Endocardite. Final!
Endocardite. Final!
Endocardite. Final!
Curso: Enfermagem
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Escola de Cincias da Sade
Curso: Enfermagem
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
PROF. JOS HERDY.
Curso : Enfermagem 7 Perodo.
Disciplina: Prociepe VII.
Professora: Aline Luna.
Acadmicas: Aline Vieira;
Marilia Ribeiro.
ESTUDO DE CASO:
ENDOCARDITE SUBAGUDA
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RELATO DO CASO:
Identificao:
ECJ.
55 anos .
Sexo: Masculino.
DN : 25/12/1957
Est. Civil : Casado.
Filhos: 02 .
Profisso: Engenheiro Agrnomo.
Naturalidade : PI
Nacionalidade: BR
Internado:19/09/2013
Queixa Principal: Febre e mal estar.
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Anamnese:
Religio: Catlico;
Tabagista: Nega;
Etilista: Socialmente;
Alergias: Benzetacil;
Prteses e implantes: Nega;
Histrico de doena familiar: Nega;
Histria mdica pregressa (HMP): Cardiopatia . (Uso de
Marcapasso);
Histria da doena atual (HDA) : Endocardite Subaguda;
Condies da chegada :Consciente;
Cirurgias anteriores: Colecistectomia , Herniorrafia Inguinal ;
Histria pessoal (fisiolgica) e histria social: Reside em .......
com a esposa , possui animais de estimao, nega uso de
como Engenheiro Agrnomo.
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Exame Fsico :
Paciente em ps operatrio tardio diagnosticado com Endocardite
Subaguda , ventilando em ar ambiente, com dieta por via oral. Ao Exame
Fsico: Pele: ntegra, com turgor e elasticidade preservados, normocorada,
livres de edemas; Couro cabeludo ntegro e livre de sujidades, pupilas
isocricas e fotorreagentes, mucosas normocoradas, esclerticas e
anctricas, linfonodos impalpveis;MMSS: livres de edema, com acesso
venoso sem sinais flogsticos ,fluindo antibioticoterapia (Daptomicina
500mg, Pantonazol 40mg); Trax: simtrico, atpico com ferida cirrgica
em regio infraclavicular D,E, cicatrizando por 1 inteno sem sinais
flogsticos, apresentando pouco hematoma, sem curativo (utilizando lcool
A 70%), AC: ritmo cardaco regular em 2T, bulhas hipofonticas; AP: MVUA
sem rudos adventcios; Abdome: flcido, indolor a palpao peristalse
presente (6 rha); Dorso : ntegro; Genitlia ntegra (SIC) com ultima
frequncia intestinal a 1 dia. Sinais Vitais: Afebril (36,2 T), normocrdico
(80 bpm) ,hipotenso (100x70 mmHg), eupnico (20 ipm).
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Medidas de Precauo :
Precauo de contato .
Coleta de Swab: nasal e retal.
- Usar:
Capote no estril;
Luvas de procedimento;
Mscara cirrgica;
Equipamentos de assistncia
individual.
MRSA
KPC
VRE
ACINETO
SPP
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Exames Laboratoriais:
Ht - 34,92
Hb - 12
Leocograma 11560
Plaquetas 180000
PCR- 12,5
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Exames de Imagem:
EcocardiogramaTransesofgico 21 /09 Imagem de
estrutura algodonosa , irregular mvel ,aderida ao
cabo do marcapasso em sua vlvula atrial. (1,9 x 1,3
cm aprox.) Vegetao? Trombo ?. Vlvulas artica e
tricspide com aspecto preservados, dimenses e
espessuras normais. Pericrdio com aspecto normal
com bom deslizamento dos folhetos .Exame
realizado sem dificuldades . Ao 3,2cm, AE 3,7cm,Siv
1,0 cm, VEd4,9 cm , VEs 3,0 cm , PPost1,0cm
FE:68%. Visualizado cabo do marcapasso em
cavidades direitas. Presena de algodanosas, mvel
medindo aproximadamente 1,5cm na ponta do
marcapasso que sugere vegetao.
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Exames de Imagem.
Raio X de Torax.(em PA) :
Imagem do marcapasso definitivo do lado E,
A realizao do procedimento teve a seguinte
sequncia: avaliao prvia por telemetria do
gerador de marcapasso, impedncia dos
eletrodos, controle de limiares e sensibilidade,
programao da estimulao e sensibilidade do
MP em bipolar com modo DDD, puno venosa,
monitorizao cardaca e oximetria de pulso
durante todo o procedimento. O Raio-X de trax
de controle no evidenciou mudanas em relao
ao posicionamento dos eletrodos e do gerador
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- ECG 09/10 .
Ritmo sinusal;
Frequncia Ventricular: 67 bpm;
Durao de QRS :102 ms
Intervalo PR: 178ms
Durao de P: 92ms
Exames
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Risco Clinico:
1 2 3 4
Percepo
sensorial
Totalmente
limitado
Muito
limitado
Levemente
limitado
Nenhuma
limitao
4
Umidade Completament
e molhado
Muito
molhado
Ocasionalmente
molhado
Raramente
molhado
4
Atividade acamado Confinado a
cadeira
Anda
ocasionalmente
Anda
frequentemente
4
Mobilidade Total imvel Bastante
limitado
Levemente
limitado
No apresenta
limitaes
4
Nutrio Muito pobre
(nada)
Inadequada
(quase nada)
Adequada
(metade)
Excelente
(tudo)
4
Fricso/
Cisalhamento
Problema Problema em
potencial
Nenhum
problema
3
Risco Leve: 15-16 Risco Moderado : 12 -14 Alto Risco < ou = a 11 / Total de: 23
Avaliao de Risco de Ulcera por presso(Escala de Braden )
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Risco Clinico Internao:
Risco de queda
/
Risco Psicolgico
/
Risco de Disfagia
/
Risco Nutricional
/
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Prescrio Medicamentosa:
PANTOZOL (Pantoprazol) 40mg IV , 24/24 H
O Pantozol um inibidor da bomba de prtons, isto , promove
inibio especfica e dose-dependente da enzima ATPase
gstrica, que responsvel pela secreo cida
das clulas parietais do estmago.
Cuidados de enfermagem :
deve ser administrado antes ou durante o caf da manh.
Pode ocasionalmente levar ao aparecimento de dores
de cabea ou diarreia, nuseas, queixas abdominais.
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DAPTOMICINA 500mg IV 1x dia (19/09)
A Daptomicina antimicrobiano recentemente,
indicao clnica deste antimicrobiano o conjunto das
infeces causadas por estafilococos resistentes
oxacilina e os enterococos. Mostra-se potente, tambm,
contra bactrias resistentes vancomicina e linezolida.
Cuidados de enfermagem:
Efeitos colaterais que merecem destaque a mialgia,
artralgia e fraqueza muscular distal.
Laboratorialmente, exige monitorizao semanal de
creatinofosfoquinase.
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ACETILSALICLICO 100MG - VO - 1 x ao dia.
cido (analgsico, antiagregante plaquetrio, anti-inflamatrio
no-esteride (AINE), antitrmico, anti-reumatico.
Indicao: Angina pectoris instvel, profilaxia do IAM e aps
cirurgia arterial.
Cuidados de Enfermagem:
A medicao inibe a agregao plaquetria, portanto o seu uso
deve ser suspenso 5-7 dias antes da realizao de cirurgias
eletivas.
Recomende ao paciente a manuteno de uma boa ingesto de
lquidos, que use escovas de dentes com cerdas macias e
barbeadores eltricos, evite a prtica de esportes e que seja
especialmente cuidadoso para evitar quedas, para prevenir
sangramentos, durante a terapia.
Durante terapias prolongadas, monitore: hematcrito;
hemoglobina; TP; funo renal; sinais de petquias ou de
sangramento gengivais ou GI.
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CAPTOPRIL 25 MG VO - 2 x ao dia.
(hipotensor arterial inibidor da ECA, vasodilatador coronariano)
Indicao: Hipertenso.
Cuidados de Enfermagem:
Recomende que o paciente monitore regularmente a PA e que,
diante a observao de qualquer alterao significativa,
comunique imediatamente ao mdico. O paciente tambm deve
evitar locais quentes e a prtica de exerccios durante o vero.
Pode causar cefaleia ou hipotenso postural, principalmente
durante os primeiros dias de terapia. Recomende que o paciente
mude de posio ou levante-se da cama ou de cadeiras
lentamente para minimizar esses efeitos.
Pode causar tontura. Recomende que o paciente evite dirigir e
outras atividades que requerem estado de alerta, at que a
resposta medicao seja conhecida.
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Endocardite.
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Patologia:
Endocardite uma infeco que atinge parte da membrana
que encobre as vlvulas cardacas Pode atingir tambm
vrias partes do corao. Infeces de origem dentria
esto entre as principais causas da endocardite infecciosa.
Porem podem ter origem bacteriana podendo ser causado
por inmeras espcies de bactrias ou fungos, embora
estes sejam mais raros. Antes da existncia dos antibiticos
a doena era quase invariavelmente fatal, sendo que a
doena era dividida entre aguda e subaguda conforme o
grau de virulncia do agente e do tempo de evoluo do
agente, que varia de dias a meses.
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Endocardite Aguda:
localmente destrutiva, com progresso rpida para
sepse e insuficincia valvular. H disseminao
local, com formao de abscessos miocrdicos, e
sistmica, com abscessos pulmonares, cerebrais,
renais e esplnicos.
Endocardite Subaguda:
causada por organismos menos virulentos, tende
a afetar vlvulas previamente lesadas ou anormais,
defeitos cardacos congnitos e se apresenta com
sintomas constitucionais , fenmenos emblicos e
formao de complexos imunes circulantes.
Classificao da Endocardite:
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Diagnstico :
feito por meio de histrico clinico ,avaliao de
fatores de risco e exames :
Laboratoriais
EcocardiogramaTransesofgico;
Raio-X.
Tratamento:
Quando causado por infeco bacteriana,
geralmente tratado com antibiticos de 2 a 6
semanas.
Caso a infeco seja causada por fungos
necessrio a interveno cirrgica, uma vez que
no h boa resposta aos medicamentos
antifngicos .
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No incio do quadro clnico os sintomas podem
variar de leve intensidade e arrastados
sintomas agudos e graves. Frequentemente
encontram-se sintomas inespecficos.
Principal sintoma: Febre ,Sopro, Sinais de ICC.
Embolias perifricas.
Manifestaes extra cardacas: hemorragias,
manchas de Roth, leses de Janeway, ndulos
de Osler, esplenomegalia. Manifestaes
cutneas. Podem representar vasculites
produzidas por depsitos de imunocomplexos
circulantes ou serem decorrentes de fenmenos
emblicos.
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Manifestaes clnicas
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Nosso Estudo de Caso foi baseado nas seguintes teorias:
Dorothea Orem: A Teoria de Enfermagem de Dficit de Autocuidado.
O objetivo do trabalho desenvolvido foi traar um plano assistencial de
enfermagem tanto para estimular o autocuidado do paciente
apresentado, quanto para fazer um plano de cuidados para ele.
Wanda Horta: A Teoria das Necessidades Humanas Bsicas Visando o
bem estar do paciente e um ciclo para sua recuperao, j em todos
os atendimentos que a enfermagem faz, e o do nosso cliente no
poderia ser diferente, que o atendimento das necessidades humanas
bsicas. Pois o cliente j se encontra debilitado, frgil e fora do seu
habitat, a enfermagem tem a obrigao de atender as necessidades
bsicas do ser humano.
Teorias Norteadoras:
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Diagnstico de Enfermagem:
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Metas: Prescrio de Enfermagem :
1- Observar e registrar sinais de infeco;
2- Avaliar a ferida cirrgica incluindo localizao e
tamanho;
3- Orientar o paciente /ou acompanhante o motivo do
aumento de dias de internao hospitalar.
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-Caractersticas Definidoras:
Rudos intestinais hipoativos ;
Volume de fezes diminudo;
- Fatores Relacionados:
Hbitos irregulares de evacuao;
Mudanas recentes de ambiente ;
Motilidade diminuda .
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Metas: Prescrio de enfermagem
Obteno de
eliminao intestinal
eficaz.
1- Oferecer apoio psicolgico;
2- Avaliar distenso abdominal;
3- Observar e anotar queixas lgicas em regio
abdominal;
4- Estimular a ingesto de alimentao balanceada, e
no irritante;
5- Observar e registrar eliminao intestinal ( cor,
odor, consistncia e ou outros);
6- Estimular a deambulao
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- Caractersticas Definidoras:
Observao atenta;
Preocupaes expressas;
Ansioso /apreensivo .
-Fatores Relacionados:
Ameaa do seu estado de sade ;
Estresse;
Mudana de ambiente e no estado de sade.
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Ansiedade
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Metas : Prescrio de Enfermagem:
Controlar o
estado emocional
.
1- Oferecer apoio psicolgico
2- Monitorar o estado emocional do indivduo;
3- Oferecer ambiente calmo e agradvel para proporcionar bem
estar;
4- Esclarecer dvidas do paciente em relao ao tratamento;
5- Estabelecer relao de confiana com o paciente;
6- Estimular o paciente quanto ao relato de sua ansiedade;
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Concluso:
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O desenvolvimento deste estudo permitiu um aprendizado positivo,
pode-se observar a importncia do tratamento de pacientes com
endocardite subaguda. Sendo necessrio cuidados constantes afim de
evitar uma possvel complicao e conduzindo a assistncia para uma
prtica mais cientfica e menos emprica . Esperamos que os resultados
deste estudo tenham contribudo para a melhora da qualidade da
assistncia de enfermagem, fornecendo informaes e estimulando
reflexes e interesse em novas pesquisas sobre o assunto.
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A enfermagem a cincia e a arte
de assistir o ser humano no
atendimento de suas necessidades
bsicas.
Wanda Elizabeth Horta
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BIBLIOGRAFIA LEPORT, C. HORSTKOTTE D., BURCKHARDT D., and the group of experts of the
International Society for Chemotherapy. Antibiotic prophylaxis for infective endocarditis from an international
group of experts towards a European consensus . Endocarditis . Clinical Infecctious Disease , p. 633-638, April,
2000. MARCONDES, Eduardo. volume 2, 8 edio, So Paulo, Editora Sarvier, 1994, 22 parte, pgina 1622
1626. SAIMAN, Lisa. Cardiac and Vascular infecctions. Cap. 38 Endocarditis and Intravascular Infections.
BIBLIOGRAFIA TOWNS, M.L. Diagnostic methods Current best practices and guidelines for isolation of
bacteria and fungi in infective endocarditis. Infectious Disease Clinics of North America, p.197-205, June, 2002.
VERONESI, Ricardo. Tratado de Infectologia , So Paulo, Editora Atheneu, 1996, 1edio, volume 1, captulo
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NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION (NANDA). Diagnsticos de enfermagem da
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA- HAVARD MEDICAL SCHOOL.
< http://hmsportugal.wordpress.com/2011/11/01/o-que-e-a-endocardite-2/ >Acesso em 2 de
dezembro de 2013.
Referncias Bibliogrficas: