Estudo Número 1 - Classe de Catecúmenos
Estudo Número 1 - Classe de Catecúmenos
Estudo Número 1 - Classe de Catecúmenos
E quando regressava ao seu pas, foi evangelizado por Filipe. Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia gua, disse o eunuco: Eis ai gua, que impede que seja eu batizado?(At 8.36). Certamente Filipe tinha falado tambm sobre o batismo. Filipe respondeu: lcito, se crs de todo o corao. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo o filho de Deus. Ento mandou parar o carro, ambos desceram gua, e Filipe batizou o eunuco ( At 8.37,38). Este um exemplo de profisso de f. Antes de receber o batismo, o eunuco fez a sua profisso de f em Jesus Cristo. Mas o que profisso de f? Na forma mais simples e primitiva, profisso de f a declarao pblica, feita por aquele que cr, que Jesus Cristo o Filho de Deus. A primeira pessoa a fazer essa declarao foi o apstolo Pedro. Diante de Jesus, ele declarou: Tu s o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Todo aquele que cr deve confessar publicamente a sua f. Quanto a isto, o apstolo Paulo deixou a seguinte instruo: Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu corao creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, sers salvo. Porque com o corao se cr para justia, e com a boca se confessa a respeito da salvao (Rm 10.9,10). A Igreja Presbiteriana, obedecendo ao ensino bblico, exige que aqueles que desejam ser membros da igreja faam a profisso de f. Neste ato solene, a pessoa declara publicamente crer que Jesus Cristo o Filho de Deus, que veio ao mundo morrer numa cruz para pagar pelos nossos pecados; afirma sua convico de que a Escritura Sagrada a nica regra de f e prtica dada por Deus ao seu povo e assume compromissos com a Igreja. Se o professando ainda no foi batizado numa igreja evanglica, ele recebe o batismo logo aps a profisso de f; se j foi batizado, declarado membro da igreja, com todos os direitos e deveres. Na profisso de f esto presentes trs elementos: intelecto, emoo e vontade. O Dr William Bright comparou o relacionamento com Jesus Cristo ao casamento. Na unio matrimonial, do ponto de vista ideal, esto includos o intelecto, a emoo e a vontade. O intelecto usado para avaliar se a pessoa com quem se pretende casar a pessoa certa. A emoo envolve a pessoa levando-a a amar o escolhido de todo o seu corao. E por um ato de vontade os dois se comprometem, perante a autoridade competente, a viver como marido e mulher. A seguir, veremos como esses trs elementos se expressam na profisso de f. 1. O INTELECTO. A f crist convico baseada em fatos reais. No salto no escuro. Tem bases slidas. Quando os saduceus tentaram contestar a ressurreio dos mortos, Jesus lhes respondeu: Errais, no conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22.29). Em outra ocasio Jesus desafiou os judeus, dizendo-lhes: Examinai as Escrituras,...so elas que testificam de mim (Jo 5.39). E Lucas declarou, no prefcio do seu evangelho, ter feito acurada investigao de tudo desde a origem, para que o leitor tenha plena certeza das verdades registradas por ele ( Lc 1.1-4). No necessrio fazer vestibular para entrar no cu. Mas precisamos ter compreenso intelectual do que significa ser cristo. A Bblia ensina que Jesus Cristo o Filho de Deus, enviado pelo Pai (Gl 4.4,5), Joo o chama de Verbo e afirma que ele tem existncia eterna (Jo 1.1-3,14). Ou, em outras palavras, o nascimento de Jesus marca o incio de sua vida terrena, mas no o incio de sua existncia. Antes de nascer em Belm, ele estava junto do Pai. (Joo 17.5). Ao assumir a forma humana, Jesus tornou-se homem, sem deixar de ser Deus, possuindo duas naturezas, a divina e a humana, inteiramente perfeitas e distintas, inseparavelmente unidas em sua pessoa. Mas Jesus, no perodo de sua vida terrena, abriu mo do uso de seus poderes divinos. Seus milagres e prodgios foram feitos na dependncia da vontade do Pai. Jesus foi concebido por obra do Esprito Santo ( Lc 1.26-35; Mt 1.18,25), mas nasceu de forma natural ( Lc 2.1-7). Viveu vida santa e perfeita ( Jo 8.49; Lc 23.44-48). Tomou sobre si o fardo de nossos pecados (Is 53.4,5). E por isto, sofreu no corpo e na alma os mais cruis tormentos ( Mt 26.38; Lc 22.44). Foi preso e condenado injustamente (Lc 23.4,14,22-25)., Crucificado ( Lc 23.33), morreu e foi sepultado (Jo 19.31-34, 38-42), mas ressuscitou (Mt 28.1-10; I co 15.3-8,20) e foi para junto do Pai ( At 1.9-11).
2 A Escritura afirma que sem derramamento de sangue no h remisso de pecado (Hb 9.22). Esta a razo por que Deus enviou Seu Filho, Jesus Cristo, para morrer pregado na cruz. Ele no tinha pecado mas derramou o seu sangue para que ns possamos ter o perdo de nossos pecados. 2. A EMOO. Para ser verdadeiramente cristo no basta saber que Jesus o Filho de Deus, que veio ao mundo para nos salvar. necessrio mais. preciso am-lo de todo o corao. Ele mesmo disse: Aquele que me ama, ser amado por meu Pai, e eu tambm o amarei e me manifestarei a ele ( Jo 14.21). E quanto a intensidade deste amor, ele afirmou o seguinte: Quem ama seu pai ou sua me mais do que a mim, no digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, no digno de mim (Mt 10.37). O amor um sentimento; portanto, faz parte das nossas emoes. Mas a intensidade do nosso amor no pode ser medida pela intensidade de nossas emoes. A emoo um sentimento ou reao a um evento ou experincia. Emocionalmente as pessoas reagem de maneira diferente. Assistindo ao mesmo acontecimento ou participando da mesma experincia, as pessoas podem reagir de maneira bem diferente. O eunuco, ao ouvir o Evangelho de Jesus Cristo, creu e pediu para ser batizado. Tudo naturalmente, sem grandes emoes. Mas o carcereiro de Filipos experimentou um turbilho de emoes. Lucas registrou que ele ... entrou precipitadamente e, trmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas (Aat 16.29). O eunuco e o carcereiro tiveram experincias e emoes diferentes. Mas a converso de ambos foi autntica. No existe um padro para medir as emoes de uma pessoa diante do evangelho de Jesus Cristo. Algumas tm uma experincia de converso fortemente emocional. Outras tm uma experincia sem grandes emoes mas igualmente real. O que de fato evidencia a intensidade do amor que a pessoa tem por Jesus Cristo so os seus atos ( Mt 17.15-23). Quem ama a Jesus deve provar isto atravs de suas palavras e seus atos. 3. A VONTADE. Chamamos de vontade a faculdade que leva a pessoa a querer alguma coisa e a se comprometer com aquilo que quer. a sua capacidade de agir com intencionalidade definida. Para ser verdadeiramente crist, a pessoa precisa assumir com Jesus Cristo um compromisso de f. Neste compromisso, a pessoa cr que o sacrifcio de Jesus suficiente para perdoar todos os seus pecados; por isto, entrega a Jesus o destino eterno de sua alma, e se dispe a, dia a dia, procurar viver de acordo com os seus ensinos. Jesus sempre exigiu uma tomada de posio por parte daqueles que creram nele. Ento, convocando a multido e juntamente os seus discpulos, disse-lhes: Se algum quer vir aps mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me: ( Mc 8.34). Muitas pessoas se julgam crists, mas, na realidade, so apenas admiradoras de Jesus Cristo. Outras gostam de Jesus e, por isto, pensam ser crists. Mas o verdadeiro cristo aquele que tem compromisso com Jesus Cristo. Voltando comparao da vida crist com o casamento, perguntamos: o fato de um rapaz estar intelectualmente convencido de que determinada moa a pessoa ideal para ser sua esposa d-lhe o direito de ir viver com ela, como marido e mulher? claro que no. E se ele sentir por ela um grande amor poder lev-la para sua casa para ser usa esposa? Ainda no. Os dois s podero viver como marido e mulher, com a aprovao da sociedade e da lei, depois de assumirem o compromisso matrimonial perante a autoridade competente. No relacionamento com Jesus Cristo o processo bem semelhante ao do casamento. Voc usa o intelecto para se convencer de que Jesus Cristo o Filho de Deus, que veio ao mundo para nos salvar. Atravs da emoo voc envolvido no amor que ele manifestou por voc e passa a am-lo de todo o seu corao. Mas essa experincia intelectual emotiva insuficiente para fazer de voc um verdadeiro cristo. necessrio que voc, por um ato de vontade, assuma com Jesus o compromisso de confiar nele para a sua salvao e de viver procurando fazer a vontade dele. Verdadeiro cristo aquele que tem compromisso com Jesus Cristo. por isto que a Igreja Presbiteriana exige a profisso de f daqueles que desejam ser membros dela. Pois atravs dela, a pessoa torna pblico o compromisso que, no ntimo de sua alma, j assumiu com Jesus Cristo.
3 CONCLUSO: A profisso de f no salva. Nem o batismo. O que vai decidir o destino eterno de sua alma o seu compromisso com Jesus Cristo. Se voc recebeu Jesus como Salvador e Senhor, voc est salvo que tenha feito ou no a profisso de f. Mas, por outro lado, aquele que recebeu Jesus como salvador e Senhor deve fazer a sua profisso de f. Jesus exige uma tomada de posio pblica de seus servos. Ele afirmou: Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, tambm eu o confessarei diante de meu Pai que est no cu; mas aquele que me negar diante dos homens, tambm eu o negarei diante de meu Pai que est no cus(Mt 10.32,33)P. Voc j recebeu Jesus como seu Salvador e Senhor. Voc nasceu de novo, nova criatura. Voc pertence a Jesus. Por isto, voc deve fazer a sua pblica profisso de f. ordem de Jesus.