Relatório Anatomia Vegetal

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ANATOMIA VEGETAL

ANA CRISTINA RAMOS VEIGA


ELIVANE SANTOS DA SILVA
JOYCE YURI TAKAHATA DE OLIVEIRA
THALIA REGINA ALMEIDA CAMARA

2016

Aula 3: Meristemas apical e axilar


Epiderme: clulas e anexos
Data: 22 de Setembro de 2016

Aula 4: Tecidos Vegetais


Data: 06 de Outubro de 2016

INTRODUO
Tecidos so grupos de clulas que possuem forma e funo semelhante, quando esses tecidos agrupam-se
formam sistemas. H trs sistemas nos vegetais, sendo eles, sistema de revestimento ou drmico, sistema
vascular e sistema fundamental. (SILVEIRA, 2004)
Os tecidos originam-se do meristema, tecido indiferenciado que origina novas clulas. As clulas do
meristema possuem parede primria, um citoplasma denso, vacolos pequenos ou ausentes e um ncleo
significantemente maior. (SILVEIRA, 2004)
H dois tipos principais de meristemas, os meristemas apicais que esto relacionados com a extenso do
corpo da planta, so encontrados nas extremidades dos sistemas caulinares e das razes, sendo classificados
em crescimento primrio e que tambm dar origem aos tecidos primrios. Os meristemas laterais
associados ao cmbio vascular e da casca produzem os tecidos secundrios da planta. O cmbio vascular ir
produzir o xilema e floema secundrio, enquanto que o cmbio da casca produz principalmente o sber.
(EVERT et al., 2014)

Atravs do meristema apical forma o meristema primrio, tecidos parcialmente diferenciados, so


divididos em protoderme, procmbio e meristema fundamental, estes daro origem aos tecidos primrios.
A protoderme a camada mais externa que originar a epiderme. O procmbio originam o xilema e
floema primrio. O meristema fundamental da origem ao parnquima, esclernquima e colnquima,
juntamente com a epiderme so classificados em tecidos simples, pois possuem apenas um tipo de clula
tecidual, enquanto que os demais so considerados tecidos complexos e contm clulas de mais de um
tipo de tecido. (SILVEIRA, 2004)

OBJETIVO
Observar, fotografar e esquematizar as lminas das aulas
prticas de meristema apical e axilar, clulas da epiderme e seus
anexos e tecidos vegetais.

Allium cepa (liliaceae)


Tipo de corte: Longitudinal - raiz de
cebola
Corante: Sem corante
Equipamento:

Microscpio (40x)

Lmina temporria
Zona de diferenciao

Zona de alongamento

Meristema Apical
Coifa

DISCUSSO
Observa-se na imagem a lmina de raiz de cebola. A raiz a primeira estrutura a emergir da
semente em germinao, possibilita a plntula a fixar-se no solo e absorver a gua, suas principais
funes so fixao e absoro, alm de conduo e armazenamento. O pice das razes envolvido pela
coifa que so conjunto de clulas parenquimticas vivas, protege o meristema apical e o auxilia a
penetrar o solo sem danificar a raiz secretando uma mucilagem que a lubrifica durante a passagem
atravs do solo. A coifa tambm uma estao de retransmisso molecular multifuncional, porque
percebe, processa e transmiti sinais ao meristema e a regio de alongamento da raiz, podendo controlar a
direo do movimento das razes atravs do solo. (EVERT et al., 2014)
No meristema apical da raiz as clulas arranjam-se em fileiras longitudinais que formam o pice da
raiz. A parte distal chamada de promeristema, sendo menos diferenciada e constituda de clulas
iniciais e derivada. A regio com diviso celular no muito bem delimitada chamada de zona de
alongamento e responsvel pelo crescimento em comprimento da raiz, acima dessa regio a raiz no
cresce mais em comprimento e passa pela regio de maturao ou zona de diferenciao, a maioria das
clulas do tecido primrio completa sua maturao. (EVERT et al., 2014)

Aristolochia gigantia (Aristolochiaceae)


Tipo de corte: Longitudinal - caule
Corante: Sem corante
Equipamento:

Folha

Microscpio (40x)

Lmina temporria

Meristema apical
Primrdio foliar
Entre n
N

DISCUSSO

Orqudea (Orchidaceae)
Tipo de corte: Transversal - raiz
Corante: Sem corante
Equipamento:

Velame

Exoderme

Microscpio (40x)

Lmina temporria

Xilema
Floema

Endoderme

Medula

Crtex

DISCUSSO

Zea mays (Rubiaceae)


Tipo de corte: Paradermico - folha
Corante: Sem corante
Equipamento:

Clulas da epiderme

Microscpio (40x)

Lmina temporria

Estmato

DISCUSSO
As clulas epidrmicas observadas na figura so vivas, vacuoladas e contem vrios tipos de
substancias como taninos, mucilagem, cristais e pigmentos. Algumas clulas epidrmicas tm funes
e forma especifica como as clulas guardas dos estmatos, as clulas buliformes, litocistos, suberosas
e silicosas e uma variedade de tricomas. Os estmatos esto relacionados com a entrada e sada de ar
no interior dos rgos, bem como a sada de agua no caso dos aquferos. Os estmatos so compostos
por duas clulas que delimitam uma fenda central no qual se da a comunicao do interior do rgo
com o meio externo. Desenvolvem-se entre as clulas da epiderme ou entre as clulas subsidirias.
(GLRIA E GUERREIRO, 2013)

Coffea arabica (Rubiaceae)


Tipo de corte: Paradermico - folha
Corante: Sem corante
Equipamento:

Clulas da epiderme

Microscpio (400x)

Lmina temporria

Estmato

DISCUSSO
Como foi discutido anteriormente e observando a figura acima, a epiderme o
principal tecido de revestimento do sistema drmico, revestindo o corpo primrio da
planta at que estas atinjam o crescimento secundrio, onde so substitudas pela
periderme. As clulas guardas regulam os poros ou estmatos e consequentemente
controlam os movimentos dos gases, incluindo o vapor d'gua, possibilitando a entrada e
sada das substncias. Os estmatos so encontrados em todas as partes areas da planta,
porm so mais abundantes nas folhas. O fechamento estomtico previne a perda de vapor
da gua pelas folhas e impede a entrada de dixido de carbono, no entanto, certa
quantidade de dixido de carbono produzida pela planta durante a respirao, mas a
disponibilidade da luz permite que esse carbono seja utilizado na manuteno da
fotossntese em um nvel relativamente baixo quando os estmatos esto fechados. (EVERT
et al., 2014)

Tellandsia sp. (Bromeliaceae)


Tipo de corte: Nenhum
Corante: Sem corante
Equipamento:

Lupa

Lmina temporria

Escamas peltadas

DISCUSSO

Falso boldo
Tipo de corte: Nenhum
Corante: Sem corante
Equipamento:

Tricomas tectores

Lupa

Lmina temporria

Tricomas Glandulares

DISCUSSO

Yuca sp.
Tipo de corte: Transversal - Folha
Corante: Sem corante

Epiderme
Parnquima

Fibra

Equipamento: Microscpio (100x)


Lmina permanente

Xilema

Floema

DISCUSSO

Nymphaea sp.
Tipo de corte: Transversal - Folha
Corante: Sem corante

Xilema

Floema

Aernquima

Equipamento: Microscpio (100x)


Lmina permanente

Parnquima
palidico

Astroesclerdeo

DISCUSSO
Alguns tecidos apresentam numerosos espaos intercelulares, essenciais para aerao das clulas da
raiz, geralmente presente em plantas aquticas e solos midos e o resultado so espaos intercelulares
maiores e a formao do aernquima, tecido parenquimtico que possui grandes e numerosos espaos
intercelulares. (EVERT et al.., 2014)
Os astroescleredes (astroesclerdeos) pertencem a clulas esclereides isoladas ou em grupos, contem
paredes secundrias espessas e lignificadas com numerosas pontuaes simples que podem ser
ramificadas ou no. Os astroesclereides so ramificados e tem formato de uma estrela, esto presentes
em pecolos de folhas. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)
O xilema um tecido de conduo, considerado complexo, pois apresenta mais de um tipo de clula
como elementos traqueais, clulas do esclernquima, clulas do parnquima. O xilema primrio tem
origem no procmbio, enquanto que o secundrio originado no cmbio. O floema assim como o
xilema considerado um tecido condutor, conduzindo substncias orgnicas para os rgos das
plantas, as principais clulas que o constitui so os elementos clivados, mas tambm so

compostos de clulas parenquimticas, fibras e esclereides, sendo tambm um tecido complexo.


(PANTOJA, 2006; SILVEIRA, 2004)
O parnquima palidico como j discutido est presente no mesofilo, constitudo de um ou
mais extratos celulares, com grande quantidade de cloroplastdeos e poucos espaos intercelulares,
so compostos por clulas altas. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)

Pinus sp.
Tipo de corte: Transversal - Folha

Fibras

Corante: Sem corante

Parnquima
plicado

Epiderme

Equipamento: Microscpio (100x)


Lmina permanentes

Floema
Xilema

Parnquima
regular

Ducto resinfero

DISCUSSO

Ficus sp
Tipo de corte: Transversal - Folha
Corante: Sem corante

Cistlito

Parnquima
Palidico

Equipamento: Microscpio (100x)


Lmina temporria

Epiderme mltipla

Parnquima
Lacunoso

DISCUSSO
Cistlitos so cristais de carbonato de clcio formado por
invaginaes da perede celular onde se verificam deposies de
carbonato de clcio, pectoses e slica, resultando num cristal
complexo. Cituados no litocisto, clulas grandes e especializadas da
epiderme. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)
O parnquima palidico encontra-se imediatamente abaixo da
epiderme ou da hipoderme e suas clulas tpicas so alongadas. O
tecido palidico, em geral, est voltado para a superfcie adaxial da
folha. O parnquima palidico mais rico em cloroplastos que o
parnquima lacunoso. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)

No parnquima lacunoso as clulas se apresentam em diferentes


formatos, muitas vezes so irregulares, comunicando-se umas com as
outras atravs de projees laterais. Presena de grandes espaos
intercelulares, o que permite as trocas gasosas entre o meio interno e o
ambiente externo. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)
Divises periclinais na protoderme, forma-se a epiderme mltipla.
(GLRIA E GUERREIRO, 2013)

Falso boldo
Parnquima
Palidico

Tipo de corte: Transversal - Folha


Corante: Sem corante

Colnquima

Equipamento: Microscpio (100x)


Lmina temporria

Fibras
Floema
Xilema

Medula

Cmbio

Epiderme

DISCUSSO
Observar-se no corte transversal da folha de boldo o parnquima palidico que segundo Glria e
Guerreiro (2013), so encontrados principalmente no mesofilo, constitudo de um ou mais extratos
celulares, possuindo grande quantidade de cloroplastdeos e poucos espaos intracelulares.
Caracterizado por clulas mais altas do que largas e semelhante a uma paliada.
O colnquima um tecido de sustentao das regies e rgos da planta que possuem
crescimento primrio. Possui espessamento mais acentuado das paredes celulares e est presente em
nervuras de maior porte, alm das folhas do boldo e razes aquticas e areas. Assim como o
colnquima as fibras tambm atuam na sustentao, sendo responsveis pela rigidez ou flexibilidade
da madeira. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)
O cmbio origina os tecidos vasculares secundrios, o xilema e o floema. o nico meristema a
forma dois sistemas, o axial e o radial. Est relacionado ao tempo de vida da planta e sua atividade
produz elementos como xilema e floema secundrios e o crescimento em espessura do caule a
progresso da raiz. O xilema e o floema secundrio tem origem do cmbio e contribuem para o
crescimento em espessura do corpo do vegetal, no possuem protoplastos vivos. (GLRIA E
GUERREIRO, 2013)

Na parte mais externa encontra-se a epiderme, tecido mais externo com clulas justapostas, sem
espaos intercelulares e que possuem a funo de revestimento, troca gasosa atravs de estmatos,
associao com outras clulas para absoro de gua e sais. (GLRIA E GUERREIRO, 2013)

Taxodium sp. (Gimnosperma)


Tipo de corte: Nenhum
Corante: Sem corante

Fibras

Equipamento: Microscpio (100x)


Lmina temporria

Traquede

Elemento de
vaso

DISCUSSO
As principais clulas condutoras do xilema so os elementos vasculares,
que so de dois tipos: as traquedes e os elementos dos vasos. Alm dos
traquedes e dos elementos do vaso, o xilema contm tambm clulas
parenquimticas que armazenam vrias substncias, fibras e esclercitos.
Tanto o xilema primrio quanto o secundrio so compostos pelos mesmos
tipos celulares. Tanto traquedes quanto os elementos do vaso so clulas
alongadas com paredes secundrias que no tm protoplasto na maturidade.
Ambos tipos celulares podem exibir pontuaes nas paredes. Alm das
pontuaes, nos elementos do vaso, pode haver perfuraes nas paredes,
reas destitudas das paredes primria e secundria. (ESAU, 1974)

Os elementos do vaso renem-se formando longas colunas contnuas ou tubos,


denominados vasos. De modo geral, acredita-se que os elementos do vaso
constituem condutores de gua mais eficazes que as traquedes, pois a gua
pode fluir mais livremente de um elemento para outro atravs das perfuraes.
Nas traquedes, o fluxo de gua mais lento, pois a gua tem que atravessar as
paredes de duas clulas com pontuaes. (ESAU, 1974)

Michelia sp. (Angiosperma)


Tipo de corte: Nenhum
Corante: Sem corante
Equipamento: Microscpio (100x)
Lmina temporria

Traquede

Fibras

DISCUSSO
Observamos na imagem fibras que, segundo Glria e Guerreiro
(2013), so clulas longas, de paredes celulares secundrias grossas,
geralmente lignificadas, e com as extremidades afiladas. Tm como
principal funo sustentar as partes do vegetal que no se alongam mais.
So encontradas nas formas de cordes ou feixes, em diferentes partes
do corpo primrio da planta. J as traquedes clulas muito finas de
pequeno comprimento, esto agrupadas em feixes e as extremidades de
uma toca as extremidades da outra nelas encontramos pontoaes nas
laterais e extremidades, as pontoaes so pequenos poros que permitem
a passagem da seiva. So elementos condutores menos especializados.

REFERNCIA
EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E.; VIEIRA, C. M. R. Biologia Vegetal, 8 ed. Guanabara
Koogan, 2014.
GLRIA, B. A.; GUERREIRO, S. M. C. Anatomia Vegetal, 3 ed. UFV, 2013.
PANTOJA, S. C. S. Anatomia de plantas vasculares. Rio de Janeiro: UCB, 2006.
SILVEIRA, F. A. O. Anatomia Vegetal. Curvelo: FCC, 2004.
ESAU, KATHERINE. Anatomia das plantas com sementes, So Paulo, Editora Blucher,
1974.

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