O documento descreve a educação na Grécia antiga e em Roma. Na Grécia, Esparta e Atenas desenvolveram modelos diferentes, sendo Esparta focada em educação militar e obediência, enquanto Atenas valorizava cultura literária e formação do caráter. O ideal de educação grego era a Paidéia, visando o desenvolvimento do homem e do cidadão. Em Roma, a educação era inicialmente familiar e prática, com foco nos valores da tradição, coragem e dever. Escolas gregas foram posteriormente ad
O documento descreve a educação na Grécia antiga e em Roma. Na Grécia, Esparta e Atenas desenvolveram modelos diferentes, sendo Esparta focada em educação militar e obediência, enquanto Atenas valorizava cultura literária e formação do caráter. O ideal de educação grego era a Paidéia, visando o desenvolvimento do homem e do cidadão. Em Roma, a educação era inicialmente familiar e prática, com foco nos valores da tradição, coragem e dever. Escolas gregas foram posteriormente ad
O documento descreve a educação na Grécia antiga e em Roma. Na Grécia, Esparta e Atenas desenvolveram modelos diferentes, sendo Esparta focada em educação militar e obediência, enquanto Atenas valorizava cultura literária e formação do caráter. O ideal de educação grego era a Paidéia, visando o desenvolvimento do homem e do cidadão. Em Roma, a educação era inicialmente familiar e prática, com foco nos valores da tradição, coragem e dever. Escolas gregas foram posteriormente ad
O documento descreve a educação na Grécia antiga e em Roma. Na Grécia, Esparta e Atenas desenvolveram modelos diferentes, sendo Esparta focada em educação militar e obediência, enquanto Atenas valorizava cultura literária e formação do caráter. O ideal de educação grego era a Paidéia, visando o desenvolvimento do homem e do cidadão. Em Roma, a educação era inicialmente familiar e prática, com foco nos valores da tradição, coragem e dever. Escolas gregas foram posteriormente ad
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
TURMA EDUCAÇÃO FÍSICA 2018.2 MATUTINO
PROF. Ms Leonardo N. Evangelista
“Acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais, pois regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidas por seres conscientes e dotados de raciocínio”
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia, p. 14
EMENTA Grandes tendências do pensamento filosófico e suas implicações na Educação. Principais correntes do pensamento pedagógico a partir da modernidade. História da Educação no Brasil a partir do século XX. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Através do estudo da história da educação, possibilitar habilidades e competências na condução humanística para o exercício profissional e pedagógico, de forma ética e humanizada, contribuindo para uma formação do estudante, respeitando o rigor científico, acadêmico e as normas sociais,. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender conhecimento da história da educação como ferramenta para o desenvolvimento do saber pedagógico; - Aprender as principais vertentes do pensamento da educação através das experiências pedagógicas ao longo da história ocidental; - Adquirir capacidade técnica-científica e pedagógica para compreensão da prática profissional; - Desenvolver competências profissionais dentro da conduta ética, respeitando a normas e os procedimentos que conduzem a prática profissional; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I- História da educação e o desenvolvimento das ideias pedagógicas - O método genealógico para o estudo da educação; - História e Educação;
- Educação Oriental;
- A Educação na Grécia e o desenvolvimento do
pensamento ocidental; - A educação na idade média
- Crítica a modernidade e a educação.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE II- História da educação no Brasil e Contemporânea - Pedagogia no Brasil;
- Educação e Jesuítas;
- Educação e república no Brasil;
- Educação no Brasil e as principais reformas do
ensino; - Educação profissional e contemporânea. EDUCAÇÃO NO MUNDO ANTIGO EDUCAÇÃO NA GRÉCIA Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um baseado no conformismo e no estatismo, outro na concepção, outro na concepção de Paidéia, de formação humana livre e nutrida de experiências diversas, sociais, alimentaram durante séculos o debate pedagógico, sublinhando a riqueza e fecundidade ora de um, ora de outro modelo. EDUCAÇÃO NA GRÉCIA Foi o mítico Licurgo quem ditou as regras políticas de Esparta e delineou seu sistema educativo, conforme o testemunho de Plutarco. As crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram retiradas da família e inseridas em escolas-ginásios onde recebiam, até os 16 anos, uma formação de tipo militar, que devia favorecer a aquisição da força e da coragem. O cidadão- guerreiro é formado pelo adestramento no uso das armas, reunido em equipes sob o controle de jovens guerreiros e, depois, de um superintendente geral (paidonomos). ESPARTA Levava-se uma vida comum, favoreciam-se os vínculos de amizade, valorizava-se em particular a obediência. Quanto à cultura – ler, escrever -, pouco espaço era dado a ela na formação do espartano – “o estritamente necessário”, diz Plutarco -, embora fizessem aprender de memória Homero e Hesíodo ou o poeta Tirteo. ATHENAS Numa primeira etapa, a educação era dada aos rapazes que freqüentavam a escola e a palestra, onde eram instruídos através da leitura, da escrita, da música e da educação física, sob a direção de três instrutores: o grammatistes (mestre), o kitharistes (professor de música), o paidotribes (professor de gramática). O rapaz era depois acompanhado por um escravo que o controlava e guiava: o paidagogos. Depois de aprender o alfabeto e a escrita, usando tabuinhas de madeira cobertas de cera, liam-se versos ricos de ensinamentos, narrativas, discursos, elogios de homens famosos, depois os poetas líricos”que eram cantados. particularidade da educação ateniense é indicada pela idéia harmônica de formação que inspira ao processo educativo e o lugar que nela ocupa a cultura literária e musical, desprovida de valor prático, mas de grande importância espiritual, ligada ao crescimento da personalidade e humanidade do jovem. A PAIDÉIA Surge então o modelo ideal de educação grega, que aparece como Paidéia*, que tem como objetivo geral construir o homem como homem e cidadão. Platão define Paidéia da seguinte maneira “(...) a essência de toda a verdadeira educação ou Paidéia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento”. A PAIDÉIA A noção de Paidéia se afirma de modo orgânico e independente na época dos sofistas e de Sócrates e assinala a passagem explícita – da educação para a Pedagogia, de uma dimensão teórica, que se delineia segundo as características universais e necessárias da filosofia. Nasce a Pedagogia como saber autônomo, sistemático, rigoroso; nasce o pensamento da educação como episteme*, e não mais como éthos* e como práxis* apenas. Paidéia: nas suas origens e na sua acepção comum, indica o tipo de formação da criança (pais), mais idôneo a fazê-lo crescer e tornar-se homem, assume pouco a pouco nos filósofos o significado de formação, de perfeição espiritual, ou seja, de formação do homem no seu mais alto valor. Portanto, podemos dizer que a Paidéia, entendida ao modo grego, é a formação da perfeição humana. A PAIDÉIA * Episteme: conhecimento verdadeiro, de natureza científica, em oposição à opinião infundada ou irrefletida. * Éthos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento e da cultura, característicos de uma determinada época ou região. * Práxis: prática. Nesta época desenvolvem-se alguns centros de cultura: Rodes, Pérgamo, Alexandria; Alexandria em particular – fundada por Alexandre Magno em 932 a. C. no Egito - , com a biblioteca e o museu, afirma-se como o centro de toda cultura helenística, literária, filosófica e científica. A Paidéia no período helenístico pode ser compreendida como uma orientação de vida, ou seja, apresentava-se como um conjunto de orientações seguras, que indicavam o caminho da felicidade. Os “novos” educadores, além de ensinar o homem a especular em torna da verdade, buscavam enfatizar que era preciso aprender a viver de forma virtuosa. A vivência das virtudes era a garantia de uma vida feliz, por isso, a transmissão e a prática dos valores tornou- se o conteúdo primordial das escolas nesse período. A EDUCAÇÃO EM ROMA A EDUCAÇÃO EM ROMA O texto - base da educação romana, como atesta Cícero, foi por muito tempo o das Doze tábuas, fixado em 451 a.C., no bronze e exposto publicamente no fórum, para que todos pudessem vê-lo. Nelas, sublinhava-se o valor da tradição (o espírito, os costumes, a disciplina dos pais) e delineava-se um código civil, baseado na pátria potestas e caracterizado por formas de relação social típicas de uma sociedade agrícola atrasada. Como modelo educativo, as tábuas fixavam à dignidade, a coragem, a firmeza como valores máximos, ao lado, porém, da pietas e da parcimônia. A EDUCAÇÃO EM ROMA A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar em particular o civis romanus, superior aos outros povos pela consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. Os civis romanus era, porém, formado antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família em comparação com a Grécia. A mulher em Roma era valorizada como mater famílias, portanto reconhecida como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres. A EDUCAÇÃO EM ROMA Foi a partir do século Ii a. C. que em Roma também se foram organizando escolas segundo o modelo grego, destinadas a dar uma formação gramatical e retórica, ligada à língua grega. Só no século I a. C. é que foi fundada uma escola de retórica latina, que reconhecia total dignidade à literatura e à língua dos romanos. Pouco tempo depois, o espírito prático, próprio da cultura romana, levou a uma sistemática organização das escolas, divididas por graus e providas de instrumentos didáticos específicos (manuais). Quanto aos graus, as escolas eram divididas em: A EDUCAÇÃO EM ROMA 1. elementares (ou do litterator ou ludus, dirigidas pelo ludi magister e destinadas a dar a alfabetização primária: ler, escrever e, freqüentemente, também calcular; tal escola funcionava em locais alugados ou na casa dos ricos; as crianças dirigiam-se para lá acompanhadas do paedagogus, escreviam com o estilete sobre tabuletas de cera, aprendiam as letras do alfabeto e sua combinação, calculavam usando os dedos ou pedrinhas – calculi - , passavam boa parte do dia na escola e eram submetidas à rígida disciplina do magister, que não excluía as punições físicas); A EDUCAÇÃO EM ROMA 2. secundárias ou de gramática (nas quais se aprendia a cultura nas suas diversas formas: desde a música até a geometria, a astronomia, a literatura e a oratória; embora predominasse depois o ensino literário na sua forma gramatical e filosófica, exercido sobre textos gregos e latinos, através da lectio, da enarratio, da emendatio e do judicium); 3. escolas de retórica – política, forense, filosófica etc. – e elaboravam –se as suasoriae ou discursos sobre exemplos morais e as controversiae ou debates sobre problemas reais ou fictícios). A EDUCAÇÃO NO ORIENTE A História da Educação Oriental se estruturou numa região onde viveram os egípcios, fenícios, hindus, mesopotâmicos, hebreus, chineses, e outros grupos humanos que colaboraram para a construção da escrita rudimentar. A escrita sistematizada criada no oriente fez com que a educação fosse assumindo formas mais elaboradas e incorporando novas funções. A EDUCAÇÃO NO ORIENTE No Egito todo o saber era ministrado no templo e o Faraó, senhor de todo conhecimento, era quem indicavam a quem caberia educar. As crianças frequentavam a escola a partir dos 6 ou 7 anos, sendo as escolas elementares (ler, escrever e contar) para o povo e as escolas superiores ou eruditas para a classe nobre e sacerdotes (além do elementar, aprendiam astronomia, matemática, música, poesia, etc.). Entre os hindus, a educação era privilégio das castas superiores, embora não fossem comuns as escolas. Geralmente os pais eram responsáveis pela educação dos filhos, como base nos textos Vedas. Para os hebreus todas as atividades significativas eram desenvolvidas em torno do templo. A educação entre os hebreus, baseada nos livros sagrados (Tora e Talmude) tinha duração de 10 anos (dos 08 aos 18 anos). Já os Zigurates mesopotâmicos, além de lugar de culto aos deuses, estocavam-se alimentos, fazia- se ciência (observação dos astros). Na China, a educação sistematizada só ocorreu a partir do período imperial (V a. C.), e dividia-se em elementar (do povo) e superior (funcionários mandarins). Todas as civilizações orientais organizaram suas vidas de modo unitário por meio da Religião e do Estado e estabeleceram um forte controle social. A Educação para os orientais era tida como uma atividade sagrada, isto é, prodígio dos deuses. E os grupos sacerdotais eram seus guardiões. Eram eles os intérpretes dos mitos, os detentores da tradição e os que cuidavam da tradição ideológica e da concepção do mundo oriental antigo. Ler e escrever eram um prestígio, coisa de homens próximos de Deus, seus interpretes ou deuses por si mesmos. Havia também a educação para os ofícios, adquirida por meio da observação e imitação. Ter um ofício era sinônimo de status, a exemplo dos escribas no Egito. CONFUCIONISMO Dao, a Via Em chinês, todas as escolas de pensamento (Jia) possuem uma fórmula, método ou via para se alcançar um objetivo proposto. Esta Via se chama Dao (também grifado como “Tao”), que podemos traduzir ou compreender mais facilmente como um caminho racional para atingir a compreensão da Realidade. Um problema pode ser abordado por vários ângulos diferentes: do mesmo modo, pois, pode ser resolvido de modos diferentes. A preocupação de Confúcio foi, exatamente, de como pensar uma Via que atingisse e servisse a todos os seres humanos, e lhes propiciasse uma consciência aproximada sobre o mesmo conjunto de valores morais importantes para a sobrevivência da sociedade. O caminho escolhido por Confúcio foi, justamente, o de educar. Sua teoria baseava-se na percepção das deficiências educacionais da época, incapazes de manter e transmitir o conhecimento moral e técnico existente. Tais dificuldades encontravam-se tanto na estrutura do ensino quanto no que era ensinado, e Confúcio ainda destacava um terceiro ponto fundamental: qual a função de ensinar e aprender? Até então, apenas as pessoas com posses tinham acesso a uma educação constante e erudita que, no entanto, não as impediam em ceder às tentações da corrupção e do egoísmo. Do mesmo modo, muitas pessoas de origem humilde e educação ruim ainda tentavam, de modo claudicante, agarrar- se a um modo de vida correto. Para Confúcio, isso significava que a educação, em seu cerne, trazia uma concepção de correção adequada e necessária para toda a sociedade. Mesmo com pouca educação, alguém poderia se manter num modo de vida apropriado. Porém, se mal aplicada ou desenvolvida, a educação seria, por si só, incapaz de resolver os problemas sociais e individuais. A Centralidade (Zhong) e a Virtude (De) A educação consistiria, antes de tudo, em atingir a Centralidade (Zhong), ou o fio condutor que amarra as experiências humanas e que nos dão a consciência, justamente, de sermos humanos. Tal condição é a Virtude (De), cujo ideograma também nos aponta uma idéia concreta sobre o que Confúcio queria propor. “De” é representado por uma junção de três sinais gráficos que significam, juntos, “andar no caminho reto com o coração”, ou seja, alcançar um caminho que todos possam compartilhar baseado naquilo que há de mais adequado para a vivência em sociedade.