Python Com Banco de Dados
Python Com Banco de Dados
Preparação
Para estudar este conteúdo, tenha a versão 3.7 do Python ou posterior instalada em seu computador. É
possível pesquisar e baixar a versão mínima recomendada (3.7) no site oficial do Python. Utilizamos a IDE
PyCharm Community para programar os exemplos aqui apresentados, e você pode baixá-la gratuitamente no
site oficial da JetBrains. Para visualizar os dados e tabelas, utilizaremos o DB Browser for SQLite, também
disponível gratuitamente. Para acompanhar melhor os exemplos, clique aqui para baixar o arquivo Banco de
dados.zip, que contém os scripts utilizados neste material.
Objetivos
• Reconhecer as funcionalidades de frameworks e bibliotecas para gerenciamento de banco de dados.
• Empregar as funcionalidades para conexão, acesso e criação de bancos de dados e tabelas.
• Aplicar as funcionalidades para inserção, remoção e atualização de registros em tabelas.
• Empregar as funcionalidades para recuperação de registros em tabelas.
Introdução
Olá! Vamos abordar alguns dos principais tópicos relacionados à integração de programas escritos em Python
e os SGBD mais adotados. Veremos como realizar as conexões, criar tabelas, relacionamentos e inserir novos
registros no banco.
Além disto, aprenderemos a recuperar dados do banco utilizando consultas simples e até as mais complexas,
implementando o comando JOIN para selecionar dados relacionados. Assista ao vídeo e confira!
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1. Frameworks e bibliotecas para gerenciamento de dados
Confira neste vídeo os principais conectores de bancos de dados em Python e saiba como escolher o mais
adequado para integrar suas aplicações com PostgreSQL, MySQL e SQLite.
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Quando estamos trabalhando com banco de dados, precisamos pesquisar por bibliotecas que possibilitem a
conexão da aplicação com o banco de dados que iremos utilizar.
Conectores.
Como estamos trabalhando com Python, devemos procurar por conectores que atendam a PEP 249.
PEP 249
Python Database API Specification v2.0 - DB-API 2.0.
Essa PEP especifica um conjunto de padrões que os conectores devem seguir, a fim de garantir um melhor
entendimento dos módulos e maior portabilidade entre bancos de dados.
PEP
Python Enhancement Proposal.
Tipos de exceção
IntegrityError e InternalError.
1
psycopg2
Conector mais utilizado para o banco de dados PostgreSQL.
2
mysqlclient, PyMySQL e mysql-connector-python
Conectores para o banco de dados MySQL.
3
sqlite3
Adaptador padrão do Python para o banco de dados SQLite.
Devido à variedade de fornecedores de bancos de dados, existem também diversos conectores para o
Python. Inclusive, em alguns casos, podemos escolher entre diferentes conectores para o mesmo tipo de
banco, veja!
Psycopg2
É uma biblioteca de código aberto em Python que serve para bancos de dados PostgreSQL, sendo a
escolha ideal para conectar programas Python a este tipo de banco. É implementado em C e Python,
oferecendo uma combinação de desempenho e facilidade de uso. O psycopg2 ainda suporta muitas
funcionalidades avançadas do PostgreSQL, como tipos de dados específicos, transações complexas e
recursos de notificação. Oferece um bom desempenho em razão de sua implementação parcialmente
em C.
MySQLclient
PyMySQL
MySQL Connector
É desenvolvido e mantido pela Oracle, a mesma empresa responsável pelo MySQL, o que garante
maior compatibilidade e suporte. Assim como o PyMySQL, é escrito totalmente em Python, facilitando
a instalação, pois não exige compiladores ou bibliotecas adicionais. Pode ser instalado via pip, sem
pré-requisitos extras. Embora seja mais lento que o MySQLclient devido à ausência de código nativo
em C, seu desempenho é geralmente comparável ao do PyMySQL. Além disso, este conector suporta
recursos avançados do MySQL, como conectividade SSL/TLS, autenticação pluggable e suporte
completo para Unicode.
SQLite
É um banco de dados embutido que não requer um servidor separado. Todo o banco de dados é
armazenado em um único arquivo, sem necessidade de instalação ou configuração complexa, o que o
torna ideal para aplicações pequenas e médias, desenvolvimento e testes. É muito rápido para ler e
escrever em arquivos de tamanho pequeno a médio, mas pode não ser tão eficiente para grandes
volumes de dados ou cargas de trabalho intensas. Por ser fácil de usar, é comum em aplicativos
móveis, navegadores e outras aplicações que valorizam simplicidade e leveza.
Atividade 1
Questão
Para desenvolver aplicações Python que interajam com diferentes sistemas de gerenciamento de bancos de
dados (SGBDs), precisamos selecionar o conector apropriado. Considere as seguintes opções de conectores
para PostgreSQL e MySQL. Qual conector é mais adequado para se conectar a um banco de dados
PostgreSQL em uma aplicação Python?
MySQLclient
PyMySQL
C
psycopg2
MySQL Connector/Python
sqlite3
A partir da sua utilização adequada, seus desenvolvedores podem gerenciar conexões e manipular dados de
forma robusta, seguindo padrões da DB-API 2.0 e garantindo a integridade dos dados e a eficácia das
operações em ambientes empresariais.
Neste vídeo, veremos como utilizar connect, commit e execute, bem como manejar exceções como
IntegrityError e OperationalError. Assista!
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Apenas o conector para SQLite está disponível nativamente no Python 3.7. Todos os demais precisam ser
instalados.
Utilizaremos o banco de dados SQLite para demonstrar o desenvolvimento de aplicações Python para banco
de dados. Apesar do nome Lite, o SQLite é um banco de dados completo, que permite a criação de tabelas,
relacionamentos, índices, gatilhos e visões.
O SQLite também tem suporte a subconsultas, transações,
junções, pesquisa em texto (full text search), restrições de
chave estrangeira, entre outras funcionalidades. Porém, por
não ter um servidor para seu gerenciamento, o SQLite não
provê um acesso direto pela rede. As soluções existentes
para acesso remoto são caras e ineficientes.
Atenção
Apesar do SQLite não ter suporte à autenticação, podemos e devemos implementar nosso próprio
controle de acesso para nossa aplicação.
Esses métodos são a base para qualquer aplicação que necessite de acesso a banco de dados. Veja a seguir!
Connect
• Função global do conector para criar uma conexão com o banco de dados.
• Retorna um objeto do tipo Connection.
Connection
Principais métodos:
Principais métodos:
A utilização desses métodos segue basicamente o mesmo fluxo de trabalho para todas as aplicações que
utilizam banco de dados. Acompanhe a descrição desse fluxo!
Conectar
Executar
Utilizar a conexão para criar um cursor, que será utilizado para enviar comandos ao banco de dados.
Enviar comandos
• Criar tabelas.
• Inserir linhas.
• Selecionar linhas.
Confirmar
Fechar
Observe o script a seguir, no qual temos esse fluxo de trabalho descrito na forma de código Python.
python
# Abertura de conexão
conexao = conector.connect("URL SQLite")
# Aquisição de um cursor
cursor = conexao.cursor()
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Agora vamos revisar o código que criamos para interagir com o banco de dados SQLite.
Na linha 1
Importamos o módulo sqlite3, conector para o banco de dados SQLite disponível nativamente a partir
do Python 3.7. Atribuímos um alias (apelido) a esse import chamado conector.
Na linha 4
Abrimos uma conexão com o banco de dados utilizando uma URL. O retorno dessa conexão é um
objeto da classe Connection, que foi atribuído à variável conexão.
Na linha 7
Utilizamos o método cursor da classe Connection para criar um objeto do tipo Cursor, que foi
atribuído à variável cursor.
Na linha 10
Utilizamos o método execute, da classe Cursor. Este método permite enviar comandos SQL para o
banco de dados. Entre os comandos, podemos citar: SELECT, INSERT e CREATE.
Na linha 11
Usamos o método fetchall, da classe Cursor, que retorna os resultados de uma consulta.
Na linha 14
Utilizamos o método commit, da classe Connection, para efetivar todos os comandos enviados
anteriormente. Se desejássemos desfazer os comandos, poderíamos utilizar o método rollback.
Nas linhas 17 e 18
A estrutura apresentada irá se repetir ao longo deste conteúdo. Basicamente, preencheremos o parâmetro do
método execute com o comando SQL pertinente.
A seguir, veja o mesmo código anterior adaptado para conexão com o MySQL e o PostgreSQL.
python
# Abertura de conexão
conexao = conector.connect("URL MySQL")
# Aquisição de um cursor
cursor = conexao.cursor()
# Efetivação do comando
conexao.commit()
python
# Abertura de conexão
conexao = conector.connect("URL PostgreSQL")
# Aquisição de um cursor
cursor = conexao.cursor()
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Agora observe os scripts 2 e 3 e veja que ambas as bibliotecas mysql.connector e psycopg2 contêm os
mesmos métodos e funções da biblioteca sqlite3.
Como estamos utilizando o alias conector no import, para trocar de banco de dados, bastaria apenas alterar o
import da primeira linha. Isso porque todas elas seguem a especificação DB-API 2.0.
Comentário
Cada biblioteca tem suas particularidades, que podem atender a funcionalidades específicas do banco
de dados referenciado, mas todas elas implementam, da mesma maneira, o básico para se trabalhar com
banco de dados. Isso é de grande utilidade, pois podemos alterar o banco de dados a qualquer
momento, sem a necessidade de realizar muitas alterações no código-fonte.
Mais adiante, mostraremos algumas situações em que as implementações podem diferir entre os conectores.
Error
IntegrityError
Exceção para tratar erros relacionados à integridade do banco de dados, como falha na checagem de
chave estrangeira e falha na checagem de valores únicos. É uma subclasse de DatabaseError.
OperationalError
Exceção para tratar erros relacionados a operações no banco de dados, mas que não estão sob
controle do programador, como desconexão inesperada. É uma subclasse de DatabaseError.
DatabaseError
Exceção para tratar erros relacionados ao banco de dados. Também é uma exceção abrangente. É
uma subclasse de Error.
ProgrammingError
Exceção para tratar erros relacionados à programação, como sintaxe incorreta do comando SQL,
tabela não encontrada etc. É uma subclasse de DatabaseError.
NotSupportedError
Exceção para tratar erros relacionados a operações não suportadas pelo banco de dados, como
chamar o método rollback em um banco de dados que não suporta transações. É uma subclasse de
DatabaseError.
Atividade 2
Questão
rollback
execute
fetchall
commit
close
Tipos de dados
Para garantir a eficiência e integridade das aplicações, é importante entender os tipos de dados usados em
bancos de dados, como inteiros, texto e ponto flutuante. Cada tipo tem características que afetam como são
armazenados e manipulados. Escolher os tipos certos melhora o desempenho, facilita a manutenção e
assegura a compatibilidade entre diferentes SGBDs, sendo uma habilidade essencial no mercado.
Neste vídeo, você vai aprender sobre a importância dos tipos de dados em bancos de dados e como eles
impactam o armazenamento e a eficiência das aplicações. Descubra os diferentes tipos, como INTEGER,
TEXT, REAL e BLOB, e como escolher o correto para garantir a integridade e o desempenho dos seus
sistemas.
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Cada dado armazenado em um banco de dados contém um tipo, como inteiro, texto, ponto flutuante, entre
outros.
Os tipos suportados pelos bancos de dados não são padronizados e, por isso, é necessário verificar na sua
documentação quais tipos são disponibilizados.
O SQLite trata os dados armazenados de um modo um pouco diferente de outros bancos, nos quais temos um
número limitado de tipos.
INTEGER
REAL
TEXT
BLOB
Apesar de parecer um número limitado de classes, quando comparado com outros bancos de dados, o SQLite
suporta o conceito de afinidades de tipo para as colunas.
No SQLite, quando definimos uma coluna durante a criação de uma tabela, ao invés de especificar um tipo
estático, dizemos qual a afinidade dela. Isso nos permite armazenar diferentes tipos de dados em uma mesma
coluna. Observe as afinidades disponíveis.
TEXT
NUMERIC
INTEGER
REAL
Similar ao NUMERIC, porém os valores inteiros são forçados a serem representados como ponto
flutuante.
NONE
A afinidade também permite ao motor do SQLite fazer um mapeamento entre tipos não suportados e tipos
suportados. Por exemplo, o tipo VARCHAR(n), disponível no MySQL e PostgreSQL, é convertido para TEXT no
SQLite.
Esse mapeamento nos permite definir atributos no CREATE TABLE com outros tipos, não suportados pelo
SQLite. Esses tipos são convertidos para tipos conhecidos utilizando afinidade.
INT
INTEGER
TINYINT
SMALLINT
MEDIUMINT INTEGER
BIGINT
UNSIGNED BIG INT
INT2
INT8
CHARACTER(20)
VARCHAR(255)
VARYING CHARACTER(255)
NCHAR(55)
TEXT
NATIVE CHARACTER(70)
NVARCHAR(100)
TEXT
CLOB
BLOB BLOB
Tipo no CREATE TABLE Afinidade
REAL
DOUBLE
REAL
DOUBLE PRECISION
FLOAT
NUMERIC
DECIMAL(10,5)
BOOLEAN NUMERIC
DATE
DATETIME
A partir dessa tabela, mesmo utilizando o SQLite para desenvolvimento, podemos definir os atributos de
nossas tabelas com os tipos que utilizaremos em ambiente de produção.
Atividade 3
Questão
A escolha adequada dos tipos de dados é fundamental para o desempenho e a integridade dos bancos de
dados em aplicações reais. Qual tipo de dado é usado para armazenar valores de texto em um banco de
dados SQLite?
INTEGER
TEXT
BLOB
REAL
NUMERIC
Neste vídeo, você aprenderá a conectar scripts Python a bancos de dados como SQLite, PostgreSQL e
MySQL, e a criar tabelas usando SQL. Veja como implementar o comando CREATE TABLE em Python para criar
tabelas e definir chaves, garantindo a integridade dos dados. Confira!
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Como o SQLite trabalha com arquivo e não tem suporte à autenticação, para se conectar a um banco de
dados SQLite, basta chamar a função connect do módulo sqlite3, passando como argumento o caminho para
o arquivo que contém o banco de dados.
python
Pronto! Isso é o suficiente para termos uma conexão com o banco de dados meu_banco.db e iniciar o envio de
comandos SQL para criar tabelas e inserir registros.
Caso o arquivo não exista, ele será criado automaticamente! O arquivo criado pode ser copiado e
compartilhado.
Se quisermos criar um banco de dados em memória, que será criado para toda execução do programa, basta
utilizar o comando conexao = sqlite3.connect(':memory:').
Criando tabelas
Agora que já sabemos como criar e se conectar a um banco de dados SQLite, vamos começar a criar tabelas.
Antes de colocarmos a mão na massa, vamos verificar o nosso modelo entidade relacionamento (ER) que
utilizaremos para criar tabelas neste primeiro momento. Veja o modelo!
Pessoa
Marca
Veículo
Para os relacionamentos do nosso modelo, uma pessoa pode ter zero, um ou mais veículos e um veículo só
pode ter um proprietário. Uma marca pode estar em zero, um ou mais veículos e um veículo só pode ter uma
marca.
Agora que já temos nosso modelo ER, precisamos definir os tipos de cada atributo das nossas entidades.
Como estamos trabalhando com SQLite, precisamos ter em mente a tabela de afinidades do SQLite.
Vamos definir a entidade Pessoa, de forma que os atributos tenham os seguintes tipos e restrições. Observe!
CPF
Nome
Nascimento
Óculos
Para criar uma tabela que represente essa entidade, vamos utilizar o comando SQL.
plain-text
Observe pela tabela de afinidades, que os tipos DATE e BOOLEAN serão convertidos por afinidade para
NUMERIC. Na prática, os valores do tipo DATE serão da classe TEXT e os do tipo BOOLEAN da classe
INTEGER, pois armazenaremos os valores True como 1 e False como 0.
Definido o comando SQL, vamos ver como criar essa tabela em Python no próximo exemplo.
python
try:
# Abertura de conexão e aquisição de cursor
conexao = conector.connect("./meu_banco.db")
cursor = conexao.cursor()
cursor.execute(comando)
# Efetivação do comando
conexao.commit()
finally:
# Fechamento das conexões
if conexao:
cursor.close()
conexao.close()
Na linha 5
Conectamos ao banco de dados meu_banco.db; se o arquivo não existir, ele será criado no diretório
atual do script.
Na linha 6
Nas linhas 9 a 15
Definimos a variável comando, que é uma string contendo o comando SQL para criação da tabela
Pessoa.
Na linha 17
Utilizamos o método execute do cursor para executar o comando SQL passado como argumento.
Na linha 19
Efetivamos a transação pendente utilizando o método commit da variável conexão. Nesse caso, a
transação pendente é a criação da tabela.
Nas linhas 22 e 23
Nas linhas 28 e 29
Fechamos o cursor e a conexão na cláusula finally, para garantir que nenhuma conexão fique aberta
em caso de erro.
Observe que envolvemos todo o nosso código com a cláusula try/catch, capturando as exceções do tipo
DatabaseError.
Repare também como ficou a árvore de diretórios à esquerda da imagem após a execução do programa. Veja
que agora temos o arquivo meu_banco.db.
Atenção
Nos exemplos ao longo deste conteúdo, vamos utilizar a mesma estrutura de código do script anterior,
porém, vamos omitir as cláusulas try/catch para fins de brevidade.
Agora vamos tratar de nossa próxima entidade: Marca. Vamos defini-la de forma que os atributos tenham os
seguintes tipos e restrições:
Id
Nome
Sigla
A codificação latin-1, muito utilizada no Brasil, utiliza um byte por caractere. Como a sigla da marca será
composta por 2 caracteres, nosso atributo sigla terá tamanho 2 (CHAR(2) ou CHARACTER(2)).
Para criar uma tabela que represente essa entidade, vamos utilizar o comando SQL.
plain-text
Confira o código a seguir, para verificar como ficou o script de criação dessa tabela.
python
cursor.execute(comando)
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após a criação da conexão e do cursor, linhas 4 e 5, definimos uma string com o comando SQL para criação
da tabela Marca, linhas 8 a 13.
A próxima entidade a ser criada será a entidade Veículo. Os seus atributos terão os seguintes tipos e
restrições.
Placa
Ano
Cor
Proprietário
Marca
Como nossas placas são compostas por 7 caracteres, nosso atributo placa terá tamanho 7 (CHAR(7) ou
CHARACTER(7)). Por afinidade, ele será convertido para TEXT.
O atributo proprietário será utilizado para indicar um relacionamento da entidade Veículo com a entidade
Pessoa. O atributo da tabela Pessoa utilizado no relacionamento será o CPF. Como o CPF é um INTEGER, o
atributo relacionado proprietario também precisa ser INTEGER.
O atributo marca será utilizado para indicar um relacionamento da entidade Veículo com a entidade Marca, por
meio do atributo id da tabela Marca, que também é um INTEGER.
Veja o comando SQL a seguir para criar a tabela Veículo e o relacionamento com as tabelas Pessoa e Marca.
plain-text
Definido o comando SQL, vamos ver como criar essa tabela em Python no exemplo a seguir.
python
cursor.execute(comando)
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Este script também segue os mesmos passos do script anterior até a linha 8, em que definimos a string com o
comando SQL para criação da tabela Veículo.
Dica
Caso a referência da chave estrangeira seja feita a um atributo inexistente, será lançado um erro de
programação: ProgrammingError.
Para visualizar como ficaram nossas tabelas, vamos utilizar o programa DB Browser for SQLite.
Após abrir o programa DB Browser for SQLite, basta clicar em Abrir banco de dados e selecionar o arquivo
meu_banco.db.
DB Browser for SQLite.
Observe que está tudo conforme o previsto, inclusive a ordem dos atributos obedece a sequência na qual
foram criados.
Atividade 1
Questão
A criação de tabelas em um banco de dados permite organizar e estruturar dados de forma eficiente. Qual
comando SQL é utilizado para criar uma tabela no banco de dados?
INSERT TABLE
DELETE TABLE
UPDATE TABLE
CREATE TABLE
ALTER TABLE
A alternativa D está correta.
O comando SQL CREATE TABLE é utilizado para criar uma nova tabela no banco de dados, especificando os
nomes das colunas e os tipos de dados para cada coluna.
Neste vídeo, veremos como alterar e remover tabelas em bancos de dados usando SQL. Adicionaremos novos
atributos com ALTER TABLE e removeremos tabelas com DROP TABLE, garantindo a flexibilidade das
estruturas de dados nas suas aplicações. Assista!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Neste momento, temos o nosso banco com as três tabelas exibidas no modelo ER. Durante o
desenvolvimento, pode ser necessário realizar alterações no nosso modelo e, consequentemente, nas nossas
tabelas. Vamos ver agora como podemos fazer para adicionar um novo atributo e como remover uma tabela.
Para alterar uma tabela e adicionar um novo atributo, precisamos utilizar o comando ALTER TABLE do SQL.
Para ilustrar, vamos adicionar mais um atributo à entidade Veículo. O atributo se chama motor e corresponde à
motorização do carro: 1.0, 1.4, 2.0 etc. Esse atributo deverá conter pontos flutuantes e, por isso, vamos defini-
lo como do tipo REAL.
Para alterar a tabela Veículo e adicionar a coluna motor, utilizamos o seguinte comando SQL.
plain-text
cursor.execute(comando)
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após se conectar ao banco e obter um cursor, linhas 4 e 5, construímos uma string com o comando ALTER
TABLE nas linhas 8 e 9. Na linha 11, executamos o comando e na linha 14 efetivamos a modificação. Nas linhas
17 e 18, fechamos o cursor e a conexão.
Na imagem, o atributo motor foi adicionado ao final da entidade, obedecendo a ordem de criação.
Exemplo
Em algumas situações, as colunas precisam seguir uma ordem específica. Um cenário comum é quando
carregamos dados de uma planilha diretamente para um banco de dados, para fazer uma inserção em
massa (bulk insert). Nesses casos, as colunas da planilha devem estar na mesma ordem das colunas do
banco.
Como nem todos os bancos de dados, incluindo o SQLite, dão suporte à criação de colunas em posição
determinada, vamos precisar remover nossa tabela para recriá-la com os atributos na posição desejada.
• Placa
• Ano
• Cor
• Motor
• Proprietário
• Marca
No exemplo a seguir, vamos remover a tabela Veículo, utilizando o comando DROP TABLE do SQL e,
posteriormente, vamos criá-la novamente com a sequência desejada.
plain-text
plain-text
cursor.execute(comando1)
cursor.execute(comando2)
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após se conectar ao banco e obter o cursor, criamos a string comando1 com o comando para remover a
tabela Veículo, na linha 8. Na linha 10, executamos esse comando.
Nas linhas 12 a 22, criamos o comando para criar novamente a tabela Veículo com os atributos na ordem
mostrada anteriormente e, na linha 24, executamos esse comando.
Na linha 27, efetivamos todas as modificações pendentes, tanto a remoção da tabela, quanto a criação.
Observe que não é preciso efetuar um commit para cada comando.
Modelo ER.
Algumas bibliotecas de acesso a banco de dados oferecem uma funcionalidade chamada mapeamento
objeto-relacional, do inglês object-relational mapping (ORM).
ORM
ORM (Object Relational Mapper) é uma mapeamento objeto-relacional, isto é, uma técnica de
mapeamento objeto relacional que permite fazer uma relação dos objetos com os dados que eles
representam.
Esse mapeamento permite associar classes definidas em Python com tabelas em banco de dados, em que
cada objeto dessas classes corresponde a um registro da tabela.
Os comandos SQL de inserções e consultas são todos realizados por meio de métodos, não sendo necessário
escrever o comando SQL em si. Os ORM nos permitem trabalhar com um nível mais alto de abstração.
Exemplo
Visite as páginas das bibliotecas SQLAlchemy e Peewee e veja como elas facilitam a manipulação de
registros em banco de dados.
Atividade 2
Questão
Alterar e remover tabelas em um banco de dados ajuda a manter a flexibilidade e a adaptabilidade das
aplicações. Qual comando SQL é utilizado para adicionar uma nova coluna a uma tabela existente?
CREATE COLUMN
ALTER TABLE
ADD COLUMN
MODIFY TABLE
UPDATE TABLE
Assista ao vídeo e aprenda a criar um script em Python para gerenciar eventos, usando um banco de dados
SQLite. Você verá como criar tabelas, inserir dados e consultar registros.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Roteiro de prática
Você foi contratado como desenvolvedor de uma startup de tecnologia, a qual está desenvolvendo um
sistema de gerenciamento de eventos. A aplicação precisa armazenar informações sobre eventos,
participantes e locais. Para isso, você deve criar um script em Python que se conecte a um banco de dados
SQLite e crie as tabelas necessárias.
Objetivo
Desenvolver um script em Python que:
python
import sqlite3
def conectar_banco(nome_banco):
conexao = sqlite3.connect(nome_banco)
return conexao
Passo 2: Criar tabelas
python
def criar_tabelas(conexao):
cursor = conexao.cursor()
conexao.commit()
No final do arquivo gerenciamento_eventos.py, adicione o código principal para executar as funções definidas.
python
if __name__ == '__main__':
conexao = conectar_banco('eventos.db')
criar_tabelas(conexao)
conexao.close()
bash
python gerenciamento_eventos.py
Resultado esperado
O script deve conectar-se ao banco de dados eventos.db, criar as tabelas Locais, Eventos e Participantes,
inserir os dados fornecidos e exibir os dados das tabelas no console.
Atividade 3
Questão
Na criação de um sistema de gerenciamento de eventos, a ordem de criação das tabelas no banco de dados é
um fator importante. O que aconteceria se o desenvolvedor criasse a tabela de eventos antes da tabela de
locais?
Neste vídeo, você aprenderá a usar o comando SQL INSERT INTO para inserir dados em tabelas de bancos de
dados. Vamos abordar a sintaxe correta e exemplos práticos para que suas aplicações possam adicionar
novos registros, mantendo seu banco de dados atualizado e funcional. Confira!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Para ilustrar a utilização do comando INSERT INTO, do SQL, vamos inserir o seguinte registro na tabela
Pessoa:
• CPF: 12345678900
• Nome: João
• Data de nascimento: 31/01/2000
• Usa óculos: Sim (True)
plain-text
Observe que alteramos a formatação da data para se adequar ao padrão de alguns bancos de dados, como
MySQL e PostgreSQL. Para o SQLite será indiferente, pois o tipo DATE será convertido por afinidade para
NUMERIC, que pode ser de qualquer classe. Na prática, será convertido para classe TEXT.
Além disso, utilizamos o valor “1” para representar o booleano True. Assim como o DATE, o BOOLEAN será
convertido para NUMERIC, porém, na prática, será convertido para classe INTEGER.
cursor.execute(comando)
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após se conectar ao banco e obter o cursor, criamos a string com o comando para inserir um registro na
tabela Pessoa nas linhas 8 e 9.
Na linha 11, executamos esse comando com a execução do commit na linha 14.
Atividade 1
Questão
Inserir dados em uma tabela é uma tarefa comum no desenvolvimento de aplicações que interagem com
bancos de dados. Qual comando SQL é utilizado para inserir um novo registro em uma tabela?
A
UPDATE INTO
INSERT INTO
ADD INTO
CREATE INTO
SELECT INTO
Neste vídeo, você aprenderá a usar delimitadores de parâmetros, como “?” no SQLite, para evitar SQL
Injection e aumentar a flexibilidade do seu código, mantendo a integridade dos dados. Assista!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
É muito comum reutilizarmos uma mesma string para inserir diversos registros em uma tabela, alterando
apenas os dados que serão adicionados.
Para realizar esse tipo de operação, o método execute, da classe Cursor, prevê a utilização de parâmetros de
consulta, que é uma forma de criar comandos SQL dinamicamente.
Comentário
De forma geral, as APIs sqlite3, psycopg2 e PyMySQL fazem a concatenação da string e dos parâmetros
antes de enviá-los ao banco de dados.
A concatenação da string é realizada de forma correta, evitando brechas de segurança, como SQL Injection, e
convertendo os dados para os tipos e formatos esperados pelo banco de dados.
Como resultado final, temos um comando pronto para ser enviado ao banco de dados.
Para indicar que a string de um comando contém parâmetros que precisam ser substituídos antes da
sua execução, utilizamos delimitadores. Esses delimitadores também estão previstos na PEP 249 e
podem ser: “?”, “%s”, entre outros.
plain-text
>>> comando = “INSERT INTO tabela1 (atributo1, atributo2) VALUES (?, ?);”
Esse comando indica que, ao ser chamado pelo método execute, devemos passar dois parâmetros, um para
cada interrogação. Esses parâmetros precisam estar em um iterável, como em uma tupla ou lista. Veja a seguir
como poderia ficar a chamada do método execute para esse comando.
plain-text
plain-text
A concatenação é feita da forma correta para o banco de dados em questão, aspas simples para textos e
números sem aspas.
No exemplo a seguir, vamos detalhar a utilização de parâmetros dinâmicos, porém, antes, vamos definir uma
classe chamada Pessoa, com os mesmos atributos da nossa entidade Pessoa.
class Pessoa:
def __init__(self, cpf, nome, data_nascimento, usa_oculos):
self.cpf = cpf
self.nome = nome
self.data_nascimento = data_nascimento
self.usa_oculos = usa_oculos
No script a seguir, temos os mesmos atributos que a entidade equivalente, mas com nomes diferentes.
Fizemos isso para facilitar o entendimento dos exemplos dados aqui.
python
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Primeiro, importamos o conector na linha 1 e, na linha 2, importamos a classe Pessoa. Ela será utilizada para
criar um objeto do tipo Pessoa. Nas linhas 5 e 6, conectamos ao banco de dados e criamos um cursor.
Na linha 9, utilizamos o construtor da classe Pessoa para criar um objeto com os seguintes atributos: CPF:
10000000099; Nome: Maria; Data de nascimento: 31/01/1990 e Óculos: Não (False). O valor False será
convertido para 0 durante a execução do método execute.
Na linha 12, definimos a string que conterá o comando para inserir um registro na tabela Pessoa. Observe
como estão representados os valores dos atributos! Estão todos com o delimitador representado pelo
caractere interrogação (?)!
Comentário
O uso do delimitador de parâmetros, representado por uma interrogação (?), serve para indicar ao
método execute que alguns parâmetros serão fornecidos, a fim de substituir essas interrogações por
valores.
Na linha 13, chamamos o método execute utilizando, como segundo argumento, uma tupla com os atributos
do objeto pessoa. Cada elemento dessa tupla irá ocupar o lugar de uma interrogação, respeitando a ordem
com que aparecem na tupla.
Veja a seguir o comando final enviado ao banco de dados pelo comando execute.
plain-text
Dica
Nem todos os conectores utilizam o mesmo caractere como delimitador. Os conectores psycopg2, do
PostgreSQL, e PyMySQL, do MySQL, utilizam o “%s”. É necessário ver a documentação de cada conector
para verificar o delimitador correto.
Atividade 2
Questão
Escolher os delimitadores corretos para parâmetros em diferentes conectores é uma habilidade relevante para
o desenvolvimento de aplicações. Qual delimitador é utilizado para parâmetros em queries dinâmicas com o
conector sqlite3 em Python?
%s
%n
&
A alternativa C está correta.
O delimitador ? é utilizado no conector sqlite3 para indicar parâmetros em queries dinâmicas. Ele permite a
inserção segura de valores, evitando vulnerabilidades como SQL Injection.
Neste vídeo, demonstraremos como utilizar delimitadores e dicionários em Python para criar comandos SQL
flexíveis e seguros, otimizando a inserção de registros e prevenindo erros, como o SQL Injection. Confira!
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Além da utilização do caractere “?” como delimitador de parâmetros, o sqlite3 também possibilita a utilização
de argumentos nomeados.
A utilização de argumentos nomeados funciona de forma similar à chamada de funções utilizando os nomes
dos parâmetros.
Nessa forma de construção de queries dinâmicas, ao invés de passar uma tupla, devemos passar um
dicionário para o método execute. Ele será utilizado para preencher corretamente os valores dos atributos.
Para ilustrar a utilização dos argumentos nomeados em SQLite, considere o comando a seguir.
plain-text
>>> comando = INSERT INTO tabela1 (atributo1, atributo2) VALUES (:atrib1, :atrib2);
Esse comando indica que ao ser chamado pelo método execute, devemos passar um dicionário com duas
chaves, sendo uma “atrib1” e outra “atrib2”. Observe que há dois pontos (“:”) antes do argumento nomeado!
Veja agora como poderia ficar a chamada do método execute para esse comando.
plain-text
Observe o exemplo no script seguinte. Vamos criar um similar ao anterior, utilizando novamente a classe
Pessoa. Porém, agora, o comando para inserir um registro no banco de dados utiliza os argumentos
nomeados.
python
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Nas linhas 5 e 6, conectamos ao banco de dados e criamos um cursor. Na linha 9, utilizamos o construtor da
classe Pessoa para criar um objeto com os seguintes atributos: CPF: 20000000099, Nome: José, Data de
nascimento: 28/02/1990 e Usa óculos: Não (False).
Nas linhas 12 e 13, definimos a string que conterá o comando para inserir um registro na tabela Pessoa.
Observe os nomes dos argumentos nomeados: cpf, nome, data_nascimento e usa_oculos. Cada um desses
nomes deve estar presente no dicionário passado para o método execute!
Na linha 14, chamamos o método execute utilizando, como segundo argumento, um dicionário com os
atributos do objeto pessoa, definido na linha 9. Cada argumento nomeado do comando será substituído pelo
valor da chave correspondente do dicionário.
Aqui está o comando final enviado ao banco de dados pelo comando execute.
plain-text
Agora vamos simplificar nosso código de forma que ele permaneça legível, independentemente do número de
atributos de uma entidade.
Dica
Quando utilizamos o comando INSERT INTO do SQL para inserir um registro onde todos os atributos
estão preenchidos, podemos suprimir o nome das colunas no comando.
Como vamos inserir uma pessoa com todos os atributos, manteremos apenas os argumentos nomeados no
comando SQL.
No próximo exemplo, vamos simplificar mais um pouco nosso código, removendo o nome das colunas no
comando SQL e utilizando a função interna vars do Python que converte objetos em dicionários. Observe o
script.
python
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após a criação da conexão e do cursor, criamos um objeto do tipo Pessoa com todos os atributos preenchidos
na linha 9. Observe que o valor True do atributo usa_oculos será convertido para 1 durante a execução do
método execute.
Na linha 12, criamos o comando SQL INSERT INTO, no qual suprimimos o nome das colunas após o nome da
tabela Pessoa. Na linha 13, utilizamos o método execute passando como segundo argumento vars(pessoa).
A função interna vars retorna todos os atributos de um objeto na forma de dicionário, no qual cada chave é o
nome de um atributo.
plain-text
plain-text
No exemplo a seguir, vamos inserir alguns registros nas outras tabelas para povoar nosso banco de dados.
Vamos utilizar a mesma lógica do exemplo anterior, no qual utilizamos a função vars() e argumentos
nomeados.
Primeiro, vamos criar mais duas classes no nosso módulo modelo.py para representar as entidades Marca e
Veículo. Confira essas classes no script a seguir.
python
class Pessoa:
def __init__(self, cpf, nome, data_nascimento, usa_oculos):
self.cpf = cpf
self.nome = nome
self.data_nascimento = data_nascimento
self.usa_oculos = usa_oculos
self.veiculos = []
class Marca:
def __init__(self, id, nome, sigla):
self.id = id
self.nome = nome
self.sigla = sigla
class Veiculo:
def __init__(self, placa, ano, cor, motor, proprietario, marca):
self.placa = placa
self.ano = ano
self.cor = cor
self.motor = motor
self.proprietario = proprietario
self.marca = marca
# Efetivação do comando
conexao.commit()
# Fechamento das conexões
cursor.close()
conexao.close()
No script anterior, após abrir conexão, vamos utilizar um comando especial do SQLite na linha 4. O comando
PRAGMA.
Atenção
O comando PRAGMA é uma extensão do SQL exclusiva do SQLite, usada para ajustar certos
comportamentos internos do banco de dados. Por padrão, o SQLite não aplica a verificação de
restrições de chave estrangeira. Isso acontece por razões históricas, já que versões anteriores do SQLite
não suportavam chaves estrangeiras.
No comando da linha 4, habilitamos a flag foreign_keys, para garantir que as restrições de chave estrangeiras
sejam checadas antes de cada operação.
Na linha 8, escrevemos o comando de inserção de registro na tabela Marca utilizando argumentos nomeados.
Comentário
Como não iremos passar um valor para o id da marca, que é autoincrementado, foi necessário explicitar
o nome das colunas no comando INSERT INTO. Caso omitíssemos o nome das colunas, seria gerada uma
exceção do tipo OperationalError, com a descrição indicando que a tabela tem 3 colunas, mas apenas
dois valores foram fornecidos.
Na linha 10, criamos um objeto do tipo Marca, que foi inserido no banco pelo comando execute da linha 11.
Para criar uma referência da marca que acabamos de inserir em um veículo, precisamos do id
autoincrementado gerado pelo banco no momento da inserção. Para isso, vamos utilizar o atributo
lastrowid do Cursor. Esse atributo armazena o id da linha do último registro inserido no banco e está
disponível assim que chamamos o método execute do Cursor. O id da linha é o mesmo utilizado para
o campo autoincrementado.
Na linha 12, atribuímos o valor do lastrowid ao atributo id do objeto marca1, recém-criado. Nas linhas 14 a 16,
criamos mais um objeto do tipo Marca, inserimos no banco de dados e recuperamos seu novo id.
Nas linhas 19 e 20, temos o comando para inserir registros na tabela Veículo, também utilizando argumentos
nomeados. Como vamos inserir um veículo com todos os atributos, omitimos os nomes das colunas.
Nas linhas 21 a 24, criamos quatro objetos do tipo Veículo. Observe que utilizamos o atributo id dos objetos
marca1 e marca2 para fazer referência à marca do veículo. Os CPF dos proprietários foram escolhidos
aleatoriamente, baseando-se nos cadastros anteriores.
Atenção
Lembre-se de que como os atributos proprietário e marca são referências a chaves de outras tabelas,
eles precisam existir no banco! Caso contrário, será lançada uma exceção de erro de integridade
(IntegrityError) com a mensagem “Falha na restrição de chave estrangeira (FOREIGN KEY constraint
failed)”.
Na sequência, os veículos foram inseridos no banco pelos comandos execute das linhas 25 a 28.
Atividade 3
Questão
O uso de queries dinâmicas com nomes é uma prática avançada que melhora a legibilidade e a segurança do
código em aplicações que interagem com bancos de dados. Qual é o delimitador correto para usar
argumentos nomeados em queries dinâmicas com o conector sqlite3?
%s
¶m
?param
:param
#param
Neste vídeo, vamos aprender a atualizar e remover dados em tabelas usando os comandos SQL UPDATE e
DELETE. Veremos a sintaxe correta, boas práticas e exemplos para garantir que suas operações sejam
seguras e mantenham a integridade do banco de dados. Confira!
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Ao trabalharmos com banco de dados, duas operações importantes e bastante usadas são a atualização de
dados e a remoção de dados.
Para atualizar um registro, utilizamos o comando SQL UPDATE. Aqui está sua sintaxe:
plain-text
UPDATE tabela1
SET coluna1 = valor1, coluna2 = valor2...
WHERE [condição];
Assim como no comando INSERT, podemos montar o comando UPDATE de três formas. Uma string sem
delimitadores, uma string com o delimitador “?” ou uma string com argumentos nomeados.
No exemplo a seguir, vamos mostrar como atualizar registros de uma tabela utilizando os três métodos.
python
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após a abertura da conexão, habilitamos novamente a checagem de chave estrangeira, por meio da flag
foreign_keys, ativada pelo comando PRAGMA.
Na sequência, criamos o cursor e definimos a string do nosso primeiro comando de atualização, em que
passamos os valores de forma explícita, sem utilização de delimitadores. O string foi atribuído à variável
comando1, linha 9.
No comando1, estamos atualizando o valor do atributo óculos para 1 (verdadeiro) para TODOS os registros da
tabela. Isso ocorreu porque a cláusula WHERE foi omitida. Na linha 10, executamos o comando1. Na linha 12,
criamos um comando de UPDATE utilizando o delimitador “?” para o valor do atributo óculos e explicitamos o
valor do CPF na cláusula WHERE.
plain-text
Ou seja, vamos alterar o valor do atributo óculos para zero (falso) apenas para quem tem CPF igual a
30000000099.
Na linha 15, criamos mais um comando de UPDATE, dessa vez utilizando o argumento nomeado tanto para o
atributo óculos quanto para o CPF da cláusula WHERE.
plain-text
Vamos alterar o valor do atributo óculos para zero (falso) para quem tem CPF igual a 20000000099.
Atenção
Cuidado ao executar um comando UPDATE sem a cláusula WHERE, pois, dependendo do tamanho do
banco de dados, essa operação pode ser muito custosa.
plain-text
Assim como nos outros comandos, podemos montar o comando DELETE de três formas. Uma string sem
delimitadores, uma string com o delimitador “?” ou uma string com argumentos nomeados. Todos para a
condição da cláusula WHERE.
python
# Efetivação do comando
conexao.commit()
Após a criação da conexão, habilitação da checagem de chave estrangeira e aquisição do cursor, criamos o
comando SQL DELETE na linha 9, onde explicitamos o CPF da pessoa que desejamos remover do banco.
Aqui está o comando final enviado ao banco de dados pelo comando execute:
plain-text
Observe que, como as outras pessoas cadastradas são referenciadas pela tabela Veículo por meio de seu
CPF, seria gerada uma exceção do tipo IntegrityError caso tentássemos removê-las.
Atividade 4
Questão
A atualização e a remoção de dados são operações comuns em bancos de dados, com o objetivo de manter a
precisão e a integridade das informações. Qual comando SQL é utilizado para atualizar registros em uma
tabela?
DELETE
INSERT
UPDATE
SELECT
ALTER
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Roteiro de prática
Você foi contratado por uma empresa de e-commerce para desenvolver um sistema de gerenciamento de
produtos e pedidos capaz de armazenar informações sobre produtos, clientes e pedidos. Sua tarefa é criar um
script em Python que se conecte a um banco de dados SQLite, criar as tabelas necessárias e inserir dados
iniciais.
Objetivo
Desenvolver um script em Python que:
python
import sqlite3
def conectar_banco(nome_banco):
conexao = sqlite3.connect(nome_banco)
return conexao
def criar_tabelas(conexao):
cursor = conexao.cursor()
conexao.commit()
python
def inserir_dados(conexao):
cursor = conexao.cursor()
conexao.commit()
if __name__ == '__main__':
conexao = conectar_banco('ecommerce.db')
criar_tabelas(conexao)
inserir_dados(conexao)
conexao.close()
bash
python gerenciamento_ecommerce.py
Resultado esperado
O script deve conectar-se ao banco de dados ecommerce.db, criar as tabelas Produtos, Clientes e Pedidos,
inserir os dados fornecidos e exibir os dados dessas tabelas no console.
Atividade 5
Questão
Durante a inserção de dados nas tabelas de um banco de dados SQLite, é importante usar corretamente os
delimitadores de parâmetros. Sendo possível, inclusive, utilizar parâmetros nomeados. O que aconteceria se o
desenvolvedor substituísse os "?" pelos parâmetros :nome, :preco, :estoque na inserção de Produtos
mantendo o restante do código da mesma forma?
Neste vídeo, você aprenderá a usar o comando SELECT, incluindo a cláusula WHERE para filtrar resultados, e
a recuperar informações de forma eficiente. Assista!
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Aprenderemos agora a recuperar os registros presentes no banco de dados. Partiremos de consultas mais
simples, utilizando apenas uma tabela, até consultas mais sofisticadas, envolvendo os relacionamentos entre
tabelas. Vamos lá!
Para selecionar e recuperar registros de um banco de dados, utilizamos o comando SQL SELECT. Aqui está
sua sintaxe:
plain-text
Assim como nos outros comandos, podemos utilizar uma string sem delimitadores, uma string com o
delimitador “?” ou uma string com argumentos nomeados para a condição da cláusula WHERE.
No exemplo a seguir, vamos mostrar como recuperar todos os registros da tabela Pessoa.
python
Após criar uma conexão e obter um cursor, criamos o comando SQL SELECT na linha 8 e destacado a seguir.
plain-text
Observe que estamos selecionando todas as pessoas da tabela, visto que não há cláusulas WHERE. Porém,
estamos recuperando apenas os dados das colunas nome e oculos.
• Executamos o comando na linha 9 e utilizamos o método fetchall do cursor para recuperar os registros
selecionados.
• O objeto retornado pelo método fetchall é do tipo lista, impresso pela linha 13 e que pode ser
observado pelo console.
• Na linha 15, iteramos sobre os elementos retornados e, na linha 16, imprimimos o tipo e o conteúdo dos
registros.
Observe que cada registro é uma tupla, composta pelos atributos nome e óculos da entidade Pessoa. Os
registros são sempre retornados em forma de tupla, mesmo que contenham apenas um atributo.
Atenção
Como o SQLite não cria uma transação para o comando SELECT, não é necessário executar o commit.
Vamos criar agora uma consulta para retornar às pessoas que usam óculos. Observe como ficou o exemplo.
python
Após abrir a conexão e criar um cursor, definimos o comando para selecionar apenas as pessoas que usam
óculos.
Para isso, definimos o comando SQL da linha 8, que, após executado, fica da seguinte forma:
plain-text
Observe que utilizamos o asterisco (*) para representar quais dados desejamos receber. No SQL, o asterisco
representa todas as colunas.
Na linha 12, recuperamos todos os dados selecionados utilizando o fetchall, que foram iterados na linha 13.
Para cada registro retornado, que é uma tupla com os atributos CPF, Nome, Nascimento e Óculos, nessa
ordem, criamos um objeto do tipo Pessoa na linha 14.
Foi utilizado o operador * do Python. Esse operador “desempacota” um iterável, passando cada
elemento como um argumento para uma função ou construtor.
Como sabemos que a ordem das colunas é a mesma ordem dos parâmetros do construtor da classe Pessoa,
garantimos que vai funcionar corretamente.
Das linhas 15 a 18, imprimimos cada atributo do registro e seu respectivo tipo.
Veja que os dados dos atributos Nascimento e Óculos estão exatamente como no banco de dados:
nascimento é uma string e óculos é do tipo inteiro.
Comentário
Se estivéssemos utilizando o banco de dados PostgreSQL com o conector psycopg2, como os tipos
DATE e BOOLEAN são suportados, esses valores seriam convertidos para o tipo correto.
O conector sqlite3 permite realizar essa conversão automaticamente, mas exige algumas configurações
adicionais.
# Funções conversoras
def conv_bool(dado):
return True if dado == 1 else False
# Registro de conversores
conector.register_converter("BOOLEAN", conv_bool)
A primeira modificação ocorre nos parâmetros da criação da conexão. Precisamos passar o argumento
PARSE_DECLTYPES para o parâmetro detect_types da função connect. Observe como ficou a linha 4.
Isso indica que o conector deve tentar fazer uma conversão dos dados, tomando como base o tipo da coluna
declarada no CREATE TABLE.
Comentário
Os tipos DATE e TIMESTAMP já possuem conversores embutidos no sqlite3, porém o tipo BOOLEAN não.
Para informar ao conector como fazer a conversão do tipo BOOLEAN, precisamos definir e registrar a
função conversora utilizando a função interna register_converter do sqlite3.
A função register_converter espera, como primeiro parâmetro, uma string com o tipo da coluna a ser
convertido e, como segundo parâmetro, uma função que recebe o dado e retorna esse dado convertido.
Na linha 12, chamamos a função register_converter, passando a string BOOLEAN e a função conv_bool
(converter booleano) como argumentos.
A função conv_bool, definida na linha 9, retorna True para o caso do dado ser 1, ou False, caso contrário. Com
isso, convertemos os inteiros 0 e 1 para os booleanos True e False. O restante do script é igual ao anterior,
porém, os dados estão convertidos para o tipo correto.
Verifique a saída do console e observe os tipos dos atributos Nascimento e Óculos. Agora são das classes
date e bool!
Atividade 1
Questão
Selecionar registros em um banco de dados permite recuperar informações necessárias. Qual cláusula é
utilizada em conjunto com o comando SELECT para filtrar registros específicos em uma tabela?
GROUP BY
ORDER BY
WHERE
HAVING
JOIN
Neste vídeo, vamos explorar como utilizar junções em SQL para selecionar registros relacionados em bancos
de dados. Vamos ver como o comando JOIN permite combinar dados de várias tabelas, facilitando a criação
de consultas avançadas que revelam as conexões entre diferentes entidades e oferecem uma visão detalhada
das informações armazenadas. Confira!
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python
Após abrir a conexão e obter um cursor, selecionamos todos os registros da tabela Veículo, utilizando o
comando da linha 9, executado na linha 10.
Na linha 13, recuperamos todos os registros de veículos utilizando o método fetchall, que foram iterados na
linha 14.
Na linha 15, criamos um objeto do tipo Veículo utilizando o operador * e imprimimos os atributos Placa e Marca
na linha 16.
Verifique no console que os valores do atributo marca são seus respectivos ids, 1 e 2. Isso ocorre porque no
banco de dados armazenamos apenas uma referência à chave primária da entidade Marca.
Para isso, precisamos realizar uma junção das tabelas Veículo e Marca no comando SELECT.
plain-text
SELECT tab1.col1, tab1.col2, tab2.col1… FROM tab1 JOIN tab2 ON tab1.colN = tab2.colM;
Primeiro, definimos quais colunas serão retornadas utilizando a sintaxe nome_tabela.nome_coluna, depois
indicamos as tabelas que desejamos juntar e, por último, indicamos como alinhar os registros de cada tabela,
ou seja, quais são os atributos que devem ser iguais (colN e colM).
No exemplo a seguir, vamos criar um script de forma que o Veículo tenha acesso ao nome da Marca, não ao id.
python
D:\Banco de dados> &; C:/python.exe "d:/Banco de dados/script19_2.py" Placa: AAA0001 , Marca: Marca
A
Placa: BAA0002 , Marca: Marca A
Placa: CAA0003 , Marca: Marca B
Placa: DAA0004 , Marca: Marca B
Após criar uma conexão e obter um cursor, definimos o comando SQL para recuperar os dados das tabelas
Veiculo e Marca de forma conjunta.
plain-text
Vamos selecionar os atributos Placa, Ano, Cor, Motor e Proprietário do veículo e juntar com o atributo nome da
tabela Marca. Observe que não vamos utilizar o atributo id da Marca.
As tuplas retornadas serão similares à seguinte: ('AAA0001', 2001, 'Prata', 1.0, 10000000099, 'Marca
A')
Na linha 16, recuperamos todos os registros de veículos, que foram iterados na linha 17. Na linha 18, criamos
um objeto do tipo Veículo utilizando o operador * e imprimimos os atributos Placa e Marca na linha 19.
Observe pelo console, que agora o atributo marca do nosso objeto do tipo Veículo contém o nome da Marca.
No próximo exemplo, vamos dar um passo além. Vamos atribuir ao atributo Marca, do veículo, um objeto do
tipo Marca. Dessa forma, vamos ter acesso a todos os atributos da marca de um veículo.
Para isso, vamos fazer alguns ajustes no nosso modelo. Observe os códigos a seguir.
python
class Pessoa:
def __init__(self, cpf, nome, data_nascimento, usa_oculos):
self.cpf = cpf
self.nome = nome
self.data_nascimento = data_nascimento
self.usa_oculos = usa_oculos
self.veiculos = []
class Marca:
def __init__(self, id, nome, sigla):
self.id = id
self.nome = nome
self.sigla = sigla
class Veiculo:
def __init__(self, placa, ano, cor, motor, proprietario, marca):
self.placa = placa
self.ano = ano
self.cor = cor
self.motor = motor
self.proprietario = proprietario
self.marca = marca
python
Vamos começar pelo nosso modelo. Adicionamos o id ao construtor da classe Marca. Essa alteração foi feita
para facilitar a criação do objeto do tipo Marca a partir da consulta no banco. Veremos o motivo mais à frente.
No script principal, Script modelo.py , iniciamos o script com a abertura da conexão e criação do cursor.
Na sequência, na linha 9, criamos o comando SQL SELECT para retornar todas as colunas da tabela Veiculo e
Marca, utilizando junção.
Na linha 11, executamos esse comando e os resultados da consulta foram recuperados na linha 14.
Na linha 16, imprimimos cada tupla do registro da forma como foram retornados pelo conector. Vamos
destacar um exemplo a seguir, que também pode ser observado no console. ('AAA0001', 2001, 'Prata',
1.0, 10000000099, 1, 1, 'Marca A', 'MA')
Na linha 17, utilizamos array slice para selecionar apenas os atributos da Marca. O resultado do slice para o
exemplo anterior é a tupla (1, 'Marca A', 'MA'), que inclui os atributos Id, Nome e Sigla. Essa tupla é utilizada em
conjunto com o operador * para criar um objeto do tipo Marca. Como agora temos acesso ao id da Marca, foi
necessário adicionar o id ao construtor da classe Marca.
Para ilustrar, após o slice e desempacotamento, a linha 17 pode ser traduzida para o seguinte código:
plain-text
Na linha 18, utilizamos array slice para selecionar apenas os atributos do Veículo, que retornou a tupla
('AAA0001', 2001, 'Prata', 1.0, 10000000099), que incluiu os atributos Placa, Ano, Cor, Motor e Proprietário.
Observe que removemos o id da Marca no slice. Fizemos isso, pois ele será substituído pelo objeto marca
criado na linha 17.
Após o slice e desempacotamento, a linha 18 pode ser traduzida para o seguinte código:
plain-text
Na linha 19, imprimimos a placa do veículo e o nome da marca. Note que o atributo marca, do objeto Veiculo,
faz referência ao objeto Marca, permitindo acessar veiculo.marca.nome. Ao final do script, encerramos a
conexão e o cursor.
Para isso, vamos transformar o script anterior em uma função, permitindo sua reutilização no nosso script
final. Confira os scripts a seguir.
python
# Fechamento do cursor
cursor.close()
return veículos
python
José
CAA0003 Marca B
Silva
DAA0004 Marca B
No script 19_4 utilizamos como base o script do exemplo anterior para criar uma função que retorne uma lista
dos veículos de determinada pessoa.
Essa função tem como parâmetro uma conexão e o CPF de uma pessoa. Esse CPF será utilizado para filtrar os
veículos que ela possui. Para isso, utilizamos o delimitador “?” na linha 11 e passamos o cpf da pessoa como
argumento para o comando execute da linha 14.
Na linha 15, criamos uma lista vazia, chamada veículos. Essa lista será povoada com os veículos recuperados
pela consulta ao longo do laço for das linhas 17 a 20.
O script20 é o nosso script principal, destinado a gerar uma lista das pessoas cadastradas no banco
de dados, incluindo seus veículos e marcas.
Após estabelecer a conexão e o cursor, criamos o comando SQL na linha 10 para recuperar as pessoas, e o
executamos na linha 11. Na linha 14, criamos a variável do tipo lista chamada Pessoas, e na linha 15, utilizamos
a função fetchall do cursor para recuperar todos os registros das pessoas.
Na linha 16, iteramos pelas pessoas recuperadas e para cada uma, criamos um objeto do tipo Pessoa (linha 17)
e recuperamos seus veículos (linha 18). Para recuperar os veículos, utilizamos a função recuperar_veiculos do
script 19_4, passando como argumento a conexão criada na linha 6 e o CPF da pessoa.
Na linha 19, adicionamos cada pessoa à lista Pessoas criada anteriormente. Na linha 21, iteramos sobre a lista
Pessoas e imprimimos seu nome e a lista de veículos que possui. Ao final, fechamos a conexão e o cursor.
Recomendação
Verifique a saída do console que está logo após a imagem.
Atividade 2
Questão
A seleção de registros usando junções é uma técnica avançada que permite combinar dados de várias
tabelas. Qual comando SQL é utilizado para mesclar registros de duas ou mais tabelas?
A
UNION
JOIN
INTERSECT
CONNECT
MERGE
Aprenda a usar JOIN para selecionar dados relacionados em bancos de dados assistindo ao vídeo a seguir.
Revisaremos como criar tabelas e inserir dados iniciais. Em seguida, faremos consultas avançadas para obter
informações mais completas, essenciais para relatórios e análises.
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Roteiro de prática
Você foi contratado por uma livraria on-line para desenvolver um sistema de gerenciamento de pedidos capaz
de armazenar informações sobre livros, clientes e pedidos.
Sua tarefa é desenvolver um script em Python que se conecte a um banco de dados SQLite, crie as tabelas
necessárias, insira dados iniciais utilizando parâmetros nomeados e demonstre a seleção de dados
relacionados usando JOIN, para obter informações completas sobre os pedidos, incluindo detalhes dos livros
e clientes.
Objetivo
Desenvolver um script em Python que:
python
class Livro:
def __init__(self, titulo, autor, preco):
self.titulo = titulo
self.autor = autor
self.preco = preco
class Cliente:
def __init__(self, nome, email):
self.nome = nome
self.email = email
class Pedido:
def __init__(self, cliente_id, livro_id, quantidade, data_pedido):
self.cliente_id = cliente_id
self.livro_id = livro_id
self.quantidade = quantidade
self.data_pedido = data_pedido
Importe a biblioteca sqlite3 e crie uma função para conectar-se ao banco de dados.
python
import sqlite3
def conectar_banco(nome_banco):
conexao = sqlite3.connect(nome_banco)
return conexao
def criar_tabelas(conexao):
cursor = conexao.cursor()
conexao.commit()
Defina uma função para inserir dados nas tabelas usando parâmetros nomeados.
python
def inserir_dados(conexao):
cursor = conexao.cursor()
Defina uma função para selecionar e exibir os dados relacionados das tabelas utilizando JOIN.
python
def exibir_pedidos(conexao):
cursor = conexao.cursor()
query = '''
SELECT Pedidos.id, Clientes.nome, Livros.titulo, Pedidos.quantidade,
Pedidos.data_pedido
FROM Pedidos
JOIN Clientes ON Pedidos.cliente_id = Clientes.id
JOIN Livros ON Pedidos.livro_id = Livros.id
'''
cursor.execute(query)
pedidos = cursor.fetchall()
print('Pedidos:')
No final do arquivo gerenciamento_livraria.py, adicione o código principal para executar as funções definidas.
python
if __name__ == '__main__':
conexao = conectar_banco('livraria.db')
criar_tabelas(conexao)
inserir_dados(conexao)
exibir_pedidos(conexao)
conexao.close()
bash
python gerenciamento_livraria.py
Resultado esperado
O script deve conectar-se ao banco de dados livraria.db, criar as tabelas Livros, Clientes e Pedidos, inserir os
dados fornecidos usando parâmetros nomeados e exibir os dados dos pedidos no console, mostrando
informações detalhadas sobre os clientes e os livros relacionados a cada pedido.
Atividade 3
Questão
Geralmente, o JOIN é acompanhado pela palavra ON e pela definição de uma igualdade que representa a
relação. No exemplo estudado, o que aconteceria se o desenvolvedor invertesse a ordem para JOIN Clientes
ON Clientes.id = Pedidos.cliente_id na função exibir_pedidos?
Considerações finais
• Principais conectores de SGBD em Python.
• Métodos e exceções de conectores.
• Conexão, acesso e criação de bancos de dados.
• Operações CRUD em bancos de dados.
Explore +
Confira as indicações que separamos para você!
Leia a documentação da biblioteca sqlite3, fundamental para a conexão do Python com banco de dados
SQLite. Disponível na página do desenvolvedor.
Leia a documentação da biblioteca psycopg2, disponível no site do desenvolvedor, uma das bibliotecas mais
usadas para a conexão do Python com banco de dados PostgreSQL.
Visite o site do projeto mysql-connector-python, um dos conectores necessários para que a conexão de uma
aplicação Python com o banco de dados MySQL seja possível.
Confira também o projeto mysqlclient, outro conector necessário para realizar a conexão de uma aplicação
Python com o banco de dados MySQL.
Explore o site do projeto PyMySQL, outro conector utilizado para a conexão de uma aplicação Python com o
banco de dados MySQL.
Referências
HIPP, R. D. SQLite. SQLite. Consultado na internet em: 8 out. 2020.