O Modernismo em Portugal
O Modernismo em Portugal
O Modernismo em Portugal
O PRESENCISMO
Em Arte, vivo tudo o que original. (Jos Rgio)
Adrielle Castro, Dbora Martins, Gabriela Franco, Ingrydh Sasaoka e Mariana Sousa Turma 316
Contexto Social
Forte crise poltica, gerada pelo golpe integralista de 1926.
Sentimento de pessimismo poltico e descrena na Repblica.
A Revista Presena
1927
Abrir novos canais de participao para aqueles que tinham ficado fora do orfesmo.
Trazer literatura portuguesa uma discusso mais profunda sobre teoria da literatura e novas formas de expresso.
Capa de um dos nmeros da Revista Presena, rgo literrio que deu incio segunda fase do Modernismo portugus.
O Presencismo
Os contistas dessa fase, politizados, buscam a verdade, retratando o ambiente em seus aspectos socioeconnicos e mergulhando na psicologia dos personagens. A anlise interior e a introspeco eram os caminhos para essa forma de expresso.
O Presencismo
Quando eu nasci, ficou tudo como estava, Nem homens cortaram veias, nem o Sol escureceu, nem houve Estrelas a mais... Somente, esquecida das dores, a minha Me sorriu e agradeceu.Quando eu nasci, no houve nada de novo seno eu. As nuvens no se espantaram, no enlouqueceu ningum... P'ra que o dia fosse enorme, Bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Me... (Jos Rgio)
O Presencismo
No ano de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, o grupo presencista encerra suas atividades, encerrando tambm o Modernismo em Portugal.
A Poesia de 30
Um poeta sempre irmo do vento e da gua: deixa seu ritmo por onde passa. (Ceclia Meireles)
A Poesia de 30
Sentido da existncia humana Confronto do homem com a realidade Estar no mundo Abordagem universal Ironia Poesia lrica Verso livre em paralelo a formas fixas, como o soneto.
Murilo Mendes
(1901-1975)
Nascido em Juz de Fora, Minas Gerais, considerado por muitos como o principal representando da poesia surrealista no Brasil. Poesias religiosas com as contradies do eu. Preocupao social e sobrenatural.
Murilo Mendes
Pr Histria Mame vestida de rendas Tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta no mais olhou Para mim, para ningum: Cai no lbum de retratos.
(Murilo Mendes)
Jorge de Lima
(1893-1953)
Nascido em Alagoas Suas obras chamam ateno por caractersticas como o cristianismo, o surrealismo, o regionalismo, a urbanidade, a crtica social e o apocalipse.
Jorge Lima
O poeta diante de Deus Senhor Jesus, o sculo est pobre. Onde que vou buscar poesia? Devo despir-me de todos os mantos, os belos mantos que o mundo me deu. Devo despir o manto da poesia. Devo despir o manto mais puro. Senhor Jesus, o sculo est doente, o sculo est rico, o sculo est gordo. Devo despir-me do que belo, devo despir-me da poesia, devo despir-me do manto mais puro que o tempo me deu, que a vida me d. Quero leveza no vosso caminho. (Jorge Lima)
Espiritualistas, ambos, Ceclia desenvolve uma poesia intimista e reflexiva. Vincius, partindo de uma poesia religiosa e idealizante, chega a ser um dos poetas mais sensuais da literatura.
Ceclia Meireles
(1901-1964)
Nascida no Rio de Janeiro, foi a primeira grande escritora da literatura brasileira e a principal voz da nossa poesia moderna. Inclinao neossimbolista: vento, gua, mar, ar, tempo, espao e solido.
Ceclia Meireles
Retrato Eu no tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos to vazios, nem o lbio amargo. Eu no tinha estas mos sem fora, to paradas e frias e mortas; eu no tinha este corao que nem se mostra. Eu no dei por esta mudana, to simples, to certa, to fcil: Em que espelho ficou perdida a minha face? (Ceclia Meireles)
Vincius de Morais
(1913-1980)
Nascido no Rio de Janeiro, Vincius foi um homem que, alm de ter sido um dos maiores compositores da MPB, foi tambm um poeta muito significativo. Primeira fase: preocupao religiosa, angstia existencial, superao das sensaes de pecado. Segunda fase: proximidade com o mundo material e explorao do sensualismo com os temas de amor e da mulher.
Vincius de Morais
Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero viv-lo em cada vo momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angstia de quem vive Quem sabe a solido, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que no seja imortal, posto que chama Mas que seja infinito enquanto dure. (Vincius de Morais)
Referncias Bibliogrficas
JORGE, Miguel. Redao, Interpretao de Textos e Obras Literrias. So Paulo: DVS Editora, 2012. CEREJA, Wiliam Roberto; MAGALHES, Thereza Cochar. Portugus - Linguagens. So Paulo, Editora Atual, Vol. 03, 2012
PANTOJA, Fernando. O Maravilhoso Mundo das Palavras. Disponvel em <http://redelitero.blogspot.com.br/2011/04/o-modernismo-portugues.html> Acesso em 22/03/2013
LAGO, Pedro. O Globo: Cristo - Jos Rgio. Disponvel em <http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/10/21/cristo-jose-regio-409885.asp> Acesso em 22/03/2013 HELENA, Maria. Aula de Literatura Portuguesa. Disponvel em <http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com.br/2010/02/modernismo-em-portugal.html> Acesso em 22/03/2013
Autor desconhecido. Modernismo Segunda Gerao. Disponvel em <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=definicoes_ texto&cd_verbete=12178&lst_palavras> Acesso em 22/03/2013
PRADO, Edna. Modernismo no Brasil - Segunda Fase (Poesia). Disponvel em <http://pt.scribd.com/doc/3373920/Literatura-Aula-24-Modernismo-no-Brasil-2-fase-poesia> Acesso em 22/03/2013