Poster Psicologia Do Adulto e Do Idoso

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QUAL A IMPORTNCIA DA ACTIVIDADE FISICA NO IDOSO?

Docente: Carla Serro Discente: Fernando M. N. Mansilhas1 Unidade Curricular: Psicologia do Adulto e do Idoso
1. INTRODUO
O presente documento aborda o projecto de pesquisa levado a cabo no mbito da disciplina Psicologia do Adulto e do Idoso. Nas ltimas dcadas a populao de idosos vem aumentando de maneira expressiva em todo o mundo, sendo indispensvel a sua reintegrao na sociedade. Actualmente comeamos a identificar campanhas de incentivo ao exerccio fsico voltadas para esta crescente parcela da populao, divulgadas principalmente pelos profissionais da rea da sade e pela imprensa, seja falada ou escrita. Esta nova realidade gera nos investigadores uma enorme necessidade de estudar esta fase da vida humana, existindo cada vez mais profissionais a estud-la. consensual que a actividade fsica na inicio da vida dos sujeitos bastante importante para o seu desenvolvimento. Entretanto, podemos dizer que durante o envelhecimento indispensvel, isto porque essencial que o idoso se adapte ao corpo em envelhecimento, o facto de praticar actividades fsicas ser essencial para quantificar o seu grau de autonomia e independncia. Assim, faz todo o sentido colocar a seguinte questo " Qual a importncia da actividade fsica no idoso?". Esta ser a pergunta sobre a qual vou debruar o meu trabalho, tendo como objectivo avaliar o grau de importncia da actividade fsica na terceira idade.

2. ENQUADRAMENTO TERICO
Como j foi mencionado anteriormente este artigo centra-se na avaliao da importncia da actividade fsica na terceira idade. Torna-se deste modo indispensvel definir Velhice e Actividade Fsica. Velhice Vrias foram as definies surgidas durante as leituras realizadas relacionadas com a velhice, a Organizao Mundial de Sade (OMS) define velhice como "prolongamento e trmino de um processo representado por um conjunto de modificaes fisiomrficas e psicolgicas ininterruptas aco do tempo sobre as pessoas". J segundo Fernandes (2000, p. 24), o conceito de velhice muito controverso, existindo variadssimas definies. No entanto, podemos considerar trs conceitos diferentes:
O da idade cronolgica, ou seja, corresponde idade oficial do indivduo, dada pelo bilhete de identidade; O da idade biolgica, correspondente ao estado orgnico e funcional dos diferentes rgos, aparelhos e sistemas; O de estado psicolgico, que pode no depender da idade nem do estado orgnico.

Santini (2003), no estudo Benefcios da actividade fsica na sade do idoso, tem como objectivo identificar as alteraes na sade dos indivduos que praticam actividades fsicas, para chegar aos resultados, Santini aplicou um questionrio que continham indicadores de capacidade funcional, de sade fsica e psicolgica. J Teixeira (2006), no estudo Declnio de desempenho motor no envelhecimento especfico tarefa, tem

3. ANLISE DOS ESTUDOS

como objectivo comprovar que o desempenho motor em diferentes tarefas deveria ser prejudicado similarmente durante o envelhecimento. Para testar esta hiptese o autor avalia oito tarefas (tempo de reaco, tempo de movimento no contacto com um alvo, fora manual mxima, sincronizao, controlo de fora, toques repetidos com haste vertical, desenhos sequenciais e toques entre dedos), em indivduos fisicamente activos com idades compreendidas entre os 19 e os 73 anos. Numa anlise bibliogrfica, Santini (2003), considera que os indivduos mais idosos, que tem por hbito a prtica de actividades desportivas, tem uma desacelerao nas modificaes ocorrentes, quer na estrutura do indivduo, quer na funcionalidade dos aparelhos e sistemas que compe a nossa estrutura. Ou seja, o autor afirma que, a prtica da actividade fsica incide beneficamente nas alteraes decorrentes do processo de envelhecimento, auxiliando a manuteno das funes. Na relao da actividade fsica sobre a sade psicolgica, o autor, e aps anlise de vrios estudos, considera que praticar exerccios fsicos, promove nos indivduos mais Apesar de ser difcil definir com exactido velhice, podemos dizer que no uma doena ou incapacidade, mas sim a comprovao que houve sade suficiente para a atingir. Actividade Fsica Segundo o Programa Nacional de Promoo da Actividade Fsica e Desportiva (p. 3), estima-se que nos pases desenvolvidos mais de dois milhes de mortes so atribuveis ao sedentarismo, e que 60 a 80% da populao mundial no suficientemente activa para obter benefcios na sade. Deste modo, torna-se claro a importncia da prtica desportiva em todas as fases da vida humana. O conceito de actividade fsica tem vindo a alterar-se ao longo da histria. Caspersen cit. por Oliveira (2001, p. 74), diz-nos que actividade fsica entendida como qualquer movimento corporal produzido pelos msculos esquelticos que resulte em dispndio energtico. Esta definio mais biolgica de actividade fsica permite-nos incluir nesta definio de actividade fsica todas as actividades da vida diria, actividades estas, deveras importantes na dia-a-dia das pessoas mais velhas, o que nos leva para um cariz mais sociocultural na definio de actividade fsica. Veloso (2005, p. 22) em relao ao tema, diz-nos que podemos constatar as rotinas dirias das quais a Actividade Fsica faz parte: subir escadas, ir a p para a escola ou emprego, caminhar pela rua, andar de bicicleta, realizar algumas tarefas domsticas, jogar com os amigos, brincar com os filhos, entre outras. O Instituto do Desporto de Portugal, refere que a actividade fsica no idoso promove vrias vertentes da sua vida:
Aumenta a fora muscular, melhora o equilbrio e apura a coordenao motora, ajudando assim a manter a independncia funcional, reduzir o nmero e a gravidade das quedas e a prevenir as fracturas osteoporticas; Aumenta o auto-domnio e a auto-eficcia; D a oportunidade de estabelecer interaces sociais e obter algum suporte social; Ajuda a prevenir as depresses; Aumenta a auto-estima e o bem-estar.

velhos benefcios ao nvel da auto-estima, do afecto, ou seja promove um bem-estar psicolgico nos indivduos. Num estudo com pessoas em estado depressivo, o autor diz-nos que a prtica de actividades fsicas nestes sujeitos os manteve sem depresso durante doze meses, quando pararam voltaram a entrar no estado depressivo. Na anlise do questionrio aplicado a uma amostra de 20 pessoas com idade superior a 50 anos, dos projectos CELARI e ULBRATI, da Faculdade de Educao Fsica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Luterana do Brasil respectivamente, fica claro que a prtica de actividade fsica beneficia vrios aspectos da vida dos sujeitos, destes considero pertinente realar, a mobilidade, a respirao, a melhoria no que refere ao sono, o humor e a vaidade. Ou seja, registaram-se uma melhoria na condio de vida dos sujeitos. Atendendo aos resultados do estudo de Teixeira , concluo que na produo de fora, o autor chega concluso que existe um declnio a partir dos 40 anos de idade, no entanto no que diz respeito s tarefas que dependem mais da preciso do que da fora ou velocidade no foram encontradas diferenas significativas. Na tarefa de sincronizao, o autor observou que existe um declnio entre os 20 e os 40 anos, estabilizando posteriormente. O autor chega concluso existe uma diversidade entre o declnio motor entre as tarefas motoras distintas. Ou seja, este estudo indica que durante o envelhecimento, os sujeitos que praticam actividades fsicas regulares tem uma boa capacidade de preservao da sua destreza fsica, quer ao nvel de fora, quer ao nvel de motricidade fina.

4. CONCLUSO
Ao realizar este ensaio, tive oportunidade de clarificar dvidas que tinha. Assim, pude confirmar que a prtica de actividades fsicas, permite aos indivduos mais idosos ter uma melhor qualidade de vida. Julgo bastante clarificadores os resultados que estes dois estudos tiveram, a actividade fsica promove nos idosos um bem-estar fsico, psicolgico e social. Todavia, julgo que estes dois estudos no aprofundaram a questo das melhorias sociais, algo que julgo bastante importante na vida dos idosos e que a actividade fsica pode melhorar, quer seja, ao nvel de relacionamento inter-pessoal, quer seja ao nvel da integrao na sociedade que os rodeia. Apesar de ter clarificado vrias questes, outras se levantaram e que gostaria de ver clarificadas:
Sendo, como parece, consensual as melhorias nos idosos que praticam actividades fsicas, porque no criar verdadeiros programas nacionais de implementao na terceira idade? Considerando a depresso uma problemtica considervel nesta faixa etria, e tendo comprovado as melhorias que a actividade fsica promove nestes sujeitos, porque no promover a prtica desportiva em doentes depressivos? Tem os idosos conhecimento dos benefcios que a actividade fsica lhes promove?

Finalizando. a sade dos idosos no pode ser tratada como uma varivel exclusivamente biolgica. Elementos sociais, polticos, culturais e econmicos esto envolvidos na discusso sobre este tema e, obrigatoriamente,

5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Fernandes, P, (2000). A depresso no idoso. Coimbra: Quarteto Editora.

devem ser considerados se o objectivo for compreender a questo abordada de maneira mais aprofundada.

Dias, V.K., et. Duarte, P. S. F., (2005). Idoso: nveis de coordenao motora sob prtica de actividade fsica generalizada. Retirado a 24 de Abril 2008, do site: http://www.efdeportes.com/efd89/id.htm Oliveira, M. M., et. Maia, J. A., (2001). Avaliao da actividade fsica em contextos epidemiolgicos. Uma reviso da validade e fiabilidade do acelermetro TritracR3D, do pedmetro Yamax Digi-Walker e do questionrio de Baecke. Cincias do Desporto. Porto: Quadrimestral Editora (pp. 73-88). Retirado a 24 de Abril de 2008, do site: http://www.fcdef.up.pt/RPCD/_arquivo/artigos_soltos/vol.1_nr.3/010.pdf Pinto, A. M.,(2001). Envelhecer vivendo. Coimbra: Quarteto Editora. Programa nacional de promoo da actividade fsica e desportiva, Contributo da Actividade Fsica para a Promoo da Sade, Instituto do Deporto de Portugal. Retirado a 25 de Abril de 2008, do site: http://www.idesporto.pt/DATA/DOCS/PROGRAMAS/Brochura_IDP.pdf Santini, J., et. Blessmann, E.L., (2003). Benefcios da actividade fsica na sade do idoso. Da revista Corpo em movimento. So Paulo: Canoas Editora (pp. 103-115). Teixeira, L. A., (2006). Declnio de desempenho motor no envelhecimento especfico tarefa. Medicina do Desporto, (pp. 351-355). So Paulo: Atha Comunicao e Editora, retirado a 23 de Abril de 2008, do site: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n6/a10v12n6.pdf Veloso, S. M. M. S. (2005). Determinantes da actividade fsica dos adolescentes: estudo de uma populao escolar do concelho de Oeiras. Braga: Universidade do Minho. Retirado a 26 de Abril 2008 do site: http://hdl.handle.net/1822/4800
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