Sociolingustica SLIDES AULA

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Prof. Esp.

Deys Santana
SOCIOLINGUSTICA
LINGUAGEM E LNGUA.
Linguagem e lngua so elementos de uma construo
social arbitrria, qual o falante est submetido
intrinsecamente.
Os fonemas de uma lngua so resultado de escolhas
feitas pelos falantes, mas estes so sujeitos sociais,
para quem o aparato disponvel no passvel de
escolha.
Para Benveniste (1963) dentro da, e pela lngua, que
indivduo e sociedade se determinam mutuamente.
H uma grande diferena se fala um deus ou um heri; se
um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da
idade; se uma matrona autoritria ou uma ama dedicada;
se um mercador errante ou um lavrador de pequeno
campo frtil.

(Horcio, Arte potica, 119-118)
Objeto de Investigao: Relao entre o mundo
lingustico e o mundo social;
Sistema lingustico com funcionamento prprio
Busca por lugares de interseco entre o mundo social e
a dimenso lingustica
A estrutura da lngua prvia ao momento da enunciao
Contexto = o lugar em que as dimenses social e
geogrfica se atualizam.


SOCIOLINGUSTICA
QUAIS SO AS VARIAES PRESENTES NA
TIRINHA ABAIXO. EXPLIQUE
IDENTIFIQUE E DISCUTA COM A SALA AS
RELAES SOCIOLINGUSTICAS
IDENTIFICVEIS NO TEXTO
Teoria da Variao e Mudana
Discute de que maneira o sistema lingustico, no seu ncleo
gramatical, afetado pelas relaes com a sociedade.
Etnografia da Fala ou Sociolingustica quantitativa
Discute de que maneira o sistema lingustico, no seu ncleo
gramatical, afetado pelas relaes com a sociedade.
Sociologia da Linguagem
Busca-se entender como uma lngua se espalha por uma
determinada comunidade e quais as relaes entre esse
espealhamento e as estruturas de poder.


REAS DA SOCIOLINGUSTICA
VARIAO
A variao no o resultado do uso arbitrrio e irregular
dos falantes.
Na verdade, encontra sua motivao em circunstncias
lingusticas determinadas, e, por outro, o resultado
sistemtico e regular de restries impostas pelo prprio
sistema.
As formas em variao adquirem valores em funo do poder
e da autoridade que os falantes detm nas relaes
econmicas e culturais (CAMACHO. 2000, p. 59).

DIVERSIDADE
A diversidade uma propriedade funcional e inerente aos
sistemas lingusticos e o papel da Sociolingustica enfoc-la
como objeto de estudo, em suas determinaes lingusticas e
no-lingusticas.
ESTRUTURAO PARA A PESQUISA
Dimenso Lingustica Fontica
Morfologia
Sintaxe
Semntica
Dimenso no-lingustica Plano espacial
Plano contextual
Plano social

VARIANTES E VARIVEIS
LINGUSTICAS
a variao representa duas ou mais formas
alternativas de dizer a mesma coisa no mesmo
contexto. Ex.; os diferentes r do portugus.
As variveis representam o esforo do linguista por
generalizaes abstratas, como a explicao da
presena (ou no) de /s/ finais em os menino
VARIAO LINGUSTICA
Fonolgico: alternncia de pronncia (fal, com
ausncia de r finais e os usos dos vrios erres)
Morfolgica: alternncia de sufixos derivacionais, por ex:
salaminho (sp) salamito (rs).
Sinttica: A moa de quem voc falou ... A moa que
voc falou ...
Assim, os usos de palavras diferentes com o mesmo
significado pelos diversos falantes marcam a regio em
que esses discursos so enunciados.
VARIAES EXTRALINGUSTICAS
(i) em funo da identidade social do emissor;
variantes geogrficas e socioculturais
(ii) em funo da identidade social do receptor;
variaes de registro e estilsticas
(iii) em funo das condies sociais de
produo discursiva. variaes de registro e
estilsticas
PLANO LEXICAL
Ocorre variao lingustica no plano lexical, quando
determinado conceito expresso diferentemente, isto ,
por meio de palavras ou expresses distintas,
dependendo da localidade ou de outros fatores, como o
nvel cultural ou a situao comunicativa. Uma evidncia
disso est nas variadas formas de se referir brincadeira
de soltar pipa, brincar de arraia, empinar papagaio etc.,
as quais diferem de uma regio para outra. A mesma coisa
acontece quanto designao de pinha, ata ou fruta de
conde, ou quanto ao grau de (in)formalidade, como em vir
a bito, falecer, morrer, ir pro andar de cima, bater as
botas, dentre outras.

PLANO FONTICO

A variao lingustica no plano fontico tem a ver com os
variados modos de pronncia das palavras. Um exemplo disso
a palavra tia, que, em algumas localidades, pronunciada
com chiado na consoante /t/ (tchia)
PLANO MORFOLGICO
Esse tipo refere-se variao na forma da palavra. Uma
evidncia para esse caso a diferena entre as formas
est (conforme o padro culto) e t (da linguagem
coloquial). Percebe-se a a alterao no radical da palavra.
Outro exemplo disso pode ser observado em sentenas do
tipo Se eu tivesse dinheiro, eu lhe emprestava agora
mesmo, na qual a forma do futuro do pretrito
emprestaria normalmente substituda pela do pretrito
imperfeito emprestava.
PLANO SINTTICO
Trata-se da variao encontrada nas relaes entre palavras na
sentena, tais como a posio de um termo em relao a outro, a
concordncia entre termos, a regncia nominal ou verbal etc. Como
prova disso, podemos citar a colocao do pronome oblquo, que,
segundo a norma culta, no deve iniciar a frase, por exemplo:
Empreste-me seu livro (emprego da nclise). No entanto, na
conversa informal, bastante comum dizermos: Me empreste seu
livro (emprego da prclise). Pode-se tambm citar como exemplo a
distino entre assistir ao filme (padro culto com preposio) e
assistir o filme (uso popular sem preposio)
PLANO SEMNTICO
a variao no plano semntico que, em geral, no considerada
em muitas abordagens sobre o assunto. o caso de uma mesma
palavra receber diferentes significados, de acordo com a
comunidade de fala. Por exemplo, no sudeste do pas,
principalmente entre os cariocas, normal chamar um menino de
moleque. Entretanto, no nordeste, isso seria considerado uma
ofensa, pois esse termo tem conotao extremamente negativa. Em
Portugal, algum dizer que pegou uma tremenda bicha, ser
interpretado que enfrentou uma fila imensa. Aqui, no Brasil, no
entanto, esse mesmo enunciado teria uma conotao sexual,
exatamente por causa do sentido do termo bicha para ns,
brasileiros.
VARIAO DE REGISTRO OU ESTILSTICA
Compreendem esse aspecto da variao lingustica os
fatores que determinam como o indivduo, ao interagir com
outro(s) por meio da palavra, procura adequar sua
linguagem s caractersticas sociais de seu(s)
interlocutor(es), situao enunciativa que tem a ver
com o contexto em que se realiza a interao comunicativa
e aos propsitos discursivos, que so os objetivos para
os quais se orienta determinada interlocuo, quer dizer,
so os efeitos de sentido que se deseja alcanar por meio
do uso interpessoal da linguagem.

VARIAO HISTRICA
Trata-se das alteraes ocorridas na lngua com o passar do tempo,
ou seja, so as mudanas histricas. Isso significa que a lngua no
s apresenta variaes coexistentes em uma mesma poca, mas
tambm se modifica de um perodo para outro, ao longo dos anos.
Veja, por exemplo, o que ocorreu com o pronome de tratamento
Vossa Merc, utilizado antigamente como demonstrao de
submisso e respeito pessoa a quem se dirigia o locutor. Esse
pronome se transformou em vosmec e vossunc, at chegar s
formas atuais voc e, simplesmente, c (como na cano No me
arrependo, de Caetano Veloso, a qual diz: Fiz voc crescer/vi c me
fazer crescer tambm/pra alm de mim...) que, ao contrrio, revelam
aproximao e informalidade com o interlocutor
VARIAO DIATPICA
Diz respeito s mudanas na fala de falantes de um idioma de acordo
com a regio em que vivem. Essas escolhas dos falantes podem ser:
A) fonticas veja dos diferentes sotaques.
B) lexicais veja os diferentes usos das palavras para designar os
mesmos referentes.
C) sintticas as diferentes ordens dos elementos nas sentenas (Tem
no No tem)
D) semnticas a mesma palavra para designar referentes diferentes
como no caso do termo rapariga, que no sul designa moa, feminino
de rapaz (como em Portugal), mas no nordeste designa prostituta.
VARIAO DIASTRTICA OU SOCIAL
a variao de acordo com os aspectos socioculturais:
A) segundo a classe social encontramos diferenas como :
Uso de dupla negao em classes menos abastadas, como em
eu num vi, no, que, nas mais abastadas seria eu no vi, ou
construes mais sutis, como Ningum nunca me disse isso,
que seria dito Ningum me disse isso ou Nunca me disseram
isso;
Presena de rotacismos, a troca do l pelo r, em palavras
como pranta, Crudia, bicicreta, frecha, probrema etc.,
que se d nas classes menos abastadas, e no ocorre nas mais
favorecidas.


VARIAO DIASTRTICA OU SOCIAL
B) Variao segundo a idade
Em cada momento de nossas vidas usamos diferentemente a
lngua, por isso, criamos ou adotamos termos e maneiras
especficas para nos comunicar em cada uma das fases de
nossa vida. Na infncia, falamos de um jeito, na adolescncia,
de outro, na vida adulta, de outro e, na terceira idade, ainda de
outro.
Um dos grandes marcos dessa variao o uso das grias
pelos jovens, que fazem largo uso de termos do grupo de
mesma idade. Os exemplos so inmeros, e independem da
classe social, como i, boy, Fala, mano!, T ligado?
VARIAO DIASTRTICA OU SOCIAL
C) Variao segundo o sexo
Embora a variao relacionada ao sexo possa parecer um pouco mais
sutil do que as outras, o sexo dos usurios tambm influencia a forma
como eles vo se comunicar com os demais. Uma mulher pode
tranquilamente se valer de alongamento de vogais, por exemplo, e
dizer Liiiindooo!, sem causar estranhamento. uma forma de se
mostrar mais delicada, mais alegre, mais amistosa etc. Mas, se um
homem o fizer, o significado ser muito diferente. Por isso, os homens
no as alongam, e dizem simplesmente Lindo!. Na verdade,
especificamente esse vocbulo o homem pouco utiliza e, numa
situao hipottica, diria apenas Bonito.

VARIAO DIAFSICA
Ligada a fatores psicolgicos e emocionais e circunstncia da fala.
Esses graus podem ser divididos em dois grandes grupos:
Formal, culto ou padro: linguagem mais prxima da gramtica
normativa, como a encontrada nos jornais e revistas e nas falas em
situaes mais rebuscadas.
Informal, coloquial ou popular: linguagem despreocupada com a
normatividade, como a encontrada na linguagem familiar, nos
regionalismos, nos dialetos e, tambm, nas grias e na linguagem
vulgar .

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