… É a capacidade
de “aprisionar” as(os) alunas(os)
numa sala às
durante para identificar umas “merdas”
que poucos ortopedistas conseguem identificar !!!...
1. Fractura exposta
2. Osteíte
3. Infecção em leito de artroplastia
4. Fractura patológica
5. Pseudartrose
6. Quisto ósseo aneurismático
7. Displasia fibrosa
8. Osteocondroma
9. Osteoma osteóide
10. Tumor de células gigantes
11. Sinoviossarcoma
12. Condrossarcoma
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente de 38 anos vítima de acidente de viação. Imagem clínica e radiológica.
1. Diagnóstico? Justifique.
2. Classifique a lesão. Justifique.
3. Qual a sua actuação se tivesse recebesse este doente no SAP de Penacova ?
4. Qual a actuação posterior no Serviço de Urgência dos HUC ?
1. Lesão extensa dos tecidos moles (pele e estruturas
musculares) > 10 cm, com fractura exposta dos ossos da
perna; lesão de alta energia com componente de esmagamento
significativo; não há referência a lesão neuro vascular.
2. Fractura exposta de grau III B, classificação de
Gustilo - Anderson; lesão extensa dos tecidos moles > 10 cm,
exposição óssea sem cobertura adequada; possibilidade de
contaminação massiva.
3. No caso presente trata-se de um acidente de alta energia logo, contexto de
POLITRAUMATIZADO …
a) abordagem inicial – ABC de acordo com ATLS – Airways, Breathing, Circulation
b) controle da hemorragia (pressão directa com controle da hemorragia activa;
evitar aplicação de torniquete !! )
c) antibioterapia via ev. e profilaxia tétano (Clostridium)
d) penso estéril com solução salina
e) estabilização provisória da fractura – tala de arame, tala pneumática
4. Urgência HUC
• lavagem abundante ferida – soro salino 6 litros (baixa pressão)
• desbridamento – exérese de fragmentos ósseos desvitalizados
• estabilização da fractura – fixadores externos (osteotáxis)
• cobertura óssea (flap muscular)
Basic Principles of Open Fracture Management in
the Emergency Room
• Fracture management begins after initial trauma survey and
resuscitation is complete (ABC)
• Antiobiotics
• initiate early IV antibiotics and update tetanus prophylaxis
• Control bleeding
• direct pressure will control active bleeding
• do not blindly clamp or place tourniquets on damaged
extremities
• Assessment
• assess soft-tissue damage
• Dressing
• place sterile saline-soaked dressing on the wound
• Stabilize
• splint fracture for temporary stabilization
Basic Principles of Open Fracture Management in
the Operating Room
• Aggressive debridement and irrigation
• low pressure lavage more effective in reducing bacterial
counts than high pressure lavage
• saline shown to be most effective irrigating agent
• remove boney fragments without soft tissue attachment
• Fracture stabilization
• Staged debridement and irrigation
• perform every 24 to 48 hours as warranted
• Early soft tissue coverage or wound closure
Fracturas expostas
Classificação – Gustilo e Anderson
TIPO I
• lesão cutânea < 1cm, limpa
• mais frequente de dentro para fora
• contusão muscular mínima
• fracturas transversais simples ou obliquas curtas
TIPO II
• laceração cutânea > 1cm
• lesão extensa dos tecidos moles, retalhos ou avulsões
componente de esmagamento mínimo ou moderado
• fracturas transversais simples ou obliquas curtas com
cominução mínima
Fracturas expostas
Classificação – Gustilo e Anderson
TIPO III
• lesões extensas nos tecidos moles > 10 cm
incluindo pele, músculos e estruturas neurovasculares
• frequentemente lesão de alta energia com componente de
esmagamento significativo
TIPO III A – laceração extensa dos tecidos moles,
com cobertura óssea adequada
fracturas segmentares e provocadas por tiros
TIPO III B – lesão extensa dos tecidos moles
com arrancamento do periósteo e exposição óssea
habitualmente associada com contaminação massiva
TIPO III C – lesão vascular requerendo reparação
Fracturas expostas
Classificação – Gustilo e Anderson
TIPO III A – Adequate bone coverage
TIPO III B – Bone exposed and periostal stripping
TIPO III C – Circulation disrupted
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente de 58 anos com antecedentes de fractura exposta da tíbia complicada com
infecção. Fistulização crónica evoluindo por surtos. Queda recente; recorre SU –
imagem clínica e radiológica.
1. Descreva as alterações clínicas e RX
2. Qual o diagnóstico? Justifique.
3. Perante a lesão cutânea que exame considerava obrigatório pedir? Justifique.
4. No presente quadro clínico qual a proposta de tratamento? Justifique.
1. Alterações clínicas – múltiplas feridas com perda de substância e
supuração a nível da perna … é visível a exposição óssea da tíbia
(osso nacarado e desvitalizado );
RX mostra áreas de sequestro ósseo na tíbia
2. Diagnóstico – Osteíte / Osteomielite
(antecedentes de # exposta … infecção, fistulização crónica)
3. Zaragatoa – exame cito bacteriológico e teste de sensibilidade aos
antibióticos.
(Exames laboratoriais – Leucócitos, VS e PCR)
4. Tratamento – perante este diagnóstico e a presença já de sequestros
ósseos – tratamento CIRÚRGICO – FENESTRECTOMIA e
SEQUESTRECTOMIA (exérese de fragmentos ósseos desvitalizados);
- se instabilidade dos topos ósseos - OSTEOTÁXIS - FIXADORES EXTERNOS
Em casos arrastados sem resolução e em caso de SEPSIS pode ser
necessária a AMPUTAÇÃO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
fenestrectomia sequestrectomia
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente 71 anos operada por gonartrose 14 meses antes. No pós-operatório imediato
deiscência de sutura e drenagem de serosidade motivando pensos e antibioterapia.
RX da Urgência onde recorre por dores mistas, impotência funcional e sinais
inflamatórios exuberantes.
1. Descreva a imagem radiológica.
2. Perante a história clínica e o RX qual o diagnóstico. Justifique.
3. Como deveria proceder ainda no Serviço de Urgência? Justifique.
4. Perante a confirmação do seu diagnóstico, qual o tratamento. Justifique.
1. RX – PRÓTESE TOTAL DO JOELHO com sinais de erosão, descolamento, linha
radiolucente e reabsorção óssea.
2. HISTÓRIA CLÍNICA – deiscência de sutura, drenagem de serosidade e
antibioterapia; dores mistas e sinais inflamatórios; RX – prótese total do joelho
cimentada, com sinais de descolamento na interface osso/cimento e
cimento/prótese --- INFECÇÃO PÓS ARTROPLASTIA (joelho)
3. Serviço de Urgência – aspiração de liquido articular do joelho (exame cito
bacteriológico) – teste mais importante para o diagnóstico de infecção profunda;
especificidade, sensibilidade e precisão de 100%.
(Em grande percentagem de infecções pós artroplastia, o gérmen responsável é o
Estafilococos aureus).
4. Tratamento - CIRÚRGICO – manutenção da prótese; substituição da prótese;
procedimentos de salvação (…)
4. Tratamento - CIRÚRGICO (CONT.)
a) - MANUTENÇÃO DA PRÓTESE (controverso) – antibioterapia, irrigação e
desbridamento
b) - SUBSTITUIÇÃO DA PRÓTESE EM 2 TEMPOS (TRATAMENTO DE ELEIÇÃO
> 90% SUCESSOS) – após retirada da prótese coloca-se espaçador de
cimento com antibiótico … nova prótese quando desaparecimento dos
sinais de infecção)
c) - Na impossibilidade de colocação de uma prótese:
- ARTRODESE (fixação interna – cavilha // fixação externa – fixadores externos
OSTEOTÁXIS)
- RESSECÇÃO ARTROPLÁSTICA
- AMPUTAÇÃO (casos de septicémia)
Exames laboratoriais – Leucócitos, VS e PCR ( valores elevados –
leucocitose, aumento dos valores da VS e PCR )
Cintigrama osteoarticular – hiperfixação joelho ( cintigrama com
TC e Indium com leucócitos marcados )
RX – pode mostrar sinais de descolamento séptico na interface
osso / cimento ou cimento / prótese
artrodese – fixadores externos
fístula
Fistulografia
espaçador de cimento
INFECÇÃO PÓS ARTROPLASTIA
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente do sexo feminino, 64 anos, que sofreu fractura espontânea ao
colocar um livro numa estante. RX na Urgência.
1. Descreva a imagem radiológica. Qual o seu diagnóstico. Justifique.
2. Como orientaria o interrogatório desta doente?
3. Que exames solicitaria. Justifique.
4. Qual o tratamento proposto. Justifique.
1. RX - lesão osteolítica na diáfise do úmero com destruição das
corticais ósseas e fractura associada. FRACTURA PATOLÓGICA (idade da
paciente, fractura espontânea sem história traumática prévia com lesão pré
existente - METÁSTASE ÓSSEA – tumor ósseo mais frequente).
2. HISTÓRIA CLÍNICA RIGOROSA; ANTECEDENTES PESSOAIS - HISTÓRIA DE
CARCINOMA e tratamento; ANTECEDENTES FAMILIARES NEOPLÁSICOS
(MAMA, RIM, TIRÓIDE, PULMÃO, útero e ovários, melanoma).
CERCA DE 20% DOS DOENTES COM CARCINOMA METASTÁTICO DESENVOLVEM
METÁSTASES ÓSSEAS.
3. EXAMES - Exames laboratoriais, Imunoeletroforese das proteínas, Cintigrama
osteoarticular, RX tórax, TAC abdominopélvica, TAC torácico – pesquisa de tumor
primitivo e biópsia ( estabelecer ou confirmar diagnóstico ).
4. TRATAMENTO
- radioterapia – diminuição efectiva da dor em 53% casos.
- agentes não narcóticos
- adjuvantes (corticóides, bifosfonados, neuropáticos, antidepressivos e ansioliticos)
- opióides
- bloqueios nervosos
(BIFOSFONADOS diminuem o risco de fracturas patológicas)
Fracturas patológicas em ossos chatos e corpos vertebrais são tratadas
por métodos conservadores
Fracturas em ossos longos – estabilização cirúrgica
Ossos longos:
Encavilhamento endomedular
Cimento
Placas
OUTRO EXEMPLO DE … FRACTURA PATOLÓGICA
SKILL - CASO CLÍNICO
Jovem de 11 anos, sem queixas prévias, fez movimento de torção com o
braço, sentindo estalido acompanhado de dor intensa. RX da Urgência
SKILL - CASO CLÍNICO
Jovem de 11 anos, sem queixas prévias,
fez movimento de torção com o braço,
sentindo estalido acompanhado
de dor intensa. RX da Urgência
1 – Descreva as alterações radiológicas. Como classifica esta fractura ? Justifique
2 – Possíveis causas para a fractura. Qual a hipótese de diagnóstico mais provável ?
3 – Que tratamento proporia? Justifique.
1 – lesão radiotransparente a nível da região metafisária (próximo da placa de crescimento),
central, bem circundada, com insuflação ligeira da cortical, sem separação óssea ou loculação.
Fractura patológica; está presente uma lesão para-tumoral que debilita o segmento ósseo
Aparentemente fractura oblíqua (poderia ser tb fractura espiroideia) … torção do braço
2 – dado ter sido uma fractura de baixa energia ( traumatismo “minor” ) podemos pensar em
lesão patológica prévia – quisto ósseo simples; fractura patológica
3 – como é um jovem – 11 anos, poderia aceitar-se tratamento ortopédico – imobilização
gessada braquipalmar até consolidação da fractura
Por outro lado poderá optar-se por tratamento cirúrgico – fixação da fractura com fios de
Kirschner (cuidado para não lesar a placa epifisária ou de crescimento) e preenchimento da
cavidade com enxerto ósseo.
FRACTURA PATOLÓGICA
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente com 31 anos vítima de acidente de viação; fractura dos
ossos da perna - tratamento conservador. Aos 6 meses RX de
controlo.
1. Descreva a imagem radiológica.
2. Qual o seu diagnóstico. Justifique.
3. Perante o seu diagnóstico que tipo de diferentes formas de
apresentação dessa complicação de fractura conhece e
quais as suas diferenças.
4. Como designa este caso e qual o seu tratamento. Justifique.
1. RX - ausência de calo e foco de fractura visível; bordos arredondados e canal
medular obliterado
2. Pseudartrose Atrófica (fibrosa) – não união de fractura; 6º mês; sinais
radiológicos .
3. Pseudartrose Fibrosa (Atrófica) - espaço fracturário está cheio de tecido
conjuntivo fibroso denso; a quantidade de calo interno e externo é pequena,
sem preenchimento do foco de fractura.
Pseudartrose Cartilagínea (Hipertrófica) - foco de fractura está preenchido por
tecido fibrocartilagíneo não unido calo externo continua a alargar tentando
rodear a pseudartrose que se forma. Daqui resulta a formação de uma massa
grande de osso em torno do foco de fractura; RX imagem em pata de elefante
4. Pseudartrose atrófica (fibrosa)
Tratamento cirúrgico – osteossíntese (ex. cavilha da tíbia) e enxerto
(se HIPERTRÓFICA / CARTILAGÍNEA – correcção da instabilidade do foco de
pseudartrose; não é necessário enxerto)
PSEUDARTROSE
Não união – entre o 6º e 8º mês
Há dois tipos de pseudartrose:
• Fibrosa – na qual o espaço fracturário está cheio de tecido conjuntivo fibroso
denso.
É resultado de fracturas bem imobilizadas, mas sujeitas a movimentos de distracção,
dando fibrócitos.
Pseudartrose fibrosa
Devido a esta relativa imobilidade a quantidade de calo interno e
externo é pequena, sem preenchimento do foco de fractura.
Esta falta de calo externo levou á designação de pseudartrose atrófica.
Radiologia – ausência de calo e foco de fractura visível; bordos
arredondados e canal medular obliterado.
Como não há osteóide e osso novo, não há captação isotópica.
Pseudartrose Cartilagínea
O foco de fractura está preenchido por tecido fibrocartilagíneo
não unido.
Resultado de mobilidade excessiva no foco de fractura.
A não união cartilagínea, é designada por pseudartrose (falsa
articulação) e contem todos os elementos de uma diartrodia –
um espaço central limitado por duas superfícies articulares de
fibrocartilagem. Cápsula limitante e células sinoviais.
Pseudartrose cartilagínea
Uma vez que a fibrocartilagem não contem vasos sanguíneos,
a união através do foco não pode ocorrer.
O calo externo continua a alargar tentando rodear a
pseudartrose que se forma. Daqui resulta a formação de uma
massa grande de osso em torno do foco de fractura.
Consequência designação de pseudartrose hipertrófica e
terminologia radiológica de imagem em pata de elefante.
Causas de Pseudartrose
1- Mobilidade excessiva dos topos – imobilização inadequada
2- Ausência de continuidade entre fragmentos
Interposição de tecidos moles; distracção do foco; malposição,
cavalgamento, e deslocamento dos fragmentos.
3- Perda de suprimento sanguíneo
Destruição dos vasos nutritivos; arrancamento ou lesão do periósteo;
fragmentos livres por cominuição grave; lesão vascular secundária a
colocação de material de osteossíntese; osteonecrose.
4- Infecção
osteomielite; necrose extensa dos topos de fractura; fragmento ósseo
morto – sequestro; osteólise; loosening dos implantes (movimento).
Tratamento
1. Hipertrófica
Correcção das situações de instabilidade do foco.
exemplo – fractura diafisária da tibia com peróneo integro
2. Atrófica
encurtamento e osteossíntese; osteossíntese e enxerto;
osteossíntese e enxerto onlay
PSEUDARTROSE
RX
com calo ósseo // hipertrófica // cartilagínea sem calo ósseo // atrófica // fibrosa
reabsorção dos topos ósseos
traço de fractura muito visível ( “GAP” )
esclerose dos topos ósseos ( densos e arredondados )
obliteração do canal medular
6 a 8 MESES
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente com 22 anos com alargamento progressivo da região metáfiso diafisária
da tíbia, provocando deformidade visível, e com dores mecânicas. RX e TAC.
1. Descreva as imagens radiológicas.
2. Qual o seu diagnóstico. Exames complementares. Justifique.
3. Qual o tratamento que proporia para este caso. Justifique.
4. Quais os diagnósticos diferenciais que deveria considerar. Justifique.
1. RX – zona osteolítica excêntrica alargando ou insuflando o osso localizada na
metáfise proximal da tíbia; fina zona reactiva envolvente por vezes
interrompida por padrão finamente trabecular; TAC – imagem de níveis líquidos.
2. Quisto ósseo aneurismático; surge em adolescentes e adultos jovens, predilecção
pelas metáfises ossos longos, mas também vértebras e bacia.
É uma lesão pseudotumoral.
Se punção – sangue
Exames:
CINTIGRAMA – hiperfixação focal; frequente aspecto em “dognuth”.
TAC – imagem de níveis líquidos
RMN – T1 – sinal intermédio e T2 sinal intenso
3- TRATAMENTO – Lesões latentes – apesar de ocasional é possível a regressão
espontânea
Lesões latentes e activas – radioterapia – 20 grey – boa resposta;
embolização ou curetagem
Lesões agressivas – Tratamento cirúrgico – curetagem e cimentação ou
excisão marginal em bloco
4. CONDROBLASTOMA, OSTEOBLASTOMA, TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES E
OSTEOSSARCOMA TELEANGIECTÁSICO
Quisto ósseo aneurismático NÃO ESQUECER
Apesar de não ser muito comum acima dos 20 anos, o QOA pode aparecer
nos ossos longos dos membros inferiores ( 24%) e em idade adulta jovem …
30 anos p.ex.
Imagem radiológica … lesão osteolítica excêntrica alargando ou
insuflando o osso; zona fina reactiva envolvente; padrão finamente
trabecular
Quisto ósseo aneurismático
ADOLESCENTES E ADULTOS JOVENS
PREDILECÇÃO : METÁFISES DOS OSSOS LONGOS mas
também VÉRTEBRAS E BACIA !!!
PRIMÁRIO OU SECUNDÁRIO
GRANDE VARIEDADE DE COMPORTAMENTOS CLÍNICOS
LESÃO PSEUDOTUMORAL
Quisto ósseo aneurismático
AUSÊNCIA DE CAVIDADE CENTRAL
O TECIDO ASSEMELHA-SE A UMA ESPONJA EMBEBIDA EM SANGUE
Quisto ósseo aneurismático
LOCALIZAÇÃO
Lower leg (24%)
Upper extremity (21%)
Spine (16%)
Femur (13%)
Pelvis and sacrum (12%)
Clavicle and ribs (5%)
Skull and mandible (4%)
Foot (3%)
LOCALIZAÇÃO AOS OSSOS LONGOS E BACIA SÃO COMUNS
LOCALIZAÇÃO AOS CORPOS VERTEBRAIS É COMUM
Quisto ósseo aneurismático
IMAGIOLOGIA – RX
METÁFISE DOS OSSOS LONGOS OU VÉRTEBRAS
ZONA OSTEOLÍTICA EXCÊNTRICA ALARGANDO OU INSUFLANDO
O OSSO
FINA ZONA REACTIVA ENVOLVENTE POR VEZES INTERROMPIDA
PADRÃO FINAMENTE TRABECULAR
Quisto ósseo aneurismático
IMAGIOLOGIA – OUTROS EXAMES
CINTIGRAMA – HIPERFIXAÇÃO FOCAL; FREQUENTE ASPECTO EM
“ DOUGHNUT “
TAC – IMAGEM DE NÍVEIS LÍQUIDOS
RMN – T1 – SINAL INTERMÉDIO
T2 – SINAL INTENSO
Quisto ósseo aneurismático
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
CONDROBLASTOMA
OSTEOBLASTOMA
TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES
ALTAMENTE MALIGNO OSTEOSSARCOMA TELEANGIECTÁSICO
Quisto ósseo aneurismático
TRATAMENTO
LESÕES LATENTES – A REGRESSÃO ESPONTÂNEA É POSSÍVEL MAS
OCASIONAL
LESÕES ACTIVAS E LATENTES – RESPONDEM BEM A 20 GREY DE
RADIOTERAPIA, EMBOLIZAÇÃO OU CURETAGEM
LESÕES AGRESSIVAS – TRATAMENTO CIRÚRGICO
- CURETAGEM / CIMENTAÇÃO
- EXCISÃO MARGINAL EM BLOCO
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente de 13 anos, com deformidade progressiva da coxa esquerda, e
dores mecânicas. Imagem do doente e RX.
1. Descreva o quadro clinico e as imagens radiológicas. Atente na
deformidade do fémur proximal qual a sua designação.
2. Qual o seu diagnóstico. Justifique.
3. Que outra forma conhece desta doença. Quais as suas localizações principais.
4. Indicações para tratamento cirúrgico e que cuidados se deverá ter quanto aos
meios de preenchimento das locas provocadas pelas lesões.
1. Jovem de 13 anos com deformidade óssea do fémur esquerdo (ossos de
carga); RX – lesão radiotransparente com aspecto de vidro esmerilado; lesão
circundada por margem de osso activo.
A deformidade clássica do fémur designa-se por cajado de pastor.
2. Diagnóstico - Displasia fibrosa. Idades jovens (crescimento), dores mecânicas
e deformidade dos ossos de carga.
3. Formas da doença
- Displasia fibrosa monostótica (crâneo, fémur proximal e tíbia)
- Displasia fibrosa poliostótica ( generalizada)
4. Indicações para tratamento cirúrgico – correcção das deformidades
incapacitantes, prevenção de fracturas patológicas, curetagem e
preenchimento das locas com enxertos corticais
(enxerto esponjoso – alta taxa de recidivas).
DISPLASIA FIBROSA
IDADE: 5-15 A
SEXO: F > M
LOCALIZAÇÃO - MONOSTÓTICA
( CRÂNEO, FÉMUR PROXIMAL, TÍBIA )
- POLIOSTÓTICA
( GENERALIZADA )
DISPLASIA FIBROSA
DOENÇA CRÓNICA DO ESQUELETO NA QUAL UMA PORÇÃO
DE UM OSSO TEM UM DESENVOLVIMENTO ANORMAL
ESTA DOENÇA DESENVOLVE-SE ANTES DO NASCIMENTO;
CAUSA : MUTAÇÃO GENÉTICA NAS CÉLULAS PRODUTORAS DE OSSO
A MUTAÇÃO LEVA À FORMAÇÃO DE UM TIPO ANORMAL DE OSSO
FIBROSO
O OSSO FIBROSO CRESCE E EXPANDE-SE DURANTE VÁRIOS ANOS
CAUSANDO UMA ÁREA FRÁGIL NO OSSO
DISPLASIA FIBROSA
DEFICIÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO
PERDA DE RESISTÊNCIA MECÂNICA, DEFORMIDADE E FRACTURA
PATOLÓGICA
DISPLASIA FIBROSA
IMAGIOLOGIA
RX – LESÃO RADIOTRANSPARENTE COM ASPECTO DE VIDRO ESMERILADO
- LESÃO CIRCUNDADA POR MARGEM DE OSSO ACTIVO
DEFORMIDADE GRAVE DOS OSSOS LONGOS DE CARGA ( ENCURVAMENTO )
DEFORMIDADE DO FÉMUR PROXIMAL EM CAJADO DE PASTOR ( CLÁSSICA )
DISPLASIA FIBROSA
DEFORMIDADE DO FÉMUR PROXIMAL EM CAJADO DE PASTOR ( CLÁSSICA )
ASPECTO DE VIDRO ESMERILADO
DISPLASIA FIBROSA
IMAGIOLOGIA
CINTIGRAMA – HIPERFIXAÇÃO ISOTÓPICA >>>>>>>
TAC – PADRÃO DE VIDRO ESMERILADO
RMN – FRACA INTENSIDADE DE SINAL
DISPLASIA FIBROSA
TRATAMENTO
- CORRECÇÃO CIRÚRGICA DAS DEFORMIDADES INCAPACITANTES
- PREVENÇÃO DE FRACTURAS PATOLÓGICAS
- CURETAGEM E ENXERTO ESPONJOSO – ALTA TAXA DE RECIDIVAS
( PREFERÊNCIA PARA ENXERTOS CORTICAIS )
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente com 27 anos. Imagem clinica e radiológica na consulta. Dores mecânicas e
deformidades com evolução arrastada.
1. Perante o quadro clinico e a imagem radiológica qual o seu diagnóstico. Justifique.
2. Indicação para cirurgia neste tipo de lesões. Justifique.
3. Hipótese de malignização. Diagnóstico. Justifique.
3. Importância da RMN nestas lesões. Justifique
1. Doente jovem, com quadro de dor mecânica e evolução lenta; RX - Imagem de
saliência óssea, pediculada, a nível da metáfise proximal da tíbia, cortical, com
aparente continuidade da zona medular – OSTEOCONDROMA.
Imagem de saliências ósseas bilaterais; poderá tratar-se de um quadro de
exostose múltipla hereditária.
2. Cirurgia – exérese de lesões sintomáticas – quando comprimem as estruturas
moles – músculos, fascia, tendões e ligamentos.
3. No caso de exostoses múltiplas hereditárias a possibilidade de malignização para
CONDROSSARCOMA (secundário).
4. RMN - identificação da lesão - boa visualização da capa cartilagínea
(também no TAC se aprecia a capa cartilagínea)
OSTEOCONDROMA
TUMOR CARTILAGÍNEO BENIGNO
SALIÊNCIA ÓSSEA COBERTA POR UMA CAPA
CARTILAGÍNEA
LESÃO ÚNICA OU MÚLTIPLA
MASSA INDOLOR
DOR QUANDO COMPRIME AS ESTRUTURAS
MUSCULARES, FASCIA, TENDÕES, LIGAMENTO
OU NERVOS
A MASSA PALPÁVEL É HABITUALMENTE
MAIOR QUE A TRADUÇÃO RADIOLÓGICA
OSTEOCONDROMA
JOVENS NA 2ª DÉCADA DE VIDA
OSTEOCONDROMAS CRESCEM ATÉ À MATURIDADE
ESQUELÉTICA
O CRESCIMENTO NORMALMENTE PÁRA QUANDO
ENCERRA A PLACA DE CRESCIMENTO
A FREQUÊNCIA ACTUAL DOS OSTEOCONDROMAS É DESCONHECIDA JÁ QUE MUITOS
NÃO CHEGAM A SER DIAGNOSTICADOS
A MAIORIA DOS OSTEOCONDROMAS ENCONTRAM-SE EM PACIENTES < 20 ANOS
SEXO: MASCº 3 / FEMº 1
OSTEOCONDROMA
IMAGIOLOGIA - RX
OSTEOCONDROMA PEDICULADO OU SÉSSIL
LOCALIZAÇÃO METAFISÁRIA
CORTICAL, CONTINUIDADE DA MEDULAR
OSTEOCONDROMA
OSTEOCONDROMA
IMAGIOLOGIA
CAPA CARTILAGÍNEA MELHOR APRECIADA NA RMN E NO TAC
OSTEOCONDROMA
TRATAMENTO
EXCISÃO / EXÉRESE DE LESÕES SINTOMÁTICAS
< RISCO DE RECIDIVA LOCAL SE EXCISÃO É FEITA APÓS MATURIDADE
ESQUELÉTICA
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente de 23 anos com dor nocturna, e tumefacção dura a nível da
perna. RX e TAC.
1. Descreva as imagens radiológicas. Qual o seu diagnóstico? Justifique.
2. Que prova terapêutica poderia fazer. Justifique.
3. Que outros exames solicitaria. Justifique.
4. Descreva as modalidades terapêuticas que conhece para esta lesão. Qual a sua
opção? Justifique.
1. RX - nicho central, oval ou redondo, radiotransparente de 3 a 5 mm de
diâmetro rodeado por uma zona larga desproporcional de osso
denso e reactivo; a reacção aumenta o diâmetro do osso
2. A sintomatologia (dor nocturna) alivia com administração de aspirina.
3. CINTIGRAMA – HIPERFIXAÇÃO ISOTÓPICA INTENSA E DIFUSA
TAC – ÓPTIMO PARA LOCALIZAR O NIDUS, EM CORTES FINOS
RMN – T1 – NIDUS SINAL INTERMÉDIO
T2 – INTENSIDADE FORTE NO NIDUS; EXCELENTE PARA
ENCONTRAR O NIDUS NO CANAL MEDULAR
4. TRATAMENTO
NÃO AUMENTA DE DIMENSÕES, RARAMENTE EXCEDE 1 CM
CURA ESPONTÂNEA EM 3 A 5 ANOS
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
- TERMOABLAÇÃO
- RIMAGEM
TRATAMENTO CIRÚRGICO
- EXCISÃO MARGINAL EM BLOCO
- “SHAVING” INTRACAPSULAR TAXAS ALTAS DE RECIDIVA
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
- TERMOABLAÇÃO
- RIMAGEM
OSTEOMA OSTEÓIDE
Osteoma osteóide
“Bone forming lesion” – tumor formador de osso
Tumor ósseo benigno com 1,5 a 2 cm diâmetro
11% de todos os tumores benignos
Sem casos de transformação maligna
Adolescentes ( - crianças )
90% casos entre os 5 e 25 anos
raro acima dos 40 anos
mais comum sexo masculino 2-3 : 1
Osteoma osteóide
localização mais comum fémur proximal ( 50 % ) e metáfise /
diáfise ossos longos – tíbia e úmero
elementos posteriores das vértebras ( coluna posterior )
localização menos comum – astragalo e calcâneo, ossos da mão e do pé
localização intracortical
Osteoma osteóide
CLÍNICA DOR
dor bem localizada, intensa, persistente, aumenta durante a
noite
dor alivia ou desaparece com aspirina e derivados
como é um tumor vascular, as substâncias que causam
vasodilatação como o álcool, precipitam a crise !
LESÃO DOLOROSA ACTIVA, EXACERBADA PELO ÁLCOOL,
ALIVIA COM ASPIRINA
Osteoma osteóide
RADIOLOGIA – RX
nicho central, oval ou redondo, radiotransparente de 3 a 5 mm de
diâmetro rodeado por uma zona larga desproporcional de osso
denso e reactivo
a reacção aumenta o diâmetro do osso
apesar de se localizar a nível da cortical, pode ocorrer a nível
sub perióstico e endósteo ( a este nível a esclerose pode ser
discreta ou não existir ).
Osteoma osteóide
RADIOLOGIA – RX
Osteoma osteóide
RADIOLOGIA – OUTROS EXAMES
CINTIGRAMA – HIPERFIXAÇÃO ISOTÓPICA INTENSA E DIFUSA
TAC – ÓPTIMO PARA LOCALIZAR O NIDUS, EM CORTES FINOS
RMN – T1 – NIDUS SINAL INTERMÉDIO
T2 – INTENSIDADE FORTE NO NIDUS; EXCELENTE PARA
ENCONTRAR O NIDUS NO CANAL MEDULAR
Osteoma osteóide
RADIOLOGIA – OUTROS EXAMES
Osteoma osteóide
TRATAMENTO
NÃO AUMENTA DE DIMENSÕES, RARAMENTE EXCEDE 1 CM
CURA ESPONTÂNEA EM 3 A 5 ANOS
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
- TERMOABLAÇÃO ; RIMAGEM
TRATAMENTO CIRÚRGICO
- “SHAVING” INTRACAPSULAR > RECIDIVA QUE
EXCISÃO MARGINAL EM BLOCO ( +++ )
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente sexo feminino com 32 anos de idade com dores mistas desde há cerca de
seis meses. Nos últimos 2 meses as dores tornaram-se mais intensas e
permanentes. Imagem radiológica.
1. Descreva a imagem radiológica; classifique-a.
2. Perante a história e a imagem radiológica quais os outros exames
complementares que solicitaria. Justifique.
3. Qual o seu diagnóstico? Diagnóstico diferencial? Justifique.
4. Qual a sua proposta de tratamento? Justifique.
1. LESÃO OSTEOLÍTICA DISTINGUÍVEL, A NÍVEL DA METÁFISE, BEM DELIMITADA;
DEFORMA O OSSO, ATRAVESSA A PLACA EPIFISÁRIA.
CLASSIFICAÇÃO : ESTÁDIO 2 (ACTIVO) 60%
2. EXAMES
CINTIGRAMA - ESTÁDIO 1 E 2 – HIPERFIXAÇÃO ISOTÓPICA FOCAL, FREQUENTE
ASPECTO EM “ DOUGHNUT “
TAC – MOSTRA OS LIMITES DA LESÃO, FREQUENTEM/ OS SEPTOS ;
ROTURA DA CORTICAL
RMN – T1 – SINAL INTERMÉDIO
T2 – SINAL INTENSO; SINAL FREQUENTEM/ HETEROGÉNEO,
DEVIDO A HEMORRAGIA E/OU NECROSE
.
3. DIAGNÓSTICO – TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES
SÃO TUMORES DE CRESCIMENTO RÁPIDO, POR VEZES EM SEMANAS
50 % DOS TCG ENCONTRAM-SE NA PERIFERIA DO JOELHO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - CONDROBLASTOMA, QUISTO ÓSSEO
ANEURISMÁTICO, TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES
4. PROPOSTA DE TRATAMENTO
ESTÁDIO 2 (ACTIVO) – CURETAGEM C/ ENXERTO ÓSSEO ( 20% RL )
- CURETAGEM + NITROGÉNIO LÍQUIDO ( 5% RL )
- EXCISÃO MARGINAL EM BLOCO ( < 5% RL )
TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES
TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES
TCG – ESTÁDIO 3 - AGRESSIVO
Tumor de células gigantes
IDADE 20 A 40 ANOS
SEXO F = M ( EXCEPTO RÁDIO DISTAL --- F 10 > M 1 )
LOCALIZAÇÃO: EPÍFISES DOS OSSOS MAIS IMPORTANTES
OSSOS LONGOS E CORPOS VERTEBRAIS
Tumor de células gigantes
FAIXA ETÁRIA DE 20 A 40 ANOS – PACIENTES COM AS PLACAS DE
CRESCIMENTO FECHADAS
A IDADE DO PACIENTE AJUDA AO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
COM :
- QUISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO
- CONDROBLASTOMA EPIFISÁRIO
… AMBOS, SÃO MAIS FREQUENTES EM IDADES MAIS JOVENS
Tumor de células gigantes
DOR e TUMEFACÇÃO
PALPAÇÃO – PERCEPTÍVEL CREPITAÇÃO ÓSSEA, CONHECIDA COMO
O “ RANGER DE CASCA DE OVO “, QUANDO A CORTICAL É MUITO
FINA
A # PATOLÓGICA PODE SER O 1º SINAL DE PRESENÇA DE LESÃO
SÃO TUMORES DE CRESCIMENTO RÁPIDO, POR VEZES EM
SEMANAS !!!
50 % DOS TCG ENCONTRAM-SE NA PERIFERIA DO JOELHO
Tumor de células gigantes
HISTÓRIA NATURAL
ESTÁDIO I – LATENTE – RARO
ESTÁDIO II – ACTIVO – 60%
ESTÁDIO 3 – AGRESSIVO – 30%
MULTICÊNTRICO – RARO
METÁSTASES – SÃO RARAS
Tumor de células gigantes
IMAGIOLOGIA – RX
ESTÁDIO 1 – SUBTIL, LIMITES BEM DEFINIDOS, PROGRESSÃO
LENTA
ESTÁDIO 2 – DISTINGUÍVEL, BEM DELIMITADO; DEFORMA O
OSSO, ATRAVESSA A PLACA EPIFISÁRIA
ESTÁDIO 3 – MAL DEFINIDO, DESTRUIÇÃO DA CORTICAL, MASSA
DE TECIDOS MOLES SIGNIFICATIVA, ENVOLVIMº SUBCONDRAL
Tumor de células gigantes
IMAGIOLOGIA - CINTIGRAMA
ESTÁDIO 1 E 2 – HIPERFIXAÇÃO ISOTÓPICA FOCAL, FREQUENTE
ASPECTO EM “ DOUGHNUT “
ESTÁDIO 3 – HIPERFIXAÇÃO PARA ALÉM DOS LIMITES
RADIOLÓGICOS DA LESÃO
Tumor de células gigantes
IMAGIOLOGIA – TAC E RMN
TAC – MOSTRA OS LIMITES DA LESÃO, FREQUENTEM/ OS SEPTOS ;
ROTURA DA CORTICAL
RMN – T1 – SINAL INTERMÉDIO
T2 – SINAL INTENSO; SINAL FREQUENTEM/ HETEROGÉNEO,
DEVIDO A HEMORRAGIA E/OU NECROSE
Tumor de células gigantes
TRATAMENTO
ESTÁDIO 1 – CURETAGEM
ESTÁDIO 2 – CURETAGEM C/ ENXERTO ÓSSEO ( 20% RL )
- CURETAGEM + NITROGÉNIO LÍQUIDO ( 5% RL )
- EXCISÃO MARGINAL EM BLOCO ( < 5% RL )
ESTÁDIO 3 – CURETAGEM C/ ENXERTO ÓSSEO ( 70% RL )
- CURETAGEM + NITROGÉNIO LÍQUIDO (25% RL )
- EXCISÃO MARGINAL EM BLOCO ( < 10% RL )
- EXCISÃO ALARGADA – RECIDIVAS OU LESÕES COM
DESTRUIÇÃO ARTICULAR
- RADIOTERAPIA – ( 30% RL -< 1% MALIGNIZAÇÃO )
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente 56 anos com dores a nível da coxa com evolução de cerca de três meses;
dores mistas com predomínio nocturno; imagem radiológica.
1. Descreva a imagem radiológica; classifique-a.
2. Quais os exames complementares que pediria para esclarecer este caso;
o que esperaria encontrar nesses exames?
3. Qual o diagnóstico? Justifique.
4. Qual o tratamento proposto?
1. Lesão a nível da Bacia, de superfície, matriz calcificada (floculada) com margens
bem definidas, muito mineralizada; sob o ponto de vista radiológico trata-se de
uma lesão no ESTÁDIO I.
2. ESTÁDIO I - CINTIGRAMA , TAC e RM
• CINTIGRAMA - hiperfixação focal marginal
• TAC - lesão muito calcificada, padrão em pipocas
• RMAGNÉTICA – sinal heterogéneo de fraca densidade
3. DIAGNÓSTICO – CONDROSSARCOMA – tumor ósseo maligno produtor de
cartilagem, idade de 40 a 70 anos, predilecção pelo sexo masculino e localização
Bacia (25%), e ossos longos proximais – úmero e fémur …
4. TRATAMENTO – DADO NÃO RESPONDER A QUIMIOTERAPIA NEM RADIOTERAPIA,
considera-se a CIRURGIA; no caso presente – estádio I – margens cirúrgicas
alargadas (se estádio II – margens cirúrgicas radicais)
outra maneira de ver
SKILL - CASO CLÍNICO
Homem de 61 anos, com dores e impotência
funcional do ombro com evolução de cerca de
6 meses. Dores mistas, predomínio nocturno.
1 - Interprete a imagem radiológica.
2 - Hipóteses diagnosticas? Justifique.
3 - Que exames pedia para esclarecer o diagnóstico e o que esperaria encontrar ?
Justifique.
4 - Em geral qual a proposta de tratamento? Justifique.
SKILL - CASO CLÍNICO
1 – RX - lesão produtora de cartilagem, radiopaca, muito mineralizada, com margens bem definidas,
PADRÃO EM PIPOCAS, localizado a nível … (bacia / extremidade proximal do úmero … ). Nesta
situação trata-se do ESTÁDIO I.
2 – CONDROSSARCOMA – idade, localização, massa tumoral, dores de predomínio nocturno, RX.
3 – CINTIGRAMA – ESTÁDIO I – hiperfixação focal marginal; ESTÁDIO II – fixação difusa intensa.
TAC – ESTÁDIO I – muito calcificada, padrão em pipocas; ESTÁDIO II – lítico com calcificações
punctiformes. RMAGNÉTICA – ESTÁDIO I – sinal heterogéneo de fraca intensidade; ESTÁDIO II – sinal
homogéneo de alta intensidade. BIÓPSIA DA LESÃO.
4 – TRATAMENTO – dado não responder à quimioterapia ou radioterapia o tratamento é CIRÚRGICO!
ESTÁDIO I – MARGENS CIRÚRGICAS ALARGADAS
ESTÁDIO II – MARGENS CIRÚRGICAS RADICAIS
CONDROSSARCOMA
• TUMOR ÓSSEO MALIGNO PRODUTOR DE CARTILAGEM
• CRESCIMENTO LENTO
• IDADE : 40 A 70 ANOS
• SEXO : M > F ( 3:1 )
• LOCALIZAÇÃO : BACIA ( 25 % )
OMBRO, OSSOS LONGOS PROXIMAIS
( FÉMUR E ÚMERO )
CONDROSSARCOMA
HISTÓRIA NATURAL
ESTÁDIO I
• CRESCIMENTO LENTO
• MUITO MINERALIZADO
• METASTIZAÇÃO TARDIA
• FREQUENTEMENTE SECUNDÁRIOS
ESTÁDIO II
• CRESCIMENTO RÁPIDO
• LIGEIRAMENTE MINERALIZADO
• METASTIZAÇÃO PRECOCE
• HABITUALMENTE PRIMÁRIO
CONDROSSARCOMA
VARIANTES
• CONDROSSARCOMA PRIMÁRIO CENTRAL
- BAIXO E MÉDIO GRAU DE MALIGNIDADE - GRAU I E II ( A
MAIORIA DOS CONDROSSARCOMAS ) – METÁSTASES 5 A 30%
- ALTO GRAU DE MALIGNIDADE – GRAU III – METÁSTASES > 50%
• CONDROSSARCOMA SECUNDÁRIO
- PERIFÉRICO – EM EXOSTOSES ISOLADAS OU MÚLTIPLAS
- CENTRAL – EM CONDROMAS ISOLADOS OU MÚLTIPLOS
• CONDROSSARCOMA DESDIFERENCIADO
• CONDROSSARCOMA DE CÉLULAS CLARAS
• CONDROSSARCOMA JUSTACORTICAL
• CONDROSSARCOMA MESENQUIMATOSO
CONDROSSARCOMA
CLÍNICA
• VARIA SEGUNDO LOCALIZAÇÃO E GRAVIDADE DO TUMOR
• DOR …
VAGA, PERMANENTE
NÃO MELHORA COM O REPOUSO
DOR NOCTURNA É SINAL DE MAU PROGNÓSTICO
• TUMORAÇÃO – EXPANSÃO FUSIFORME OSSOS LONGOS (FÉMUR/UMERO)
• DOR E/OU MASSA TUMORAL – 99% DOENTES
• OCASIONALMENTE A FRACTURA PATOLÓGICA PODE SER O PRIMEIRO
SINTOMA SOBRETUDO NA FORMA CENTRAL
CONDROSSARCOMA
IMAGIOLOGIA – RX
ESTÁDIO I
• MUITO MINERALIZADO
• HABITUALMENTE DE SUPERFÍCIE
• FREQUENTEMENTE SECUNDÁRIO
• MARGENS BEM DEFINIDAS
ESTÁDIO II
• LEVEMENTE MINERALIZADO
• HABITUALMENTE CENTRAL
• FREQUENTEMENTE PRIMITIVO
• LÍTICO, PERMEATIVO
CONDROSSARCOMA notas teóricas
ESTÁDIO I
CONDROSSARCOMA
ESTÁDIO II
CONDROSSARCOMA
IMAGIOLOGIA – CINTIGRAMA e TAC
• CINTIGRAFIA
ESTÁDIO I – HIPERFIXAÇÃO FOCAL MARGINAL
ESTÁDIO II – FIXAÇÃO DIFUSA INTENSA
• TAC
ESTÁDIO I – MUITO CALCIFICADA, PADRÃO EM PIPOCAS
ESTÁDIO II – LÍTICO COM CALCIFICAÇÕES PUNCTIFORMES
CONDROSSARCOMA
IMAGIOLOGIA – RMN
• RMN
ESTÁDIO I – SINAL HETEROGÉNEO DE FRACA INTENSIDADE
ESTÁDIO II – SINAL HOMOGÉNEO DE ALTA INTENSIDADE
CONDROSSARCOMA
TRATAMENTO – CIRÚRGICO !!!
NÃO RESPONDE À RADIOTERAPIA NEM À QUIMIOTERAPIA !
ESTÁDIO I
• MARGENS CIRÚRGICAS ALARGADAS
ESTÁDIO II
• MARGENS CIRÚRGICAS RADICAIS
CONDROSSARCOMA
SKILL - CASO CLÍNICO
SKILL - CASO CLÍNICO
Doente do sexo feminino 43 anos, com massa de tecidos moles,
evolução de cerca de 13 meses
1. Comente as imagens apresentadas.
2. Qual o seu diagnóstico? Justifique
3. Qual o tratamento que proporia. Justifique
4. Se fosse uma criança qual seria a hipótese diagnóstica mais provável? Justifique.
1. RX - massa de tecidos moles face posterior da articulação do joelho; peça de
ressecção evidenciando a massa de tecidos moles
2. SINOVIOSSARCOMA - tumor tecidos moles, idades jovens, frequente junto a
articulações (joelho) e bainhas tendinosas (antebraço, pés e mãos), de
crescimento rápido; sintomas - massa e dor; pode metastizar - metástases
linfáticas e pulmonares.
3. TRATAMENTO - radioterapia pré e pós operatória; quimioterapia
CIRURGIA – excisão alargada ou radical.
4. No caso de uma CRIANÇA a hipótese diagnóstica mais provável era a de
RABDOMIOSSARCOMA (sarcoma dos tecidos moles mais frequente em crianças)
outra maneira de ver
SKILL - CASO CLÍNICO
Mulher de 26 anos, com massa de tecidos
moles na face posterior do joelho, 4 meses de evolução.
Agravamento da sintomatologia e dores nocturnas.
Apresenta-se RMN e amostra de biopsia com padrão bifásico.
1 - Baseado na história e RM qual o diagnóstico ? Justifique.
2 - Exames complementares para esclarecer o seu diagnóstico ?
3 - Que outros exames pediria?
4 - Que tratamento proporia? Justifique.
1 – HISTÓRIA – idade jovem, massa de tecidos moles, consistência duro-elástica e pouco móvel,
crescimento rápido; RX com contraste para tecidos moles – estrutura densa, massa de tecidos
moles extra óssea; calcificações? Se BIÓPSIA – PADRÃO BIFÁSICO – células sinoviais redondas e
fusiformes.
DIAGNÓSTICO – SARCOMA DOS TECIDOS MOLES – SARCOMA SINOVIAL ou SINOVIOSSARCOMA.
FREQUENTE PÉ, MÃO ANTEBRAÇO; também Joelho e Bacia
2 – EXAMES COMPLEMENTARES – CINTIGRAMA – hiperfixação; RMAGNÉTICA LESIONAL –
heterogeneidade do tumor, septação; TAC LESIONAL – extensão da massa, calcificações e invasão
óssea; ANGIOGRAFIA; BIÓPSIA LESIONAL – padrão células sinoviais bifásico
3 – ATENDENDO A QUE PODE ORIGINAR METÁSTASES LINFÁTICAS E PULMONARES – PESQUISA DE
LINFOMA, CINTIGRAMA OSTEOARTICULAR E TAC PULMONAR (metástases)
4 – TRATAMENTO – RADIOTERAPIA PRÉ OPERATÓRIA; CIRURGIA – EXCISÃO ALARGADA E MUITAS
VEZES RADICAL; QUIMIOTERAPIA; RADIOTERAPIA PÓS OPERATÓRIA
SINOVIOSSARCOMA
• TUMOR MALIGNO DOS TECIDOS MOLES
• SE EXCLUIRMOS O RABDOMIOSSARCOMA (CRIANÇAS) ,ÉO
SARCOMA DE TECIDOS MOLES QUE SURGE EM IDADES MAIS JOVENS
• LOCALIZAÇÃO – FREQUENTE JUNTO A ARTICULAÇÕES (JOELHO) E
BAÍNHAS TENDINOSAS – ANTEBRAÇO, PÉS E MÃOS
• TUMOR FREQUENTE NO PÉ
• LOCALIZAÇÕES RARAS: PERICÁRDIO
SINOVIOSSARCOMA
• CRESCIMENTO RÁPIDO !!!
• SINTOMAS : MASSA ( TUMORAÇÃO ) E DOR
• POR VEZES A MASSA ( TUMORAÇÃO ) ESTÁ PRESENTE
DURANTE ANOS ANTES DO DIAGNÓSTICO
• SURGIMENTO DE
METÁSTASES LINFÁTICAS
METÁSTASES PULMONARES
SINOVIOSSARCOMA
RADIOLOGIA
• MASSA DE TECIDOS MOLES
• MASSA COM CALCIFICAÇÕES
SINOVIOSSARCOMA
EXAMES COMPLEMENTARES
• CINTIGRAMA ( hiperfixação )
• RMAGNÉTICA LESIONAL ( heterogeneidade do tumor, septação )
• TAC LESIONAL (extensão da massa, calcificações e invasão óssea )
• TAC PULMONAR ( identificação de metástases )
• ANGIOGRAFIA
• BIÓPSIA lesional
PADRÃO BIFÁSICO – células sinoviais redondas e fusiformes
SINOVIOSSARCOMA
TRATAMENTO
• RADIOTERAPIA – PRÉ OPERATÓRIA
• CIRURGIA - EXCISÃO ALARGADA … ou RADICAL
• QUIMIOTERAPIA
• RADIOTERAPIA
PÓS OPERATÓRIA
SINOVIOSSARCOMA