Modulo I - A Cipa e o Cipeiro

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Curso de Formao de Cipeiros

OBJETIVO: Fornecer aos participantes a aquisio de conhecimentos inerentes ao papel de cipeiro, oportunizando o desenvolvimento de habilidades e atitudes compatveis com a funo.

MDULO I A CIPA E O CIPEIRO


Aula 1 A CIPA Aula 2 O CIPEIRO Aula 3 FUNCIONAMENTO DA CIPA - REUNIO - REGIMENTO INTERNO

Aula 1 A CIPA

CIPA: O que ?
a Comisso Interna de Preveno de Acidentes
Formada por representantes dos servidores (eleitos) e representantes da administrao (indicado/s).

ORIGEM DA CIPA
A CIPA surgiu na Inglaterra a partir da Revoluo Industrial, na segunda metade do sculo XVIII, com a chegada das mquinas, do aumento do nmero de acidentes e da adaptao do homem ao trabalho, bem como da criao de um grupo que pensasse sugestes para que acidentes fossem evitados.

COMO SURGIU A CIPA


A Organizao Internacional do Trabalho - OIT aprovou, em 1921, instruo para a criao de comits de segurana s indstrias que tivessem em seus quadros funcionais pelos menos 25 trabalhadores.

CRIAO DA CIPA NO BRASIL


S em 1944 que o governo brasileiro adotou a recomendao da OIT Organizao Internacional do Trabalho, atravs do decreto lei n 7.036, em seu artigo 82, com a criao da CIPA.

CRIAO DA CIPA NA PMSP


Na Prefeitura do Municpio de So Paulo, a regulamentao da CIPA ocorreu em 22 de fevereiro de 1988, atravs do Decreto n 25.383; e tornou-se lei em 05 de setembro de 2001 atravs da Lei n 13.174 e da Portaria 374 de 2002 de SGP.
www.prefeitura.sp.gov.br/manual/dess

OBJETIVOS DA CIPA
A CIPA tem um papel importante no reconhecimento das doenas e acidentes do trabalho.Portanto, seus objetivos envolvem o desenvolvimento das atividades voltadas a:
Preveno de acidentes do trabalho Preveno de doenas relacionadas ao trabalho Melhoria do ambiente de trabalho.

ATRIBUIES DA CIPA
Para atingir esses objetivos a CIPA deve desenvolver as seguintes atividades: Realizar inspees nos ambientes de trabalho , visando detectar os riscos ocupacionais.
Neste sentido, as inspees devem ser feitas com frequncia, propondo sugestes e medidas que diminuam ou neutralizem esses riscos , direcionando os servidores em suas aes frente a eles .

ATRIBUIES DA CIPA
Estudar as situaes de trabalho potencialmente nocivas sade e ao bem-estar dos servidores, estabelecendo medidas preventivas ou corretivas para eliminar e/ou neutralizar os riscos existentes. importante que os servidores sempre estejam sugerindo medidas preventivas ou corretivas, uma vez que quem vive a situao de trabalho sempre tem sugestes de como neutraliz-las. A participao de todos envolve todo o grupo, fortalecendo-o.

ATRIBUIES DA CIPA
Investigar as causas e consequncias dos acidentes e das doenas associadas ao trabalho, sugerindo medidas corretivas e acompanhando a execuo das mesmas. Na investigao dos acidentes e das doenas associadas ao trabalho, importante que no se busquem culpados, mas o que levou quela situao, para que se evitem novos acidentes ou novas incidncias das doenas. Essa investigao, tanto dos acidentes como das doenas relacionadas ao trabalho, devem ser analisadas atravs dos instrumentais de licenas mdicas e das CATs (Comunicao de Acidentes de Trabalho).

ATRIBUIES DA CIPA
A CIPA deve discutir todos os acidentes ocorridos no ms e divulgar o resultado das

investigaes, como explicado no slide anterior.


Promover a divulgao das normas de segurana e medicina do trabalho. Toda e qualquer medida deve ser informada aos servidores para que todos adotem comportamento preventivo.

ATRIBUIES DA CIPA
Despertar o interesse dos servidores pela preveno de acidentes e doenas relacionadas ao trabalho.
A melhor forma de despertar o interesse dos servidores sobre segurana no trabalho, divulgando informaes e conversando sempre sobre o tema com todos.

ATRIBUIES DA CIPA
Participar de campanhas de preveno de acidentes do trabalho ou de temas relacionados sade e segurana no trabalho promovidas pela Prefeitura/DESS e por representaes da categoria.

ATRIBUIES DA CIPA
Promover a realizao de cursos, treinamentos e campanhas que julgar necessrios para melhorar o desempenho dos servidores quanto segurana e medicina do trabalho. Promover anualmente a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho SIPAT.

AULA 2 O CIPEIRO

QUEM O CIPEIRO?
O cipeiro o servidor da unidade regularmente eleito por servidores ou representante escolhido pela administrao, que em um mandato de dois anos, executar as atribuies da CIPA buscando atingir os seus objetivos.

PAPEL DO CIPEIRO
O primeiro passo acreditar que algo pode ser feito para preveno de acidentes em sua unidade. Para tanto, o cipeiro deve ser receptivo no que diz respeito preveno, buscando e propondo solues para os problemas de segurana e sade de todos.

PAPEL DO CIPEIRO
Como facilitador, ele o responsvel por orientar os servidores que apresentarem problemas como acidentes do trabalho ou de doenas relacionadas ao trabalho, acompanhando e levantando as possveis causas. Observao: A responsabilidade do preenchimento da CAT (Comunicao de Acidente de Trabalho) e agendamento da percia mdica do RH da unidade.

ATRIBUIES DO CIPEIRO
Cuidar para que todas as atribuies da CIPA sejam cumpridas durante o respectivo mandato.
Elaborar calendrio das reunies.

CARACTERSTICAS DO CIPEIRO

Algumas caractersticas de comportamento podem ser aprendidas ou aperfeioadas (para isso existe a educao).

CARACTERSTICAS DO CIPEIRO
Algumas caractersticas so importantes para que o cipeiro desenvolva o seu trabalho. So elas:
LIDERANA MOTIVAO COMUNICAO NEGOCIAO

Liderana:
Ser um lder : - Mostrar o caminho ... - Fornecer as ferramentas ... - Inspirar pelo exemplo. Levar o grupo de servidores a tentar algo que no foi tentado para que haja mudanas de fato no comportamento e no ambiente de trabalho.

Motivao:
o impulso interno que leva ao.
Encorajar os servidores a atingir os objetivos da CIPA, despertando neles o esprito prevencionista tarefa dos cipeiros.

Comunicao:
de fundamental importncia o cipeiro ser um bom comunicador, pois atravs da comunicao que se estabelece bons relacionamentos e torna comum as experincias vivenciadas no ambiente de trabalho. A comunico um processo social, contnuo e dinmico.

COMUNICAO

EMISSOR

RECEPTOR

COMUNICAO
A comunicao eficaz quando tanto o emissor, (aquele que fala), quanto o receptor, (aquele que ouve), interpretam a mensagem da mesma forma.

Como se comunicar bem?


Algumas atitudes devem ser evitadas porque dificultam o processo de comunicao e consequentemente o trabalho do cipeiro. So elas: - Resistncia a ouvir
- Transmisso ineficaz da mensagem - Sentimento de superioridade - Falta de confiana e de flexibilidade

Como melhorar a comunicao


Estando aberto s novas idias e sugestes. Acolhendo os servidores atravs da empatia ( colocando-se no lugar do outro para tentar perceber o que ele est sentindo). Vendo mais o lado positivo que o negativo. Dialogando sempre. Sendo honesto e coerente. Cooperando.

NEGOCIAO
O que ? o processo de alcanar objetivos, atravs de um acordo, em situaes que existam interesses comuns e divergncias de ideias e posies. A negociao pode ocorrer de diferentes formas:

Quais so as formas de negociar?


BARGANHA DE PROPOSTAS

SOLUO DE PROBLEMAS

FORMAS DE NEGOCIAR
BARGANHA DE PROPOSTAS
Nessa forma, o negociador defende seus interesses, sem se importar com o que est sendo negociado, ou com o interesse da outra parte envolvida. Ele busca ganhar no se importando que haja perda do outro.

FORMAS DE NEGOCIAR
SOLUO DE PROBLEMAS Na soluo de problemas, o processo decisrio. H um entendimento da situao, e das necessidades das partes envolvidas. Essa forma de negociao, busca solues que satisfaam ambas partes e propiciem ganho mtuo.

NEGOCIAO NA CIPA
Como ocorre a negociao na CIPA? A negociao na CIPA deve ser feita atravs de um acordo entre a comisso e o gestor visando buscar melhorias que o ambiente necessita, dentro das possibilidades que a administrao oferece, aliadas criatividade dos envolvidos.

NEGOCIAO NA CIPA
Deve ser um processo desenvolvido de forma transparente, com valores e princpios que visem o bem comum. (buscam-se solues que sejam satisfatria para ambas as partes, onde o ganho seja mtuo).

NEGOCIAO NA CIPA
Para tanto, o negociador deve se relacionar bem com chefia e funcionrios, ser simptico e bem humorado e se comunicar de maneira eficaz; mostrando sempre o quanto se ganha com a preveno e a melhoria do ambiente de trabalho.

ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAO

Planejamento Quebra de gelo


Explorao

Confronto Avaliao

ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAO Planejamento


Fase em que se buscam as informaes necessrias objetivando prever os eventuais problemas que podero surgir em todo o processo.
nessa etapa que se estuda o objeto da negociao e verifica at onde se pode ceder, no deixando o objetivo da negociao ser alterado( necessrio o preparo de alternativas no caso da proposta inicial no ser aceita).

ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAO


Quebra de gelo
Para superar o nervosismo inicial da negociao importante que se tenha tranquilidade, trazendo conversa algum tema leve que ajude a descontrair.

ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAO


Explorao
o momento da negociao em que se busca conhecer as expectativas e necessidades do outro e deixa claro os pontos em comum (sempre visando beneficiar todos os funcionrios da unidade).

ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAO


Confronto
Momento central da negociao. quando ocorre a apresentao da proposta e a apresentao das vantagens que a unidade ter com aquela ao. A administrao ento, oferece ou no uma contra proposta. Essa nova proposta ajustada at o acordo final. Quanto mais tranquilidade e segurana o cipeiro apresentar, melhor ser o resultado. Porm, o resultado pode ser satisfatrio ou no, dependendo do interesse das partes e de diversas outras variveis. Por isso importante ter outras possibilidades de ao, caso a primeira no atinja o objetivo.

ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAO


Avaliao
Aps a negociao, toda a comisso dever reunir-se para verificar se o resultado alcanado estava dentro do previsto, quais foram as dificuldades, quais foram as facilidades e o que deve ser mudado.

Alguns resultados levam a solues no satisfatrias, porm o resultado alcanado dever ser apoiado por todos em qualquer situao.
A falta de apoio enfraquece o grupo.

AULA 3 - FUNCIONAMENTO DA CIPA


REUNIO REGIMENTO INTERNO

REUNIO
Um importante instrumento para o bom funcionamento da CIPA a elaborao e a participao dos cipeiros nas reunies. Esse o momento em que se discutem todos os assuntos pertinentes CIPA.

REUNIO
As reunies na CIPA ocorrem de duas formas: Reunies Ordinrias Reunies Extraordinrias

REUNIO ORDINRIA
uma atividade prevista em lei e que se destina ao planejamento e desenvolvimento dos assuntos pertinentes CIPA, tais como: Elaborao, acompanhamento e avaliao do Plano de Trabalho. Planejamento de aes. Levantamento e anlise de acidentes e doenas do trabalho. Estudo de algum tema relativo preveno de acidentes, apresentado por um dos membros do grupo. Programao de eventos de segurana do trabalho.

REUNIO ORDINRIA
As reunies ordinrias mensais, (Art. 8 da Lei 13.174/01) ocorrem de acordo com o calendrio preestabelecido. Sero realizadas durante o expediente normal de trabalho. Obedecer o horrio de incio e trmino da reunio, no devendo ter durao superior a 120 minutos. Ter uma pauta que seja do conhecimento prvio de todos os participantes.

REUNIO ORDINRIA
Cada um dos cipeiros titulares,eleitos ou indicados, tem o mesmo direito de sugerir melhorias, e a deciso deve ser consensual. No havendo acordo, as sugestes devero ser votadas pelo grupo,valendo a proposta que tiver a maioria dos votos. Neste momento, o grupo dever estar atento s justificativas e argumentos apresentados por cada membro, bem como pelos convidados e possveis participantes espontneos.

REUNIO EXTRAORDINRIA
As reunies extraordinrias sero realizadas quando: Houver denncia de situao de risco grave e iminente* que determine aplicao de medidas corretivas de emergncia. Quando ocorrer acidente grave ou fatal. Quando houver solicitao expressa de uma das representaes.
* iminente: Aquilo que est prestes a acontecer .

ESTRUTURA DA REUNIO
Para que a reunio ocorra de maneira organizada, necessrio: Leitura da Ata da ltima reunio.
Aqui se relembram as decises e encaminhamentos da ltima reunio.

Anlise dos acidentes ocorridos e investigao das causas


A anlise do acidente de trabalho ocorrer durante a reunio mensal ou utilizando-se as horas semanais previstas para as atividades da CIPA, (Art. 9 da Lei 13.174/01).

Estudos dos temas relacionados Segurana do Trabalho


J pode ser o planejamento para a SIPAT.

Propostas dos cipeiros ou convidados


Registro e discusso do que for apresentado.

ESTRUTURA DA REUNIO
Registrar na ata de reunio, substituies e/ou desligamentos de cipeiros. (vide modelo no prximo slide). Assinar as atas de reunies da CIPA pelos cipeiros presentes. Finalizar a reunio somente quando a ata for lida por todos os participantes. Obs: Qualquer funcionrio da unidade pode participar das reunies da CIPA, como convidado.

MODELO CARTA DE DESLIGAMENTO DA CIPA. (O CIPEIRO DEVE ESCREVER PELO SEU PRPRIO PUNHO )

....................................., ............. de ....................... de 2012.

DE: PARA: ...................................... ( Presidente da CIPA ) ASSUNTO: Pedido de desligamento da CIPA ( Comisso Interna de Preveno de Acidentes ) Pela presente, venho comunicar-lhe o meu desligamento como membro eleito da CIPA ( Comisso ................................................ ) da gesto 2011/2013, por motivos particulares, no tendo nada a me opor contra a empresa nem a comisso. Atenciosamente,
_________________________________ Nome do Cipeiro

ESTRUTURA DA REUNIO
Concluindo: A reunio deve ser objetiva, evitando atrasos e desvios de pauta com convocao prvia. Deve visar a participao de todos . Deve ser encerrada com a sntese do que foi discutido, definindo os encaminhamentos. Deve documentar e registrar as principais concluses de forma sucinta.

DECISES DA REUNIO MENSAL


Encaminhar reivindicaes ao gestor da unidade para as devidas providncias. Cobrar o cumprimento das reivindicaes.
Se a solicitao j existe, acompanhar os prazos, reencaminhando sempre que os prazos expirarem.

REGIMENTO INTERNO
Para facilitar a organizao dos trabalhos da CIPA sugerimos a criao de um regimento interno com o objetivo de definir todas as regras a serem seguidas pelos membros da CIPA. No existem modelos de regimento. importante que se estabelea regras de funcionamento de acordo com a legislao e as caractersticas especficas da unidade.

REGIMENTO INTERNO
Cabe esclarecer que todo regimento interno dever ser
registrado em ATA, com cpia entregue a cada um dos cipeiros mediante um comprovante de seu recebimento e de sua leitura. Dessa forma, nenhum cipeiro poder alegar desconhecimento acerca dessas regras. Apesar de no existir previso legal que estabelea a elaborao de regimento interno da CIPA, ser importante respeitar as caractersticas e legislao especfica da unidade bem como o estatuto do servidor para a criao de um regimento vlido.

REGIMENTO INTERNO
Algumas regras que podem ser definidas na elaborao do Regimento Interno da CIPA: Como sero convocados os membros para as reunies (ordinrias e extraordinrias). Como encaminhar as demandas que surgirem nas reunies. Qual o maneira para manter o servidor informado dos trabalhos da CIPA.

REGIMENTO INTERNO
Como definir a falta justificada e injustificada nas reunies. Como fazer as substituies dos membros por falta ou desistncia. Como e quando montar a Comisso Eleitoral para o prximo mandato.

AULA 4 - CONSENSO

CONSENSO
As decises da CIPA em reunio devem obedecer uma uniformidade. O consenso uma maneira de alcanarmos essa uniformidade. Mas o que CONSENSO?

CONSENSO
Significa que a CIPA dever trabalhar e tomar decises em grupo, argumentar e justificar as sugestes, fazendo com que todos entendam as ideias expostas. Desta forma estar desenvolvendo a capacidade de participao de todos os integrantes do grupo. As ideias apresentadas devero ser analisadas e no apenas concordadas s para evitar conflitos no grupo.

CONSENSO
O grupo deve ter como objetivo trabalhar em consenso, pois atravs do dilogo que se constri o conhecimento, a troca de informaes, que preconceitos so derrubados e acima de tudo se atinge o amadurecimento.

Bibliografia
ABS Agncia Brasil de Segurana Apostila Capacitao para Gestores de SST Manual DESS Apostila de CIPA Curso de Formao para Cipeiros DESS Livro do Professor da CIPA Dalva Aparecida Lima Fundacentro 1993

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