Suprema Necessidade

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REYNALDO PRESTES NOGUEIRA

SUPREMA NECESSIDADE (ESTUDO SOBRE O PODER DO ESPRITO)

2 Edio- 1988

Edies Da Livraria e Papelaria Louvores do Corao Ltda.

Rua Faustolo, 1.922 (Lapa) Fone 260.67.02 - 260.60.79 S. Paulo - S. Paulo Cep: 05041

DEDICATRIA

Este livro dedicado


A Jesus Cristo, Meu Senhor e Salvador, que me salvou e me chamou. A Wania, Minha amada esposa, que tem cooperado tanto em meu ministrio. Aos meus amados filhos, Jos Carlos e Priscila Igreja Batista do Calvrio, Verdadeiro laboratrio de experincias crists - com profunda gratido e amor.

Pastor Reynaido Prestes Nogueira Rio Claro, Novembro de 1978

NDICE
Dedicatria. Prefcio. Este livro. Captulo I Nossa Convico Doutrinria. Captulo II Habitao e Plenitude. Captulo III Terminologia Bblica. Captulo IV A Promessa do Pai. Captulo V O Cumprimento da Promessa. Captulo VI O Batismo no Esprito Santo. Captulo VII Batismo no Esprito Santo e Regenerao. Captulo VIII Batismo no Corpo de Cristo. Captulo IX Bnos Distintas.

Captulo X Calvrio e Pentecostes. Captulo XI A Necessidade Suprema. Captulo XII O Poder do Alto.

PREFCIO
Quando Deus est a dar cumprimento a uma de suas grandes promessas, comea por conjugar forcas e q dirigi-las para que seus planos se realizem. Por exemplo: as grandiosas manifestaes para seguir a obra maravilhosa dos cinco dias da criao de cus e terra, e para o evento do sexto dia o homem a Trindade Divina foi convocada, no incomparvel FAAMOS O HOMEM...; e o que representou para o Todo poderoso em planos, avisos e trabalho para trazer o dilvio? E para cumprir Gnesis 3:15, o Senhor mobilizou Abrao e dele fez uma bno, que vai culminar no Calvrio, em Jerusalm. Nesse interregno de dois mil anos, Israel se torna povo e nao, toma posse de Cana, e Deus faz com o tempo, tudo avanar. Imprios sobem, galgam o apogeu, sepultam-se no esquecimento; notveis lideres surgem, esplendem e apagam-se como estrela cadente; tudo muda, tudo entorpece, murcha, seca e morre, mas a Palavra do Senhor permanece e prevalece, sobretudo a promessa divina se cumpre; Jesus nasce em Belm e o mundo abenoado no Calvrio. De trs decnios para c, talvez dois, os cus mobilizam foras especiais para o segundo tempo de cumprimento de Joel 2. O Esprito do Senhor esta sendo derramado sobre toda a carne, com sinais e maravilhas no cu, na terra e no mar. O Diabo sabe disso v trabalha terrivelmente. Mas o Senhor prossegue cavalgando sobre o tempo. Os homens se levantam em todos os quadrantes da terra para anunciar que Jesus breve, breve vir para arrebatar a sua igreja; a cincia aponta a mesma realidade; outra no a preocupao da filosofia; os dirigentes das naes sabem que algo de sobrenatural est para acontecer; os verdadeiros servos de Deus j subiram para suas torres de vigia e percebem uma LUZ que comea a dardejar no horizonte dos tempos; a Palavra eterna do cu, como espada bigmea, separa a luz das trevas, Deus e o Diabo, amor e dio, vida e morte, poder e derrota. Enquanto isso, o Diabo derrama o seu veneno infernal sobre o inundo e a humanidade, aumentando o nmero de enfermos, de mes solteiras, de prostitutas, de crime e furto, de drogas e bebidas alcolicas, cigarro e perverso. Lares desfeitos, filhos abandonados e transviados, suicdios em progresso alarmante, greves, fome, terrorismo e mil obras mais das trevas, igrejas fechadas, lderes religiosos fracassados e mundanizados.

Por que isso tudo? Normal? - Nunca! Algo est para acontecer. Grande. Notvel. Marcante. O REI ESTA VOLTANDO. Mas antes que volte, Joel 2 vai se cumprir Antes que venha o grande e terrvel dia do Senhor." isto , a Grande Tribulao, essas coisas esto acontecendo e vo acontecer maiores ainda. Na plena vigncia do derramar do Esprito de Joel 2, o Senhor abrasa coraes santos e os enche de poder, os dirige para que preparem o caminho para a volta do REI JESUS. A maneira eficiente de preparar o caminho dar liberdade ao Esprito Santo, e para que o Esprito de Cristo aja livremente, precisamos conheclo para dele nos apropriarmos. o que o Pastor, Dr. Reynaldo Prestes Nogueira vem fazendo em sua grande e poderosa igreja em Rio Claro, Estado de So Paulo, e tambm em campanhas em muitas igrejas pelo Brasil afora. Foi juiz em Rio Claro. Comeou a Segunda Igreja Batista dessa cidade da estaca zero, e hoje ela se chama do Calvrio, e com pouco mais de dez anos conta com mais de 700 membros em seu rol, O que caracteriza o Dr. Reynaldo, sua sinceridade e amor verdade. No se deixa levar de respeitos humanos. Cr e j experimentou o Batismo no Esprito Santo e de corao o proclama. No teme os homens. Por causa disso, perdeu alguns amigos e alguns plpitos lhe esto fechados. humilde, honesto e submisso ao Senhor. Este excelente trabalho uma boa parcela de contribuio para apressar o DIA DE CRISTO; uma clarinada do cu, conclamando os crentes sonolentos a um despertar glorioso; igrejas mornas a se prepararem para a volta de Jesus e at ns, pastores, para uma vida mais santa, mais poderosa e mais til nas mos benditas do Senhor dos senhores, Jesus, o que vive, reina e reinar para todo o sempre. MARANATA... Enas Tognini So Paulo, 18 de setembro de 1978

Este Livro
para voc, dileto leitor, que deseja andar mais perto do Senhor. Que j tentou viver melhor, mas ralhou. Que se sente frustrado, e sinceramente quer ser um crente melhor. Um melhor pai, filho, mulher OU marido. Que pretende ser mais eficiente no servio do Senhor, como pastor, dicono, professor de Escola Bblica Dominical, lder de uma organizao eclesistica. Que tem vivido um conflito ou contradio entre aquilo que cr, e aquilo que vive: "O que lao no aprovo; pois o que quero isso no fao, mas 0 que aborreo isso fao. Rom. 7:15." Finalmente, voc que deseja experimentar a gloriosa realidade da promessa de uma vida abundante (Joo 10:10), ento, no deixe de ler este livro at o fim, com o mesmo esprito dos bereanos (Atos 17:11), com a mente e o corao abertos, isentos de preconceitos ou prevenes. Talvez voc no concorde com alguma coisa do que vai ler. "Examinai tudo. Retende o bem. 1Tess. 5:21". No pensamento daquele provrbio dos cristos chineses "concordemos em divergir, mas resolvamos a amar-nos, e unamo-nos para servir." Stanley Jones disse: "No temos o direito de viver vidas subnormais, insanas, anmicas no esprito, e dizer que somos cristos. Seremos quando muito, subcristos. Nosso maior mal no o anti-cristianismo. o subcristianismo. Contentamo-nos com fatos a respeito de Cristo, sua vida, sua morte e sua ressurreio, mas o fato vital, o Cristo vivo, fica fora de nossa experincia. E isto uma tragdia e o fracasso do cristianismo nos tempos presentes." (O Cristo de Todos os Caminhos, pg. 89). Santidade e poder so as necessidades mais prementes em nossos dias. H. E. Dana, lder batista nos Estados Unidos da Amrica, e mestre muito acatado e apreciado em todo mundo batista, diz: "Cada vida que Deus chama a seu servio, desde o Pentecoste at volta de Cristo, tem acesso a essa promessa de poder. Cada alma que labora como uma testemunha de Cristo, pode ser revestida do Esprito Santo. No h necessidade de existirem crentes fracos. O Esprito Santo em Atos pode estar em nossas vidas hoje, se to-somente desejarmos preencher as condies. (O Esprito Santo no Livro de Atos, pg. 29).

verdade. No h necessidade de existirem crentes fracos, ou de vivermos como cristos subnormais, quando temos em Jesus Cristo, a Fonte de Vida e Poder: "Se algum tem sede, venha a Mim, e beba..." Concordamos com H. E. Dana que "a atividade do Esprito Santo como descrita em Atos ainda est em operao". Basta preenchermos as condies, sobre as quais falaremos no ltimo captulo. Arthur Hurd, discorrendo sobre a doutrina do Esprito Santo, diz: " o territrio onde se encontram as fontes de nossa vida espiritual, mas fontes que jazem inexploradas". "H quatro pilares, sobre os quais o Evangelho de Cristo fundamenta-se", diz Stanley Jones: "Vida, Cruz, Ressurreio e Pentecostes, Se tirarmos qualquer dos quatro, teremos um Evangelho mutilado, insuficiente para suprir as necessidades humanas. Aceitar os trs primeiros e rejeitar o quarto a suprema tragdia da vida crist hodierna". Disse algum que, na cordilheira da revelao divina, h dois picos exuberantes: Um se chama Sinai, o outro Calvrio. No podemos concordar. Est faltando um pico nessa cordilheira, e esse pico se chama Pentecoste. No Sinai, Deus deu a Lei atravs de Moiss. No Calvrio, a Salvao por Jesus Cristo. No Pentecostes, Jesus derramou o poder do Esprito Santo para a dinamizao da mensagem de salvao. Para aplicao na vida do homem, daquilo que Cristo fez na cruz. O Esprito de Deus veio trazer poder para o cumprimento da Grande Comisso, pois o brao humano fraco demais. Jesus derramou Poder do Alto para tornar real e efetiva sua mensagem nos coraes. "Mas recebereis poder, ao descer sobre vos o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalm, como em toda a Judia e Samaria, e at os confins da terra (Atos 1:8)." Jesus Cristo o corao, o mago, o centro do Evangelho, O nico Salvador e Senhor. O alfa e o mega, o princpio e o fim. Mas, s pela operao do Esprito Santo que o pecador se arrepende de seus pecados e recebe Cristo como seu Senhor e Salvador. (Joo 16:8). ENTREGUES A DEUS O Esprito Santo o mensageiro de Deus, que veio para, atravs dos discpulos de Cristo, continuar, a fazer e a ensinar aquilo que Jesus

comeou. (Atos 1.1). Em outras palavras, Jesus quer continuar aquilo que iniciou, atravs dos discpulos possudos ou cheios do Esprito Santo, o "Alter Ego" de Cristo. "li quando Ele vier, convencer o mundo do pecado, da justia e do juzo." (Joo 16:8). A misso do Esprito convencer o mundo que seu destino eterno depende da aceitao de Cristo. Como o Esprito Santo ir convencer o mundo? Habitando em ns? No apenas habitando, mas nos possuindo. Ele precisa possuir-nos para poder moverSe livremente em nos, e atravs de ns. O Esprito no tem boca, nem ps ou mos. No tem corpo; Ele quer nosso corpo, nossa vida, para, atravs de ns, expressar-Se e comunicar-se com o mundo. Certa manh orvamos por Rio Claro, e pedamos que o Esprito de Deus fizesse uma obra poderosa de libertao de tantas vidas oprimidas e condenadas; vidas escravizadas pelo pecado, e oprimidas pelo diabo, vcios e paixes. Percebemos ento, bem clara a voz de Deus em nosso ntimo. "Mover-me-ei atravs de teus ps. Falarei atravs de tua boca. Operarei atravs de tua vida, e da vida de todos os que se submeterem inteiramente a Mim." Sentimos, como nunca antes, a fora da exortao de Paulo em Rom. 12:1: "Rogo-vos, pois, irmos, que apresenteis os vossos corpos em sacrifcio vivo, santo e agradvel a Deus." Cremos que a mais perfeita adorao e o melhor culto que podemos oferecer, nossa vida no altar de Deus, para ser usada como, quando, e onde Ele quiser. Mas, para isso, mister se faz, por primeiro, nossa rendio incondicional, irrestrita, irrevogvel, irreversvel ao Senhor Jesus Cristo, para que o Esprito Santo possa: testificar de Jesus (Joo 15:26) convencer o mundo (Joo 16:8) guiar-nos em toda a verdade (Joo 16:13) glorificar a Jesus (Joo 16:14). Tudo isso atravs de ns, como canais ou instrumentos nas mos de Deus. Este q sacrifcio agradvel a Deus, nesta Dispensao da Graa. No o de animais mortos, mas o de vidas consagradas, e postas no altar de Deus. Vidas submissas, quebrantadas e santificadas. "... mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos e os vossos membros a Deus como instrumentos de justia. (Rom. 6:13)." Portanto, no basta o Esprito Santo habitar em ns, ou como diz T. A. Hegre: "no apenas o Esprito residindo em ns. Mister se faz, o Esprito presidente em ns. Isto , o Esprito presidindo, regendo nossa vida."

D. L. Moody ouviu aquela mensagem de Henry Varley: "O mundo ainda no viu o que Deus poder fazer com um homem, em um homem e atravs de um homem inteiramente submisso a Ele." Moody pensou e disse consigo mesmo: "No sou rico; no tenho cultura; nem recursos. Mas Deus quer apenas um homem; um homem inteiramente submisso a Ele". Moody submeteu-se incondicionalmente ao Senhor. E, Deus o usou poderosamente nos Estados Unidos da Amrica e na Europa. At hoje, sua vida motivo de inspirao para quantos a conhecem. "Quando o Esprito Santo se distancia de qualquer corrente de opinio, ou forma de carter, estes definham como planta sem seiva." (Ed. Ewing, em A Vida da Sra. Oliphant, pg. 178). "A Igreja tem-se esquivado do Pentecostes. Est com medo dele", disse Stanley Jones. Por qu? Por que tememos o Esprito, que Deus? medo no vem de Deus. O inimigo quer impedir que os crentes descubram a fonte de poder divino. ENTREGUES A SATANS H pessoas que fazem pacto com o diabo, e se entregam totalmente a ele, em troca de algum bem material; em troca de poder, como fez Hitler. No de poder para o bem, mas, de poder do maligno. O fim dessas pessoas, a menos que se arrependam e recebam a Cristo como Salvador, ser o mais trgico que se pode imaginar. Hitler teve muito poder; mas onde estar sua alma, seno no tormento? (Luc. 16:19-31). Um Pastor, amigo nosso, contou-nos haver presenciado uma cena muito estranha e horrvel, num daqueles recantos agradveis da Tijuca, no Rio: Estaciona-se um carro e desce dele um preto forte que, levantando as mos para o alto, disse: "Meu pai... (falou o nome do lder da macumba - o diabo) aqui estou para fazer a tua vontade..." E se arremeteu com toda fora contra as pedras, arrebentando a cabea. (O Salmo 16:4 recomenda nem mesmo mencionar o nome desses "deuses"). Esvaindo-se em sangue foi levado para o pronto-socorro. Sabemos de pessoas que fizeram pacto com o diabo, e lhe deram seu sangue em troca de certos favores. Como entender isso, quando h tantos e, at mesmo crentes, que tm medo de se renderem incondicionalmente a Deus? fcil recitar mecanicamente "Pai nosso,... seja feita a tua vontade..." Pedir que Deus faa em ns aquilo que Ele quer, coisa sria. Poucos tm a coragem de fazer um pacto com Deus, como

Jonathan Edwards, por exemplo. No seria, falta de um conhecimento melhor de Deus? Do seu amor e poder? Por que tanto medo do Pentecostes? Em certos crculos religiosos essa uma palavra proibida ou ignorada. Por qu? Preconceitos? Tradicionalismo? Respeitos humanos? Comodismo? A maioria teme os homens, e no a Deus. "... quem s tu, para que temas o homem, que mortal, ou o filho do homem que se tornar feno? E te esqueas do Senhor que te criou, que estendeu os cus, e fundou a terra, e temes continuamente todo o dia o furor do angustiador...? Isa. 51:12-13." Por que temer o poder do Esprito Santo? Talvez por falta de esclarecimento; de um conhecimento melhor da doutrina maravilhosa e importante do Esprito de Deus. Talvez por causa do pentecostismo, isto , da degenerescncia, distoro, falsificao ou contrafao do Pentecostes. Esse pentecostismo que tem afastado a muitos crentes sinceros do Pentecostes, a genuna fonte de poder divino. Referimo-nos a esses movimentos e reunies chamados "carismticos", cuja divisa : "Cristo, sim, Igreja no". Estes no querem compromisso nem responsabilidade! uma arma terrivelmente diablica para que crentes e igrejas sejam frios, fracos e sem poder. No isso que temos visto por toda a parte? O diabo usa todos os meios para tentar impedir a salvao, e quando falha nesse propsito, procura ocultar ao crente a fonte de vida abundante e vitoriosa. (Joo 10:10 e Atos 1:8). Uma Igreja revestida de poder e luz (hino 116 do Cantor) muito inconvenientes ao reino das trevas, pois ela atrai os pecadores ao Senhor Jesus. Stanley Jones usa de expresses fortes, contundentes, mas verdadeiras, quando fala: "O pentecostismo tem causado grande mal ao Pentecostes. Os ridculos ridicularizam o Pentecostes. Fizeram-no de tal maneira que muitos procuram evitar at o uso do termo. Mas, as palavras, como as pessoas, devem ser redimidas." (O Cristo de Todos os Caminhos, pg. 47). O mesmo autor anunciara certa feita, que iria falar sobre o Pentecostes. Aps sua conferncia, um dos mais ilustres pastores, presidente de uma Junta Examinadora de novos ministros, confessou-lhe: "Pensei que iramos ter mais cenas de delrio." Como se Pentecostes fosse isso. Se um

presidente de "Junta Examinadora" de pastores tinha esse conceito do Pentecostes, que dizer dos leigos? isso que o diabo quer. O fato central e mais importante do Pentecostes encontrar a Deus no seu poder de transformar a vida interior. Pentecostes no significa cenas de delrio, gritaria, emocionalismo, (muitas vezes artificial, provocado, imitativo), ou vises e profecias falsas, produto da carne ou de fonte maligna. "Lata cheia no faz barulho", diz Enas Tognini. Barulho no significa plenitude do Esprito. "No sei de outra coisa mais urgente" - diz Stanley Jones - "do que a necessidade de despirmos o Pentecostes dos seus fenmenos e apegar-nos ao fato, no seu valor e sentido real." Esse fato a plenitude do Esprito e a capacitao pelo poder divino para uma vida mais santa e testemunho eficiente. No devemos reduzir o cristianismo a experincias frias e calculadas. H emoes reais, sadias, autnticas, que no podem ser confundidas com emocionalismo doentio, neurtico ou artificial. Se um homem pode vibrar em um campo de futebol, ou uma mulher chorar ante uma cena comovente de novela, por que no poderia rir, chorar ou emocionar-se com uma experincia genuna com Cristo ou 0 Esprito Santo? Cremos que, no dia de Pentecostes, o gozo, a alegria, a felicidade dos discpulos cheios do Esprito era tal e to intensa, que chegaram a rir e chorar, ao mesmo tempo, talvez at saltaram de alegria. A se abraarem, e se felicitarem, como nunca antes. Isso muito estranho a um inundo triste, aflito, sem Deus e sem salvao. Tivemos oportunidade de ver pessoas srias; homens e mulheres sisudos, comportando-se como crianas, (ai a emoo e alegria ao receberem uma notcia alvissareira. Talvez por isso alguns disseram no dia de Pentecostes, que os discpulos estavam "cheios de mosto". No confundamos, pois, emoo genuna, com emoo provocada, e s vezes, at mesmo doentia. Mas, ainda assim, Pentecostes, no emoo: plenitude do Esprito. revestimento de poder divino. Esse o fato central. Pensamos como Stanley Jones quando diz que a Igreja grandemente responsvel pelo pentecostismo. "Tendo negligenciado esta parte to importante do Evangelho, deixou as almas famintas, e estas agora so levadas por grupos mal orientados e exticos. Nestes grupos, o emocionalismo desenfreado tem sido identificado com o Pentecostes."

Tais crentes sinceros, com sede de Deus, vo beber guas poludas de cisternas rotas, fruto de ignorncia bblica ou doutrinria. Falta de doutrinamento em sua Igreja. Assim o pentecostismo tem amedrontado e afastado a muitos crentes sinceros do caminho do poder e avivamento real. Todavia, no porque h dinheiro falso que algum vai deixar de aceitar o verdadeiro. Nunca se viu algum recusar dinheiro, temendo fosse falso. Um erro, pois, no justifica outro. No porque h movimentos chamados "carismticos" falsos, que devemos condenar o verdadeiro. certo que o maligno tem usado contra as igrejas esses movimentos, cuja divisa : "Cristo sim, Igreja no!" So grupos de pessoas, na maioria, sem doutrina, sem disciplina eclesistica, que combatem pastores e igrejas. So antidizimistas e, usam o pretexto falso e muito conveniente para eles, de que s tero de dar contas de seus atos a Deus. Nesse meio, porm, h crentes sinceros, que no se sentem alimentados em suas igrejas, que desejam uma vida espiritual mais profunda e abundante, e acabam sendo levados por aventureiros religiosos. J.B. Lawrence, batista, e dos melhores, diz em "O Esprito Santo e Misses", pg. 43: "Muitas vezes, as dificuldades que as Igrejas de hoje enfrentam, se originam no fato seguinte: quando chegam a compreender as suas fraquezas espirituais e comeam a sentir a diminuio de poder, criam novas juntas, novas comisses, novos programas e, no fim, adquirem tosomente mais mecanismo e menos, ou pior ainda, nenhum poder para dirigi-las. Para esses, Pentecostes no fato real, uma experincia vital. Jesus nunca esperou que sua Igreja avanasse somente impulsionada pelas foras humanas. H muitos que fracassam porque so dependentes do seu prprio poder." Continuando na pg. 46, diz: "Ainda que no tenhamos lnguas de fogo sobre nossa cabea para nos revestir desse poder maravilhoso", precisamos, tanto como os apstolos, dessa influncia iluminadora, santificadora e poderosa dos cus o Esprito Santo em nossos coraes. Sem Ele, os nossos esforos mais hericos fracassaro. Com Ele, os nossos esforos mais humildes sero frutferos. A experincia do Pentecostes foi o cumprimento da promessa - "Recebereis poder". Isto significa poder para pr em prtica os ensinos de Jesus; poder para avaliar bem os padres morais do Evangelho. Poder tambm para aquela difcil tarefa posta sobre os ombros dos discpulos a de irem por lodo o mundo anunciando o transformador Evangelho de Cristo. Era uma obra para super-

homens, e de fato o Esprito Santo produz super-homens homens ordinrios, tornados extraordinrios. Tudo Isto para as igrejas de nossos dias. A tarefa est ainda diante de ns. E a necessidade tambm; e, graas a Deus, o poder pentecostal para um tempo como este nosso sim, para todos os tempos. erro fatal olhar para trs, para o Pentecostes como uma coisa do passado. O Pentecostes pertence ao presente. Pertence a cada igreja de nossos dias, sua igreja, minha igreja, igreja de cada cristo. Isto significa esperana e garantia, quando olhamos para o mundo que precisa ser salvo." Os grifos so nossos. Quem fez essa afirmao no foi um pentecostal. Foi um grande lder e mestre batista: J.B. Lawrence, Secretrio Emrito da Junta de Misses Nacionais da Conveno Batista do Sul dos Estados Unidos da Amrica do Norte, em seu precioso livro O Esprito Santo na Evangelizao do Mundo". Nas pgs 22 e 23 ele acrescenta: "O poder pentecostal para um tempo como este nosso sim, para todos os tempos." Graas a Deus que a plenitude do Esprito e o revestimento de poder divino so para ns, hoje. Para cada cristo. Para cada Igreja. Ningum precisa viver vidas subnormais, anmicas no Esprito. Amado irmo ou irm, creia nessa grande bno, e comece a busc-la, agora mesmo, com a disposio de pagar o preo. Vale pena! Reynaldo Prestes Nogueira Campinas, (SP) setembro de 1978 Fone 0192-410890

CAPTULO I NOSSA CONVICO DOUTRINRIA


Com esta palavra, no pretendemos nem desejamos, de modo algum, ferir qualquer irmo de outras denominaes evanglicas, mesmo porque temos encontrado mulheres e homens santos, como tambm lobos com pele de ovelha, em todas elas, inclusive na nossa. Nossa inteno neste captulo explicar e dar razo de nossa crena. Pretendemos tambm mostrar nossa coerncia, desde que recebemos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, seguindo a Palavra de Deus, em toda sua plenitude. Sendo fiel ao Senhor e sua Palavra, s-lo-emos tambm denominao a que nos filiamos. Viemos de famlia tradicionalmente catlica. Mariano em Itu. Catlico praticante ajudava a rezar a missa quase todas as manhs, e participava dos retiros durante os carnavais. Desde criana, sempre levamos muito a srio as coisas espirituais. Sempre tivemos o temor de Deus. Nossa famlia queria ter um padre. Nossa converso se deu em uma Igreja Presbiteriana em So Paulo Capital. Mas, somos batista. H os que o so por acidente. Isto , converteram-se numa Igreja ou num trabalho batista, ou descendem de famlia batista. Sumos por escolha. Por convico, e no por coincidncia. No somos melhor que os que tiveram o privilgio de nascer em um lar batista, ou se converteram em trabalho batista. Nossa inteno deixar bem patente nossa coerncia no que tange fidelidade Palavra de Deus. Quando nos convertemos, demoramos alguns meses para ingressar na Igreja, porque no conseguamos conciliar o batismo infantil e por asperso com os ensinamentos bblicos, pois, mesmo antes da converso, j lamos e examinvamos a Bblia. Conversamos aps a converso, com ilustres pastores presbiterianos, na esperana de que satisfizessem nossas dvidas concernentes ao batismo. Todavia, em que pese o brilho da cultura teolgica e o desejo sincero de nos esclarecerem, no conseguiram desfazer nossas dvidas. Sabemos que o batismo no salva. a graa de Deus mediante a f no Senhor Jesus: Ef. 2:8-9. Mas, uma vez que deixvamos o catolicismo romano, nosso

propsito era filiar-nos a uma Igreja Evanglica, que observasse, ao mximo, os ensinamentos escritursticos. Com todo respeito para com esses amados irmos e outros aspersionistas, entendemos que o batismo infantil e por asperso uma herana do romanismo, e que tem enchido as igrejas de pessoas no regeneradas. Quando investigvamos essa doutrina, encontramo-nos com o tio Antnio Rodrigues, membro da Igreja Batista em Vila Mariana (So Paulo). Contamos a ele nossa experincia de converso, e nossas dvidas a respeito do batismo por asperso, e ele disse: " isso mesmo! minha Igreja faz exatamente como voc pensa. Hoje dia de culto". Fomos Igreja Batista em V. Mariana. Pastor Rubens Lopes, com muita solicitude, nos deu todas as explicaes sobre o batismo, confirmando inteiramente nosso entendimento a respeito. Apesar de residirmos no Rio naquela poca, fomos batizado pelo pastor Rubens Lopes, e passamos a fazer parte da Igreja Batista em Vila Mariana ( rua Domingos de Morais, naquela poca). Demonstrando zelo e amor cristo, Pastor Rubens Lopes escreveu uma carta de apresentao ao pastor Jos dos Reis Pereira (do Rio), para que nos auxiliasse em nosso crescimento espiritual. Rubens Lopes e Reis Pereira foram os dois homens de Deus, de quem recebemos os mais preciosos ensinamentos. Reis Pereira no Rio, e Rubens I ih So Paulo, foram de inestimvel valor para nossa vida espiritual. Batizado por Rubens Lopes, tivemos a cerimnia nupcial oficiada por ele, a apresentao e consagrao dos dois filhos, e finalmente, todo o processo de ordenao ao Santo Ministrio da Palavra sob sua direo. No Rio, pastor Reis quase morreu ao tentar salvar-nos do mar, numa das praias de Niteri, em um convescote da Igreja Batista do Rocha (15-11-56). Aqui fica, pois a nossa gratido e reconhecimento a esses dois homens de Deus. Somos batista por convico, mesmo porque nosso esprito se afina perfeitamente aos princpios e doutrinas batistas. Princpios e doutrinas, que, infelizmente, muitos batistas desconhecem, ou conhecem apenas em parte. O livre exame das Escrituras. A Bblia como nica regra de f e vida religiosa. A Bblia sendo a Palavra de Deus, do Gnesis ao Apocalipse, A perseverana dos Santos. O Batismo s de crentes, e por imerso em nome da Trindade Divina. Essas e outras doutrinas nos levam a ser batista.

Dentro desse mesmo esprito de fidelidade Palavra do Senhor, conclumos que " impossvel fazer-se a obra de Deus sem o poder de Deus". Conclumos lambem que esse poder est nossa disposio, desde que preenchamos as condies de Deus. Que a fonte continua a jorrar da gua viva, pois no se exauriu no Pentecostes. Que se os crentes da Igreja Primitiva precisavam do poder do alto, por que ns, neste sculo XX, no haveramos de necessitar? Vivemos dias difceis de materialismo, secularismo, mundanismo, modernismo, comunismo, ecumenismo (canto de sereia para enganar os crentes); nestes dias em que a macumba prolifera como tiririca... - Por que, insistimos, no haveramos de necessitar do poder de Deus, como os crentes primitivos? No faz sentido o ensino de que o poder e os dons do Esprito Santo cessaram com os apstolos ou com a Igreja Primitiva, porque seriam apenas para a implantao do cristianismo. Conclumos que os dons espirituais cessaro sim, mas quando vier o que perfeito. O verbo est no tempo futuro em 1Cor. 13:8. "Mutatis mutandis", o homem do sculo XX o mesmo do sculo I, A natureza pecaminosa d homem de hoje a mesma de sempre. Se os crentes daqueles dias pentecostais necessitaram do revestimento de poder e dos dons do Esprito, por que no haveramos ns de necessitar tambm? Ser que poderemos substitu-los pela maquinaria, pelo eclesiasticismo, pelo dinheiro, pelos recursos da cincia e tecnologia de nossos dias? claro que no! Do mesmo modo como os andaimes se tornam desnecessrios aps o trmino de uma construo ou edifcio, assim tambm, com a completao do corpo de Cristo, isto , com a concluso da edificao da Igreja, Cristo vir arrebat-la e, j no haver mais necessidade dos dons. Descobrimos que o poder do Pentecostes tambm para os nossos dias. Paulo E. Little - em "Saiba o que Voc Cr", pag. 82, afirma: "Das trs pessoas da Divindade - Pai, Filho e Esprito Santo - parece que o Esprito Santo o menos compreendido hoje em dia. Entretanto, Aquele que est mais vital e intimamente envolvido em nossa converso e nascimento na famlia de Deus, como tambm no desenvolvimento posterior de nossas vidas crists. O conhecimento e o relacionamento ntimo com o Esprito Santo d-nos poder, alegria e esperana. Quando o negligenciamos por ignorncia ou indiferena, asseguramos para ns pobreza espiritual."(O grifo nosso).

Willian Law declara: "A nica coisa necessria: a inspirao do Esprito Santo". Escritos por homens de Deus tanto da linha tradicional como da renovacionista, h excelentes livros. E, temos lido muitos deles com a mente e o corao abertos para as verdades espirituais. Uns negam o batismo no Esprito Santo como bno distinta da salvao ou regenerao. Outros a defendem e sustentam. Mas, nem por isso deixam de ser homens de Deus, e nem de ser batistas. Esse esprito de livre exame das Escrituras uma das cousas mais belas, que ns, os batistas, sempre defendemos. A liberdade uma das caractersticas bem batistas. claro que h doutrinas e princpios e prticas que podem descaracterizar os batistas. Mas, no esse o caso. No quanto doutrina do Esprito Santo. "Concordemos, pois, em divergir, mas resolvamos a nos amar, e unamonos pura servir". Ilustre pastor batista, que estudou quatro anos 'iii Londres, no Seminrio Batista, disse-nos que l no havia nenhuma dificuldade pelo fato de uns licitarem os dons espirituais e outros no. Havia respeito mtuo, e de todos, de uma ou de outra linha de pensamento, se consideravam igualmente batistas. Em "As Grandes Religies" especial sobre "Os Batistas" n 39 - Abril Cultural - pag. 634, lemos: "Apesar das diferenas, os batistas concordavam que o batismo deveria ser ministrado apenas a crentes professos e no s criancinhas. Finalmente, o os batizados poderiam receber a Ceia do Senhor. Alm dos batistas particulares e gerais, surgiram outros grupos com certas peculiaridades em questo de f ou de prtica religiosa: Os Batistas dos Seis Pontos (1670) e os Batistas do Stimo Dia (1671). Os seis pontos eram: arrependimento, f, batismo, imposio das mos, ressurreio dos mortos e vida eterna. Os outros guardavam o stimo e no o primeiro dia da semana, para descanso e culto..."Apesar das diferenas"os batistas concordavam. Apesar de haver batistas que guardavam o sbado, como hoje ainda os h, nem por isso deixaram de ser considerados batistas. Somos batistas porque cremos e pensamos exatamente como proclama a "Declarao Doutrinria" do Seminrio Teolgico Batista do Sul do Brasil, subscrita por ilustres homens de Deus, dignos de todo o nosso respeito e admirao. Tomamos a liberdade de transcrever, para melhor conhecimento dos batistas, principalmente dos leigos, alguns pontos

principais dessa "Declarao Doutrinria", que se acha inserta nos Anais da 57 Assemblia da Conveno Batista Brasileira 1975, da pag. 325 usque 327. DECLARAO DOUTRINRIA: ... Esses discpulos de Jesus Cristo que, a partir do sculo XVII, passaram a ser conhecidos pelo nome de "batistas" tm as mesmas doutrinas e prticas das Igrejas do 1 sculo de nossa era. O elo de ligao e identificao das Igrejas dos tempos modernos chamadas "batistas", com as igrejas estabelecidas pelos Apstolos, a prpria Palavra de Deus," escrita na Bblia, e encarnada na pessoa de Jesus Cristo..." Essa declarao magnfica se encontra logo no prembulo. "H princpios bblicos que tm caracterizado doutrinariamente os batistas atravs dos sculos. Dentre essas caractersticas repontam algumas, abaixo relacionadas: a) A autoridade suprema de Jesus Cristo, cuja verdade e vontade esto reveladas nas Escrituras Sagradas, que so, portanto, para os batistas, a nica regra de f e prtica religiosa; b) A plena competncia de cada ser humano diante de Deus para crer e agir por si mesmo nos misteres espirituais bem como nos da conscincia; c) A liberdade religiosa como direito inerente a todo ser humano, por fora da prpria natureza do homem, criado imagem e semelhana de Deus; d) O sacerdcio universal de todos os crentes; e) O significado simblico e evocativo das Ordenanas da Igreja, em conformidade com o ensinamento do Novo Testamento; f) O batismo por imerso de pessoas regeneradas; g) A autonomia da Igreja Local com o Governo democrtico, sob o Senhorio absoluto de Jesus Cristo; h) A separao entre a Igreja e o Estado; i) A autenticidade e apostolicidade das igrejas que crem, praticam e proclamam com fidelidade as doutrinas e princpios do Novo Testamento." No item 9 Liberdade Religiosa - pag. 333: "Deus e somente Deus, o Senhor da conscincia. 1. A liberdade religiosa um dos direitos fundamentais do homem, inerente sua natureza moral e espiritual. 2. Por fora de sua natureza, a liberdade religiosa no deve sofrer ingerncia de qualquer poder humano. 3. Cada homem tem direito de cultuar a Deus segundo os ditames de sua conscincia, livre de presses de qualquer natureza. 4. - A Igreja e o Estado devem estar separados, pois existem em reas distintas, e lendo diferentes em sua natureza, objetivos e Funes etc...

CAPTULO II HABITAO E PLENITUDE


muito estranho que a Igreja celebre o Natal e no festeje o Pentecostes, dizia Stanley Jones. claro, dizemos ns, que sem Natal no haveria Calvrio, e sem Calvrio e Ressurreio no teramos Pentecostes. Calvrio e Pentecostes esto, pois, intimamente ligados. So fatos histricos de importncia capital para a vida crist. Cremos que, em certo sentido, Pentecostes mais importante que Natal. Se no Natal temos Emanuel, o Deus conosco, no Pentecostes temos no apenas Deus conosco, mas tambm Deus em ns. No apenas a companhia de Deus, mas o prprio Deus habitando dentro de ns na Pessoa do Esprito Santo: "... mas vs o conheceis, porque habita convosco, e estar em vs." "... se algum me ama, guardar a minha Palavra, e meu Pai o amar, e viremos para ele, e faremos nele morada." Joo 14:17, 23. Temos ento a Trindade Divina, habitando dentro de ns, na Pessoa do Esprito Santo. Sem o nascimento de Jesus, ou se o Verbo no Se fizesse carne, e habitasse entre ns, no haveria Calvrio. Jesus Cristo o centro de toda a vida crist. Mas, bom termos sempre em mente que o Esprito o "Alter Ego" de Cristo. O outro Eu de Cristo, aqui, enquanto Cristo est dextra do Pai, na glria. Pai, Filho e Esprito Santo. Um s Deus. Trs Pessoas distintas, mas com a mesma essncia divina. Ento, por que no festejarmos o Pentecostes? que a Igreja veio se afastando do Pentecostes de tal maneira, que hoje, muitos crentes tm medo do Esprito Santo. Da a falta de poder na grande maioria das igrejas, em todo o mundo. Cada vez se torna maior o nmero de crentes necessrios para a salvao de uma alma, segundo nos contam as estatsticas. T. A. Hegre, a quem muito respeitamos e admiramos, disse: "Qualquer homem com um pouco de vilo para negcios, se visse o grande nmero de membros necessrios para produzir um nmero to pequeno de convertidos, nunca diria que o trabalho da Igreja um negcio lucrativo. Sim, o diabo, at certo ponto, tem logrado enganar a Igreja, levando-a a crer que todos os cristos tm o Esprito e o poder. A evidencia, porm, bem outra, uma vez que o poder constitui uma raridade na Igreja. Por que a pessoa engana a si mesma, crendo possuir

aquilo que no aparece em sua vida?" "Como ser Liberto do poder do Pecado", pg. 58. H nos dias de hoje falta de poder, em grande parte das igrejas. Precisamos humildemente reconhecer isso. Quando Hegre diz "levando-a a crer que todos os cristos tm o Esprito e o poder", no est falando que o crente no tem o Esprito, mas que no tem a plenitude e o poder do Esprito. Fazemos esta observao, antecipando qualquer dvida que possa surgir na mente de algum. Muitos crentes sinceros, por falta de doutrinamento correto fazem confuso, e dizem: "se j tenho o Esprito, como receber o Esprito? Se sou crente, tenho o Esprito..." Hegre no est dizendo que o crente no tem o Esprito, mas que no O tem no sentido de Plenitude. verdade inconteste que poucos so os crentes cheios do Esprito, apesar de ser para todos a ordem "Encheivos do Esprito". Ef. 5:18. No dia da Ressurreio, os discpulos encontravam-se de portas trancadas com medo dos judeus, quando Jesus redivivo apresentou-se e, aps identificar-se, e saud-los por duas vezes, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Esprito Santo". Joo 20:22. Portanto, receberam o Esprito. "Interpretado cessai in claris". Se Jesus soprou sobre eles para que recebessem o Esprito, no podemos entender que no O houvessem recebido. Deus diz exatamente o que quer, e quer, exatamente o que diz. Portanto, os discpulos j tinham o Esprito, por ocasio do Pentecostes. Tinham o Esprito, desde o dia da Ressurreio. Mas no tinham ainda recebido a Plenitude ou o Poder do Alto. Todos os crentes recebem o Esprito no momento da regenerao. o Esprito quem regenera, ou quem gera dentro de ns, nova criatura: Joo 3:3-6. bem claro que ningum pode ser discpulo de Cristo, se no tiver Esprito de Cristo: Rom. 8:9. No Pentecostes, os discpulos foram cheios do Esprito. O Esprito Santo desceu sobre eles, possuindo-os e enchendo-os de poder divino. Ate mesmo os corntios carnais e briguentos de 1Cor. 3:1-3, tinham o Esprito. "No sabeis vs que sois o templo de Deus, e que Esprito de Deus habita em vs? 1Cor. 3:16". Lucas nos diz que os discpulos j tinham seus nomes registrados nos cus, portanto, eram salvos. "Mas no vos alegreis porque se vos sujeitem os espritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos cus. Luc. 10:20." Na magnfica orao sacerdotal, registrada

no capitulo 17 de Joo, fica bem claro que os discpulos no eram mais deste mundo, e haveriam de estar com Jesus onde Ele estivesse. H um texto muito usado pelos amados irmos que confundem batismo no Esprito com batismo no corpo de Cristo. Trata-se de 1Cor. 12:13: Nesse verso, Paulo est falando do batismo no corpo de Cristo, o que se d por ocasio da converso ou regenerao, quando o crente colocado no corpo de Cristo, ou passa a integrar o Corpo de Cristo, a Igreja. Quando o crente nasce de novo, batizado pelo Esprito no Corpo de Cristo. O Esprito o Agente: Joo 1:12-13 e 3: 3-6. Na regenerao, o Esprito o Batizador. No batismo no Esprito, Jesus Batizador. Jesus o Agente. Ele quem batiza no Esprito: Mat. 3:11; Mar. 1:8, Luc. 3:16. Joo 1:33. Atos 1:4-5 e Atos 11:15-17. claro que todos os crentes genunos tm bebido ou partilhado do mesmo Esprito, desde sua regenerao. Mas, isso no significa, em absoluto, batismo no Esprito ou plenitude do Esprito. Afirma-se que todos os crentes so batizados no Esprito por ocasio da regenerao. Mas, dizer-se que todos os crentes foram batizados no Esprito no ato da converso tornar estranha e confusa a Palavra de Deus. Como explicar, com base em 1Cor. 12:13, que iodos os crentes so batizados ou cheios do Esprito, quando, nessa mesma carta, (1Cor. 3:1-3) Paulo diz: E eu, irmos, no vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo...? A expresso final de 1Cor. 12:13" e todos ns temos bebido de um mesmo Esprito" o modo paulino de descrever o novo nascimento. bem claro que uma coisa ter o Esprito, e mitra ser cheio do Esprito, ou ser possudo pelo Esprito. Uma coisa ser habitao do Esprito outra, ter a Plenitude do Esprito. Todos os crentes tm o Esprito, mas nem todos tm a Plenitude do Esprito. Batismo no Esprito significa ser o crente possudo pelo Esprito, ser cheio do Esprito e vestido de poder divino. Poder para testemunhar com um eficincia e ousadia de Jesus Cristo perante este mundo materialista, incrdulo e hostil. Jesus, o Filho de Deus, Jesus Homem, foi gerado pelo Esprito Santo no ventre de Maria. Jesus sempre teve o Esprito. Entretanto, quando de seu batismo nas guas do Jordo, o Esprito Santo desceu sobre Ele na forma corprea de uma pomba, cumprindo-se aquilo que fora dito pelo profeta

Isaias 61:1. Jesus foi batizado no s nas guas, mas tambm no Esprito, antes de iniciar seu ministrio na terra. Os apstolos e demais discpulos tinham o Esprito, mas foi preciso que, ao depois. Jesus derramasse o Esprito sobre eles, no Pentecostes: Atos 2.33. Eles foram batizados no Esprito para poderem testemunha com poder do Senhor Jesus: Atos 1:8. O Esprito desceu sobre eles, como lnguas de fogo os pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Esprito Santo... Atos 2:3-4". Pedro identifica a experincia de Cornlio e seus companheiros com o batismo no Esprito Santo, ou seja, com a mesma experincia do dia de Pentecostes: "E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Esprito Santo, como tambm sobre ns no princpio. E lembrei-me do dito do Senhor quando disse: Joo certamente batizou com gua; mas vs sereis batizados com o Esprito Santo. Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a ns, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era ento eu, para que pudesse resistir a Deus?" Atos 11:15-17. No fala de lnguas como que de fogo nem de vento impetuoso, mesmo porque tais fenmenos sobrenaturais tinham por fim assinalar o incio do Ministrio do Esprito, que continua a descer sobre "tantos quantos Deus Nosso Senhor chamar", desde que se submetam inteiramente Soberania de Cristo. No Sinai, houve troves, relmpagos, o monte tremeu etc... Era o incio da Dispensao da Lei. Quando Cristo expirava na cruz, houve tremor de terra, o vu do templo se rasgou de alto a baixo, o dia se fez noite etc... Assinalava-se a Dispensao da Graa. O fato principal do Calvrio foi a morte de Cristo na cruz. No Pentecostes, o fato central foi a descida do Esprito sobre os discpulos, revestindo-os de poder. Para a salvao, basta-nos o Esprito habitar em ns. Para o servio cristo eficaz e vitorioso, mister se faz a plenitude do Esprito. A salvao est no Calvrio. O poder para uma vida crist frutfera e abundante est no Pentecostes: Joo 10:10 e Atos 2. Necessariamente, aqueles fenmenos sobrenaturais do Pentecostes, no se repetem. A bno do Pentecostes, isto , a plenitude e o poder do Esprito, continuam e, continuaro at ao arrebatamento da Igreja. Calvrio tambm no se repete. Cristo foi crucificado uma s vez. E basta. Mas, as bnos

do Calvrio continuam e se projetam no tempo e no espao at ao fim da Dispensao da Graa.

CAPTULO III TERMINOLOGIA BBLICA


Temos dito que o batismo no Esprito ou com o Esprito, plenitude, efuso, enchimento, uno, revestimento de poder etc... So expresses sinnimas. E, na verdade o so, em certo sentido. Plenitude e revestimento de poder divino so sinnimos de batismo no Esprito, mesmo porque, quando o crente batizado no Esprito, ele e cheio do Esprito e revestido de poder. Mas, para sermos mais preciso ou exato, a expresso batismo com o Esprito ou no Esprito, deve referir-se apenas experincia inicial de plenitude e revestimento. Charles Finney fala de batismos com o Esprito para se referir a renovaes de plenitude e revestimento. Cremos que seria mais correto, se ele dissesse que foi uma vez batizado no Esprito, e vrias vezes renovado na plenitude ou revestimento de poder. Cremos que o batismo no Esprito como experincia inicial, no se repete. Como a salvao, o batismo no Esprito no se repete. O crente no pode perder a salvao. Pode perder a alegria da salvao, como Davi: Salmo 51:10. Pode perder aquele primeiro amor, ou deixar aquele primeiro amor. Mas no pode perder a salvao. Do mesmo modo, o batismo no Esprito, como experincia inicial, uma s vez. O crente pode perder a plenitude, mas no o batismo, como ocorreu com Pedro e Joo, e com o prprio Finney, que, segundo ele nos conta experimentou novos revestimentos ou plenitudes, aps perodos de orao e exame de si mesmo. Plenitude e revestimento so efeitos, conseqncia ou resultado do batismo, mas no em si o batismo. No Batismo com ou no Esprito, Jesus o Agente. o Balizador: Mat. 3: 11, Marc. 1:8, Luc. 3:16. Joo 1:33, Atos 1:4-5 e 11:15-17. Por isso que Jesus convida: "Se algum tem sede, venha a mim e beba... Joo 7:37." Jesus batiza no Esprito os crentes que lhe so submissos e obedientes: Atos 5:32. No dia de Pentecostes todos os quase 120 discpulos, que se achavam reunidos, e unidos em orao no Cenculo, foram cheios do Esprito: Atos 1:15, e 2:4.

Algum tempo depois, no se sabe exatamente quando, Pedro e Joo perderam a plenitude do Esprito, pois foram outra vez cheios do Esprito Santo, consoante registro de Atos 4:31. Deram um testemunho corajoso, ousado e impressionante perante as autoridades judaicas, que os ameaaram e proibiram de falar no Nome de Jesus. Soltos ou liberados, foram ao encontro de um grupo de irmos na f, que se encontravam reunidos, e lhes relataram os acontecimentos e as ameaas. Ento, unnimes, levantaram a voz, e fizeram aquela orao maravilhosa, registrada em Atos 4:24-30. No pediram proteo contra os inimigos poderosos e furiosos. No pediram que Deus afastasse o perigo ou ameaa; ao contrrio, pediram ousadia para falarem ou continuarem falando, e anunciando a salvao em Jesus Cristo. A orao foi to poderosa que o lugar onde estavam reunidos se moveu, e todos foram cheios do Esprito, inclusive, bvio, Pedro e Joo. "E tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Esprito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus." Atos 4:13. Se a palavra diz "todos", inclui Pedro e Joo, que ali estavam. Joo e Pedro, eram o motivo principal daquela orao. Cremos que a ousadia e poder no anunciar a Palavra de Deus, uma das primeiras evidncias do batismo no Esprito Santo, ou na plenitude do Esprita. Quando algum se converte, uma grande evidncia da converso o desejo ardente do novo crente ver seus parentes, amigos e conhecidos receberem Jesus, e experimentarem a mesma bno e alegria. Assim tambm, quando algum cheio do Esprito, passa a pregar com destemor e ousadia Palavra de Deus. Enche-se de amor para com o prximo e de compaixo para com as almas perdidas. No perde oportunidade de falar de seu Senhor e Salvador. Fala "a tempo e fora de tempo". No Pentecostes, os discpulos foram, ao mesmo tempo, batizados no Esprito Santo, cheios do Esprito, e revestidos de poder divino. 0 mesmo se d em nosso$ dias, quando um crente se purifica, e se submete incondicionalmente a Jesus Cristo. Ele batizado no Esprito, cheio do Esprito e revestido de poder. Apenas no h aquelas lnguas repartidas como que de fogo, ou o som do vento impetuoso. Tudo isso se d ao mesmo tempo, semelhante justificao, regenerao e adoo, quando a

pessoa se arrepende de seus pecados, e recebe a Cristo como Senhor e Salvador. . Mas o fato de ocorrerem concomitantes, no significa sejam a mesma e nica bno. Plenitude e revestimento, j dissemos, so efeitos ou resultados do batismo no Esprito, que insistimos, a experincia inicial de plenitude e revestimento. A plenitude e o revestimento podem repetir-se ou renovar-se, mas o batismo como experincia inicial, no. Como dissemos "ab initio", podemos usar as expresses plenitude, revestimento etc. como sinnimos de batismo no Esprito, desde que, no se trate de experincia inicial. Parece-nos, que usamos as expresses plenitude, enchimento e revestimento, mais por preconceito, temendo reaes dos que rejeitam o batismo no Esprito como bno distinta da salvao. Contudo devemos ser fiis Bblia, que usa a expresso batismo com ou no Esprito Santo, pelo menos 6 vezes: Mat. 13:11, Marc. 1:8, Luc. .1:16, Joo 1:33. Mais duas vezes, temos essa terminologia, sendo que uma, empregada pelo prprio Senhor Jesus Cristo, e outra, pelo Apstolo Pedro: Atos 1:5 c 11:15-16. Se Jesus, Pedro e Joo usaram essa expresso, por que haveramos ns de rejeit-la? Preferimos a terminologia "batismo no Esprito" porque, sem entrarmos no mrito da discusso a respeito do emprego das preposies com ou em, gostaramos de dizer, ainda que a "vol d'oiseaux" da razo de nossa preferncia por essa expresso, em vez de "batismo com o Esprito", se bem que ambas so bblicas. que batismo significa imerso. E imerso se faz em gua, e no com gua. O batismo de arrependimento imerso do crente na gua. Ele fica completamente imerso, mergulhado, envolvido ou sepultado n'gua. Do mesmo modo, "batismo no Esprito" imerso do crente no Esprito Santo. Nesse batismo, o crente totalmente mergulhado, envolvido, imerso no Esprito. A plenitude do Esprito uma saturao de Deus. Usemos a comparao de William E. Entzminger, cujos hinos do Cantor Cristo, tanto nos deleitam e inspiram. Diz ele, em "O Poder do Alto", pg. 42, que a plenitude do Esprito pode ser comparada imerso de um livro num tanque de gua, ou simplesmente na gua. "Se pusssemos um livro dentro dgua, tirando-o, poderamos dizer que todas as suas folhas estavam

cheias ou encharcadas de gua. Assim tambm se diz, falando dos discpulos que foram cheios do Esprito". Entzminger est se referindo experincia do Pentecostes ou Plenitude do Esprito, ou ainda ao Batismo no Esprito, de que a plenitude conseqncia ou resultado. Como o livro mergulhado na gua tem suas folhas encharcadas dgua, todas as fmbrias, clulas e partculas de nosso ser so saturadas, impregnadas ou encharcadas do Esprito. O crente cheio do Esprito mergulhado naquelas guas profundas do Esprito, referidas pelo profeta Ezequiel 47:5.

CAPTULO IV A PROMESSA DO PAI


O Senhor Jesus Cristo esteve com os discpulos na terra. 40 dias aps sua ressurreio. No ltimo dia, chegada a hora de sua partida, num momento profundamente significativo e solene.. Jesus d aos discpulos, suas ltimas instrues. "E, estando com eles, determinou-lhes que no se ausentassem de Jerusalm, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Atos 1:4." Logo em seguida, Jesus liga a promessa do Pai ao batismo no Esprito Santo: "Porque, na verdade, Joo batizou com gua, mas vs sereis batizados com o Esprito Santo, no muito depois destes dias." Atos 1:5. E, suas ltimas palavras aqui na terra, foram concernentes ao revestimento do poder do Esprito, que haveria de descer sobre os discpulos. Em sntese, a promessa do Pai o batismo no Esprito, a capacitao dos crentes com o revestimento de poder divino e a plenitude do Esprito. "Mas recebereis poder, ao descer sobre vs o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas..." Atos 1:8 "Ditas essas palavras, foi Jesus elevado s alturas..." Atos 1:9 A promessa do poder do Esprito Santo foi a ltima palavra de Jesus, antes de Sua ascenso. Isso muito significativo. No comentrio a Atos 1:8 da "Bblia Vida Nova", lemos: "Sem o Esprito no h poder milagroso (dunamis); 2).Sem poder no h testemunho eficaz; 3) Sem testemunho no h avano at aos confins da terra; 4) Sem tal avano. Cristo no voltar para estabelecer seu reino, A expanso da Igreja em Atos acompanha a predio de Cristo. Jerusalm evangelizada: Atos 1:12a 7:60. Judia e Samaria so atingidas: 8:1-40; o evangelho avana sem parar, pelas terras gentias at Roma: 9:1-28,31" E, ns acrescentamos: cabe-nos levar o Evangelho at aos confins da terra, at o ltimo homem que nunca ouviu de Cristo. Para isso, a "conditio sine qua non" a plenitude e o poder do Esprito como possuam aqueles crentes da Igreja Primitiva, que espalharam o Evangelho, a despeito de duras perseguies e dificuldades. Por isso que, logo aps a ascenso, (Atos 1:9-l 1) em obedincia determinao de Jesus, (Luc. 24:49 e Atos 1:4), os discpulos voltaram do monte das Oliveiras para Jerusalm e, no Cenculo permaneceram

reunidos, e unidos em orao perseverante, at que a Promessa do Pai se cumpriu 10 dias depois, no Pentecostes. Faamos um retrospecto: "E, estando com eles, determinou-lhes que no se ausentassem de Jerusalm, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes." Atos 1:4. Quando teriam eles ouvido essa promessa da boca de Jesus? Vrias vezes antes. Parece-nos claro que Jesus est falando da promessa do Pai, recordada a eles: Luc. 24:49. Jesus caminhou at a aldeia de Emas na companhia daqueles dois discpulos. Em l chegando, identificou-Se, no partir do po. provvel que os sinais dos cravos em Suas mos feridas, fizessem os discpulos de Emas perceber que aquele varo com quem andaram e conversaram pelo caminho, era Jesus, o Salvador. Ento voltaram correndo para Jerusalm, a fim de anunciar a notcia maravilhosa aos demais discpulos. E, quando relataram os acontecimentos, o Cristo redivivo se apresentou no meio deles, saudando-os com sua paz. Comeu um pedao de peixe assado e um favo de mel para patentear que sua ressurreio era real e fsica. Ao depois, passou a explicar-lhes, que tudo que havia acontecido, fazia parte do plano de Deus para a salvao do mundo. Para a remisso dos pecadores, em todas as naes, desde Jerusalm at os confins da terra. Tudo havia obedecido, risca, com preciso absoluta, quanto estava escrito na lei de Moiss, nos profetas e nos Salmos. Seus discpulos haviam de ser testemunhas de todas aquelas coisas, e deveriam anunciar o arrependimento e a remisso do pecado "em todas as naes, comeando por Jerusalm". Luc. 24:47-48. Haveriam de ir ao mundo hostil e incrdulo levar a mensagem de salvao. Mas, para isso precisariam de poder. Do poder do Alto. Foi ento que Jesus falou da promessa do Pai: "E eis que sobre vs envio a promessa de meu Pai; ficai, porm, na cidade de Jerusalm, at que do alto sejais revestidos de poder. Luc. 24:49." J vimos que a promessa do Pai consistiria no batismo no Esprito Santo, e como conseqncia, na plenitude do Esprito, e no revestimento de poder divino para testemunho eficaz. Em nossa digresso, vamos s pginas do Velho Testamento e, vejamos ainda que ligeiramente, as trs principais profecias relativas ao derramar do Esprito Santo. "E vs com alegria tirareis guas das fontes da Salvao.

Isa. 12:3". "Porque derramarei gua sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Esprito sobre a tua posteridade, e a minha bno sobre os teus descendentes. Isa. 44:3". "E h de ser que, depois, derramarei o meu Esprito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizaro, os vossos velhos tero sonhos, os vossos mancebos tero vises. E tambm sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Esprito. Joel 2:28-29." Voltemos ao Novo Testamento e, no Evangelho de Joo, captulo 7:37-39, poderemos contemplar uma das cenas mais maravilhosas, com os olhos da f. Poderemos ouvir o Senhor Jesus fazer uma das mais gloriosas promessas que ouvidos humanos poderiam ouvir. "E no ltimo dia, o grande dia da festa, Jesus ps-se em p, e clamou, dizendo: Se algum tem sede, venha a mim, e beba". Jesus se referia ao derramar do Esprito. "Quem cr em mim, como diz a Escritura, rios dgua viva correro do seu ventre. E isto disse ele do Esprito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Esprito Santo ainda no fora dado, por ainda Jesus no ter sido glorificado." Jesus ps-se em p e clamou. Isto , falou em alta voz para que todos, ou o maior nmero possvel daquela multido, pudessem ouvi-lo. Comentando esse texto, T.A. Hegre, com muita elegncia e profundeza espiritual diz: "Esse ltimo dia de festa, um sbado, distinguia-se por cerimnias notveis. Em certo momento mui solene, o sacerdote trazia gua em vasos dourados, da torrente de Silo, que corria abaixo do Templo, e a derramava sobre o altar. Ento o regozijo da festa se manifestava em gritos de alegria, ao cantarem o Hallel (Salmo 113-118) e Isaias 12:3. "Vs com alegria tirareis guas das fontes da salvao." Jesus essa fonte! Aleluia! Essa cerimnia comemorava o fato de Moiss ferir a rocha de Horebe, de onde brotou torrente de gua para dessedentar o povo de Deus no deserto, rumo Terra Prometida. O Senhor havia dito a Moiss: "Leva contigo, em tua mo, a vara com que feriste o rio; vai. Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirs a rocha, e dela sairo guas, e o povo beber li Moiss assim o fez, diante dos olhos dos ancios de Israel. xodo 17:5-6". Foi precisamente nesse momento solene e significativo, quando todos pensavam, ou recordavam a rocha ferida, e as guas a jorrarem no deserto

ao toque da vara de Moiss; foi precisamente nesse momento, que o Senhor Jesus, cheio de majestade, dignidade e autoridade, ps-se em p e fez em voz bem alta, o convite: "Se algum tem sede, venha a mim e beba... Joo 7:37-39" Jesus, mais uma vez, dizemos, o centro de toda a experincia crist. Ele a fonte de vida e poder. o manancial. o nico Salvador e Senhor. Mas mister a ao do Esprito Santo de Deus em nossas vidas, mesmo porque ningum pode dizer que Jesus Cristo o Senhor, seno pelo Esprito: I Cor. 12:3. Ningum pode arrepender-se de seus pecados e receber a Cristo como Salvador e Senhor, a no ser pela operao do Esprito: Joo 16:8. Da a necessidade do poder do Esprito. Jesus identificava, pois, a promessa do Pai com o derramar do Esprito, enchendo e revestindo os crentes. Jesus doador desse dom. Como j vimos, o Batizador. Poucos tm recebido esse dom, porque para os que tm sede; sede de Deus, um desejo ardente e profundo 'de Deus. Citaremos alguns textos em conexo com Joo 7:37 e, que dizem bem no que deve consistir a sede mencionada por Jesus em seu convite: "Se algum tem sede, venha a mim, e beba... "Salmo 42:1-2; Salmo 63:1; Salmo 143:6; Isaas 12:3; Isaias 41:17-18; Isa. 43:19, e 44:3; Jer. 29:13 e 33:3; Sal. 107:33-37 e, finalmente, Mat. 5:6. Infelizmente, muitos, em vez de beberem dessa fonte pura de guas vivas JESUS CRISTO - tm preferido beber das guas poludas das cisternas rotas do mundo. Para que o Pai pudesse cumprir sua promessa da efuso do Esprito, seria necessrio o sacrifcio de Cristo. Primeiro, a rocha teria que ser ferida pela vara de Moiss, para que as guas flussem. Vara, que bem pode representar a lei. (Rom. 8:1-4). Seria necessrio que o Filho de Deus sofresse, e morresse no alto de uma cruz, para que o Esprito Santo viesse. Aquela rocha de Horebe predisse a morte de Cristo no Calvrio. , pois, uma figura de Cristo. "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. 1Cor. 10:4.".S depois que Moiss feriu a rocha no deserto, que a torrente de guas comeou a fluir. S depois do sacrifcio e exaltao de Cristo, que o Esprito seria derramado. Calvrio e Pentecostes esto pois, intimamente

ligados. "1 tendo recebido do Pai a promessa do Esprito Santo, derramou isto que vs agora vedes e ouvis. Atos 2:33". gua lembra limpeza, purificao, lavagem, refrigrio, e as influncias maravilhosas do bendito Consolador. gua vida. Seca morte. O Nilo o dom de Deus ao Egito. Em suas cheias e transborda-mentos, inunda toda aquela regio, tornando a terra frtil e rica. No devemos temer a promessa do Pai. Ao contrrio, devemos busc-la com toda intensidade d'alma. Deus disse que em Cana manava leite e mel. E, algum falou: "Mas o leite estava nas tetas das cabras, e o mel nas fendas das rochas. E de l precisavam ser tirados." Todas as bnos devem ser apropriadas pela f. Jesus recordou, de forma solene e dramtica, a promessa do Esprito, quando, no momento exato e oportuno, ps-se em p, estendeu as mos, num convite solene e amoroso; e, em voz alta, isto , quando clamou dizendo: "Se algum tem sede, venha a mim, e beba." Nos captulos 14. 15 e 16 do Evangelho de Joo, Jesus fala sobre vrios aspectos do Ministrio do Esprito. Alm de Joo 7: 37-39, Jesus fala quatro vezes no Esprito e Sua Vinda. Deixa bem claro que a vinda do Esprito dependeria de Sua volta ao Pai. Estava, pois condicionada morte de Cristo, aceitao de seu sacrifcio, e Sua exaltao pelo Pai. "Todavia digo-vos a verdade, que vos convm que eu v; porque, se eu no for, o Consolador no vir a vs, mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. Joo 16.7 "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dar outro Consolador, para que fique convosco para sempre, Joo 14:15-16,"Ao depois, acrescenta: "O Esprito de verdade, que o mundo no pode receber, porque no o v nem o conhece; mas vs conheceis, porque habita convosco, e estar em vs. No vos deixarei rfos; voltarei para vs. Joo 14:17-18." Jesus est consolando seus discpulos ante a proximidade de sua partida. Eles no seriam desamparados. No ficariam rfos. Ele haveria de enviar outro Consolador, igual a Ele. Da mesma natureza que Ele. Seu "Alter Ego", o Esprito Santo. Jesus haveria de voltar, como de fato voltou, na Pessoa do Esprito Santo, derramado por Ele no Pentecostes, (guando Jesus disse: "Voltarei para vs", no se referia, naquela ocasio, sua segunda vinda, aps a Grande Tribulao, nem tampouco ao Arrebatamento da Igreja, antes da Grande Tribulao: I Tess. 4:13-18. No! Jesus falava de

sua volta atravs do Esprito Santo. Na pessoa do Esprito, a Trindade Divina haveria de habitar no crente: "Jesus respondeu.e disse-lhe: Se algum me ama, guardar a minha palavra, e meu Pai o amar, e viremos para ele e faremos nele morada. Joo 14:23. Jesus fala outra vez da vinda do Esprito Santo: "Mas aquele Consolador, o Esprito Santo, que o Pai enviara em meu nome, esse vos ensinar todas as coisas, e vos far lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Joo 14:26. "O Esprito vir para testificar de Jesus e do seu poder. "Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Esprito de verdade, que procede do Pai, ele testificar de mim. E vs tambm testificareis, pois estivestes comigo desde o princpio. Joo 15:26-27." Joo 16:7-8, faz outra referncia ao Esprito, conforme j citado. De tudo que foi dito pelos profetas.e confirmado pelo Senhor Jesus, a suma : A promessa do Pai consistiria no derramar do Esprito e de seu poder sobre os discpulos que ficariam, como de fato ficaram, cheios do Esprito, e revestidos de poder. No Pentecostes se cumpre a magnfica promessa do Pai, quando o Esprito de Deus desceu sobre todos os discpulos reunidos no Cenculo" e todos foram cheios do Esprito Santo..." Atos 2:4 e revestidos do poder divino: Lucas 24:49 e Atos 1:8. Assim cumpre-se a promessa em Isaas 44:3 e Joel 2:28-29. Ou melhor, comeou a cumprir-se naquele dia e, at ao Arrebatamento da Igreja, o Esprito Santo continuar a descer e possuir, encher e revestir todo o crente que se purifique, e se submeta inteiramente ao Senhor Jesus Cristo. No Pentecostes, Ele veio para inaugurar o seu Ministrio. Da os fenmenos sobrenaturais que assinalaram o evento histrico. Porm, aquela bno no ficou restrita ao passado, ou aos discpulos da Igreja Primitiva. para ns. "para quantos Deus nosso Senhor chamar." Atos 2:39". No teria sentido a promessa cumprir-se, e exaurir-se naqueles dias, como no faria sentido as bnos do Calvrio se limitarem queles dias. Portanto, sem lnguas repartidas como que de fogo, ou som como de vento veemente e impetuoso, o Esprito continua seu Ministrio, descendo, possuindo, enchendo e capacitando os crentes, que crem nessa bno e a buscam, e a recebem pela f. Concordamos com o acatado telogo batista, Dr. Reynaldo Purim, quando, em artigo publicado em "O Jornal Batista", h cerca de 20 anos, afirmou:

"Esta profecia (Joel 2:28-32) cumpriu-se, ou melhor, comeou a cumprir-se no dia de Pentecostes".

CAPTULO V O CUMPRIMENTO DA PROMESSA


Cumpre-se a promessa do Pai, no dia de Pentecostes. Cumpre-se no! Comea a cumprir-se aquela gloriosa promessa. Seu cumprimento, ou as bnos do Pentecostes se projetam no tempo e no espao, a todos os povos e naes at ao Arrebatamento da Igreja. Como fato histrico, Pentecostes no se repete. Calvrio tambm no se repete. Cristo morreu na cruz apenas uma vez. o suficiente! Mas, quem poderia negar que os benefcios do Calvrio so para nossos dias? Teria Cristo morrido para salvar apenas seus contemporneos? Ou ainda, s os crentes da Igreja Primitiva? Do mesmo modo, no faria sentido o poder do Esprito, ou as bnos do Pentecostes se restringirem aos crentes daqueles dias, ou quando muito, do perodo da Igreja Primitiva. No se diga que havia necessidade para a implantao do Cristianismo, pois se havia dificuldades naquele tempo, que dizer de hoje? Ademais esses argumentos so todos humanos e sem base bblica. So incoerentes e contraditrios Palavra de Deus. "Porque a promessa vos diz respeito a vs, a vossos filhos, e a todos os que esto longe (no tempo ( (10 espao, dizemos ns); a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. Atos 2:39." Que promessa? A que promessa Pedro est-se referindo? evidente que ia mesma promessa sobre a qual estava falando, quando foi interrompido: "Que faremos, vares irmos?" E qual era a promessa, objeto de sua dissertao ou exposio bblica? A promessa do Pai. isto , o derramar do Esprito, profetizado por Joel 2:28-32. Isaias 44:3 etc... promessa do Pai, outra coisa no era seno o batismo no Esprito Santo, enchendo do Esprito e de poder divino para uma vida mais santa, e um testemunho mais eficaz: Lucas 24:49. Atos 1:4-5.8 e At. 2. Pedro h pouco, falara "de sorte que, exaltado pela dextra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Esprito Santo, derramou isto que vs agora vedes e ouvis. Atos 2:33". Jesus Cristo havia cumprido total e perfeitamente sua misso. Seu sacrifcio estava consumado. E. como prova de que este sacrifcio satisfizera inteiramente a justia divina, o Esprito foi derramado sobre aqueles quase 120 discpulos, que perseveraram em orao, espera do cumprimento da promessa, Jesus Cristo glorificado e exaltado pela dextra do Pai, mandara o

Consolador prometido, no apenas para habitar nos crentes, mas para possu-los, ench-los e revesti-los de poder do Alto, Essa a promessa que dizia respeito, no s aos crentes do dia de Pentecostes, mas a seus descendentes, e a todos quantos Deus chamar e responderem ao chamamento divino, recebendo seu Filho. Jesus Cristo, como Senhor e Salvador: no s judeus, mas de todas as naes, isto , os que esto longe,, ou espalhados por toda a face do orbe terrqueo; e em todos os tempos, at o fim da Dispensao da Graa. Se o dom do Esprito Santo mencionado em Atos 2:38 no o derramar do Esprito no sentido de plenitude e revestimento, Pedro seria incoerente e confuso demais. Interpretar-se o "dom do Esprito" em Atos 2:38 no sentido de que todo o crente recebe o Esprito ao nascer de novo, e no no sentido de batismo no Esprito, ou plenitude e poder, pr na boca de Pedro aquilo que ele no disse. Pedro falou: "... e recebereis o dom do Esprito Santo" Atos 2:38. No disse "recebereis o Esprito Santo", mas o dom do Esprito Santo". . que dom esse? mesmo referido por Jesus: Atos 1:8. Isto o poder do Esprito de Deus, capacitando o crente para a vida crist vitoriosa. E os gentios de Atos 10 que foram batizados no Esprito (vs. 45) e ordenados que fossem batizados na gua depois (vs. 48)? S aquele que se converte, arrepende-se de seus pecados e batizado em nome de Jesus (Atos 2:38) poder de receber o dom do Esprito Santo. O incrdulo, ou seja, o mundo no pode receber o Esprito (Joo 14:17). S o crente, que j tem o Esprito, pode receber o "dom do Esprito". Cristo e o dom de Deus para o mundo: Joo 3:16. O Esprito Santo o dom de Cristo Igreja, aos crentes. Em Atos 2:38, Pedro fala daqueles que se arrependem e so batizados, portanto j tm o Esprito, mesmo porque seria antibblico batizar-se quem no nasceu de novo. No final do verso 38, Pedro promete, no mais o Esprito, mas "o dom do Esprito". J.B. Lawrence, lder batista na outra Amrica, a quem muito apreciamos, disse: "A descida do Esprito Santo no dia de Pentecostes o sinal e selo do fato de que Cristo saldou completamente a dvida do pecado e de que a salvao est agora assegurada a todo aquele que aceita a Cristo como Senhor e Salvador." (O Esprito Santo na Evangelizao do Mundo, pg. 18).

O derramamento do Esprito no Pentecostes foi sinal e prova, j dissemos, da aceitao do sacrifcio de Cristo e de sua exaltao e glorificao pelo Pai: Lev. 16:8-14 e Atos 2:33. "E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do cu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles lnguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Esprito Santo, e comearam a falar noutras lnguas, conforme o Esprito Santo lhes concedia que falasse..." Atos 2:1-4. Ante certos fenmenos sobrenaturais daquele dia, uns se maravilhavam e outros escarneciam, e zombando diziam que os crentes estavam "cheios de mosto". Atos 2:13. Que teria levado os escarnecedores a pensarem que os discpulos estariam embriagados? Quando algum est cheio de vinho procede de maneira estranha, no mesmo? No seria porque, cheios do Esprito Santo estariam procedendo de modo inusitado? Fora do comum? De maneira estranha ao mundo? Em Efsios 5:18, lemos: "E no vos embriagueis com vinho, em que h contendas, mas enchei1-! vos do Esprito." Algum cheio do Esprito tem o, fruto do Esprito (Gal. 5:22): Amor, gozo ou alegria v intensa, paz etc... Quando uma pessoa recebe uma notcia muito boa, notcia alvissareira salta de alegria, ri e chora ao mesmo tempo, como j tivemos oportunidade de presenciar. Procede de modo diferente. Fica prosa, comunicativa... A plenitude do Esprito no haveria de produzir um gozo muito intenso, levando os discpulos a um procedimento assim, fora do comum, e estranho ao mundo? possvel. Sempre condenamos o emocionalismo falso, artificial, provocado, imitativo. Todavia, nunca poderamos reprovar o emocionalismo autntico, genuno, fruto de uma experincia ntima e profunda com o Senhor Jesus ou seu Esprito. Emocionalismo ou reao que varia de pessoa para pessoa... Se, por futebol e muitas outras coisas do mundo, h tanta emoo e vibrao, por que as coisas espirituais teriam d ser frias e calculadas? No somos daqueles que se emocionam fcil, e nem daqueles que aprovam emoes exageradas ou descontroladas. Mas, tambm no somos daqueles

que condenam a emoo maravilhosa de um encontro com a Pessoa augusta do Senhor Jesus, ou a experincia do gozo da plenitude do Esprito de Deus. Aquele mesmo Pedro que. 54 dias antes, negara seu Senhor e Mestre ante uma criadinha temendo os judeus. Aquele mesmo Pedro, que praguejara negando a Cristo 3 vezes, antes do Pentecostes, agora, pe-se de p, levanta a voz, isto , fala bem alto, para que todos possam ouvi-lo e comea a explicar os acontecimentos miraculosos daquele dia. Que transformao na vida de Pedro! Por certo, falara baixinho, e olhando dos lados, quando negara Cristo perante aquela empregada. Agora, fala bem alto, e perante uma grande multido! Aquele mesmo Pedro que aquecia as' mos junto a uma fogueira naquele ptio, enquanto Jesus enfrentava os terrveis inimigos l dentro; agora, aquecia o corao de cerca de trs mil almas com a mensagem ungida daquele dia. Aquele mesmo Pedro, como disse Stanley Jones, que negara trs vezes seu Mestre, recebia do Mestre, mil almas para cada negativa. Stanley Jones fala da diferena do crente antes e depois da experincia pentecostal. Antes e depois de receber o batismo no Esprito, e conseqente revestimento e plenitude. Pedro tinha o Esprito antes do Pentecostes. Mas, agora, possudo pelo Esprito e cheio do Esprito, seu procedimento de um super-homem. A vida pr-Pentecostes descrita no captulo 7 de Romanos, A vida ps-Pentecostes ou cheia do Esprito, a vida crist vitoriosa, retratada no captulo 8 dessa mesma epstola. Ouamos Stanley Jones: ''O sexto captulo da carta aos romanos descreve vividamente a potencialidade da vida crist em face do que Cristo fez por ns, por sua vida, morte e ressurreio. Nossos coraes se agitam, medida que vamos lendo aquelas palavras, mas, de repente, esfriamos quando notamos que no pice desta maravilhosa descrio, o autor apresenta no captulo 7, uma litania de derrota, desnimo e morte. Por que esta flagrante contradio? A razo obvia. No h meno do Esprito no captulo 7. Ele no o fator preponderante ali. E o perodo pre-pentecostal. Mas, comea o capitulo 8, e aqui o Esprito fator vital - mencionado 19 vezes toda atmosfera espiritual mudada, A litania de derrota torna-se um cntico de vitria e a alma jubilosa dardeja suas asas sobre aqueles versculos maravilhosos. O

captulo 8 o cristianismo normal. Estamos to adaptados a este estado pr-pentecostal que admitimos que o captulo 7 normal, e o melhor que podemos colher do Evangelho: e nada mais se espera do crente seno queixar-se e viver ocioso: "Temos feito o que no devamos, temos deixado de fazer o que devamos". "no h em mim nada de bom." No h nada de bom em ns? Sim, h se o Esprito vive em ns. ( Cristo de Todos os Caminhos, pgs. 88 e 89). Pedro continuava falando, depois de deixar claro que eles no estavam embriagados. Naquele dia, dava-se o cumprimento da gloriosa promessa do derramar do Esprito, conforme Joel 2:28-32. Falava que, tudo aquilo que fizeram com Cristo, havia sido determinado pelo conselho e prescincia de Deus. Cristo deveria morrer para a redeno dos pecadores. Ele vencera a morte. Havia ressuscitado, glorificado, e exaltado pelo Pai, derramou o Esprito. Quando Pedro chega ao ponto de dizer "saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vs crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo", o povo se quebrantou. O corao de quase trs mil almas se derreteu. Se Pedro proferisse aquelas mesmas palavras antes do Pentecostes, no h dvida de que seria apedrejado. Mas, aps o Pentecostes, ungido, ele fala, e trs mil se salvam. No desse poder que, estamos precisando? Quem disse que esse poder era s para Pedro ou os discpulos daquele tempo? Onde se l isso na Bblia? Foi fulano ou beltrano quem disse? Mas, onde est essa afirmao na Palavra do Senhor? "E ouvindo eles isto, compungiram-se em seu corao, e perguntaram a Pedro e aos demais apstolos: Que faremos, vares irmos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vs seja batizado em nome de Jesus Cristo, na base do perdo dos pecados; e recebereis o dom do Esprito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vs, a vossos filhos, e a todos os que esto longe; a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. Atos 2:38-39". Trs mil almas se converteram naquele dia, e "foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase trs mil almas. Atos 2:41." Como dissemos, Pedro falara, em sua mensagem, do cumprimento da promessa (Joel 2:28-32). Falara tambm que aquela promessa era vlida

par-' seus descendentes, para os que estavam longe (no tempo e no espao, dissemos ns) ou seja para os crentes do futuro, longe no tempo vinte sculos depois - e para os crentes em toda a parte da terra -longe no espao qualquer povo ou nao. Enfim, "a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar". para todos os que, chamados por Deus, aceitaram o seu Filho Jesus Cristo. , pois, uma promessa para todos os crentes. Para a Igreja, que se formava ou comeava a edificar-se naquele dia. No era uma promessa para o mundo, porque o mundo no pode receber o Esprito, e muito menos o dom do Esprito. O mundo deve receber primeiro a Cristo, insistimos, o dom de Deus ao mundo: Joo 3:16. "No poderamos imaginar a Igreja sem o Pentecostes, mesmo porque no teria havido Igreja." "No sei de outra coisa mais urgente que a necessidade de despirmos o Pentecostes dos seus fenmenos, e apegar-nos ao fato, no seu valor e sentimento real", disse Stanley Jones. E o fato real a plenitude e o poder do Esprito para uma vida abundante: Joo 10:10. No que tange aos fenmenos sobrenaturais cremos desnecessrios, e no se repetem, ou no precisam repetir se cm nossos dias. Dizemos no precisam; no estamos dizendo que no podem repetir-se. Aqueles sinais assinalaram o incio do Ministrio peculiar do Esprito. Houve manifestaes sobrenaturais no Sinai e no Calvrio para marcarem tais eventos histricos, isto a Dispensao da li e da Graa, respectivamente. Assim tambm no Pentecostes. Deus soberano e absoluto. Quem somos ns para dizermos o que Deus pode e o que no pode fazer? Ele tem suas leis, sim, mas est acima de suas eis, e no seria concebvel que Deus se limitasse, ou se tornasse escravo de suas prprias leis. Entretanto, no h dvida de que precisamos despir o Pentecostes desses fenmenos sobrenaturais, e apegar-nos ao fato central no seu valor real, ou seja, a plenitude do Esprito e o revestimento de poder divino.

CAPTULO VI O BATISMO NO ESPIRITO SANTO


H muito preconceito ou preveno contra as expresses "batismo no Esprito Santo" ou "batismo com o Esprito Santo", por isso que muitos preferem dizer plenitude, enchimento, efuso, uno, revestimento etc. ... Em certo sentido, todas as expresses podem ser empregadas como sinnimas. No sentido de plenitude e poder para testemunhar. Entretanto, quando se trata de experincia inicial de plenitude e revestimento, cremos que a melhor expresso seria "batismo no Esprito Santo," de que plenitude e revestimento que so resultados ou efeitos. Nesse sentido de experincia inicial, "batismo no Esprito" no se repete. Mas, plenitude ou revestimento como resultados, cremos que podem repetir-se ou renovar-se, como j dissemos, citando como exemplos, Pedro e Joo que, foram cheios do Esprito Santo no dia de Pentecostes (Atos 2:4) e cheios outra vez (Atos 4:31). Citamos Finney que fala de suas experincias de renovao de plenitude, empregando a essas experincias o termo "batismos... Disso podemos concluir que, semelhana da salvao que no se perde, o batismo como experincia inicial tambm no se perde. Do mesmo modo como se pode perder a alegria ou outras bnos da salvao (Salmo 51:10) sem perder a salvao, pode-se tambm perder a plenitude ou o1 poder do Esprito, sem perder a bno como experincia inicial. No sabemos quando ou como Pedro e Joo perderam a plenitude; mas que perderam, perderam. Caso contrrio, como serem cheios do Esprito (Atos 4:31) se ainda estivessem cheios? No ltimo captulo falaremos sobre como conservarmos a bno ou nos mantermos cheios do Esprito. Dizamos "ab initio" que h muito preconceito no que concerne ao termo "batismo no ou com o Esprito". Entretanto, so expresses bblicas: Mat. 3:11, Marc. 1:8, Luc. 3:16 e Joo 1:33. Terminologia consagrada, homologada, sancionada e ratificada pelo prprio Senhor Jesus: Atos 1:15, e pelo Apstolo Pedro, em Atos 11:15-17. Todavia, mais importante que a terminologia, a experincia. Mais importante que palavras, e nos conscientizarmos dessa necessidade e buscarmos humildemente a grande bno. De nada adiantam discusses acadmicas, teolgicas ou doutrinrias, sem a bno, que no dizer de

Thomas Goodwin "no pode haver experincia superior ou mais maravilhosa que o batismo com o Esprito Santo, exceto estar mesmo no cu." (R. A. Torrey - "The Holy Spirit", pg.109. Busquemos a bno de no apenas termos o Esprito habitando em ns, residindo em ns, mas como presidente em ns. Todavia, para que o Esprito seja presidente em ns, mister se faz que ele nos possua, ou se aposse de ns, por primeiro, isto , sejamos batizados no Esprito. Todo crente tem o Esprito Santo, mas s aquele que batizado no Esprito possudo pelo Esprito de Deus. Quando nos convertemos, passamos a ter o Esprito. Quando somos batizados no Esprito, Ele passa a nos possuir. Descendo sobre ns, o Esprito nos enchera e nos revestir; capacitar-nos- para glorificarmos o nome do Senhor Jesus atravs de nossa vida e testemunho. Jesus Cristo o centro de toda experincia crist. o alfa e o mega, o princpio e o fim. E o Salvador e Senhor. A fonte, o manancial. quem batiza o crente no Esprito. No Esprito, que s foi derramado por Jesus no Cenculo depois do Calvrio, e de sua Exaltao pelo Pai "De sorte que, exaltado pela dextra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Esprito Santo, derramou isto que vs agora vedes e ouvis. Atos 2:33." O Pai ouvira a orao do Filho (Joo 17:5). William E. Entzminger em seu magnfico opsculo "O Poder do Alto", pg. 14, diz: "Quando Jesus chegou ao cu, depois de ter sado do mundo, foi ali recebido com imenso entusiasmo e glorificado na presena de mirades de anjos, sendo entronizado a direita de Deus Pai. Foi ento que mandou o seu Esprito ao mundo como testemunho de que havia sido glorificado no cu, de que seu sacrifcio satisfizera plenamente justia divina. Todos ns, que recebemos o Esprito, temos de glorificar a Jesus, entronizando-O em nossos coraes como Rei e Senhor de nossa vida." Insistimos que Jesus o Batizador, o agente no Batismo no Esprito. Foi Ele quem batizou os discpulos, e Ele quem continua a baliz-los no Esprito. Por outro lado, o Esprito Santo o agente no "batismo no corpo de Cristo". O crente ento, balizado pelo Esprito, no corpo de Cristo; I Cor. 12:13. O crente posto, colocado e integrado no corpo mstico de Cristo, a Igreja, quando de sua converso ou regenerao. o Esprito que gera dentro de ns a nova criatura, "Mas, a todos quantos o receberam, deu-

lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: a saber: aos que crem no seu nome; os quais no nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus". As trs Pessoas Divinas participam de toda a obra redentiva. Porm, particularmente, no caso da regenerao, o agente o Esprito: O Deus Esprito. "Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem no nascer da gua e do Esprito, no pode entrar no reino de Deus. O que nascido da carne carne; o que nascido do Esprito esprito. Joo 1:12 e 3:3-5". Ento, uma coisa sermos batizados no Esprito. Outra sermos batizados pelo Esprito. Observem-se as preposies em e por. Em Atos 2, os crentes foram batizados no ou com o Esprito. Em Cor. 12:13, os crentes foram batizados pelo Esprito no corpo de Cristo. Foram colocados, agregados, unidos e identificados no corpo de Cristo, a Igreja Universal. A traduo de J.B. Phillips mais correta nesse texto, pois emprega "pelo Esprito", e no no Esprito. Hegre diz que "muitos escritores e mestres baseiam toda sua doutrina a respeito do Esprito y Santo sobre a ltima referncia de 1 Cor. 12:13. Todavia, Paulo tinha em mente um assunto inteira- 1 mente diverso, pois estava falando de cada crente I haver sido despertado dentre os mortos pela atuao do Esprito Santo, tornando-se assim membro do corpo mstico de Cristo. Esse era o modo paulino de descrever o novo nascimento de que nos fala Joo 3:7". Quando de nossa converso, passamos a fazer parte da Igreja Universal, o corpo mstico de Cristo. Quando batizados nas guas, smbolo da morte da velha natureza, e tambm representao do novo nascimento, passamos a integrar a Igreja Local. Ademais, a expresso final de I Cor. 12:13 "... todos temos bebido de um mesmo Esprito" ou "partilhado de um mesmo Esprito" no significa batismo no Esprito, mas batismo pelo Esprito, pois todo crente genuno partilha do mesmo Esprito, ou bebe do mesmo Esprito, na converso. Aqueles que I entendem essa expresso final de I Cor. 12:13 como batismo no Esprito ou plenitude do Esprito, como explicariam 1Cor. 3:1-3? Como explicar crentes cheios do Esprito sendo carnais, briguentos e meninos em Cristo? Ningum pode viver uma vida vitoriosa e abundante (Joo LO: 10); ningum poder dar um testemunho realce verdadeiro de

Cristo sem o poder outorgado pelo precioso Esprito de Deus. Jesus sabia muito bem j que " impossvel fazer a obra de Deus sem o poder de Deus". Da sua determinao para que no se ausentassem de Jerusalm at que recebessem o poder do alto: Luc, 24:49 e Atos 1:8. "Mas recebereis poder, ao descer sobre vs o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalm, como em toda a Judia e Samaria, e at aos confins aos terra." Observemos a fora da conjuno conectiva "e", ligando a descida do Esprito e o recebimento de poder divino, de um lado; e a capacitao tomo testemunha de Jesus, em todo o mundo, como conseqncia. Esse revestimento de poder a "conditio sine qua non" para o testemunho cristo verdadeiro. Da mesma palavra grega, traduzida por testemunha, vm as palavras mrtir e martrio. Testemunha a pessoa que diz o que conhece, viu e ouviu... Testemunha de Jesus o crente que fala, por experincia prpria, a respeito de Cristo, com fidelidade e destemor, disposto, se necessrio, a correr o risco de. sofrer perseguies at ao martrio, ou seja, de derramar seu sangue ou dar sua vida. A palavra "testemunha" ou "testemunha de Jesus" est sempre ligada ao martrio ou possibilidade de martrio, de sofrimento, de perseguies, e at morte, como vemos em Atos 22:20, falando de Estevo, Paulo diz "E quando o sangue de Estevo, tua (de Cristo) testemunha, se derramava, tambm eu estava presente..." Em Apoc. 2:13, em que o prprio Senhor Jesus diz;"...ainda nos dias de Antipas minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vs, onde Satans habita." Ou Apoc. 6:9: "E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram." Ou ainda, em Apoc. 17:16, na viso de Joo "E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus". Fiel testemunha aquela que est disposta, se for "preciso, a sofrer e morrer por Jesus, cor mo os mrtires da Igreja Primitiva, ou nossos irmos fiis nas prises comunistas. Em Atos 7:55, lemos que Estevo estava cheio do Esprito, quando de seu martrio. Agora, de se indagar: possvel algum ser uma testemunha fiel de Jesus Cristo no meio de tribulaes ou perseguies, se no estiver cheio do Esprito Santo e revestido de poder do alto? Atos 1:8. Por isso que o maligno procura sempre lanar confuso, e jogar irmo contra irmo, quando se trata dessa doutrina. que ele no quer crentes

cheios do Esprito. Crentes revestidos de poder divino so muito inconvenientes ao reino das trevas. Igrejas cheias do Esprito so Igrejas poderosas e, que apressam a vinda de Cristo e o fim de Satans. O inferno no pode resistir ou subsistir s investidas de uma "Igreja revestida de poder e luz" (Hino 116 do Cantor Cristo). Temos ouvido sermes que invertem o sentido das palavras de Jesus, quando diz que "as portas do inferno no prevalecero ou no: subsistiro contra ela. Mat. 16:18." Colocam a Igreja1 na defensiva ou numa atitude de passividade contra os ataques do inferno. Cremos que o sentido dessa palavra , exatamente o contrario. As portas do inferno, as portas das fortalezas e cidadelas do diabo que no ho de resistir ou prevalecer ante as investidas da Igreja de Cristo. Mas, para isso preciso que a Igreja seja cheia do Esprito Santo. Revestida de Poder do Alto. Atos 17:6 fala daqueles discpulos que alvoroavam o mundo por onde iam. Hoje o mundo que tem alvoroado igrejas, lares e instituies crists. Igrejas invadidas pelo mundanismo, modernismo, ecumenismo, e outros "ismos"... Por que1?. Porque lhes falta o poder do Pentecostes., Pentecostes no coisa do passado. Como evento histrico, sim. Como experincia de vida e poder, no. Como fonte de vida e poder, continua. Jesus manancial, que comeou a derramar de seu poder naquele dia. E, continua... A fonte no se exauriu! Aleluia! claro que o diabo se enfurece contra crentes e igrejas que se despertam; que reconhecem a grande necessidade desse poder, e comeam a busc-lo, atravs de oraes, santificao, melhor conhecimento da Bblia, jejuns etc... Logo o diabo levanta pessoas para criticarem ou perseguirem aqueles crentes a fim de que desistam. Fanticos, "pentecostais" etc... Somos batista, por convico, mas cremos que ser pentecostal no crime, ou doena contagiosa. Quando trabalhamos para o Senhor, ainda que imbudos do melhor propsito, o mais a canseira, o suor e at mesmo o estrago que fazemos, do que os frutos que colhemos, quando trabalhamos na fora da carne, e no no poder do Esprito. No h dvida de que h homens que, pela cultura, capacidade de trabalho e dinamismo, conseguem bons resultados. E, que tal se esses mesmos homens fossem cheios do Esprito, unindo sua cultura e capacidade ao poder de Deus?

A suprema necessidade da Igreja nestes dias, cada vez mais difceis do sculo XX, o poder divino. Todavia, muitos crentes sinceros e zelosos perdem essa bno por causa do preconceito, do comodismo, ou desconhecimento, isto , porque como Apolo, pararam "no batismo de Joo". Pararam por falta de uma Priscila ou um quila que lhes expusessem mais exatamente "o caminho de Deus". Apolo era eloqente, fervoroso, poderoso em suas argumentaes escritursticas. Porm, tinha um conhecimento incompleto, parcial do "caminho de Deus." Havia parado no Calvrio. No conhecia o Pentecostes. Seus conhecimentos iam at o batismo de Joo, o batismo do arrependimento. Quando, porm, Priscila e quila o ouviram pregar, perceberam logo que, apesar de sua eloqncia, ousadia e fervor, faltavalhe algo. Ento, Priscila e quila "o levaram consigo, e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus," ou "com mais exatido lhe expuseram o caminho de Deus", conforme verso da Sociedade Bblica Brasileira, (Bblia Vida Nova), Atos 18:24-26. No seria exatamente por isso que os doze discpulos de feso no souberam responder pergunta de Paulo? "Recebestes, porventura, o Esprito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrrio, nem ouvimos que existe o Esprito Santo. Atos 19:2." (Verso da SUB., Revista e Atualizada). Quem lhes havia pregado o Evangelho? Apolo. O mesmo Apolo que conhecia s at o batismo de Joo. Atos 18:24, 19:1. Como poderia, pois, Apolo ensinar aos doze, o que no sabia? Como poderia dar-lhes o que no tinha? Por isso que Priscila e quila se apressaram em doutrinar melhor Apolo: Atos 18:24-26. Muitos tm parado no Calvrio. Outros, na Ressurreio. No chegam at ao Pentecostes. Calvrio Salvao. Ressurreio vida. Pentecostes poder. Poder para o servio cristo. Poder contra o pecado, o mundo e o diabo. Poder para dinamizar a pregao do Evangelho do Cristo, que morreu, mas ressuscitou, e vive! E quer viver nas vidas, cujos coraes se abrirem para Ele: Apoc. 3:20. Desde o incio, a maioria tem parado no Calvrio. Ou na Ressurreio. No certo que, por ocasio da ressurreio do Senhor, havia pelo menos 500 discpulos? 1Cor. 15:6. Pois bem, menos da quarta parte deles chegou ao Pentecostes. Menos de 120 receberam a bno do Pentecostes, Em Atos 1:15, lemos que 'lera de quase 120 pessoas" o nmero dos que permaneceram reunidos, e unidos em orao,

no Cenculo. , foi sobre esses quase 120, que o Esprito Santo desceu, e todos eles foram cheios do Esprito Santo: Aios 2:4.. A bno no era apenas para os Apstolos. Nem para os 120 somente. Era para todos os cristos. Para os 500. No s para os pastores, diconos, professores de Escola Bblica Dominical ou lderes. para todos. Da a ordem "... enchei-vos do Esprito. Ef. 5:18." Assim como o incrdulo precisa de Cristo para a salvao, o crente precisa da plenitude do Esprito para o servio cristo. O homem natural ou no crente precisa apropriar-se pela f do dom de Deus para sua salvao: Jesus Cristo. O crente precisa apropriar-se tambm pela f do dom de Cristo para uma vida abundante: A Plenitude e o Poder do Esprito Santo. Cristo morreu para a salvao de todos. Deus quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. 1Tim. 2:4." Por isso que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna. Joo 3:16." Ento, por que nem todos se salvam? Porque no se apropriam, pela f do dom de Deus, Jesus Cristo. Porque rejeitam a bno da salvao. Assim tambm, o batismo no Esprito Santo para todos os crentes, mas a maioria no recebe porque no se apropria pela f dessa bno. Muitos nem sequer crem nela. Ou no se sentem necessitados dela. E no a buscam. E no a recebem. Mas para todos os crentes. ponto pacfico que todo cristo genuno temo Esprito de Cristo ou o Esprito Santo. Todavia isso no basta para vencer "as portas do inferno". Para que as fortalezas ou cidadelas do diabo sejam derrubadas, como as muralhas de Jeric, preciso plenitude e o poder do Esprito. No basta o Esprito residente, como diz Hegre. preciso o Esprito presidente. No apenas o Esprito habitando no crente, mas o crente sendo possudo pelo Esprito, que preside, controla, orienta e lidera aquela vida. S quando o crente possudo pelo Esprito, que o Esprito tem liberdade para operar atravs daquela vida como, quando e onde quiser. Estamos em terra estranha e hostil. Somos peregrinos de passagem para Cana. Este mundo jaz no maligno. dominado pela incredulidade,

idolatria, supersties, crendices, macumbaria, ignorncia espiritual, comunismo, ecumenismo (canto de sereia para iludir os crentes e destruir o esprito de evangelismo de nosso povo), e tantos outros "ismos" perniciosos. H pouco tempo fomos pregar em uma cidade do interior paulista, e soubemos que o padre havia proibido terminantemente os catlicos, especialmente os cursilistas de irem ouvir-nos: "Roma semper eadem"! A macumbaria prolifera, e se alastra qual tiririca. Parece-nos, ento muito claro que, s revestido do poder de Deus, poder o crente vencer. Somente "revestida de poder e luz" poder a Igreja ganhar a batalha contra o mundo e contra o diabo. O Esprito Santo no patrimnio de nenhuma Denominao, e quer usar e usar os crentes que se submetam inteiramente ao Senhorio de Cristo, e se dediquem a uma vida de orao, leitura regular da Bblia e de purificao.

CAPITULO VII BATISMO NO ESPRITO SANTO E REGENERAO


Batismo no Esprito e Regenerao no se confundem. So bnos distintas. Recebemos o Esprito Santo no ato da converso ou regenerao. obvio que ningum pode ser cristo verdadeiro se no tiver o Esprito de Cristo: Rom. 8:9 Contudo, receber o Esprito na converso no a mesma coisa que reebeLo no batismo com o Esprito. Na converso, o Esprito vem habitar em ns. o Esprito "residente". No batismo, o crente possudo pelo Esprito. crente cheio do Esprito,, e revestido de poder divino, Na regenerao, o Esprito o agente. o Esprito Santo quem convence o pecador, levando-o ao arrependimento e aceitao de Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor. o Esprito quem convence o mundo do pecado, da justia e do juzo: Joo 16:8. Jesus Cristo o Salvador e Senhor, mas o homem s pode tornar-se um crente em Cristo pela operao do Esprito. "Mil pregadores com a lgica de Paulo e a eloqncia de Isaas no podero convencer um s pecador do seu pecado, e lev-lo a Cristo" E o Esprito Santo quem regenera, ou gera de novo. Gera dentro de ns a nova criatura: Joo 1:12-13 e Joo 3:3-6. Portanto, na converso ou regenerao, o agente o Esprito Santo. Todavia, quando se trata do batismo no Esprito, o agente o Senhor Jesus. E Jesus quem batiza com o Esprito Santo. Ele o Batizador. como vemos em Mat 3:l 1; Marc. 1:8; Luc. 3:16; Joo 1:13 e Atos 2:33. No gostamos de polmicas, mesmo porque, geralmente no trazem edificao para os polemistas. Que adianta discutirmos se regenerao e batismo no Esprito so uma e mesma beno; se so bnos distintas; se o batismo no Esprito a segunda fase ou etapa da mesma bno, se no possuirmos ou experimentarmos a bno? Cremos que o Senhor no tem apenas uma bno. Suas bnos so ilimitadas. "Por no vermos esta importante distino que em nossos dias

existe grande falta de poder na Igreja. As trs Pessoas da Trindade, embora sejam uma em essncia e em perfeita unidade, tm certos deveres delegados. Um dos deveres, confiados ao Esprito Santo, o de batizar (colocar) o crente no corpo de Cristo; um dos deveres, confiados a Cristo, o de batizar com o Esprito Santo o crente submisso e purificado. Tanto Jesus como os apstolos foram muito claros neste ponto. O Esprito Santo desce sobre o crente que fica cheio de poder para viver santamente, para servir e produzir muitos frutos". T. A. Hegre, (Como Ser Liberto do Poder do Pecado), pg. 34. s Enas Tognini, nosso amado irmo e particular amigo, que tanto tem feito pela causa do Mestre, e do reavivamento espiritual no Brasil, disse com muita clareza: "Se desdobrarmos, porm a bno, teremos ento dois estgios: converso e batismo no Esprito Santo, duas realidades distintas, e cada uma delas recebida voluntariamente pelo pecador. Logo, novo nascimento uma coisa, e batismo no Esprito Santo, outra completamente diferente". (Batismo no Esprito Santo, Edio 1975). Portanto, novo nascimento ou regenerao uma bno. Batismo no' Esprito Santo outra. No podemos e no devemos confundir essas bnos, e nem tampouco batismo no Esprito com batismo no corpo de Cristo. Em 1Cor. 12:13 temos o Esprito como agente no batismo no corpo de Cristo. O crente batizado pelo Esprito no corpo de Cristo, a Igreja. Isto o crente , colocado, posto e identificado no corpo de Cristo, e adotado na famlia de Deus: Rom. 8:15-17. E isso se d na converso. na converso, o agente o Esprito. Ainda que regenerao e batismo no Esprito possam ocorrer na mesma ocasio, como no caso de Cornlio e seus companheiros (Atos 10:44-48, e 11:15-17), nem por isso deixam de ser bnos distintas,. Arrependimento arrependimento. F f. Entretanto, ambos concorrem, simultaneamente, para salvao do pecador. E nem por isso f e arrependimento se confundem. Longe de ns a inteno de magoar ou ferir qualquer irmo, que pense diferente. Por que no haveramos de amar um irmo s porque pensa diferente de ns, neste ou naquele ponto? Um irmo que, como ns, ama e serve ao mesmo Senhor!!? Todavia, cremos que necessitamos do poder do Esprito para um ministrio vitorioso, eficiente, frutfero. Cremos que esse poder est nossa disposio, desde que paguemos o preo da grande bno. para ns.

para nossos dias. O Esprito semelhante a Cristo e, ns tememos ser possudos por Ele por causa dos ensinos incompletos ou distorcidos a esse respeito, dando lugar a outros significados marginais. As biografias de homens de Deus poderosamente usados revelam sempre tratar-se de homens cheios do Esprito. Por tradicionalismo, conservadorismo, comodismo, respeitos humanos, preconceito, orgulho, desconhecimento da doutrina e, principalmente por medo, muitos tm deixado de receber o poder do Alto, e vivem um , ministrio infrutfero, quando poderiam ter vida abundante, e ministrio vitorioso. incrvel como tantos temem os homens mais que a Deus. O diabo usa todos esses recursos para impedir ao crente a descoberta da fonte de poder. Tim La Haye, em "Temperamento Controlado pelo Esprito" diz que a ira entristece, mas o medo apaga o Esprito. O medo nunca vem de Deus. de procedncia maligna! "Porque Deus no nos deu o, 'esprito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderao "II Tim. 1:7. O sangue tem a ver com a salvao. A purificao pelo sangue de Cristo. A cruz tem a ver com o quebrantamento do "eu". Para que Cristo Jesus possa viver, realmente, em ns preciso que o nosso "ego" seja crucificado, isto , morra. "J estou crucificado com Cristo, e vivo, no mais eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne, vive-a na f do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a Si mesmo por mim. Gal. 2:20". Como poder Cristo viver plenamente em ns? Na Pessoa do Esprito Santo, seu "Alter Ego". "O conceito de que todo o cristo tem o batismo no Esprito Santo um dos grandes e terrveis erros da Igreja. s vezes, ouvimos algum dizer: O Esprito foi dado Igreja, e, portanto, todos que so realmente membros da Igreja, isto . todos o.s verdadeiros cristos j receberam o dom do batismo com o Esprito Santo." (Hegre, pg. 34, de Como Ser Liberto do Poder do Pecado). Ora, "Deus quer que todos se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. I Tim. 2:4. "Por isso que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna. Joo 3:16." Cristo morreu para a salvao de todos, mas nem todos se salvam. Do mesmo modo como o mundo precisa crer e,

pela f, receber Cristo, tambm o crente precisa, pela f, apropriar-se da plenitude do Esprito, ou do poder divino, pelo batismo no Esprito Santo. Cristo o dom de Deus para o mundo: Joo 3:16. O Esprito o dom de Cristo para a Igreja ou para os crentes: Joo 7:37-39 e Atos 2:33. O Esprito o dom de Cristo para os crentes que obedecem, isto , se submetem ao Senhorio de Cristo, e se purificam: Atos 5:32. Ningum ser salvo s porque Cristo morreu na cruz. Tambm nenhum, crente ser cheio de Esprito, e revestido de poder, s pelo fato de ser crente. Plenitude do Esprito a impregnao ou saturao de Deus, que permeia, possui e usa cada partcula, cada clula, cada fibra de nosso ser para a glria de Jesus Cristo. No fanatismo, riem excessos, gritaria ou coisa semelhante. como diz J. Edwin Orr, "a plena posse das faculdades do homem pelo Esprito Santo, por meio da qual os seus atos se tornam semelhantes aos atos do Ser Divino, que se apossou dele. O fruto do Esprito est diametralmente oposto extravagncia e ao fanatismo". Em seu magnfico livro, "Calvrio e Pentecostes", Jos Rego do Nascimento faz, com muita sabedoria, distino ntida de batismo no Esprito e regenerao. Preliminarmente fala dos batismos. Sim, a bblia fala em batismos. Em Hebreus 6:2, fala de doutrina dos batismos e da imposio de mos". O batismo nas guas smbolo da redeno de nossas almas. O batismo do sofrimento de Cristo, e tambm dos crentes, representado pelo clice: Marc. 10:38 e Fil 1:29. O batismo no corpo de Cristo a identificao ou integrao do crente Igreja Universal, o Corpo Mstico de Cristo: I Cor. 12:13. Finalmente, o batismo no Esprito Santo se d quando o crente possudo pelo Esprito, enchido e revestido de poder divino: Atos 1:8, e Atos 2. Deixemos agora, Rego do Nascimento falar sobre a distino entre regenerao ou novo nascimento, e batismo no ou com o Esprito: "Batismo no corpo de Cristo a identificao ou entrada do salvo no corpo de Cristo, que a sua Igreja (Ef. 1:22-23). O Esprito Santo opera essa graa pela bno da regenerao, ao novo nascimento (Joo 3:3-5), experincia sobrenatural, da qual o batismo nas guas smbolo (Mat. 3:13,16; Atos 2:38; Joo 7:38-39 e Col. 2:12). E, finalmente, nos revela outra e subseqente operao do Esprito. "E a todos ns foi dado beber de um s Esprito". O batismo com o Esprito Santo ou ser cheio do Esprito:

Joo 7:38-39; Atos 1:8, 2:33; 4:31; 10:38; 13:9_, 52: Ef. 5:18. O batismo no corpo de Cristo , ento, a adoo ou identificao do pecador regenerado e vivificado em esprito no corpo de Cristo, a Igreja Universal dos salvos, o reino de Deus. O batismo com o Esprito Santo e conseqente purificao do corao, e revestimento de poder para o servio e o testemunho. Diz mais: "O batismo no corpo de Cristo , realmente, um processo trplice que se realiza num s momento; converso mais regenerao mais adoo ou identificao no corpo de Cristo, figurado na Sua Igreja, que em sentido relativo , tambm o reino de Deus, o conjunto eterno dos salvos, a Igreja Universal", (Calvrio e Pentecostes, pg. 35). Concordamos com Rego do Nascimento quando faz distino entre regenerao e batismo no Esprito, mas, com todo o respeito que esse amado irmo merece, discordamos quando diz: "E finalmente, nos revela outra e subseqente operao do Esprito. "E a todos ns foi dado beber de um s Esprito". O batismo com o Esprito Santo ou ser cheio do Esprito..." cremos que a expresso "a todos ns foi dado beber ou partilhar de um s Esprito" se refere, ainda, ao novo nascimento, mesmo porque todos os cristos genunos beberam ou partilharam do mesmo Esprito, por ocasio da regenerao. Essa expresso, como diz Hegre, a maneira paulina de descrever o novo nascimento. No captulo VIII, voltaremos a falar sobre o assunto. W. C. Taylor, to apreciado por todos ns, afirma: "Entre muitos dentre os grupos mais cultos dos evanglicos do Brasil, "o batismo do Esprito" identificado com a regenerao. Esta teoria me parece um subterfgio para combater o pentecostismo. Se "o batismo do Esprito" a regenerao, ento, todos ns, que somos crentes, diramos: "Sim, eu fui batizado no Esprito quando cri e fui salvo". J. Edwin Orr, falando a respeito da expresso "batismo com o Esprito", diz que "esse termo foi usado por Finney, Booth, Moody, Torrey, Murray e outros lderes do sculo XIX, e no foi objeto de debates seno depois que surgiu a reao contra o pentecostismo". Como j dissemos, o que h, na realidade, muito preconceito no que concerne expresso. Ouamos o grande lder batista nos Estados Unidos da Amrica do Norte, H.E. Dana que, em seu excelente trabalho "O Esprito Santo no Livro de

Atos", pgs. 66/69, afirma: "Sabemos que no podemos ter esperana de testemunhar de Cristo com sucesso, somente com auxlio de nossas foras humanas. Dois outros pontos de vista errados quanto atividade do Esprito: a) Identificao do batismo do Esprito Santo com a regenerao; b) Restrio da plenitude do Esprito Santo Era Apostlica. Um ponto de vista a respeito da atividade do Esprito Santo, que tem sido promovido tenaz e sinceramente por um grande grupo de mestres cristos da atualidade, e que o batismo do Esprito Santo a mesma experincia que a obra de regenerao; isto , ser batizado com o Esprito e ser nascido no Esprito so a mesma operao descrita em fraseologia diferente. Os advogados desta teoria fazem uma distino entre a converso e a regenerao, e afirmam que os discpulos de Jesus (oram convertidos durante seu ministrio terreno; entretanto, no foram regenerados at que veio o batismo do Esprito no dia de Pentecostes. Em contradio direta com esse ensino temos a linguagem de Joo 1:12: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus". Joo est escrevendo um registro do ministrio terreno de seu Senhor, e das condies que prevaleciam naquele tempo. quase impossvel supor que ele intentasse registrar coisas que no vieram a acontecer at depois do incio da Era Apostlica. Ainda mais, Joo est afirmando claramente que enquanto Jesus viveu na terra, os homens o receberam, e por essa forma se tornaram filhos de Deus. Quando Pedro fez sua notvel confisso, Jesus lhe disse em resposta: Bem-aventurado s tu, Simo Barjonas, porque no foi carne e o sangue quem to revelou, mas meu Pai, que est nos cus. Mat. 16:17:" Aqui est o Mestre informando a Simo com toda a clareza, que sua convico, h pouco declarada, fora divinamente operada nele. Em que consistiu essa obra divina levada a efeito no corao de Pedro, que o capacitou a confessar a Cristo como Salvador e Senhor? No se encontra porventura a resposta em I Joo 5:1? "Todo aquele que cr que Jesus o Cristo, nascido de Deus". difcil ver como, em face destas evidncias claras e positivas, algum possa manter que os discpulos de Jesus no fossem convertidos at o Pentecostes. E afirmar que ser batizado com o Esprito ou ser cheio do Esprito o mesmo que ser regenerado, difcil de harmonizar com certas evidncias encontradas em Atos. Em seguida vejamos a segunda grande experincia geral de ser cheio do Esprito Santo, descrita em Atos 4:31, a qual dificilmente poder ter sido uma segunda regenerao. E, em que consiste a

diferena essencial entre esta experincia e a do Pentecostes? Circunstncias diferentes a ocasionaram, e diferentes incidentes a acompanharam, mas os elementos essenciais da experincia foram os mesmos uma volta geral ao Cristianismo, em devoo submissa, orao sincera, uma grande demonstrao tangvel, e um novo poder em declarar a mensagem do Evangelho. Finalmente: "A evidncia do Novo Testamento leva-nos certamente a concluir que a plenitude do Esprito ou ser cheio do Esprito no se deve confundir com a regenerao." (Os grifos so nossos). Observe-se que H. E. Dana quem faz essa afirmao. Dana batista, e dos bons.

CAPTULO VIII BATISMO NO CORPO DE CRISTO


No captulo anterior, tratamos ligeiramente, sobre a distino entre regenerao e batismo no Esprito Santo. Assim, muito do que se disse j, aplica-se a este captulo. Batismo no Esprito a descida do Esprito Santo sobre os crentes submissos ao Senhorio de Cristo e purificados. E, como resultado, tais crentes so cheios do Esprito e revestidos de poder divino. A descida sobre, simboliza possesso uno e revestimento. ponto pacfico que todo crente genuno tem o Esprito; riem todos, porm, so cheios ou possudos pelo Esprito. Ningum pode negar que o crente verdadeiro habitado pelo Esprito de Deus, desde o novo nascimento. Ningum pode negar tambm que poucos so os crentes cheios do Esprito, principalmente em nossos dias. O crente s cheio Esprito quando batizado no Esprito pelo Senhor Jesus. Jesus Cristo , pois, o batizador. se Ele o batizador significa que no batismo com o Esprito, Ele o agente: Mat. 3:11; Marc. 1:8; Luc. 3:16 e Joo 1.33. Poder algum contestar, ento, luz da Bblia, que Jesus quem batiza no Esprito? Por outro lado, o Esprito Santo o agente na converso ou regenerao. o Esprito Santo quem gera de novo. Quem gera a nova criatura, fazendo-a filha de Deus: Mas a todos quantos O receberam (Jesus), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crem no seu nome; os quais no nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varo, mas de Deus. Joo 1:12-13". No novo nascimento, o Esprito . pois, o agente: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que no nascer de novo, no pode ver o reino de Deus... Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que no nascer da gua e do Esprito, no pode entrar no reino de Deus: Joo 3:3.5." Estas observaes no podem ser desprezadas, ao interpretarmos I Cor. 12:13, sob pena de incorrermos em confuso, como si acontecer com nossos amados irmos que identificam batismo no Esprito com regenerao. Ou ainda, confundem batismo n corpo de Cristo com o batismo no Esprito Santo.

J vimos no que consiste o batismo no Esprito. Quanto ao batismo no corpo de Cristo a identificao, integrao ou colocao do crente no corpo de Cristo, a Igreja Universal. E isso ocorre na converso ou regenerao. No instante em que algum abre seu corao, e recebe Cristo como Senhor e Salvador, seu nome escrito no Livro da Vida. Vale dizer, passa a fazer parte como membro do Corpo Mstico de Cristo, sua igreja, a Igreja Universal. Nenhum cristo pode contestar que a Igreja Universal o corpo, de que Cristo a Cabea. "E sujeitou todas as coisas a seus ps, e sobre todas as coisas o constituiu como cabea da Igreja, que o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. Ef 1:22-23". Assim ns, que somos muitos, somos um s corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. Rom. 12:5." "Porque, assim como o corpo um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, so um s corpo, assim Cristo tambm." "Ora, vs sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. I Cor. 12:12,27". O texto em que se fundamentam nossos amados irmos que identificam batismo no Esprito com a regenerao, ou batismo no corpo de Cristo com batismo no Esprito Santo, I Cor. 12:13. "Pois todos ns fomos batizados em um Esprito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Esprito." (Verso da Imprensa Bblica Brasileira). Ao interpretarmos esse texto, "prima facie", temos a impresso de que realmente todos os crentes so batizados no Esprito, quando de sua converso. Quando, porm, consideramos que na regenerao, ou no novo nascimento, o agente o Esprito, e no Jesus, conclumos que ali se fala de batismo no corpo de Cristo pelo Esprito, e no batismo no Esprito. Por isso que a traduo de J.B. Phillips "Cartas s Igrejas Novas" mais feliz e coerente, quando emprega a preposio por ou "pelo Esprito". "Pois todos ns fomos batizados pelo Esprito num s corpo, quer sejamos judeus, gentios, escravos ou homens livres, e todos temos partilhado de um mesmo Esprito." O texto est falando do batismo no corpo de Cristo, isto , quando a pessoa se converte, nasce de novo. o Esprito o agente na regenerao. A o Esprito quem batiza. Todavia, no batismo com o Esprito, Jesus o batizador. No podemos olvidar a declarao de Joo, o Batista, em Joo 1:32-34; "Eu vi o Esprito descer do cu como uma pomba, e repousar sobre Ele. E eu

no o conhecia, mas quem me mandou a batizar com gua, esse me disse: "Sobre aquele que vires descer o Esprito, e sobre Ele repousar, esse o que batiza com o Esprito Santo. E eu vi, e tenho testificado que este o Filho de Deus." Rego do Nascimento, j citado no captulo anterior, diz, com clareza, que batismo no corpo de Cristo a unio ou identificao do crente como membro desse corpo, a Igreja: "Ora, vs sois corpo de Cristo, e, individualmente membros desse corpo. I Cor. 12:27". Diz ele: "Batismo no corpo de Cristo c a identificao ou entrada do salvo no corpo de Cristo, que a sua Igreja (Ef. 1:22-23). O Esprito Santo opera essa graa pela bno da regenerao, do novo nascimento (Joo 3:3-5), experincia sobrenatural, da qual o batismo nas guas smbolo.... Diz mais: "O batismo no corpo de Cristo , ento, a adoo ou identificao do pecador regenerado e vivificado em esprito no corpo de Cristo, a Igreja Universal dos salvos, o reino de Deus". Temos dito que o sentido da expresso final em I Cor. 12:13 "e todos ns temos bebido (ou partilhado) de um mesmo Esprito", no significa de modo algum, batismo ou plenitude do Esprito Santo, mas uma fraseologia para descrever o novo nascimento. a maneira paulina de descrever o novo nascimento, diz Hegre. Ora, no verdade que todos os crentes experimentam, partilham ou bebem do Esprito, quando se convertem? Como poderia o crente deixar de partilhar do Esprito, se Ele que, como agente, gera dentro de ns a nova criatura? T. A. Hegre, cuja palavra sempre digna de acatamento e respeito, afirma: "Muitos escritores e mestres baseiam toda a sua doutrina a respeito do Esprito Santo sobre esta ltima referncia. Todavia, Paulo tinha em mente um assunto inteiramente diverso, pois estava falando de cada crente haver sido despertado dentre os mortos pela atuao do Esprito Santo, tornandose assim membro do corpo mstico de Cristo. Esse era o modo paulino de descrever o novo nascimento, de que nos fala Joo 3:7." Cremos que ningum melhor que J. Edwin Orr, pode explicar I Cor. 12:13, e deixar bem clara a diferena entre batismo no Esprito Santo, regenerao e batismo no corpo de Cristo.

Encerraremos, pois, este captulo, com a palavra do mestre autorizado, e mundialmente respeitado: "Todo verdadeiro cristo foi batizado pelo (o grifo nosso) Esprito Santo, no corpo de Cristo. O Apstolo Paulo tornou esta doutrina muito clara em sua primeira Carta aos corntios (12:13), e inclui nela todos os que esto em Cristo. O batismo com gua o smbolo do batismo pelo Esprito, no corpo de Cristo. Tem, entretanto, havido grande confuso, na j mente dos cristos, com referncia a esse batismo pelo Esprito Santo, no corpo de Cristo, e a outorga do poder ou a comunicao do Esprito Santo, qual alguns cristos, no sem base escriturstica, chamam o batismo com o Esprito. claro que a referncia na primeira Carta aos corntios trata da experincia do crente, na regenerao, quando, pela f em Cristo, ele recebe o Esprito Santo, o qual o batiza no corpo de Cristo. Chamemos essa experincia de batismo pelo Esprito. Na predio de Joo Batista, registrada por Mateus (3:11), Marcos (1:8), Joo (1:33), Lucas (3:16), fixada e datada pela ascenso de Cristo (Atos 1:5), e mencionada retrospectivamente por Pedro (Atos 11:16), usada uma expresso um tanto diferente, com nova nfase. No batismo com gua, o agente o ministro, o recipiente d crente, e o elemento e a gua. No batismo do crente no corpo de Cristo, do qual o batismo com gua o smbolo, o agente o Esprito Santo, o recipiente o crente, e o elemento e Cristo, porquanto em um s Esprito fomos todos balizados, em um s corpo. Na outorga de poder, predita por Joo e anunciada no Pentecostes, o agente Cristo, o recipiente o crente, e o elemento o Esprito Santo, invertendo a ordem seguida no batismo. Isto mostra que h, pelo menos um caso que justifica os que se referem outorga de poder, como distinto da regenerao, em que o batismo com o Esprito." (Plena Submisso, pgs. 123-124). (Os grifos so nossos). Poderia haver algo mais claro que isso?

CAPTULO IX BNOS DISTINTAS


Tendo-se em vista o que j foi dito em captulos anteriores, bem que poderamos suprimir este. Entretanto, desejamos acrescentar algo mais para que fique bem patente a distino entre Regenerao, Batismo no Corpo de Cristo e Batismo no Esprito Santo ou Plenitude do Esprito. Ainda que possam ocorrer na mesma ocasio, como no caso de Cornlio e os seus (Atos 10:44-47), trata-se de bnos distintas, e que no devem ser confundidas, sob pena de prejuzos graves ao desenvolvimento espiritual do crente. "Por no vermos esta distino que em nossos dias existe grande falta de poder na Igreja", diz T. A. Hegre. verdade! Em grande parte, essa a causa de falta de poder nas igrejas ou nos crentes. "Se realmente queremos receber o batismo com o Esprito Santo, precisamos vencer outra barreira, que o ensino hoje corrente, de que q batismo com o Esprito ocorre simultaneamente com a regenerao. Todo cristo verdadeiro foi batizado pelo Esprito Santo para fazer parte do corpo, de Cristo (I Cor. 12:13). Mas, nem todos foram batizados por Cristo com o Esprito Santo (Joo 1:33," Mat. 3:11 e Atos 1:5)." "A Igreja Primitiva possua poder porque no confundia a salvao com o batismo no Esprito Santo. Em sua excelsa orao sacerdotal Jesus tornou claro que os discpulos eram crentes: (Joo 17), No entanto, recomendoulhes que demorassem em Jerusalm at serem revestidos do poder do alto. De modo semelhante, pouco depois, os crentes de Samaria foram convertidos pelo ministrio de Felipe; mas s receberam o Esprito Santo, no sentido de bno integral do Pentecostes, quando Pedro e Joo furam at eles, e, orando, impuseram as mos sobre mas cabeas. (O grifo nosso). Embora Saulo se convertesse na estrada de Damasco, s trs dias depois ele foi visitado e orientado por um discpulo pouco conhecido, chamado Ananias, que tambm lhe imps as mos. Os crentes de feso eram chamados, discpulos (Atos 19:1), pelo fato de se terem convertido atravs do ministrio de Apolo. Mas na verdade no tinham ainda recebido o Esprito, nem sabiam que o Esprito era concedido". (Como Ser Liberto lo Poder do Pecado, Pg. 38).

Cremos que os doze discpulos de feso no tinham ainda recebido o Esprito no sentido de beno integral do Pentecostes, isto , de plenitude do Esprito. Se eram discpulos, eram crentes. Portanto tinham o Esprito, ainda que no o soubessem. Isso perfeitamente possvel. Eles desconheciam a doutrina do Esprito Santo porque se converteram sob o ministrio de Apolo que, at ento, s conhecia o "batismo de Joo", Atos 18:25. Como poderia Apolo ensinar-lhes o que tambm ele no sabia? Como dar-lhes o que tambm ele no tinha? Falamos no captulo VI, sobre Apolo e a orientao que recebeu de Priscila e quila. Apolo havia parado no Calvrio, ou na ressurreio. No conhecia ainda o Pentecostes, at que Priscila e quila o doutrinaram. Se aqueles doze de feso "eram pessoas regeneradas ou no (discpulos - Atos 19:1) coisa que no importa realmente, visto que Paulo os aceitou como crentes verdadeiros, e lhes perguntou - "Recebestes vs j o Esprito Santo quando crestes?" S quando Paulo lhes imps as mos, foi que o Esprito desceu sobre eles, e falavam lnguas e profetizavam (Atos 19:6). Mas, no captulo 10 de Atos, vemos que no absolutamente necessrio decorrer longo, espao de tempo, pois Cornlio e sua casa, juntamente com seus amigos, puderam ser salvos e batizados com o Esprito Santo e na gua, no mesmo dia. Atravs do que a Bblia registra vemos, portanto, que o batismo com o Esprito Santo vem depois da experincia da converso, e no deve ser confundido com a regenerao. " O grifo nosso. Nosso entendimento a respeito dos doze discpulos de feso que j eram salvos. Eram discpulos. De quem? De Jesus, porque Apolo "era instrudo no caminho do Senhor e, sendo fervoroso de esprito, falava com preciso a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de Joo", Atos 18.25. (Verso da Sociedade Bblica do Brasil, revista a atualizada). Tinham recebido o Esprito, mas no sabiam disso. Recebido o Esprito que passou a habitar ou residir neles. No tinham recebido o Esprito no sentido de bno integral do Pentecostes, ou seja, de Plenitude. Apolo no os doutrinara nesse sentido, porque conhecia at ento, "apenas o batismo de Joo". Tanto verdade que os doze eram crentes, que Paulo lhes perguntou: "Recebestes vs j o Esprito Santo quando crestes?" Quando crestes? Portanto eram crentes. Ademais, se eles no fossem crentes, Paulo no lhes teria feito essa pergunta. Paulo sabia que o mundo, ou seja, o no crente

no pode receber o Esprito Santo. O Esprito Santo o dom de Cristo para os crentes, para a Igreja. O dom, para o mundo, ou os no crentes, Cristo: Joo 3:16. "O Esprito da verdade, que o mundo no pode receber porque no o v nem o conhece... Joo 14:17." Portanto, se Paulo julgasse que os doze de feso no eram crentes, convertidos ou regenerados, por certo ter-lhes-ia perguntado: "Recebestes vos j Tj Jesus Cristo, quando crestes?" Mas, no foi isso que Paulo lhes perguntou, e sim: "Recebestes, porventura, o Esprito Santo quando crestes"? (Verso Revista da Sociedade Bblica do Brasil). A um no crente no se pergunta se j recebe o Esprito Santo. Pergunta-se: "J recebeste a Cristo?" Ser que Paulo, o grande doutrinador, no sabia disso? claro que sabia, e quando fez aquela pergunta, queria saber se eles j haviam recebido o Esprito, no sentido de Plenitude, ou de bno integral do Pentecostes, e no, meramente como Aquele que vem habitar no crente. Paulo sabia muito bem que todo crente, isto , todo aquele que cr em Jesus Cristo, ao receb-Lo como seu Salvador pessoal recebe o Esprito Santo. Mas, insistimos, no foi nesse sentido, a pergunta de Paulo. Conclumos, pois que os doze de feso eram crentes. No foram devidamente doutrinados, pois, como vimos, eram frutos do ministrio de Apolo, cujo conhecimento doutrinrio, at ento, era limitado ao batismo de Joo: Atos 18:25. Mas, isso no impedia que os doze j tivessem o Esprito.. Se eram discpulos, eram seguidores de Cristo. Tinham o Esprito. Paulo doutrinou-os mais pontualmente, e lhes ministrou o batismo. Em seguida, "imps as mos" sobre eles, e eles foram batizados, agora, no Esprito Santo. Seria possvel algum ter o Esprito sem saber? Talvez essa indagao esteja na mente do dileto leitor. E, nossa resposta sim. Houve um jovem africano, chamado Kaboo que, aps sua converso, passou a chamar-se Samuel Morris. Era um humilde negrinho, que tinha sede do Esprito e, numa aventura maravilhosa, sem um tosto no bolso e, trabalhando em servios rudes em um navio, foi da frica a Nova Iorque, para ouvir de Stephen Merritt a respeito do poder do Esprito Santo, e no sabia que ele mesmo j estava cheio do Esprito. Um resumo excelente de sua vida

edificante, encontra-se em "Vidas Poderosas", de autoria de Enas Tognini e, que vale a pena ser lido e meditado. No prximo captulo, falaremos sobre Calvrio e Pentecostes; queremos, porm, adiantar alguma coisa a esse respeito, mesmo porque a matria deste, e daquele captulo, esto intimamente ligadas ou mescladas. Pentecostes vem depois do Calvrio, claro. Calvrio e Pentecostes esto interligados, de tal maneira que, sem Calvrio no haveria Pentecostes. Levtico 8:24-30 fala do leo sendo derramado sobre o sangue: Salvao e Uno. No sangue, temos a expiao e purificao de nossos pecados. Temos a salvao. No leo, temos a uno. Da a exortao: "Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o leo sobre a tua cabea. Ecl. 9:8." Vida de pureza e uno. Purificao no sangue do Cordeiro de Deus, e uno pelo derramar do Esprito de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, glorificado e exaltado: Atos 2:33. No Salmo 133 temos o leo que escorre desde a cabea, passando pela barba, e descendo at s orlas das vestes de Aro o Sumo Sacerdote. Sacerdotes e reis eram ungidos. Derramava-se o leo da uno sobre sua cabea, como nessa descrio do Salmo 133. Quando Joo diz que Jesus, ao ser ferido com lana do soldado romano, d'Ele saiu sangue e gua (Joo 19:34), est falando do Calvrio e Pentecostes. Fala do sangue da expiao, e da gua representando um dos aspectos da ao do Esprito. Da rocha de Horebe, ferida pela vara de Moiss, jorrou gua pura e cristalina. A rocha era figura de Cristo (I Cor. 10:4) que, precisaria ser ferido para derramar o Esprito, como ferida precisaria ser a rocha para que as guas flussem. Em I Joo 5:6, fala-se da gua e do sangue novamente. Enas Tognini, ao lado de Rosallee M. Appleby, Achites Barbosa, Rego do Nascimento e outros ilustres vares de Deus, foi um dos paladinos da renovao espiritual no Brasil. Com toda a clareza que lhe peculiar, disse, a respeito da distino das bnos: "Se desdobrarmos, porm, a bno, teremos dois estgios: converso e batismo no Esprito Santo, duas realidades distintas, e cada unia delas recebida voluntariamente pelo pecador. Logo, novo nascimento uma coisa, e batismo no Esprito Santo outra, completamente diferente." Portanto, haja um ou mais estgios, fases ou etapas, nem por isso, regenerao e batismo no Esprito deixariam de ser bnos distintas, como distintos so arrependimento e f. E ambos fazem parte integrante da mesma bno: a salvao.

Estamos seguros de que ningum pode ser crente sem ter o Esprito: Rom. 8:9, 8:16.1 Cor. 3:16; II Cor. 6:16. Cremos tambm que os discpulos j eram salvos, convertidos, regenerados, quando Jesus lhes disse; "Mas no vos alegreis porque se vos sujeitem os espritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos cus. Luc. 10:20. "Na magnfica orao sacerdotal (Joo 17), Jesus deixa patente que os discpulos j no pertenciam a este mundo. Jesus "assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Esprito Santo. Joo 20:22." Portanto eles receberam o Esprito. No h o que interpretar. Mais uma vez insistimos que, "interpretatio cessat in claris". Deus diz exatamente o que quer; e quer exatamente o que diz. Se Jesus disse: "Recebei o Esprito Santo." Isto , se Ele quis, e ordenou que os discpulos recebessem o Esprito, claro que eles O receberam. Da que, no Pentecostes, os discpulos j tinham o Esprito. Cumpriu-se, ou comeou a cumprir-se a promessa de Deus em Ezequiel 36:27: "E porei dentro de vs o meu Esprito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juzos, e os observeis." Aquele era um perodo de transio, coisa que no podemos olvidar. Da a promessa de Jesus: "E rogarei ao Pai, e Ele vos dar outro Consolador para que fique convosco para sempre: o Esprito de verdade, que o mundo no pode receber, porque no o v nem o conhece; mas vs o conheceis, porque habita convosco (com), e estar em vs. Joo 14:16-17." O mundo no podia receber o Esprito. Ainda no pode receb-Lo, mas pode e deve recebei a Cristo. No Pentecostes, os discpulos no receberam, pois, o Esprito. Receberam o poder do Esprito, o revestimento de poder divino. Ou ainda, receberam o Esprito no sentido de bno integral do Pentecostes. "Mas recebereis poder ao descei sobre vs o Esprito Santo e..." Atos 1:8. E todos os quase 120 discpulos reunidos no Cenculo foram cheios do Esprito Santo, no dia de Pentecostes: Atos 2:4. Ningum pode duvidar que Jesus, o Emanuel, tinha o Esprito Santo. Jesus sempre O teve. Estamos falando de Jesus Homem, Jesus o Deus Humanado. O Verbo em carne e osso. Jesus, diferentemente de todos os homens (menos Ado, criado por Deus) foi gerado no ventre de sua me, Maria, pelo Esprito Santo: Luc. 1:35. No entanto, e, com toda reverncia, o dizemos: Enquanto Ele no foi batizado no Esprito Santo. Enquanto o Esprito Santo no desceu e O ungiu, no pde comear seu ministrio terreno.

Que dizer, ento, de ns? Quem somos ns para pretendermos prescindir ou negligenciar essa bno? Quando Jesus foi batizado nas guas do Jordo, os cus se lhe abriram, e o Esprito de Deus desceu sobre Ele na forma corprea de uma pomba: Mat. 3:16. Descer sobre significa possuir, ungir e revestir de poder. Logo em seguida, Jesus foi conduzido pelo Esprito ao deserto, para ser tentado pelo diabo: Mat. 4:1. O Esprito desceu sobre Jesus na forma corprea de uma pomba. Sobre os discpulos, no Pentecostes, desceu em forma de lnguas repartidas como que de fogo "as quais pousavam sobre, cada um deles. E todos foram cheios do Esprito Santo'' Atos 2:3-4. H, pois, uma profunda diferena quando o Esprito desce sobre Jesus e, ao depois, sobre os discpulos. O Esprito Santo no pomba, nem lngua de fogo ou vento ou ainda gua... uma Pessoa. Urna das Pessoas da Santssima Trindade. Ele pode manifestar-Se como pomba, vento, lnguas de fogo etc... Deus. Por que o Esprito desceu sobre Jesus como pomba, e sobre os discpulos como "lnguas repartidas como que de fogo?" Porque Jesus era puro e perfeito. No tinha pecado, tanto que Joo, o Batista, relutou em batiz-lO: "Mas Joo opunha se lhe dizendo: Eu careo de ser batizado por ti, e vens tu a mim"?_Mat. 3:14. Alm de pureza e santidade, Jesus era profundamente humilde e submisso ao Pai. Jesus no precisava ser batizado. Jesus no tinha pecado. No entanto, sujeitou-Se a ser imerso nas guas em que meretrizes, ladres e publicanos arrependidos eram batizados. Para o judeu, a pomba no era smbolo de paz, como o para ns hoje. Era o smbolo de sacrifcio oferecido pelo pobre e humilde. Lembremo-nos da oferta de Jos e Maria: "Um par de rolas ou dois pombinhos". Maria concebeu Jesus sem pecado. Foi o Esprito que gerou Jesus no ventre de Maria. Entretanto, como bons judeus, tinham que cumprir a lei; "E no oitavo dia se circuncidar ao menino a carne do seu prepcio. E, quando forem cumpridos os dias da sua purificao por filho ou por filha, trar um cordeiro de um ano por holocausto, e um pombinho ou uma rola para expiao do pecado, diante da porta da tenda da congregao, ao sacerdote, mas, se sua mo no alcanar assaz para um cordeiro, ento tomar duas rolas, ou dois pombinhos; um para o holocausto e outro para a expiao do

pecado; assim o sacerdote por ela far propiciao, e ser limpa: Luc. 2:24 e Lev. 12:3.6.8. No Pentecostes, as lnguas como que de fogo representavam purificao na vida dos discpulos. Seriam batizados com o Esprito Santo e com fogo. O fogo destri, mas tambm constri. ainda usado na purificao. Parece-nos, ento, muito claro, que uma coisa termos o Esprito, e outra sermos possudos pelo Esprito, e revestidos de poder divino. Uma coisa termos o Esprito habitando em ns; outra sermos cheios do Esprito. Saulo se converteu na estrada de Damasco e, quebrantado no p do caminho, indagou: "Senhor, que queres que eu faa?" Atos 9.6. Ningum pode duvidar que Saulo se converteu, ou foi regenerado naquele caminho, mesmo porque ningum pode dizer que Jesus Cristo Senhor, seno pelo Esprito Santo: I Cor. 12:3. Portanto, Saulo recebera o Esprito ali naquele encontro dramtico com o Senhor Jesus. No entanto, trs dias depois, quando Ananias lhe imps as mos, e orou, Saulo recuperou a viso, e foi cheio do Esprito Santo: Atos 9:17. No est claro que se trata de bnos distinta? Uma recebida l na estrada: a salvao. Outra, quando da imposio das mos de Ananias, em obedincia ordem de Jesus: a Plenitude do Esprito? Atos 8:11-25 descreve a converso de muitos samaritanos pelo ministrio ungido do dicono Felipe. No se pode duvidar, luz da leitura atenta do texto supra mencionado, da converso deles. Eles haviam j recebido o Esprito Santo, como todo o crente o recebe na converso. Mas, no O haviam recebido no sentido de bno completa do Pentecostes: Plenitude e poder. Ento, Pedro e Joo impuseram as mos sobre os samaritanos convertidos (Atos 8:17), e eles foram batizados no Esprito, ou foram cheios do Esprito. Receberam o Esprito como a bno integral j mencionada. Em Atos 10:44-47, temos a converso de Cornlio e sua casa. E, na mesma ocasio, foram batizados nas guas (smbolo de arrependimento e salvao), e no Esprito Santo. Mas, em que pese haverem recebido as duas bnos na mesma ocasio, isso no significa sejam uma e a mesma bno. Em sua sabedoria, Deus sabe quando algum est em condies, ou preenche todas as condies para o recebimento da bno.

H os que se convertem, e nunca experimentam essa "grande bno. Morrem, vo, para o cu, mesmo porque batismo no Esprito no para salvao. Em para o servio e o testemunho cristo. Contudo, os que no recebem tal bno, no podem produzir frutos em abundncia. A vida crist, sem a Plenitude do Esprito, muito bem retratada, no captulo 7 de Romanos. E, nesse captulo, no se encontra a palavra Esprito Santo nenhuma vez. a vida pr-pentecostal. A vida crist normal aquela que cheia do Esprito. E essa vida est maravilhosamente descrita no captulo 8 de Romanos, onde a palavra Esprito ou Esprito Santo aparece muitas vezes. Quanto aos doze discpulos de feso (Atos 19), j falamos no captulo anterior, mas gostaramos de transcrever palavras de Enas Tognini, nesse sentido: "Quando Paulo chegou a feso, capital da sia Menor, para estabelecer um trabalho de Jesus, deparou-se a doze vares que seriam hoje bons 'membros de Igreja". Com uma pergunta, Paulo descobriu que no tinham nascido de novo. (Data venia, do ilustre homem de Deus, pensamos um pouco diferente. Achamos que os doze de feso, j tinham nascido de novo, mas por falta de doutrina, nem sequer sabiam que j tinham o Esprito. Todavia, isso no altera o resultado ou a concluso do pensamento de Enas, que igual nossa.) Diante disso, Paulo doutrinouos, e batizou-os em gua. Aps o batismo em gua, Paulo imps-lhes as mos, c veio sobre eles o Esprito Santo; e tanto falavam em lnguas, como profetizavam." A concluso de lneas a mesma nossa. "Quando os doze foram batizados em gua por Paulo, eram nascidos de novo, ou no? Lgico que eram! Tinham o Esprito Santo. E, se tinham o Esprito Santo, como o receberam posteriormente? Confuso no Novo Testamento? No! Antes, as duas etapas: primeira, a converso, quando eles possuram o Esprito Santo; segunda - batismo no Esprito, ento, o Esprito os possuiu. E esse o caminho do Novo Testamento, leriam as coisas mudado hoje? Em quem: no Novo Testamento, ou em ns?" (Batismo no Esprito Santo, pg. 29 Edio 75). Sobre o mesmo assunto, Hegre se manifesta: "Se os crentes efsios eram cristos evanglicos ou no, isso no vem ao caso. O Apstolo Paulo os chamou como crentes, e lhes perguntou: "Recebestes j o Esprito Santo quando crestes?(Atos 19:2). O registro de Atos dos Apstolos freqentemente contestado com a seguinte alegao: "Aquele era um perodo de transio; hoje diferente." E como! Como ser Liberto do Poder do Pecado - pg. 59).

De tudo que foi dito, a concluso inelutvel, Iara inconteste : Regenerao e Batismo ou Plenitude do Esprito so bnos distintas. Ainda que os doze de feso no tivessem o Esprito ao se tornarem discpulos, incontestvel que j O tinham ao serem batizados por Paulo. No podemos aceitar que Paulo os batizasse se no fossem eles regenerados. Depois do batismo nas guas, Paulo imps as mos sobre os doze, e eles foram batizados no Esprito Santo. Est patente que se trata de bnos distintas. Por isso que nossa concluso e a de Enas Tognini so a mesma.

CAPTULO X CALVRIO E PENTECOSTES


"Se perguntssemos a qualquer grupo de crentes, qual, em sua opinio, a passagem mais importante, certamente nos diriam esta: "O sangue de Jesus .Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado". E. no teriam respondido mal. Mas, ao mesmo tempo, h uma outra expresso no menos importante que a supracitada. Ei-la: "Recebei o Esprito Santo", como disse Jesus aos discpulos. (Joo 20:22). O poder do sangue no pode ser elevado acima do poder do Esprito, e vice-versa, o poder do Esprito no deve ser elevado acima do poder do sangue, o que infelizmente, tem sido feito por muitos. H os que passam a vida inteira, contemplando a Cena do Calvrio ( a maravilha dos sculos), e h outros que no tiram suas vistas do Pentecostes ( uma Cena Sublime); mas, Calvrio e Pentecostes so igualmente importantes para o crente, e devem igualmente influir em sua vida." William E. Entzminger Poder do Alto, pg. 13. Continua Entzminger, cujos hinos em nosso Cantor Cristo nos deleitam e inspiram tanto: "Veja-se que Jesus morreu na cruz para tornar nossa libertao do pecado uma possibilidade, e o Esprito Santo vem habitar e operar em ns para tornar realidade essa libertao do pecado. O Esprito executa em ns aquilo que Jesus executou por ns. Se o Esprito deixasse de executar semelhante obra em ns, que valor prtico teria a obra que Jesus consumou, por ns? E, note-se que o prprio Evangelho que nos apresenta o poder do sangue e o poder do Esprito como sendo duas coisas inseparveis; duas coisas necessrias para nossa, redeno. O poder do sangue se torna eficaz pelo poder do Esprito. Notese ainda, que o Precursor de Jesus declara que este o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", e que " Aquele que vos batizar com o Esprito Santo". Pg. 14, em "Poder do Alto", de W.E. Entzminger, livro publicado pela Casa Publicadora Batista em 1947, e bem faria a JUERP tirasse nova edio desse livro, quando a Denominao se prepara para a 2 Campanha Nacional de Evangelizao. (Os grifos acima so nossos). Jesus Cristo morreu na cruz para tornar possvel, em potencial, a salvao de todos os homens. Mas, pela operao do Esprito Santo que essa

possibilidade se torna esplndida realidade. pela ao do Esprito que a obra de Cristo por ns, aplica-se em ns. Diz ainda Entzminger: "A obra especial do Esprito Santo no mundo convencer os homens do pecado hediondo de rejeitar a Cristo, o seu sacrifcio, a sua justia, o seu domnio. Somente o Esprito Santo pode fazer semelhante obra. Mil pregadores com a lgica de Paulo e a eloqncia de um Isaas no podero convencer um s pecador do seu pecado, e lev-lo a Cristo." (O Poder do Alto, pg. 21) Pensamos exatamente como Entzminger e por isso temos procurado conscientizar uns, e despertar outros para essa tremenda verdade. Nosso mais ardente desejo ver nossas igrejas despertadas, avivadas, cheias do Esprito, ganhando almas para Cristo. Uma Igreja "revestida de poder e luz" (Hino 116 do Cantor Cristo) uma Igreja, que atrai os pecadores ao Senhor Jesus. Conta-se que o templo de cena Igreja pegou logo. E o povo correu para presenciar o incndio. No meio da multido, um bbado disse: ", s assim essa igreja atrai o povo". Quando o fogo do Esprito arde no plpito de uma igreja, e na vida dos crentes, no h dvida de que os pecadores so atrados. Jesus Cristo o Salvador e Senhor. o centro de toda a experincia crist. J o dissemos inmeras vezes. Entretanto, o Esprito quem convence o mundo do pecado, da justia e do juzo: Joo 16:8. Como explicar-se, ento, tanta negligncia ou desconhecimento da doutrina do Esprito Santo? Graas a Deus que, nestes ltimos anos, tem-se dado mais nfase a essa doutrina. J no se v como antes, tanto medo do Pentecostes e do Esprito Santo. Dr. J. Edwin Orr conta que certo pastor disse lhe "que estava receoso de receber a plenitude do Esprito Santo". Por que? Foi a pergunta que o dr. Orr lhe fez. E ele "respondeu-me que estava receoso do que pudesse fazer. Por exemplo? Proceder de modo estranho ou tornar-se fantico!" Ento, continua o dr. Orr: "Observei-lhe que ele estava insultando a Jesus Cristo, em acusar o Esprito Santo, ainda que indiretamente de fanatismo. O Esprito Santo mencionado como o Esprito de Jesus Cristo, o Esprito de

Cristo. semelhana de Jesus Cristo, que foi perfeito cavalheiro no seu ministrio terreno, o Esprito de Cristo o Esprito de absoluto cavalheirismo. A alegao desse pastor constitua um insulto a Cristo, como seria a observao de outro pastor, de que estivesse receoso de convidar um evangelista e sua esposa para se hospedarem em tua casa, temendo que a senhora pudesse destruir iodos os seus mveis!" (Plena Submisso, pgs. 141-142). Tim La Haye, em seu precioso livro "Temperamento Controlado pelo Esprito" diz que a ira entristece, e o medo apaga o Esprito. Medo do Esprito? I medo de Deus. medo de Cristo. incredulidade. Conceito errado de Deus. O medo no vem de Deus. Leia-se I Timteo 1:7. No Calvrio temos o sangue da expiao derramado por Jesus, para nossa salvao. No Pentecostes temos o poder do Esprito tambm derramado por Jesus, para que recebssemos o poder do alto. Encontramos na Bblia trs marcos profundamente significativos: Sinai - Calvrio e Pentecostes. No Sinai, Deus entregou a lei atravs de Moiss. No Calvrio, Jesus Cristo entregou ou deu suai vida para a redeno do mundo. No Pentecostes, o Esprito Santo outorgou de seu poder aos discpulos para serem testemunhas verdadeiras de Jesus Cristo: Atos 1:8. Calvrio muito importante. Pentecostes1 tambm o . Stanley Jones, em seu magnfico livro "O Cristo de Todos os Caminhos" manifesta sua estranheza pelo fato de a Igreja ou a Cristandade festejar o; Natal, e no comemorar o Pentecostes. verdade. Em certo sentido, Pentecostes at mesmo mais; importante que Natal. claro que sem Natal no haveria Calvrio, e sem Calvrio, no teramos Pentecostes. Entretanto, se Natal Emanuel, isto , Deus conosco, Pentecostes , no apenas Deus conosco, mas tambm Deus em ns. Se no Natal temos a companhia de Deus, no Pentecostes temos a habitao de Deus dentro de ns. Como disse Entzminger, o Esprito Santo executa em ns aquilo que, Jesus executou por ns. "E, se o Esprito deixasse de executar semelhante obra em ns, que valor prtica teria a obra que Cristo consumou por ns?" De nada adiantar Cristo haver nascido em Belm, se Ele no nascer tambm em nossos coraes. O Natal apenas histrico no salva ningum. A morte de Cristo na cruz tambm no pode salvar-nos, a menos que nos

apropriemos dela pela f. Ora, sem a ao do Esprito, a aplicao da obra redentiva de Cristo no seda. Da a importncia! Urgncia de o povo cristo conhecer e submeter-se direo do Esprito Santo, o que redundar em abundantes bnos. "Se a vida vitoriosa do cristo depende do Esprito Santo, essencial que o crente saiba alguma coisa a respeito da Terceira Pessoa da Trindade que, lamentavelmente, quase desconhecida da maioria dos cristos". (Plena Submisso, pg. 112). Em Joo 13 a 16, encontramos 11 (onze) operaes do Esprito: Ensino, lembrana, testemunho, convencimento do pecado, da justia e do juzo, ouvir as coisas do Pai, guiar, falar, declarar, Glorificara Jesus, tomar as coisas de Jesus e manifest-las ao seu povo. Prefaciando o excelente livro de J.B. Lawrence, "O Esprito Santo na Evangelizao do Mundo", CE. Mathews afirma "no haver entre os batistas do sul, um varo de Deus mais qualificado para escrever um livro sobre o Esprito Santo que J. B. Lawrence, Emrito Secretrio da Junta de Misses Nacionais da Conveno Batista do Sul dos Estados Unidos da Amrica do Norte. Desse livro de grande edificao espiritual, extramos alguns pensamentos, que vale a pena serem lidos: "O Pentecostes muito mais "que um simples acontecimento na histria do mundo. No algo a ser comemorado assim como observamos dias especiais, ou como celebramos aniversrios, no. Devemos tomar o Pentecostes como o incio duma poca a ser perpetuada nas Igrejas de todos os tempos. O Pentecostes pertence ao presente e ao futuro, bem como ao passado:" (Os grifos so nossos) Pg. 21. Acrescenta J.B. Lawrence: "Aps o Pentecostes, j no haveria mais portas fechadas para a Igreja. Em vez de se esconderem de seus inimigos, os soldados de Cristo, nova e recm-comissionados, saram impvidos conquista de seus inimigos no com armas carnais, mas com sua vida espiritualmente encouraada. E isso fizeram em face da pior das oposies. Aoites, apedrejamentos e prises, e toda a barbaridade de uma poca cruel e maligna no conseguiram desvi-los do caminho traado. As perseguies os espalharam pelo mundo, mas nunca os silenciaram. A "experincia de Pentecostes foi o cumprimento da promessa "recebereis poder". Isso significa poder para pr em prtica os ensinamentos de Jesus, poder para alcanar os ideais ticos do Evangelho. Foi dado poder aos discpulos para a grande tarefa que lhes foi outorgada,

de ir atravs do mundo, em todos os setores da vida, levando o Evangelho transformador de Cristo. uma tarefa para super-homens produzidos pela influenciado Esprito Santo; homens comuns transformados em homens extraordinrios. Tudo isso para as Igrejas hodiernas. A tarefa est ainda diante de ns. A necessidade ainda subsiste e, graas a Deus, o poder de Pentecostes para uma poca como a atual, sim, para todas as pocas. Seria uma fatalidade se considerssemos o Pentecostes como uma coisa do passado. (Os grifos so nossos). Precisamos nos conscientizar de que a vida do cristo comea no Calvrio, mas o servio e o testemunho, no Pentecostes. Pentecostes para nossos dias. "Para todas as igrejas de hoje; pertence vossa igreja e minha igreja, e a todos os crentes individualmente. Essa verdade significa esperana ao olharmos para o mundo que necessita de salvao". Palavras inspiradas e oportunas de J. B. Lawrence, que precisamos considerar. De fato, seria uma fatalidade considerar-se o Pentecostes uma coisa do passado. Ou apenas como um evento histrico, que teve seu lugar h quase 2.000 anos. No faz sentido pensarmos que aquele poder divino outorgado aos discpulos no Pentecostes no para os nossos dias; para os crentes do sculo XX. um absurdo pensar-se que aquele poder to necessrio nestes dias difceis que vivemos, seria apenas para os crentes do primeiro sculo. Seria um absurdo maior ainda pretender-se substituir o poder de Deus por recursos humanos. Da tanto fracasso. Seria possvel, nestes dias em que a idolatria, a incredulidade, o materialismo, o mundanismo, o modernismo, a violncia e a crueldade, o ecumenismo (canto de sereia para iludir os crentes evanglicos), o comunismo, a macumba e outras artes diablicas proliferam como tiririca, testemunharmos eficientemente de Cristo Jesus sem o poder do Esprito Santo? Podemos ter um carro do ltimo tipo. O melhor do mundo. Mas, se no pusermos combustvel, no' andar. Assim a Igreja, que poder ter dinheiro, liturgia, rgos eltricos, corais excelentes, pregadores de renome, etc... Se no houver o combustvel do Esprito Santo... por falta desse combustvel; desse poder divino, que h muitas cidades grandes; cidades de 150 mil ou mais habitantes, com apenas uma pequenina Igreja Batista, e com menos de 100 (cem) membros, aps decnios de organizao. por isso que muitas igrejas crescem to

minguadamente. E, pior ainda, ha igrejas que esto diminuindo. E, algumas delas h que se fecharam. Muitas so as desculpas que se ouvem para explicar o fracasso. Mas, a verdade uma s: Falta de Poder! Do Poder do Alto! Os pastores ou lderes que so responsveis por esses rebanhos, e se acomodam, e no buscam o poder divino, no teriam porventura que prestar contas a Deus? Pastores ou obreiros, que se preocupam mais com poltica denominacioanal ou mundana, do que com a salvao das almas? Pastores e obreiros, que se preocupam mais em criticar e atrapalhar o trabalho de outros obreiros, em vez de se alegrarem com seu progresso, e cooperarem com eles? Que perdem tanto tempo em reunies traando planos e mais planos, estudando mtodos e mais mtodos, esquecidos de que o mtodo de Deus o homem regenerado e ungido com o Esprito Santo? No somos contra estudos e mtodos para aprimorar o trabalho de evangelizao. Porm, tudo isso no funcionar, se no for untado com o leo santo 4.0 Esprito. No sair da teoria. Os planos ficaro apenas no papel, se no formos movidos ou impulsionados e dirigidos pelo Esprito. 'No temos o direito de viver vidas subnormais, insanas, anmicas no esprito e dizer que somos cristos. Seremos, quando muito subcristos. O nosso maior mal no o anti-cristianismo. o sub-cristianismo. Contentamo-nos com fatos a respeito de Cristo, sua vida, sua morte e sua ressurreio, mas o fato vital, o Cristo vivo, fica fora de nossa experincia. E isso uma tragdia e o fracasso do cristianismo nos tempos presentes". Mais adiante, acrescenta Stanley Jones: "Desde que, como j vimos, os quatro fatos so inseparveis (vida, morte, ressurreio de Cristo so os trs primeiros fatos), e que o fracasso do crente consiste em no passar dos trs primeiros para o quarto (O Pentecostes), estamos agora capacitados a perceber o que realmente aconteceu no Pentecostes. Algo de extraordinrio aconteceu no Pentecostes. Que seria? Certamente algo muito decisivo aconteceu. Podemos correr u'a linha no Evangelho e apreciar, de um lado, displicncia espiritual, hesitao, incapacidade, derrota; e do outro lado, certeza, coragem, capacidade, vitria. Esta linha passa exatamente na altura do Pentecostes. Quando lemos o livro de Atos dos Apstolos, que relata o feito dos apstolos depois do Pentecostes, deparamos com uma grande incoerncia entre os apstolos que conhecamos, e seus atos agora. Homens comuns, que ocupavam lugares comuns na vida aparecem fazendo coisas

extraordinrias, pensando de um modo extraordinrio, produzindo um efeito extraordinrio na vida dos homens da sociedade. A tmpera de seus espritos e de sua vida agora diferente. Eles aparentam ter encontrado urna fonte de poder da qual se nutrem. E, longe de ser emocionalismo sensacional, a coisa que impressiona o seu equilbrio e sanidade mental. (Os grifos so nossos). Eles ardiam de zelo, mas enfrentavam srios problemas e crises de conseqncias muito profundas, e o faziam com dignidade e perfeito senso de equilbrio. Eles abriram caminho atravs de pntanos e tremedais intelectuais e morais, e marcaram diretrizes que hoje seguimos com certeza e segurana. E, mais do que isto, eles trouxeram para a vida um tal poder que redimia os homens e os fazia imediatamente conscientes de Deus, que mudava o clima moral e espiritual do ambiente, que transformava uma vida suspeita e tediosa em vida espiritualmente feliz e alegre, que ensinou o mundo a cantar a despeito das circunstncias." (Cristo de Todos os Caminhos, pgs. 89 a 91). A esto dois quadros para serem contemplados e examinados, com sinceridade e humildade. O quadro pr e o quadro ps-Pentecostes. O crente antes, e o crente depois do Pentecostes. bvio que o Pentecostes no se repete como evento histrico. O Calvrio no se repete tambm. Cristo morreu uma s vez. E basta! Entretanto, os efeitos ou benefcios do Calvrio se estendem at os nossos dias. As bnos do Calvrio se projetam no espao at os confins da terra, e no tempo, enquanto durar a Dispensao da Graa. Do mesmo modo, as bnos e os efeitos do Pentecostes se estendem at nossos dias. A palavra de Pedro foi muito clara dispensando interpretao: "Porque a promessa voz diz respeito a vs, a vossos filhos, e a todos que esto longe (no tempo e no espao, dizemos ns); a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar". Atos 2:39. (O grifo nosso). para todos os que Deus chama e atendem ao seu chamamento, recebendo Jesus Cristo como Senhor e Salvador, em qualquer nao, ou tempo. "Esta profecia cumpriu-se, ou melhor, comeou a se cumprir no dia de Pentecostes", disse o telogo, dr. Reynaldo Purin, j citado. O poder pentecostal no se exauriu naquele dia: Atos 2. O momento histrico, com fenmenos sobrenaturais, realizou-se uma vez, como marco ou sinal do incio do Ministrio peculiar do Esprito. E, como tal no se repete. Mas seu fato central, e sua razo de ser a grande bno da

Plenitude e Revestimento de Poder do Alto continua. para ns, hoje. para "tantos quantos Deus nosso Senhor chamar". No Sinai, houve tremor do monte santo, relmpagos, troves etc... para assinalarem o incio da Dispensao da Lei. No Calvrio, quando Cristo rendia seu Esprito, tambm houve manifestaes sobrenaturais. Tremor de terra, o vu do templo se rasgou de alto a baixo; em pleno dia se fez noite. que se marcava a Dispensao da Graa. A redeno da humanidade, pela morte do Filho de Deus, no alto da cruz. No Pentecostes, houve tambm fenmenos sobrenaturais, que, necessariamente, no se repetiro. Assinalava-se j o dissemos, o incio do Ministrio do Esprito, sob o qual estamos vivendo, at ao arrebatamento da Igreja. a era da Igreja. A era do Esprito. uma gloriosa realidade que o Santo Esprito de Deus continua descendo sobre os crentes que crem nessa bno, e se submetem plenamente a Jesus Cristo. O Pentecostes "deixou uma bno permanente: santificao e revestimento de poder para o servio. A uno maravilhosa que nos capacita a viver em santidade, quebrantamento diante do Senhor, testemunhando efetivamente de Jesus. Essa bno no ficou no dia de Pentecostes. No foi dada somente aos 120 do Cenculo. Pertence como patrimnio, a tantos quantos receberem a graa salvadora..." (Calvrio e Pentecostes, excelente obra de Jos Rego do Nascimento, pg. 30). H.E. Dana, em "O Esprito Santo no Livro de Atos", pg. 32: "Aquele mesmo discpulo (Pedro) que havia sido dominado por vil covardia aproxi- I mao da criadinha judia antes do Pentecostes, agora, revestido de Poder Pentecostal, pe-se de p e , desafia a autoridade do Sindrio judaico, o supremo tribunal do povo. E isto, no por causa da bravura natural do homem, mas porque ele est "cheio do Esprito Santo". E este revestimento do Esprito Santo que encoraja a alma redimida a lanar seu desafio s foras do pecado." Diz J.B. Lawrence, o grande lder da Junta de Misses Nacionais da Conveno Batista do Sul dos Estados Unidos: "Fala-se muito a respeito da experincia de John Wesley em Aldersgate, quando seu corao "se abrasou" de uma maneira maravilhosa. Aquela experincia significativa e preciosa, no somente para os metodistas como, tambm, para todos os crentes. Mas, antes daquele avivamento, que revolucionou a Inglaterra e os

Estados Unidos, repetiu-se a experincia de Pentecostes em Herrnhut, na Alemanha em 13 de agosto de 1727. Protestantes de diversos pases, discpulos de Huss, Lutero, Calvino, Schwenkfeld e Zwinglio estavam reunidos na fazenda do Conde Zinzendorf. Todos se reputavam crentes verdadeiros e piedosos, mas, quando se reuniram, havia tanta diferena entre eles que as esperanas do grupo quase se dissiparam. Todavia, o Conde Zinzendorf, cujo lema de vida era "ter uma s paixo, Jesus, somente Jesus," soube enfrentar a situao. Em primeiro lugar, falou com todos particularmente e, em seguida, instituiu o pacto de orao, e, dando o exemplo, "derramou sua alma cm orao fervorosa, regando-a com suas lgrimas; outros voluntariamente comprometeram-se a orar. "O resultado foi uma experincia de Pentecostes. O avivamento de Wesley na Inglaterra, e o grande movimento nos Estados Unidos, representam uma parte dessa histria." Sabemos que muitos missionrios foram enviados por todo o mundo, como resultado do Pentecostes de Herrnhut, aos 13 de agosto de 1727. Daquela pequena comunidade rural saram missionrios para todo canto, levando consigo o fogo do Esprito Santo. E, John Walker diz que a Igreja dos Morvios, em seus primeiros 25 anos de existncia, enviou maior nmero de missionrios que toda a Igreja Protestante, no mesmo perodo. "Ela somente, entre todas as igrejas, procurou realmente viver a verdade: "Congregar a Cristo as almas pelas quais Ele morreu para salvar, o nico objetivo pela qual a Igreja existe. Podemos identificar 4 princpios bsicos ensinados pelo Esprito Santo nesta poca da Sua grande operao: I-Que a Igreja existe para estender o reino de Deus em toda a terra; 2Que cada membro deve ser treinado e preparado para participar deste propsito glorioso; 3Que a experincia ntima do amor de Cristo o poder que capacita para este fim; 4 Que a orao o segredo, a fonte de tudo isto. A "graa total" de nosso Senhor Jesus Cristo foi transmitida aos irmos morvios atravs de uma revelao do sangue do Cordeiro de Deus. O resultado foi o fogo do Esprito Santo, incendiando as suas vidas, numa "dedicao total" para a evangelizao do mundo. Orao organizada, intensiva, e perseverante, trar hoje os mesmos resultados que trouxe naquela poca. Que o Esprito Santo, nestes dias de restaurao em que vivemos, faa-nos arder de amor e paixo pelo Senhor Jesus, e nos transforme numa Igreja gloriosa, que O manifeste plenamente; e que assim, os pecadores se convertam, e se unam a esta comunho do amor de Deus Pai que temos em

Seu Filho Jesus Cristo."E, ns dizemos amm a essas palavras inspiradas de nosso amado irmo, John Walker.

CAPITULO XI A NECESSIDADE SUPREMA


A Plenitude do Esprito a necessidade suprema para todos os crentes. No prefcio do excelente livro de William W. Entzminger - "O Poder do Alto" - publicado em 1947 - pela Casa Publicadora Batista, lemos esta tremenda verdade: "Deus sabe, como tambm todos os que trabalham no Evangelho neste pas sabem, que o trabalho evanglico se ressente da tremenda falta de obreiros, pois "a seara verdadeiramente grande, mas os obreiros so poucos", porm, cremos que a necessidade dos crentes brasileiros se revestirem da virtude do Esprito Santo ainda mais urgente do que a do aumento de obreiros". (O grifo nosso). E continua: "A necessidade que o crente tem de revestir-se do poder do Alto to essencial como a necessidade de crer em Cristo, fato este que, infelizmente tem estado oculto grande maioria dos crentes." s pginas 11-13, Entzminger afirma uma verdade que precisamos aceitar, com toda humildade: " incontestvel que os crentes, os que de fato merecem o nome de cristos, para desempenharem a sua misso de "luz do mundo" e "sal da terra" para viverem em conformidade com o puro Evangelho, e honrarem o santo nome de Deus, necessitam de poder, uma fora sobre-humana, uma influncia divina que os habilite a ganhar a vitria sobre o mundo, Satans e a carne. Nunca ser demais salientar a necessidade absoluta que tem todo o discpulo de Cristo, desde o, mais humilde ao mais elevado, de se revestir desse poder do Alto. O jovem, sujeito s tentaes da carne, para" dominar seus apetites e paixes, necessita desse poder; para fechar os ouvidos da alma ao que impuro e abominvel; para banir de si todo e qual quer pensamento lascivo; para conservar os membros do seu corpo em santidade, e sua alma imaculada, necessita grandemente desse poder divino. jovem bela e atraente, para no dar ouvidos aos galanteios que apelam vaidade, fraqueza to natural do sexo feminino; para viver no mundo sem ser guiada pelo mundo; a fim de resistir aos convites para os bailes, para outras diverses com que muito comumente so assaltadas as jovens; para resistir fascinao dos vestidos luxuosos, das jias ricas etc... para no comprometerem a causa do Mestre, necessitam desse poder divino. O chefe de famlia, em seu lar, onde nem sempre todas as coisas vo ao seu gosto; onde nem sempre a esposa, os filhos, ou os criados,

cumprem fielmente suas ordens; onde, finalmente aparecem tantas coisinhas fteis, que se prestam a contrari-lo; para que no se deixe vencer por essas contrariedades, e para que ande alegre e satisfeito, apesar de tudo, ele necessita desse poder divino. A me, na sua lida diria, dirigindo a casa, criando e educando os seus filhos... necessita desse poder divino. O negociante, metido no torvelinho da vida comercial, onde quase tudo falsidade, ondeio logro a meta dominante... necessita em extraordinria medida desse poder do Alto. Em suma, todos os crentes, para. no negligenciarem a orao, a leitura. diria da Bblia e o trabalho de ganhar almas para Cristo, para darem o fruto de uma vida genuinamente crist amor, gozo, pacincia, benignidade, bondade, longanimidade, fidelidade, mansido, continncia, castidade (Gal. 5:22) necessitam desse poder/' Diz mais Entzminger: "Se perguntssemos a qualquer grupo de crentes qual, em sua opinio, a passagem mais importante, certamente nos diriam esta: 'O sangue de Jesus Cristo, seu Filho nos purifica de todo o pecado". E no teriam respondido mal. Mas, ao mesmo tempo, h uma outra passagem no menos importante. Ei-la: "Recebei o Esprito Santo", como disse Jesus aos seus discpulos". Sim, dileto leitor. A maior necessidade do pecador Cristo. Por isso que Jesus Cristo o dom de Deus ao mundo: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna. Joo 3:16." Todavia, a maior necessidade do crente, pecador redimido, o poder do Alto; poder divino; plenitude do Esprito, que se recebe no batismo com o Esprito Santo. O Esprito Santo o dom de Jesus Cristo Igreja, aos crentes: Atos 2:1-4. Cristo morreu para a salvao de toda a humanidade, mas s os que se apropriam das bnos do Calvrio pela f, que so salvos. As bnos do Pentecostes, igualmente, precisam ser recebidas pela f e submisso incondicional a Jesus Cristo: Atos 5:32. O diabo tem feito o que pode para impedir a salvao do homem. Quando falha nesse intento, procura evitar que o crente conhea ou descubra a fonte de poder divino: O Pentecostes. O diabo no quer crentes cheios do Esprito Santo e revestidos de poder. Isso lhe muito inconveniente. Ele quer a perdio do mundo. Ele quer sim, Igrejas e crentes fracos, sem poder. Por isso ele lana tanta confuso no que tange doutrina do Esprito Santo. De um lado o tradicionalismo, o

comodismo e tambm, muitas vezes, o desconhecimento da doutrina. De outro lado, o pentecostismo, degenerescncia ou falsificao do Pentecostes. Referimo-nos a esses grupos e reunies para-eclesisticos. Ou melhor, anti-eclesisticos, cuja divisa : "Cristo sim, igreja no." E os excessos emocionais, as vises e falsas profecias se multiplicam, levando muitos ao ceticismo, confuso e ao desespero. O maligno usa todas essas armas para impedir o crente sincero de beber da fonte de poder divino: Jesus Cristo. Joo 7:37-39. Pois, vendo ou sabendo dessas "coisas", afastam-se, e nem querem ouvir de avivamento. Mas, isso no Pentecostes. Pentecostismo, afirmamos, mais uma vez. Porm, no porque h dinheiro falso que vamos recusar o verdadeiro. Assim nas coisas espirituais. Que haja discernimento! Dr. E. Y. Mllins disse que " bastante estranho e significativo que os crentes, no decorrer de quase 2.000 anos, tenham negligenciado, em grande parte, os ensinos do Novo Testamento sobre o Esprito Santo. Quando esse interesse ressurgiu, de repente, entre 1860 e 1900, Deus abenoou a Igreja com uma ceifa abundantssima." Temos citado ilustres vares de Deus como Billy Graham, T.A. Hegre, Stanley Jones, H.E. Dana, J.B. Lawrence, Eneas Tognini, Rego do Nascimento, W. E. Entzminger, J. Edwin Orr e outros, no menos ilustres, para dar a este livro o peso da auioridade da sua palavra, mesmo porque se trata de um livro escrito por algum to pequenino e desconhecido, mas que deseja ver o povo de Deus despertado; que deseja ver o fogo do Senhor ardendo no altar de nossas Igrejas; no o fogo estranho, que tem queimado e comprometido tantas vidas. Algum que deseja ver as almas sendo salvas para a glria do Senhor Jesus Cristo. Infelizmente, h Igrejas e Denominaes, que tm o Esprito Santo apenas em seus credos ou Confisses de F ou em suas Declaraes Doutrinrias. Mas no Lhe permitem a ao na experincia de cada dia. Na direo dos cultos, ou em suas reunies de orao. Nem mesmo, nos esforos evangelsticos. Dizem coisas bonitas e corretas sopre o Esprito, mas no Lhe permitem sair do papel de suas confisses de f. "Se o cristianismo espera conquistar o mundo, precisa, de um lado, voltar s suas razes, e, do outro, aplicar-se em crculos concntricos, cada vez mais envolventes, ao problema do mundo moderno", disse dr. Eucken.

"Certamente, o batismo com o Esprito Santo mais do que um privilgio; uma necessidade, se a pessoa quiser viver o cristianismo bblico. Ningum est qualificado para pregar a Jesus Cristo, enquanto no for batizado com o Esprito Santo. (Atos 1:8). "Quantas vezes ns cultuamos a maquinaria do nosso eclesiasticismo, dependendo dos restos de energia que nos legaram nossos pais, esquecidos da fonte de poder, e o resultado ficarmos parados", disse T.A. Hegre. De Jack Taylor, pastor da Castle Hills First Baptist Church em San Antnio, Texas - E.U.A. em traduo excelente de Stela Dubois Folhetos de Poder n 18 extramos estes pensamentos preciosos: "O Poder espiritual, porm, est ausente na maior parte das nossas expresses religiosas. A Evidncia do_ Poder do Esprito Santo na vida dos crentes, e, conseqentemente, nas Igrejas, a maior necessidade dos nossos dias". (Os grifos so nossos). Continua Jack Taylor: "Se pudssemos mostrar ao mundo que a ligao com Jesus Cristo no monotonia inspida como querem alguns, porm, na verdade, a maior aventura que a mente humana poderia conhecer, creio que o mundo olharia o Cristianismo com mais reverncia e poderamos esperar o maior avivamento desde o Pentecostes. Mas, como poderemos mostrar humanidade o esplendor do Cristianismo, sem o Poder do Esprito Santo na vida de cada um de ns? H uma razo capital para a busca desse Poder: NO O TEMAS, REALMENTE". J dissemos em captulo anterior que nosso corao se confrange e di, quando sabemos de cidades com bem mais de cem mil habitantes e com apenas uma pequenina Igreja Batista, cujo templo, quase sempre, fica escondido, num canto qualquer. Igreja com menos de 100 (cem) membros, aps decnios de organizao. Enquanto a populao do mundo cresce numa irrefrevel exploso demogrfica, verdadeira progresso geomtrica, as igrejas crescem, (na grande maioria) numa minguada progresso aritmtica. Quando crescem! H muitas desculpas para esse fracasso, mas a verdadeira explicao a falta de poder divino. Muitas so as igrejas estagnadas. Pior ainda, h aquelas que esto diminuindo. H algum tempo, pregamos a uma Igreja, cujo pastor nos disse o seguinte: "H mais ou menos 4 (quatro) anos, esta igreja contava com 160 membros. Assumi o pastorado dela h poucos meses e a igreja tinha apenas 25

membros, e estava ameaada de fechar as portas." Graas a Deus que agora, com o novo pastor, a igreja est reagindo, e comeou a crescer. Lemos na "Folha de So Paulo", h algum tempo, de uma Igreja em So Paulo (Capital) que vendeu sua propriedade, onde hoje funciona um grupo teatral. E o jornal, cujo recorte temos arquivado, dizia que, no mesmo local onde se pregava o Evangelho, hoje peas teatrais, revistas com mulheres semi-nuas se exibem. Diz outras coisas que nem vale a pena mencionar. E, quem passa por aquela rua, pode ver no frontispcio daquele prdio: Teatro Igreja Casa de Orao Para Todos os Povos". Tivemos oportunidade de visitar em Amsterd (Holanda) um templo da Igreja Catlica, em cujo santurio, os "hippies" faziam de tudo: Casais de "hippies" dormiam juntos ali e, ao som daquela "msica" barulhenta, de que eles gostam, com aparelhos de som instalados nas paredes do templo, vendiam "hot dogs", cervejas, refrigerantes, cigarros etc... Junto ao plpito havia um caixo grande mesmo, cheio de areia e de brinquedos para as crianas... Sem comentrio. Lemos de igrejas, catlicas umas, protestantes outras, que se fecharam, e seus templos foram transformados em "boites" ou coisa semelhante. Lemos tambm de uma "igreja" nos Estados Unidos, cujo pastor, para atrair pessoas, por incrvel que parea, fazia com que, antes dos servios religiosos, certa jovem muito bonita praticasse "striptease"... Sabemos de muitas igrejas, nos Estados Unidos, que fecham suas portas nas ocasies de frias ou temporadas. Tais igrejas entram em recesso. Como se pode chegar a essa situao? Como pode acontecer isso? No seria porque tais igrejas e grupos religiosos tm desprezado o poder do Esprito Santo? Por que no aceitam a direo do Senhor? Ento vo-se esfriando. Vo-se acomodando. As igrejas vo perdendo a feio de igrejas, e vo se transformando em clubes. Vo sofrendo cada vez mais as influncias perniciosas do, mundo, sem capacidade para resistirem. Em suma FALTA-LHES O PODER DE DEUS. Agora, observe-se o contraste, quando Jack Taylor diz: "Aqueles que confiaram, receberam direo, intensidade de propsitos. Eles continuaram a irradiao de Deus, levando-a aos indivduos, s localidades e pases inteiros. que estavam impelidos por fora tal, que se tornaram ousados. E no somente os salvos foram transformados, mas os pecadores foram salvos. Depois daquela exploso no Pentecostes, 3.000 almas foram adicionadas s fileiras do Senhor. muitos prodgios e sinais eram feitos

por intermdio dos apstolos (Atos 2:43). Em Atos 4:33, temos palavras explosivas: "Com, grande poder os apstolos davam o testemunho da ressurreio do Senhor Jesus e em todos eles havia abundante graa". Notemos as palavras "grande poder" e "abundante graa". A palavra "grande" no grego megas. E esta palavra est empregada hoje no mundo secular. Nestes tempos em que vivemos, de tremendas foras destrutivas, o poder da bomba atmica, medido por megatons. "Ora, um poder muito maior que o de todas as bombas atmicas, est. nossa disposio: O Poder do Alto! Palavra que no grego dunamis, de onde deriva dnamo (que gera fora e energia), dinamite (com alto poder explosivo...). E este poder, continua Jack Taylor - a Promessa do Pai ao Filho e deste a ns, sobre Quem est todo o Poder (megaton) nos cus e na terra, este Esprito est no mundo e dentro das nossas vidas, pronto a dar-nos a cada momento, santificao, o animo e a fora para Seu trabalho!" Entretanto, a maioria dos crentes, simplesmente ignora ou despreza essa bno. Da o fracasso, a humilhao e a vergonha! Estvamos gozando uns dias de frias, num rancho de amigos e irmos da Igreja Batista em Santa F (S. Paulo). Esse rancho da famlia Clemente, fica sobre as guas represadas para a Usina de Ilha Solteira. Local ideal para higiene mental. Para descanso. Deitado na rede, conversvamos com o irmo Quemel, dedicado obreiro daquela Igreja, quando pudemos observar dois homens que remavam, remavam at que, com muito esforo conseguiram chegar ao ponto desejado. Logo em seguida, num verdadeiro contraste, pudemos ver Jos Carlos, meu filho, e Saulo Clemente que, velozmente deslizavam por aquelas guas, num barco impulsionado por um potente motor. Imprimiam-lhe a direo e velocidade que queriam, sem o mnimo esforo. Veio-nos ento mente a diferena entre a obra feita na fora da carne, e o trabalho sob o poder do Esprito. Na fora da carne, mais o suor e a canseira, que os frutos. Atos 1.1 diz que Jesus "comeou no s a fazer, mas a ensinar". Quando nos lembramos das palavras de Jesus: "Est tudo consumado" (Joo 19:30), e da letra do Hino 49 do Cantor: "Cristo tudo fez completo, nada por fazer deixou", parece-nos uma contradio entre Atos 1:1 e Joo 19:30. Todavia, quando lemos Hebreus 2:3: "Como escaparemos ns, se no atentarmos para uma to grande salvao, a qual, comeando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada..." - podemos harmonizar perfeitamente

os textos, e concluir que a obra redentiva. Cristo completou. Est perfeita, completa e acabada. proclamao ou anunciao dessa obra, que foi apenas comeada por Jesus, porque Ele quer continu-la atravs de seus discpulos. Ou melhor, do Esprito Santo, seu "alter Ego", no s habitando, mas possuindo a vida dos crentes outorgando-lhes poder divino. Mas, para isso preciso que o Esprito de Deus nos possua inteiramente. E para que o Esprito nos possua mister nossa submisso incondicional ao Senhorio de Jesus Cristo. Da a necessidade de quebrantamento. Quando constatamos a transformao operada na vida dos discpulos da Igreja Primitiva (e em nossos dias tambm, na vida de alguns crentes) que, debaixo de duras perseguies e com risco da prpria vida, anunciavam com ousadia a Palavra do Senhor, ficamos, ao mesmo tempo, maravilhados, mas tambm sentindo o peso da nossa responsabilidade. Quando os discpulos (menos os apstolos) tiveram que deixar Jerusalm por causa da terrvel perseguio dos judeus, "iam por toda a parte anunciando a palavra". (Atos 8:1-4). Nesse mesmo captulo 8, vemos a descrio da poderosa operao do Esprito em Samaria, pelo ministrio do dicono Felipe. Eles no gozavam de liberdade religiosa como ns. Visitando as catacumbas de Roma, pudemos ler certas inscries ou restos de inscries, que diziam do sofrimento dos cristos da Igreja Primitiva. Eles no tinham carros, avio, televiso, rdio, telefone, rgos de tubo, os recursos udios-visuais, de que dispomos hoje. Nem de folhetos evangelsticos. No comeo, nem templos tinham. Nem mesmo a Bblia como a temos hoje. Gutemberg ainda no havia inventado a imprensa, e poucos Felizardos possuam pores do Velho. Testamento, em pergaminhos. O Canon do Novo Testamento ainda no se completara. No entanto, em Atos 17:6 lemos que eles alvoroavam o mundo, por onde passavam. No concordamos com a interpretao que diz que eles vitararn o mundo de pernas para o ar. Ao contrrio, o mundo sem o conhecimento de Cristo que vive de pernas para cima. Cristo vem pr o mundo em sua posio correta e normal: os ps no cho. Mas isso no interessa aos mundanos, Aos corruptos. Aos desonestos. Da a perseguio naquele tempo, como em nossos dias. Sempre que o Evangelho pregado no poder do Esprito, traz alvoroo comunidade. com tristeza que dizemos: Naquele tempo a Igreja alvoroava o mundo. Hoje, o inundo tem alvoroado a maioria das igrejas. Em vez de as igrejas avanarem, e

invadirem o mundo, mesmo porque "as portas do inferno no podero prevalecer contra ela", ao contrrio, o mundo que tem invadido muitas igrejas, lares de crentes e instituies evanglicas. Como se explica isso? Precisamos reconhecer e confessar, com toda sinceridade e humildemente: ELES TINHAM O PODER DO ESPRITO SANTO! No estribilho do Hino 168 do Cantor, lemos "... Gotas somente ns temos; Chuvas rogamos a Deus". verdade. Temos recebido apenas gotculas, quando o Senhor tem chuvas de bnos para ns; quando o Senhor quer abrir as comportas dos cus, e despejar um verdadeiro dilvio de bnos sobre "o povo que se chama pelo seu nome". Da a palavra de ordem: "Desperta, tu que dormes, Levanta-te..." (Ef. 5:14). O povo de Deus precisa despertar desse sono de comodismo e negligncia, e encher-se do Esprito (Ef. 5:18). Impressiona-nos a palavra de Paulo: "Porque por vs soou a palavra do Senhor, no somente na Macednia e Acaia, mas tambm em todos os lugares a vossa f para com Deus se espalhou, de tal maneira que j dela no temos necessidade de falar coisa alguma". (I Tess. 1:8). Qual o segredo? Est no verso 5 dessa mesma carta: "Porque o nosso evangelho no foi a vs somente em palavras, mas tambm em poder (megaton), e no Esprito Santo, e em muita certeza; como bem sabeis quais fomos entre vs, por amor de vs". (O grifo nosso). Ser que nossa pregao no tem sido s em palavras? Pelo poder persuasivo de nossa argumentao ou oratria? Mas, sem o poder do Esprito? Sem uno? Sem muita convico e certeza? Os tessalonicenses imitaram o modelo ou padro de Paulo, que, por sua vez, imitara a Cristo: "E vs fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulao, com gozo do Esprito Santo. (Gozo ou alegria profunda de permeio com o sofrimento. Porque o gozo era do Esprito). De maneira que fostes exemplo para todos os fiis na Macednia e Acaia". (I Tess. 1:57). Se temos dificuldade hoje, que dizer dos crentes daqueles dias, "que recebiam a palavra em muita tribulao"? "E, no o poder, a necessidade da hora presente?" Indaga Hegre. " esta a universal exclamao dos cristos, notadamente dos cristos no servio de tempo integral. Pessoalmente ouvimos esse clamor, tanto na ptria como nas terras estranhas, que temos visitado: "Como posso receber poder para servir a

Deus de maneira eficaz? Por toda a parte se nota que santidade e poder so prementes necessidades". Na revista "Trinity", pg. 5, Billy Graham diz: " chegado o tempo de darmos ao Esprito Santo seu devido lugar em nossas Igrejas. Uma vez mais, torna-se necessrio aprender o que significa sermos batizados com o Esprito Santo. (O grifo nosso). Sei que, se o raciocnio for usado, imediatamente, dez milhares de perguntas teolgicas sero feitas, e respostas figuradas sero dadas s mesmas, mas o que quero afirmar que h necessidade de alguma coisa, e precisamos aceitar o significado verdadeiro. Pode-se dar a terminologia que quiser, mas a verdade que no h o mesmo poder que havia na Igreja Primitiva. Os crentes tinham ou eram cheios do Esprito Santo." Com toda reverncia, temor e tremor, dizemos; Se o prprio Filho de Deus, Jesus Cristo, como Homem, necessitou desse poder, quem somos ns para prescindirmos dele? Como Homem, Jesus foi semelhante a ns, em tudo, exceo feita ao pecado. Como Homem foi tentado pelo diabo: Mat. 4:111. Como Homem morreu na cruz em nosso lugar. Como Homem foi batizado no Esprito Santo antes de iniciar seu ministrio terreno. J vimos no que consiste batismo no Esprito. Agora, luz dos textos que vamos citar, tiremos a concluso: "O ESPRITO DO SENHOR JEOV est sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de corao, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de priso aos presos"- (Is. 61:1). Quando do batismo de Jesus nas guas do Jordo, deu-se tambm seu batismo no Esprito. Ao depois, Ele iria bati/ar os discpulos no Esprito. "E sendo Jesus batizado, saiu logo da gua, e eis que se lhe abriram os cus, e viu o Esprito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele. E eis que uma voz dos cus dizia: "Este o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mat. 3:16-17). Logo em seguida, aquele mesmo Esprito Santo conduziu Jesus "ao deserto para ser tentado pelo diabo". Mat. 4:1. E pouco tempo depois, Jesus pde dizer: "Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos". (Luc. 4:21). Que escritura? Aquela mesma de Isaias 61:1-3, mencionada por Jesus na Sinagoga de Nazar. Observe-se que Ele era guiado, impulsionado pelo poder do Esprito Santo: "Ento, pela virtude do Esprito, voltou Jesus para a Galileia... "Luc. 4:14 e, ao depois, chegando Sinagoga de Nazar, deram-lhe o livro do profeta Isaias para ler: "E foi-lhe dado o livro do

profeta Isaias; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Esprito do Senhor sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de corao, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitvel do Senhor". (Luc. 4:17-19). Numa atitude de profunda humildade, Jesus deixou-Se batizar por Joo naquelas mesmas guas do Jordo, onde prostitutas, ladres e publicanos arrependidos eram batizados. A pomba para os judeus, no era smbolo de paz, como o para ns, hoje. A pomba ou a rola representavam humildade, pois eram ofertas dos pobrezinhos, como j vimos. Se algum discorda desta interpretao, ter que discordar tambm do Apstolo Pedro, que, inspirado pelo Esprito Santo e, falando a Cornlio e sua casa, a respeito do Messias, disse-lhes: "Como Deus ungiu a Jesus de Nazar com o Esprito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele". (Atos 10:38). A palavra "poder" diz mais que "virtude", e a Verso da Sociedade Bblica do Brasil, Revista e Atualizada, emprega a palavra "poder" tanto em Atos 1:8 como em 10:38. Concluso: Se o prprio Jesus Cristo precisou dessa uno e desse poder divino, como poderamos ns prescindir dele? Como poderamos negligenciar a busca do poder divino, de que tanto necessitamos para uma vida crist normal, isto , abundante, vitoriosa? Para um testemunho real e eficaz por Jesus Cristo? J.B. Lawrence, o festejado mestre, diz: "Temos que enfrentar o mesmo tipo de incredulidade que os discpulos de Cristo encontraram em seus, dias. O mundo pode ter mudado o seu modo de pensar, mas no mudou de carter. O corao humano sempre o mesmo, e os homens no se mostram hoje, mais dispostos a aceitar o evangelho do que nos dias do apstolo Paulo. S Deus pode salvar hoje os homens, como s Ele pde salv-los nos dias apostlicos. Aqueles, pois, que hoje podem ganhar os homens para Cristo, devem possuir o poder que desce do Alto, poder que tornou vitorioso o ministrio daqueles apstolos; devem ser cheios do Esprito Santo". (Esprito Santo na Evangelizao do Mundo, pgs. 32-33). Os grifos so nossos.

Cristo no est no Calvrio agora; mas o sacrifcio, que Ele fez, quando aqui esteve entre os homens, beneficia ainda hoje a todos os homens. O Esprito Santo no est mais no Cenculo daquela manh pentecostal, mas a Sua vinda continua a ser o sinal de que o Seu poder est ainda disposio de iodo o povo de Cristo. E a razo esta: somos os sucessores dos cristos do Novo Testamento, e a nossa necessidade, como tambm a do mundo de hoje, to grande como as necessidades daqueles na manh pentecostal". Portanto, a suprema necessidade dos crentes e igrejas, a plenitude do Esprito Santo e o revestimento de poder divino.

CAPTULO XII O PODER DO ALTO


I - COMO RECEB-LO II COMO US-LO, III COMO CONSERV-LO "No tenho o poder de que preciso". "Sou to fraco, e sei que no possuo o poder que a Bblia oferece"! "Como posso receber poder para servir a I Deus de maneira eficaz?" Essas e outras perguntas so formuladas freqentemente por aqueles que humilde e sinceramente, reconhecem sua falta de poder, a necessidade de poder, e almejam, de corao, o poder divino para uma vida crist mais eficiente, mais frutfera, mais abundante e vitoriosa, para a glria do Senhor Jesus Cristo. I COMO RECEB-LO: Assim, j sabemos a causa de nossos fracassos ou frustraes no trabalho do Senhor; em que pese nosso esforo e dedicao, os resultados so minguados. "Gotas somente ns temos", quando o Senhor quer derramar chuvas copiosas... Sabemos que a falta de Poder do Alto. Reconhecemos que nossa capacitao no deve ser apenas intelectual, mora! Ou teolgica. Precisamos de algo mais. Precisamos da plenitude do Esprito e revestimento de poder, conforme prometeu Jesus aos discpulos. Conscientizemo-nos de que " impossvel fazer a obra do Senhor sem o poder do Senhor." Mas, de nada adiantaria lamentarmos nossos fracassos ou frustraes, como de nada resultaria de positivo, sabermos o diagnstico de nossa enfermidade, e no sabermos como cur-la. No temos a pretenso de ensinar a ningum, e muito menos dogmatizar sobre o assunto, mas apenas o desejo de auxiliar, se possvel, a muitos crentes, que nos perguntam: "Pastor, como posso receber poder para servir melhor ao Senhor, que morreu por mim"? na preparao para o recebimento da plenitude do Esprito Santo que muitos tm falhado. A. W. Tozer diz: "Embora seja perigoso ensinar

"mtodos", isto , frmulas para coisas espirituais, creio que a pergunta: "Como posso ser cheio" pode ser respondida em 4 palavras, todas elas verbos ativos: 1 - Submeter-se; 2 - Pedir; 3 - Obedecer; 4 - Orar". A esto as preciosas sugestes, Cremos que mister, como verdadeira preliminar, para o recebimento da bno, o esvaziamento. Antes que Deus possa nos encher do Esprito, precisamos esvaziar-nos de ns mesmos: do nosso eu", dominante, centro de nossa vida. Nossa vida dever experimentar uma profunda mudana: de egocntrica para Cristocntrica. Cremos na necessidade imperiosa e urgente de ura avivamento espiritual genuno.. Graas a Deus, essa revivificao j se pode pressentir, por toda a parte. J se mostra como aquela pequenina nuvem do tamanho de mo humana, que o servo de Elias viu, l no Monte Carmelo, e que se transformou em verdadeiro aguaceiro. Deus abrira as comportas dos cus, e derramara verdadeiro dilvio sobre as terras ressequidas de Israel: I Reis 18:41-46 e Tiago 5:17-18. Concordamos que perigoso ensinar "mtodos" ou frmulas para coisas espirituais. No podemos, e no devemos dogmatizar a respeito de como receber e quais as evidncias da plenitude do Esprito e do revestimento de Poder do Alto. Entretanto, parece-nos haver condies imprescindveis na preparao, como a orao, a Bblia, a purificao, a submisso e obedincia irrestrita ao Senhorio de Jesus Cristo, para se receber a grande bno. O reavivamento ao tempo do rei Josias foi conseqncia da descoberta ou redescoberta da Palavra do Senhor, que se havia esquecido, abandonado e perdido. Da houve purificao, restaurao e reavivamento: Captulos 34 e 35 de II Crnicas. No h avivamento ou reavivamento verdadeiro, sem observncia da Palavra de Deus. Da o perigo desses movimentos ou reunies, em que se fala de vises, profecias etc... mas a Bblia est ausente. De pessoas que desejam ouvir algo do Senhor, mas no se dedicam leitura da Bblia.Tm comiches nos ouvidos, como dizia o apstolo Paulo.

No se pode desprezar a palavra do Senhor Jesus em sua magnfica orao sacerdotal: "Santifica-os na verdade; a tua palavra a verdade" (Joo 17:17). No se pode olvidar a splica do Salmista: "A minha alma est pegada ao p; vivifica-me segundo a tua palavra". (Salmo 119.25). Nem a orao de gratido porque o Senhor atendera quela splica: "Isto e a minha consolao na minha angstia, porque a tua palavra me vivificou". (Salmo 119:50). Os grifos so nossos. De conformidade, e atravs da Palavra do Senhor, o Salmista foi vivificado. Todo genuno reavivamento, pessoal ou coletivo, comea na voltai no retorno Palavra de Deus, de mente e corao abertos, e com o esprito de Samuel: "Fala, porque o teu servo ouve". (I Sam. 3.10). Outro requisito , sem dvida, a orao. Orao chave que Deus colocounos nas mos para abrirmos as portas do Cu. Foi assim naqueles dias prpentecostes, pois, "todos estes perseveravam unanimemente em orao e splicas, com as mulheres e Maria, me de Jesus, e com seus irmos. E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar..." (Atos 1:14 e 2:1. 4). Elias orou, e os cus se abriram: e as chuvas caram abundantes. Antes, porm, de carem s chuvas, caiu fogo do Senhor sobre o altar do Senhor. E antes de tudo isso. Elias orou: I Reis 18:36-37. Mas antes ainda de orar, o profeta do Senhor, fez uma coisa "sine qua" no haveria e no haver manifestao do poder de Deus: Elias reparou o altar do Senhor, que estava abandonado, desprezado, quebrado. Ento Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele. E reparou o altar do Senhor, que estava quebrado". (1Reis 18:30). "Santificai-vos, porque amanh o Senhor far maravilhas no meio de vs." Josu 3:5. So imprescindveis orao e purificao, como preliminares na preparao para a operao de Deus em nossa vida e em nossa igreja. Precisamos concertar nossa vida com Deus, e acert-la com o prximo. Precisamos reparar o altar do nosso corao. Acerto e concerto, ou concerto e acerto so indispensveis ao recebimento da Plenitude do Esprito.

S ento, poderemos orar pedindo para que o fogo do Senhor venha arder no altar do nosso corao. Caso contrrio, poder haver fogo, mas fogo estranho no altar. Da que as oraes so vlidas e necessrias em todo reavivamento espiritual, mais como preparao, isto , para que o altar em nossas vidas seja reparado, para que pecados ocultos ou esquecidos, para que as falhas ou coisas que precisam ser corrigidas ou corretas, em nosso relacionamento com Deus e os homens, sejam reveladas. Charles G. Finney, o grande servo de Deus, afirmou que "um avivamento religioso pode ser esperado quando os cristos comeam a confessar uns aos outros seus pecados. Em outras ocasies eles confessam de forma geral, como estando apenas mornos. Podero faz-lo em linguagem eloqente, mas nada significa. Quando, entretanto, h um sincero quebrantamento do esprito e um derramamento do corao, em confisso de pecados, os celeiros logo se abrem e a salvao inunda o lugar". A confisso deve ser especfica, e no vaga e geral. Lev. 5:5 diz: "Ser pois que, culpado sendo numa destas coisas, confessar aquilo em que pecou." Temos ouvido muitas oraes, que nos fazem lembrar a orao do fariseu: " Deus, graas te dou, porque no sou como os demais homens..." (Luc. 18:11). Ou: "perdoa os meus pecados; perdoa os nossos pecados..." Isso no confisso e nem pedido de perdo. muita vez, repetio como reza... preciso que, o crente arrependido, diga ao Senhor: Perdoa-me, Senhor porque menti a fulano. Perdoa-me porque tive este ou aquele pensamento impuro. Perdoa-me porque fui desonesto nisto ou naquilo. E, conforme o caso, procurar a pessoa ofendida para pedir-lhe perdo e reparar a ofensa. muito difcil! Mas, faz parte do preo para o recebimento da grande bno. "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e a te lembrares de que teu irmo tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmo, e depois vem e apresenta a tua oferta." (Mat. 5:23-24). Pecados ocultos ou secretos devem ser confessados secretamente, isto , s a Deus. Pecados particulares devem ser confessados, em particular, isto , pessoa ou pessoas ofendidas. Pecados pblicos devem ser confessados

publicamente, no s porque so do conhecimento geral ou pblico, como porque ofenderam a toda urna comunidade, que deve ser desagravada. Se no nos purificarmos, se no concertarmos o altar em nosso corao, poderemos pedir e buscar o poder de Deus a vida toda, e no receb-lo. Ac havia cometido pecado, que levou Israel a uma derrota inexplicvel, injustificvel, vergonhosa e humilhante, principalmente, depois da vitria retumbante de Jeric. Ento Josu rasgou suas Vestes, e se prostrou sobre o rosto, e chorou perante o Senhor. Josu orava, quando foi interrompido pelo Senhor, para dizer-lhe que a causa daquele fracasso era o pecado. Israel pecou. E, enquanto aquele pecado no fosse desarraigado de Israel, eles no poderiam vencer ou prevalecer contra seus inimigos. "Ento disse o Senhor a Josu: Levanta-te; por que ests prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou... pelo que os filhos de Israel no puderam subsistir perante os seus inimigos... No serei mais convosco, se no desarraigardes o antema do meio de vs". (Josu 7:10-12). Israel deveria desarraigar aquele pecado. Isto , deveria arranc-lo ou extirp-lo pela raiz. Desarraigar o mesmo que desenraizar ou arrancar pela raiz, como se faz com a tiririca ou outras ervas daninhas. E continua o Senhor falando com Josu: "Levanta-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanh, porque assim o Senhor, Deus de Israel..." (Josu 7:13). Pecado traz derrota, humilhao e vergonha. Santificao traz vitria, vida, poder e operao de maravilhas: Josu 3:5. Insistimos que no se deve dogmatizar em matria ou assuntos espirituais. No podemos, e no devemos afirmar que necessrio isto ou aquilo, como imposio de mos, por exemplo, sem o que no se recebe a bno. Ou, se no aconteceu isto ou aquilo, como lnguas estranhas, o crente no foi batizado no Esprito Santo. Cremos que, do mesmo modo como a converso de, um, no exatamente igual do outro, a experincia do batismo no Esprito ou plenitude tambm no tem que ser necessariamente igual. Cada pessoa age e reage diferente em seu comportamento, conforme sua personalidade, educao ou formao psquica. No h e nem nunca houve duas pessoas, absolutamente iguais. Parece-nos que o Senhor quis ensinar isso atravs das impresses digitais que nunca so iguais, tanto que a Polcia, em todo o mundo, usa esse recurso para identificao das pessoas.

Em J 37:7, lemos: "Ele sela as mos de todo o homem, para que conheam todos os homens a sua obra". No estaria a Palavra do Senhor fazendo referncias s impresses digitais, que identificam o homem e aquilo que ele faz? "Cada um cada um", dizia nosso amado e saudoso colega e amigo, pastor Joo Rodrigues. No dogmatizemos, pois, nem no que tange s condies para se receber a bno, nem tampouco no que concerne s evidncias ou sinais de recebimento da plenitude e revestimento. Portanto, o que pretendemos sugerir algumas condies que julgamos indispensveis, e que precisam ser satisfeitas para o crente ser cheio, e manter-se cheio do precioso Esprito Santo de Deus. H um preo a ser pago, como estamos vendo. A est a diferena entre o avivamento real e o falso avivamento. Avivamento genuno fruto ou produto do preenchimento dessas condies. Temos sabido de reunies ou movimentos chamados "avivalistas", que, na realidade so reunies de "animamento" ou "animao" e no de avivamento. Ora, em matria de "animao", no podemos competir com os animadores profissionais de rdio ou TV. Muito barulho, muita gritaria e confuso no so manifestaes do Esprito. "Lata cheia no faz barulho", diz o pastor Enas Tognini. Vida cheia do Esprito no significa barulho ou gritaria. Em I Reis 18:30, 36,38 lemos que desceu fogo, mas lemos tambm "fogo do Senhor". Era fogo do Senhor, ardendo no altar de Deus, e queimando a oferta dedicada ao Senhor. Tem havido muito fogo estranho em certas reunies. Emocionalismo artificial, imitativo, fingido e at mesmo neurtico. Na grande maioria dessas pessoas, no se v vida santificada, submissa ao Senhor Jesus Cristo. Querem poder, vises, revelaes etc... mas no querem pagar o preo de uma vida de orao, de leitura bblica regular e constante, disciplinada...Querem que Deus lhes fale, mas no lem a Bblia, a palavra infalvel do Senhor. Uma das primeiras indagaes que ns devemos fazer, com toda sinceridade esta: Para que queremos o poder divino? No haveria em ns, ainda que velado, um interesse esprio? Ou o esprito de Simo, mencionado em Atos 8? Da vem simonia ou explorao, proveito pessoal ou prprio, comrcio com as coisas sagradas ou espirituais. Se queremos

poder divino, devemos examinar a motivao desse desejo. Se para uma vida mais santa, um testemunho mais eficaz e a glorificao do nome de Jesus, ento esse desejo legtimo e deve ser estimulado. Ainda na preparao, convenamo-nos de que: a) "A vida crist comea no Calvrio, mas o servio cristo, no Pentecostes; b) No Pentecostes, os discpulos foram, ao mesmo tempo, batizados com o Esprito Santo, cheios do Esprito Santo e revestidos de poder do alto; c) ningum pode ser testemunha de Cristo sem esse batismo: Atos 1:8; d) mais que um privilgio. uma necessidade de primeira ordem, se quisermos viver a vida abundante prometida por Jesus (Joo 10:10); e) essa grande bno no e privilgio de alguns, mas para todos os crentes no Senhor Jesus Cristo. E, finalmente: No se trata de algo optativo, mas de uma ordem vinda do Senhor: "Enchei-vos do Esprito". Ef. 5:18. Trata-se de um verdadeiro imperativo categrico. um mandamento paulino. Paulino? No! uma ordem divina transmitida, isso sim, atravs de Paulo. Nesse verse h dois imperativos: "No vos embriagueis com vinho, em que h contenda, mas enchei-vos do Esprito". Na primeira parte temos um imperativo negativo: "No vos embriagueis com vinho..." Na segunda, um imperativo afirmativo ou categrico, para usar a linguagem de Emanuel Kant. No algo optativo ou facultativo. uma ordem categrica do Senhor a todos os crentes, e de todos os tempos. E no apenas aos efsios. Conta-nos Billy Graham que foi pregar a certa igreja nos Estados Unidos, num domingo pela manh e, em l chegando, percebeu uns movimentos estranhos e murmrios ou cochichos pelos corredores, no intervalo entre a Escola Bblica e o Culto. Billy Graham perguntou ao pastor "qu estava acontecendo?, e ele, muito constrangido, lhe explicou: " que um dicono desta igreja compareceu completamente embriagado reunio da Escola Bblica. O escndalo foi tanto que a igreja teve que reunir-se em sesso extraordinria para desliglo de seu rol de membros". de fato um testemunho muito negativo, teria dito Billy Graham, Mas, eu lhe pergunto: "Alguma vez esta igreja se reuniu para desligar algum por no estar cheio do Esprito Santo? O mandamento o mesmo: "E no vos embriagueis com vinho, em que h contendas, mas enchei-vos do Esprito" Ef. 5:18. Se, por um lado, embriagar-se pecado por comisso, deixar de buscar a plenitude do Esprito, pecado por omisso.

Passemos, aps esta longa palavra sobre preparao, s condies propriamente ditas, e que devem ser observadas, pelo crente, na busca do Poder do Alto: A CONDIES A. W. Tozer, como vimos, sugeriu submisso, petio, obedincia e orao. Fala tambm de 5 votos para se obter poder espiritual: " l - Trate seriamente com o pecado; 2 Nunca se defenda; 3 No seja dono de coisa alguma; 4 Nunca passe adiante algo que possa prejudicar algum; 5 -Nunca aceite pessoalmente qualquer glria." A est o preo a ser pago. Condies srias que precisam ser satisfeitas, se quisermos experimentar ou viver a vida abundante prometida por Jesus: (Joo 10:10). 1 Teremos que tratar com muita seriedade o problema do pecado. No brinquemos com o pecado. 2 Nunca nos defendamos. Isso no fcil, a menos que nosso "eu" seja quebrantado, e nos convenamos de que Jesus Cristo nosso Advogado (I Joo 2:1). Ningum poderia nos defender melhor que Ele. Cristo, nosso Mestre, no abriu a sua boca, nem mesmo para defender o direito fundamental, direito prpria vida: (Isaias 53:7). 3 No somos donos de coisa alguma. Nem mesmo de nosso prprio corpo. Nem de nossa vida. Muito menos do que temos. "No sabeis que o vosso corpo o templo do Esprito Santo, que habita em vs proveniente de Deus, e que no sois de vs mesmos? Porque fostes comprados por bom preo..." (I Cor. 6:19-20). "Do Senhor a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam". (Salmo 24:1). 4 No devemos ter comiches na lngua. No passemos adiante algo que possa prejudicar a reputao de algum, ainda que seja verdade. Ouvimos de um ilustre missionrio ingls que na Inglaterra h uma espcie de brocardo que diz que o co tem muitos amigos porque em vez de agitar a lngua, balana a cauda. 5 Finalmente, no devemos, e no podemos aceitar qualquer gloria, mesmo porque toda glria pertence ao Senhor. Cremos realmente que se trata de excelente programa para o recebimento de poder espiritual. Outro plano ou programa para recebermos grandes bnos de Deus est magnificamente resumido em II Crnicas 7:14: "E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, ento eu ouvirei dos cus, e perdoarei

os seus pecados, e sararei a sua terra." Isto , se o povo de Deus se quebrantar e se tornar humilde, orar, buscar o Senhor em louvor, adorao e glorificao e acertar sua vida com o prximo e concertar sua vida com Deus, ento as bnos viro dos cus. Os versos seguintes devem ser lidos e meditados. Com ligeira diferena de Tozer, mas, que no fim vem dar na mesma, gostaramos de apresentar como sugesto nossa, as seguintes condies: 1 PURIFICAO: "Porque no nos chamou Deus para a imundcia, mas para a Santificao. Portanto, quem despreza isto no despreza ao homem, mas sim a Deus que nos deu tambm o seu Esprito." (1 Tess. 4:7-8). "Como Santo aquele que vos chama sede vos tambm santos em toda a vossa maneira de viver" I Pedro 1:5. No nos esqueamos de que o dia da santificao a vspera da operao de maravilhas por parte de Deus. "Santificai-vos, porque amanh far o Senhor maravilhas no meio de vs '. (Josu 3:5). E. Deus fez maravilhas, dando a Josu a fortaleza de Jeric, inexpugnvel aos homens, mas no ao poder de Deus. Nosso Deus Deus dos milagres, dos prodgios e maravilhas. Deus dos impossveis. Ele far maravilhas em nosso meio;.em nossa casa; em nossa Igreja; em nossa cidade; em nossa ptria e em todo o mundo, se o povo que se chama por Seu nome se santificar. Santificao era e condio indispensvel para que Deus opere no meio do Seu povo, e atravs do Seu povo, neste mundo sem Deus. O problema do pecado deve ser encarado com seriedade, e resolvido pelo arrependimento genuno, confisso e, conforme o caso, reparao da ofensa. "O que encobre as suas transgresses nunca prosperar, mas o que as confessa e deixa, (o grifo e nosso) alcanar misericrdia." (Prov. 28:13). Peamos, pois, ao Santo Esprito nos sonde, nos examine nos perscrute, nos esquadrinhe e revele tudo que O entristece e ofende. Tudo quanto precisamos concertar em nossa vida. "Sonda-me, Deus, e conhece o meu corao; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E v se h em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno. (Salmo 139:2324). Dr. J. Edwin Orr, diz que sondar, na lngua dinamarquesa (verso da Bblia), tem o sentido de virar a face de algo, uma pedra, por exemplo, de modo que a 'parte de baixo fique para cima. Quem j teve a j oportunidade de remover pedras, lajes ou mesmo tijolos. l no fundo do quintal ou da horta, deve ter reparado quantos bichinhos saram dali: aranha: escorpio,

lesma, minhoca etc... "Sursum corda." Levantemos nossos coraes para Deus: coraes abertos e quebrantados, e o. Senhor ir revelar, medida em que a luz do Cu penetrar l no imo do nosso ser, muita sujeira, muita coisinha ou "pecadinho", a que no damos importncia, mas que precisa ser tirado porque esto prejudicando grande: mente nossa comunho com o Senhor. Como as raposinhas mencionadas na Bblia faziam estragos na vinha, assim, o que denominamos "pecadinhos", causam grandes danos em nossa vida espiritual. Quando confessamos a Deus os nossos pecados, e no sentimos paz, talvez isso esteja indicando que precisamos fazer alguma reparao. Um perdo a ser pedido, ou a ser dado. H um verso poderoso nas Escrituras, muito usado e at mesmo abusado. Trata-se de I Joo 1:7 em sua parte final "... e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." uma gloriosa verdade, mas, para que o sangue de Jesus Cristo nos purifique, precisamos "andar na luz" e confessarmos nossos pecados. H um condicional "se" que precisa ser observado. "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevi, para que no pequeis; e, se algum pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." (I Joo 2:1). Tratemos com muita seriedade o pecado, para que no pequemos. Mas, quando falharmos, e pecarmos, arrependamo-nos e confessemos ao Senhor, de todo o corao, pois "se confessarmos os nossos pecados, ele (Jesus) fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustia." (I Joo 1:9). Corramos ao Senhor, cujo sangue vertido na cruz, j nos purificou de todos os nossos pecados passados, presentes e futuros, no que concerne salvao e vida eterna. Confessemos ao Senhor todos os nossos pecados para restaurao de nossa comunho com o Senhor e com o prximo, pois, "se andarmos na luz, como ele na luz est, temos comunho uns com os outros..." Que o nosso esprito seja o do hino 289 do Cantor Cristo: "Quero estar ao p da cruz, de onde rica fonte, corre franca, salutar, do Calvrio monte..." Sentimos que cabe aqui uma observao, mesmo porque temos observado muitos crentes confusos no que tange ao perdo de pecados para salvao e purificao para comunho. Quando a pessoa se converte, todos os seus pecados passados, presentes c futuros lhe so perdoados. Ningum pode entrar no Cu com pecado, por menor que seja. Isso no que se refere, portanto, a salvao e a vida eterna. Mas agora, como crente, precisa confessar e arrepender-se de todos os seus

pecados cometidos depois da sua converso. No mais para a salvao, mas agora para a comunho e intimidade com o Senhor. Essa distino no pode ser esquecida, sob pena de gerar-se confuso na mente dos crentes. J ouvimos indagaes como esta: "Se quando me converti, todos os meus pecados passados, presentes e futuros j foram perdoados, por que ainda tenho que confessar?" Da leitura de I Joo, vemos claramente que o crente no deixa de pecar. Joo diz: "Se dissermos que no temos pecado, enganamo-nos a ns mesmos, e no h verdade em ns". Essa palavra endereada a crentes, e ele, Joo est-se incluindo ai: "ns..." claro que medida que se santifica, e o Esprito de Deus opera em sua vida, o crente vai tendo poder sobre o pecado. Mas, s na glorificao, o crente estar isento de pecado. Isso, porm, no justifica o pensamento de que ento poderemos pecar vontade, pois, onde abundou o pecado, superabundou graa. A mente que assim pensar, por certo, no ser a mente de um regenerado, que tem a mente de Cristo: I Cor. 2:16. Quando o crente peca, no perde a salvao, que eterna, mas sim a alegria da salvao, o gozo dos salvos, a comunho com o Senhor e, muitas vezes, com o prximo, como confessa Davi no Salmo 51:12. Atravs da confisso e arrependimento, restabelecem-se a comunho, a harmonia e o gozo. Para que Deus possa usar-nos poderosamente, mister que nossa vida seja purificada e santificada. Santificada no sentido de purificao e separao. Santificada no sentido de consagrao para o Senhor. Isaias s pde dizer ao Senhor - "Eis-me aqui, envia-me a mim" - depois de purificado. Depois que o serafim tocou-lhe os lbios com uma brasa viva tirada do altar, dizendo: "Eis que isto tocou os teus lbios; e a tua iniqidade foi tirada, e purificado o teu pecado". Isaas 6:7-8. Cremos que a brasa viva representava o sangue do Cordeiro de Deus, que haveria de ser vertido no Calvrio. E o altar de onde a brasa foi tirada, a cruz, onde Jesus seria pregado. Aquela brasa purificou o profeta para uma comunho mais ntima e perfeita com o Senhor. Pastor Enas Tognini conta de Monte Verde, local pitoresco e muito agradvel, em Minas Gerais, prximo a So Paulo. Passava ele uns dias de frias naquele lugar, quando, um dia as torneiras das casas amanheceram secas. Nenhuma gota de gua. Que teria acontecido? A fonte ter-se-ia esgotado? Foram at nascente, no alto daqueles montes, e ento descobriram um rato morto, obstruindo a passagem da gua. Tirado o rato,

a gua voltou a fluir, para alegria de todos. A fonte no se exaurira. O manancial continuava. Apenas havia impedimento. O canal estava obstrudo. Removido o impedimento, o problema foi resolvido. Assim na vida espiritual. A fonte de poder continua aberta, mas, muitas vezes, o pecado se interpe entre ns e Deus, qual entulho 3ue fecha o canal da graa. E as bnos ficam relias. Estivemos em uma cidade, h algum tempo, quando, de repente, sem explicao aceitvel, a cidade ficou s escuras. Foi quando, um funcionrio da usina de fora e luz foi ver o que teria acontecido, e descobriu que algum havia colocado criminosamente uma pedra na engrenagem das mquinas. Retirada a pedra, as mquinas que estavam entravadas, voltaram a funcionar. A luz voltou, a cidade saiu da escurido para a claridade. Coisa semelhante se passa conosco, quando o pecado nos tira o brilho da vida crist. Mas, se andarmos na luz, como ele... (I Joo 1:7). Purificao , sem dvida, condio necessria para que Deus derrame de seu poder e luz sobre ns. 2 SUBMISSO E OBEDINCIA Submisso e obedincia ao Senhorio de Cristo outra condio imprescindvel, mesmo porque Deus deu, e d o Esprito Santo aos que Lhe obedecem. "E ns somos testemunhas acerca destas palavras, ns e tambm o Esprito Santo que Deus deu queles que lhe obedecem." (Atos 5:3.2). "Lhe obedecem..." A quem devemos essa obedincia? Se lermos o verso anterior, veremos que essa obedincia deve ser a Jesus Cristo, a quem o Deus Pai " elevou a Prncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remisso dos pecados". (Atos 5:31). Temos exemplos magnficos e comoventes de submisso e obedincia nas pginas da Bblia Abrao levando seu filho Isaque para ser sacrificado no Monte Mori: Gnesis captulo 22. Maria, me de Jesus, sendo jovem, noiva de Jos, haveria de ser me, sendo virgem. Me do Salvador. O mundo no iria entender, e muito menos crer se tratava de obra do Esprito Santo, o nasci-1 mento do menino que se chamaria Jesus. Nem mesmo o seu prprio noivo, Jos, haveria de compreender aquela situao. Que seria dela? A jovem que nos l, medite

sobre o assunto. A me ou qualquer pessoa que nos l, pense na situao e reao do povo; das ms lnguas, que sempre existiram... Maria poderia ficar na rua da amargura, Entretanto, revelando um esprito de submisso e obedincia, que nos comove, ela diz a Gabriel; "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra". Luc. 1:38. Joo, o Batista, numa atitude de submisso e humildade, quando os fofoqueiros da poca foram-lhe dizer qu Jesus estava fazendo sombra ao seu ministrio, respondeu: "E necessrio que ele cresa e que eu diminua". Joo 3:30. Paulo, desde a sua converso na estrada de Damasco, passou a considerarse servo do Senhor Jesus Cristo. "Senhor, que queres que eu faa?" ' Atos 9:6. Senhor significa proprietrio dono, amo. Desde aquele momento, Jesus passou a ser o Senhor ida vida de Saulo, que se tornou Paulo, e que, em vrias de suas epstolas, intitula-se "Paulo, servo do Senhor Jesus Cristo '. E o termo no original dulos", que significa escravo. No Direito Romano escravo era considerado "res". isto , uma coisa. O escravo no tinha vontade prpria no tinha direito, nem mesmo prpria vida. O dono ou senhor tinha direito de vida e de morte sobre seus escravos: "Jus vitaenescisquae" como se l no Direito Romano. E Paulo sabia muito bem disso, pois era advogado. Paulo , sem dvida, um exemplo eloqente de submisso e obedincia soberania de Jesus Cristo. Mas, em Jesus Cristo temos sempre o templo mais perfeito, em tudo. Exemplo de submisso e humildade, quando lava os ps dos discpulos, tarefa prpria de criados e subalternos. "Entendeis o que vos tenho feito? Vs me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os ps, vs deveis tambm lavar os ps uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, faais vs tambm. (Joo 13:12-15). Onde est nossa humildade? Jesus disse que os que se humilham sero exaltados, mas os que se exaltam, sero humilhados. Para que o Senhor nos encha do Esprito Santo, e nos use, e continue a usar-nos poderosamente, precisamos ser humildes, e no aceitarmos, e menos ainda, buscarmos qualquer glria para, nosso nome. No momento mais dramtico e terrvel, Jesus orou "Meu Pai, se possvel, passe de mim este clice; todavia, no seja como eu quero, mas como tu queres. E indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este clice no pode passar de mim sem eu o beber, faa-se a tua vontade", (Mat. 26:39.42).

Poderia haver exemplo mais sublime de submisso e obedincia do que este? Contudo, submisso e obedincia pressupem quebrantamento. Esvaziamento. Enquanto estivermos cheios de ns mesmos no poderemos ser cheios do Esprito Santo. Enquanto estivermos cheios de dvidas, preconceitos, respeitos humanos temores ou medo dos homens, comodismo, etc... No poderemos experimentar a grande bno de uma vida plena do precioso Esprito de Deus e de revestimento de poder divino. Assim como a gua corre e escorre vindo encher os lugares vazios, l em baixo, assim tambm seremos, enchidos por Jesus do seu Santo Esprito, quando estivermos quebrantados e vazios de ns mesmos. Quando nos esvaziarmos de tudo que toma o lugar de Cristo em nossa vida, e nos rendermos incondicionalmente ao Senhorio de Jesus. Ento Deus poder usar-nos para a glria do Seu nome. S quando o Japo se decidiu a render-se incondicionalmente aos Estados Unidos, na ltima guerra mundial, atravs de documento entregue ao ento Presidente Harry Truman, por intermdio do inesquecvel e extraordinrio cabo de guerra, General Douglas MacArthur, que a rendio foi aceita. "Filho meu, d-me o teu corao" pede o Senhor. O corao por inteiro. No apenas parte ou metade. S quando nos rendemos total e inteiramente ao Senhor, Ele aceita nossa entrega e rendio. Alis, essa uma condio para o verdadeiro discipulado cristo: "Quem quiser vir aps mim, renuncie-se (ou negue-se) a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me" (Mat. 16:24). S depois que Paulo pde dizer "j estou crucificado com Cristo" - pode tambm dizer: "e vivo, no mais eu, mas Cristo vive em mim..." Gal. 2:20. "Os sacrifcios para Deus so o Esprito quebrantado; a um corao quebrantado e contrito no desprezars, Deus" Salmo 51:17. O fim do nosso "eu" o comeo da operao de Deus em ns, e atravs de ns. Em Juzes captulo 7 vemos que a luz s pde brilhar, e os inimigos s foram derrotados, quando os cntaros se partiram. Vale dizer, quebrantados, quebrados ou partidos. Para que possamos ser "sal da terra", e brilharmos como "luz do mundo', temos que ser quebrantados. Da Paulo

dizer: "Temos, porem, este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns" II Cor. 4:7. No vau de Jaboque, Jac venceu, quando foi vencido. S quando o anjo tocou na juntura da coxa de Jac, e ele no pde continuar a lutar, que Deus lhe deu a vitria: Gen. 32:22-32. Uma abelha se debatia na vidraa de uma janela, procurando a sada, at que, sem foras, cai no batente da janela, que no estava totalmente fechada. Ento a abelha ganha a liberdade. S quando deixamos de lutar, e nos submetemos inteiramente ao Senhor, Ele comea a operar, sem embaraos, em nossa vida, e atravs de nossa vida. Jesus disse: "Se o gro de trigo caindo na terra, no morrer, fica ele s; mas se morrer, d muito fruto". (Joo 12:24). morrendo, que vivemos para a vida eterna. Tantos so os paradoxos, na vida crist. dando, que recebemos. humilhando-nos, que somos exaltados. Os ltimos sero os primeiros. morrendo, que vivemos... que experimentamos vida abundante, como o trigo, por exemplo, ou qualquer outra semente, que se multiplica, muitas vezes, somente quando morrem. "O trigo modo antes de poder tornar-se po. O incenso precisa ser posto no calor do fogo a fim de desprender seu odor. O solo precisa ser rasgado pelo arado agudo, antes de receber a semente. O corao quebrantado o que agrada a Deus." O perfume s impregnou toda a casa, quando o frasco foi partido. 'Tara Deus somos o bom cheiro de 'Cristo..." (H Cor. 2:15). Mas, para que esse perfume se desprenda de nossa vida, mister se faz o quebrantamento de nosso "eu". Um dos hinos favoritos do Cantor Cristo o 298: "A tua vontade, sim, minha ser; e eu pronto o que queres a ser. E quero dizer o que queres Senhor, que o servo teu deva dizer; eu quero fazer o que queres Senhor..." No Hinrio Evanglico, encontramos um hino que nos comove, e nos quebranta, quando meditamos em suas palavras. Um hino que, se pudermos cantar, no apenas com os lbios, mas tambm com o corao, estamos certos de que nos levar aos ps, de Cristo. Se fizermos da letra desse hino nossa orao, Jesus nos encher de seu Santo Esprito. Trata-se do hino 270 Vontade Soberana - cuja leira tomamos a liberdade de transcrever: "Tua

vontade faze, Senhor! Eu sou feitura, tu s o autor. Molda e refaze todo o meu ser, segundo as normas do teu querer. Tua vontade faze, meu Deus! Sonda e corrige os passos meus. Torna-me santo como tu, s, ouve os meus rogos; eis-me aos teus ps. Tua vontade faze, meu Pai! Por ela o crente vive e no cai. Guia-me a vida com tua luz; poder e graa d-me em Jesus. Tua vontade, boa e sem par, quero na vida realizar. Vive, triunfa, domina, enfim; reina supremo, meu Deus, em mim". Se tivermos esse esprito. Se pudermos fazer desse hino nossa orao. Se pudermos dizer ao Senhor "Como Tu queres, Senhor, sou teu. Tu s Oleiro, barro sou eu. Quebra e transforma, at que enfim, tua vontade se cumpra em mim! Ento no h dvida de que Deus nos abenoar com a plenitude do seu precioso Esprito e o revestimento de poder, de que tanto necessitamos. Oremos, pois: "Esprito do Trino Deus, vem sobre ns; quebranta-nos; consome-nos (tudo que carnal; que Te entristece; que Te ofende); transforma-nos; transborda-nos", em nome de Jesus, e para a glria de Jesus. Amm!" 3 BUSCAR A BNO: Onde? Em quem? Como? Em Romanos 8:32, lemos: "Aquele que nem mesmo a seu prprio Filho poupou, antes o entregou por todos ns, como ns no dar tambm com Ele todas as coisas?" Jesus a fonte de vida e poder. "Se algum tem sede, venha a mim, e beba. Quem cr em mim, como diz a Escritura, rios dgua viva correro do seu interior. E isto disse ele do Esprito que haviam de receber os que nele cressem..." (Joo 7:3739). Em captulo anterior, j comentamos esse texto maravilhoso. Qualquer criana sabe beber gua. muito simples. Mas, para isso preciso ter sede*. Muitos no bebem dessa gua porque no tm sede, isto , no tm um desejo ardente e profundo. Sede de Deus. Sede do Esprito. A sede um dos impulsos mais fortes da natureza humana. Vejamos alguns textos, em conexo com Joo 7:37. que falam da sede de Deus: "Como o cervo brama pelas correntes das guas, assim suspira a minha alma por Ti, Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?" (Salmo 42:1-2). "Estendo para Ti as minhas' mos; a minha alma tem sede de Ti, como terra sedenta": (Salmo 143:6i). " Deus, Tu s meu Deus; de madrugada Te buscarei. A minha

alma tem sede de Ti; a minha carne Te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde no h gua": (Salmo 63:1). "Os aflitos e necessitados buscam guas, e no as h, e a sua lngua se seca de sede; mas eu, o Senhor vos ouvirei, eu o Deus de Israel os no desampararei. Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de guas, e a terra seca em mananciais" Isaias 41:17-181. "Porque derramarei gua sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Esprito sobre a tua posteridade, e a minha bno sobre os teus descendentes." (Isaas 44:3). "Buscar-me-eis, e me achareis, quando" me buscardes de todo corao" (Jeremias 29:13).* Finalmente: 'Clama a mim, e responder-te-ei,e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes (ou ocultas), que no sabes." (Jeremias 33:3). H tanta coisa que Deus quer revelar-nos e nos revelar desde que o busquemos, de todo corao, isto , clamemos a Ele, ou O busquemos em verdadeiro clamor. Oremos, ento, pedindo: "Senhor, pe em mim aquela sede de Deus para que possa beber da gua viva. Em nome de Jesus. Amm!" 4 PEDIR E RECEBER PELA F: "S quisera saber isto de vs: recebestes o Esprito pelas obras da lei ou pela pregao da f?" "Para que a bno de Abrao chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela f ns recebamos a promessa do Esprito". (Gal. 3:2 e 14). Essa, e todas as demais bnos, se recebem pela f. No atravs de obra ou por mritos humanos, nem pela lei ou por excitao barulhenta ou gritaria. O nico meio pelo qual se pode receber o batismo no Esprito Santo, pela f. Mas, "onde no h expectao, no pode haver f, e onde no h f, a busca no tem significado. Embora o enchimento do Esprito seja recebido por f, somente por f, evitemos que essa f seja meramente um assentimento da verdade. Isso tem sido fonte de grande desapontamento para multides de almas ansiosas. f verdadeira, invariavelmente traz testemunho..." Concordamos plenamente com A.W. Tozer. pela f que recebemos o Esprito Santo como bno integral do Pentecostes, ou seja, como Plenitude. tambm pela f viva, e no apenas intelectual ou sinnima de acreditar, que nos apropriamos da salvao e da vida eterna por Cristo Jesus. Quando, em Glatas, Paulo fala de receber o Esprito pela

f - Gal. 3:2 e 14 - no est dizendo do Esprito que vem habitar em ns, quando da converso ou regenerao. Paulo est falando de receber o Esprito, no sentido de Plenitude. O incrdulo no pode receber o Esprito, como j vimos, na palavra do Senhor Jesus, em Joo 14:17: "O Esprito de verdade, que o mundo no pode receber, porque no O conhece, nem O v..." O mundo ou o no crente pode e deve receber a Cristo Jesus, o dom de Deus para o mundo: Joo 3:16. O Esprito Santo no dom de Deus ao mundo, mas o dom de Cristo Igreja ou aos crentes: Atos 2:33, 38-39, e Joo 7:37-39. O incrdulo, por primeiro, tem que receber a Cristo, na converso, para ento receber o Esprito que vem habitar nele. E, ao depois, isto , nessa mesma ocasio, ou algum tempo mais tarde, o mesmo Esprito, que gerou nele uma nova criatura, vem para possu-lo, em cumprimento "promessa do Esprito" referida em Glatas 3:14. Que promessa a "promessa do Esprito"? a mesma "promessa do Pai", j tratada nos captulos IV e V, ou seja, a efuso do Esprito, ou o derramar do Esprito no Pentecostes. E a plenitude do Esprito e o Revestimento de Poder do Alto, mencionados em Lucas 24:49, Atos 1:8 e Atos 2. No se deve confundir essa "promessa do Esprito" em Glatas 3:14 com a promessa do Messias. A promessa do Messias para a salvao do mundo. Joo 3:16. "O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na regio da sombra da morte resplandeceu a luz" (Isaias 9:2) "Porque um menino nos nasceu; um filho se nos deu; e o principado est sobre os seus ombros; e o seu nome ser: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Prncipe da paz": (Isaas 9:6). A bno ou a promessa de Abrao a salvao. A promessa do Esprito para os crentes. '... e para que pela f ns recebamos a promessa do Esprito". Ns, quem? Ns os crentes em Jesus Cristo. Ns que j temos o Esprito habitando em ns, recebamos a Plenitude do Esprito em ns. Recebamos o Esprito, no sentido de bno integral do Pentecostes. Lendo-se atentamente Glatas 3:14, percebem-se claramente duas bnos distintas: Uma, "a bno de Abrao", outra, a "promessa do Esprito". Se j temos a bno de Abrao, peamos ao Senhor a promessa do Esprito. "Pois se vs, sendo maus, sabeis dar boas ddivas aos vossos filhos, quanto mais dar o Pai celestial o Esprito Santo queles que lhe pedirem?" (Lucas 11:13). O incrdulo no pede o Esprito. Ademais, o incrdulo no filho de Deus. Filho de Deus

o que cr e recebe ao Filho de Deus, Jesus Cristo: (Joo 1:12-13). O texto est falando, pois, aos crentes, aos filhos de Deus, para que busquem e peam o Esprito, no sentido de Plenitude. As coisas de Deus so simples. Os homens que complicam. F.B. Meyer, que foi grande lder batista na Inglaterra, conta sua experincia de Plenitude em "The Christ-Life for the Self-Life". Diz Meyer que era ministro de uma igreja grande e influente, mas se sentia bem infeliz porque era cnscio de que no havia recebido o poder do Alto. Com esse propsito foi a uma reunio em busca de poder divino em Keswick. F.B. Meyer viu aquele povo agonizando em orao, e orou dizendo a Deus que estava to cansado e no tinha condies para agonizar em orao. Mas, se havia algum que precisava daquele poder, era ele. Saiu da reunio e, andando pelos campos, altas horas da noite, ouviu a voz do Senhor, que lhe dizia: "Assim como recebeste o perdo das mos de Cristo a morrer, recebe o Esprito Santo das mos do Cristo vivo". Volteime para Cristo e disse: "Senhor, assim como aspiro esta aragem da noite, assim aspiro para cada parte do meu corpo o Teu bendito Esprito". "No senti mo nenhuma sobre minha cabea. Mas, pela f, sem emoo, e sem excita-mento, tomei-o pela primeira vez, desde a, prossegui tomando. Comecei a descer a encosta do outeiro, e ouvia o tentador dizer-me: "Voc no conseguiu, bobagem". Eu disse: "Recebi". "Ora, se voc nada sentiu, certo que nada recebeu". "No senti isso, mas reconheo que Deus fiel e nunca I ter levado uma alma sedenta a pedir o Esprito Santo pela f, para depois lhe dar uma pedra por po ou um escorpio por peixe. Sei que tenho o Esprito Santo, porque Deus quis que eu O pedisse." Como Meyer, precisamos aprender a pedir e a tomar, ou receber pela f. Hegre conta de uma menina que, ao entrar na sala de visitas de sua casa, deparou com um ancio, com as mos em forma de concha fazendo reiterados movimentos, como quem est a beber gua com as mos. A menina observou aquilo por algum tempo, e ao depois lhe perguntou: "Que o senhor est fazendo?" "", estou bbedo do Esprito Santo. Tenho tanta sede de Deus, que estou aceitando o convite de Jesus: "Se algum tem sede, venha a> mim e beba". Estou bebendo do Esprito de Jesus, e Ele est-me enchendo de novo com o seu Esprito". Hegre termina dizendo: "Esse homem foi grandemente usado por Deus tanto nos Estados Unidos da Amrica como na Inglaterra." Ns tambm podemos beber dessa maravilhosa fonte. Todo aquele que tiver sede, v a Jesus, e lhe pea esta bno. Ser ainda preciso repetir que ela s para aqueles que j se

renderam integralmente a Deus, e foram purificados de todo pecado? Faa | voc tambm o que muitos j fizeram. Apele para Jesus. Conte-lhe que voc sabe que Ele a pessoa a quem foi dado o dom. Pela f, pea e receba dele o dom do Esprito Santo". JESUS A FONTE DE PODER E VIDA! B EVIDENCIAS: Com todo respeito a nossos amados irmos pentecostais, e no propsito de sermos fiis nossa interpretao bblica, gostaramos de dizer, "ab initio", que discordamos sejam as lnguas estranhas sinal ou evidncia necessria do batismo no Esprito ou de Plenitude do Esprito Santo. Cremos que a maior evidncia de plenitude do Esprito o poder e eficincia no servio cristo, mxime no testemunho. Para ns, uma das evidncias de algum convertido, o desejo ardente de comunicar o Evangelho a parentes, amigos, conhecidos, etc. Do mesmo modo, uma das primeiras evidncias de plenitude, anunciar com ousadia e destemor o nome de Cristo". Em nosso folheto, escrito em 1971 - "Os Batistas e a Doutrina do Esprito Santo" - dissemos no item XI - Como posso saber se estou cheio do Esprito Santo?": 1 - Testemunho com ousadia. Em Atos, lemos 26 vezes: "Falavam com ousadia a palavra do Senhor"; 2 Tenho o fruto do Esprito - Gal. 5:22; e 3 - Cristo tem o primeiro lugar em minha vida, e o meu Senhor". Cremos que o testemunho ousado e eficaz uma evidncia inconteste: Atos 1:8, 4:31, 4:33, I Tess. 1:5,8, etc. Mas, h outras evidncias. Como vimos, o fruto do Esprito uma delas. Fruto no singular. Singular coletivo, pois o fruto amor, que se expressa, em gozo ou alegria intensa, paz, longanimidade, benignidade, bondade, f, mansido, temperana". Gal. 5:22. Outra evidncia da plenitude do Esprito o louvor, a adorao e glorificao do nome do Senhor Jesus Cristo. Jesus disse: Ele me glorificar..." (Joo 16.14). Referia-se ao Esprito Santo que Ele derramaria aps sua exaltao. Atos 2:33. Q crente cheio do Esprito glorificar, pois, a Jesus Cristo, como nunca o fizera antes. Outra evidncia: A Bblia passar a ser-lhe um livro aberto: deixar de ser a letra que mata, para ser esprito, que vivifica, Paul E. Little, que tanto bem fez, principalmente juventude universitria - ex-assistente da "Inter-Versaty Christian Fellowship", em seu precioso livro "Saiba o que voc cr", pgs. 93-94, diz: "Essa experincia de encher-se do Esprito no

uma experincia nica, pois pode se repetir. No dia de Pentecostes os discpulos foram cheios do Esprito (Atos 2:4). Alguns dias depois, em uma dramtica reunio de orao, tiveram uma repetio daquela experincia (Atos 4:31). A plenitude do Esprito implica o recebimento de poder e ousadia para o servio de Deus, (o grifo nosso) e fora para enfrentar crises particulares. possvel que o batismo do Esprito e a plenitude aconteam ao mesmo tempo. No precisam ser experincias separadas. Mas a plenitude do Esprito e uma experincia que deve se repetir conforme a necessidade na vida de cada crente. Devemos, literalmente, "continuar nos enchendo" (veja Ef. 5:18, literal). O Esprito Santo no uma substncia, e sim uma Pessoa. A plenitude do Esprito no uma questo de recebermos maior quantidade d'Ele. Antes, uma questo de relacionamento. Estar cheio do Esprito significa que Lhe permitimos ocupar, guiar e controlar cada setor de nossas vidas. Seu poder pode ento operar atravs de ns, tornando-nos eficientemente frutferos no trabalho de Deus, e tendo nossos coraes transbordantes- da Sua alegria. Essa plenitude no se aplica somente s nossas atitudes externas mas tambm aos nossos pensamentos e motivaes ntimas. Quando estamos cheios do Esprito, tudo o que somos e temos est sujeito ao Seu controle. O teste para sabermos se estamos ou no cheios do Esprito no este: "J recebeu um sinal exterior ou j recebeu um dom particular do Esprito?" Antes : "J se entregou inteiramente e sem reservas a Deus? (Rom. 12:1). "Est verdadeiramente desejoso que Ele controle sua vida, absoluta e inteiramente?"Os grifos so nossos. Como dizamos no incio, data venia, dos irmos que pensam diferente, no cremos que a nica evidncia do batismo ou plenitude do Esprito, seja falar lnguas estranhas, mesmo porque, no Dia de Pentecostes, que,foi o padro, e incio do recebimento da bno, ningum falou em lnguas estranhas. Do relato bblico do Pentecostes, conclumos facilmente, que os discpulos falaram lnguas estrangeiras, idiomas dos homens, e no dos anjos (I Cor. 13:1) tanto que "cada um entendia na sua prpria lngua". "... lnguas em que somos nascidos". (Atos 2:6,8). Que foi manifestao do Esprito, no pode haver a menor divida. Que foi sobrenatural, e evidente, pois falaram noutras lnguas, "conforme o Esprito Santo lhes concedia que falassem". (Atos 2). A linguados homens e veiculo

de comunicao de idias e pensamentos. atravs da linguagem que nos comunicamos. No Pentecostes, os discpulos falaram, pelo menos 16 idiomas diferentes: (Atos 2:9-11). que o evangelho deveria ser pregado em todas as lnguas, a todos os povos e naes. Era a universalizao do Evangelho. No que concerne, porm,, lngua ou lnguas estranhas, a finalidade no a comunicao, mas comunho e edificao pessoal. Comunho da criatura com o Criador. Do filho com o Pai. Edificao pessoal, isto , crescimento espiritual do que ora ou fala em lnguas. A no ser que haja intrprete, e que aquela palavra encerre uma mensagem de edificao a outros... No Pentecostes no houve intrprete, mesmo porque, "ouvimos, cada um, na nossa prpria lngua em que somos nascidos" (Atos 2:8). "... O que fala lngua estranha no fala aos homens, seno a Deus; porque ningum o entende, e em esprito fala de mistrios" (I Cor. 14:2-4). A no ser que a prpria pessoa fale e interprete, ou fale e outro interprete ningum pode entender a lngua estranha. Por isso que, em I Cor. 14:27, Paulo recomenda: "... e haja intrprete". Como vimos, no Pentecostes, as lnguas faladas foram ouvidas e entendidas sem intrpretes, mesmo porque os discpulos falaram, pelo poder do Esprito, em lnguas estrangeiras. Foi um milagre. Foi sobrenatural, aqueles humildes galileus, que nem mesmo sua prpria lngua dominavam, falarem em lnguas estrangeiras que no haviam aprendido. No teria sido isso que levou muitos a se maravilharem, "dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? (Atos 2:12). A esto, muito resumidamente, as evidncias de plenitude do Esprito: Paixo pelas almas, ou proclamao ousada e eficaz do Evangelho. Esprito de louvor, adorao e glorificao. A Palavra de Deus passa a ser viva. O fruto do Esprito comea a revelar-se em suas diferentes facetas. E a vida cheia do Esprito uma vida no altar de Deus. Jesus o Senhor! O falar lnguas ou o profetizar podem ser evidncias tambm, como no caso de Cornlio e seus companheiros, ou os doze de feso (Atos l0:44-47 e Atos 19:6). Mas no aceitamos sejam as nicas evidncias ou sinais. II COMO US-LO Sobre a preparao para o recebimento da grande bno, dissemos que, uma das primeiras indagaes que devemos fazer a ns mesmos esta: Por que e para que desejo a bno? Nunca dever ser para proveito pessoal,

como no caso de Simo (Atos 8), mas para a glorificao do Senhor Jesus, para a edificao da Igreja e a extenso do Reino de Deus, atravs de um testemunho pessoal vitorioso! Recebida a bno, como us-la? Sem dogmatizarmos ou ensinarmos mtodos ou frmulas, queremos dizer, alguma coisa sobre o uso correto da grande bno. Preliminarmente, gostaramos de observar que "a uns ps Deus na Igreja, primeiramente apstolos, em segundo lugar profetas..." (I Cor. 14:28). Por que "ps na Igreja"? Para que, em funo da igreja, atravs da igreja, dentro da igreja, e no fora, como si ocorrer em certos movimentos ou reunies para-eclesisticos ou anti-eclesisticos, seja usada a bno. "Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos cus." (Ef. 3:10). O grifo nosso. "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graa de Deus. Se algum falar, fale segundo a palavra de Deus; se algum administrar, administre segundo o poder que Deus d; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence glria e poder para todo o sempre." (I Pedro 4:10-11). 1-Prudncia: A prudncia vai bem, em tudo principalmente no que tange s coisas espirituais. Jesus recomendou aos discpulos a simplicidade das Pombas e a prudncia das serpentes. "Eis que vos envio como ovelhas no meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e smplices como as pombas". XM.at. 10:16). "Portanto, vede prudentemente como andais (como procedeis), no como nscios, mas como sbios, remindo o tempo; porquanto os dias so maus". (Ef. 5:15-16). H muitos textos bblicos que falam a respeito da excelncia da prudncia. Essa bno, ou os dons do Esprito, devem ser exercitados, antes de mais nada, com prudncia e sabedoria. Sem exibicionismo ou busca de popularidade. "EIS QUE O MEU SERVO OPERAR COM "PRUDNCIA, SER ENGRANDECIDO, E ELEVADO, E MUI SUBLIME" (Isaas 52:13). Palavras concernentes ao Messias, mas que se aplicam perfeitamente a todos os servos dEle. Elevao e honra para o

servo prudente. Por isso que, muitos irmos que j foram bnos deixaram de s-lo, porque deixaram a prudncia. 2Sabedoria: Prudncia e sabedoria so irms gmeas. Onde est uma, est a outra. "O temor do Senhor o principio da cincia; os loucos desprezam a sabedoria e a instruo" (Prov. 1:7). "O temor do Senhor uma fonte de vida, para preservar dos laos da morte" (Prov. 14:27). O sbio age sempre com prudncia e temor. Temos sabido de pessoas que usam o nome do Senhor com a maior leviandade. Falam como se fosse o prprio Senhor: "Meu servo... Minha serva..." S Deus pode chamar "meu servo ou minha serva", a ns crentes. No entanto h os que falam em nome de Deus, ou como se fossem Deus, porque no tm o temor de Deus. Isso verdadeira loucura. Essa falta de temor do Senhor (Prov. 14.27) pode levar tais pessoas a carem nos laos da morte. Cremos que esses tais so piores do que os incrdulos, e mesmo do que os ateus, pois dizendo, crer em Deus, tomam-Lhe o lugar; usurpam-Lhe a palavra. Tomam o lugar de Deus. Prudncia. Sabedoria. Temor de Deus, so imprescindveis no exerccio da bno. "E, se algum tem falta de sabedoria, pea-a a Deus, que a todos d liberalmente, e o no lana em rosto, e ser-lhe- dada. Pea-a, porm, com f, no duvidando... (Tiago 1:56). Discernimento, um dos mais preciosos dons do Esprito. Sabedoria outro: I Cor. 12:10. "Ora, o homem natural no compreende as coisas do Esprito de Deus, porque lhe parecem loucura; e no pode entend-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que espiritual discerne bem tudo, e ele de ningum discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instru-lo? Mas ns temos a mente de Cristo" (I Cor. 2:14-16). "Ora, vs sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns ps Deus na Igreja, primeiramente apstolos, em segundo lugar profetas, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de lnguas. Porventura so todos apstolos? So todos profetas? So todos doutores (mestres)? So todos operadores de milagres? Tm todos o dom de curar? Falam todos diversas lnguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente." (I Cor. 12: 27-31). E, em seguida, fala do AMOR como o caminho mais

excelente. O amor descrito no captulo 13, que o elo, entre os dons do Esprito mencionados no captulo 12, e o exerccio sbio desses mesmos dons, no captulo 14 de I Corntios. Nesse mesmo captulo 14, dos versos 26 a 40, bem como Romanos 12:3-8, temos a recomendao inspirada do mesmo apstolo sobre o exerccio correto dos dons espirituais. 3Humildade: Se recebemos a bno da Plenitude do Esprito, e com ela este ou aquele dom espiritual, no os recebemos por qualquer mrito pessoal, mesmo porque, salvao ou batismo no Esprito no se recebem porque tenhamos qualquer, merecimento, mas pela graa divina, mediante o' preenchimento de certos requisitos de nossa parte. Portanto, no devem ser motivos de envaidecimento ou orgulho. O orgulho espiritual talvez o mais grave pecado, ou um dos mais graves, que podemos cometer. No teria sido esse o pecado que tornou o anjo de luz em diabo? (Isaas 14:1120). Alis, cremos que os dons so do Esprito, que nos usa atravs deste ou daquele dom, com esta ou aquela finalidade, mas sempre para a glorificao do Senhor Jesus e edificao de sua igreja: (1Cor. 14:12). Ningum pode ou deve julgar-se "o tal". Deus quem pode usar-nos em poder. O poder de Deus. Quando, por exemplo, algum ora, e o enfermo curado esse algum foi apenas instrumento ou canal da graa de Deus. preciso, portanto, muita humildade. A falta ou a perda da humildade tem levado muitos homens de Deus, a deixarem de ser bnos ou canais de bnos. E, tm murchado como bolas de ar furadas com um alfinete. Nunca se deve aceitar ou buscar qualquer glria. Toda glria, toda honra, louvor e gratido devem ser endereados ao Deus Pai e ao seu Filho, Jesus Cristo: ... porque teu o reino, e o poder, e a glria para sempre. Amm." (Mat. 6:13). Como o apstolo Paulo, procuremos servir ao Senhor com toda a humildade: "Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lgrimas e tentaes, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram" (Atos 20:19). Paulo ainda roga: "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como digno da vocao com que fostes chamados, com toda a humildade e mansido, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor..." (Ef. 4:1-2). E exorta aos Filipenses, e a ns crentes do sculo XX: "Nada laais por contenda ou por van-glria, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo". (Fil. 2:3). Procuremos, com a ajuda do Esprito Santo de Deus, pr em prtica essas recomendaes, e os dons espirituais sero usados como fonte de bnos para tantos, para a

salvao de almas, para a edificao do Corpo de Cristo. E, acima de tudo, para a glorificao de? Nosso bendito Salvador e Senhor. E esses o mesmos dons se aperfeioaro em ns, atravs do exerccio correto e sbio. Finalizando este tpico, gostaramos de lembrar tambm a exortao do apstolo Pedro: "... e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas d graa aos humildes. Humilhai-vos, pois debaixo da potente mo de Deus, para que ao seu tempo vos exalte" (I Pedro 5:5-6). No nos esqueamos da palavra do Senhor Jesus de que os que se humilham sero exaltados, e os que se exaltam sero humilhados. Humildade , pois indispensvel para o exerccio e a manuteno das bnos e da plenitude do Esprito. Os humildes nunca so humilhados. Os orgulhosos e os que se exaltam, sim! III COMO CONSERV-LO: Como conservarmos ou nos mantermos cheios do Esprito? O crente no perde a salvao. O filho que se afasta da casa paterna, nem por isso deixa de ser filho. Ainda que seja mau filho, continuar a ser filho. Ainda que seja deserdado dos pais, no deixar de ser filho. Todavia, tal filho perder a alegria e as bnos do lar, como o crente pode perder a alegria da salvao ou o gozo da comunho com o i Senhor ou com a Igreja. "Abyssus abissum invocat", isto , um abismo chama ou leva a outro abismo. Assim Davi foi levado a uma srie de abismos ou pecados gravssimos. No entanto, ele ora: "Torna a dar-me a alegria da tua salvao, e sustm-me com um Esprito voluntrio" (Salmo 51:12). Davi no pediu: "Torna a dar-me a tua salvao", mas "torna a dar-me a alegria da tua salvao". O crente no perde a salvao, mas a alegria, o gozo, a comunho com o Senhor. Assim tambm, o crente batizado no Esprito no perde essa bno, mas pode perder a plenitude e o revestimento de poder divino, que se recebem com essa mesma bno. Pedro e Joo foram cheios do Esprito no Pentecostes (Atos 2:4), e novamente (Atos 4:31). No sabemos como, nem quando eles perderam a plenitude, mas que perderam, perderam. Como seriam cheios se ainda estivessem cheios? Charles G. Finney conta de ocasies em sua vida que, apenas sua presena bastava para produzir um impacto nas pessoas, tal era o transbordamento do Esprito em sua vida. Outras vezes, porm, sentia-se vazio, seco, sem

poder. Fechava-se, ento, em seu gabinete, ou ia a um bosque, e ali passava horas em recolhimento e orao, procurando descobrir onde havia perdido a plenitude; havia perdo, e era cheio de novo. Como disse Paul E. Little "a plenitude do Esprito uma experincia que deve se repetir conforme a necessidade na vida de cada crente. Devemos, literalmente, "continuar nos enchendo". Veja Ef. 5:18. Para que a bno da plenitude e revestimento de poder do Alto possa ser mantida ou conservada, alm do que j dissemos, isto , da prudncia, sabedoria, temor de Deus e humildade, devemos tratar seriamente com o pecado, a fim de no entristecermos ou ofendermos o Esprito: (Ef. 4:30). O Esprito sensvel, qual pomba que se afasta a qualquer rudo ou presena estranha. Mantenhamos a vida no altar de Deus: Rom 12:1-2. Cultivemos uma vida devocional disciplinada, atravs de feitura e meditao dirias na Palavra do Senhor; de orao regular e permanente. Cristo seja sempre o centro de toda vida e experincia crist. Testemunhemos de Cristo, a tempo e fora de tempo. Louvemos, glorifiquemos e adoremos constantemente ao Senhor. Finalmente, sejamos dominados por um esprito sincero e humilde de mordomia: Salmo 24:1 e I Cor. 6:19-20. "No vos conformeis com este mundo..." Conta-se que nas montanhas do Kentucky trabalham mineiros que, ao trmino de suas horas de servio, vm para a luz do sol com as mos e rostos completamente negros por causa do p de carvo. H, porm, uma parte do rosto deles sempre perfeitamente limpa: o globo ocular. Isso, no porque o p do carvo no lhes chegue at os olhos, pois o ar da mina completamente saturado de p. que, logo que qualquer substncia, por menor que seja, toque o globo ocular, uma pequenina glndula lacrimal entra em funcionamento, e o conserva completamente limpo. As lgrimas protegem e mantm globo ocular sempre limpo. Como o globo ocular, devemos ser muito sensveis ao pecado. Mas, se pecarmos, temos um Advogado, Jesus Cristo. Se Lhe confessarmos os nossos pecados, "Ele fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustia '. (I Joo 1:9 e 2:1). Assim mantenhamos nossa comunho com o Senhor e, "... rios de gua viva correro". Continuaro a correr, num verdadeiro transbordamento, de nosso interior para os necessitados. Rios, no apenas um rio. Muitas guas. Corno um Amazonas caudaloso, cheio de afluentes. guas do amor, da alegria, da paz, da bondade, da benignidade... (Gl.

5:22). Rios de gua viva. No de gua salobra. gua contaminada. gua poluda. Mas, rios de gua viva fluiro de nossas vidas para a glria do Senhor Jesus, e benefcio de quantos se aproximarem de ns, ou de quem nos aproximarmos. Amm!

Campinas, setembro de 1978 Pr. Reynaldo Prestes Nogueira

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