Matriz Es
Matriz Es
Matriz Es
Contedo Geral
O sujeito da modernidade e o nascimento das cincias Os desdobramentos sociais da modernidade: a individualizao
Introduo
Viso Crtico-Estrutural
Preocupa-se com as matrizes das diversas teorias e prticas psicolgicas independente do seu encadeamento temporal
Exemplos: Figueiredo, Foucault e Japiassu
Concepes psicolgicas imbudas nos sistemas filosficos e teolgicos Laboratrio de psicofisiologia sensorial de Wilhelm Wundt (Leipzig, Alemanha, 1879) No se trata apenas da passagem do conhecimento filosfico ou do senso comum para o cientfico mas, tambm, da constituio sciohistrica do espao das psicologias e a necessidade de um discurso cientfico sobre elas
Economia, Antropologia, Biologia, Sociologia Filosofia positivista como fundamento de todo conhecimento cientfico Teoria dos trs estgios do conhecimento:
Teolgico ou fictcio Abstrato ou metafsico Cientfico ou positivo
Paradoxo da Psicologia
Um campo de saber entre o humano e o cientfico; entre o biolgico e o social
Uma disciplina cientfica permanentemente em crise Um espao de disperso sem perspectiva de unificao
A Modernidade
Perodo histrico compreendido entre 1454 (fim da idade mdia) e 1789 (comeo da idade contempornea) Passagem das sociedades tradicionais para a mercantil e burguesa Marcada pelos movimentos do Renascimento e Iluminismo Perodo em que se origina e consolida a noo de subjetividade privada
Caractersticas da Modernidade
Falncia do sistema medieval
Abertura da Europa ao resto do mundo Perda dos lugares sociais tradicionais Destruio das iluses mticas e teolgicas O antropocentrismo e o humanismo Crena em uma razo e vontade fundantes do homem O nascimento da cincia e o problema do conhecimento verdadeiro A revoluo francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade Angstia da liberdade
Sujeito Moderno
O Racionalismo como marco da Modernidade A incerteza do conhecimento e a dvida metdica como garantia de verdade O sujeito transcendental e a verdade como representao correta do mundo O dualismo entre mente e corpo na compreenso do homem
sem corpo
Mantido
Liberalismo e Imperialismo
Perodo histrico compreendido entre 1789 (comeo da idade contempornea) e 1908 (primeira guerra mundial) Consolidao do Estado liberal burgus na Europa
Perda da tradio como parmetro de verdade: o desencantamento do mundo como essncia da modernidade Valorizao do Homem como centro do mundo: o sujeito auto-fundado em sua vontade e razo livres para dominar a Natureza Nascimento de uma subjetividade privatizada a partir da distino entre pblico e privado: a valorizao do eu Valorizao da razo como legitimadora do conhecimento: o sujeito como fundamento da verdade
A runa do feudalismo e das relaes tradicionais de filiao social e organizao do trabalho: a perda do sentido comunitrio A emergncia do mercantilismo e da lgica de mercado: a sobreposio das relaes econmicas sobre o social, universalizando a idia de que o interesse particular se sobrepe ao interesse geral A atomizao do social: a idia de indivduo livre e dono de sua fora de trabalho para vend-la a proprietrios privados, implicando a responsabilidade sobre seu prprio destino
Nascimento do individualismo moderno como base de compreenso das dinmicas sociais e econmicas
Confluncia de Crises
A modernidade e sua crise no sculo XIX
A runa dos ideais de subjetivao e individualidade A destruio das utopias e a manuteno das desigualdades sociais O crescimento dos regimes disciplinares
A constituio da subjetividade privatizada A consolidao dos mtodos e tcnicas da cincia A crise da subjetividade privatizada Agora como forma de tomar o psquico como objeto de conhecimento e no seu fundamento transcendental
Sujeito
Indivduo
Sujeito
Indivduo
XV
XVI
XVI I
XVI II
XIX
XX
Sujeitos livres e iguais, dotados de razo e iniciativa Com interesses prprios, mas solidrios em seus direitos Sociedade atomizada e democratizada Sujeitos expressivos e singulares, dotados de criatividade A expresso da singularidade, por meio dos sentimentos permite a comunho com a natureza comum Sociedade organizada em tornos de gnios Sistemas de reduo da liberdade e docilizao dos indivduos Elaborao de tcnicas de controle social e individual que redundam na tecnocracia e no cientificismo utilitarista
Romantismo
Regime Disciplinar
O Espao Psicolgico
Romntica
Liberal
Disciplinar
Uma tentativa de dar conta da crise da subjetividade no final do sculo XIX, criando um espao de discursos e prticas sobre o psicolgico que se orienta segundo os vrtices do tringulo formado pelas polaridades das ticas romntica, liberal e disciplinar
Cientficas
Teorias
Compreensivas
As Psicologias Cientficas
Objetivam explicar os fenmenos psquicos e comportamentais a partir de mtodos experimentais
Histrico:
As Psicologias Compreensivas
Visam compreender os fenmenos psquicos naquilo que expressam do sentido da vida humana
Estudos sobre a singularidade, a criatividade e a originalidade da experincia humana Preocupao com o sentido do sofrimento e da felicidade
Encontram familiaridade com os campos das cincias humanas e de algumas filosofias Psicologia como cincia do esprito: primeira vertente Fenomenologia e Existencialismo: embasamento filosfico Psicologias humanistas: um amplo leque
Histrico:
A Psicanlise e a Psiquiatria
Saberes de origem mdica, no psicolgica, que, contudo, esto intimamente ligados a este campo
Psiquiatria
Uma especialidade mdica que data do sculo XIX, junto com a criao dos manicmios Ganhou fora nos anos 50 com o avano da psicofarmacologia, que, atualmente, seu grande referencial terico e tcnico
Psicanlise
Embora tenha nascido no seio da medicina, representa uma ruptura tanto com o saber mdico, que considera o corpo do ponto de vista biolgico, quanto o psicolgico, que considera a mente apenas do ponto de vista da razo consciente
Se constituiu como a primeira psicoterapia, de forma tal que a grande maioria das escolas de psicologia clnica dela derivam, de alguma maneira
Algumas Polaridades
Explicao e Compreenso
Fora e Sentido
Inato e Aprendido Biolgico e Comportamental Individual e Social Razo e Emoo Cincia e Arte
Medicina, etc.
Cincias Sociais
Antropologia,
Filosofia
Esttica,
Biolgico ou Humano
Cientfico ou Especulativo-Filosfico
Explicao e Compreenso
Preocupao com a estrutura e o fundamento das teorias, mais do que com a histria linear de seu desenvolvimento e suas particularidades prticas e metodolgicas
Matrizes PsRomnticas
Matrizes Cientificist as
Matrizes Romntica s
Matrizes Cientificistas
Nomottica e Quantificadora
Matrizes Romnticas
Atomicista e Mecanicista
Funcionalista e Organicista
Vitalista e Naturista
Historicismo Idiogrfico
Nativista
Ambientalista
Matrizes Ps-Romnticas
Fenomenolgica e Existencialista
Estruturalismos
Matrizes Cientificistas
- Nomottica e Quantificadora - Atomicista e Mecanicista - Funcionalista e Organicista
Considerada uma super matriz, presente em todas as tentativas de se fazer da psicologia uma cincia natural
Busca a ordem natural dos fenmenos psicolgicos na forma de classificaes e leis gerais com carter preditivo Esquema geral da lgica experimental:
Hipotetizao
Clculo Mensurao
Dessa forma, a temporalidade encontra-se reduzida a um processo mecnico de desdobramento das potencialidades de um estado inicial, segundo um encadeamento de causas e efeitos
Esquema geral da causalidade mecanicista:
S R T1T2T3
Ambientalista desenvolvimento da funo por suas conseqncias adaptativas imediatas Nativista natureza biologicamente herdada das funes adaptativas
H um resgate do sentido, pensado em termos de processos de adaptao Esquema geral da causalidade funcional:
SDRS T1T2 T3
Fundamenta-se na diviso entre a ordem natural e a ordem vital, como dois campos distintos
Dentro da diviso entre razo e vida, toma o partido do qualitativo, indeterminado, criativo e espiritual, em lugar do interesse tecnolgico e cientfico Predomina o interesse esttico, contemplativo e apaixonado, em que se anulam as diferenas entre sujeito e objeto de conhecimento e a diferena entre ser e conhecer Esquema geral da ordem vital e natural: amor, integrao e harmonia
Matrizes Compreensivas
As linhas compreensivas partem todas de uma problemtica instaurada pelo Romantismo (cujo vitalismo-naturismo expresso direta): a expresso. Buscam pensar a experincia humana inserida no universo cultural, estruturada e definida por ele, manifesta simbolicamente Diante dos fenmenos vitais de natureza expressiva coloca-se a exigncia de compreenso, que pressupe uma inteno comunicativa e um ato interpretativo Sadas distintas para esse problema foram encontradas pelos trs movimentos:
Historicismo idiogrfico
Estruturalismo
Fenomenologia e existencialismo
Historicismo Idiogrfico
Busca a captao da experincia tal como se constitui na vivncia imediata do sujeito, com sua estrutura particular de significados e valores, irredutvel a esquemas formais e generalizantes A compreenso psicolgica deve individualizar o sujeito, buscando o sentido de sua histria O mtodo pressupe categorias como a reconstruo do sentido e a simpatia, caindo, em ltima instncia no problema do ciclo hermenutico As limitaes metodolgicas e a impossibilidade de uma fundamentao rigorosa das cincias do esprito no historicismo idiogrfico levaram s reaes ps-romnticas
Estruturalismos
Trata-se de uma reao anti-romntica de tendncia cientificista Preocupao em elaborar mtodos e tcnicas de interpretao que conquistem o mesmo grau de segurana e objetividade que o obtido pelas cincias naturais
Para tanto, a interpretao tenta se modelar pelos procedimentos de hipotetizao, clculo e mensurao, tentando desenvolver uma mediao metodolgica que neutralize a subjetividade do pesquisador e a conscincia imediata do sujeito
Busca reconstruir as estruturas geradoras das mensagens, as regras que inconscientemente controlam a organizao das formas simblicas e a emisso dos discursos
As estruturas geradoras possuem uma existncia trans-histrica e transindividual, sendo capazes de a partir de um conjunto finito de elementos engendrar uma variedade infinita de formas
Fenomenologia e Existencialismos
Fenomenologia: faz um resgate da tradio filosfica racionalista e iluminista
Prope uma alternativa para a fundamentao do conhecimento, sem cair na legitimao naturalista-empirista ou subjetivista-historicista, por meio de um resgate do sujeito transcendental como estrutura apriorstica da existncia O fenmeno intencionalidade: a conscincia e sempre conscincia de algo Sendo os eventos subjetivos atos constitutivos do mundo, a fenomenologia proporciona as normas para compreender e interpretar as modulaes da conscincia individual
Existencialismos: tem origens comuns fenomenologia, mas com repercusses ainda mais profundas no campo psicolgico
As vrias correntes existencialistas tm em comum o intuito de descrever e elaborar as categorias analticas da existncia concreta Nessa perspectiva, o homem um ser que no tem essncia alguma prdefinida Compreenso como reconstruo do mundo: explicitao dos horizontes implcitos que conferem sentidos aos atos e vivncias conscientes, desvelando o projeto existencial que subjaz a todas as aes.
O Espao Psicolgico
Matrizes Romnticas tica Disciplinar
Matrizes Cientificistas
tica Liberal
Concluso
Sem um direcionamento epistemolgico seguro, preciso atentar para os posicionamentos ticos que demarcam as polaridades do campo