Reforma Sanitária Brasileira

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A REFORMA SANITRIA

BRASILEIRA E A
CONSTRUO DO SUS
Curso: Farmcia 2
ano

Professora:Maria Elizabeth Arajo Ajalla


Unidade de Ensino, Pesquisa e Extenso
em Sade coletiva
1

Introduo
Reformas
sociais,
em
espaos
democrticos so, por natureza, lentas e
politicamente
custosas.
Mudanas
rpidas so tipicamente de regimes
autoritrios.
O

SUS, como processo social, tem


dimenses polticas dado que vai sendo
construdo em ambiente democrtico,
em que se apresentam, na arena
sanitria, diferentes atores sociais
portadores de projetos diversificados.
2

Introduo
O SUS tem, tambm, dimenso ideolgica,
uma vez que parte de uma concepo
ampliada de processo sade-doena e de um
novo paradigma sanitrio, dela derivado cuja
implantao tem ntido carter de mudana
cultural.
O SUS apresenta uma dimenso tecnolgica
que vai exigir a produo e a utilizao de
conhecimentos e tcnicas para sua
implementao, coerente com os
pressupostos polticos e ideolgicos do
projeto que o referencia
3

Um pouco da histria
Inicio do Sculo XX
Destaque mdico Oswaldo Cruz
diretoria geral de sade pblica,
vinculada ao Ministrio da Justia e
Negcios Interiores.
Modelo de campanhas sanitrias.
4

O Processo Histrico da Construo


do SUS
Perodo de 1923 1930
Caixas de Aposentadoria e penso
CAPs
Sade coletiva - combate as grandes
endemias sanitarismo
campanhista.
5

Perodo de 1930 -1945


Propostas de conteno de gastos e surgimento
das aes centralizadas de sade pblica.
Previdncia social privilegiando os benefcios e
reduzindo a prestao de servios de sade
Institutos de Aposentadoria e Penses IAPs
Na sade coletiva criado o servio nacional de
febre amarela, o servio de malria do nordeste,
e o servio de malria da baixada fluminense
6

O Perodo de 1945 - 1966


Perodo de desenvolvimento, que
levou a um acelerado processo de
urbanizao e industrializao.
As aes previdencirias so agora
caracterizadas pelo crescimento dos
gastos, elevao das despesas,
diminuio de saldos, esgotamento
de reservas e dficits oramentrios.
7

O Perodo de 1945 - 1966


Aumento de gastos com assistncia mdicapassando de 2,3% em 45 para 14,9% em 66.
Uniformidade dos benefcios dos IAPs
Intenso processo de construo e compra de
hospitais, ambulatrios e equipamentos.
Celebrao de convnios para prestao de
assistncia mdico-hospitalar aos segurados.
1966 Fuso dos institutos Instituto Nacional
de Previdncia Social INPS
8

O Perodo de 1945 - 1966


A sade coletiva- voltada para a
discusso conceitual relacionada
sade. Estabeleceram relao
entre sade e economia. Planos
plurianuais.
1963 III conferncia Nacional de
Sade- sistematizou as propostas
de descentralizao e
municipalizao da sade.
9

Perodo de 1966 -1973


Perodo marcado pelo crescente papel do
estado como regulador da sociedade.
Os gastos com assistncia mdica, chegam
a 30% dos gastos totais do INPS, em 1976
De 1969 a 1975, a porcentagem de
servios
comprados
de
terceiros
representam cerca de 90% da despesa do
INPS.

10

Perodo de 1966 -1973


nfase dado ateno individual,
assistencialista
e
especializada,
em
detrimento das medidas de sade pblica, de
carter preventivo e de interesse coletivo.
Sade coletiva- as aes esto dispersas num
conjunto de ministrios e internamente ao
Ministrio da sade, num conjunto de rgos
da administrao direta e indireta.

11

Perodo de 1974 - 1979


1974 criado o Ministrio da
Previdncia e Assistncia Social
MPAS e o fundo de apoio ao
desenvolvimento social FAS.
O
II
plano
nacional
desenvolvimento, separa as aes
sade coletiva e ateno mdica,
primeiros ao setor estatal e
segundo as previdncia social.

de
de
os
os
12

Perodo de 1974 - 1979


Em relao a sade coletiva ocorre
uma coincidncia entre as proposta
internacionais
de
cuidados
primrios em sade, decorrentes da
conferncia de Alma-Ata, e a
necessidade interna de desenvolver
e
expandir
cobertura
para
contingentes
populacionais
excludos
pelo
modelo
previdencirio.

13

Perodo de 1974 - 1979


1976 inicia-se o Programa
das aes de Sade
Concebido na Secretaria de
Presidncia da Republica.

de Interiorizao
e Saneamento.
Planejamento da

Neste perodo so criados o Centro-Brasileiro


de Estudos em Sade Coletiva- CEBES e,
Associao Brasileira de Ps-graduao em
Sade
Coletiva ABRASCO.
14

Dcada de 1980
O modelo de assistncia se caracteriza
por
crises
de
ordem
ideolgica,
financeira e poltica-institucional.
Ideolgica- reestruturao e ampliao
dos servios de sade
Financeira

sistema
em
franca
expanso, e sua base de financiamento
sem alterao.
Ideolgica-institucional reorganizao
da assistncia e critrios para alocao
de recursos.
15

Dcada de 1980
AIS- Aes Integradas de Sade. Mais
que um programa do INAMPS e das
Secretaria Estaduais de Sade, passa
a ser uma estratgia setorial para a
reforma da poltica de sade.
1986 VIII Conferncia nacional de
Sade.
Ampla participao de trabalhadores,
governo, usurios e parte dos

16

Dcada de 1980

A 8 Conferncia Nacional de Sade


contou com ampla participao cerca
de 5.000 pessoas, entre dirigentes
institucionais, tcnicos, estudiosos,
polticos e demais lideranas sindicais e
populares.
17

Dcada de 1980
SUDS Sistema Unificado e

Descentralizado de Sade. Idealizado


como estratgia de transio em
direo ao SUS, propunha a
transferncia dos servios do INAMPS
para os Estados e Municpios.

18

1999 a 2001
Leis Orgnica da Sade Lei
8080/90
Compete ao SUS prestar assistncia s
pessoas por intermdio de aes de
promoo, proteo e recuperao da
sade, com a realizao integrada das
aes assistenciais e das atividades
preventivas, a includas as aes de
vigilncia epidemiolgica, sade do
trabalhador, e assistncia teraputica
integral, incluindo
farmacutica.
19

Sistema nico de Sade

A maior novidade do SUS seu


conceito
ampliado
de
sade,
incorporando condies geogrficas,
gua, alimentao, habitao, meio
socioeconmico e cultural e garantia
de acesso aos servios.
20

Princpios Doutrinrios.
Universalizao
equidade
Integralidade
21

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCIPIOS DOUTRINRIOS

Universalidade
a garantia de ateno sade, por parte
do sistema, a todo e qualquer cidado.
Com a universalidade, o indivduo passa a ter
direito de acesso a todos os servios pblicos
de sade, assim como queles contratados
pelo poder pblico.
Sade direito de cidadania e dever do
Governo: municipal, estadual e federal.

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCIPIOS DOUTRINRIOS

Equidade
assegurar aes e servios de todos os nveis
de acordo com a complexidade que cada caso
requeira, more o cidado onde morar, sem
privilgios e sem barreiras.
Todo cidado igual perante o SUS e ser atendido
conforme suas necessidades at o limite do que o
sistema pode oferecer para todos.

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCIPIOS DOUTRINRIOS

Integralidade
o reconhecimento na prtica dos servios de que:
cada pessoa um todo indivisvel
integrante de uma comunidade;

as aes de promoo, proteo e


recuperao da sade formam tambm um
todo
indivisvel
e
no
podem
ser
compartimentalizadas;

Princpios Organizativos
Regionalizao e Hierarquizao
Resolubilidade
Descentralizao
Participao popular
Complementariedade do setor
privado
25

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCPIOS ORGANIZATIVOS

Regionalizao e hierarquizao
Os servios devem ser organizados em nveis de
complexidade tecnolgica crescente, dispostos
numa rea geogrfica delimitada e com a
definio da populao a ser atendida.
Isto implica na capacidade dos servios em
oferecer a uma determinada populao todas as
modalidades de assistncia, bem como o
acesso a todo tipo de tecnologia disponvel,
possibilitando um timo grau de resolubilidade
(soluo de seus problemas).

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCPIOS ORGANIZATIVOS

Resolubilidade
a exigncia de que, quando um individuo busca
o atendimento ou quando surge um problema de
impacto coletivo sobre a sade, o servio
correspondente
esteja
capacitado
para
enfrent-lo e resolv-lo at o nvel da sua
competncia.

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCPIOS ORGANIZATIVOS

Descentralizao
entendida como uma redistribuio das
responsabilidades quanto s aes e servios
de sade entre os vrios nveis de governo, a
partir da idia de que quanto mais perto do fato
a deciso for tomada, mais chance haver de
acerto.

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCPIOS ORGANIZATIVOS

Descentralizao
entendida como uma redistribuio das
responsabilidades quanto s aes e servios
de sade entre os vrios nveis de governo, a
partir da idia de que quanto mais perto do fato
a deciso for tomada, mais chance haver de
acerto.

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCPIOS ORGANIZATIVOS

Participao dos cidados


Outra forma de participao so as conferncias
de sade, peridicas, para definir prioridades e
linhas de ao sobre a sade.
Deve ser tambm considerado como elemento do
processo participativo o dever das instituies
oferecerem as informaes e conhecimentos
necessrios para que a populao se posicione
sobre as questes que dizem respeito sua sade.

SISTEMA NICO DE SADE


PRINCPIOS ORGANIZATIVOS

Complementariedade do setor privado


A
Constituio
definiu
que,
quando,
por
insuficincia do setor pblico, podero ser
contratados servios privados de sade.
Dentre
os
servios
privados,
devem
ter
preferncia os servios no lucrativos,
conforme determina a Constituio.

SISTEMA NICO DE SADE

GESTO FINANCEIRA DO SUS (Lei 8142/90)


Criao de FUNDOS DE SADE em todas as esferas de
governo: Fundo Nacional, Estadual e Municipal de Sade.
Os recursos dos Fundos Especiais de Sade s podem ser
gastos em aes de sade.
Os recursos federais sero repassados fundo a fundo, ou
seja, sem serem afetados pelas decises das instncias
polticas dos estados e municpios.

SISTEMA NICO DE SADE

GESTO FINANCEIRA DO SUS (Lei 8142/90)


FUNDOS DE SADE:
So geridos pelo Gestor de Sade da esfera correspondente e
controlado pelo respectivo Conselho de Sade.
Principais Fontes de Recursos do Fundos:
1) Recursos Oramentrios prprios de cada esfera de
governo e
2) Repasses das instncias superiores, ou seja, do Governo
Federal para os governos estaduais ou municipais, e do
Governo Estadual para os govrnos municipais.

SISTEMA NICO DE SADE


FINANCIAMENTO DO SUS

EMENDA CONSTITUCIONAL 29 (13/09/2000)


(Regulamentado em 16/01/2012)
GOVERNO FEDERAL
VALOR A SER GASTO NO ANO SER O VALOR
EMPENHADO NO ANO ANTERIOR ACRESCIDO DO
PERCENTUAL DE CRESCIMENTO DO PRODUTO
INTERNO BRUTO

SISTEMA NICO DE SADE


FINANCIAMENTO DO SUS
GOVERNO ESTADUAL
GASTAR NO MNIMO 12% DAS RECEITAS
PRPRIAS DO ESTADO EM SADE.

GOVERNO MUNICIPAL
GASTAR NO MNIMO 15% DAS RECEITAS
PRPRIAS DO MUNICPIO.

SUS - Regulamentao

36

A Formulaes das Polticas Sociais

A economia de mercado tem


originado um grande nmero de
demandas relacionadas com a
sobrevivncia das pessoas.
Nesta organizao econmica cresce
a separao do mundo do trabalho,
das condies materiais objetivas de
existncia
37

As necessidades sociais nem sempre


so atendidas com a renda gerada
pelo trabalho, assim a sade e a
educao, para uma maioria das
pessoas dependem de aes
governamentais.

38

Um conjunto de necessidades
individuais ou grupo, exigem
polticas direcionadas a um
benefcio que provocam ganhos
para alguns, exigindo concesses
da parte de outros.

39

Funo das Polticas Pblicas


Prover proteo para todos os
membros da comunidade nacional
Realizar objetivos no econmicos e
diretamente econmico como o
provimento de renda mnima
Promover polticas de sentido
redistributivas dos ricos para os
pobres.
40

Modelos de Polticas Sociais


Residual
Meritocrtica
Institucional - redistributiva

41

Residual: baseia-se na premissa de


que existem dois canais para a
soluo de demandas de
sobrevivncia: a famlia e o
mercado. As instituies de
proteo social atuariam apenas
temporariamente, na eventualidade
da falha destas instituies.
42

Meritocrtico: subordina o sistema


de
proteo
social
a
uma
racionalidade
econmica,
o
individuo esta apto a resolver suas
prprias necessidades atravs da
sua relao com o mercado. Esse
modelo resulta na participao
complementar
das
polticas
governamentais no provimento dos
servios sociais, para corrigir as
imperfeies de mercado.
43

Institucional redistributivo.
Aproxima a ideia de direito social do
conceito de cidadania, dando origem
ao Estado de Bem-Estar Social
Welfare State
A proteo social preconizada neste
modelo prev benefcios sociais de
modo universal e integral,
independente da situao do
indivduo no mercado de trabalho.

44

*Conceito de Cidadania
Composto de trs partes:
1- Civil- seria composta dos direitos individuais;
liberdade de ir e vir, de imprensa,
pensamento e f, direito a propriedade, de
concluir contrato e direito justia.
2- poltica seria entendida como o direito
ao coletiva e a participao no exerccio do
poder politico, como um membro ou eleito. As
instituies
correspondente
seria
o
parlamento e os conselhos de governo.e social

45

3- Social compreende desde o direito de um


mnimo
de
bem-estar
econmico
e
segurana ao direito de participar por
completo na herana social e levar a vida
de um ser civilizado de acordo com os
padres que prevalecem na sociedade. O
sistema educacional e os servios sociais
so as instituies ligadas aos direitos
sociais que tiveram pleno desenvolvimento
no sculo XX
* MARSHALL. T. H. (1967) Cidadania, classe social e status. Rio de
Janeiro, Zahar, (1edio/1949)

46

As polticas Sociais no Brasil


At o final da dcada de 80, as polticas
sociais brasileiras foram qualificadas como
residuais: por no abrangerem toda a
comunidade nacional como objeto da
proteo social e meritocrtica-corporativa
porque a definio dos direitos sociais
ficou restrita vinculao ao sistema
previdencirio, sendo definidos como
cidados os indivduos pertencentes as
categorias ocupacionais.
47

A constituio de 1988 e a seguridade


social.
Adoo do conceito de seguridade social que
reconhecia os direitos sociais orientados
por uma noo de comunidade nacional e
defendida no artigo 194 como um conjunto
de princpios, normas e instituies
integradas por aes do poderes pblicos
e da sociedade visando assegurar os
direitos sade, previdncia e
assistncia social.
48

O estado pode, ao mesmo tempo, funcionar


como:
- A expresso dos interesses da elite
dominante
- O resultado da busca de instituies
pblicas em agir autonomamente
- Uma arena de conflito dos grupos de
interesse em assuntos muito especficos
- Guardio dos interesses universais.

49

Constituio Federal 1988

Ttulo VIII Da Ordem Social


Seo II

Da Sade

50

Art. 196 A sade direito de todos


e dever do Estado, garantido
mediante
polticas
sociais
e
econmicas que visam reduo de
risco de doena e de outros agravos
e ao acesso universal e igualitrio
s aes e servios para sua
promoo, proteo e recuperao.
51

Art. 197

So de relevncia pblica as aes e


servios de sade, cabendo ao poder
pblico dispor, nos termos da Lei, sobre
sua regulao, fiscalizao e controle,
devendo sua execuo ser feita
diretamente ou atravs de terceiros e,
tambm, por pessoa fsica ou jurdica de
direito privado.
52

Art. 198 As aes e servios pblicos de


sade integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema
nico, organizado, de acordo com as
seguintes diretrizes:
I Descentralizao, com direo nica
em cada esfera do governo;
II Atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem
prejuzo dos servios assistenciais;
III Participao da comunidade

53

Art. 200 Ao sistema nico de sade


compete, alm de outras atribuies,
nos termos da Lei:
I - Controlar e fiscalizar procedimentos,
produtos e substncias de interesse
para a sade e participar da produo
de medicamentos, equipamentos,
imunobiolgicos, hemoderivados e
outros;
II - Executar as aes de vigilncia sanitria
e epidemiolgica, bem como as de
sade do trabalhador;
54

III- Ordenar a formao de recursos


humanos na rea da sade;
IV- Participar da formulao da
poltica e da execuo das aes
de saneamento bsicos;
V- Incrementar em sua rea de
atuao o desenvolvimento
cientifico e tecnolgico;

55

VI- Fiscalizar e inspecionar alimentos,


compreendidos o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e guas
para o consumo humano;
VII- Participar do controle e da fiscalizao da
produo, do transporte, da guarda e da
utilizao de substncias e produtos
psicoativos, txicos e radioativos;
VIII- Colaborar na proteo do meio
ambiente, nele compreendido o do
trabalho;

56

Lei 8080 de 19 de setembro de 1990


Dispe sobre as condies para a
promoo, proteo e recuperao da
sade, a organizao e o funcionamento
dos servios correspondentes e d
outras providncias.
Chamada de Lei orgnica da Sade.
57

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990
Art. 1 Regulamenta em todo o
territrio nacional, as aes e
servios de sade, executados
isolados ou conjuntamente, em
carter permanente ou eventual,
por pessoas naturais ou jurdicas de
direito pblico ou privado.
58

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990

Capitulo II Dos Princpios e


Diretrizes

Art. 7 As aes e servios


pblicos de sade e os servios
privados contratados ou
conveniados que integram o
Sistema nico de Sade ( SUS) so
desenvolvidos de acordo com as
diretrizes previstas no artigo 198
da Constituio Federal,
obedecendo ainda aos seguintes

59

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990

I universalidade de acesso aos


servios de sade em todos os
nveis de assistncia;
II integralidade de assistncia,
entendida como um conjunto
articulado e contnuo das aes e
servios preventivos e curativos,
individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os nveis
de complexidade do sistema;

60

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990
III preservao da autonomia
das pessoas na defesa de sua
integridade moral;
IV igualdade da assistncia
sade, sem preconceitos ou
privilgios de qualquer espcie;
V- direito informao, s
pessoas assistidas, sobre sua
sade;

61

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990
VI divulgao de informao
quanto ao potencial dos servios
sade e a sua utilizao pelo
usurio;
VII utilizao da epidemiologia
para o estabelecimento de
prioridades, a alocao de
recursos e a orientao
programtica;
VIII participao da comunidade

62

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990
IX descentralizao polticoadministrativa, com direo nica
em cada esfera de governo;
X integrao em nvel executivo
das aes de sade, meio
ambiente e saneamento bsico;

63

Lei 8080 de 19 de setembro de


1990
XI conjugao dos recursos
financeiros, tecnolgicos,
materiais e humanos da Unio,
dos Estados, do Distrito federal e
dos Municpios na prestao de
servios de assistncia sade da
populao;
XII capacidade de resoluo dos
servios pblicos de modo a evitar
duplicidade de meios para fins

64

Lei N. 8. 142 de 28 de dezembro de


1990
Dispe sobre a participao da
comunidade na gesto do sistema
nico de sade SUS e sobre as
transferncias intergovernamentais
de recursos financeiros na rea da
sade e d outras providncias.

65

Lei N. 8. 142 de 28 de dezembro de


1990
Art. 1 O sistema de Sade
SUS, de que trata a Lei
8080,contar em cada esfera de
governo, sem prejuzo do poder
legislativo, com as seguintes
instncias colegiadas:
I Conferencia de sade e
II Conselho de sade
66

Avanos na Constituio do Sistema


nico de Sade

Descentralizao da gesto
Criao e desenvolvimento dos fundos de
sade nacional, estaduais e municipais
Criao e crescimento da modalidade
fundo a fundo
Criao e funcionamento de conselhos e
cada esfera de governo e nas instituies
de sade
Aumento da cobertura de sade em todos
os nveis de complexidade, principalmente
na ateno bsica.

67

Continuidade do desenvolvimento do
controle da AIDS, poltica modelar entre
os pases no desenvolvidos.
Ampliao da cobertura vacinal, em parte
pela estratgia dos dias nacionais de
vacinao, e, em parte, pela expanso da
rede de servios
Inicio da aplicao da poltica de
medicamentos genricos.
Facilitao do acesso s informaes de
sade via internet.
68

Desafios
Construo da Equidade
Adequao da oferta de servios de sade
ao perfil das necessidades e prioridades da
populao
Efetivao do carter de porta de entrada
dos servios de ateno bsica sade
Reestruturao dos programas e projetos
federais especiais
Financiamento e oramentao
Reorientao da poltica de recursos
humanos no SUS.
Construo do SUS como expresso de
sade pblica e sua responsabilidade
regulatria.
69

Figura 1- proporo de pessoas com algum plano de


sade,mdico ou odontolgico,Brasil e regies, 2013.

40

36.9
32.8

35
30

27.9

30.4

25
20

13.3

15

15.5

10
5
0

Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro Oeste

Plano privado

Fonte: Carlos Octvio Ock-Reis. Cad. Sade Pblica, Rio de


Janeiro, 31(7):1351-1353, jul, 2015

70

Gastos com sade no Brasil

47% recursos pblicos


40,4% privados seguros sade
12,6% desembolso direto
Vacinao, urgncia e emergncia,
banco de sangue, transplante,
hemodilise, servios de alto custo e
de complexidade tecnolgica -pagos
pelo SUS.

71

Bibliografia
Brasil. Ministrio da Sade. Conselho Nacional de
Sade. O desenvolvimento do Sistema nico de
Sade: avanos, desafios e reafirmao dos seus
princpios e diretrizes. 2002.
Constituio Federal
Gesto de sade: curso de aperfeioamento para
dirigentes municipais de sade: programa de
educao a distncia. Rio de Janeiro. FIOCRUZ;
Braslia: UNB,1998.
Lei 8080
Lei 8.142.
Ministrio da Sade. Coleo Progestores. Volume
12. 2007
UG, M.A.D.; SANTOS, I.S. Uma anlise da
progressividade do financiamento do Sistema
nico de Sade (SUS). Cad. Sade Pblica, Rio de
Janeiro, 22(8): 11597- 1609, ago. 2006.
72

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