Apresentação Urucum

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Universidade Federal do Amazonas

Faculdade de Ciências Agrárias


Plantas industriais II
Professor: Ari Hidalgo
AJAR Ltda

Projeto de implantação de 15 ha de lavoura e agroindústria de


beneficiamento primário e industrial (colorau)

Técnicos responsáveis:
Eng.ª Agrônoma Aline Souza de Carvalho – CREA: 21452764
Eng.º Agrônomo Almir Ignacio Cardoso – CREA 21350256
Eng.º Agrônomo Johnatan Salvador Souza – CREA 21550650
Eng.º Agrônomo Robson Lincon Passos dos Santos – 21201883

Manaus-AM
2018
Introdução
 Ordem: Malvales
 Família: Bixaceae
 Espécie: Bixa orellana
Introdução
 A palavra “urucu” é originária do tupi uru-ku, que significa “vermelho.

 A bixina e norbixina, carotenoides que agem como fixadores de cor em


produtos comerciais.

 Os resíduos do beneficiamento das cápsulas, principalmente as cascas, que


ficam trituradas, são usados como adubo orgânico, cobertura morta e
componente de ração animal.
Justificativa

 Planta ornamental, pela beleza e colorido de suas flores;

 Fornecedora de sementes condimentares, estomáticas,


laxativas, cardiotônico, antibiótico, agindo como anti
inflamatório para as contusões e feridas;

 A espécie apresenta rápido crescimento podendo ser plantada


em composição com outras espécies em áreas degradadas de
preservação permanente, destinada à recomposição da
vegetação (Barbieri et al., 2011);
Justificativa

 Desde a década de 80, a FAO (Food And Agriculture Organization) vem


impondo restrições ao uso de corantes artificiais em alimentos,
principalmente os derivados de petróleo. Este fato contribuiu
enormemente para um aumento na demanda de corantes naturais;

 Mercado favorável à produção de urucum, onde o empreendimento é


economicamente viável, se conduzido com a assistência técnica
disponível na região, o que garante ao empreendedor um ótimo ganho
econômico e garantir o pagamento do financiamento no prazo esperado e
fortalecer o agronegócio da região amazônica com renda e geração de
emprego.
Estudo de mercado
Nacional
 A região Nordeste já foi escalada como uma das maiores produções de urucum
do país, mas a partir do final da década passada obteve quedas significativas,
perdendo espaço para o Sudeste e o Norte, os maiores produtores da região é a
Paraíba, Bahia e Maranhão.

 Quanto à produtividade, há uma grande variedade entre regiões e estados


produtores, merecendo destaque o desempenho da cultura em Alagoas, cuja
produção começou em 2003 com 293 kg/ha, passando para 1.387 kg/ha, em
2008, a maior observada no País.

 Na região Norte, o Pará é responsável por 55% da produção, seguido por


Rondônia com 40%.
Estudo de mercado
Internacional
 Apesar da diversidade de utilização de corantes naturais, somente
algumas indústrias desenvolvem os corantes dentro dos padrões de
qualidade exigidos pelo mercado internacional;

 Principais mercados de indústrias de corantes que exportam:


América do Sul, Japão, Estados Unidos e países da Europa;

 O Brasil produz em média 12.400 t/ano de grãos de urucum, mas


apenas 20% destinam-se à indústria de corantes naturais, fato que
estaria vinculado aos altos custos de sua produção, bem superior ao
sintético.
Área de implantação da lavoura

Fonte: Imagem de satélite do Google Earth.


Croqui
Preparo da área

 Preparo do solo: Corte e calagem para elevar pH a 6,5

 Plantio: Início das chuvas

 Preparo do substrato em sacos plásticos: 3 partes de terra vegetal,


esterco de curral ou galinha curtido e uma parte de argila.
Preparo da área
 Preparo das covas: Manualmente com enxada e serão transportadas as mudas
quando atingirem 40 cm de altura

 Espaçamento: 5x5x5m, totalizando em 460 plantas por hectare.


A área total para a implantação da cultura corresponde a 15 hectares, resultando num
total de 7028 plantas, pois vai ter 20% de perdas com germinação e vai sobrar 5622
que terão 10% de perdas de seleção e mortes em campo sobrando 5060 plantas.

 Produção de mudas: As sementes da cultivar Piave Vermelha compradas no site


do Instituto Brasileiro de Florestas,2 pacotes de 250 gramas com 5500 sementes
no valor de R$70,00. A estrutura do viveiro será dimensionada para ter a
capacidade de produzir 7028 mudas;
Manejo da cultura
 Coroamento
 Roçagem
 Cobertura morta
 Poda: Limpeza; formação e produção
 Adubação
 Irrigação
 Tratos fitossanitários
Colheita
 Mudança de cor

 A colheita será feita após 60 – 80 dias após a floração, quando a primeira cápsula
do cacho secar, verificando ¾ de cápsulas secas.

 O corte das cachopas será feito com tesoura de poda à aproximadamente 20 cm


abaixo do início das cápsulas e serão conduzidas em balaios para a secagem.

 Após a colheita, os frutos devem ser postos para secar ao sol, com a finalidade de
reduzir a umidade da semente, que é aceitável para armazenamento, entre 7% e
10%.
Implantação da agroindústria
Instalações

 Viveiro de mudas
 Área de secagem
 Galpão de beneficiamento
Beneficiamento

Pré-sacagem
Descachopamento
Peneiramento I
Secagem das sementes
Mistura
Peneiramento II
Empacotamento
Processo produtivo do colorau- Fluxograma do processo da produção de
colorau sem a participação da semente no produto final.
Análise econômica financeira
Cronograma de execução detalhado
Fonte de financiamento

 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que


apresenta critérios para financiar:

Construir, ampliar ou reformar uma loja, galpão, armazém, fábrica,


depósito, escritório etc;
Adquirir máquinas e equipamentos, inclusive implementos agrícolas
novos desde que sejam fabricados no Brasil;
Produzir bens e serviços para exportação;
Realizar benfeitorias em sua propriedade rural;
Adquirir bens de produção.
Equipamentos necessários
Considerações finais

 Com o objetivo de implantação de 15 hectares de lavoura e a


agroindústria de urucum, o projeto demonstrou que há viabilidade,
tendo o retorno aproximadamente em 3 anos. O presente projeto, está
de acordo com as legislações exigidas para a área do cultivo e
respeitou as normas para a instalação da agroindústria do
beneficiamento da matéria prima.
Referências bibliográficas

Barbieri, D. J.; Braga, L. F.; Sousa, M. P.; Roque, C. G. Análise de crescimento de Bixa orellana L.
sob efeito da inoculação micorrízica e adubação fosfatada. Revista Brasileira de Plantas Medicinais,
v.13, p.129-138, 2011

GUIMARÃES, I. S. de S. Bixina I: aproveitamento do residuo do beneficiamento do urucum. Rio


de Janeiro: EMBRAPA-CTAA, 1983. Disponível em: <
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/410537>

SATO, G. S. et al. Tendência de mercado para corantes na indústria de alimentos. Agricultura em


São Paulo, São Paulo, n. 39, p. 1-50, 1992. Suplemento.

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO –


SEPLAN. Condensado de Informações Sobre os Municípios do Estado do Amazonas - 6 ed. Atual.
Manaus: SEPLAN, 2012.
OBRIGADO!!!

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