Pil 1º Período
Pil 1º Período
Pil 1º Período
INTRODUO
No mbito do Projeto Individual de Leitura, pedido a leitura de trs obras de prosa, uma de teatro e uma de poesia. Este perodo irei apresentar uma obra de prosa e uma de poesia.
AUTORES
Joo Aguiar nasceu em 1943 e faleceu a 3 de junho de 2010. Licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de
Mrio
Zambujal
jornalista
escritor
portugus, nasceu em 1936, trabalhou na televiso e em jornais como A Bola, Dirio de Lisboa e Dirio de Notcias, em especial na rea
PERSONAGENS
Gonalo Helena Dr. Brites de Vilhena (psiquiatra)
Lusa
Miguel
Nuno Costa
(inspetor)
Neozelands
RESUMO
Gonalo e Helena decidem ir com os midos a Sintra comer queijadinhas; Gonalo vai visitar o Palcio da Vila e desmaia; acordado pela Dra. Brites; Gonalo volta para casa com Helena e os filhos; Gonalo entrega a chave que encontrou no palcio ao seu amigo Dr. Albano; Gonalo raptado por um grupo de Neozelandeses; Helena comea a fazer filmes sobre o desaparecimento de Gonalo; Francisco e Alberta vo a casa do Dr. Albano pedir-lhe a tal chave; Gonalo consegue fugir; Dr. Albano morre; Gonalo, Helena, Dra. Brites, Francisco, Ana, Alberta foram todos interrogados; Dra. Brites morre; O Sr. Ablio pede a Gonalo que observe uma caixa antiga que teria encontrado na cave do caf; Gonalo observa a caixa e acaba por concluir que um cofre; O inspetor Nuno entra no caf e depara-se com o professor a olhar para a caixa; O inspetor Nuno prope a Gonalo como companheiro de viagem at a Esccia. Por fim existem 4 morais da histria: A 1 retrata Gonalo Vieira e Nuno Costa a combinarem o que iriam comear por fazer na Esccia; A 2retrata o momento em que Gonalo perdeu os sentidos no Palcio, e diz que a mulher que era Brites, seria uma mulher de cabelos pretos chamada Maria Francisca; A 3 retrata quando eles estavam na Esccia, Gonalo conseguiu um lugar de
APRECIAO CRITICA
Na minha opinio este livro um pouco confuso, se no estivermos com ateno na leitura acabamos por no saber nada da histria.
Os Sonetos consistem numa estrutura fixa de dois quartetos e dois tercetos, o qual a forma italiana eternizada por Cames e outros mestres sonetistas. Os esquemas de rimas so fixos: ABBA ABBA CDC DCD, embora haja esquemas de rimas diferentes, eles seguem um padro semelhante a este esquema tradicional.
A AUTORA
Florbela Espanca nasceu em Vila Viosa a 8 de
8 de
Dezembro de 1930, batizada como Flor Bela de Alma da Conceio Espanca, foi uma poetisa portuguesa. Nasceu filha ilegtima de Joo Maria Espanca e de Antnia da Conceio
EU
Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida no tem norte, Sou a irm do Sonho, e desta sorte Sou a crucificada a dolorida Sombra de nvoa tnue e esvaecida, E que o destino amargo, triste e forte, Impele brutamente para a morte! Alma de luto sempre incompreendida!... Sou aquela que passa e ningum v Sou a que chamam triste sem o ser Sou o que chora sem saber porqu Sou talvez a viso que Algum sonhou Algum que veio ao mundo para me ver E que nunca na vida me encontrou!
a) b) b) a)
emparelhada
interpolada
solta
interpolada
Repetio anafrica
D a sensao de uma mulher perdida em busca de sua prpria identidade sem rumo na vida. Dois adjetivos a caracterizam: crucificada e dolorida, que remetem sua incapacidade de fugir da realidade, da dor que a prende sempre s margens de si mesma, da amargura que levava sempre em seu interior. No segundo quarteto utiliza muitas palavras que remetem escurido, desiluso sombra, nvoa, luto, desespero Nos dois tercetos a falta de ateno, a descriminao que sofria a marca forte, por todos perceberem nela apenas a tristeza, o chorar que confessa no saber o porqu. A vontade de encontrar o amor. Talvez seja este o melhor verso que fala da sua vida amorosa. O desejo de ser amada, compreendida, por um Algum que nunca encontrou.
SAUDADES
Saudades! Simtalveze porque no?... Se o nosso sonho foi to alto e forte Que bem pensara v-lo at morte Deslumbrar-me de luz o corao! Esquecer! Para qu?... Ah! como vo! Que tudo isso, Amor, nos no importe. Se ele deixou beleza que conforte Deve-nos ser sagrado como o po! Quantas vezes, Amor, j te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar Mais a saudade andasse presa a mim!
O MEU ORGULHO
Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera a) No me lembrar! Em tardes dolorosas b) Eu lembro-me que fui a Primavera b) Que em muros velhos fez nascer as rosas! a) A minhas mos, outrora carinhosas, Pairavam como pombas Quem soubera Porque tudo passou e foi quimera, E porque os muros velhos no do rosas!
So sempre os que eu recordo que me esquecem a) Mas digo para mim: No me merecem a) E j no fico to abandonada! b) Sinto que valho mais, mais pobrezinha: a) Que tambm orgulho ser sozinha, a) E tambm nobre no ter nada! a)
emparelhada solta
emparelhada
interpolada
emparelhada
D a sensao de uma mulher que preferia esquecer o que aconteceu no passado. Os adjetivos a caracterizam: abandonada e destroada, que remetem dor e mgoa de saber quem ningum quer saber dela e que ningum se lembra que ela existe. No segundo quarteto utiliza E porque os muros velhos no do rosas! diz que o que velho no muda, ou seja, que ningum a vai relembrar porque a esqueceram. Nos dois tercetos a recordao mas tambm o orgulho se ser sozinha, a solido por ningum estar justo dela, por todos se esquecerem dela. Mas diz que tambm orgulho e nobre estar sozinha.
VERSOS DE SAUDADE
O mundo quer-me mal porque ningum Tem asas como eu tenho! Porque Deus Me fez nascer Princesa entre plebeus Numa torre de orgulho e de desdm. Porque o meu Reino fica para alm Porque trago no olhar os vastos cus Eos oiros e clares so todos meus! Porque eu sou Eu e porque Eu sou Algum!
O mundo? O que o mundo, meu Amor? -O jardim dos meus versos todo em flor A seara dos teus beijos, po bendito
Meus xtases, meus sonhos, meus cansaos -So os teus abraos dentro dos meus braos, Via Lctea fechando o Infinito.
REALIDADE
Em ti o meu olhar fez-se alvorada E a minha voz fez-se gorjeio de ninbo E a minha rubra boca apaixonada Teve a frescura plida do linho Embriagou-me o teu beijo como um vinho Fulgo de Espanha, em taa cinzelada E a minha cabeleira desatada Ps a teus ps a sombra dum caminho Minhas plpebras so cor de verbena, Eu tenho os olhos garos, sou morena, E para te encontrar foi que eu nasci Tens sido vida fora o meu desejo E agora, que te falo, que te vejo, No sei se te encontrei se te perdi
SER POETA
Ser poeta ser mais alto, ser maior Do que os homens! Morrer como quem beija! ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Algum e de Alm-Dor! ter de mil desejos o esplendor E no saber sequer que se deseja! ter c dentro um astro que flameja, ter garras e asas de condor! ter fome, ter sede de Infinito! Por elmo, as manhs de oiro e de cetim condensar o mundo num s grito! E amar-te, assim, perdidamente seres alma, e sangue, e vida em mim E diz-lo contando a toda a gente!
A UMA RAPARIGA
Abre os olhos e encara a vida! A sina Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes! Por sobre lamaais alteia pontes Com tuas mos preciosas de menina. Nessa estrada da vida que fascina Caminha sempre em frente, alm dos montes! Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes! Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longnqua estrela, Escava com as mos a prpria cova E depois, a sorrir, deita-a nela! Que as mos da terra faam, com amor, Da graa do teu corpo, esguia e nova, Surgir luz a haste de uma flor!...
PARA QU?
Para qu ser o musgo do rochedo Ou urze atormentada na montanha? Se a arranca a ansiedade e o medo E este enleio e esta angstia estranha E todo este feitio e este enrelo Do nosso prprio peito? E tamanha E to profunda a gente que o segredo D vida como um grande mar nos banha? Pra que ser asa quando a gente voa, De que serve ser cntico se entoa Toda a cano de amor do Universo? Para qu ser altura e ansiedade, Se se pode gritar uma Verdade Ao mundo vo nas slabas dum verso?
AMAR
Eu quero amar, amar perdidamente! Amar s por amar: Aquialm Mais Este e Aquele, o Outro e a toda a gente Amar! Amar! E no amar ningum! Recordar? Esquecer? Indiferente!... Prender ou desprender? mal? bem? Quem disser que se pode amar algum Durante a vida inteira porque mente! H um Primavera em casa vida: preciso cant-la assim florida, Pois se Deus nos deus voz, foi pra cantar! E se um dia hei-de ser p, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder pra me encontrar
EU no SoU DE ninGUm
Eu no sou de ningum!... Quem me quiser H-de ser luz do Sol em tardes quentes; Nos olhos de gua clara h-de trazer As flgidas pupilas dos videntes! H-de ser seiva no boto repleto, Voz no murmrio do pequeno insecto, Vento que enfuna as velas sobre os mastros!... H-de ser Outro e Outro num momento! Fora viva, brutal, em movimento, Astro arrastando catadupas de astros!
solta
cruzada cruzada
interpolada
uma mulher que no de ningum e que quem a quiser ter de lhe mostrar que a ama verdadeiramente. Os adjetivos a caracterizam: determinada, remetem a que a pessoa que amar ter de fazer sacrifcios mostrando-lhe que gosta dela. Nos dois tercetos mostra que essa pessoa se a ama no pode desistir porque os obstculos vo sempre aparecer no seu caminho.
Apreciao Crtica
Sonetos Florbela Espanca foi o livro escolhido pelo fato de a poetisa ser uma excelentssima sonetista portuguesa e de existir uma lrica forte nos eus poemas
http://www.youtube.com/watch?v=YMifpIvSDUs http://www.youtube.com/watch?v=wUSWvr4nddI
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Poemas do livro Sonetos de Florbela Espanca