Potencial

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Aula 14

Escoamento Potencial (irrotacional):


regime permanente,
2D e incompressvel

IM250 Prof. Eugnio Rosa

Escoamento incompressvel, fluido


Newtoniano com constante
A equao
de transporte de quantidade de movimento:

V
2

VV P V g
t
aplicando as identidades:


2
VV V 2 V

2
V V

Vamos encontrar que:


V2


gz p V

t grad
2

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Escoamento incompressvel, fluido


Newtoniano com constante
O lado direito da equao s depende da vorticidade,


V2

gz p V

t grad
2

se o escoamento for irrotacional, a equao reduz


para:

V2


gz p 0

t grad
2

O fato do escoamento ser irrotacional faz com que


div(T) seja nulo apesar do fluido possuir viscosidade.
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Potencial de Velocidades
O fato do escoamento ser irrotacional permite que ele seja
expresso por meio de uma funo escalar tal que o
gradiente de proporcional ao campo de velocidades:

O sentido positivo de V ocorre para valores de


crescentes , i.e., se cresce v > 0


i;
j
x
y

r;

r
r

(cartesiano)
(polar)
IM250 Prof. Eugnio Rosa

Quais so as conseqncias de V= grad


Note que se o campo de velocidades vier da
funo potencial ento
1. Ele satisfaz a condio de irrotacionalidade

r
r
V 0

2. Para conservar a massa necessrio que

2
.V . 0

Ou seja, se a funo potencial for uma


soluo da equao de Laplace ela tambm
satisfaz a massa!
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Quais so as conseqncias de d2 = 0?
Se vier de uma soluo que satisfaz 2 = 0,
ento o campo de velocidades definido por, V
= e satisfaz simultaneamente a condio de
irrotacional e a equao da massa .

x
y
2
1
1
2

r 2 2 0
r r r r

(cartesiano)
(polar)
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Equao Bernoulli Generalizada


Se o escoamento irrotacional, incompressvel e cte,

V2


gz p 0

t grad
2

Expressando o campo de velocidades em funo do


potencial
2

t
2

gz p 0

e integrando no espao vamos ter:


2

gz p C
t
2
onde C a constante de Bernoulli.
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Escoamento incompressvel, fluido


Newtoniano com constante

Se , V = e 2=0 ento o escoamento potencial


uma soluo de N-S onde a presso determinada
pela equao de Bernoulli:
2

gz p C
t
2
A soluo no depende da viscosidade do fluido! O
divergente das tenses nulo: 2V = (2 ) 0 .
Aleternativamente:

r
rT
r
r
r
2

2 S
V
V
V V

0
14 2 43

0 incompressivel

Note que o divergente do tensor desvio das tenses


nulo. Mas a viscosidade no necessariamente!
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Escoamento incompressvel, fluido


Newtoniano com constante
Por outro lado, se o divergente das tenses nulo,
2V =0 , o valor da tenso no :

r
rT
T

T 2S V V 0

2
ou
Ti, j
0
x i x j

Note que a resultante da tenso viscosa irrotacional


no participa da eq. N-S.
O escoamento irrotacional determinado por: 2=0 e
a presso vem de Bernoulli substituindo V = .
Veja por exemplo LE#5, ex#2 (difusor radial) onde a
tenso Tr,r existia mas sua taxa nula, esc.
Irrotacional!

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Escoamento incompressvel, fluido


Newtoniano com constante
Os efeitos da tenso viscosa irrotacional esto
balanceados internamente ao domnio.
Entretanto na fronteira (interface gs-lquido) eles esto
desbalanceados e devem ser corrigidos.
Pontos internos ao domnio onde a tenso pode ser
superior a tenso de ruptura ou colapso de cavidades
(cavitao)
A teoria de escoamento viscoso irrotacional (Viscous
Potential Flow) foi resgatada por DD Joseph, Potential
flow of viscous fluids: historical notes, Int. J. Multiphase
Flow, 32 (2006) 285-310
http://www.aem.umn.edu/people/faculty/joseph/ViscousPotentialFlow/
Historical notes on viscous potential flow
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Escoamento incompressvel, fluido


Newtoniano com constante
Porm esta tenso pode (e deve) participar do balano
da energia mecnica como sendo o trabalho das
foras viscosas e do termo de dissipao na interface
gs-lquido:
r V2 P
r

V
gz V T'

r
2

onde V T' VjTj,i , Ti, j 2


i
x ix j
j

Vi Vj
2
e 2(S : S)

2 x j x i
x ix j

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Equao Euler x Potencial


A aproximao Euler vlida quando Re >>1.
Neste contexto as foras viscosas so muito
menores que as foras inerciais. Portanto
frequente a associao de Euler com:
i. Ausncia de viscosidade no escoamento.
ii. Somente foras normais podem causar movimento,
no caso a presso.

Euler reduz para esc. potencial se = 0, mas no


se pode afirmar que a tenso de origem viscosa
seja desprezvel a menos que Re >>1.
O escoamento potencial requer = 0. Neste
contexto o DivT=0 mas no necessariamente =0.
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A funo corrente
Para escoamentos 2D a vorticidade se reduz a
apenas uma componente:

u v


z

y x y y x x
z 2
Ento para um escoamento 2D e irrotacional a
funo corrente determinada satisfazendo a
equao de Laplace:
2

0
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The Nice Pair: d2 = 0 e d2 = 0


Note que tanto quanto so solues de
Laplace que representam um escoamento
incompressvel, 2D, irrotacional e que
satisfazem a massa!
O campo de velocidades em coordenadas
cartesiana ou polar definido por:

u

x y

y
x


Vr

r r

r
r

Porm as linhas de e constante tem uma


relao em comum e um significado especial!
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ngulo entre as linhas de e constante


As variaes de e podem ser expressas por:

dx dy d r
x
y

d
dx
dy d r
x
y
d

O ngulo que as linhas de e


constante fazem entre s
determinado pelo ngulo que os
vetores normais a estas curvas (os
gradientes) fazem entre s:


u i v j v i u j 0

Como o produto escalar nulo


ento as curvas e constante
so ORTOGONAIS entre s

d
d
d
d

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1. As linhas de e
constante formam uma
grade ortogonal.
2. Se for encontrado
primeiro pode ser
determinado ou viceversa!
3. Os conjuntos de linhas e
so solues da
equao de Laplace
Nas linhas de constante no h velocidade normal a
elas pela prpria definio de funo corrente, (sempre
tangente ao vetor velocidade)
Portanto constante pode representar a fronteira de
uma superfcie slida pois nela no h velocidade
normal.
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Equaes de Cauchy-Riemann (2D)


A funo potencial e funo corrente esto
relacionadas por:

x y

y
x

Este conjunto de equaes reconhecido


como equaes de Cauchy-Riemann para as
funes (x,y) e (x,y).
Ela permite definir um potencial complexo
F(z)=(x,y)+i(x,y) e estender a capacidade de
anlise no escoamento potencial.
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Potencial Complexo
Como as funes (x,y) e (x,y) satisfazem as
condies de Cauchy-Riemann, pode-se
definir um potencial complexo:

F z x,y i x,y
onde
iy
z = x+iy

i 1
z x iy
re i r cos i sin

|r|

x
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Funo Analtica
A funo F(z) analtica pq (x,y) e (x,y)
satisfazem Cauchy-Riemann. Alm disto, se F
analtico, sua derivada existe:

dF
F z z F z
w z
Lim
dz z 0
z
e independe da direo
que z se aproxima de z0.

iy
z0

x
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A Velocidade Complexa, w(z)


Calculo da derivada fazendo dz=dx e y cte.
dF
x x , y i x x , y x , y i x , y d
d
Lim

i
dz x0
x
dx
dx

Reconhecendo que d/dx = u e d/dx = -v, ento:


dF
u iv
dz
Verifique que dz=idy (e x cte)o resultado o mesmo!
Concluses:
A derivada do potencial complexo resulta no complexo
conjugado da velocidade.
O conhecimento do potencial complexo F fornece o
campo de velocidade por meio de uma simples derivada!
w z

1.
2.

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Potencial Complexo Conjugado


F z x,y i x,y

O produto:

dF
w z
u iv
dz

w z w z w z

u v q

o quadrado da velocidade resultante.


Se |w|2 conhecido pode-se determinar o
campo de presso utilizando Bernoulli.
Os pontos de estagnao (u=v=0) so
determinados pelas razes de |w|2 =0
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A velocidade complexa em coordenadas


Polar
A velocidade em Z0 V
com componentes u e
v em coordenadas
cartesianas e u e ur em
coordenadas polar
u u r cos u sin
v u r sin u cos

iy

Vv
z0

u
ur

ei cos i sen

w z u r cos u sin i u r sin u cos


w z u r iu e i
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PROPRIEDADES DA EQUAO DE LAPLACE


A equao de Laplace uma equao elptica
e requer informao em todo contorno do
domnio.
V=d/dy=0

d/dn=0

Uin=d/dx
Uout=d/dx

y
x

V=d/dy=0
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PROPRIEDADES DA EQUAO DE LAPLACE


A equao de Laplace uma equao elptica e requer
informao em todo contorno do domnio.

d/dn=0

d/dn=0

Uout=-d/dx

Uin=-d/dx

V=-d/dy=0 p/ y->

V=-d/dy=0 p/ y->
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PROPRIEDADES DA EQUAO DE LAPLACE


O tempo no entra na equao de Laplace. Isto
significa que qualquer variao em t que surge
no contorno tambm aparece no interior do
campo no mesmo instante, por exemplo:
K Ln r f t

Note que ela satisfaz d2=0 nas f varia


instantaneamente em todo campo (velocidade
infinita pq fluido incompressvel)

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PROPRIEDADES DA EQUAO DE LAPLACE


A equao de laplace linear e o princpio da
superposio vlido, i.e., a soma linear de solues
individuais de laplace tambm soluo.
e satisfazem as equaes 2=0 e 2=0 em todo
o campo exceto nas singularidades.
A seguir ser visto:
1. Solues simples que satisfazem 2=0 e 2=0 e
2. Ser associado a estas solues um significado fsico
3. Ser explorado o princpio da superposio para se
obter solues de casos complexos.

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Escoamentos Elementares
+

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Escoamentos Elementares
+

+
eixo

Fonte + Sorvedouro dist. -> 0


Sentido eixo: F -> S

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Funo Corrente e Potencial para o Dipolo

Eixo do dipolo (doublet)

O eixo do dipolo indica a posio relativa da Fonte e do


Sorvedouro, na figura acima a Fonte est a esquerda do
Sorvedouro, ambos posicionados ao longo do eixo x
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Comentrios sobre os escoamentos elementares


Escoamento uniforme, fonte/sorvedouro,
vrtice so solues da equao de Laplace
(verifique). A exceo ocorre nos pontos
singulares.

x
y
2
1
1
2

r 2 2 0
r r r r

(cartesiano)
(polar)
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Potencial Complexo
F z z i z

F z U iV z

xU yV

yU xV

q
F z
Log z z 0
2

Log r r0
2

F(z)

Escoamento
Uniforme
Fonte (+) ou
Sorvedouro (-)
em z0
Vrtice
Anti-horrio em
z0

F z i

Log z z 0
2

Doublet em z0
(eixo x>0)

F z

2 z z 0

Doublet em z0
(eixo y>0)

F z

i
2 z z 0

Log r r0
2

0
2

cos 0

2 r r0
sin 0
2 r r0

q
0
2

sin 0
2 r r0

cos 0
2 r r0

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Expanso ao redor do eixo de


simetria, =/n, veja figs. a-a, b-b
e c-c

Corner Flows

F z Az n Ar n e in
A r n cos n
A r n sin n

ngulo
n
0 2
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MTODO DAS SUPERPOSIES

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Superposio de uma Fonte+Escoamento Uniforme

filme

Este escoamento tambm conhecido como semicorpo de Rankine. Ele pode ser formado tambm por
um sorvedouro.
A linha de corrente em azul uma linha que divide o
escoamento interno e externo. Por esta razo ela
tambm pode representar uma superfcie (carenagem
ou fairings).
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Semi Corpo de Rankine (filme)


Considere um escoamento uniforme e uma
fonte na origem:

U0

ponto de
estagnao
V=0

linha de corrente
divisria

a
x

q
U F U 0 r sen

2
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Semi Corpo de Rankine I

q
O campo de velocidades de : U 0 r sen
2

q
U 0 cos
r
2r

v
U 0 sen
r
vr

no ponto de estagnao, = - e vr=v=0,


ento a distncia a do ponto de estagnao a
origem :
q
q
0 U 0 cos
a
2r
2 U 0

e o valor de que passa pelo ponto de


estagnao (r,) = (a,) , = q/2
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Semi Corpo de Rankine II (filme)


q
Sendo definido por:
U 0 r sen

2
A forma do corpo de Rankine, ( r, ), determinada
pela linha de corrente divisria, i.e. = q/2:

( q 2) [1- q p]
q
q
= U 0
r sen ( q) + q r ( q) =
2
2p
U 0 sen ( q)
y
linha de corrente
ponto de
U0

divisria

estagnao
V=0

q
pq

r ( q)

2U 0p senq
{
a

Note que para


x
(r,) = (a,)

p- q

r ( p) a Lim qp

q
1 44 2 4sen
43
1

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Semi Corpo de Rankine III


O corpo no cresce indefinidamente na direo radial,
sua largura mxima ymax = a. Esta distncia
determinada fazendo o limite para x ou 0

a
r 0 aLim 0

sen

Entretanto para 0 ento x


e r x e y/x, logo
y

ponto de
U0 estagnao
V=0

linha de corrente
divisria

r a ymax a

q
x

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Semi Corpo de Rankine IV


A velocidade resultante no campo :
2

q
2
2
2
2
V v r v U 0 cos
U 0 sen
2r

Sabendo-se que a= q/2U0 a expresso acima em funo


de a passa a ser:
2

a
a

V 2 U 02 1 2 cos

r
r

Distribuio presso no campo determinada por


Bernoulli
2
V

p p0
1
1
2
2

p V p 0 U 0
1
2
2
2
1 2 U 0
U0
ou em termos do Cp:

C p a r 2 2 cos a r

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Oval Rankine I
A oval de Rankine obtida
pela superposio de um
escoamento uniforme,
uma fonte e um
sorvedouro de mesma
intensidade e espaados
de 2a.
U F S

q
q
U 0 r sen
1
2
2
2
U F S

q
2ay
1

U 0 r sen
tan
x 2 y2 a 2
2

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Oval Rankine II
Mas a funo corrente de uma fonte e de um sorvedouro j
so conhecidas portanto;

q
2ay
1

U F S U 0 r sen
tan
x 2 y2 a 2
2

Os semi-eixos maior e menor da oval so determinados de


forma similar ao semi-corpo de Rankine,

h
ha

cot
a
2q U 0a
L
2q

1
a
U 0a

12

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Corpos Fechados
Pode-se formar corpos fechados com formas
variadas colocando-se fontes e sorvedouros
distribudos.
Veja exemplo:
fonte localizada

sorvedouros
distribudos
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Escoamento ao redor de um Cilindro


O escoamento externo ao
um cilindro obtido da
superposio de um
dipolo com escoamento
uniforme.
A linha de corrente que
divide o escoamento
externo do interno um
crculo, portanto associase as linhas e constante
quelas que ocorrem no
escoamento externo a um
cilindro.
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Escoamento ao redor de um Cilindro I


Superpondo um dipolo na origem e um escoamento uniforme:

sen
U D U 0 r sen
r
note que o eixo do dipolo aponta para x>0, i.e., a fonte
est a esquerda do sorvedouro. O campo de
velocidades:

cos

vr
U 0 cos
cos U 0
2
r
r
r2

sen

v
U 0 sen
sen U 0
2
r
r
r2

vr nulo quando r = (/U0)1/2 que define o raio a do


cilindro.
A intensidade do dipolo em termos de a: = a2U0
v nulo quando = 0 e .
Os pontos de estagnao ocorrem em (a,0) e (a,)

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Escoamento ao redor de um Cilindro II


as componentes de velocidade vr e v e a
velocidade resultante V na superfcie do cilindro
de raio a :
v r 0 & v 2 sen U 0

V 2 v 2r v 2 4 U 02 sen 2
a distribuio de presso no cilindro (r = a)

p p atm
1 2 U 02

1
U0

C p 1 4 sen 2

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Distribuio de Velocidade no Cilindro


A velocidade na superfcie do cilindro dada por: V/U 0
= 2 sen() e mostrada na figura abaixo:

V/Uo

0
0

30

60

90
graus

120

150

180

Note que o dimetro do cilindro no aparece na


relao. Esta uma caracterstica do escoamento
potencial, ele cinematicamente similar. Cilindros de
quaisquer dimetros tero as mesmas velocidades
relativas nos pontos correspondentes!

IM250 Prof. Eugnio Rosa

Distribuio de Presso
Em Cilindros para
escoamento Laminar,
Turbulento e Potencial
Para o escoamento
potencial:
1. Cp max no ponto
de estagnao;
2. igual a p externo
para ~30 graus
3. Atinge um mnimo
para 90 graus e
4. Recupera a presso
em 180 graus.

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A Fora de arrasto no cilindro


determinada por:

1
D 2 C P U 02 a cos d 0
2
0

O cilindro no possui fora de arrasto,


paradoxo de DAlembert!
Distribuio de presso simtrica.

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Fora Resultante no Cilindro

No escoamento potencial s atua foras normais


(presso). Como a distribuio de presso no corpo
do cilindro simtrica, no h fora resultante no
cilindro. Isto , seu arrasto nulo.
Este um dos pontos falhos da teoria potencial.
Ele foi reconhecido por DAlembert e em sua
homenagem recebeu o nome de paradoxo de
DAlembert.
Este paradoxo foi resolvido no incio do sec. XX por
Prandtl. Ele verificou que os efeitos viscosos ficam
confinados na Camada Limite. Externo a Camada
limite a teoria potencial vlida.
Entretanto, quando a camada limite se separa do
corpo ela perturba o escoamento externo, muda a
distribuio de presso no corpo e cria um arrasto
no previsto pela teoria potencial.
IM250 Prof. Eugnio Rosa

Mtodo das Imagens


A colocao simtrica de
alguns escoamentos
elementares pode gerar
efeitos de uma parede (linha
de corrente com curvatura
zero).
Uma fonte prxima de uma
parede pode ser aproximado
colocando-se outra fonte
simtrica (imagem
espelhada), o mesmo para
um vrtice livre (neste caso
eles se deslocam como
anis de fumaa).
Efeito de solo numa asa
pode ser analisado de forma
aproximada com esta
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Aplicao Bernoulli Transiente


Determine a distribuio de presso num cilindro
que acelera num fluido estacionrio (escoamento
ideal)
Cil. movendo
Cil. Estac.

Y
U0

Note que o problema transiente para o


referencial inercial XY.
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Condies de Contorno
O escoamento deve satisfazer a equao de
Laplace: 2=0, sujeito a:
Y
U0

longe do cilindro

0
x r y r
do cilindro
X na superfcie

Vrel n 0

onde a velocidade relativa definida por:

Vrel Vfluido Vcil


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A velocidade relativa
Y

Vrel Vfluido Vcil


U0

y
U0

Vrel
U 0 cos e r
U 0 sin e
r

como

n er

Vrel n 0
U 0 cos
r cilindro
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O potencial para o cilindro que acelera pode ser formado


a partir da superposio do potencial para um cilindro
estacionrio com um escoamento uniforme de U0
variando no tempo.
y

Escoamento ao redor
de um cilindro
estacionrio

U0

Escoamento uniforme
variando no tempo

O escoamento uniforme ir deslocar o cilindro no


espao pq as velocidades se somam!

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O potencial e condies de contorno:


y

U0

U 0 a 2 cos
1
U 0 r cos
r
1 r r a 0

2 U 0 r cos

1 x x U 0

2 x x U 0

2 r r a

U 0 cos

Somando 1 e 2 as condies de contorno para so satisfeitas


r
x

ra
x

1 r
1 x

ra

2 r r a U 0 cos
2 x x 0

portanto uma soluo para 2=0 do problema original

IM250 Prof. Eugnio Rosa

O potencial do cilindro que acelera


y

U0

U 0 a 2 cos

U 0 r cos U 0 r cos

r
1

ou

U 0 a 2 cos

doublet (fonte sorvedouro)


r

IM250 Prof. Eugnio Rosa

O potencial do cilindro que acelera


No cilindro que se move, as posies r e variam com o tempo,
ento a expresso para o potencial passa a depender do tempo:
U 0 t a 2 cos t
x, y, t
r t

Como o cilindro desloca-se no espao com velocidade U0, a


variao das coordenadas (r,) com o tempo ser
dependente desta velocidade, assim:
Y

U0t
r

d
t
dt

dr
t
dt

dr
U 0 cos
dt
d
r
U 0 sin
dt

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Potencial & campo de velocidades

U 0a 2

vr
2 cos
r
r

U 0 t a 2 cos t
x, y, t
r t

U 0a 2

v
2 sin
r
r

V 2 v r2 v 2

a
U 02
r

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Potencial & variao com o tempo


U 0 t a 2 cos t
x, y, t
r t
U 0a 2
dU 0 a 2
dr U 0 a 2
d

cos
cos

sin

t
dt
r
dt
r
dt
r2

Taxa de variao de r e
dr
=- U 0 cos q &
dt

dq
r = U 0 sin q
dt

Variao do potencial com o tempo


dU 0 a 2
a

cos U 02
t
dt
r
r

cos 2
IM250 Prof. Eugnio Rosa

A distribuio de presso no cilindro calculada a


partir de Bernoulli
2

gz p C
t
2
Note que para r, p/ qualquer tempo, V = 0 e p =
patm, portanto C = patm. Na superfcie do cilindro, r = a,
p patm

dU 0
U 02
2

a cos U
0 cos 2
2
1 4dt
4 4 442 4 4 4 4 43
t

p p atm

U 02
dU 0

2
cos
2

a cos

2
dt

IM250 Prof. Eugnio Rosa

p p atm

U 02
dU 0

2
cos
2

a cos

2
dt

O ponto de estagnao (=180)


p p atm

U 02
dU 0

a
2
dt

Note que se dU0/dt = 0 a distribuio de presso coincide(*)


com a distribuio de um cilindro estacionrio:
p p atm

U 02

1 4 sin2
2

Podemos concluir que se o cilindro acelera num fluido


estacionrio necessrio a aplicao de uma fora pq
surge um arrasto devido ao termo dU0/dt.
(*) utilize a identidade cos(2) = 1 - 2sen2
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Fora agindo no cilindro

D 2 p p atm a cos d
0

U 02
dU
2
1 2 cos 2 0 a cos
2
dt
0

a cos d

dU 0 2
2
U a 1 2 cos 2 cos d 2
a
cos
d

dt 0
0
1
4 4 442 4 4 4 43
2
0

dU 0
D
a 2 L
123
dt Massa
Virtual

Em termos de energia, esta fora realiza um trabalho para


aumentar a energia cintica do fluido ao redor do cilindro.
Esta fora denominada por `massa virtual` e existe em
qualquer tipo de corpo que acelerado em um fluido;
Corolrio: se dU0/dt = 0 ento D = 0

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Fora de Sustentao &


Teorema Kutta-Joukowski
A fora de sustentao L por unidade de
largura b do cilindro :

1
L
2
L U 0 ab C L U 0
2
b
a fora de sustentao num corpo cilndrico genrico
para um escoamento 2D tambm expressa pelo
produto L/b = U .
Esta generalizao feita pelo teorema de KuttaJoukowski: a sustentao de um corpo cilndrico de
seo transversal qualquer igual ao produto da
densidade, velocidade livre e circulao (sem circulao
no h sustentao!)
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Escoamento Irrotacional Potencial e


Escoamento Real
No escoamento Irrotacional o perfil no apresenta
sustentao, necessrio introduzir uma circulao
(vorticidade) para que o escoamento apresente o
casamento no bordo de fuga!
No escoamento real isto ocorre naturalmente devido a
existncia da viscosidade, o fluido da parte de baixo da
asa no consegue fazer a curva

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FIM

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Escoamento num Cilindro com Circulao

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Escoamento num Cilindro com Circulao


A circulao introduzida superpondo-se ao campo
um escoamento de vrtice livre (sentido horrio):
sen K
U D V U 0 r sen

ln r
r
2
O campo de velocidades:

vr
cos U 0 2 v r U 0 cos 1

r
r
r

a
sen U 0 2
v U 0 sen 1

r
r
r 2r

K
2r

vr nulo quando r = (/U0)1/2 isto define o raio a do


cilindro. A intensidade do dipolo em termos de a: =
a2U0
v nulo p/ r = a quando sen = -K/(4 aU0) .

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Escoamento num Cilindro com Circulao


as componentes de velocidade e a velocidade
resultante no cilindro de raio a :

v r 0 & v 2 sen U 0 K 2a

2
2
2
V v r v 2 U 0 sen K 2a
2

a circulao no cilindro (r = a)
2

2 K

0 2a

v a d 2 sen ()ad
a

ad

o valor da circulao a constante K do vrtice livre!


K>0 garante que v do vrtice livre est no sentido
horrio, portanto <0 refere-se a uma circulao no
sentido horrio (veja prximo slide).

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O nmero de pontos de estagnao no


cilindro pode ser: 2, 1 ou nenhum, depende
do valor da circulao

Flow around a circular cylinder with circulation.


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Escoamento num Cilindro com Circulao


as componentes de velocidade e a velocidade
resultante no cilindro de raio a :

v r 0 & v 2 sen U 0 K 2a

2
2
2
V v r v 2 U 0 sen K 2a
2

a distribuio de presso no cilindro (r = a)

p p0
1 2 U 02

1
U0

C p 1 2 sen K U 0 2a 2

separando o termo sem circulao dos outros temos:

4K sen
C p 1 4 sen
K U 0 2a 2

U 0 2a
2

C p 0

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Distribuio de Presso no Cilindro nos planos


horizontal e vertical.
(azul) cilindro sem circulao (vermelho) cilindro com circulao
10

+90

Cp

6
4

-90

2
0
-90

-60

-30

0
graus

30

60

90

90
graus

120

150

180

10
8

Cp

6
4

+180

A figura superior indica


que a Cp no simtrico
na direo vertical e
portanto deve aparecer
uma fora de
sustentao no cilindro
com circulao
A figura inferior mostra
que Cp simtrico em
relao a direo x,
consequentemente no
h arrasto nesta direo.

0
0

30

60

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Fora de Sustentao
A fora de sustentao L sempre normal a
corrente livre; ela determinada a partir da
distribuio de presso no cilindro de raio a
2

1 2 U 02 ab

L 2 p p 0 sen a b d C L

2 C p sen d
2

note que o termo (1-4sen2()) no produz sustentao,


simtrico e vem do caso do cilindro sem circulao,
2 4K sen

K U 0 2a sen d

2 U 0 2a

C L 2

a contribuio do 2o termo nula (sen anti-simtrico),


e o 1o termo: sen2dsen(2)]/4, logo CL :

2K
2
CL

U0 a U0 a

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Fora de Sustentao &


Teorema Kutta-Joukowsi
A fora de sustentao L por unidade de
largura b do cilindro :

1
L
2
L U 0 ab C L U 0
2
b
a fora de sustentao num corpo cilndrico genrico
para um escoamento 2D tambm expressa pelo
produto L/b = U .
Esta generalizao feita pelo teorema de KuttaJoukowsi: a sustentao de um corpo cilndrico de
seo transversal qualquer igual ao produto da
densidade, velocidade livre e circulao (sem circulao
no h sustentao!)
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Caracterstica do Escoamento Euler (Potencial)


Somente foras normais podem agir no
escoamento.
Por foras normais entende-se tenses
normais (presso).
Note que sendo os termos viscosos muito
pequenos, o deslocamento tangencial de uma
superfcie ao fluido no resultar em
deslocamento do fluido no domnio de Euler.
Isto , somente deslocamentos de fronteiras
normais ao fluido geram escoamentos!

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Velocidade imposta pelo escoamento uniforme


Para um referencial estacionrio, o escoamento
uniforme ir superpor ao campo de velocidades do
cilindro uma velocidade que ir deslocar todo seu
campo no espao em funo do tempo,

U0t
r

d
t
dt

dr
t
dt

dr
U 0 cos
dt
d
r
U 0 sin
dt

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O potencial do cilindro com velocidade constante


y

U0

U 0 a 2 cos

U 0 r cos U 0 r cos

r
1

ou

U 0 a 2 cos

doublet (fonte sorvedouro)


r

Para um cilindro que se desloca no meio com


velocidade constante o seu potencial dado pelo
potencial do Dipolo (ou Doublet)
U 0 a 2 cos
x, y
r
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