construção mais próxima dos centros de consumo
 ● Combustível determinístico (suprimento assegurado)
 Restrições Operativas
 ● Geração mínima:
 - suprimento de combustível (contratos, funcionamento de
minas, etc)
 - manter equipamentos em condições adequadas
 ● Tomada e redução de geração
 - nucleares -> operacao continua
 - turbinas aero-derivadas -> partida rapida
 - turbinas convencionais e cogeracao -> partida lenta
USINAS TERMELÉTRICAS
Geração não convencional
SISTEMA DE TRANSMISSÃO

 Linhas de Transmissão, Transformadores e


Compensadores
 Linhas de Transmissão: CA ou CC (HVDC): “ponto a
ponto” – viável acima de 500km
 Tensões típicas: 230kV, 345kV, 440kV, 500kV, 765kV
 Sub-transmissao: 69kV e 138kV
SISTEMA DE TRANSMISSÃO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
 Linhas de Distribuição, Transformadores e
Compensadores
 Rede Primária:
-Interliga subestação aos transformadores de
distribuição
-Atende grandes consumidores em AT (ate 230kV) e MT
(ate 69kV)
 Rede Secundária:
-Atende os consumidores em BT (127/220V ou 220/380V)
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE
DADOS e CONTROLE
(SCADA)
O SEP BRASILEIRO
Características do Sistema Elétrico
Brasileiro

 • predominantemente hidrelétrico;
 • grandes distâncias entre fontes geradoras e centros
consumidores;
 • vários potenciais de aproveitamentos nos mesmos
rios;
 • regimes hidrológicos e pluviométricos diversos;
 • grande potencial hidrelétrico a ser explorado.
O SISTEMA INTERLIGADO
NACIONAL (SIN)
Estrutura da Capacidade de
Geração de Energia Elétrica
Consumo de Energia Elétrica
Consumo de Energia Elétrica
Capacidade Hidrelétrica na
America do Sul (em MW) e % de
aproveitamento
Energia
 A energia pode ser transformada ou transmitida de
diferentes formas: a energia cinética do movimento
das moléculas de ar podem ser convertidas em energia
cinética de rotação pelo rotor de uma turbina eólica,
que por sua vez pode ser convertida em energia elétrica
através de um gerador acoplado ao rotor da turbina.
POTÊNCIA

 A potência elétrica é normalmente medida em watt


[W], quilowatt [kW], megawatt [MW], etc. Ou seja,
potência é a quantidade de energia transferida por
unidade de tempo.
 Unidades de potência.
 1 kW = 1.359 CV
Geração e Cogeração
 GERAÇÃO
 A geração de energia elétrica é a transformação de qualquer tipo
de energia em energia elétrica. Esse processo ocorre em duas
etapas.
 Na 1a etapa uma máquina primária transforma qualquer tipo de
energia, normalmente hidráulica ou térmica, em energia cinética
de rotação.
 Em uma 2a etapa um gerador elétrico acoplado à máquina
primária transforma a energia cinética de rotação em energia
elétrica.
 Como exemplo podemos tomar uma hidroelétrica onde uma
turbina hidráulica transforma a energia potencial da água em
desnível, em energia cinética de rotação que é transferida a um
eixo acoplado a um gerador, tal como mostrado na figura 1.
Exemplo de Hidroelétrica
Cogeração
 A cogeração é o reaproveitamento dos “resíduos” de
energia dessas fontes para a geração de energia elétrica
diminuindo, assim, as perdas e, conseqüentemente,
aumentando o rendimento e o aproveitamento das
fontes de energia.
 A cogeração é a forma mais eficiente de gerar calor e
energia elétrica a partir de uma mesma fonte de
energia. Comparando a utilização de combustível fóssil
com a quantidade de calor que é normalmente gasta
no processo de geração de energia, a cogeração alcança
níveis de eficiência 3 vezes maior, podendo chegar a 4
vezes, do que no processo convencional de geração.
Cogeração
 Os equipamentos de cogeração podem utilizar outros
combustíveis além do gás natural.
 Existem instalações em operação que utilizam
madeira, bagaço de cana-de-açúcar, e outros
combustíveis dependendo do local e disponibilidade.
Cogeração
 As implicações ambientais da cogeração são bem
menores quando comparadas às do processo
convencional de geração, não apenas pela sua inerente
eficiência, mas também pelo seu caráter
descentralizador.
 Isto se deve ao fato de ser impraticável o transporte de
calor (energia térmica) a grandes distâncias, e os
equipamentos de cogeração são localizados
fisicamente próximos aos processos que utilizam calor.
Cogeração
 Desta forma a energia elétrica tende a ser gerada próxima
aos centros consumidores, reduzindo as perdas pela
transmissão e a necessidade de equipamentos para a
distribuição. Um número significativo de consequências
positivas para o meio ambiente decorrem deste fato. As
plantas de cogeração tendem a ser pequenas por isso
podem pertencer e serem operadas por companhias
menores e afastadas de um centro industrial.
 Como regra geral, elas também são construídas próximas a
áreas populacionais, o que significa que devem ser
mantidas no mais alto padrão ambiental.
Cogeração
O SISTEMA DE GERAÇÃO

 O sistema de geração é formado pelos seguintes


componentes: Máquina primária, geradores,
transformador e sistema de controle, comando e
proteção.
MÁQUINA PRIMÁRIA
 É a maquina primária que faz a transformação
de qualquer tipo de energia em energia cinética
de rotação para ser aproveitada pelo gerador.
Por exemplo, a máquina que transforma a
energia liberada pela combustão do gás em
energia cinética é a turbina a gás.
 As principais máquinas primárias utilizadas
hoje são motores Diesel, turbinas hidráulicas,
turbinas a vapor, turbinas a gás e eólicas.
MÁQUINA PRIMÁRIA
GERADORES
 São os geradores que transformam a energia cinética
de rotação das máquinas primárias em energia elétrica.
 Os geradores são dimensionados de acordo com a
potência que a máquina primária pode fornecer.
GERADORES
TRANSFORMADORES

 Uma vez gerada a energia elétrica, existe a necessidade


de se compatibilizar o nível da tensão de saída com a
tensão do sistema ao qual o grupo gerador será ligado.
 O equipamento utilizado para elevar ou rebaixar o
nível de tensão é o transformador. Desta forma um
grupo gerador que gera energia a uma tensão de 13.8
kV pode ser ligado a uma linha de transmissão de 69kV
desde que um transformador de 13,8/69 kV faça o
ajuste da tensão.
CONTROLE, COMANDO E
PROTEÇÃO
 Em primeiro lugar, a tensão de saída do gerador não
pode variar mais que 10% para cima ou para baixo. É
necessário que se faça o sincronismo com a rede antes
de comandar o fechamento da linha.
 Para que estas medidas sejam tomadas, são necessários
vários equipamentos de manobra e proteção, tais como
TC’s, TP’s, relés e disjuntores. O quadro de comando e
proteção reúne todos estes equipamentos, e permite ao
operador supervisionar o funcionamento do sistema e
atuar imediatamente caso se faça necessário.
CONTROLE, COMANDO E
PROTEÇÃO
HIDRÁULICAS
 Para iniciar o processo de conversão da energia
potencial da água em energia elétrica, a água dos
reservatórios é captada, através de um sistema de
adução onde a água é transportada através de condutos
de baixa pressão.
 Os condutos de baixa pressão possuem um declividade
muito baixa, pois a sua finalidade é apenas o
transporte da água até a entrada dos condutos
forçados, que conduzem a água até a casa de máquinas
onde se encontram as turbinas.
HIDRÁULICAS
 A turbina hidráulica é uma máquina com a finalidade
de transformar a energia cinética do escoamento
contínuo da água que a atravessa em trabalho
mecânico.
 Para isso elas são equipadas com uma série de pás (ou
conchas). Quando a água atravessa essas pás, as
turbinas giram com uma grande força.
 A força com que gira essa turbina depende
inicialmente da altura da queda de água, que
corresponde, aproximadamente, a diferença de
altitude entre a adução e a entrada da turbina.
Turbinas em Barragens
Turbinas hidráulicas
 Basicamente existem 2 tipos de turbinas hídricas: as
turbinas de reação ou propulsão, e turbinas de ação ou
impulso.
 Turbinas de Reação (ou propulsão): São turbinas em que
o trabalho mecânico é obtido pela transformação das
energias cinéticas e de pressão da água em escoamento
através do rotor. As turbinas de reação são as do tipo
Francis e Kaplan.
 Turbinas de Ação (ou impulso): Aquela em que o
trabalho mecânico é obtido pela obtenção da energia
cinética da água em escoamento através do rotor. As
turbinas de ação são as do tipo Pelton.
Turbinas de Reação
Turbinas de Ação
DIESEL

 O motor Diesel é uma maquina térmica, ou seja,


transforma energia térmica em energia mecânica
através do mesmo principio de funcionamento dos
motores a explosão, como os conhecidos motores de
automóveis.
 Esses motores são chamados de máquinas térmicas a
pistão ou motores de combustão interna.
 Seu objetivo é a obtenção de trabalho através da
liberação da energia química do combustível.
MOTOR DIESEL
TERMELÉTRICAS

 As máquinas a vapor foram as primeiras máquinas a


produzirem energia mecânica aproveitável para
processos industriais. Por isto essas máquinas foram
fundamentais para o acontecimento da revolução
industrial.
 Com o aparecimento da eletricidade, as máquinas a
vapor se tornaram peças fundamentais para a geração
de energia elétrica, uma vez que já existia o domínio
dessa tecnologia.
TERMELÉTRICAS
TERMONUCLEARES

 A usinas termonucleares funcionam utilizando o


mesmo princípio de funcionamento das usinas
térmicas, ou seja, as máquinas que entregam energia
para o gerador são as turbinas a vapor .
 O que torna essas usinas especiais é o combustível
utilizado. Ao invés de uma reação química de
combustão, o que acontece é uma liberação de energia
a nível atômico.
TERMONUCLEARES
Usina Nuclear
Turbinas a gás
 De uma forma bem geral podemos classificar as
instalações de turbinas a gás em dois grandes grupos:
Turbinas a gás em circuito aberto e Turbinas a gás em
circuito fechado.
Turbinas a gás em circuito aberto
Turbinas a gás em circuito fechado
PRINCIPAIS CONDIÇÕES
IMPEDITIVAS
 A ausência ou a deficiência de qualquer uma das
condições a seguir, impedem o inicio ou o
prosseguimento de serviços realizados em
instalações elétricas do SEP.
 Estas são as principais, pois na análise do serviço,
podemos constatar outras situações que possam
impedir a execução da atividade
PRINCIPAIS CONDIÇÕES
IMPEDITIVAS
 As intervenções em instalações elétricas com
tensão igual ou superior a 50 volts em corrente
alternada ou superior a 120 volts em corrente
contínua, só podem ser realizadas por
trabalhadores que atendam o que estabelece o
item 10.8 da NR 10 (habilitação, qualificação,
capacitação e autorização);
PRINCIPAIS CONDIÇÕES
IMPEDITIVAS
 Os serviços em instalações elétricas energizadas
em AT, bem como aquelas executadas no SEP, não
podem ser realizados individualmente e sem a “
ordem de serviço” específica para data e local,
assinada por superior responsável pela área;
PRINCIPAIS CONDIÇÕES
IMPEDITIVAS
 Todo trabalhador em instalações elétricas,
energizadas em BT/AT, bem como aqueles
envolvido em atividades no SEP, devem dispor de
equipamento que permita a comunicação
permanente com os demais membros da equipe
ou com o centro de operação durante a realização
do serviço;
 Falta ou deficiência de EPC´s e ou de EPI´s.
Outros aspectos

 Condições ambientais
 Condições climáticas – depende das características da
atividade;
 Serviço em linha viva – só poderá ser realizado durante
o dia e em condição climática favorável;
Outros aspectos
 Condições pessoais
 Nenhum serviço deve ser iniciado se houver condições
que comprometam a integridade física da equipe;
 Antes do início das atividades todos os trabalhadores
deverão fazer uma avaliação das condições físicas e
mentais.
RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA
PREVENÇÃO
 Antes de realizar qualquer atividade dentro da área de risco
elétrico ou em suas proximidades, é necessário:
 Compreender a importância de trabalhar e utilizar todos os
procedimentos de segurança;
 Saber como utilizar todos os procedimentos necessários
para trabalhar com segurança;
 Conhecer a nova norma regulamentadora NR 10;
 Conhecer as atribuições que competem a todos os
envolvidos em eletricidade;
 Conhecer os métodos que devem ser desenvolvidos na área
elétrica;
 Saber de suas responsabilidades quanto pessoa envolvida
na área elétrica.
RISCOS TIPICOS DO SEP
a) Proximidade e contatos com partes
energizadas;
b) Indução;
c) Descarga atmosférica;
d) Estática;
e) Campo elétrico e magnético;
f) Comunicação, identificação e sinalização,
g) Trabalho em altura; maquina e equipamentos
especiais
Proximidade e contato com partes
energizadas
 Proteção Contra o Risco de Contato
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios
seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de
acidentes.

 As partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou


examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espaço
suficiente para trabalho seguro.

As partes das instalações elétricas, não cobertas por material
isolante, na impossibilidade de se conservarem distâncias que
evitem contatos causais, devem ser isoladas por obstáculos que
ofereçam, de forma segura, resistência a esforços mecânicos
usuais.
Proximidade e contato com partes
energizadas
 Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos
circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob
tensão, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessível a
contatos.

 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado


adequadamente. As instalações elétricas, quando a natureza do
risco exigir e sempre que tecnicamente possível, devem ser
providas de proteção complementar através de controle à
distância, manual e/ou automático.

 As instalações elétricas que estejam em contato direto ou


indireto com a água e que possam permitir fuga de corrente,
devem ser projetadas e executadas, em especial quanto à
blindagem, isolamento e aterramento.
Proximidade e contato com partes
energizadas
 Respeitar as distâncias de segurança entre as tensões (Fase-fase e
fase-terra), utilização correta dos EPI’s e EPC’s.
 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades,
devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e
influências eletromagnéticas.
 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com
instalações elétricas ou em suas proximidades.
 As operações elementares como ligar e desligar circuitos
elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e
equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação,
adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer
pessoa não advertida.
 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem
ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando
as distâncias previstas
Zona de Risco e Zona Controlada
 Zona de Risco: entorno de parte condutora
energizada, não segregada, acessível inclusive
acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo
com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida
a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas
e instrumentos apropriados de trabalho.

Zona Controlada: entorno de parte condutora


energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais
autorizados.
Zona de Risco e Zona Controlada
Zona de Risco e Zona Controlada
Zona de Risco e Zona Controlada
 ZL = Zona livre
ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores
autorizados
ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores
autorizados e com a adoção de técnicas,
instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho
PE = Ponto da instalação energizado
SI = Superfície isolante construída com material
resistente e dotada de todos dispositivos de segurança.
Zona de Risco e Zona Controlada
 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas
proximidades devem ser suspensos de imediato na iminência
de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.
 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou
para a entrada em operações de novas instalações ou
equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas
análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados,
e respectivos procedimentos de trabalho.
 O responsável pela execução do serviço deve suspender as
atividades quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja
possível.
Trabalho em Proximidade
 Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona
controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou
com extensões condutoras, representadas por materiais,
ferramentas ou equipamentos que manipule.
 Indução (magnética, eletrostática e eletromagnética)
Um corpo carregado com certa carga elétrica, próximo a
outro corpo, induz (provoca) aparecimento, nesse outro
corpo, de uma carga igual e de sinal contrário (positivo x
negativo).
 Os trabalhos com linha transversais e/ou paralelas, utilizar
o sistema de aterramento tantos quantos necessários.
Descargas Atmosféricas
 As descargas atmosféricas são um dos maiores causadores
de acidentes em sistemas elétricos causando prejuízos
tanto materiais quanto para a segurança pessoal.

 Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-se


necessário a avaliação do risco de exposição a que estão
submetidos os edifícios, sendo este um meio eficaz de
verificar a necessidade de instalação de pára-raios.

 Os sistemas de aterramento tem como primeiro objetivo, a


segurança pessoal.
Descargas Atmosféricas
 Devem ser projetados para atender os critérios de
segurança tanto em alta freqüência, descargas
atmosféricas e telefonia, quanto em baixas
freqüências, como por exemplo, curtos circuitos em
motores trifásicos.
 Para que o aterramento seja eficaz é necessário que
seja um sistema estável, ou seja, que apresente uma
invariabilidade nos valores da resistência de terra..
Descargas Atmosféricas
 Costuma-se adotar o valor da resistência de terra em torno de
10Ω, mas na prática, este valor pode ser bem variável. Adotando-
se o aterramento com equipotencialização, por exemplo, o
objetivo final é manter todo o sistema a um mesmo potencial.

 Deste trabalho conclui-se a importância do conhecimento de


projetos para os sistemas de aterramento e pára-raios, de maneira
minuciosa ressaltando suas características peculiares.

 Como sendo um fenômeno da natureza, podemos apenas


amenizar os efeitos utilizando métodos seguros de para-raio e
aterramento evitando trabalho com o tempo carregado
(chuvoso) Descarga atmosférica – Raio, com alta tensão e
amperagem, ocorrida por diferença de potencial entre duas
cargas elétricas opostas, buscando reequilibrá-las.
Descargas Atmosféricas
 O próprio transformador e o quadro de distribuição
são mais atrativos para esse tipo de descarga, por
estarem aterrados. Caso o equipamento eletro-
eletrônico esteja aterrado, a descarga passará pelo
equipamento, danificando-o.
 Na rede telefônica e nas antenas, 90% das descargas
atmosféricas ocorrem de forma transversal, pois não
há diferença de potencial entre os seus pólos, mas há o
atrativo no equipamento eletro-eletrônico acoplado à
rede elétrica, servindo como elemento condutor e
consequentemente danificado.
Estática
 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular
eletricidade estática devem dispor de proteção específica e
dispositivos de descarga elétrica.
 A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso. Ela é
gerada principalmente por um desbalanceamento de elétrons
localizado sob uma superfície ou no ar do ambiente.
 O desbalanceamento de elétrons (em todos os casos, gerado pela
falta ou excesso de elétrons) gera assim um campo elétrico que é
capaz de influenciar outros objetos que se encontram a uma
determinada distância.
 O nível de carga é afetado pelo tipo de material, velocidade de
contato e separação dos corpos, umidade e diversos outros
fatores.
Campos Elétrico e Magnético
 Campo magnético
 Os equipamentos têm um certo grau de sensibilidade à
perturbação de origem eletromagnética. Um simples raio que
caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores,
transdutores associados a sinal, comandos, pode causar um mal
funcionamento.

 De uma forma mais simples, não é danificar esse equipamento, é


levar a ele uma informação que será codificada, não como um
raio que caiu, mas uma informação de uma atitude que ele deve
tomar e que vai ser errada.

 Isso é uma perturbação de origem eletromagnética, porque o raio


cria um campo magnético, que vai provocar o mau
funcionamento dos comandos, controle de operação.
Campo magnético
 Tudo o que envolve segurança no campo de controle deve
estar protegido contra esse fenômeno classificado como
compatibilidade magnética e os equipamentos devem estar
imunes o máximo possível a esse tipo de interferência.
 Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento
para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno de
perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que o equipamento
produza ruídos de natureza de campo eletromagnético que
perturbe o funcionamento de outros e dele mesmo.
Campo magnético
 Então, essa é a finalidade básica do estudo de um
aterramento, da escolha adequada do tipo de
aterramento para evitar correntes comuns.
 É assegurar, ao usuário da instalação, segurança para o
equipamento que está instalado, para evitar certos
tipos de sobretensão, que são provocadas por falhas na
rede elétrica, como curto-circuito, por exemplo.
 Mais uma finalidade do aterramento é a de promover
uma referencia de potenciais para a boa operação dos
sistemas elétricos, em especial quando há partes
isoladas eletricamente, como um transformador.
Campo magnético
 Evitam os efeitos tanto no campo elétrico e campo magnético
utilizando corretamente os EPI e EPC’s (choque elétrico,
queimadura, arcos elétricos).

 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas


medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais,
especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e
magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e
outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

 Em geral, os fenômenos físicos acontecem numa certa região do


espaço. Essa região é chamada de campo. As grandezas físicas
que darão origem aos campos recebem o nome de fontes de
campos.
Ímã permanente e ímã temporário
 Existe grande controvérsia a respeito dos efeitos dos
campos eletromagnéticos no ser humano.
Encontramos vários trabalhos que não demonstram
esse efeito, por outro lado existem outros tantos que
levantam suspeita sobre possíveis danos causados pela
exposição ocupacional ou ambiental aos campos
eletromagnéticos.
Trabalho em Alturas, Máquinas e
Equipamentos Especiais
 Padronizações dos cinturão tipo paraquedista, com
talabarte de segurança de seguranças de acordo com altura
e estrutura a ser utilizada (cinta abdominais,
talabarte e paraqueda) padronizações de suas máquinas e
equipamentos com seu manual de procedimentos e na sua
utilização (como limite de abertura carga instalada e
condições de uso).
 As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de
dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem
necessários para a prevenção de acidentes do trabalho,
especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.
Trabalho em Alturas, Máquinas e
Equipamentos Especiais
 Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas
e equipamentos devem ser vistoriados e limpos, sempre
que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e
outras substâncias que os tornem escorregadios.
 As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e
equipamentos devem ser dimensionados de forma que o
material, os trabalhadores e os transportadores
mecanizados possam movimentar-se com segurança.

 As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões


devem ter escadas e passadiços que permitam acesso fácil e
seguro aos locais em que seja necessária a execução de
tarefas.
Medidas de Controle do Risco
Elétrico

a) desenergização
b) aterramento funcional (TN/TT/IT ) de proteção, temporário.
c) Equipotencialização
d) Seccionamento automático da alimentação
e) Dispositivo a corrente de fuga
f) Extra baixa tensão
g) Barreiras e invólucros
h) Bloqueios e impedimentos
i) Obstáculos e anteparos
j) Isolamento das partes vivas
k) Isolações duplas ou reforçadas
l) Colocação fora do alcance
m) Separação elétrica
Explicação dos Termos
Fundamentais
 Risco - Uma ou mais condições de uma variável com o
potencial necessário para causar danos.
 Esses danos podem ser entendidos como lesões as
pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao
meio ambiente, perda de material em processo, ou
redução da capacidade de produção.
 Havendo um risco, persistem as possibilidades de
efeitos adversos.
RISCO: EXEMPLOS
Explicação dos Termos
Fundamentais
 Perigo - Expressa uma exposição relativa a um risco, que
favorece a sua materialização em danos.
Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nível
de perigo, devido às precauções tomadas.

 Assim, um banco de transformadores de alta Tensão possui


um risco inerente de eletrocussão, uma vez que esteja
energizado.

 Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido,


no meio de uma área onde circulam pessoas. O mesmo
risco estará presente quando os transformadores estiverem
trancados num cubículo sob o piso por exemplo.
Documentos para análise de risco
 Estes documentos podem ser:

-Descrição das principais características da empresa;


-Equipes e jornadas de trabalho;
-Detalhamento dos locais de trabalho;
-Descrição detalhada das tarefas e atividades
realizadas (Análise Prevencionista da Tarefa) APT.
Análise Prevencionista de Tarefas –
APT
- É a descrição detalhada das Etapas que compõem uma
dada Tarefa, identificando os Riscos de acidentes ou
doenças ocupacionais de cada Etapa, e respectivas
providências e procedimentos para garantir uma
execução segura.
- Cada APT é apresentada em Formulário padrão com 3
colunas, sendo a 1ª para descrever as Etapas, a 2ª para
identificar os Riscos e a 3ª para especificar as Medidas
Prevencionistas recomendadas.
MODELO DE CONTROLE DE RISCO
(ANÁLISE PREVENCIONISTA DA
TAREFA)
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

 As atividades de construção, operação e manutenção


em instalações elétricas devem ser exercidas de acordo
com as normas, instruções e os procedimentos
emitidos pelos respectivos órgãos competentes de
modo a ser executado corretamente e com segurança.

 Na execução de todo e qualquer serviços em


instalações elétricas, deve-se levar sempre em
consideração as instruções e recomendações
pertinentes a cada caso específico.
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
 Toda atividade operacional realizada por um
trabalhador, que interaja no SEP, é passível de ser
detalhada em uma seqüência lógica;
 A garantia da segurança em serviços no SEP é
fundamental e obrigatória;
 Os trabalhos no SEP estão classificados nas áreas
de construção/montagem, manutenção e
operação de instalações;
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
 A técnica de linha viva é uma realidade de
manutenção e construção na qual os
trabalhadores atuam diretamente ou “em
proximidade” dos equipamentos e condutores
energizados;
 Os trabalhos podem ser executados em
instalações industrias ou de concessionárias, de
instalação localizadas em subestações e usinas ou
linhas de transmissão e distribuição de energia,
urbanas ou rurais.
Objetivo do Procedimento de
Trabalho
 Instruir os serviços realizados nas instalações do SEP,
incluindo entre outras, um programa de execução e
uma técnica de análise de risco.
Objetivo do Procedimento de
Trabalho
 1. Descrição do trabalho – Detalhar a intervenção que
será realizada, para facilitar o entendimento em sua
execução;
 2. Recursos humanos – Determinar os recursos
humanos que serão necessários para realizar a
manutenção, descriminando nomes, funções e órgãos
de origem. É imperativo que esses sejam habilitados
para desenvolver os trabalhos programados;
Objetivo do Procedimento de
Trabalho
 3. Recursos materiais – Relacionar todos os matérias,
equipamentos, ferramentas e instrumentos que serão
utilizados na manutenção, deixando claro suas
quantidades e referências, inclusive, para facilitar suas
aquisições, e acordo com as seguintes ações:
 a) Prever reservas estratégica dos itens vitais á
intervenção;
 b) Prever um check list dos itens em tempo hábil de
se adquirir/substituir alguns componentes;
 c) Responsabilizar os órgãos/pessoas que adquirirão
os itens e prazos para aquisição.
Providências preliminares
 São as ações que antecedem, propriamente dita, para
obter o sucesso na sua execução. Deve-se prever,
caracterizando algumas responsabilidades;
1. Estudo minucioso do local onde será executado o
trabalho, para identificar:
 As dificuldades de acesso, ao lado da intervenção;
 Os pontos energizados nas proximidades;
 As distâncias envolvidas;
 Os pontos de acesso de trabalho.
Providências preliminares
 2. No caso de trabalhos com instalações
desenergizadas, a elaboração de um projeto de
aterramento que identifique os pontos que serão
aterrados, a técnica a ser empregada e os
materiais/ferramentas que serão usados, conforme os
procedimentos de aterramento temporário para linhas
e barramentos desligados;
Providências preliminares
 3. Estudos das normas e instruções técnicas de
manutenção passíveis de serem aplicadas ao trabalho;
 4. Análise dos fatores mecânico e elétricos envolvidos,
de modo a garantir a segurança do pessoal e a condição
de operacionalidade da instalação;
 5. Análise da adequação do ferramental em relação aos
fatores eletromecânicos envolvido, á suportabilidade e
a técnica a ser empregada;
Providências preliminares
 6. Inspeção e/ou testes de todos os materiais,
equipamentos e ferramental, inclusive os EPC´s e os EPI´s;
 7. Solicitação de acompanhamento, quando necessário, de
representante da Operação e da Segurança do Trabalho. É
possível prever quando é necessário o apoio, local, de uma
ambulância com profissionais da área médica;
 8. Providenciar a aquisição de “ kits” de primeiros socorros.
Exigir que todos os membros da equipe conheçam a
utilização do “kit” e que estejam atualizados nas técnica de
primeiros socorros;
Providências preliminares
 9. Discussão do trabalho com a equipe, de modo que não
fiquem dúvidas sobre o papel de cada membro e dos
participantes em cada etapa e também sobre os riscos
envolvidos na intervenção;
 10. O responsável pela intervenção deverá inteira-se com o
operador encarregado da instalação ou operador supervisor
de turno, com relação ás partes da instalação que ficarão
energizadas durante a intervenção;
 11. Elaboração de diagramas coloridos que apresentem
claramente as partes do sistema que ficarão energizadas
durante a intervenção;
Providências preliminares
 12. Realizar, em conjunto com a operação, a
delimitação/sinalização da área liberada para
intervenção;
 13. Realizar a delimitação da área de trabalho;
 14. Programa de manobras: confirmar se as manobras
constantes no Programa de Manobras, atendem a
configuração/condição necessária para realização da
intervenção, especialmente;
Providências preliminares
 15. Bloqueio dos equipamentos/religamento de linha de
transmissão: confirmar a realização do bloqueio dos
equipamentos que, acidentalmente operados, possam
energizar as áreas liberadas para intervenção,
especialmente os equipamentos acionados remotamente.
Confirmar a sinalização com os cartões de segurança, nos
acionamentos desses equipamentos. Para as linhas de
transmissão energizadas, confirmar o bloqueio do
religamento automático;
 16. Controle e numeração: a cada emissão de um programa
executivo, o serviço de manutenção deverá numerá-lo a fim
de possibilitar o seu arquivamento, controle e melhoria do
processo.
TRABALHO SOB TENSÃO
 A técnica de trabalho com linha energizada (linha viva), foi
desenvolvida em função da dificuldade de desligamento em
alguns circuitos importantes.
 Essa atividade deve ser realizada mediante a adoção de
procedimentos e de metodologia de trabalho. Esta
atividade é realizada mediante os métodos abaixo descrito:
 - Técnica de trabalho com linha viva método a distância;
 - Técnica de trabalho com linha viva método ao contato;
 - Técnica de trabalho com linha viva método ao potencial;
 - Técnica de segurança para trabalhos em painéis de
cubículos.

Técnica de trabalho com linha viva
– método a distância

 O eletricista executa as operações com o auxílio de


ferramentas montadas nas extremidades dos bastões
isolantes. Com este método, é possível trabalhar em todas
as classes de tensão. Em tensões menores de até 69 kV,
onde as distâncias entre fases são menores, os condutores
são afastados de sua posição normal por meio de bastões
suportes, moitões, etc.
 Na execução dos serviços utilizando, esse método, os
eletricistas trabalham em potencial de terra, ou seja,
posicionados em escadas isoladas, ou até mesmo em
“esporas” executando todos os serviços usando ferramentas
e equipamentos adequados.
Técnica de trabalho com linha viva
– método ao contato

 Neste o trabalhador tem contato com a rede


energizada mas não fica no mesmo potencial da rede
elétrica, pois esta devidamente isolado desta,
utilizando equipamentos de proteção individual e
equipamentos de proteção coletiva adequados à tensão
da rede.
Técnica de trabalho com linha viva
– método ao contato
 Esse método consiste em proteger o eletricista com
luvas e mangas isolantes, com o auxílio de uma
plataforma, andaime ou veículo equipado com cestas
aérea, ele executa os serviços diretamente com as
mãos.
 Toda a zona de trabalho é protegida, também, com
coberturas isolantes apropriadas e, à medida que
decorrem as tarefas, via-se descobrindo o espaço
estritamente necessário à operação em causa, tais
como executar uma derivação, substituir um isolador,
efetuar uma emenda, etc.
Técnica de trabalho com linha viva
– método ao potencial
 Tem por finalidade permitir maiores recursos na
manutenção, principalmente em linhas de extra alta
tensão, acima de 345 kV, nas quais as distâncias de
trabalho são superiores a 3 metros, bem como nas
subestações a partir de 69 Kv.
 O trabalho ao potencial baseia-se no princípio da
Gaiola de Faraday e consiste no contato direto do
eletricista com o condutor energizado, em tensões de
até 800 Kv.
Técnica de trabalho com linha viva
– método ao potencial
 O método de trabalho no potencial, consiste em levar
o eletricista ao condutor energizado por meio de
escada isolante cujo isolamento é previamente testado.
Ao potencial da linha, o eletricista pode executar
manualmente os trabalhos que, no método a distância,
são feitos por meio de ferramentas adaptadas a bastões
e pode, além disso, instalar e remover aparelhos e
acessórios, seja próximo à estrutura, seja no meio do
vão.
Procedimento de segurança para
trabalho em painéis e cubículos

 Antes de entrar em um cubículo de uma subestação, abrir


um painel ou gabinete de um equipamento, examine o
ambiente de trabalho, onde vai posicionar o medidor e
demais equipamentos. Além disto, observe o seguinte:
 Identifique uma rota de fuga que possa usar em caso de
emergência;
 Certifique-se de que sabe exatamente como acessar o
equipamento em questão;
 Procure trabalhar em uma posição confortável e segura;
 Verifique se há riscos ambientais presente, como galhos de
árvores, animais ou água;
Procedimento de segurança para
trabalho em painéis e cubículos
 Tenha certeza de que a ventilação e a iluminação, são
suficientes;
 Mantenha um ajudante, qualificado, por perto, que
também entenda de segurança elétrica;
 Sempre informe onde estará trabalhando. Utilize os
procedimentos de sua empresa referentes a ordens de
serviços e permissões para trabalho;
 Selecione adequadamente suas ferramentas e
equipamentos de segurança;
 Proteção para os olhos e ouvidos, luvas, vestimentas e
tapetes isolantes
Procedimento de segurança para
trabalho em painéis e cubículos
 Verifique se as ferramentas estão isoladas
adequadamente;
 Sempre que possível trabalhe em circuitos não
energizados;
 Siga os procedimentos de desenergização definidos,
indicados no procedimento da tarefa que será
realizada;
 Siga sempre os procedimentos de bloqueio mecânico
do circuitos desenergizados, bem como a identificação
dos mesmos.
Equipamento e ferramentas de
trabalho

 Dispositivo de isolação elétrica


 As coberturas protetoras para linha viva, são usadas nos
trabalhos pelo método ao contato, sendo instaladas com
luvas isolantes de borracha ou pelo método a distância,
uma vez que dispõem de olhais para serem operadas com
bastões de manobra.
 São elementos construídos com materiais dielétricos (não
condutores de eletricidade) que têm por objetivo isolar
condutores ou outras partes da estrutura que estão
energizadas para que os serviços possam ser executados
sem a exposição do trabalhador ao risco elétrico
Equipamento e ferramentas de
trabalho
Equipamento e ferramentas de
trabalho - Escada
 A escada a ser utilizada ao potencial deve ser
submetida a um ensaio (antes de ser transportada ao
local do trabalho) utilizando-se um micro
amperímetro para verificação das condições de
isolamento, antes de sua utilização.
 Se a escada apresentar valores superiores aos descritos,
deve ser submetida á limpeza e novamente testada, se
os valores permanecerem superiores aos
recomendados, não realize o trabalho nesse método e
sim pelo método a distância.

Equipamento e ferramentas de
trabalho - Escada
Requisitos elétricos mecânicos
 Tubos isolantes de “fiberglass” para linha viva
 Acabamento superficial à base de tinta poliuretânica
de alta rigidez dielétrica e resistente à ação dos raios
ultravioletas;
 Cinta de encosto de “nylon” revestida de borracha;
 Degraus em fibra de vidro com tratamento superficial
antiderrapante;
 Sapatas de borracha
Requisitos elétricos mecânicos
Cestas aéreas
 Utilizadas principalmente nas atividades em linha viva
por suas características isolantes e devido a melhor
condição de conforto em relação à escada. Os
movimentos da cesta possuem duplo comando (no
veículo e no cesto) e são normalmente comandados na
própria cesta. Tanto as hastes de levantamento como
as cestas devem sofrer ensaios de isolamento elétrico
periódicos e possuir relatório das avaliações realizadas.
Gancho de escalada

 É utilizado para a escalada em torres de transmissão.


Nesse gancho é fixada a corda guia com o trava quedas.
À medida que o operador escala a torre, transfere-a de
posição encaixando num ponto superior da torre.
Cestas aéreas
Andaime

 O andaime modular isolante é um equipamento


indispensável nas intervenções em instalações
elétricas de alta e extra alta tensão energizadas,
principalmente em subestações, proporcionando uma
condição extremamente segura de acesso e
posicionamento do eletricista em alturas de até 15
metros, para a realização dos mais diversos tipos de
trabalho e pelos métodos a distância e ao potencial
Andaime
Dispositivos de manobra

 São instrumentos isolantes utilizados para executar


trabalhos em linha viva e operações em equipamentos
e em instalações energizadas ou desenergizadas, nas
quais existem possibilidade de energização acidental.
Dispositivos de manobra
Bastões

 São utilizados para outras operações de apoio. Nos


bastões de salvamento há ganchos para remover o
acidentado.
 O bastão de manobra, também conhecido como
“bastão pega - tudo”, foi originalmente projetado para
operação de grampos de linha viva e de grampos de
aterramento, porém, face à sua versatilidade, possui
hoje múltiplas aplicações, principalmente na
manutenção de instalações elétricas energizadas.
Bastões
INSPEÇÃO NAS FERRAMENTAS DE
TRABALHO
 A inspeção consiste na observação cuidadosa de suas
ferramentas e equipamentos de trabalho, com o fim de
descobrir, identificar riscos que poderão transformar-se em
causas de acidentes do trabalho e também com o objetivo
prático de tomar ou propor medidas que impeçam a ação
desses riscos.
 A inspeção de ferramentas é uma parte programada de cada
tarefa. É tão indispensável para o trabalho a ser feito quanto
a sua habilidade e qualificação para executá-lo. Verificar se
as ferramentas e equipamentos estão em ordem é o
primeiro passo não apenas para uma operação segura, mas
também para uma operação eficiente.
INSPEÇÃO NAS FERRAMENTAS DE
TRABALHO
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
COLETIVA
 Em todos os serviços executados em instalações elétricas
devem ser previstas e adotados, prioritariamente, medidas
de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às
atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores.

 As medidas de proteção coletiva compreendem,


prioritariamente, a desenergização elétrica conforme
estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança.
Tensão de Segurança
 Pode definir-se “Tensão de Segurança” como o valor
máximo de tensão a que uma pessoa pode estar sujeita,
durante um período de tempo determinado, sem sofrer
perigo de eletrocussão:
INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE TENSÃO E
AUSÊNCIA DE TENSÃO

 São pequenos aparelhos de medição ou detecção


acoplados na ponta da vara que serve para verificar se
existe tensão no condutor.
 Antes do início dos trabalhos em circuitos
desenergizados é obrigatório a constatação de ausência
de tensão através desses equipamentos Esses aparelhos
emitem sinais sonoros e luminosos na presença da
tensão.
 Este equipamento sempre deve estar no veículo das
equipes de campo.
INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE
TENSÃO E AUSÊNCIA DE TENSÃO
 São encontrados os seguintes tipos:

-Detectores de tensão por contato;


-Detectores de tensão por aproximação;
-Micro amperímetro para medição de correntes de
fuga - para medição de correntes de fuga em cestas
aéreas, escadas e andaimes isolantes nas atividades de
manutenção em instalações.
-Micro-Amperímetro tipo Micro Tester
INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE
TENSÃO E AUSÊNCIA DE TENSÃO
DISPOSITIVOS DE
SECCIONAMENTO – CHAVES
FUSÍVEIS
 São dispositivos automáticos de manobra (conexão e
desconexão), que na ocorrência de sobre-corrente (corrente
elétrica acima do limite projetado) promove a fusão do elo
metálico fundível (fusível), e conseqüentemente a abertura
elétrica do circuito.
 Dessa forma, quando há uma sobrecarga, o elo fusível se
funde (queima) e o trecho é desligado.
 Normalmente em rede de distribuição elétrica estão
instaladas em cruzetas. Também permitem a abertura
mecânica, devendo ser operadas por dispositivo de
manobra, a exemplo de vara de manobra.
CHAVES FUSÍVEIS
Seccionalizador tipo cartucho
eletrônico - CRS
 O seccionalizador eletrônico é composto de uma base
(cartucho) com um módulo eletrônico, pode-ser
instalado em qualquer tipo de corta circuito
equivalente, portanto é intercambiável.
Seccionalizador tipo cartucho
eletrônico - CRS
Chaves Facas

 São dispositivos que permitem a conexão e desconexão


mecânica do circuito. Geralmente estão instaladas em
cruzetas e são usadas na distribuição e transmissão.
 Existe dois tipos: mecânica e telecomandada.
Chaves Facas
Religadoras
Outras Medidas de proteção
Coletiva
 Na impossibilidade de implementação do estabelecido
devem ser utilizadas outras medidas de proteção
coletiva, tais como: isolação das partes vivas,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de
seccionamento automático de alimentação, bloqueio
do religamento automático
Outras Medidas de proteção
Coletiva
Proteção rede primária utilizado
pela linha viva
Manta de borracha (lençol inteiriço
ou partido)
Luvas e Mangas de borracha

SINALIZAÇÃO
DISPOSITIVOS CONTRA QUEDA DE
ALTURA
 Esporas
 Duplo T: utilizados para escalar postes duplo T. É de
aço redondo com diâmetro de 16 mm ou mais, com
correias de couro.
 Ferro Meia Lua (redonda): utilizada para postes de
madeira. É de aço, com estribo para apoio total do pé,
correias de couro, e três pontas de aço para fixação ao
poste.
Esporas
BARREIRA, IMPEDIMENTO DE
REENERGIZAÇÃO, INVÓLUCRO,
 Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com
partes energizadas das instalações elétricas.

 Impedimento de Reenergização: condição que garante


a não energização do circuito através de recursos e
procedimentos apropriados, sob controle dos
trabalhadores envolvidos nos serviços.

 Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado


a impedir qualquer contato com partes internas.
ISOLAMENTO ELÉTRICO,
OBSTÁCULO E TRAVAMENTO
 Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a
passagem de corrente elétrica, por interposição de
materiais isolantes.

 Obstáculo: elemento que impede o contato acidental,


mas não impede o contato direto por ação deliberada.

 Travamento: ação destinada a manter, por meios


mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma
operação não autorizada.
DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO
 BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO

Bloqueio ou travamento é a ação destinada a manter, por meios


mecânicos um dispositivo de manobra fixa numa determinada
posição, de forma a impedir uma ação não autorizada.
Assim, dispositivos de travamento são aqueles que impedem o
acionamento ou religamento de dispositivos de manobra.
(chaves, interruptores)
Em geral utilizam cadeados.
As empresas devem possuir procedimentos padronizados do
sistema de bloqueio ou travamento, documentado e de
conhecimento de todos os trabalhadores, além de etiquetas,
formulários e ordens documentais próprias.
Travamento de fonte de energia de
máquinas industriais
 O travamento de fontes de energia assegura que na
realização de trabalhos com máquinas, equipamentos
e instalações, estes estejam totalmente
desenergizados.
DISPOSITIVO DE BLOQUEIO
 Qualquer dispositivo que previna fisicamente a
transmissão ou liberação de energia, não se limitando
a cortadores de circuitos elétricos, tendo ainda
dispositivos para bloqueio de válvulas, registros,
chaves, etc.
DISPOSITIVO DE BLOQUEIO
Travamento para disjuntores e
interruptores elétricos
CADEADO DE SEGURANÇA
 Fechadura portátil, numerada com o registro do
empregado habilitado. Deve ser acoplado diretamente
no equipamento a ser bloqueado (painel, válvula, etc.)
e ou associados a um dispositivo de bloqueio (ex:
dispositivo para múltiplos cadeados; cabos de aço;
bloqueadores mecânicos, etc.).
CADEADO DE SEGURANÇA
Dispositivo para múltiplos
cadeados e cabo de aço
CARTÃO DE TRAVAMENTO
 Documentos individuais, nominativos, que identifica a
energia bloqueada e o responsável pelo bloqueio.
CARTÃO DE TRAVAMENTO
AÇÕES PARA TRAVAMENTO,
BLOQUEIO E ACESSO À FONTES DE
ENERGIA
 COMUNICAR: Ordem de reparo ou serviço: Solicitação formal
feita pelo responsável do setor do equipamento e ou instalação,
ao setor de manutenção, onde deve constar o tipo de
equipamento, localização e as energias a serem bloqueadas.(O.S.
ou O.R.).
ANALISAR: Com base na ordem de reparo ou serviço, o
responsável pela manutenção, em conjunto com o responsável do
setor solicitante, devem analisar todos os riscos existentes e
determinar as recomendações de segurança que devem ser
aplicadas para a execução o serviço.
Nos casos de trabalho em altura, ambiente confinado, deverá ser
emitida a A.E.S.(Autorização para a Execução de Serviço) e para
Terceiros, esta deverá ser emitida para qualquer tipo de serviço.
AÇÕES PARA TRAVAMENTO,
BLOQUEIO E ACESSO À FONTES DE
ENERGIA
 BLOQUEAR e ETIQUETAR: Depois de cumpridas as etapas
de comunicar e analisar deve-se proceder ao bloqueio e
etiquetagem da fonte de energia, que são feitos por:

a) Dispositivos específicos (flange, cadeados de segurança,


trava múltipla, etc.).

b) Cartão de travamento, do responsável pelo bloqueio.

c) Dispositivo para múltiplos cadeados, quando mais de


uma pessoa estiver envolvida no trabalho.
AÇÕES PARA TRAVAMENTO,
BLOQUEIO E ACESSO À FONTES DE
ENERGIA
 TESTE DE ENERGIA:
Após bloqueadas as energias, deve-se fazer o teste de “ENERGIA ZERO”,
para garantir a segurança do bloqueio. Os procedimentos e instrumentos
para este teste serão definidos pelas áreas de manutenção de acordo com o
tipo de energia.

LIBERAR A ATIVIDADE DE REPARO e MANUTENÇÃO:


Após cumpridas todas as etapas anteriores, e inspeção final do local, o
equipamento e instalação estarão liberados para o início do serviço.

RELIGAR O EQUIPAMENTO OU SISTEMA:


Após efetuado o reparo deverá ser verificado se todos os sistemas de
proteção estão em funcionamento e o equipamento esta seguro para voltar
a operar. Em seguida serão retirados os dispositivos de bloqueio e cartões
de travamento.
RESPONSABILIDADES
CHEFIA DO SETOR SOLICITANTE
-Solicitar por escrito o tipo de serviço a ser executado (O.R.
ou O.S.).
-Comunicar e envolver todos os afetados com a paralisação
do equipamento.

CHEFIA DO SETOR SOLICITADO


- Analisar o serviço que esta sendo solicitado.
-Comunicar outras áreas envolvidas (outras manutenções).
- Controlar o cadeado de terceiros (fornecimento e
guarda).
RESPONSABILIDADES
EMPREGADOS HABILITADOS:

-Aplicar corretamente todas as etapas do procedimento.


-Manter a guarda das chaves dos cadeados de segurança e etiquetas.
-Inspecionar o local após o desbloqueio, para liberação do serviço.

SUPERVISOR DAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO:


-Fazer com que todos os envolvidos cumpram a diretriz.
-Fornecer os meios (suprimentos) necessários para o travamento de
energias, incluindo os terceiros no caso de envolvimento dos mesmos.
ATERRAMENTOS

 O aterramento das instalações elétricas deve ser


executado conforme regulamentação estabelecida
pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve
atender às Normas Internacionais vigentes.
 Denomina -se aterramento a ligação com a massa
condutora da terra, os aterramentos devem assegurar
de modo eficaz a fuga de corrente para a terra,
propiciando as necessidades de segurança e de
funcionamento de uma instalação elétrica.
Aterramento elétrico
 O aterramento elétrico cumpre a finalidade principal
de:

-Sensibilizar a proteção para que sua atuação seja


eficiente e segura;

-Os potenciais de toque e passo sejam menores que os


limites da fibrilação do coração;

-Escoar as cargas estáticas, equalizando os potenciais.


Aterramento elétrico fixo em
Equipamentos
 Esse sistema de proteção coletiva é obrigatório nos
invólucros, carcaças de equipamentos, barreiras e
obstáculos aplicados às instalações elétricas, fazendo parte
integrante e definitiva delas.

 Visa assegurar rápida e efetiva proteção elétrica,


assegurando o escoamento da energia para potenciais
inferiores (terra), evitando a passagem da corrente elétrica
pelo corpo do trabalhador ou usuário, caso ocorra mau
funcionamento (ruptura no isolamento, contato acidental
de partes).
Aterramento elétrico fixo em
Equipamentos
 É visível e muito comum nas subestações, cercas e telas
de proteção, carcaças de transformadores e
componentes, quadros e painéis elétricos, torres de
transmissão, etc..

 Nos transformadores, há o terminal de terra conectado


ao neutro da rede e ao cabo de pára-raios.
Aterramento fixo em redes e
linhas
 Quando o neutro está disponível estará ligado ao
circuito de aterramento. Neste caso (freqüente) o
condutor neutro é aterrado a cada 300 m, de modo que
nenhum ponto da rede ou linha fica a mais de 200 m
de um ponto de aterramento.
Eletrodos de Aterramento
 O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de
aterramento devem ser de acordo com as condições do
solo, a eficiência de qualquer eletrodo depende das
condições do local, o projeto deve considerar o
desgaste do eletrodo devido a corrosão, aqui no Brasil
os eletrodos mais usados são os do tipo Copperwel.
 O eletrodo de aterramento preferencial numa
edificação é o constituído pelas armaduras de aço
embutidas no concreto das fundações das edificações.
Eletrodos de Aterramento
Aterramentos na rede de
distribuição
 O aterramento do neutro da rede, pára-raios,
reguladores, religadores, chaves a óleo,
transformadores, etc., destina-se à proteção de pessoas
e do próprio equipamento contra descargas
atmosféricas e vazamentos de corrente, conduzindo à
terra as correntes e assegurando o bom funcionamento
dos equipamentos de proteção do sistema elétrico.
Aterramentos na rede de
distribuição
 É aconselháveis a existência do neutro contínuo e
multiaterrado nos seguintes casos:

-Área urbana com rede secundária.

-Área urbana com rede secundária e primária.

-Alimentadores – desde a S/E (o neutro é interligado


ao sistema de terra da S/E) até a área urbana onde é
interligado ao neutro da rede.

-Nos alimentadores extensos e de linhas rurais.


ATERRAMENTO SIMPLES

- É aplicado somente onde existe o neutro comum e
multiaterrado.

-Há duas formas de instalar o condutor de descida :

1. Internamente ao poste de concreto, quando o


aterramento é executado junto com a rede.
2. Externamente ao poste, quando o aterramento é
executado em poste de concreto existente ou de
madeira.
ATERRAMENTO SIMPLES
O aterramento simples deve ser instalado nos seguintes
pontos da rede de distribuição urbana:

-Nos transformadores de distribuição.

-Nos seccionamentos e fins de linha das redes secundárias.

-A cada 300m, aproximadamente, de modo que nenhum


ponto da rede fique a mais de 200m de um ponto de
aterramento, seja este aterramento simples ou especial.
Aterramento Simples Condutor Externo
ao Poste ou poste de madeira
Aterramento Simples Condutor
Interno ao Poste
Aterramento Simples Condutor Interno e
externo ao poste ao Poste – Relação de
material
ATERRAMENTO ESPECIAL NA REDE
COM NEUTRO MULTIATERRADO
 O aterramento especial deve ser executado nos seguintes pontos da
rede de distribuição urbana:
-Chaves à óleo.
-Bancos de capacitores.
-Reguladores de tensão em poste.
-Religadores Seccionalizadores.
-Medições Primárias.
-Todos os aterramentos deverão ter medições de resistência de
aterramento.
-Equipamentos de medição primária.
Haste cobreada
Haste Zincada
ATERRAMENTO DE TRANSFORMADORES
RURAIS
 Para transformadores na zona rural, deverá ser empregado o
Aterramento de Transformadores Rurais.

 Além do módulo básico deverão ser utilizados tantos módulos


adicionais (máximo de 8 que totaliza 20 hastes) quantos forem
necessários para obter o valor de resistência de aterramento
indicado na tabela.

 É Recomendável,que os transformadores rurais fiquem localizados


distantes de no mínimo 30 metros das edificações que abriguem
pessoas ou animais.
ATERRAMENTO DE
TRANSFORMADORES RURAIS
Distâncias menores que a citada, aumentam os riscos
às exposições das tensões perigosas de toque ou de
passo, durante a ocorrência de surtos atmosféricos e
curto-circuito.
É recomendável que o neutro da rede secundária rural
seja aterrado um vão antes das residências ou de
outros pontos de consumo de energia elétrica.

Devem ser conectados ao mesmo condutor de descida


ao aterramento: a carcaça do transformador, pára-
raios e quadro de medidores.
ATERRAMENTO DE
TRANSFORMADORES DE PEQUENAS
LOCALIDADES
 Se uma pequena localidade possuir mais de 4
transformadores de distribuição com os neutros
interligados sugere-se instalar aterramentos simples.

 Se uma pequena localidade possuir até 4 transformadores,


sugere-se s aplicar aterramentos simples e o transformador
que estiver no local de mais fácil aterramento deverá ser
aterrado, além do módulo básico deverão ser utilizados
tantos módulos adicionais (máximo de 8 que totaliza 20
hastes) quantos forem necessários para obter o valor de
resistência de aterramento indicado na tabela.
ATERRAMENTO EM PROFUNDIDADE
 Este tipo de aterramento, executado com o
equipamento de perfuração, é constituído de um cabo
de cobre nº 2 AWG ou equivalente, de comprimento
igual a profundidade perfurada, de modo que a
resistência de aterramento obtida seja inferior a 25
ohms.
 È recomendada sua instalação, em substituição ao
aterramento especial na inexistência de neutro
contínuo e multiaterrado, desde que seja constatada a
sua vantagem econômica e elétrica.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
 Toda instalação elétrica somente poderá ser
considerada desenergizada depois de adotado o
procedimento de aterramento elétrico. O aterramento
elétrico da linha desenergizada tem por função evitar
acidentes gerados pela energização acidental da rede,
propiciando rápida atuação do sistema automático de
seccionamento ou proteção.
 Também tem o objetivo de promover proteção aos
trabalhadores contra descargas atmosféricas que
possam interagir ao longo do circuito em intervenção.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
 O aterramento temporário deve ser realizado em todos os
circuitos (cabos) em intervenção através de seu curto-
circuitamento, ou seja, da equipotencialização desses
(colocar todos os cabos no mesmo potencial elétrico) e
conexão com o ponto de terra.

 Esse procedimento deverá ser adotado antes e depois do


ponto de intervenção do circuito, salvo quando a
intervenção ocorrer no final do trecho. Deve ser retirado ao
final dos serviços.
PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO
 Nas subestações, por ocasião da manutenção dos
componentes, se conecta os componentes do
aterramento temporário à malha de aterramento fixa,
já existente .
PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
 A interligação das fases a um único cabo de descida para a
terra, com um ponto intermediário de aterramento na
estrutura, jumpeando a área de trabalho.

 Antes da instalação do conjunto de aterramento, certificar-


se de que o circuito realmente esta desligado, através do
detector de tensão.

 Cuidados especiais devem ser tomadas em linha desligadas,


paralelas ou cruzando com linhas de transmissão, ou
mesmo de distribuição, onde ocorrem os fenômenos da
indução.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
 Nesse caso, o detector de tensão é ineficaz, sendo necessário
medir a tensão do circuito fase por fase, através de aparelho
adequado, a fim de verificar se a tensão é a nominal do circuito,
revelando que a linha não foi desligada ou se é resultante da
indução, quando a linha deve ser aterrada, para a realização dos
serviços e ainda mesmo o pessoal deve trabalhar munido de luvas
de borracha e proteção.

 Na instalação do conjunto de aterramento temporário, o


operador deve manter-se afastado dos cabos de interligação,
atentar cuidadosamente a uma possível abertura de arco elétrico,
e não conectar os cabeçotes à linha, diretamente com as mãos,
mas através dos bastões apropriados, fazendo uso das luvas de
borracha e de proteção de couro.
Conjunto de Aterramento
temporário primário
ATERRAMENTO SECUNDÁRIO
 Na instalação do conjunto de aterramento secundário
temporário, após verificar a ausência de tensão com o
detector de tensão, devem-se inicialmente ligar um
grampo de torção ao neutro da rede e em seguida os
demais grampos de torção aos condutores restantes.

 Para a retirada, efetuar a operação na ordem inversa.


ATERRAMENTO SECUNDÁRIO
Modelos de aterramentos
secundários
LUVAS ISOLANTES
 As luvas isolantes possuem identificação no punho,
próximo da borda, marcada de forma indelével, que
contém informações importantes, como tensão de uso,
por exemplo, nas cores, correspondentes a cada uma
das seis classes existentes
LUVAS ISOLANTES
Proteção da cabeça
 Capacete de segurança tipo aba frontal e capacetes tipo
aba total
 Finalidade: Contra quedas do mesmo nível, níveis
diferentes, impactos físicos (trabalho a céu aberto),
provenientes de queda ou projeção de objetos, choque
elétrico e irradiação solar.
Capacete de segurança tipo aba
frontal
Capacete de segurança tipo aba frontal
com protetor facial

 Finalidade: Proteção da cabeça e face em trabalho no


qual haja risco de explosão com projeção de partículas
e queimaduras provocadas por abertura de arco
voltaico.
Capacete de segurança tipo aba
frontal com protetor facial
Capuz de segurança tipo balaclava

 Finalidade: Proteção facial do usuário contra riscos


provenientes de abertura de arco elétrico (tecido anti-
chama).
Capuz de segurança tipo balaclava
Óculos de proteção

 De acordo com o tipo de serviço, no qual haja


desprendimento de partículas, intenso raios luminosos
ou poeiras, devem ser usados óculos de segurança;
 Finalidade: Proteção dos olhos contra impactos
mecânicos, partículas volantes e raios ultravioleta.
Óculos de proteção
Proteção auditiva

 Protetor auditivo tipo concha

 Finalidade: Proteção dos ouvidos nas atividades e nos


locais que apresentem ruídos excessivos.
Protetor auditivo tipo concha
Proteção respiratória

 Respirador de proteção semi-facial filtrante


(descartável); respirador de proteção semi-facial (com
filtro); respirador de adução de ar (máscara
autônoma).

 Finalidade: Proteção respiratória em atividades e em


locais que apresentem tal necessidade.
Proteção respiratória
Calçado de segurança tipo botina de
couro

 Finalidade: Proteção dos pés contra torção,


escoriações, derrapagens e umidade
Calçado de segurança tipo
botina de couro
Calçado de segurança tipo bota de couro
(cano médio – coturno)

 Finalidade: Proteção dos pés e das pernas contra


torção, escoriações, derrapagens e umidade.
Calçado de segurança tipo bota de
couro (cano médio – coturno)
Perneira de segurança para
proteção (em couro)

 Finalidade: Proteção das pernas contra objetos


perfurantes, cortantes e ataque de animais
peçonhentos.
Perneira de segurança para
proteção (em couro)
Proteção para a pele

 Creme contra insetos, creme protetor solar e creme


protetor labial.
 Finalidade: Proteção do empregado contra ação dos
raios solares na pele e nos lábios e contra a ação dos
insetos.
Proteção para a pele
Vestimentas de trabalho
 Vestimentas de trabalho é, no caso em análise, entendida como um
equipamento de proteção individual – EPI destinada à proteção do
tronco e dos membros superiores e inferiores, contra os diversos riscos
elétricos e, especialmente, protegê-los dos seus efeitos.

 Condutibilidade – para proteger contra os riscos de contato as


vestimentas não deverão possuir elementos condutivos;

 Inflamabilidade – para proteger contra os efeitos térmicos dos arcos


voltaicos e de seus flashs, que podem provocar a ignição das roupas;

 Influências eletromagnéticas – para proteger contra os efeitos


provocados por campos eletromagnéticos com intensidade que tenha
potencial de risco, em certas circunstâncias, as roupas deverão ser
condutivas.
Vestimentas de trabalho
Roupa anti chama
 A roupa anti chama tem como finalidade proteger os
trabalhadores contra queimaduras na ocorrência de
arcos elétricos. Lembre-se que durante um arco
elétrico, são lançadas partículas de metal e plástico
derretido devido à temperatura deste fenômeno atingir
até 19.000ºC.
 Para a total proteção do operador, devem ser cobertas
todas as partes do corpo que possam ser atingidas pelas
energias oriundas dos arcos elétricos. Portanto é
necessário a utilização de capuz, calça de segurança,
camisa de segurança e/ou capa de segurança.
Roupa anti chama
Blusão e calça em tecido impermeável

 Finalidade: Proteção do corpo contra chuva, umidade e


produto químico.
Blusão e calça em tecido
impermeável
Vestimenta de segurança tipo condutiva

 Finalidade: Proteção do empregado quando executar


trabalho em rede energizada ao potencial.
Vestimenta de segurança tipo condutiva
EPI´s para proteção contra arcos elétricos

 No Brasil não existe normalização explícita em termos de riscos


específicos contra os efeitos térmicos do arco elétrico.
 A NR 6 define EPI’s tipicamente para proteção contra choques
elétricos e contra riscos de origem térmica, como segue:
 Capacete de segurança: para proteção contra choques elétricos;
 Capuz de segurança: para proteção do crânio e pescoço contra
riscos de origem térmica;
 Óculos de segurança para proteção dos olhos: contra impactos de
partículas volantes, para proteção contra luminosidade intensa,
para proteção contra radiação ultravioleta, para proteção contra
radiação infravermelha;
SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE
DE PESSOAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
 O transporte de pessoas e cargas em geral requer
cuidado especial, visando evitar acidentes. Para tanto,
o motorista deve dirigir com a necessária cautela,
evitando velocidades incompatíveis com a situação e
freadas ou manobras bruscas.
 Não deve ser permitido ao motorista inspecionar ou
procurar defeitos na rede, operar o rádio ou tomar
qualquer outra atitude que desvie sua atenção da tarefa
de dirigir, estando o veículo em movimento.
 Deve haver, sempre, um estojo de primeiros socorros
adequado para cada tipo de veículo
SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE
ÁREAS DE TRABALHO
 Os equipamentos de sinalização, devem ser utilizados para
delimitar a área de trabalho, diferenciando os
equipamentos energizados e os desenergizados, os
canteiros de obra e o trânsito de veículos e de pedestre,
observe:
 A área de trabalho, deve ser sinalizada ao nível do solo,
com os equipamentos de sinalização com cones, fitas e
bandeiras refletivas, grades, placas, assim como lanternas e
sinalizadores luminosos intermitentes, nos serviços
noturnos, deixando-se um corredor de entrada;
 Sinalizar os obstáculos ou as escavações que possam causar
acidentes, com cones, grades, fitas, bandeiras, etc.
SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE
ÁREAS DE TRABALHO
 Onde for julgado necessário, colocar um ou mais homens
com equipamentos de sinalização, para orientação do
trânsito de viaturas e pedestres;
 Na sinalização noturna do trânsito de viaturas e pedestres,
deve ser usado o sinalizador luminoso intermitente,
assinalando os obstáculos e as escavações que possam
causar acidentes;
 Ninguém poderá deixar de cumprir os avisos, nem
ingressar sem autorização, nas áreas isoladas por cordas,
fita, bandeiras, grades, placas ou outros meios;
 Na zona de risco e controlada, além da sinalização, torna-
ser obrigatório o uso de protetores isolantes nas partes
energizadas, quando necessário.
Equipamentos de sinalização
RESPONSABILIDADES
 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são
solidárias aos contratantes e contratados envolvidos.
 É de responsabilidade dos contratantes manter os
trabalhadores informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e
medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.
 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho
envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e
adotar medidas preventivas e corretivas.
RESPONSABILIDADES
 Cabe aos trabalhadores:
 a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras
pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho;
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo
cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de
segurança e saúde;
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela
execução do serviço as situações que considerar de
risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

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