Mip Milho

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MINISTRIO DA EDUCAO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZNIA - UFRA


PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA

Manejo integrado das principais pragas


do milho

Belm- PA
2017
INTRODUO

Milho (Zea mays)

Famlia Gramineae
Planta Monica
C4
Polinizao

Amplamente
disseminada no Brasil.

Biotecnologia vegetal

Fatores climticos
Danos dficit hdrico
Figura 1: Principais pases produtores de milho 2003-2009

Fonte: FAO - Agridata


Importncia agrcola no Brasil

Alimentao animal
5,5 milhes de toneladas Consumo humano
Estdios vegetativos
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
PRAGAS DO MILHO
PRAGA DA RAIZ
Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho (Diabrotica speciosa)

Coleoptera; Chrysomelidae

Besouros com menos de 1 cm de


comprimento;

Colorao verde brilhante e 3 manchas


amarelas ovais sobre cada litro;

A cabea marrom e o abdome e o


protrax so verdes

Ovos no solo, prximo das reas de


plantio;

A preferncia por terras escuras e


ricas em matria orgnica.
Polfaga
Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho (Diabrotica speciosa)

As larvas eclodem 5 a 20 dias aps a postura.


So branco-leitosas, com exceo das
extremidades e patas, que so escuras.
.
As pupas so encontradas no solo em casulos
de terra construdos pelas larvas. Os danos s
plantas so causados pelas larvas e pelos
adultos.
As larvas so conhecidas como larvas-alfinete
e alimentam-se das razes das plantas, o que
reduz a sustentao e a absoro de gua e
nutrientes.
Os adultos fazem perfuraes e cortes em
brotaes, folhas, botes florais, flores e
vagens.
Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho (Diabrotica speciosa)

Sintomas

Se alimentam das razes, inferindo na absoro


de nutrientes.

Plantas menos produtivas

Reduo de sustentao das plantas


INGREDIENTES ATIVOS REGISTRADOS PARA Diabrotica speciosa
CONTROLE QUMICO

Piretrides
Bifentrina Moduladores de canais de sdio
Classificao toxicolgica: II

Organofosforados
Clorpirifs Terbufs Inibidores da enzima
Classificao Classificao acetilcolinesterase
toxicolgica: III toxicolgica: I

Fipronil
Pirazol
Classificao toxicolgica: II Inibidores dos receptores
GABA

Imidacloprido Neonicotinide
Classificao toxicolgica: II Derivado da nicotina Inibidores
da enzima acetilcolinesterase
Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho (Diabrotica speciosa)

Inimigos naturais
Celatoria bosqi Dptera /Tachinidae
Centistes gasseni (Hymenoptera - Braconidae)
Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho (Diabrotica speciosa)

Entomopatgenos
Metarhizium anisopliae
Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho (Diabrotica speciosa)

Beauveria bassiana
OUTROS MTODOS PARA Diabrotica speciosa

Eliminao de restos culturais lavoura-armadilha

Uso de armadilhas luminosas


(apenas capturam adultos)
AMOSTRAGEM E MONITORAMENTO Diabrotica speciosa

Nmero de adultos de D. speciosa capturados em armadilhas com iscas.

Ainda no existem informaes sobre o nvel de controle para esse


grupo de inseto.
Fonte: Embrapa Milho e Sorgo
PRAGA DO COLMO
Broca-do- colmo (Diatraea saccharalis)

Mariposa em que a fmea coloca


os ovos nas folhas, de preferncia
na parte debaixo da folha.

A durao da vida da broca de 53


a 60 dias

O nmero de ovos que ela coloca


por vez varivel de 5 a 50 ovos
NO H INGREDIENTES ATIVOS REGISTRADOS PARA Diatraea saccharalis

INIMIGOS NATURAIS PARA Diatraea saccharalis
INIMIGOS NATURAIS PARA Diatraea saccharalis

Cotesia flavipes

Nvel de controle em cana de auar: Trs colmos brocados


em 100 colmos examinados. (3% de intensidade de infestao)
Fonte: AFOCAPI / COPLACANA
PRAGA DA FOLHA
LAGARTA DO CARTUCHO ( Spodoptera frugiperda )

Principal praga: perdas de at 34% e 52%

Reduo da rea foliar, comprometendo a


produo de fotoassimilados

Prejuzos so estimados em mais de US$


400 milhes, anualmente
As lagartas, inicialmente, apenas
raspam a superfcie foliar;

Deixam uma membrana


translcida para trs ;

Quando maiores, alojam-se no


cartucho do milho

Comeam a devorar as folhas


novas e a parte apical do colmo.
Mariposas : hbitos noturnos com at
4 cm de envergadura, suas asas
anteriores so cinza-escuras e as
posteriores cinza-claras ;

Uma lagarta grande por planta


(canibais);

Durao do perodo larval pode


chegar a 30 dias ( mdia 5 cm );

As pupas de cor avermelhada, so


encontradas no solo (poucos
centmetros de profundidade).

O ciclo do ovo ao adulto dura de 20 a


60 dias (dependendo das condies
climticas).
Os sinais de seu
ataque so folhas
que j nascem
recortadas e detritos
no interior do
cartucho

Quando as plantas
j esto maiores, as
lagartas podem se
alimentar do pendo
e das espigas

Nos ataques s
espigas, comum
que se confunda S.
frugiperda com
Helicoverpa zea.
INGREDIENTES ATIVOS REGISTRADOS PARA Spodoptera frugiperda

Alfametrina, Betacyflutrina, Cipermetrina , Piretrides


Cyfluthrina, Deltametrina, Esfenvalerate, Moduladores de canais de
Fenvalerate, Fenpropatrina, sdio
Lambdacialothrina, Permetrina,
Zetacipermetrina
Organofosforados
Clorpirifs, Fenitrotion, Piridafention, Inibidores da enzima
Paration metlico, Triclorfon, Triazofs acetilcolinesterase

Carbamatos Inibidores da
enzima acetilcolinesterase
Carbaryl, Metomil, Tiodicarb
INGREDIENTES ATIVOS REGISTRADOS PARA Spodoptera frugiperda

Naturalyte Moduladores
Spinosad
de receptores da acetilcolina

Diacilhidrazinas
Agonistas de ecdisterides Metaxyfenozide, Tebufenozide
(hormnio da ecdise)

Derivados da uria Clorfluazuron, Dflubemzuron,


Inibidores da biossntese da Lufenuron, Novaluron,
quitina Teflubenzuron, Triflumuron
RECOMENDAES PARA MANEJO DA RESISTNCIA DE Spodoptera
flugiperda A INSETICIDAS

Rotao de inseticidas considerando o


modo de ao, ou seja, no repetir o
grupo qumico da aplicao anterior;

Dar preferncia para produtos


seletivos aos inimigos naturais nas
primeiras aplicaes.
Controle com agentes entomofagos
Dorus luteipes
Chelonus insularis
Trichogramma
Controle varietal
Transgnico: Protena Cry1ab,
de Bacillus thuringiensis

Ao sobre:
Spodoptera frugiperda
Diatraea saccharalis
Helicoverpa zea

rea de refgio
PRAGA DA ESPIGA
Helicoverpa zea (Boddie, 1850) (Lepidoptera: Noctuidae)

Mariposa noturna : cm de
envergadura. Tem colorao amarelo-
esverdeada. As asas anteriores possuem
uma pequena mancha escura no centro e
franjas na parte de trs;

As asas posteriores so mais claras e


tambm so franjadas

Eclodem : 4 dias aps a postura dos


ovos;

ovos, de colorao inicial clara, podem


ser encontrados em vrias partes das
plantas.
Oviposio ocorre preferencialmente
nos cabelos da espiga;

Jovens: alimentam-se do cabelo


(compromete a formao dos gros).

medem cerca de 5 cm de comprimento


e alimentam-se dos gros
Diversidade de hospedeiros;

Nesse momento, as lagartas so verdes,


esbranquiadas ou pretas com listras
que tambm podem ser de vrias cores.
Danos: 8 a 9%;

Atacam as espigas do milho trazendo


como conseqncia gros ardidos e
perdas em rendimento.

Sintomas:

1 - atacando os estilos estigmas, impedem a


fertilizao dos vulos;
2 - alimentando-se dos gros leitosos;
3 - os orifcios deixados nas espigas facilitam a
penetrao de microorganismos e pragas dos gros.
CONTROLE

Piretrides Organofosforados
Moduladores de canais de Inibidores da enzima
sdio acetilcolinesterase

Qumico: no muito eficiente;

Larva estar protegida na espiga;

Dificultando atingir o alvo


(pulverizaes);

Alternativa : controle biolgico.

Lucas Machado , 2016


Controle Biolgico de Helicoverpa zea

Predadores e parasitides:

Tesourinha (Doru luteipes) :O consumo mdio dirio de uma tesourinha


adulta em torno de 42 ovos da praga.

Trichogramma: A taxa de parasitismo natural pode chegar em algumas


regies a mais de 80%.

Baculovirus

Bacillus thuringiensis

Eduardo Nadal, 2011.


OUTRAS PRTICAS MIP MILHO

Rotao de culturas;

Preparo da rea;

Adubao;

Plantio direto.
AMOSTRAGEM

Preventiva: para pragas subterrneasa


15 dias antes do plantio
Em 5 pontos/gleba (gleba = 10 ha)
Semear 200 sementes/ponto
5 dias aps, abrir o sulco e contar o nmero de larvas de
colepteros (pragas subterrneas)

Aps o plantio
Ao acaso, selecionar 5 pontos/gleba (gleba = 10 ha)
Amostrar 20 plantas/ponto
Contagem do nmero de plantas atacadas
Armadilhas: adesivo e feromnio
Batida de pano: faze inicial
Declarou como opinio sua que quem quer que pudesse fazer
crescer duas espigas de milho num ponto do solo onde antes
apenas uma crescia, mereceria mais da humanidade e teria
prestado maior servio ao seu pas do que toda a raa dos
polticos em conjunto.
(TIMMER et al., 1954 )

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