O Livro de Jó
O Livro de Jó
O Livro de Jó
Lio 1: O primeiro discurso de Elifaz (4:1 - 7:21) Lio 2: O primeiro discurso de Bildade (8:1 - 10:22) Lio 3: O primeiro discurso de Zofar (11:1 - 14:22) Lio 4: O segundo discurso de Elifaz (15:1 - 17:16) Lio 5: Os segundos discursos de Bildade e Zofar (18:1 - 21:34) Lio 6: O terceiro discurso de Elifaz (22:1 - 24:25) Lio 7: O terceiro discurso de Bildade (25:1 - 26:14)
Lio 1: O primeiro monlogo de J (27:1 - 28:28) Lio 2: O segundo monlogo de J (29:1 - 31:40) Lio 3: O primeiro e o segundo discursos de Eli (32:1 - 34:37) Lio 4: O terceiro discurso de Eli e a Concluso (35:1 - 37:24)
Lio 1: O primeiro desafio de Deus a J (38:1 - 40:5) Lio 2: O segundo desafio de Deus a J (40:6 - 42:6) Lio 3: Eplogo (42:7-17)
1. No h no livro referncias claras lei de Moiss ou suas instituies. Isto seria incomum se J vivesse virtualmente em qualquer tempo depois de Moiss. 2. J oferece sacrifcios em favor de sua famlia, uma prtica caracterstica dos dias patriarcais, quando no havia sacerdcio estabelecido comparvel com aquele sob a lei mosaica. 3. A provvel durao da vida de J se ajusta bem ao tempo de vida comum dos patriarcas. 4. Parte da linguagem (mesmo o uso de certas palavras) sugere um ambiente nos dias patriarcais. 5. Dever-se- notar que a fora de alguns argumentos depende em parte da localizao da terra de Uz. C. A localizao da "terra de Uz" incerta. H duas possibilidades principais: 1. Uz era a descrio de uma rea entre Damasco e o rio Eufrates e na orla do deserto Arbico. 2. Uz era localizada na fronteira de Edom, no deserto Arbico. Esta possibilidade coloca J mais perto das localizaes comumente aceitas para os lugares de origem dos trs amigos.
1. O livro pode ser convenientemente dividido em: a. Prlogo (captulos 1 - 2) b. Dilogo (captulos 3 - 42:6) c. Eplogo (42:7 ao fim) 2. Se o livro for dividido em cinco partes, elas podero ser como segue: a. J provado (captulos 1 - 2) b. A controvrsia de J com seus amigos (captulos 3 - 31) c. A apresentao de Eli (captulos 32 - 37) d. O Senhor fala a J (captulos 38 - 41) e. J abenoado (captulo 42) B. Entre o prlogo e o eplogo, h basicamente trs ciclos de discursos ou debates, como s vezes so chamados. Cada um dos trs amigos de J fala e J lhes responde sucessivamente. 1. Zofar o nico que no fala uma terceira vez. 2. Na concluso dos discursos por seus amigos, J apresenta um monlogo reafirmando sua inocncia. 3. Em seguida ao monlogo de J, o jovem Eli fala e oferece uma explicao ligeiramente diferente para o sofrimento de J. 4. Finalmente, interpelando J, Deus fala, demonstrando sua majestade. C. A maioria dos estudiosos da Bblia esto cientes de que o livro de J se relaciona com o problema do sofrimento e particularmente com o sofrimento humano inocente. J no entende porque est sofrendo e assim est posto o cenrio para uma discusso do problema do sofrimento humano em geral. 1. Os trs amigos de J partilhavam uma idia comum, mas errnea, quanto razo do sofrimento do homem, e de J em particular. 2. O raciocnio deles resumido claramente assim: a. O sofrimento o resultado direto dos pecados pessoais e est em proporo com a magnitude dos pecados.
b. J, naturalmente, est sofrendo muito. c. Portanto, J deve ter pecado gravemente. 3. O problema com o raciocnio dos amigos que a sua premissa maior (o sofrimento o resultado direto dos pecados pessoais) nem sempre verdadeira. H outras causas de sofrimento. D. Personagens do livro: 1. Deus (prlogo e eplogo) 2. Satans (prlogo) 3. J e sua famlia 4. Os trs amigos de J: Elifaz, Bildade e Zofar 5. Eli E. s vezes sugerido que o livro de J meramente um poema elaborado sem ter nenhuma base histrica. O escritor simplesmente inventou estas personagens com o propsito de ensinar Israel sobre o sofrimento (talvez no exlio?). No obstante, outras referncias bblicas a J apontam-no em companhia de personagens histricas reais e aceitas.
V. Propsito do livro
A. Naturalmente, o livro inteiro trata do problema da dor e do sofrimento. J volta-se particularmente para o problema do sofrimento inocente. B. Ao mesmo tempo, parece que este problema ocasio para uma lio sobre viver pela f. O livro uma afirmao da glria e perfeio do Senhor, aquele que digno de ser adorado e louvado. Observe que a acusao de Satans concernente ao "servio egosta" de J , na realidade, uma acusao contra o prprio Deus. Satans est afirmando que no h outra razo para um homem servir a Deus se no pelas bnos fsicas e assim Deus precisa subornar o homem com bnos materiais para receber adorao dele. A fidelidade de J no meio da tribulao prova ser a defesa do Senhor. C. H um bom nmero de outras doutrinas bblicas que recebem ateno no livro e s quais daremos ateno nas lies que tratam do texto.
a. A idia de blasfmia ou desafio a Deus um pensamento demasiado forte para o significado desta frase. A palavra traduzida literalmente se refere bno que acompanhava a partida de um visitante (veja Gnesis 31:55; Josu 22:6). b. J estava preocupado com que seus filhos pudessem ter se apartado de Deus em seus coraes, isto , esquecido Deus e sua presena no meio de suas vidas dirias. 3. Esta descrio de J especialmente importante luz de acusaes posteriores pelos seus trs amigos. B. O rico J (1:1-5) 1. J era abenoado a ponto de ser a mais grandiosa de todas as pessoas do oriente. 2. Ele tinha dez filhos. 3. So as bnos de J que ressaltam sua futura pobreza e sofrimento. C. Confrontao no cu (1:6-12; 2:1-6) 1. Na primeira confrontao de Satans com Deus, Satans acusa J de possuir uma piedade interesseira. a. Satans sustenta que se J for privado de suas bnos materiais, ele cessar de servir ao Senhor. b. O Senhor concede a Satans poder para retirar tudo o que J tem, mas impede-o de ferir a pessoa de J. 2. Na segunda confrontao, quando defrontado com a fidelidade de J, Satans afirma que J renunciar ao Senhor uma vez que sua pessoa real tenha sido afetada. 3. Deve-se notar que: a. Satans no tem poder para afligir J, a menos que Deus lho permita. b. Satans, mesmo no seu desejo de tentar destruir, realmente serve aos propsitos de Deus. D. A provao de J (1:13-22; 2:7-8) 1. Perda dos bens materiais.
2. Perda dos membros da famlia. 3. Perda da sade. a. Algum poderia sugerir que a doena de J possa ter sido uma forma muito severa de lepra, tambm conhecida como elefantase-dos-gregos. Esta conhecida algumas vezes como lepra negra, porque a pele fica enegrecida. b. Qualquer que fosse a doena, parece claro que J sofreu com ela durante algum tempo e que foi muito sria e penosa. Alguns dos seus sintomas e efeitos podem ser deduzidos das passagens seguintes: 2:7-8, 12; 3:24-25; 7:4-5, 13-15; 19:17, 20; 30:17-18, 30. c. A "cinza" mencionada em 2:8 uma referncia ao lugar fora da cidade onde estrume e outros resduos seriam descarregados e periodicamente queimados. bem provvel que J tenha escolhido seu lugar ali porque sua doena tornava-o indesejvel na aldeia. E. As reaes da esposa de J e dos amigos (2:9-13) 1. Parece que a esposa de J no era uma nobre personagem como ele. Ela o adverte a "dizer adeus a Deus" e morrer (veja 1:5 para a mesma palavra). 2. Pode ser que o conselho da esposa de J tambm seja o resultado da idia de que o sofrimento totalmente por causa do pecado. Ela raciocina que uma vez que J est sofrendo enormemente, ele deve ter pecado imensamente e est separado de Deus. "Amaldioar a Deus" no pioraria sua relao, mas poderia trazer morte e alvio para seu sofrimento temporal! 3. Os trs amigos de J chegaram e sentaram-se com ele na terra, e permaneceram em silncio durante sete dias; um perodo de luto comum pelos mortos (Gnesis 50:10; 1 Samuel 31:13), e isto pode ser alguma indicao de seus sentimentos pela situao dele.
C. J termina seu monlogo sugerindo que acolheria com prazer a morte, porm ela no vem (vs. 20-26).
gua farta, ele est cheio; mas uma vez que o calor comea e os viajantes buscam sua gua, ele est seco. De modo semelhante, quando J necessitava da compaixo de seus amigos, e a esperava, eles se mostraram serem fontes que tinham secado (vs. 14-21). 2. Ele se queixa de que no estava pedindo muito a eles (vs. 22-23). D. J desafia seus amigos a apontarem seu pecado que era o suposto responsvel por seu grande sofrimento (vs. 24-30). 1. Ele assevera que eles no tm evidncia para suas palavras cruis. 2. Ele afirma que no est mentindo sobre sua inocncia e nem incapaz de reconhecer a iniquidade.
Lio 2: O primeiro discurso de Bildade (8:1 - 10:22) I. O primeiro discurso de Bildade (8:1-22)
A. Bildade afirma a justia do Todo-Poderoso (vs. 1-7). 1. Levado pelas palavras que J acaba de dizer, Bildade comea seu discurso com uma spera repreenso a J. certo que ele considera blasfemas as palavras de J e assim ele age para defender a justia de Deus (vs. 1-3). 2. Bildade repete o argumento de Elifaz: aquele que sofre deve ser perverso (vs. 4-7). a. Ele insinua que, uma vez que os filhos de J foram "postos fora," eles devem ter pecado (v. 4). b. Ele sugere tambm que Deus poderia "despertar" para as splicas de J se ele fosse puro ou se ele se arrependesse (vs. 5-7). B. Bildade apela para a sabedoria e a experincia das geraes passadas (vs. 8-19). 1. Ele defende seu argumento (j comeado e a ser continuado na ltima parte do captulo) dirigindo a ateno de J para as concluses das geraes passadas. 2. Por causa da vida curta do homem, sua sabedoria tem que ser aumentada pela dos "pais". 3. Bildade continua, sugerindo uma relao de causa e efeito entre a injustia e o sofrimento. Ele demonstra seu princpio com trs ilustraes:
a. Assim como o papiro no pode existir sem lama, assim o homem no pode prosperar sem o favor de Deus (vs. 11-13). b. A confiana do mpio to frgil como a teia da aranha; ele no tem nada em que se apoiar (vs. 14-15). c. O mpio como uma planta que cresce por pouco tempo, mas que arrancada do seu lugar (vs. 16-19). C. Bildade conclui seu discurso (vs. 20-22). 1. Ele repete o pensamento que Deus preserva o justo, mas no "apoiar" os malfeitores (vs. 20). 2. Se J se arrepender, Deus encher sua boca com risos e seus adversrios ficaro envergonhados.
agora J se volta para o tratamento dele mesmo por Deus (vs. 25-31). 1. Usando as figuras de um corredor, navios velozes e uma guia, J descreve a brevidade da vida (vs. 25-26). 2. Ele fala da persistncia de Deus em consider-lo culpado e como resultado ele incapaz de se alegrar (vs. 27-31). 3. J sente a necessidade de um terceiro participante para arbitrar a diferena entre ele e Deus (vs. 32-35). Parece que ele est antevendo a obra de Jesus Cristo como nosso mediador. C. Sentindo que nada tem a perder, J fala a Deus diretamente, insistindo em saber porque Deus est "contendendo com ele" e ento oferecendo as razes possveis para o comportamento de Deus (10:1-7). 1. Ele pergunta se Deus tem algum prazer em oprimir sua prpria criao (vs. 3). 2. Ele pergunta se Deus, como um homem, tem percepo limitada e, por isso, julgou-o injustamente (vs. 4). 3. Ele questiona se a durao da vida de Deus to curta como a de um homem, para que ele esteja com pressa de procurar o pecado de J antes que ele o tenha cometido (vs. 5-7). D. Desconsiderando as duas ltimas perguntas, J continua seu discurso seguindo a primeira possibilidade (vs. 8-22). 1. Ele recorda a Deus que ele criatura de Deus (vs. 8-12). 2. E ainda Deus parece determinado a destruir J em qualquer circunstncia, um rumo aparentemente inconsistente com seu cuidado em criar J (vs. 1317). 3. Novamente J expressa seu desejo de ter morrido ao nascer. Desde que Deus no permitiu isso e seus dias restantes so poucos, J pede a Deus que o deixe em paz (vs. 18-22). 4. Conquanto J no tenha se afastado de Deus, ele est obviamente lutando com sua f. Quo agradecido J deve ter estado mais tarde porque Deus no atentou para suas palavras e o "deixou em paz" como ele tinha pedido!
Voc acha que J esteja falando sinceramente ou usando de sarcasmo em 9:2? Por qu sim ou por qu no? Do que J se sente incapaz, e por qu? Explique as palavras de J em 9:22-24. Ele pecou dizendo isto? Como J desafia Deus no captulo 10? Que sugestes (em forma de perguntas) J faz como possveis explicaes para o tratamento que Deus lhe d (10:3-6)?
Lio 3: O primeiro discurso de Zofar (11:1 - 14:22) I. O primeiro discurso de Zofar (11:1-20)
A. Zofar comea seu discurso repreendendo asperamente J por sua impertinncia (pelo menos como Zofar a v) - ( vs. 1-6). 1. Ele se vale de diversas perguntas para sugerir que J no deve pensar que silenciou os outros com sua m vontade em aceitar os argumentos deles (vs. 1-3). 2. Zofar exprime seu desejo de que Deus na verdade confrontasse J. Ele acredita que J acharia que Deus realmente est castigando-o menos do que merece (vs. 4-6)! B. Zofar ressalta a inescrutabilidade dos caminhos de Deus (vs. 7-12). 1. A sabedoria de Deus muito elevada para o homem e seu poder irresistvel (vs. 7-10). 2. Deus capaz de reconhecer o pecado nos homens mesmo se eles prprios forem incapazes de v-lo. Para demonstrar a possibilidade de homens como J se tornarem sbios (talvez para seu prprio pecado?), Zofar sugere que tal evento to provvel como um jegue dar nascimento a um homem (vs. 11-12). C. Zofar termina seu discurso de modo semelhante a Elifaz e Bildade (vs. 1320). 1. Ele admoesta J a se arrepender e fala das bnos disponveis para J no arrependimento. 2. Zofar realmente descreve o arrependimento e seus frutos muito bem mesmo. a. "Se dispuseres o corao..." (v. 13) - o arrependimento literalmente uma mudana de vontade. b. "...e estenderes as mos para Deus" (v. 13) - talvez o primeiro fruto que o arrependimento produza seja a confisso do pecado diante de Deus e a
busca do perdo. c. "...se lanares para longe a iniquidade da tua mo e no permitires habitar na tua tenda a injustia" (v. 14) - outra conseqncia do arrependimento a reforma da conduta.
respeitado a pessoa de Deus, enquanto se recusavam a aceitar a possvel inocncia de J! 2. J pretende defender seu caso diante de Deus sem se importar com as conseqncias (vs. 13-19). a. Parece que J ainda est se dirigindo aos seus amigos, nesta parte. b. J expressa sua confiana em que ser justificado.
Lio 4: O segundo discurso de Elifaz (15:1 - 17:16) I. O segundo discurso de Elifaz (15:1-35)
A. Elifaz repreende J (vs. 1-13). 1. Os discursos de J foram nada mais do que conversa v (vs. 1-3). 2. Alm do mais, J ps de lado a reverncia a Deus e abandonou sua religio (v. 4). 3. Elifaz afirma que os prprios discursos de J so evidncia de sua culpa (vs. 5-6). Pode ser que Elifaz esteja sugerindo que as palavras de J sejam suficientes para conden-lo, fora qualquer pecado que ele possa ter cometido no passado (v. 6). 4. Elifaz acusa J de arrogncia (vs. 7-11). a. "Pensa J que ele o nico a ter sabedoria?" b. "J est a par da sabedoria secreta de Deus?" c. Elifaz afirma que os pensamentos expressos por ele e os outros dois amigos so apoiados por aqueles que tm mais idade e experincia (vs. 910). d. "J desdenha as consolaes de Deus?" (Elifaz est provavelmente se referindo s palavras dos amigos ou, pelo menos, a seus discursos - v. 11). 5. Elifaz repreende J por seu discurso ousado (vs. 12-13). B. Elifaz afirma a inevitabilidade do pecado e assim, do sofrimento (vs. 1416). 1. Os versculos so semelhantes a uma parte do primeiro discurso de Elifaz (4:17-19).
a. Em 4:17-19, o destaque recai sobre a fragilidade do homem; aqui, a corrupo do homem ressaltada, talvez mesmo exagerada para realar. b. Ainda que Elifaz no aplique estas palavras diretamente a J, parece haver pouca dvida que ele tenha J em mente. 2. Uma progresso pode ser vista nos discursos de Elifaz, medida em que ele fica mais impaciente e severo com J. C. Elifaz reafirma sua teoria a respeito do sofrimento e o destino do mpio (vs. 17-35) 1. Ele inicia seus comentrios apelando para a antigidade e pureza dos sbios (vs. 17-19). 2. O mpio retratado como temendo as calamidades futuras, mesmo enquanto goza de prosperidade no presente (vs. 20-24). 3. Elifaz descreve o mpio como sendo rebelado contra Deus, como um guerreiro atacando Deus com armadura completa (v. 26). 4. Elifaz assevera que mesmo se o mpio for prspero no presente, sua impiedade o "alcanar" e sua prosperidade faltar (vs. 29-31). 5. Fazendo uso de figuras agrcolas, Elifaz ressalta a extrema esterilidade do perverso (vs. 32-35).
apesar de sua inocncia. 2. Ele se dirige terra figuradamente, exigindo justificao (vs. 18). Seu pensamento parece ser que o sangue injustamente derramado exige justia de Deus enquanto permanece sobre a realidade da terra, no coberto (veja Gnesis 4:10; Ezequiel 24:7-8). 3. No encontrando conforto ou auxlio em seus amigos (16:20), J exprime o desejo de um mediador (v. 21). 4. Afirmando que seu tempo de vida curto, J faz a Deus uma petio incomum, que lhe d uma segurana (de sua inocncia) contra o prprio Deus. a. Seus amigos zombam de sua declarao de inocncia (17:2). b. Eles so incapazes de agir como testemunhas de sua inocncia porque esto cegos para seu caso (17:4). D. Mudando de direo novamente, J declara que Deus fez dele um "provrbio dos povos" (vs. 6-9). E. J contraria seus amigos (17:10-16). 1. Os amigos predisseram luz (vida, bnos) se J ao menos se arrependesse. 2. J afirma que no tem esperana em tais bnos.
Lio 5: Os segundos discursos de Bildade e Zofar (18:1 - 21:34) I. O segundo discurso de Bildade (18:1-21)
A. Bildade repreende J (18:1-4).
1. Bildade se admira de por quanto tempo J continuar a argumentar (v. 2). 2. Sua indignao com o desrespeito de J para com a sabedoria dos seus amigos evidente (v. 3). 3. Bildade afirma que J quem est se dilacerando. Ele pode estar respondendo aos comentrios de J em 16:6-14. Ele ainda pergunta se J espera que a ordem natural das coisas (por implicao, a lei da retribuio) seja mudada por sua causa (v. 4). B. Bildade descreve o destino dos mpios (18:5-21). 1. O mpio ficar nas trevas (vs. 5-6). Preservar uma lmpada na tenda foi um modo de dizer que a famlia, que ali vivia, continuaria (1 Reis 11:36; 15:4; 2 Reis 8:19). Por outro lado, a idia da lmpada na tenda sendo apagada, sugere o fim da famlia que vivia naquela tenda. 2. Seu caminho ser difcil (v. 7). 3. Bildade afirma a inevitabilidade da queda do mpio, assemelhando-o a um animal apanhado num lao ou armadilha (vs. 8-19) 4. difcil dizer se os "assombros" do versculo 11 so realmente calamidades afligindo os mpios, seguindo cada passo, ou se Bildade est fazendo referncia aos terrores de uma conscincia m, como descrita por Elifaz (15:21-23). 5. O mpio ser afligido pela fraqueza, doena ("primognito da morte") e finalmente ser vendido pela morte (vs. 12-15). a. O "rei dos terrores" parece ser uma personificao da morte. b. Sua casa fica desolada e amaldioada. 6. Bildade declara que os mpios "secaro" e "murcharo". deixando nenhuma posteridade para trs (vs. 16-19). 7. Tal destino espanta os homens por toda parte (vs. 20-21).
"freqentemente" (v. 3). 3. Apesar dos amigos afirmarem que ele era pecador, J quer que eles saibam que Deus o tem maltratado (vs. 4-6). B. J recita o tratamento que Deus lhe deu (19:7-20). 1. As "tropas" do versculo 12 pode ser uma forma figurada de descrever as aflies de J. 2. Deus fez com que todos aqueles que poderiam confort-lo ou consol-lo fossem afastados dele (vs. 13-20). O efeito de tal afastamento como descrito nesta parte sobre algum que acostumado com o respeito dos outros no dever ser subestimado. C. As splicas de J (19:21-27). 1. Ele clama por piedade aos seus amigos, perguntando se eles precisam persegui-lo como Deus tem feito (vs. 21-22). 2. Ele deseja que suas consideraes de inocncia possam ser preservadas para a posteridade em um livro ou, melhor ainda, escritas numa rocha (vs. 23-24). 3. Numa triunfante expresso de f, J externa sua convico de que no final Deus o justificar. A palavra traduzida como "Redentor" no versculo 25 se refere ao parente-resgatador, o parente consangneo mais prximo, a quem, sob a Lei de Moiss, era dada a responsabilidade de vingar o sangue derramado ou o resgate de propriedade (veja Levtico 25:25, Rute 4:4; Nmeros 35:19, 21). D. J faz uma advertncia aos seus amigos (19:28-29).
4. O mpio morrer jovem, isto , em sua plena fora (v. 11). C. Zofar identifica o salrio da impiedade (20:12-29). 1. Nos versculos 12-14, ele usa uma figura interessante para descrever a atitude do mpio para com o mal. como um delicioso pedao de comida que ele mantm na boca, saboreando o gosto e desejando degust-lo at o fim. Contudo, quando ele engole, a mesma comida transformada em veneno! 2. Seguindo a mesma idia, o mpio no gozar ou reter os frutos de sua impiedade (vs. 15-23, 28-29). a. Ele se tornar presa dos outros (v. 22). b. Quando ele tentar gozar sua prosperidade, Deus o punir (v. 23). 3. O julgamento certo e completo (vs. 24-26). 4. Conquanto J implorasse terra que no encobrisse seu sangue (16:18), Zofar aqui personifica o cu e a terra levantando-se para testificar contra o pecador (v. 27).
2. Apesar destes fatos, J no tem simpatia pelos mpios (v. 16). C. J responde aos argumentos dos amigos (21:17-21). 1. Bildade tinha sugerido em seu discurso que a lmpada dos mpios apagada (18:5-6). J pergunta, "Com que freqncia isto realmente acontece (v. 17)?" 2. J faz mais trs perguntas, cujo sentido , "Com que freqncia os mpios recebem punio como vs (os amigos) tm asseverado?" 3. Antecipando a resposta hipottica que os filhos dos mpios sofrero (v. 19a), J sugere que a justia real resultaria na punio dos mpios e no de seus filhos (vs. 19-21). O prprio mpio deveria "beber" da ira de Deus e experimentar pessoalmente a paga por seus pecados. a. O homem mpio no se preocupa com o que acontece com seus familiares depois que ele morre (v. 21). b. Tal doutrina no oferece impedimento para o pecado. D. A concluso de J (21:22-26). 1. Ningum capaz de ensinar a Deus (v. 22). 2. O ponto de J nos versculos 23-26 parece ser que no se pode generalizar sobre a punio temporal dos mpios. Alguns prosperam, outros sofrem, mas finalmente todos eles morrem, todos eles so dirigidos para o mesmo fim. E. J responde a seus amigos ainda mais (21:27-34). 1. Ele est ciente de que eles procuraram caracteriz-lo como mpio (v. 27). 2. Em resposta a uma pergunta hipottica de seus amigos (perguntando pela evidncia da prosperidade do mpio como J a esmiuou), J replica que qualquer viajante poderia dizer-lhes que as coisas no so como eles tm estado afirmando (v. 29). De fato, o mpio, em vez de ser afligido, freqentemente poupado no dia da calamidade e livrado da ira (v. 30). 3. Em vez de serem condenados, os homens honram os mpios em sua morte (vs. 31-33). 4 Em vista das falsidades de suas teorias, J pergunta como seus trs amigos esperam consol-lo (v. 34).
O que est faltando no segundo discurso de Bildade que estava presente em seu primeiro discurso? Liste alguns pormenores da descrio de Bildade do destino do mpio que indicam que ele tem J em mente. Qual fato acrescentou grandemente o sofrimento de J (19:13-27)? Qual convico J expressa em 19:23-27? Qual o destaque de Zofar em 20:4-11? O que J afirma sobre os mpios em 21:7-15? A qual importante concluso J chega, a respeito do tratamento que Deus d ao homem (21:23-33)?
Lio 6: O terceiro discurso de Elifaz (22:1 - 24:25) I. O terceiro discurso de Elifaz (22:1-30)
A. Elifaz comea mais uma vez a discusso da razo do sofrimento de J (22:1-5). 1. Elifaz defende seu ponto de vista fazendo diversas perguntas persuasivas. 2. Ele parece estar dizendo que Deus no tem nada a ganhar do homem; ele no est fazendo J sofrer por alguma razo pessoal, egosta. 3. Elifaz insinua (v. 4) que Deus certamente no est afligindo J por causa da piedade que J tem estado afirmando. A nica outra resposta que ele est sofrendo por sua grande pecaminosidade (v. 5). B. Supondo ter acertado toda a causa do sofrimento de J, Elifaz continua a alistar os pecados de J (22:6-11). 1. Naturalmente, Elifaz acusa J desses pecados sem qualquer prova (veja 4:1-4). 2. Ele acusa J de falta de compaixo, de crueldade e de avareza. 3. Elifaz resume que por causa destes pecados especficos que J est rodeado de perturbao e calamidade (v. 11). C. Elifaz emite uma advertncia a J sobre sua atitude em geral (22:12-20). 1. O versculo 12 parece ser o comentrio de Elifaz e exprime a opinio tanto do justo como do mpio.
2. Contudo, o mpio tira uma concluso diferente da do piedoso. O mpio afirma que Deus est to afastado dos negcios dos homens que no conhece ou no se interessa pelo que eles esto fazendo. 3. desta atitude que Elifaz acusa J (vs. 13 e segs.) 4. Ele ento chama a ateno de J para o fato de que "os homens inquos" tm assumido esta atitude (v. 15) e foram punidos por isso (vs. 1518). 5. Os justos, de acordo com Elifaz, deleitam-se com o castigo dos mpios (v. 19-20). D. Elifaz descreve as bnos que acompanham o arrependimento (22:2130). 1. Tendo acabado de falar algumas das palavras mais rudes e mais injustas de todos os discursos dos amigos, Elifaz agora "abranda" seu discurso retornando ao tema das bnos do arrependimento, assim como o fez no incio de seu primeiro discurso. 2. J deveria reconciliar-se com o Todo-Poderoso e "receber instruo" dele (vs. 21-22). 3. O Senhor ento restabelecer tornar a prosperidade de J e ele por de lado sua prosperidade material (vs. 23-26). 4. Tal seria o favor de J com o Senhor que, se fosse abatido temporariamente, Deus o livraria. J at seria capaz de fazer intercesso em favor de pecadores, uma profecia desconhecida do papel que J desempenharia no fim do livro, e com respeito aos seus trs amigos (vs. 2730)!!
B. J declara sua inocncia (23:10-12). 1. Apesar de sua incapacidade de "encontrar-se" com Deus, J est confiante em que Deus conhece sua conduta e que, no final o proclamar justo (v. 10). 2. Numa maravilhosa descrio de fidelidade, J novamente declara-se justo (11-12). C. J afirma que ele precisa esperar justia (23:13-17). 1. Ele afirma que Deus no se afastou de seus propsitos (v. 13). 2. O tratamento que ele d a J e muitos outros "enigmas de justia" precisam seguir seu curso (v. 14). 3. J fala de seu temor do Todo-Poderoso (v. 15-16). 4. No versculo 17, parece que J est dizendo que ele no perturbado simplesmente pelas trevas de sua situao, mas antes pelo fato de que foi Deus quem colocou este sofrimento sobre ele. D. J cita a inescrutabilidade dos atos de Deus nos negcios dos homens (24:1-25). 1. Esta parte um ataque doutrina dos amigos que os mpios sempre sofrem e os justos prosperam. 2. J pergunta porque a justia de Deus no mais aparente; porque ele no indicou tempos quando o castigo realizado (vs. 1-2). 3. J descreve a impiedade de alguns que tiram vantagem dos indefesos e desafortunados (vs. 2-4). 4. Ele ainda descreve mais o sofrimento que tais perversidades causam aos pobres (vs. 5-8). 5. A lista dos feitos perversos continuada (vs. 9-17). 6. No meio de toda esta impiedade e apesar dos clamores dos oprimidos, os mpios parecem estar pecando impunemente (v. 12 - "contudo, Deus no tem isso por anormal"). tambm possvel que J esteja falando daqueles que esto sofrendo. Eles esto sofrendo e no entanto no foram acusados de erro, i. e., sofrimento inocente. De qualquer modo, este cenrio est em desarmonia com a doutrina dos amigos. 7. J descreve qual ser o destino dos mpios, de acordo com os amigos (vs. 18-21).
8. E no entanto os mpios parecem prosperar e, se forem abatidos, como acontece com todos os homens (vs. 22-24).
Lio 7: O terceiro discurso de Bildade (25:1 - 26:14) I. O terceiro discurso de Bildade (25:1-6)
A. A brevidade do terceiro discurso de Bildade parece indicar que os amigos esto ficando sem ter o que dizer. Ele nem sequer tenta responder aos recentes argumentos de J que os mpios sempre prosperam. B. Bildade afirma o poder e a majestade do Todo-Poderoso (25:2-3). C. A capacidade do homem para manter inocncia diante de Deus (25:4-6) 1. O comentrio de Bildade nestes versculos paralelo queles de Elifaz (4:7-19; 15:14-16). 2. O ponto de Bildade parece ser repreender J por pensar que poderia ser justo diante de Deus. a. um argumento do maior para o menor. b. J tem insistido em sua inocncia de qualquer pecado que justificasse seu sofrimento. Ele tem afirmado, diversas vezes, que est confiante que sua justificao apenas questo de tempo.
A. Algum poderia sugerir que a rplica especial de J a Bildade vai alm do captulo 26, o que pode muito bem ser verdadeiro. B. J questiona a utilidade das palavras de Bildade (26:1-4). 1. J afirma a impropriedade dos argumentos de Bildade para ajudar, para aconselhar, para salvar, etc. aqueles que necessitam de auxlio. 2. provvel que J esteja zombando nestes versculos. C. J descreve o poder de Deus (26:5-14). 1. Mesmo no mundo dos mortos, o poder de Deus reconhecido (vs. 5-6). 2. Ele continua sua descrio observando as manifestaes do poder de Deus no cu e na terra (vs. 7-14). 3. O ponto do discurso de J parece ser que ele reconhece o poder de Deus e no precisa de instruo dos seus "amigos" a este respeito. 4. Pode ser que J esteja dizendo que se o homem est atemorizado diante do poder e da ao de Deus na natureza, como pode ele esperar entender a ao de Deus na ordem moral (seu domnio sobre mpios e justos). Veja versculo 14.
a. Dizer que os amigos estavam certos, seria o mesmo, para J, que admitir que ele tinha pecado de tal modo a merecer o "castigo" que estava recebendo. b. Antes que "dar razo" a seus amigos, ele poderia continuar a afirmar sua inocncia. B. Nota especial: 1. O restante do texto da lio compreende uma das partes mais difceis do livro de J. Uma poro (conf. 27:7-23) no parece ajustar-se no pensamento de J, o qual j observamos anteriormente, antes, parece descrever o pensamento dos trs amigos. O captulo 28, na opinio de algumas pessoas, no est bem relacionado com os captulos 27 e 29. 2. Para lidar com estes "problemas", h quem tenha sugerido que parte do captulo 27 (vs. 7-23) realmente constitui o terceiro discurso de Zofar. Outros tambm sugerem que todo o captulo 28 foi escrito muito mais tarde do que o resto de J e sendo assim no inspirado. 3. Nestas notas, estes dois captulos sero considerados como tendo sido ditos por J. Os seguintes pontos devero ser observados: a. J j afirmou que a justia no final ser cumprida; pelo menos ele acredita que ser justificado por Deus (por exemplo, veja 23:10; 19:25). J no entende o "como" e o "porqu" deste processo. Ele observou que tal justia freqentemente no cumprida nesta vida, e que ainda os mpios recebem bnos de Deus neste mundo. b. bem possvel que, no captulo 28, o ponto de J seja que o "como" e o "quando" do castigo da impiedade do homem esto dentro do domnio da sabedoria de Deus e que o homem no pode atingi-la. c. Algumas pessoas sugerem que, ainda que J esteja falando em 27:7-23, ele est falando de uma maneira irnica, citando o argumento dos amigos e relegando toda a matria da justia sabedoria de Deus (capitulo 28). C. J declara a justia de Deus (27:7-23). 1. Esta parte iniciada pelo desejo de J de que seus inimigos sejam castigados como o os mpios so (v. 7). 2. Versculos 9-10 podem pretender mostrar a diferena entre o homem mpio e J. J continuou a "apelar para Deus". 3. A declarao de J a mesma que a dos amigos: se o mpio prospera, no ser por muito tempo. 4. A nfase do versculo 18 refere-se natureza temporria do mpio, assim
divina?
Lio 2: O segundo monlogo de J (29:1 - 31:40) I. J descreve seu passado feliz (29:1-25)
A. J tem saudade do tempo quando Deus velava por ele (vs. 1-10). 1. Era um tempo de fartura e prosperidade (v. 6). 2. J gozava do respeito de todos os outros homens, tanto jovens como velhos (vs. 7-10). B. Ele declara a razo para tal respeito (vs. 11-17). 1. Sua conduta reta era conhecida pelos outros. 2. Ele tinha ajudado os necessitados, at ao ponto de resgat-los dos mpios (v.17). C. J relembra seus antigos sentimentos (vs. 18-20). 1. Ele tinha previsto a continuao das bnos e da prosperidade em vista de sua justia. 2. "Expirar no meu ninho" parece significar que J tinha previsto morrer em seu prprio lar ou que morreria na presena e no conforto de seus filhos (v. 18). 3. O arco era um smbolo de fora; J tinha previsto a bno de vigor inquebrantvel (v. 20). D. J continua a se lembrar do respeito que tinham por ele no passado (vs. 21-25). 1. Seu conselho era to bem recebido como as chuvas necessrias e sua advertncia no era discutida (vs. 21-23, 25). 2. Ele era uma fonte de nimo para aqueles que estavam desanimados e no se deixava afetar pelo desnimo deles (vs. 24).
2. Os escarnecedores eram esfomeados e animalescos! B. J relata seu tratamento nas mos destes marginais (vs. 9-15). 1. Eles o maltratam como se ele fosse o vagabundo. 2. J usa a figura de uma cidade sitiada para retratar o abuso deles (veja vs. 12). C. J volta sua ateno para o sofrimento que lhe causado por Deus (vs. 16-23). 1. Ele se tornou desesperanado como resultado de sua dificuldade (vs. 16). 2. Ele recita os efeitos de sua aflio fsica (vs. 17-18). 3. Comeando no versculo 19, J dirige seus comentrios ao prprio Deus. a. Ele acusa Deus de ser cruel com ele e ento ser indiferente ao seu sofrimento (vs. 20-21). b. O versculo 22 parece significar que Deus tornou a vida de J "tempestuosa." c. J est certo de que Deus causar sua morte (vs. 23). D. J lamenta seu tratamento nas mos de seus companheiros (v. 24-31). 1. mais do que razovel que o sofredor busque ser assistido por outros (v. 24). 2. Ponderando que ele tinha ajudado os outros, J est aflito por ter ele mesmo recebido to pouca ajuda dos outros (vs. 25-26). 3. Ele est acabado pela misria (vs. 27-31). a. Ele considerado boa companhia somente para os animais do deserto (v. 29). Pode ser que J mencione estes animais (chacais) por causa de seus gritos inconfundveis, que parecem sons de sofrimento. b. Seu sofrimento fsico grande, no lhe deixando motivo para alegrar-se (vs. 30-31).
B. Ele proclama sua inocncia na rea dos pecados sensuais (vs. 1-12). 1. Ele tinha sido diligente em evitar a cobia pelas mulheres, percebendo que no poderia esperar as bnos de Deus se ele fizesse isso (vs. 1-4). 2. Observe as maldies que ele lana sobre si mesmo nesta parte: a. Privao dos benefcios de seus labores (v. 8). b. Sua esposa ser escrava de outro homem para sofrer violncia sexual nas mos de outros homens. C. Ele cita sua recusa em abusar de seu poder sobre seus servos, raciocinando que eles foram formados pelo mesmo Deus que ele (vs. 13-15). D. J declara que tinha sempre cumprido suas responsabilidades beneficentes para com os desventurados e no tinha tirado vantagem dos desamparados (vs. 16:23). 1. A expresso "desde o ventre de minha me" uma figura hiperblica (exagerada) significando desde a juventude da pessoa (v. 18). 2. O versculo 21b se refere aparentemente oportunidade para obter vantagem com a aprovao daqueles que normalmente eram responsveis em cuidar que a justia fosse feita. E. Por deduo, J declara ser limpo do pecado de confiar em sua riqueza (vs. 24-25). F. Por deduo, ele nega ser culpado de idolatria (vs. 26-28). G. Ele inocente de pensamentos desonrosos para com seus inimigos (vs. 29-34). 1. Observe que toda a parte consiste de sentenas incompletas, nas quais J apresenta a condio, mas omite a conseqncia. 2. Ele declara que no tem escondido seus pecados como Ado o fez; ele no temia que outros conhecessem sua conduta (vs. 33-34). H. Tendo completado sua defesa, J novamente exprime seu desejo de encontrar-se com Deus e saber as acusaes que esto sendo feitas contra ele (vs. 35-40). 1. Ele prestaria contas de sua conduta alegremente, confiante que tinha vivido retamente e que tal coisa seria reconhecida (vs. 35-37). 2. J conclui chamando sua terra como testemunha de que ele no tinha sacrificado sua integridade (vs. 38-40).
Lio 3: O primeiro e o segundo discursos de Eli (32:1 - 34:37) I. O primeiro discurso de Eli (32:1 - 33:33)
A. Eli estimulado a entrar na discusso (32:1-5). 1. H uma pausa no debate porque os amigos evidentemente sentem a inutilidade de responder a J, e este terminou sua defesa. 2. nos apresentado Eli, que no tinha sido mencionado anteriormente no livro, mas que, obviamente, ouviu a conversa entre J e seus amigos. 3. Em considerao idade avanada dos trs amigos e de J, Eli tem permanecido calado, mas agora sua ira se acendeu contra todos os quatro. a. Sua ira contra J foi porque J estava mais interessado em justificar-se do que em afirmar a justia de Deus (v. 2). b. Sua ira contra os amigos foi porque eles tinham condenado J quando no tinham uma resposta para o dilema dele (vs. 3, 5). B. Eli explica sua interveno na discusso (32:6-14). 1. Ele tinha-se contido para no entrar na discusso at que a "idade" tivesse falado, mas tinha ficado bvio que idade no garante sabedoria (vs. 6-9). 2. Ele tinha ouvido atentamente as palavras dos amigos, mas eles no tinham convencido J e ele os alerta do erro em afirmar que somente Deus poderia responder a J (vs. 10-13). 3. Eli no usar os argumentos ineficazes deles (v. 14). C. Eli declara sua ansiedade por falar (32:15-22). 1. Ele nota o silncio dos amigos e ento afirma: "...declararei minha
opinio" (vs. 15-17). 2. Ele compara sua ansiedade por falar com a presso do vinho que est fermentando e no tem como liberar os gases produzidos (vs. 18-20). 3. Ele exprime sua inteno de no mostrar nenhuma parcialidade, nem de lisonjear (vs. 21-22). D. Eli anima J a ouvir e responder, se puder (33:1-7). 1. Ele afirma a veracidade do que est dizendo (vs. 1-3). 2. Ele tambm recorda a J sua simples humanidade para com ele, indicando que no o aterrorizar ou o pressionar, como J acusou Deus de fazer (vs. 5-7; veja 9:34; 13:21; 23:15). E. Eli cita as declaraes de J (33:8-11). F. Eli responde aos clamores de J (33:12-30). 1. Parece que Eli primeiramente castiga J porque ele havia sugerido que Deus precisava explicar seus atos; Deus no precisa prestar contas ao homem (vs. 12-13). 2. Eli afirma, contudo, que Deus de fato fala ao homem com o propsito de instru-lo (vs. 14-18). 3. Eli sugere que Deus tambm usa a dor para castigar e ensinar os homens (vs. 19-30). a. A aflio de um homem descrita. A descrio realmente se ajusta ao caso de J muito bem (vs. 19-22). b. Deus mostra sua graa revelando ao homem aflito a razo de seu sofrimento e preservando o homem da morte (vs. 23-26). c. O homem castigado por Deus e arrependido confessar seus pecados, ao reconhecer a misericrdia de Deus (vs. 27-28). G. Eli encoraja novamente J a ouvi-lo e a respond-lo se puder (33:31-33).
2. Eli mantm que, por suas palavras, J juntou-se companhia dos mpios (vs. 7-9). C. Eli afirma a justia de Deus (vs. 10-30). 1. impensvel que o Todo-Poderoso cometesse iniquidade; ele recompensa os homens de acordo com suas obras (vs. 10-12). 2. Deus age, de fato, maliciosamente? Se Deus agisse egoistamente, pensando somente em si, o homem pereceria rapidamente porque o homem depende em todos os momentos da bondade de Deus (vs. 13-15). 3. Eli indica a inconvenincia de questionar a justia de Deus (vs. 16-18). 4. Deus no mostra parcialidade; o rico e o pobre so ambos sua criao (vs. 19-20). 5. Eli declara que os mpios no esto escondidos de Deus e que ele os aniquila (21-28). Ele tambm tem compaixo dos aflitos. 6. Ningum capaz de resistir ao seu julgamento (vs. 29-30). D. Deus no est sujeito ao homem. Parece que Eli est tentando fazer com que J veja que Deus no tem que se comportar segundo os termos dos homens (vs. 31-33). E. Eli acusa J de impiedade (vs. 34-37). 1. Eli afirma que tem o apoio dos sbios em sua apreciao da conduta de J (vs. 34-35). 2. Eli acredita que J tem falado como mpio e dever ser punido como tal (vs. 36). 3. Ele acusa J de rebelio e irreverncia para com Deus (vs. 37; veja 27:2).
Lio 4: O terceiro discurso de Eli e a Concluso (35:1 - 37:24) I. O terceiro discurso de Eli (35:1-16)
A. Eli cita as queixas de J (35:1-3). 1. A citao no versculo 2 ("Maior a minha justia do que a de Deus?") no parece ser uma citao real de J, mas antes a percepo de Eli da opinio de J. 2. Enquanto a citao no versculo 3 tambm no parece ser uma citao palavra por palavra, ela parece conter o sentido das palavras de J em 9:2831. B. Eli replica s alegaes de J (35:4-8). 1. A referncia a "amigos" (v. 4) provavelmente significa outros com a atitude de J , antes que seus trs amigos Elifaz, Bildade e Zofar. 2. Ele chama a ateno de J para o fato de que um Deus transcendente no afetado (ajudado ou atingido) nem pela justia do homem nem pela impiedade (vs. 5-7). 3. Eli no parece estar dizendo que Deus indiferente ao comportamento do homem (veja 36:5-15). 4. Outros homens so afetados pelo comportamento de um homem (v. 8). C. Eli explica porque Deus deixa de aliviar algum sofrimento (35:9-13). 1. Os oprimidos clamam (v. 9), mas Deus no responde (v. 12). 2. Eli sugere que a razo porque Deus no responde porque aqueles que clamam freqentemente o fazem sem inteno de reconhecer a soberania de Deus ou glorific-lo, pois so muito orgulhosos (vs. 10-12). D. Eli repreende J (35:14-16). 1. Eli observa J dizer que apresentou seu caso e no pode encontrar Deus para ouvi-lo. Eli aconselha-o a ser paciente, porque Deus conhece sua situao e agir (v. 14). 2. J disse que ansiava por um encontro face a face com Deus para apresentar seu caso (por exemplo, 23:3-5). 3. Eli afirma que J, porque Deus no agiu rapidamente, entregou-se a conversa v e tola (vs. 15-16).
a. Ele menciona diversos propsitos por trs dos atos de Deus: julgamento ou correo (36:31; 37:13); proviso de alimento (36:31); misericrdia (37:13). b. Por diversas das suas afirmaes (por exemplo, 36:29; 37:5, 7), torna-se aparente que o propsito de Eli impressionar J com a impotncia do homem comparada com o poder de Deus. 2. Em minha opinio, Eli sustenta belamente e com sucesso sua proposio, "Deus grande" (36:26). D. Eli desafia J (37:14-24). 1. Ligado com a parte anterior, Eli faz a J um nmero de perguntas destinadas ou a mostrar sua incapacidade para entender os atos de Deus ou a impotncia de J diante de Deus (vs. 14-18). 2. Eli, com uma ponta de zombaria, pergunta a J o que os homens deveriam dizer a Deus. Ele ento, afirma que, para os homens falarem ignorantemente seria convidar a destruio, algo que Eli no deseja fazer (vs. 19-20). 3. Eli fala da inacessibilidade a Deus, mas afirma que o homem pode confiar em que ele seja justo e que, como resultado, os homens o reverenciem. 4. Eli afirma que Deus no olha aqueles que so "sbios em seu prprio entendimento". Pode ser que Eli fez esta afirmao tendo J em mente.
G. Deus ainda interroga J sobre os elementos (vs. 22-30). 1. Ele quer saber se J inspecionou os tesouros de Deus da neve e do granizo. Observe que h novamente referncia justia moral de Deus no propsito da neve e do granizo (vs. 22-23; veja Josu 10:11). 2. Deus divide a luz em suas resplendentes cores no arco-ris, mas J sabe como isso feito (v. 24)? 3. Deus prope mais perguntas a respeito dos fenmenos naturais o que tambm serve para ressaltar que o cuidado de Deus se estende alm da humanidade (vs. 25-27). 4. Usando a figura de um nascimento, Deus pergunta a J sobre a origem da chuva, do orvalho, do frio que congela e do gelo (vs. 28-30). H. Voltando sua ateno para os corpos celestes, Deus pergunta a J se ele pode organiz-los e comand-los (vs. 31-33). I. Deus questiona se os elementos correspondero aos comandos de J (vs. 34-38). 1. Naturalmente, o Senhor sabe que J no pode comandar os elementos da natureza. Suas perguntas so destinadas a ressaltar o conhecimento limitado de J e o comando do mundo em volta dele. 2. Se J no entende nem mesmo estes fenmenos naturais do mundo, como pode ele esperar entender as obras de Deus na rea da justia? J no pode comandar a natureza nem os corpos celestes; por que ele tem a presuno de questionar a justia ou o poder daquele que criou estas coisas e continua a domin-las?
2. Pode J conter este animal a ponto de us-lo para fins domsticos, tais como arar ou colher? E. Deus chama a ateno de J para o avestruz (vs. 13-18). 1. J no perguntado nesta parte. Em vez disso, parece que o propsito de Deus impressionar J com a diversidade da natureza quando ele descreve o avestruz. 2. O avestruz uma pobre me por comparao e no entanto Deus lhe deu uma to impressionante velocidade (algumas vezes 70 quilmetros por hora) que ela pode facilmente correr mais do que um cavalo com seu cavaleiro. F. Resumindo o interrogatrio a J, Deus lhe pergunta que papel ele desempenhou na feitura do magnfico animal que o cavalo (vs. 19-25). 1. A impetuosidade e a coragem de um cavalo de guerra so bem descritas. 2. Pode J reivindicar ter produzido um to belo espcime de fora? G. Deus questiona se J responsvel pelos admirveis feitos do falco e da guia (vs. 26-30). 1. pela inteligncia de J que o falco voa sem tanto esforo? 2. J ensinou a guia a fazer seu ninho na segurana das alturas? ele responsvel pela incrvel viso dela, permitindo-lhe distinguir a presa no cho enquando paira alto acima da terra?
O que so o Sete-estrelo, o rion e a Ursa (38:31-32)? Que ponto Deus afirma com sua meno a eles? O que Deus pergunta a J sobre as cabras selvagens e as coras? Por que Deus faz a J todas estas perguntas sobre a natureza? Que ligao estas perguntas tm com o sofrimento de J? Deus trata da questo do sofrimento inocente em todo este discurso?
Lio 2: O segundo desafio de Deus a J (40:6 - 42:6) I. Deus desafia J a demonstrar seu poder (40:6-14)
A. Ainda que J tenha indicado sua inteno de permanecer calado, Deus no terminou de ensin-lo e assim ele comea um segundo discurso do mesmo modo com que o primeiro foi comeado (v. 7; veja 38:3). B. Deus pergunta a J se ele desafiaria a justia de Deus (v. 8). 1. J na verdade questionou a justia de Deus e tinha virtualmente sugerido que ele prprio era mais justo do que Deus, afirmando sua prpria justia antes que a de Deus. 2. Este era o motivo pelo qual Eli estava zangado com J (32:2). C. Deus pergunta a J se ele to poderoso como Deus (vs. 9-14). 1. Se for, ele encorajado a mostrar sua fora executando julgamento dos mpios. 2. Se J pode fazer isto, Deus confessar a grandeza de J.
reais. 2. Se o motivo pelo qual o Senhor est mencionando estas criaturas considerado, parece improvvel que ele se voltasse para criaturas mticas. a. Por que J se impressionaria com a fora de Deus se ele (J) no pode medir foras com criaturas mticas? b. No h bestas na criao de Deus que poderiam ser citadas como mais poderosas do que o homem e que menosprezam a capacidade do homem? 3. Em resumo, se estas criaturas fossem mticas, certamente ficar enfraquecido o argumento que Deus est fazendo nestes captulos. D. Concedendo que animais reais esto sendo descritos, que animais so eles? A dificuldade est em identific-los. 1. O primeiro (40:15) literalmente "behemah," uma palavra que significa qualquer grande quadrpede. Parece ser uma palavra que tem o significado geral de besta. A edio Revista e Atualizada traduz esta palavra hebraica como "hipoptamo", refletindo a suposio do tradutor quanto identidade desta "besta." Outra sugesto que o "behemah" seja o elefante. a. O "behemah" uma criatura herbvora muito forte, uma das maiores e mais poderosas criaturas que Deus fez (40:15-20). Esta besta foi feita "junto com"J; contudo, J no pode domin-la (vs. 15, 24). b. H vrios pormenores na descrio desta besta que no se ajustam bem ao hipoptamo. c. possvel que a palavra se refira a um dos maiores dinossauros que viveram sobre a terra. As objees mais populares a esta sugesto so que "o homem e os dinossauros no viveram no mesmo tempo" ou "os dinossauros no viveram realmente sobre a terra." (1) A evidncia de que os dinossauros percorreram a terra em algum tempo parece-me bem forte. (2) A idia de que dinossauros precederam o homem por milhes de anos um princpio da teoria geral da evoluo que no deveria ser reconhecido sem um exame da evidncia e as consequncias desta doutrina. 2. O segundo (41:1) literalmente "livyathan", uma palavra que no identifica claramente qualquer animal em particular. De novo, a edio Revista e Atualizada se aventurou a cogitar sobre a identidade desta besta, traduzindo "crocodilo". Outras sugestes para o "livyathan" incluem a
baleia e o golfinho. a. O "livyathan", como o "behemah", evidentemente uma criatura muito feroz e poderosa, uma que o homem no conseguiu domesticar (41:1-34). dada a J uma vista panormica do "livyathan", uma descrio que ressalta que ele inabordvel (vs. 12-34). b. Resumindo seu mtodo de interrogatrio, Deus pergunta a J se ele sujeitou o "livyathan" (vs. 1-8). Se J incapaz de dominar o "livyathan", como pode ele enfrentar Deus (vs. 9-11)? E. O ponto da descrio destas duas criaturas este: se J no pode nem se comparar em fora com a criao de Deus, como pode ele esperar contender com o prprio Deus?
1. O Senhor se dirige a Elifaz, evidentemente o mais velho dos trs, como representante do grupo. Observe que no debate com J, Elifaz foi o primeiro dos amigos a falar. 2. Os amigos no tinham "dito de Deus o que era reto". J justificado como tendo dito o que era reto. a. O Senhor no est falando de tudo o que J tinha dito porque evidente que J s vezes falou irrefletidamente. b. possvel que o Senhor esteja referindo-se ao princpio da doutrina dos amigos: o sofrimento sempre enviado por Deus como uma consequncia direta do pecado e na medida do nosso pecado. Conquanto J possa ter mantido este ponto de vista em algum momento, no curso da discusso com os amigos ele negou esta afirmao. c. tambm possvel que o Senhor esteja se referindo especialmente declarao de arrependimento de J em 42:1-6. 3. Observe os seguintes pontos salientes nas palavras do Senhor: a. O Senhor menciona a "justia" de J duas vezes (vs. 7b, 8b). b. Em contraste com a opinio dos amigos que J era um grande pecador, o Senhor descreve J como seu servo nada menos do que quatro vezes em dois versculos (vs. 7-8). B. Elifaz informado das exigncias para a restaurao (41:8-10). 1. Faz-se necessrio oferecer sete bois e sete carneiros como oferendas queimadas e buscar a J para que ele ore a Deus em favor deles. 2. Examine a estipulao de Deus luz do comentrio de Elifaz com respeito a J em 22:29-30. 3. O versculo 10 indica que J na verdade orou por seus amigos, um tributo ao seu carter em vista de suas vigorosas crticas para com J.
1. Evidentemente, aqueles que tinham-no desertado anteriormente, agora vm e buscam confortar J, trazendo-lhe presentes. 2. Ele tambm tem filhos, sete homens e trs mulheres, justo o que ele tinha antes de suas perdas no comeo do livro. C. A restaurao da sade de J no afirmada especificamente, mas o nmero de anos que ele vive depois de sua aflio implicitamente diz isso (vs. 16-17).