O documento apresenta as principais fontes do direito internacional, com destaque para tratados internacionais. Discute-se a definição de tratado, seus elementos constitutivos, regime jurídico e classificação. Abordam-se também os processos de ratificação, incorporação ao direito interno e hierarquia em relação às leis nacionais. Por fim, explicam-se aspectos sobre nulidade e extinção de tratados, além do costume internacional.
O documento apresenta as principais fontes do direito internacional, com destaque para tratados internacionais. Discute-se a definição de tratado, seus elementos constitutivos, regime jurídico e classificação. Abordam-se também os processos de ratificação, incorporação ao direito interno e hierarquia em relação às leis nacionais. Por fim, explicam-se aspectos sobre nulidade e extinção de tratados, além do costume internacional.
O documento apresenta as principais fontes do direito internacional, com destaque para tratados internacionais. Discute-se a definição de tratado, seus elementos constitutivos, regime jurídico e classificação. Abordam-se também os processos de ratificação, incorporação ao direito interno e hierarquia em relação às leis nacionais. Por fim, explicam-se aspectos sobre nulidade e extinção de tratados, além do costume internacional.
O documento apresenta as principais fontes do direito internacional, com destaque para tratados internacionais. Discute-se a definição de tratado, seus elementos constitutivos, regime jurídico e classificação. Abordam-se também os processos de ratificação, incorporação ao direito interno e hierarquia em relação às leis nacionais. Por fim, explicam-se aspectos sobre nulidade e extinção de tratados, além do costume internacional.
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1
Fontes de DIP - Tratados
Internacionais
Universidade Metodista de So Paulo
Ps-Graduao em Marketing Internacional
Prof. Demetrius Cesrio Pereira
2 Referncias Bibliogrficas
ACCIOLY. Hildebrando. SILVA. G.E. Nascimento e. Manual de Direito Internacional Pblico. 14 a edio. So Paulo: Saraiva. 2000.
AUST. Anthony. Modern Treaty Law and Practice. Cambridge: Cambridge University Press. 2000.
DALLARI. Pedro. Constituio e Tratados Internacionais. So Paulo:. 2004. 3 Referncias Bibliogrficas NASSER. Salem. Soft Law Um estudo Sobre as Normas e as Fontes do Direito Internacional. Tese de Doutorado. Faculdade de Direito. Universidade de So Paulo. 2004
PIOVESAN. Flvia. Direitos Humanos e o Direito Internacional Constitucional. 5 a edio. So Paulo: Max Limonad. 2002.
REZEK. Jos Francisco. Direito Internacional Pblico Curso Elementar. So Paulo: Saraiva. 1989. 4 Tpicos de Discusso Fontes de DI Tratados Internacionais Classificao dos Tratados Condio de Validade / Efeitos Ratificao/ Adeso/ Aceitao Processo de Incorporao ao Direito Brasileiro Hierarquia Legislativa e Produo de Efeitos - Monismo x Dualismo. Especificidades dos Tratados de DHs Nulidade e Extino de Tratados 5 Fontes do Direito Internacional instrumentos ou processos pelos quais surgem ou se permite identificar normas jurdicas.
define quais normas que regem o DI e onde podem ser identificadas.
Estatuto da Corte Internacional de Justia art. 38. 6 Estatuto da CIJ
Estatuto da Corte Internacional de Justia - um tratado dotado de objeto especfico: ele obriga os Estados- partes, em determinadas circunstncias, a submeter-se jurisdio da Corte, cuja conformao e funcionamento so por ele previstas. Integram o Estatuto e esto submetidos a Corte todos os membros da Organizao das Naes Unidas (193 Estados) Artigo 38 - 1. A Corte, cuja funo decidir em conformidade com o direito internacional as controvrsias que lhe forem submetidas, aplicar: a. As convenes internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; b. O costume internacional, como prova de uma prtica geral aceite como direito; 7 Art. 38 c. Os princpios gerais de direito, reconhecidos pelas naes civilizadas; d. Com ressalva das disposies do artigo 59, as decises judiciais e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes naes, como meio auxiliar para a determinao das regras de direito. 2. A presente disposio no prejudicar a faculdade da Corte de decidir uma questo ex aequo et bono, se as partes assim convierem. O artigo 38 no se refere a fontes do direito internacional, mas dispe de lugares e instrumentos em que a Corte ir buscar o direito internacional que deve aplicar s contendas a ela submetidas. Podemos contemplar a possibilidade de se considerar o seu contedo como declaratrio do direito internacional costumeiro preexistente. 8 Tratados Internacionais Definio ato jurdico por meio do qual se manifesta o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas internacionais. A palavra tratado se refere a um acordo regido pelo direito internacional, qualquer que seja a sua denominao. Designa todo acordo concludo entre dois ou mais sujeitos de direito internacional, destinado a produzir efeitos jurdicos (ou de direito) e regido pelo direito internacional. 9 Elementos 1. acordo de vontades acordo, compromisso, sob qualquer forma. 2. sujeitos de DI entes com personalidade jurdica internacional e, portanto, capacidade para celebrar tratados. 3. efeitos jurdicos vontade de se comprometer juridicamente. 4. regidos pelo Direito Internacional submetidos a regras costumeiras relativas celebrao, validade e trmino dos tratados. 10 Regime Jurdico O regime jurdico dos tratados foi codificado pela Comisso de Direito Internacional da ONU. Essa Comisso foi encarregada pela Assemblia Geral da ONU para realizar as funes previstas na alnea a, pargrafo 1 o do artigo 13 da Carta das Naes Unidas, ou seja, de proceder ao desenvolvimento progressivo do direito internacional. Conveno de Viena sobre o Direito dos Tratados, de 1969 Conveno de Viena sobre o Direito dos Tratados celebrados entre Estados e Organizaes Internacionais ou entre OIs, de 1986. A configurao de um instrumento como tratado se d pela sua consonncia com as regras de DI e no pelas regras internas.
11 Classificao dos Tratados Qto. s partes: bilaterais; multilaterais Qto. natureza jurdica: tratado contrato; buscam regular interesses recproco entre as partes. Podem ser executados, quando devem ser logo executados e que dispem sobre a matria de uma vez por todas. Podem tambm ser executrios, aqueles que prevem atos a serem executados regularmente, ou seja toda vez que se apresentem as condies necessrias. tratado lei; geralmente celebrados entre muitos Estados, com o objetivo de fixar normas de DIP. tratado normativo; aqueles que criam unies internacionais administrativas (OMS, OIT etc.)
12 Condio de Validade capacidade das partes;
agentes habilitados (carta de plenos poderes dispensada aos chefes de Estado, de Governo e Ministrio das Relaes Exteriores);
consentimento mtuo;
objeto lcito e possvel. 13 Efeitos p/ as partes que assinam.
p/ 3 o s - s com consentimento expresso. Excees: conseqncias nocivas indiretas e conseqncias favorveis indiretas ou diretas. No primeiro caso h o direito de protesto. 14 Ratificao/Adeso/Aceitao Art. 19 da Conveno: No h mais a necessidade de aprovao integral. Ratificao: ato administrativo segundo o qual o chefe de Estado confirma um tratado firmado em seu nome ou em nome do Estado, declarando aceito o que foi convencionado pelo agente signatrio. Embora o tratado s entre em vigor aps a sua ratificao, um Estado deve abster-se da prtica de qualquer ato capaz de frustrar o seu objeto e finalidade. Ratificao expressa - Carta de ratificao Ratificao Tcita atos de cumprimento do tratado. A dispensa da ratificao ocorre quando o prprio tratado assim dispe; nos acordos celebrados para cumprimento ou interpretao de tratado devidamente ratificado. 15 Depsito Depsito geralmente no pas onde foi escrito o tratado. Troca com a outra parte fixa-se um local para troca e arquivamento Art. 102 da Carta da ONU necessidade de registro e publicao. Qualquer membro da ONU ou OI, quando celebra um tratado deve registra-lo no Secretariado da ONU, que o publica. Seno, no poder ser invocado perante 3 o s ou perante a ONU. Apenas os Estados que assinaram um tratado multilateral que devem ratific-lo; no caso de pases que posteriormente desejarem ser parte nele, o recurso a adeso ou a aceitao. Hoje em dia so considerados sinnimos. A adeso ou aceitao feita junto Organizao ou estado depositrio.
16 Processo de Incorporao ao Direito Brasileiro Chefe do executivo assinatura Congresso Nacional aprovao Decreto Legislativo Chefe do Executivo ratificao depsito decreto de promulgao
Ratificao incio do comprometimento internacional 17
Hierarquia Legislativa - Monismo x Dualismo Caractersticas Monismo: - conflitos entre normas internas e internacionais previso de regras que fixem a primazia de uma sobre a outra.
- desnecessidade de mecanismo de internalizao das normas internacionais 18 Monismo X Dualismo - dois planos separados e independentes ente si: o dto interno e o DI.
Necessria a internalizao do DI pelo dto interno, por um procedimento especfico e posterior edio de uma lei distinta para a incorporao do tratado O.J 19 Monismo X Dualismo Importncia prtica:
o posicionamento do STF, pois ele mostra comunidade internacional qual o entendimento no Brasil sobre o DI. 20 Tratados Internacionais de DHs Correntes: 1. DHs supraconstitucionais jus cogens 2. Hierarquia constitucional (art. 5, 1 o e 2 o da CF/88) 3. Hierarquia diferenciada: supralegais, mas infraconstitucionais. 4.Paridade entre tratado e lei federal 21 Tratados DHs
Situao Anterior Emenda Constitucional n 45.
Situao Posterior Emenda Constitucional n 45. 22 Nulidade e Extino Nulidade erro, coao, coero. Extino : execuo integral/ denncia; expirao do prazo; condio resolutria; acordo mtuo; impossibilidade de execuo/ guerra; inexecuo; prescrio liberatria. 23 Costume Internacional supremacia do costume na formao do DIP cessou aps a segunda guerra mundial devido a: novos problemas aumento do nmero de Estados que queriam negociar tratados nas Ois avanos da tecnologia: solues imediatas (costume de formao lenta) Costume: critrio insatisfatrio e lento para acompanhar a evoluo do DIP moderno Costume era fruto de usos tradicionais, e o tempo era um de seus elementos
24 Tempo Paul Reuter: regra consuetudinria o resultado de atos seguidos que constituem precedentes, com nfase no elemento material constitudo pela repetio durante um perodo bastante prolongado de certos atos O fator tempo passou a ser flexibilizado, apenas exigindo-se um a prtica conseqente e generalizada (e no prolongada) 25 Importncia - Costume ainda importante como fonte pois a codificao do DIP como um todo ainda est longe - Em muitos campos do DIP, o costume suficiente - Tambm tem papel interpretativo e de preenchimento de lacunas Tratados que no tenham entrado em vigor ou que no tenham sido ratificados por um Estado contra o qual alguma de suas normas tenha sido invocada so prova do direito costumeiro (CIJ, 1969) 26 Problema
Tratado desde o comeo era declaratrio de costume Tratado, com o correr do tempo e com uma aceitao geral de pases no-partes no mesmo, passou a integrar o direito internacional geral
27 Princpios Gerais de Direito So as mais vagas fontes mencionadas pelo Estatuto da CIJ Segundo o Comit de Juristas que elaborou o projeto da CPJI, os PGD seriam os princpios aceitos pelos Estados in foro domestico Corte em geral fala em princpios gerais, bem estabelecidos, ou geralmente reconhecidos Uma vez aceitos pela opinio juris, os PGD assumem as caractersticas de costume.
28 Jurisprudncia Art. 38 do Estatuto da CIJ estipula que em suas decises a Corte poder recorrer como meio auxiliar s decises judicirias e doutrina dos autores mais qualificados Isso se deve preocupao de evitar o non liquet (casos sem soluo), como nos PGD expresso decises judicirias abrange decises de tribunais arbitrais, cortes de justia internacional, tribunais nacionais e de OIs. Peso das decises dos vrios tribunais varia sentenas da CIJ tem maior importncia Deve-se distinguir os casos em que a CIJ: Aplica regras j consagradas pelo uso Inova, criando Direito
29 Doutrina Opinio dos juristas mais categorizados Antigamente era mais aceita, e hoje sua incluso no Estatuto tem sido contestada Nos julgamentos a corte tem evitado mencionar as opinies dos juristas, mas nas exposies dos governos e votos em separado, seu uso constante Pareceres dos Consultores Jurdicos dos MREs espelham quase que invariavelmente a opinio do respectivo governo Interpretao doutrinria judiciosa: autor desenvolve normas consuetudinrias ou mesmo textos convencionais que podem carecer de clareza. 30 Eqidade Justia no caso concreto Opera em duas hipteses: Insuficincia da norma de direito positivo aplicvel Norma, embora bastante, traz ao caso concreto uma soluo inaceitvel pelo senso de justia do intrprete Decide-se luz de outras normas que preencham o vazio eventual, ou que tomem o lugar da regra estimada inqua No , pois, a prpria equidade que substitui a norma faltante ou imprpria ( apenas um mtodo, e no norma ilimitada) Estatuto claro ao dispor que o recurso eqidade depende da aquiescncia das partes em litgio 31 Atos Jurdicos Unilaterais art. 38 da CIJ no faz meno aos atos unilaterais entre as fontes possveis do DIP para alguns, no so normas, mas meros atos jurdicos todo Estado pode produzir ato unilateral de natureza normativa, cuja abstrao e generalidade sirvam para distingui-lo do ato jurdico simples e avulso ato normativo unilateral pode casualmente voltar-se para o exterior, em seu objeto, habilitando-se qualidade de fonte do DIP na medida em que possa ser invocado por outros Estados Ex: leis ou decretos sobre os limites prprios, extenso de seu mar territorial, regime de seus portos ou franquia de suas guas interiores navegao estrangeira 32 Decises de Organizaes Internacionais tambm no figuram no rol das fontes do Estatuto duvidosa autonomia pois toda organizao resulta de um tratado internacional: mas se continussemos nesse pensamento, nem tratado seria norma, pois resulta do pacta sunt servanda Em geral as decises s devem ser seguidas pelos Estados que foram a favor dela, ou s em temas no-primordiais Distines entre as decises e tratados coletivos, como no caso da Declarao Universal dos Direitos do Homem (AG, 1948). No tratado, nem para os que aceitaram a deciso Eficcia legal desse produto se mede luz do sistema constitucional da organizao Tudo repousa sobre o consentimento