DOENÇAS CARDIOVASCULARES - Prescrição de Exercícios

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DOENÇAS

CARDIOVASCULARES

Adriana Barni Truccolo M.s


Conceito

 As Doenças Cardiovasculares são as


doenças que alteram o funcionamento do
sistema circulatório;

 Este sistema é formado pelo coração e


vasos sangüíneos (veias, artérias e
capilares).
Epidemiologia no Mundo

 As doenças
cardiovasculares
causam 12 milhões de
mortes em todo o
mundo a cada ano.

 Fonte: World Health


Organization (WHO).
Preventing chronic disease: a
vital investment: WHO global
report.
Geneva: World Health
Organization, 2005.
Epidemiologia no Mundo
Início do século XX Início do Século XXI
↓ ↓
Doenças Doenças
cardiovasculares Cardiovasculares
↓ ↓
responsáveis por Responsáveis por 50%
menos de 10% das Mortes PD
mortes em todo o Responsáveis por 25%
mundo Mortes PED
Do total das mortes por doenças isquêmicas do
coração, 53% ocorrem em homens e 47% ocorrem em mulheres.
Epidemiologia no Brasil

 O Brasil, desde a década de 40, vem passando por um


processo de inversão das curvas de morbidade e
mortalidade;

 Se observa um declínio na mortalidade por doenças


infecciosas e um aumento na mortalidade por doenças
crônicas não transmissíveis;
Epidemiologia no Brasil

 A mortalidade por doença cardiovascular no Brasil é


de 34,5% sendo a principal causa de óbito;

 dos quais 1/3 é por cardiopatia isquêmica;

 Segundo o Ministério da Saúde; as doenças que mais


matam no Brasil são:
 infarto do miocárdio
 acidente vascular cerebral
 insuficiência cardíaca.
Epidemiologia Envelhecimento e
Mulheres

 A incidência de doenças cardiovasculares (DCV)


aumenta dramaticamente com o envelhecimento
populacional, especialmente nas mulheres;

 De acordo com dados do Ministério da Saúde, o


infarto e o AVC (Acidente Vascular Cerebral) são as
principais causas de morte em mulheres com mais de
50 anos no Brasil.
Epidemiologia Mulheres

o O risco de câncer de mama é a principal


preocupação das mulheres;

o Contudo, a maior incidência de morte nas


mulheres se refere às doenças
cardiovasculares;

o um índice de 53% quando comparado aos 4%
do câncer de mama.
Epidemiologia Óbitos

Percentual de óbitos por DAC de acordo com a idade


Fato
 Segundo a OMS, a projeção de mortes por doenças crônicas para
2015 é de 64 milhões;

 Assim, a OMS estabeleceu um objetivo:



Diminuição das taxas de morte por doença crônica em 2% ao ano
pelos próximos 10 anos

Significa evitar 36 milhões de mortes até 2015, sendo mais da
metade de homens e mulheres com menos de 70 anos.
Fatores de Risco para Doença Arterio
Coronariana

31% dos brasileiros desconhecem quais são os fatores de risco para DAC

Positivos
 História familiar
pai, irmão ou filho < 55 anos
mãe, irmã ou filha < 65 que teve infarto, revascularização miocárdica ou
morte súbita.

 Tabagismo ou deixou de fumar nos últimos seis meses.


Fatores de Risco para Doença Arterio Coronariana

 Sedentarismo

 Hipertensão: PAS ≥ 140 mmHg Em duas ocasiões


PAD ≥ 90 mmHg distintas

 Obesidade: Medida Circunferência Cintura > 102cm H


Medida Circunferência Cintura > 88cm M
Fatores de Risco para Doença Arterio
Coronariana

 Hipercolesterolemia

colesterol total > 200mg/dl


ou LDL > 100mg/dl
ou HDL < 40mg/dl Homem 45 CT 200 Mulher 33 CT 200
homens e < 50mg/dl mulheres

 Intolerância à glicose
125 mg/dl >Glicemia de jejum >100mg/dl
em duas ocasiões distintas
Ações do LDL e HDL
Artéria (corte longitudinal)

nutrientes

LDL (colesterol ruim)


As atividades aeróbicas
auxiliam na
HDL (colesterol BOM)
remoção do colesterol
LDL
Fator de Risco Negativo

 HDL > 60mg/dl Elimina 1 FR Positivo


SINAIS E SINTOMAS SUGESTIVOS DE
DOENÇA CARDIOVASCULAR

 Dor, desconforto no tórax, pescoço, mandíbula,


braços ou dorso

 Falta de ar ou fadiga em repouso

 Dispnéia paroxística noturna

 Tontura ou síncope – perda temporária da consciência


por redução do fluxo sanguíneo cerebral, com perda
do tônus postural e rápida recuperação espontãnea.
SINAIS E SINTOMAS SUGESTIVOS DE
DOENÇA CARDIOVASCULAR

 Edema no Tornozelo

 Taquicardia

 Claudicação intermitente

 Sopro cardíaco
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO INICIAL

Risco Baixo

indivíduos assintomáticos
homem < 45 anos,
mulheres < 55 anos

com até um fator de risco


ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO INICIAL

Risco Moderado

indivíduos assintomáticos
homem ≥ 45 anos,
mulheres ≥ 55 anos
OU
com dois ou mais fatores de risco
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO INICIAL

Alto

 indivíduos com um ou mais sinais ou sintomas


sugestivos ou com doença cardiovascular,
pulmonar, metabólica.
Principais Problemas Cardíacos

A maior parte dos problemas cardíacos


resulta de uma circulação deficiente.

Isquemia

Condição em
que o suprimento de O2
Para as células está
deficiente.
Principais Problemas Cardíacos

Isquemia

Causas:
Estenose nas artérias,

Trabalho excessivo após


refeição pesada,

Estresse
Isquemia

Sinais/Sintomas

 Dor no Peito – “Angina Pectoris”


 Tontura
 Transpiração
 Fraqueza
Infarto do Miocárdio ou Ataque Cardíaco

 Morte de uma área de tecido pela


interrupção do suprimento de sangue.
FREQUÊNCIA CARDÍACA

É o número de vezes que o coração bate por minuto; pode ser verificada
nas artérias radial, temporal, inguinal, précordial e carótida (baro e
quimioreceptores/ bradicardia de até 14%).

Os padrões de normalidade são:


60 a 80 BPM p/ homens;
70 a 90 BPM p/ mulheres;
90 a 120 BPM p/ crianças.

Tempo de contagem: em 6 seg. x 10; 10seg x 06; 15seg x 04 ou 30seg x 2.


A FC medida nos 15 segundos após o exercício deve ser acrescida de 2% a
3%, de modo a refletir mais acuradamente o valor da FC do exercício.
(ARAUJO, 1986, p.19).
FREQUÊNCIA CARDÍACA

O aumento da F.C. está diretamente relacionado com o


aumento do consumo de oxigênio

Portanto se em um exercício monitorado ou em um
teste de esforço houver aumento das cargas sem
uma resposta paralela da F.C.

Pode ser considerado como indicativo de isquemia
tornando-se necessária a interrupção do esforço.
(MARINS, 1998, p. 161)
PRESSÃO ARTERIAL

 É a força que movimenta o sangue através do


sistema circulatório.

 Para um adulto jovem, em condições normais,


a P.A. normal varia entre 110-120mmHg
(Sístole) e entre 70-80mmHg (Diástole),
sendo o valor médio para ambas: 120/80mmHg.
PRESSÃO ARTERIAL

 Em esforço é aceitável o aumento da PAS


paralelamente ao incremento da carga até o final
deste, quando então deverá retornar rapidamente ao
nível próximo ao de repouso.

 Já a PAD varia muito pouco, não sendo comum


alterações significativas dos valores obtidos durante
o repouso (MARINS, 1998, p.163).
PRESSÃO ARTERIAL
DUPLO PRODUTO (ou Produto Frequência -
Pressão - PFP)

 DP = FC x PAS

 A determinação de seu valor tem importância a


medida que possui elevada correlação (r=0.88,
segundo ARAUJO, 1986, p.169) com a consumo de
O2 miocárdico (MVO2), medidos diretamente em
indivíduos sadios, através de uma ampla gama de
intensidade dos exercícios. McArdle, Katch &
Katch (1998, p.267).
DUPLO PRODUTO (ou Produto Frequência -
Pressão - PFP)

 Valores limites, indicam o limiar de Angina, provocado pela Isquemia


induzida pelo esforço.

 Para indivíduos que sofreram revascularização do miocárdio, tem-se


como parâmetro um valor igual ou superior a 25.000 (ARAUJO W., 1986,
p.169).

 O Duplo Produto tem sido extensamente utilizado nos estudos do


exercícios de pacientes com doenças cardíacas, pois um maior trabalho
do miocárdio pode impor riscos desnecessários às pessoas com um
suprimento comprometido de oxigênio ao miocárdio, como ocorre nas
coronariopatias.
Prescrição do Exercício Físico

A base da prescrição consiste em impor um desafio


suficiente capaz de provocar alterações
na fisiologia cardíaca, evitando
Efeitos colaterais do exercício → Isquemia

O Exercício deve ser organizado de forma a evitar


intensidades associadas com Isquemia
Prescrição do Exercício Físico

Freqüência
Intensidade
Tempo
Modalidade
Fases da reabilitação

Fase Local Duração Frequênci Intensida


a de

Período Hospital 5a 2a3 20bat


Pós 10min vezes ao acima da
Infarto dia FC
Uma a 2 Casa Maior 3a5 repouso
De
semanas duração e vezes ao acordo
após menor dia com a
infarto intensida duração
Após 6 Centro de 40de a 60 Mínimo 3 60 – 70%
semanas reabilitaç min vezes por FCmáx
ão semana
Prescrição do Exercício Físico

 Freqüência

Período pós-IM, com paciente


2 a 3 vezes ao dia
ainda no hospital

Objetivo Reduzir a probabilidade de eventos embólicos

Reduzir o descondicionamento

Importante para o estado de ânimo do paciente


Prescrição do Exercício Físico

 Freqüência

Reabilitação Formal – 1 a 2 3 a 5 vezes por semana


semanas após IM

Capacitar o paciente a realizar


Objetivo
atividades normais
Prescrição do Exercício Físico

 Intensidade

Período pós-IM, com Muito baixa < 50% VO2


paciente ainda no hospital
20 bat acima do repouso
e pós hospitalar imediata na posição ereta

2-3 ou 10 -12 Escala Borg

Objetivo Evitar angina, dispnéia, fadiga, novo IM


Prevenção de deteriorização
Prescrição do Exercício Físico

 Intensidade

Realizar teste de esforço


Após seis semanas – formou 60-70%FCmáx
Cicatriz miocárdica 3-4 ou 12-14 escala Borg
70%VO2máx

Prevenção de eventos cardiovasculares


Adicionais, recuperação da capacidade
Objetivo funcional
Prescrição do Exercício Físico

 Intensidade

Deve prosseguir
com cautela durante semanas
Prescrição do Exercício Físico

 Duração

Período pós-IM, com paciente ainda no hospital


e pós hospitalar imediata: 5 a 10 min

Reabilitação formal: prolonga-se a duração e


Mantem-se a intensidade

Após 6 semanas: 40 a 60 min


Prescrição do Exercício Físico

 Modalidade
Exercícios aeróbicos

Caminhada em esteira,
Cicloergômetro,
Deambulação livre

Após 6 semanas → Exercícios de Resistência


dinâmica
EXERCÍCIOS AERÓBICOS

forma e
intensidade fazem com que
corretas o músculo
cardíaco se
torne mais
FORTE
Melhoria de
Atividade Diária Manutenção Treinamento Aumento da
Condicionamento
Moderada do Peso Aeróbico Performance (Atletas)
Físico

leve leve- Moder.- intensa intensa-máxima


Intensidade
moder. intensa

% FCM* 50-60 60-70 70-80 80-90 90-100

Duração 30 min - 1 h (acima de 2 h)


determinado pelo programa de
3-5 vezes / semana (diariamente) treinamento, etc.
Freqüência
moderada
Durante o suave transpiração
transpiração e intensa transpiração e intensa
Exercício e suave dificuldade
dificuldade dificuldade respiratória
respiratória
respiratória
melhoria do “bem
melhoria do
Metas dos estar” e
condicionamento aumento da resistência
Exercícios condicionamento
físico aeróbica e performance geral
cardiovascular

Grupo iniciantes, pessoas que se pessoas que já se exercitam


Recomendado sedentários, obesos, exercitam intensamente e que não têm
reabilitação regularmente problemas de saúde

*FCM - Frequência Cardíaca Máxima

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