Código Ambiental Municipal - Santos

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MINUTA DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

INSTITUI O CDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

PARTE GERAL

TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1 Fica institudo o Cdigo Municipal de Meio Ambiente como instrumento do Plano de Gesto Ambiental, previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento e Expanso Urbana do Municpio de Santos em atendimento s diretrizes ambientais estabelecidas e complementando o disposto na Lei Orgnica do Municpio de Santos, visando o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para a presente e as futuras geraes. Art. 2 Os rgos e as entidades municipais, bem como as fundaes institudas pelo Poder Pblico, responsveis pela proteo e melhoria da qualidade ambiental no Municpio de Santos, constituiro o Sistema Municipal de Meio Ambiente SIMMA. Pargrafo nico. Os rgos ou entidades municipais responsveis pelo planejamento, licenciamento e controle ambiental, nas suas respectivas reas de atuao, integram o Sistema Nacional de Meio Ambiente SISNAMA.

CAPTULO I DOS PRINCPIOS BSICOS

Art. 3 So princpios deste Cdigo Municipal de Meio Ambiente, a defesa e a preservao dos ecossistemas, o uso racional dos recursos naturais e o desenvolvimento de forma ordenada, integrada e harmnica, propiciando o bem estar da comunidade. Art. 4 O Plano de Gesto Ambiental contemplar aes no mbito de planejamento, licenciamento e controle.

CAPTULO II DOS OBJETIVOS E DAS FINALIDADES

Art. 5 O Cdigo Municipal de Meio Ambiente objetiva: I a garantia da qualidade de vida e a manuteno do equilbrio ecolgico; II - o pleno desenvolvimento sustentvel por meio da integrao das funes sociais, culturais e econmicas no Municpio, com as questes ambientais, valorizando econmica e culturalmente a biodiversidade; III - a proteo fauna e flora, coibindo as prticas que submetam os animais crueldade e as que coloquem em risco sua funo ecolgica e ameacem ou provoquem o desaparecimento de espcies que ocorram, ainda que sazonalmente, no Municpio; IV - a utilizao racional e o gerenciamento dos recursos naturais do solo, subsolo, guas, ar, fauna e flora e sua disponibilidade permanente, concorrendo para a manuteno do equilbrio ecolgico; V a definio de medidas e procedimentos tecnicamente adequados ao planejamento, licenciamento, controle, monitoramento e fiscalizao relacionados s questes ambientais; VI - o planejamento, o licenciamento, o controle e a fiscalizao de aes, obras, produo, extrao, criao e abate de espcimes e de seus subprodutos, transporte, comercializao, empreendimentos, usos e atividades que interfiram e/ou comportem risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e do meio ambiente; VII - o estabelecimento, preferencialmente com rgos federais, estaduais e locais, de critrios, padres e ndices de qualidade ambiental, bem como de normas relativas ao uso e manejo de
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recursos ambientais e de procedimentos tcnicos, adequando-os permanentemente legislao e s inovaes tecnolgicas; VIII - implementar as medidas necessrias preservao ou correo da degradao ambiental, por meio do ordenamento do uso e da ocupao do solo, adoo de penalidades disciplinares ou compensatrias; IX difundir e fomentar os estudos, pesquisas cientficas e a produo de informaes ambientais, o desenvolvimento e a capacitao tecnolgica na rea ambiental.

CAPTULO III DAS DEFINIES

Art. 6 Para efeito desta lei complementar ficam adotadas as seguintes definies: Iacidente poluidor toda ao ou omisso, que cause disperso, derrame ou lanamento indevido de resduos slidos, lquidos, graxosos ou gasosos e a emisso de particulados, comprometendo a qualidade ambiental do ar, do mar, das reas estuarinas, dos corpos d'gua interiores incluindo o lenol fretico, do solo ou subsolo, que interfiram no meio fsico, qumico, biolgico ou antrpico, ocorrida ou no no Municpio; conjunto de pilhas ou acumuladores interligados convenientemente; recarregveis

II III IV -

bateria coleta seletiva coletor seletivo -

recolhimento de materiais reciclveis, como papis, vidros, plsticos e metais; pessoa fsica cuja principal atividade profissional coletar material reciclvel descartado em vias pblicas, por meio de veculo no motorizado; alterao adversa das caractersticas do meio ambiente; retirada ou destruio parcial ou total de elementos do ecossistema; modelo que leva em considerao, os fatores de carter econmico, social e ecolgico, assim como as disponibilidades dos recursos vivos e inanimados, e as vantagens e os inconvenientes de outros tipos de ao, a curto e a longo prazos; prtica como corte, capina, queimada (por fogo ou por produtos qumicos) que levem retirada da cobertura vegetal existente (espcies fanergamas ou criptgamas) em
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VVI VII -

degradao da qualidade ambiental depredao ambiental desenvolvimento sustentvel -

VIII -

desmatamento -

determinadas reas;

IX -

estabelecimento gerador de Resduos Slidos dos Servios de Sade RSSS estudos ambientais -

local que, em funo de suas atividades mdico-assistenciais ou de ensino e pesquisa, produza resduos infectantes, tais como hospitais, laboratrios, clnicas mdicas e odontolgicas, ambulatrios e clnicas veterinrias; todos e quaisquer estudos, planos e/ou projetos relativos aos aspectos ambientais relacionados localizao, instalao, ampliao e operao de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsdio para anlise da licena, alvar ou autorizao requerida ou para o cumprimento do disposto na legislao ambiental e de uso e ocupao do solo do Municpio; qualquer atividade, sistema, processo, operao, instalao, obras, maquinaria, meio de transporte, equipamento, aparato ou dispositivo, mvel ou imvel, que cause ou possa causar, direta ou indiretamente, poluio ao meio ambiente; toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que, por qualquer tipo de atividade, independente das finalidades a que se prope, produza de forma previsvel ou acidental, resduos slidos de qualquer natureza; conduo, direo e controle do uso dos recursos naturais por meio de seus instrumentos formais para a implantao da poltica ambiental e o gerenciamento das suas interaes com o meio ambiente; toda alterao antrpica relevante, positiva ou negativa, introduzida no meio ambiente; processo de transformao dos materiais reciclveis em novos produtos; medida que impede nveis de rudo e/ou vibrao superior aos limites estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT; conjunto de operaes coordenadas, objetivando o aproveitamento da jazida desde a extrao das substncias minerais teis que contiver at o seu beneficiamento; toda massa individualizada de substncia mineral ou fssil de valor econmico, aflorada superfcie ou existente no interior da terra.;

X-

XI -

fonte de poluio -

XII -

gerador de resduos slidos -

XIII -

gesto ambiental -

XIV XV XVI -

impacto ambiental industrializao de materiais reciclveis isolamento acstico adequado lavra -

XVII -

XVIII-

jazida -

XIX -

licena ambiental -

ato administrativo expedido pelo rgo municipal de meio ambiente que autorize o empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, a localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental, observadas as condies, restries e medidas de controle ambiental; procedimento administrativo pelo qual o rgo municipal de meio ambiente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma possam causar degradao ambiental no Municpio; formaes florestais, ecossistemas associados e demais formas de vegetao natural do Complexo Florestal Atlntico, independente de seu estgio sucessional, que no perdero as suas classificaes nos casos de incndio, desmatamento e/ou quaisquer outros impactos negativos no licenciados definidos como: a)Manguezal; b)Vegetao de Restinga; c) Floresta Ombrfila; d) Vegetao de Transio; e) Floresta Estacional.

XX -

licenciamento ambiental -

XXI -

Mata Atlntica -

XXII -

material reciclvel -

todo e qualquer material que tenha sido utilizado e descartado como resduo, tornando-se novamente matria prima para manufatura de novos bens, reduzindo a extrao de recursos naturais e economizando energia; considera-se mina a jazida em lavra, ainda que suspensa; conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; a zona entre-mars, a faixa de areia, os jardins e seus calades, bem como quaisquer instalaes ali existentes; geradores de resduos da construo civil cuja quantidade no exceda ao volume de 1m3 (um metro cbico) por semana; execuo de trabalho necessrio definio da jazida, sua avaliao e determinao da exeqibilidade de seu aproveitamento econmico; material gerador eletroqumico de energia eltrica, mediante converso geralmente irreversvel de energia qumica;
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XXIII XXIV -

mina meio ambiente -

XXV XXVI XXVII -

orla da praia pequenos geradores de resduos da construo civil pesquisa mineral -

XXVIII - pilha -

XXIX -

poluente -

todas e quaisquer formas de matria ou energia que, direta ou indiretamente, causem ou possam vir a causar interferncia no funcionamento de parte ou de todo o ecossistema; toda a degradao da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente: a) prejudiquem a sade, a segurana e o bem-estar da populao; b) criem condies adversas s atividades sociais e econmicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; e) lancem matrias ou emitam energia em desacordo com os padres ambientais estabelecidos.

XXX -

poluio -

XXXI -

poluidor -

pessoa fsica ou jurdica de direito pblico ou privado, responsvel, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradao ambiental; recipientes para recebimento de forma segregada de materiais reciclveis; processo de beneficiamento dos materiais reciclveis de modo a prepar-los para uso direto como matria-prima de fabricao de novos produtos; conjunto de mtodos, procedimentos e polticas que visem proteo a longo prazo das espcies, habitats e ecossistemas, alm da manuteno dos processos ecolgicos, prevenindo a simplificao dos sistemas naturais; recomposio da paisagem natural ou de recursos ambientais por ao antrpica ou causas naturais, bem como a recuperao ou a recomposio de ecossistemas ou da vegetao; resultado das aes em que materiais reciclveis so recolhidos (coletados), separados, acondicionados, utilizados como matria-prima na fabricao de novos produtos e reintroduzidos na economia; restaurao natural do ambiente, sem ao antrpica ou por meio de interferncias de controle, mnimas e satisfatrias; a atmosfera, as guas interiores, superficiais e subterrneas, os esturios, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;

XXXII -

Postos de Entrega Voluntria (PEVs) -

XXXIII - Pr-industrializao de materiais reciclveis XXXIV - preservao -

XXXV -

reafeioamento ambiental -

XXXVI - reciclagem -

XXXVII - recomposio natural -

XXXVIII - recursos ambientais -

XXXIX -

restaurao ambiental -

processo utilizado para recompor ecossistemas, tendo em vista as condies iniciais naturais, as alteraes registradas e os prognsticos resultantes do monitoramento; resduos provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza mdico-assistencial humana ou animal; os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentao na rea de farmacologia e sade; medicamento e imunoterpicos vencidos ou deteriorados; os provenientes de necrotrios, funerrias e servios de medicina legal; e os provenientes de barreiras sanitrias; qualquer tipo de som que por sua intensidade, freqncia e durao promova incmodo ou perturbe o sossego, afetando a sade e o bem-estar da populao; medidas destinadas a monitorar, controlar, reduzir ou eliminar a contaminao do ambiente para garantir melhor qualidade de vida para o homem e demais seres vivos; qualquer perturbao vibratria em meio elstico, que produza uma sensao auditiva; tinta acondicionada em recipientes de presso, cuja composio contenha resina acrlica dissolvida em hidrocarboneto aromtico, pigmentos orgnicos e inorgnicos ou outras substncias com efeitos anlogos; movimento oscilante de um corpo qualquer em relao a uma posio referencial.

XL-

Resduos Slidos dos Servios de Sade RSSS -

XLI -

rudo -

XLII -

saneamento ambiental som tinta spray -

XLIII XLIV -

XLV -

vibrao -

TTULO II DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE SIMMA

CAPTULO I DOS INSTRUMENTOS DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE SIMMA

Art. 7 So instrumentos do Sistema Municipal de Meio Ambiente - SIMMA: I o conjunto de leis e normas relacionadas questo ambiental e ao estabelecimento de padres de qualidade ambiental;

II as penalidades disciplinares ou compensatrias pelo no-cumprimento das medidas necessrias proteo, conservao, preservao ou correo da degradao ambiental; III o Licenciamento Ambiental Municipal; IV o Zoneamento Ambiental; V a avaliao de impactos ambientais locais; VI o fomento pesquisa, ao desenvolvimento e capacitao tecnolgica, visando o uso adequado dos recursos naturais e a produo de informaes ambientais; VII os incentivos fiscais que estimulem o ordenamento do uso e ocupao do solo e a melhoria da qualidade ambiental, de acordo com a regulamentao especfica; VIII o estabelecimento de mecanismos de compensao ambiental para os empreendimentos e as atividades que importem em alterao de ecossistemas e dos recursos naturais; IX - o gerenciamento, controle e monitoramento das fontes poluidoras e a utilizao dos recursos ambientais; X o Plano de Gesto Ambiental, que servir consolidao dos objetivos e finalidades desta lei complementar e conter planos setoriais, programas, projetos e campanhas, entre outras aes de carter permanente ou no, revisadas e atualizadas periodicamente.

PARTE ESPECIAL TTULO I DO CONTROLE AMBIENTAL

Art. 8 Esta lei complementar cria normas e critrios para adequado ordenamento territorial e manuteno da qualidade do meio ambiente, visando garantir o pleno cumprimento das medidas de controle e de saneamento ambiental, que contemple a execuo das aes de planejamento, monitoramento e fiscalizao.

CAPTULO I DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO CONTROLE DA POLUIO

Art. 9 Toda pessoa fsica ou jurdica, estabelecida ou no no Municpio, que der causa a qualquer espcie de acidente poluidor, com conseqncia em seu territrio, ficar sujeita s penalidades definidas nesta lei complementar. Art. 10. proibido o lanamento ou a liberao de poluentes nas guas, no ar, no solo ou no subsolo: I - com intensidade, em quantidade e de concentrao ou com caractersticas que, direta ou indiretamente, tornem ou possam tornar ultrapassveis os padres estabelecidos em prescries municipais, estaduais e/ou federais ou em normas tcnicas vigentes; II - que, independentemente de estarem enquadrados no inciso anterior, tornem ou possam tornar as guas, o ar, o solo ou subsolo imprprios, nocivos ou ofensivos sade, inconvenientes ao bem-estar pblico, danosos aos materiais e biota, prejudiciais segurana, ao uso e gozo da propriedade, bem como s atividades normais da comunidade.

SEO I DA POLUIO DO AR

Art. 11. Os sistemas integrados de tratamento de resduos slidos urbanos s podero ser instalados nos locais previstos pelas leis municipais de uso e ocupao do solo, desde que apresentado o Estudo de Impacto Ambiental EIA e o Relatrio de Impacto Ambiental Rima, para anlise, avaliao e autorizao do Poder Pblico. 1 So proibidos a instalao e o funcionamento de incineradores domiciliares de quaisquer tipos. 2 Excetuam-se ao previsto no pargrafo anterior os incineradores utilizados para resduos slidos do sistema de sade, urbanos, necro-crematrios, porturios e de aeroportos, atendidos os parmetros estabelecidos para emisso de particulados quanto forma, classe e concentrao recomendadas pelas normas tcnicas vigentes. Art. 12. proibida a emisso de fumaa, por parte de fontes estacionrias, com densidade colorimtrica superior ao Padro 1 da Escala de Ringelmann, salvo por: I um nico perodo de 15 (quinze) minutos por dia, para operao de aquecimento de fornalha;
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II um perodo de 3 (trs) minutos consecutivos ou no, em qualquer fase de 1 (uma) hora. Pargrafo nico. Em qualquer fase de 1(uma) hora, quando da realizao da operao de aquecimento de fornalha, o perodo referido no inciso II j est includo no perodo de 15 (quinze) minutos referidos no inciso I. Art. 13. Os estabelecimentos industriais, comerciais ou prestadores de servios devero obrigatoriamente dispor de sistemas de controle de emisso de aerodispersides e substncias odorferas. 1 Entende-se por aerodispersides as partculas que, por sua massa e tamanho reduzidos, no sofrem os efeitos da gravidade permanecendo suspensas no ar. 2 Para os fins a que se destina a presente lei complementar, os aerodispersides classificamse em poeiras, nvoas, neblinas, vapores e organismos vivos, a exemplo de bactrias, vrus e fungos. 3 proibida a emisso de substncias odorferas na atmosfera em quantidades que possam ser perceptveis fora dos limites da rea de propriedade da fonte emissora e que prejudiquem a sade pblica. 4 Caber ao rgo municipal de meio ambiente a constatao da infrao ao disposto no pargrafo anterior. Art. 14. O rgo municipal de meio ambiente poder, a qualquer momento, exigir alteraes ou melhorias tecnicamente adequadas para que as fontes de poluio controlem suas emisses. Art. 15. Nas edificaes em que se desenvolvam atividades comerciais e/ou prestadoras de servios, o lanamento de efluentes provenientes da queima de combustveis slidos, lquidos ou gasosos dever ser realizado por meio de chamin dotada de filtro mido, seco ou eletrosttico, com altura, posio e localizao, tecnicamente adequadas. Art. 16. obrigatrio o armazenamento de material fragmentado ou particulado em silos adequadamente vedados ou em sistemas similares de controle de poluio do ar, desde que possuam eficincia igual ou superior, de maneira que impeam o arraste do respectivo material, pela ao dos ventos. Art. 17. Desde que realizados a mido, mediante processo de umidificao permanente, as operaes, processos ou funcionamento dos equipamentos de britagem, moagem, transporte, manipulao, carga e descarga de material fragmentado ou particulado, podero ser dispensados das exigncias contidas no artigo anterior, a critrio do rgo municipal de meio ambiente.
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Art. 18. Devero ser incineradas em ps-queimadores as substncias odorferas, resultantes das fontes que se faam tecnicamente necessrias, a exemplo das a seguir relacionadas: I - torrefao e resfriamento de caf, amendoim, castanha de caju e cevada; II - autoclaves e digestores utilizados em aproveitamento de matria animal; III - estufas de secagem ou cura para peas pintadas, envernizadas ou litografadas; IV - oxidao de asfalto; V - defumao de carnes ou similares; VI - fontes de sulfeto de hidrognio e mercaptana (tiolcool); VII - regenerao de borracha. Pargrafo nico. Os ps-queimadores devero atender s especificaes contidas em normas tcnicas da ABNT e s prescries estaduais e federais vigentes. Art. 19. As operaes de cobertura de superfcies realizadas por asperso, tais como pintura ou aplicao de seladores e/ou vernizes a revlver, realizar-se-o em compartimento prprio provido de sistema de ventilao local exaustora e de equipamento eficiente para reteno de material particulado. Pargrafo nico. As operaes referidas no caput devero obedecer s normas e procedimentos tcnicos em vigncia, vedado o uso de sistema de jateamento de areia ou de outros produtos que liberem slica.

SEO II DA POLUIO DAS GUAS

Art. 20. As edificaes ou equipamentos, instalados provisria ou permanentemente, devero ser dotados de sistema para abastecimento de gua e coleta de esgotos, projetados e executados de acordo com as normas tcnicas da ABNT. Art. 21. As instalaes prediais devem ser projetadas e executadas de acordo com as normas tcnicas da ABNT e da entidade responsvel pelo sistema pblico de esgotos, na forma da legislao pertinente. Art. 22. O lanamento de efluentes em sistemas pblicos de esgotos ser preferencialmente feito por gravidade e, se houver necessidade de recalque, os efluentes devero ser lanados em caixa de quebra-presso, da qual partiro, por gravidade, para a rede coletora.
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Art. 23. Os efluentes que possam trazer prejuzo rede pblica de esgotos sanitrios devem ser submetidos a tratamento adequado, sujeito aprovao do rgo municipal de meio ambiente. Art. 24. Na ausncia de rede pblica de esgotos sanitrios, so obrigatrios o projeto e a instalao de sistema de deposio de esgotos, executados de acordo com as normas tcnicas da ABNT. Pargrafo nico. Na hiptese prevista no caput, os resduos lquidos, slidos ou em qualquer estado de agregao da matria, provenientes do uso da gua para fins higinicos, s podero ser despejados em guas interiores ou costeiras, superficiais ou subterrneas, aps terem passado por dispositivos de tratamento que proporcionem parmetro de reduo de ndices poluidores, compatveis com os corpos receptores. Art. 25. Em reas dotadas de rede pblica de esgotos sanitrios obrigatria a ligao predial do imvel rede coletora pblica, podendo ser exigidos dispositivos de tratamento com a finalidade de proteo rede existente. Art. 26. As instalaes prediais de esgotos sanitrios devem ser projetadas e executadas de modo a: I - permitir rpido escoamento dos esgotos sanitrios e fcil desobstruo; II - vedar a passagem de gases e animais das tubulaes para o interior das edificaes; III - no permitir vazamentos, escape de gases e formao de depsitos no interior das tubulaes; IV - impedir a poluio de gua potvel; V - impedir a contaminao e/ou poluio do sistema de drenagem de guas pluviais. Art. 27. vedada a passagem de tubulaes de esgoto sanitrio pela cobertura ou no interior de reservatrio de gua potvel. Art. 28. Em instalaes que venham a utilizar caixas retentoras de gordura, os ramais de descarga de pias de cozinha devem ser a elas ligados diretamente, ou a tubos de queda que nelas descarreguem. Art. 29. obrigatrio, onde houver rede pblica coletora de esgotos, o uso de caixa coletora de gordura nos esgotos sanitrios que contiverem resduos gordurosos provenientes de pias de copas e cozinhas. Pargrafo nico. A instalao de caixas retentoras e coletoras de gordura dever atender s prescries contidas em normas tcnicas da ABNT.
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Art. 30. Aps a execuo do projeto, as instalaes hidrulicas devero ser aprovadas por meio de ensaios adequados, conforme as normas tcnicas vigentes. Art. 31. vedado o descarte, o derrame ou o lanamento de resduos, qualquer que seja seu estgio de agregao da matria, bem como de posturas anlogas que possam causar dano rede de drenagem de guas pluviais. Art. 32. Os estabelecimentos que executem operaes de limpeza, lavagem, lubrificao, abastecimento, manuteno, reparos, execuo de projetos ou armazenamento de lquidos a granel devero apresentar obrigatoriamente: I perfeitas condies de funcionamento dos sistemas de captao e destinao de gua, drenagem pluvial e de esgoto; II recintos apropriados e dotados de instalaes que impeam a acumulao de gua e resduos no solo ou seu escoamento para o sistema de drenagem de guas pluviais. Art. 33. So obrigatrios a limpeza e o esgotamento das caixas de gordura, fossas spticas e filtros anaerbios ou de qualquer equipamento congnere, por prestadores de servio nos estabelecimentos comerciais, industriais, agrcolas, sociais, desportivos, culturais, de diverses pblicas, hospitalares e congneres, hoteleiros e similares e em qualquer ambiente coletivo, inclusive nos edifcios de apartamentos residenciais, comerciais e mistos, nos quais possam ocorrer ou desenvolver-se agentes nocivos sade ou ao meio ambiente. 1 Podero ser temporariamente desobrigados da exigncia prevista no caput, os geradores de quantidades mnimas de resduos, tais como escritrios, lojas e congneres, mediante aferio pelo rgo municipal de meio ambiente. 2 obrigatrio o cadastramento dos prestadores de servios referidos no caput, junto ao rgo municipal de meio ambiente, cujo requerimento dever ser instrudo com: I - nome comercial e endereo; II cpia do contrato social e dos documentos dos scios; III em se tratando de firma individual, cpia da Declarao Estadual de Cadastro de Atividade - DECA, e dos documentos de identificao relativos ao responsvel pela mesma; IV - comprovao do registro junto aos rgos federais, estaduais e municipais competentes; V - descrio e quantificao dos equipamentos, em especial das unidades mveis de auto-vcuo ou outros similares; VI - descrio da metodologia utilizada em cada uma das fases de operao;
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VII - descrio das medidas de segurana, bem como relao dos equipamentos de proteo individual a serem utilizados durante a execuo do servio; VIII - nome e endereo do profissional responsvel habilitado, com a comprovao do registro no rgo profissional competente. Art. 34. Para os fins desta lei complementar, considera-se limpeza e esgotamento de caixas coletoras de gordura, fossas spticas e filtros anaerbios, o conjunto de operaes tcnicas, no prejudiciais ao ambiente, que tenham por objetivo eliminar resduos de gordura, detritos e outros organismos indesejveis, que, por si s, com agentes biolgicos ou no, ou atravs de seus efeitos possam, imediatamente, condicionar, contribuir, favorecer, veicular, transmitir, causar ou provocar dano sade, cujo descarte deve ocorrer em local adequado, indicado pelo rgo municipal de meio ambiente, respeitadas as normas tcnicas da ABNT. Art. 35. Fica institudo o Certificado de Limpeza e Esgotamento de Caixas Coletoras de Gordura, Fossas Spticas ou Filtros Anaerbios, que ser emitido pelo rgo municipal de meio ambiente, a ser obrigatoriamente afixado em local visvel onde o servio tiver sido executado. 1 O Certificado de que trata o caput dever ser preenchido com os dados constantes da nota fiscal de servios, bem como os relativos ao descarte fracionado, descrevendo o volume em metros cbicos do material coletado e descartado e, no seu verso, os dados do profissional habilitado, responsvel pela execuo do servio. 2 O pedido de emisso do Certificado de que trata o caput dever ser requerido no prazo de at 05 (cinco) dias teis aps a realizao do servio, junto ao rgo municipal de meio ambiente, devidamente instrudo com os documentos e dados referidos no pargrafo anterior, bem como do comprovante de pagamento da taxa de expediente. 3 Atendidos os requisitos legais, o rgo municipal de meio ambiente emitir o Certificado no prazo de at 15 (quinze) dias teis, contados da data do requerimento. 4 O Certificado de Limpeza e Esgotamento de Caixas Coletoras de Gordura, Fossas Spticas ou Filtros Anaerbios ser enumerado seqencialmente e conter: a) nome e endereo do consumidor dos servios descritos no art. 33; b) nome e endereo do prestador de servio devidamente cadastrado nos termos do artigo 33; c) natureza e prazo de validade do servio executado. 5 Os documentos apresentados nos termos do 1 deste artigo sero devolvidos juntamente com os Certificados de Limpeza e Esgotamento de Caixas Coletoras de Gordura, Fossas Spticas ou Filtros Anaerbios.
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6 Os prestadores de servio a que se refere o art. 33, obrigam-se a: I - retirar os Certificados de Limpeza e Esgotamento de Caixas Coletoras de Gordura, Fossas Spticas ou Filtros Anaerbios no prazo de at 20 (vinte) dias teis, contados da data da sua emisso: II - proceder a entrega dos Certificados ao consumidor, no prazo de at 05 (cinco) dias teis, a contar da data de retirada dos mesmos. III - remeter cpia do comprovante de entrega ao consumidor do Certificado de Limpeza e Esgotamento de Caixas Coletoras de Gordura, Fossas Spticas ou Filtros Anaerbios, ao rgo municipal de meio ambiente; IV - remeter ao rgo municipal de meio ambiente relatrio mensal dos servios realizados no Municpio, para fins de controle das quantidades de resduos coletados e destinados, contendo: a) nmero do cadastro atribudo pelo rgo municipal de meio ambiente; b) relao dos estabelecimentos atendidos e o tipo de servio prestado, bem como o volume de resduos coletados; c) comprovante do descarte dos resduos, assim como a designao do local onde o mesmo ocorreu; d) qualificao completa e assinatura do responsvel tcnico pelo servio prestado; e) dimenso das caixas coletoras de gordura, fossas spticas ou filtros anaerbios limpos ou esgotados. Art. 36. Para os fins desta lei complementar, os prazos de validade dos servios de limpeza e de esgotamento de caixas coletoras de gordura, de 06 (seis) meses, e de 18 (dezoito) meses para fossas spticas e filtros anaerbios. Art. 37. Os estabelecimentos responsveis pela manuteno de estoque, comercializao e

utilizao de quaisquer produtos destinados limpeza e esgotamento de caixas coletoras de gordura, fossas spticas ou filtros anaerbios ou de produtos congneres devero ser cadastrados junto ao rgo municipal de meio ambiente. 1 A fim de obter o cadastro mencionado no caput, o interessado dever apresentar: a) denominao, relao completa e quantidade dos produtos armazenados, de acordo com os padres nacionais e internacionais; b) declarao do fabricante e do respectivo representante comercial de que o produto no degrada o meio ambiente;
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c) laudo elaborado pelos rgos estadual ou federal competentes, atestando que a sua utilizao no causa dano ambiental. 2 O cadastro referido no caput dever ser atualizado anualmente. 3 O descumprimento das determinaes contidas nos pargrafos anteriores implicar na apreenso dos produtos no cadastrados e na aplicao de multa, independente do ressarcimento das despesas realizadas pelo Municpio para seu transporte, guarda e armazenamento. 4 Na hiptese de reincidncia, o infrator ficar sujeito ao pagamento de multa em dobro e suspenso da licena do estabelecimento pelo prazo mnimo de 30 (trinta) dias. Art. 38. Os prestadores de servio a que se refere o art. 33, estabelecidos no Municpio, no podero manter, em suas dependncias, dispositivos ou equipamentos, mveis ou fixos, destinados ao armazenamento, tratamento e/ou eliminao de resduos ou detritos oriundos das atividades exercidas. Pargrafo nico. proibida a lavagem ou a manuteno dos veculos utilizados nos servios a que se refere o art. 33, nos prprios estabelecimentos. Art. 39. Compete ao rgo municipal de meio ambiente a manuteno preventiva, corretiva ou de rotina, das comportas dos canais de drenagem que desgem na orla e nos rios do Municpio de Santos, bem como o acionamento de tais equipamentos sempre que este se fizer necessrio. Art. 40. No caso de entupimento da galeria de guas pluviais ocasionado por obra particular de construo, o Municpio providenciar a limpeza da referida galeria, correndo as despesas por conta do proprietrio do imvel, acrescidas de 20% (vinte por cento). Pargrafo nico. No caso de lanamento e uso de redes de guas pluviais, pelos bombeamentos de rebaixamento de lenol fretico de edifcios com subsolos, o empreendedor dever apresentar, no mnimo, uma medida compensatria, que ser avaliada pelo rgo municipal de meio ambiente. Art. 41. vedado impedir ou dificultar o livre escoamento das guas pelas canalizaes, valas, sarjetas ou canais de drenagem dos logradouros pblicos, danificando ou obstruindo tais servidores. Art. 42. proibido comprometer, por qualquer forma, a qualidade das guas destinadas ao consumo pblico ou particular.

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Art. 43. No controle da qualidade das guas, o Municpio dever tomar as seguintes providncias: I - promover a coleta de amostras de guas para seu controle fsico, qumico e biolgico (em especial bacteriolgico); II - promover a realizao de estudos sobre a poluio de guas, objetivando o estabelecimento de medidas corretivas. Art. 44. Os responsveis pelos estabelecimentos industriais devero dar tratamento e destino aos efluentes e resduos provenientes de seus processos, que os tornem incuos aos seus empregados, coletividade e ao entorno. Pargrafo nico. O lanamento de resduos industriais lquidos nos cursos dgua depende de autorizao do Poder Pblico com base nos preceitos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente.

SEO III DA POLUIO SONORA

Art. 45. proibido perturbar o sossego e o bem-estar pblicos com rudos e/ou vibraes que excedam os nveis estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT. Art. 46. Cabe ao rgo municipal de meio ambiente fiscalizar e controlar a implantao e funcionamento de empreendimentos, atividades e projetos com potencial gerao de rudos e/ou vibraes, no mbito de sua competncia, observadas as normas tcnicas da ABNT. Art. 47. Os geradores e os potencialmente geradores de rudos que perturbem o bem-estar e sossego pblicos, em razo de seu funcionamento ou das caractersticas das atividades exercidas e que ultrapassem os limites estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT, ficam obrigados a ter isolamento acstico tecnicamente adequado. 1 Enquadram-se nas exigncias estabelecidas no caput, mquinas e equipamentos estacionrios, estabelecimentos comerciais de qualquer natureza, os locais de cultos religiosos, as edificaes destinadas s atividades de entretenimento, recreativas, esportivas, sociais, culturais, institucionais e congneres. 2 Constatada a nocividade ou a potencialidade poluidora da atividade ser obrigatria a sua paralisao, at que seja implementada, e devidamente regularizada nos rgos competentes, se for o caso, o isolamento acstico.
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3 A eficincia do sistema de isolamento acstico dever ser comprovada pelo rgo municipal de meio ambiente. Art. 48. Os projetos e obras de qualquer natureza, novos ou no, devero apresentar sistema, elementos ou mecanismos voltados propagao de rudos e/ou vibraes, que atendam aos parmetros estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT. Pargrafo nico. As medidas de reduo ou eliminao de rudo e/ou vibraes sero analisadas pelo rgo municipal de meio ambiente. Art. 49. O rgo municipal de meio ambiente poder determinar a adequao das instalaes e congneres para o enquadramento dos nveis de rudo aos limites estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT. Art. 50. Ser tolerada, independentemente da zona de uso e do horrio, toda e qualquer obra ou atividade, pblica ou particular, de notria e comprovada emergncia, que vise evitar o colapso nos servios de infra-estrutura da cidade ou que envolva evidente risco integridade fsica da populao, aps autorizao do Poder Pblico e cientificao do rgo municipal de meio ambiente. Art. 51. Constatado rudo ambiente, os nveis de rudo da fonte sonora no podero ultrapassar em 5dB(A) os limites estabelecidos nas normas tcnicas vigentes, mediante avaliao do rgo municipal de meio ambiente. Art. 52. Sero tolerados, excepcionalmente, os rudos ou sons produzidos pelas seguintes formas: I - por sinos de igrejas, conventos e capelas, desde que sirvam exclusivamente para indicar horas ou para anunciar a realizao de atos ou cultos, por um perodo mximo de 01 (um minuto), devendo ser evitados os toques antes das 07h (sete horas) e aps as 22h (vinte e duas horas); II - por mquinas ou aparelhos utilizados em construes ou obras em geral, devidamente licenciados pelo Municpio, desde que funcionem das 07h (sete horas) s 19h (dezenove horas) de segunda sexta-feira, e das 07h (sete horas) s 12h (doze horas) aos sbados, sendo terminantemente proibidos aos domingos e feriados, podendo, em casos emergenciais, ser autorizado o funcionamento, a qualquer hora, a critrio do rgo municipal de meio ambiente; III - por sirenes ou aparelhos sonoros de sinalizao de ambulncias, veculos de bombeiros, polcia ou rgo de trnsito; IV - por apitos das rondas, guardas policiais e agentes de trnsito, no exerccio de suas funes; V - por sinalizadores de emergncia, na medida do estritamente necessrio;
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VI - por sinalizadores de entrada e sada de veculos, desde que no ultrapassem a 45dB na sua intensidade de som e funcionem das 08h (oito horas) s 20h (vinte horas), por um perodo mximo de 10 (dez segundos), podendo manter o sinal luminoso durante qualquer perodo e em conformidade com o art. 71; VII - por aparelhos sonoros indicadores de horrio de entrada ou sada de locais de trabalho e de ensino, desde que os sinais sonoros no se prolonguem por mais de 30 (trinta segundos), quando houver atividade nestes estabelecimentos; VIII - por explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras, rochas ou suas demolies, desde que as detonaes ocorram das 07h (sete horas) s 18h (dezoito horas) com a devida aprovao do rgo municipal de meio ambiente; IX - por sinalizadores das passagens de nvel das vias pblicas, bem como por aparatos sonoros de presena utilizados por trens e meios de transportes similares, atendendo-se a legislao em vigor; X decorrentes de festejos cvicos, natalinos, passagem de ano e dos preparativos e comemoraes carnavalescos; XI - por atividades relacionadas recreao, educao, lazer, esporte, festejo folclrico e similares, desde que realizadas das 10h (dez horas) s 23h (vinte e trs horas), em data previamente comunicada ao rgo municipal de meio ambiente; XII - por instrumentos sonoros utilizados por estabelecimentos educacionais, restritos ao intervalo destinado para recreio e ao perodo de encerramento das atividades escolares, limitado a 30 (trinta minutos); XIII por vozes e aparelhos usados em propaganda eleitoral, de acordo com a legislao pertinente. Art. 53. No podero ser executados atividades e empreendimentos ruidosos em um raio de at 500m (quinhentos metros) de estabelecimentos hospitalares, casas de sade, escolas e templos religiosos. Pargrafo nico. Excetuam-se do disposto no caput, os estabelecimentos comerciais e congneres com tratamento acstico tecnicamente adequado, mediante parecer dos rgos municipais de meio ambiente e de trnsito. Art. 54. Mediante autorizao do rgo municipal de meio ambiente competente, sero permitidos, em dias, locais e horrios determinados, os seguintes eventos: I - festas religiosas;
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II - comemoraes oficiais; III - reunies desportivas; IV - ensaios carnavalescos; V - festejos juninos; VI - desfiles; VII - espetculos e eventos ao ar livre. 1 As entidades carnavalescas s podero iniciar os ensaios no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias que antecede o Carnaval, limitados a duas vezes na semana, no perodo das 18h (dezoito horas) s 22h (vinte e duas horas). 2 Na quinzena que antecede o Carnaval, os ensaios podero ser dirios, observado o horrio fixado no pargrafo anterior. Art. 55. As mquinas de qualquer espcie, motrizes ou operatrizes, utilizadas para fins

industriais, comerciais ou particulares, cujo funcionamento seja caracterizado como incmodo e nocivo sade pelo rgo municipal de meio ambiente, devero ser relocadas ou confinadas de modo a proporcionar adequado isolamento acstico. Art. 56. So proibidas as atividades de propaganda e/ou divulgao, por meio de aparatos ou equipamentos sonoros, nas vias pblicas. 1 O descumprimento do disposto no caput poder acarretar, alm das penalidades previstas nesta lei complementar, a apreenso dos equipamentos, pelo rgo municipal competente. 2 A devoluo do equipamento apreendido fica condicionada comprovao do pagamento da multa e ao cumprimento das medidas determinadas pelo rgo municipal de meio ambiente. 3 O equipamento no retirado no prazo determinado pelo rgo municipal de meio ambiente ser considerado coisa no reclamada, aplicando o disposto na Lei n 3.531, de 16 de abril de 1968. Art. 57. O estabelecimento comercial responder pela perturbao ao sossego pblico causada por seus freqentadores, ainda que se encontrem no entorno de suas instalaes. Pargrafo nico. Comprovada a perturbao do sossego pblico pelos freqentadores, por meio de medio realizada pelo rgo municipal de meio ambiente, o estabelecimento sujeitar-se- multa e s demais penalidades previstas nesta lei complementar.

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SEO IV DA POLUIO DO SOLO E DO SUBSOLO

Art. 58. Considera-se poluio do solo e do subsolo, a disposio, descarga, infiltrao, injeo ou o enterramento, em carter temporrio ou definitivo, de substncias ou produtos poluentes, em qualquer estado fsico da matria. Pargrafo nico. A utilizao do solo e do subsolo para destinao de substncias ou produtos poluentes somente ser permitida com expressa autorizao do rgo municipal de meio ambiente. Art. 59. proibido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo, resduos poluentes em qualquer estado da matria, na forma estabelecida no art. 10 desta lei complementar. Art. 60. O solo somente poder ser utilizado para destino final de resduos de qualquer natureza, desde que sua deposio seja feita de forma tecnicamente adequada, estabelecida em projetos especficos de transporte e destino final, vedada a simples descarga ou depsito, seja em propriedade pblica ou particular. Pargrafo nico. Quando a disposio final exigir execuo de aterros sanitrios, devero ser tomadas medidas tecnicamente adequadas para a proteo das guas superficiais e subterrneas, obedecidas as determinaes dos rgos ambientais federal, estadual e municipal.

SEO V DA POLUIO POR RADIAO

Art. 61. So proibidos o armazenamento, o lanamento e a destinao final de resduos radioativos no Municpio. Pargrafo nico O armazenamento ser permitido nos casos previstos no artigo 64. Art. 62. O transporte de cargas perigosas e/ou radioativas, por via terrestre, area ou martima dever atender s normas de segurana vigentes, permanecendo no Municpio pelo tempo estritamente necessrio s operaes de carga e descarga. 1 O trfego de veculos com cargas perigosas e/ou radioativas dever restringir-se apenas Zona Porturia e aos corredores de acesso e sada do Municpio.
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2 A fiscalizao e o monitoramento de tais veculos em zonas no permitidas caber ao rgo municipal de trnsito. Art. 63. Nas edificaes em que exista forno, mquina, caldeira, estufa, fogo, forja ou outros aparelhos nos quais se produza ou concentre calor em nveis com potencial danoso qualidade de vida e ambiental, dever ser apresentado projeto de isolamento trmico tecnicamente adequado, alm das demais disposies pertinentes. Pargrafo nico. Os equipamentos a que se refere o caput devem ser instalados em locais adequados, oferecendo o mximo de segurana e conforto aos operadores e vizinhana, de forma a evitar acmulo de gases nocivos e altas temperaturas em reas vizinhas. Art. 64. O uso de substncias radioativas somente ser permitido s atividades do sistema de sade e s de cunho tcnico-cientfico, voltadas s reas de educao e de pesquisa, mantendo-se a emisso de partculas radioativas em nveis aceitveis pelos padres vigentes, sendo que, em nenhuma hiptese, podero comprometer a qualidade ambiental. Art. 65. Em rea onde ocorrer a presena de linhas de transmisso de energia no sero permitidas construes de habitaes, tampouco atividades agrossilviopastoris, na rea non aedificandi de pelo menos 30m (trinta metros) em relao ao eixo. Pargrafo nico. Cabe concessionria do servio de fornecimento de energia a adoo das posturas municipais voltadas proteo da fauna e da flora nativas. Art. 66. As estaes e torres de rdio, televiso, telefonia e congneres devero manter seus ndices de potncia de transmisso dentro dos padres permitidos pelos rgos competentes de telecomunicaes, assim como tambm devero dispor da documentao comprobatria da licena, potncia dos transmissores, localizao e quaisquer outras pertinentes.

SEO VI DA POLUIO VISUAL E DA PAISAGSTICA

Art. 67. proibida a pichao, a grafitagem ou os atos que, por qualquer meio, possam conspurcar imveis do patrimnio histrico, monumentos, mobilirio das praas, fontes e chafarizes, viadutos, pontes e pontilhes, casas, prdios, muros, caladas, canais de drenagem e outros bens pblicos ou particulares, sem autorizao do proprietrio. Pargrafo nico. Ficam os infratores sujeitos s penalidades cabveis, independente da indenizao pelas despesas e custos da restaurao.
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Art. 68. Compete Guarda Municipal e ao rgo municipal de fiscalizao de obras, a fiscalizao dos bens pblicos e particulares, respectivamente, citados no caput do artigo anterior. Pargrafo nico. A autuao atribuio do rgo municipal de fiscalizao de obras. Art. 69. vedada, aos estabelecimentos comerciais e s pessoas fsicas ou jurdicas em geral, a venda de tintas acondicionadas em recipientes de presso (tinta spray) para menores de 18(dezoito) anos de idade. 1 Cabe ao rgo municipal de fiscalizao de finanas o controle da comercializao da tinta spray. 2 Os estabelecimentos e pessoas mencionados no caput devero extrair nota fiscal ao consumidor na qual constar o nome e o endereo do adquirente. Art. 70. Fica o Municpio autorizado a permitir o uso, mediante instrumento especfico e aps anlise tcnica dos rgos municipais competentes, de espaos para publicidade em reas verdes, praas, jardins e outros logradouros pertinentes, atribuindo ao permissionrio, pessoa jurdica de direito privado ou pblico, o encargo de conservar e equipar os referidos logradouros. 1 O encargo da conservao e da implantao de equipamentos obedecer regulamento especfico e instrues do Poder Pblico Municipal. 2 As benfeitorias e equipamentos instalados pelo permissionrio incorporam-se, automaticamente, ao patrimnio municipal, sem qualquer nus ao Municpio. Art. 71. Podero ser coibidos, desde que devidamente fundamentado pelo rgo municipal de meio ambiente, excessos que causem poluio visual ou reao adversa, mesmo que potencial, coletividade, como nos casos de: a) luminosos intermitentes; b) luzes ofuscantes; c) meios de comunicao prejudiciais ao trnsito, segurana, sade e ao meio ambiente. Art. 72. Os espaos para publicidade sero proporcionais ao encargo, nos termos da legislao pertinente, prevista no Plano Diretor de Desenvolvimento e Expanso Urbana do Municpio.

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CAPTULO II DOS RESDUOS EM GERAL

Art. 73. O gerenciamento dos resduos, competncia do Municpio, ser planejado de forma integrada com o Estado e com os Municpios da Regio Metropolitana da Baixada Santista, aberto participao dos organismos da sociedade civil organizada e dos demais segmentos econmicos produtores e/ou responsveis pela gerao de resduos no Municpio. Art. 74. O gerenciamento dos resduos dever contemplar a fixao de diretrizes ambientais e processos de planejamento, licenciamento, controle, monitoramento e fiscalizao observando prioritariamente: I normas tcnicas e legislao vigentes; II - eliminao dos prejuzos ao meio ambiente e populao; III - reduo da gerao dos resduos slidos e conseqente ampliao da capacidade de aterros sanitrios; IV - recuperao de reas degradadas pela deposio inadequada ou pela disposio de resduos; V - implementao de processos de reutilizao e reciclagem de materiais e de compostagem de matria orgnica, por meio da implantao de usinas, centrais ou oficinas de arte e de educao no Municpio; VI - promoo da educao ambiental; VII - promoo de pesquisa e repasse de novas tecnologias e mtodos para soluo dos problemas e reduo dos resduos por intermdio de parcerias e cooperaes com rgos tcnicocientficos, universidades e outros. 1 O rgo municipal de meio ambiente implementar o Plano de Gerenciamento de Resduos Urbanos, Programas e Projetos que promovam aes e contemplem solues integradas para os problemas de resduos slidos, equacionando os problemas de ordem social, educacional e de sade relacionados questo, notadamente coleta geral e seletiva, manipulao, ao acondicionamento, ao transporte, ao armazenamento, reutilizao, reciclagem, comercializao, ao pr-industrializao, industrializao, compostagem, incinerao, ao tratamento e disposio final.

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2 Podero ser concedidos incentivos fiscais e financeiros ou qualquer outro meio de incentivo s organizaes, entidades, empresas, associaes, cooperativas, instituies pblicas ou privadas que participem de Planos, Programas ou Projetos previstos no pargrafo anterior, por meio de parcerias e/ou cooperao. Art. 75. Todo resduo gerado no territrio do Municpio dever ser submetido segregao, acondicionamento, coleta, transporte, triagem, classificao, tratamento e destinao final de forma a prevenir danos ao meio ambiente e sade pblica. 1 Quando no for de responsabilidade do Municpio, o tratamento, o transporte e a disposio de resduos de qualquer natureza, provenientes de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestao de servios, devero ser realizados pelos geradores dos resduos. 2 Todo gerador responsvel pelo resduo que produz. 3 A execuo, pelo Municpio, dos servios mencionados no pargrafo anterior, no eximir a responsabilidade dos geradores dos resduos quanto eventual transgresso das normas desta lei complementar. 4 Os resduos que, segundo as normas tcnicas vigentes, so classificados como patognicos, txicos, inflamveis, explosivos e reativos devero ser objeto de tratamento e/ou acondicionamento tecnicamente adequado previsto em projeto especfico a ser apresentado por seus geradores, analisado e aprovado pelo rgo municipal de meio ambiente. 5 vedada a disposio de resduos de alta toxicidade no territrio do Municpio. 6 O disposto neste artigo aplica-se tambm aos lodos, digeridos ou no, de sistemas de tratamento de resduos e de outros materiais. 7 O responsvel pela degradao e/ou contaminao de rea, em razo da atividade econmica exercida, da ocorrncia de acidente ambiental, ou da disposio de resduos slidos, dever promover a sua recuperao ou a sua remediao, observados os procedimentos especficos do rgo competente. Art. 76. O trfego de veculos com resduos perigosos ou de alta toxicidade dependero de prvia autorizao dos rgos ambientais competentes.

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SEO I DOS RESDUOS SLIDOS

Art. 77. O gerenciamento dos resduos slidos gerados no Municpio dever atender ao que determina o Plano de Gerenciamento de Resduos Urbanos, sem prejuzo do estabelecido nas legislaes estadual e federal. Art. 78. de responsabilidade do Poder Pblico Municipal o gerenciamento dos resduos: I - domiciliares; II - gerados por estabelecimentos comerciais, prestadores de servio e congneres, at o limite de 1m3 (um metro cbico) dirio; III - gerados pela construo civil e de demolio at 1m3 (um metro cbico) por semana; IV - de limpeza pblica, incluindo mercados e feiras livres; V - dos servios de poda e jardinagem de reas pblicas; VI - dos servios de poda e jardinagem de reas privadas at o limite de 1m3 (um metro cbico) por semana, dispostos em sacos que no ultrapassem 50 kg (cinqenta quilogramas) cada; VII dos resduos volumosos domiciliares. 1 A coleta e destinao final dos resduos mencionados neste artigo sero executadas pelo Poder Pblico Municipal, direta ou indiretamente. 2 vedado o uso de recipientes de madeira para o acondicionamento de resduos slidos. 3 Todo o recipiente utilizado para acondicionamento de resduos dever atender s normas tcnicas da ABNT. 4 Nas feiras livres, em que se verifique a oferta de gneros alimentcios, hortifrutigranjeiros ou quaisquer outros produtos prprios de abastecimento, obrigatria a colocao de 01 (um) recipiente para coleta de resduos por banca instalada, em local visvel e de fcil acesso aos usurios. Art. 79. responsabilidade do Poder Pblico Municipal a criao, a organizao e a atualizao de cadastro que conter informaes sobre a rede de coleta existente no Municpio dos seguintes resduos: pilhas, baterias, lmpadas fluorescentes, pneus, embalagens de produtos qumicos, agrotxicos, tintas, solventes, leos, graxas e outros que necessitem de procedimentos especiais. 1 O referido cadastro dever ser disponibilizado por todos os meios aos muncipes e interessados.
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2 Caber ainda ao Poder Pblico a fiscalizao e o monitoramento da rede de postos de coleta garantindo seu adequado funcionamento. Art. 80. A instalao e a atividade de pessoas fsica ou jurdica atuantes na rea de resduos slidos devero ser organizadas, licenciadas, implantadas e operadas em conformidade com a legislao em vigor, mediante anlise e aprovao do rgo municipal de meio ambiente. Art. 81. de responsabilidade do gerador de resduos a elaborao prvia de um Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos - PGRS a ser aprovado pelo rgo municipal de meio ambiente, por ocasio do processo de licenciamento ambiental e na solicitao do alvar de funcionamento nos seguintes casos: a) resduos de estabelecimentos comerciais, prestadores de servio e congneres que ultrapassem 1m3 (um metro cbico) dirio; b) resduos da construo civil que ultrapassem 1m3 (um metro cbico) por semana; c) resduos dos servios de sade; d) resduos industriais; e) resduos agrcolas; f) resduos de portos, aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios. Pargrafo nico. No caso dos resduos mencionados no art. 78 a responsabilidade dos geradores recai nos procedimentos de segregao na fonte, acondicionamento e disponibilizao para coleta nos horrios e locais disponibilizados pelo Poder Pblico Municipal. Art. 82. expressamente proibida a deposio de resduos de qualquer natureza em terrenos baldios, logradouros pblicos, praias, canais de drenagem de guas pluviais, bem como em reas de preservao. Pargrafo nico. de responsabilidade do possuidor ou proprietrio do imvel, ou de seu sucessor a qualquer ttulo, a conservao dos quintais, ptios, prdios e terrenos, em perfeito estado de asseio. Art. 83. A responsabilidade do gerador de resduos classificados como perigosos recai nos elementos integrantes da cadeia de produo e comercializao desses produtos, no tocante aos procedimentos de segregao, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento,

descontaminao, e eventual aproveitamento ou destinao final.

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Art. 84. Todo e qualquer estabelecimento que comercialize, manipule ou preste servio pneumtico fica obrigado a manter os pneus inservveis em local seguro e coberto, para o armazenamento temporrio desses produtos, enquanto aguardam encaminhamento para destinao final, nos termos da legislao vigente. Art. 85. Os resduos slidos domiciliares, orgnicos e/ou reciclveis, devero ser previamente acondicionados em recipientes fechados e depositados na calada fronteiria ao imvel gerador, com antecedncia de at 60 (sessenta) minutos do horrio previsto para o servio de coleta urbana. 1 O Poder Pblico Municipal divulgar os itinerrios e os respectivos horrios das coletas de resduos slidos domiciliares em geral, seletiva de materiais reciclveis e outras. 2 No permitida a deposio de resduos aps a passagem do veculo coletor. Art. 86. O proprietrio, detentor ou condutor de ces, gatos e outros animais de estimao responsvel pelo recolhimento das fezes excretadas em logradouro pblico, bem como pelo seu descarte em recipiente de lixo. Pargrafo nico. Compete Guarda Municipal de Santos a fiscalizao quanto ao cumprimento do disposto no caput. Art. 87. proibido lanar dejetos resultantes de fezes de animais na rede de guas pluviais, carreados por meio da lavagem de quintais e caladas dos imveis. Art. 88. Qualquer servio de coleta de resduos slidos somente poder ser iniciado, no Municpio, por empresa previamente cadastrada e autorizada pelo rgo municipal de meio ambiente.

SEO II DOS RESDUOS REAPROVEITVEIS

Art. 89. proibido o descarte de pilhas e baterias compostas de chumbo, cdmio, mercrio e seus derivados, bem como os produtos eletro-eletrnicos, que as contenham integradas em sua estrutura de forma no substituvel, lmpadas fluorescentes, frascos de aerosis e quaisquer outras substncias classificadas como perigosas no lixo domiciliar, em corpos dgua, logradouros pblicos, aterros sanitrios, bem como em quaisquer outros locais, salvo aqueles permitidos pelo rgo municipal de meio ambiente.
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1 Os estabelecimentos que comercializem os produtos descritos no caput, bem como a rede de assistncia tcnica autorizada pelos fabricantes e importadores desses produtos, ficam obrigados a receber as unidades usadas, que possuam caractersticas idnticas ou similares quelas por eles vendidas, visando a sua correta destinao. 2 As pilhas e baterias devolvidas sero acondicionadas adequadamente e armazenadas de forma segregada, obedecidas as normas ambientais, de sade pblica e as recomendaes definidas pelos fabricantes ou importadores, para posterior remessa a estes. 3 A reutilizao, a reciclagem, o tratamento e a disposio final das pilhas e baterias realizados diretamente pelo fabricante ou por terceiros devero ser processados de forma tecnicamente segura e adequada, evitando-se riscos sade e ao meio ambiente, observadas as normas relativas ao manuseio dos resduos, filtragem do ar, tratamento de efluentes e cuidados com o solo e o subsolo. 4 As pilhas e baterias que atenderem a reduo dos teores dos limites de composio qumica ou a substituio das substncias txicas potencialmente perigosas, estabelecidas pela legislao federal, podero ser dispostas juntamente com os resduos slidos, em aterros sanitrios

licenciados. Art. 90. Os estabelecimentos que distribuam e/ou comercializem lmpadas fluorescentes, tubulares, compactas ou outro modelo que venha a ser criado, devero receber as unidades descartadas acondicionando-as nas mesmas condies de segurana em que foram recebidas do fabricante ou do distribuidor, para posterior encaminhamento reciclagem. 1 No acondicionamento do material descartado podero ser utilizados coletores especiais para o transporte das lmpadas descartadas, desde que garantidas as condies de segurana. 2 Os estabelecimentos referidos no caput sero responsabilizados pelo dano causado em virtude do vazamento do contedo das lmpadas, ocorrido no transporte do material. Art. 91. proibido o descarte e/ou lanamento de qualquer impresso, panfleto, folheto ou encarte em logradouros pblicos, corpos dgua, canais de drenagem de guas pluviais, bocas de lobo e reas de preservao. 1 O responsvel pela confeco do material dever fazer constar de seu texto a seguinte mensagem: No jogue este impresso em via pblica. 2 O descumprimento do disposto neste artigo poder acarretar, alm das penalidades previstas nesta lei complementar, a apreenso do material pelo rgo municipal competente.
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Art. 92. O exerccio da atividade de coleta de materiais reciclveis, nos logradouros pblicos, somente ser permitida por meio de autorizao e na forma estabelecida pelo Poder Pblico Municipal. Art. 93. O exerccio da atividade de coleta seletiva de materiais reciclveis nos logradouros pblicos, por meio de veculos no motorizados e credenciados, depender de autorizao especfica do Poder Pblico Municipal. 1 A autorizao de que trata o caput ser concedida pelo Municpio, mediante requerimento dirigido Secretaria Municipal de Assistncia Social, observados os seguintes requisitos: I - ser o coletor seletivo maior de 18 anos de idade, na data do requerimento; II - apresentar declarao de cesso de uso do veculo, fornecida por depsitos de materiais reciclveis ou por associaes ou cooperativas de catadores de materiais reciclveis, credenciados para a conduo dos veculos. 2 Deferida a autorizao, ser emitido crach de identificao, com as seguintes informaes: I nome e endereo completos e foto; II nmero de referncia de identidade ou outro documento oficial; III nmero da autorizao do coletor de materiais reciclveis e cpia da declarao de cesso de uso do veculo. 3 A autorizao isenta do pagamento de taxa ou de qualquer outro valor, conforme legislao municipal. 4 O catador de materiais reciclveis dever exercer sua atividade portando o crach de identificao, fornecido pela Secretaria Municipal de Assistncia Social. 5 O transporte de resduos slidos no reciclveis acarretar a apreenso do veculo e, em caso de reincidncia, a cassao da autorizao concedida ao catador. 6 proibido o exerccio da atividade de coleta de materiais reciclveis por meio de veculos de trao animal. 7. A Secretaria Municipal de Assistncia Social promover aes voltadas incluso social dos catadores de materiais reciclveis no Municpio, auxiliando nas campanhas educativas de incentivo coleta seletiva. Art. 94. O catador de materiais reciclveis fica responsvel pelo dano ambiental provocado em razo da irregular manipulao do lixo destinado coleta domiciliar, sujeitando-se s penalidades previstas nesta lei complementar.
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Art. 95. Ser permitido preferencialmente ao catador cadastrado de materiais reciclveis e vinculado a associaes ou cooperativas sem fins lucrativos o recolhimento do material reciclvel produzido em eventos e solenidades oficiais. Art. 96. Os depsitos de materiais reciclveis e as associaes ou cooperativas de catadores de materiais reciclveis sero responsveis pelos veculos utilizados na coleta seletiva, devendo possuir a declarao de concesso de uso dos veculos no motorizados registrados junto ao rgo municipal de trnsito, bem como atender aos seguintes requisitos: I - declarao de propriedade do veculo; II - declarao de concesso de uso do veculo; III - indicao de local apropriado para a disposio do material coletado e guarda do veculo, de acordo com a legislao de uso e ocupao do solo. Pargrafo nico. O descumprimento do disposto neste artigo sujeitar os depsitos de materiais reciclveis e as associaes ou cooperativas de catadores de materiais reciclveis s penalidades previstas nesta lei complementar. Art. 97. Compete ao rgo municipal de trnsito: a) o registro do veculo; b) a fiscalizao de sua circulao; c) a fiscalizao quanto ao estacionamento e a guarda do veculo credenciado, pelas vias pblicas; d) a regulamentao dos horrios e locais permitidos para a atividade de coleta seletiva de materiais reciclveis; e) as especificaes e dimenses dos veculos coletores; f) a aplicao das penalidades cabveis, no mbito de sua competncia; g) a definio de valores e demais taxas, decorrentes da apreenso do veculo. 1 Sero recolhidos ao ptio do rgo municipal de trnsito: I - os veculos abandonados em vias pblicas; II os veculos que transportarem materiais no reciclveis; III os veculos que transitarem sem autorizao ou sem a devida identificao. 2 A liberao do veculo apreendido ser feita mediante a apresentao do comprovante de recolhimento dos valores devidos em razo da apreenso e estadia. 3 O veculo apreendido que no for reclamado em at 10 (dez) dias teis da data da apreenso ser declarado abandonado.
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4 Decorridos 30 (trinta) dias da data da declarao de abandono, o veculo ser considerado coisa no reclamada, aplicando-se o disposto na Lei n 3.531, de 16 de abril de 1968. Art. 98. Compete ao rgo municipal de meio ambiente a fiscalizao do exerccio da atividade de coleta seletiva de materiais reciclveis. 1 Constatada a coleta de quaisquer materiais no reciclveis, caber ao rgo municipal de meio ambiente autuar o infrator e, concomitantemente, acionar o rgo municipal de trnsito para cumprimento do disposto no 1 do artigo anterior. 2 Identificado o solicitante do servio de coleta de resduo slido no reciclvel, o mesmo sujeitar-se- s penalidades previstas nesta lei complementar. Art. 99. O Poder Pblico Municipal promover o gerenciamento do servio de coleta seletiva, mediante a sua execuo direta ou indireta. 1. A coleta seletiva ser realizada porta a porta ou em PEVs, a serem instalados em pontos estratgicos no Municpio. 2. Os PEVs devero atender aos padres cromticos internacionalmente praticados. Art. 100. Ser permitida a insero de publicidade nos PEVs, nos veculos de recolhimento e transporte, uniformes dos coletores e separadores e recipientes de acondicionamento de materiais reciclveis, nos termos da legislao vigente. Pargrafo nico. Os recursos obtidos com a explorao publicitria sero revertidos ao Fundo Municipal de Preservao e Recuperao do Meio Ambiente. Art. 101. Os condomnios verticais e horizontais, residenciais ou comerciais, devero reservar rea destinada instalao de PEV, que dever ser adquirido para garantir a coleta seletiva dos resduos gerados pelos condminos. 1 A obrigao prevista no caput abrange prdios que possuam mais de 05 (cinco) andares e/ou nmero de apartamentos superior a 16 (dezesseis) unidades, edifcios comerciais com mais de 20 (vinte) salas ou conjuntos, shoppings centers, lojas de departamentos, supermercados, reparties pblicas municipais e demais edificaes destinadas s atividades recreativas,

esportivas, culturais, institucionais e religiosas, alm de equipamentos instalados de forma provisria ou em carter sazonal. 2 A instalao do PEV dever observar as disposies do Cdigo de Edificaes no Municpio e as demais normas tcnicas vigentes. 3 Fica estabelecido o prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data da publicao desta lei complementar, para o cumprimento do disposto neste artigo.
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4 Anualmente o Municpio conceder certificado denominado Selo Verde, com o objetivo de incentivar a reciclagem e o recolhimento do lixo seletivo nos condomnios. Art. 102. Os servios de coleta seletiva, transporte, separao, acondicionamento, comercializao, pr-industrializao e industrializao de materiais reciclveis, quando no executados pelo Municpio, podero ser prestados por: I empresas licenciadas para tal finalidade; II por organizaes da sociedade civil, cooperativas sociais ou entidades congneres, devidamente registradas no Municpio e no Conselho Municipal de Assistncia Social, quando a sua natureza assim exigir. 1 Na hiptese dos servios referidos no caput serem realizados pelo Municpio ou por meio de convnios, os recursos obtidos com a venda de materiais reciclveis sero revertidos ao Fundo Municipal de Preservao e Recuperao do Meio Ambiente, com vistas manuteno dos Programas de Reciclagem de Materiais e de Preservao Ambiental, e aos projetos dirigidos aos usurios do Programa de Sade Mental. 2 Caber ao rgo municipal de meio ambiente o acompanhamento e a avaliao da execuo do Programa de Reciclagem de Materiais. 3 A execuo dos servios de separao e acondicionamento de materiais reciclveis dever garantir, no mnimo, 55 (cinqenta e cinco) vagas remuneradas aos usurios em processo de reabilitao do Programa de Sade Mental. 4 Os executores do Programa de Sade Mental realizaro a seleo, o acompanhamento, a avaliao e a dispensa dos usurios envolvidos nos servios referidos no pargrafo anterior. Art. 103. O Poder Pblico Municipal criar e manter banco de dados das empresas e instituies licenciadas na rea de reciclagem de materiais, disposio dos interessados.

SEO III DOS RESDUOS SLIDOS DA CONSTRUO CIVIL

Art. 104. O Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos Slidos da Construo Civil estabelece as diretrizes, os critrios e os procedimentos tcnicos para a gesto dos resduos gerados pela atividade, bem como disciplina as aes necessrias de forma a minimizar os impactos ambientais, em conformidade com o sistema de limpeza urbana local, nos termos desta lei complementar.
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Pargrafo nico. O Plano referido no caput contempla o desenvolvimento da funo social da cidade e da propriedade urbana, nos termos do Estatuto da Cidade e das diretrizes emanadas pelo CONAMA, compreendendo: I o Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil; II o Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil. Art. 105. O Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil compreende a disciplina de tcnicas e procedimentos para o exerccio das responsabilidades dos pequenos geradores. Pargrafo nico. Consideram-se pequenos geradores os que produzam resduos da construo civil, cuja quantidade no exceda ao volume de 1m3 (um metro cbico)/semana. Art. 106. O pequeno gerador ser atendido por servio especfico de coleta, transporte e destinao final, a ser disponibilizado pelo Municpio. Pargrafo nico. O gerador referido no caput dever disponibilizar os resduos de modo a segreg-los por tipo produzido, acondicionando-os em sacos devidamente fechados, dispostos e agrupados para a coleta pblica. Art. 107. O gerador que produzir resduo acima de 1m3 (um metro cbico)/semana dever se responsabilizar pela coleta e destinao final , mediante a contratao de transportador cadastrado no Municpio. Art. 108. O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil ser elaborado e implementado pelos grandes geradores e ter como objetivo estabelecer os procedimentos necessrios ao manejo e destinao dos resduos, de forma ambientalmente adequada. 1 O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil para empreendimentos e atividades dever ser apresentado com o respectivo requerimento de licena, para anlise pelo rgo municipal de meio ambiente, mesmo quando no enquadrados na legislao como sujeitos ao licenciamento ambiental. 2 A aprovao do Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil condio necessria expedio de alvar para edificao, reforma ou demolio. 3 O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, devidamente aprovado, dever ser afixado em local visvel na sede da empresa ou no local da obra. Art. 109. O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil dever conter os seguintes documentos: I - uma cpia do projeto arquitetnico;
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II - trs cpias da Planilha Descritiva de Resduos da Construo Civil e do Cronograma de Remoo de Resduos, conforme Anexos V e VI, que integram esta lei complementar. Art. 110. O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil dever contemplar as seguintes etapas: I - caracterizao: o gerador dever identificar e qualificar os resduos; II - triagem: dever ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou nas reas de destinao licenciadas para essa finalidade, respeitadas a classificao dos resduos, prevista em Resoluo do CONAMA; III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resduos aps a gerao at a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possvel, as condies de reutilizao e de reciclagem; IV transporte: dever ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas tcnicas vigentes para o transporte de resduos; V - destinao: dever ser destinado de acordo com a sua classificao, nos termos da Resoluo CONAMA, obedecendo-se os seguintes critrios: a) Classe A: reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados reas de disposio de resduos da construo civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilizao ou reciclagem futura; b) Classe B: reutilizados, reciclados ou encaminhados reas de armazenamento temporrio, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilizao ou reciclagem futura; c) Classe C: armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas tcnicas especficas; d) Classe D: armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas tcnicas especficas. Art. 111. Os resduos da construo civil gerados em obras podero ser reutilizados desde que conste no Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil a especificao do local de destino, o volume a ser disposto e a forma de transporte que ser utilizada. 1 Os resduos podero ser estocados temporariamente nas obras em que foram gerados ou reutilizados imediatamente em outras obras, sendo vedado o depsito temporrio em reas no licenciadas para essa finalidade. 2 O construtor ou responsvel dever manter em perfeito estado de limpeza o trecho do logradouro compreendido pela obra, enquanto durar sua execuo.
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Art. 112. O responsvel por obra geradora de resduos da construo civil classificados como Classes A e B dever apresentar o plano de estocagem, reutilizao ou destinao final, junto ao rgo municipal de meio ambiente. Art. 113. O rgo municipal de meio ambiente poder solicitar laudo da CETESB para os resduos classificados como Classe D, a ser providenciado pelo prprio gerador. Art. 114. Os resduos da construo civil no podero ser dispostos em aterros de resduos domiciliares, em reas de bota-fora, em encostas, em corpos dgua, em lotes vagos ou em reas protegidas por lei. Art. 115. O Municpio manter reas prprias ou indicar alternativas adequadas disposio final dos resduos da construo civil. Pargrafo nico. O Municpio poder implantar pontos de entrega para a disposio de resduos da construo civil em pontos de entrega, caso o seu volume e o interesse pblico assim justifiquem. Art. 116. A implantao, a operao e o controle dos pontos de entrega referidos no artigo anterior, bem como das reas de disposio e de beneficiamento de resduos slidos da construo civil sero regulamentados pelo Poder Executivo. Pargrafo nico. A implantao e a operao das reas referidas nesta Seo sujeitam-se ao licenciamento junto aos rgos competentes. Art. 117. O Municpio poder transferir iniciativa privada, mediante concesso, a implantao e o gerenciamento de reas de triagem e transbordo, de beneficiamento, de reciclagem e/ou disposio final de resduos, em reas pblicas ou privadas, nos termos da legislao vigente. Art. 118. Sem prejuzo de outras providncias junto aos demais rgos competentes, o servio de coleta, transporte e/ou reaproveitamento dos resduos slidos da construo civil depender de prvia identificao e inscrio do transportador no setor competente do Municpio, ressalvado o disposto no art. 106. 1 Nos casos de destinao final, reutilizao, reciclagem e beneficiamento de material para aproveitamento em local diverso do coletado, o rgo municipal de meio ambiente dever ser previamente comunicado. 2 Em todos os casos de servio de coleta e transporte, o transportador dever portar documentos comprovando: I - a inscrio municipal no ramo de atividade; II a identificao do gerador;
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III a data e o local da retirada; IV a natureza do resduo; V o destino final. Art. 119. Compete ao rgo municipal de meio ambiente a fiscalizao do exerccio da atividade de coleta e transporte de resduos slidos da construo civil. Art. 120. Compete ao rgo municipal de trnsito manter cadastro das pessoas fsicas ou jurdicas, inscritas como transportadores de resduos slidos da construo civil. Art. 121. Os proprietrios, possuidores, incorporadores e construtores de imveis geradores de resduos slidos da construo civil devero observar as obrigaes legais impostas aos prestadores de servios contratados para o servio de remoo, transporte e destinao, sob pena de configurao de responsabilidade solidria.

SEO IV DOS RESDUOS SLIDOS DOS SERVIOS DE SADE

Art. 122. Os geradores de Resduos Slidos dos Servios de Sade (RSSS) so obrigados a promover a segregao, o acondicionamento e o armazenamento interno e/ou externo dos resduos infectantes, bem como a sua entrega e coleta seletiva, na forma da legislao vigente. 1 Os geradores de RSSS devero apresentar e encaminhar, como documento integrante do processo de licenciamento ambiental, Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos dos Servios de Sade (PGRSSS) Secretaria Municipal de Sade que, aps anlise e manifestao, o remeter ao rgo municipal de meio ambiente, para cadastro e arquivamento. 2. Aprovado o PGRSSS, o gerador dever obedecer o prazo de cronograma para sua implantao. 3. A alterao do contedo ou do cronograma do PGRSSS dever ser previamente submetida aprovao dos rgos municipais de sade e de meio ambiente. 4 Observadas as leis e normas tcnicas vigentes, o acondicionamento de RSSS ser efetuado por meio de embalagens que contero o rtulo de identificao de material infectante, a capacidade em volume e o nome do gerador. 5 Os geradores de RSSS interessados em manter abrigo externo de resduos devero submeter o respectivo projeto aprovao do rgo municipal de meio ambiente, de acordo com as normas tcnicas e legislao correlata.
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Art. 123. O Poder Pblico Municipal poder proceder coleta seletiva, ao tratamento e destinao final de RSSS pertencentes ao Grupo A (Resoluo CONAMA), diretamente ou nos moldes do disposto no art. 102, na forma, perodo e horrio a serem definidos em regulamento. Pargrafo nico. O tratamento, o armazenamento e a disposio final de RSSS devero atender s normas tcnicas vigentes e ao disposto nesta lei complementar. Art. 124. Os servios de coleta, tratamento e destinao final, realizados por terceiros devero ser supervisionados pelo gerador, ficando este responsvel pelo cumprimento do PGRSSS. Art. 125. Os geradores de RSSS devero efetuar cadastro junto ao rgo municipal de meio ambiente, contendo: I identificao (CPF/CNPJ); II endereo do imvel e sua identificao quanto descrio do terreno e rea construda; III identificao, qualificao e endereo dos responsveis pelo estabelecimento; IV - identificao do(s) responsvel (eis) tcnico(s) pelo estabelecimento; V caractersticas dos resduos gerados; VI quantidade mensal estimada dos resduos gerados. Art. 126. A fiscalizao das disposies relativas aos RSSS ser exercida pelos rgos municipais de sade, de meio ambiente e demais rgos da administrao pblica, respeitada a respectiva rea de atuao. Art. 127. Ficam os geradores de RSSS sujeitos cobrana da Taxa de Coleta, Tratamento e Destinao Final dos RSSS, na forma da lei.

CAPTULO III DAS ATIVIDADES PORTURIAS, DAS RETROPORTURIAS E DAS NUTICAS

Art. 128. A instalao e o funcionamento das atividades porturias, retroporturias e nuticas devem atender legislao ambiental federal, estadual e municipal. Art. 129. As atividades porturias, retroporturias e nuticas devem contemplar em sua logstica operacional medidas de controle de poluio visando salvaguardar a integridade ambiental e a sade pblica quanto ao ar, solo, guas, rudos e radiaes.
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Art. 130. A instalao de novos terminais, depsitos ou tanques de produtos txicos, corrosivos, inflamveis e explosivos, assim como a ampliao dos j existentes, fica condicionada, a par das exigncias contidas na legislao municipal, apresentao, junto ao rgo municipal de meio ambiente, da seguinte documentao, conforme o caso: I Relatrio Ambiental Preliminar - RAP; II Estudo de Impacto Ambiental EIA; III Relatrio de Impacto Ambiental RIMA; IV Anlise Preliminar de Risco APR V Estudo de Anlise de Risco EAR; VI Plano de Ao de Emergncia PAE; VII Plano de Gerenciamento de Risco PGR; VIII Plano Integrado de Emergncia PIE. 1 O rgo municipal de meio ambiente, a qualquer momento e sempre que necessrio, poder solicitar, ainda, comprovantes de treinamento de funcionrios para situaes de emergncia e/ou de manuteno e integridade dos sistemas crticos ou outras medidas que se faam necessrias. 2. As empresas que armazenam e utilizam os produtos descritos no caput, para a produo, manuseio e manuteno dos produtos ligados sua atividade industrial e comercial, devero atender s disposies desta lei complementar, ficando sujeitas realizao de auditorias ambientais peridicas ou eventuais. Art. 131. A estocagem de cargas perigosas fica condicionada prvia e obrigatria comunicao ao rgo municipal de meio ambiente. Art. 132. obrigatria a utilizao de barreiras de conteno, ou outros procedimentos, por embarcaes atracadas no porto do Municpio, durante as operaes de abastecimento e de carga e descarga de granis lquidos derivados de petrleo e produtos potencialmente poluidores, bem de abastecimento de leo. Art. 133. O licenciamento de locais destinados ao depsito ou conserto de contineres ou ptio de transportadoras fica condicionado, ouvido o rgo municipal de trnsito, existncia de espao interno destinado ao estacionamento e parada de caminhes de carretas, suficiente para o atendimento da frota ou de clientes autnomos, de forma a evitar filas ou acmulo de veculos de carga nos logradouros do entorno.

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Art. 134. O trfego e a rota de veculos de carga com contineres no permetro urbano, bem como na regio dos morros do Municpio, sero definidos pelo rgo municipal de trnsito. Art. 135. A construo, reforma ou ampliao de estruturas de apoio s embarcaes e das que lhes forem conexas, ficam sujeitas anlise e aprovao do rgo municipal de meio ambiente e s exigncias de mbito federal e estadual. Art. 136. Para efeito do licenciamento previsto nesta lei complementar consideram-se estruturas de apoio nutico aquelas construdas nos corpos dgua, a partir da linha limite com a parte seca, assim classificadas: I - Pequenas Estruturas de Apoio PEAs; II - Mdias Estruturas de Apoio MEAs; III - Grandes Estruturas de Apoio GEAs. Art. 137. O licenciamento, qualquer que seja o porte da estrutura de apoio nutico, fica condicionado anlise prvia do projeto e do local de sua implantao, podendo ser solicitada a apresentao do Relatrio Ambiental Preliminar RAP. Pargrafo nico. Para o de licenciamento de GEAs obrigatria a apresentao de Estudo de Impacto Ambiental EIA, do Relatrio de Impacto Ambiental RIMA, do estudo hidrogeolgico ou de qualquer outro documento pertinente atividade, os quais podero, a critrio do rgo municipal de meio ambiente, ser solicitados para a aprovao das demais estruturas de apoio.

CAPTULO IV DOS POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTVEIS E DE REVENDA DE GLP

Art. 138. Ficam os proprietrios de postos de servio e abastecimento de veculos, alm dos estabelecimentos que mantenham depsitos de inflamveis, obrigados a apresentar, a cada 5 (cinco) anos, laudo das condies de estanqueidade e de suas instalaes subterrneas, ou quando se fizer necessrio, a critrio do rgo municipal de meio ambiente. 1 O laudo a que se refere o caput dever ser elaborado de acordo com as normas tcnicas vigentes.

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2 Os ensaios de estanqueidade devero ser executados por profissional qualificado e por meio de procedimentos padronizados compatveis com a metodologia empregada, devendo ficar disponveis para consulta do rgo municipal de meio ambiente. 3 A responsabilidade tcnica pela emisso do laudo de estanqueidade pertence ao executor do ensaio. 4 O laudo a que se refere o caput dever ser elaborado e assinado por tcnico capacitado, inscrito no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA, no qual dever constar claramente a condio de estanqueidade do tanque e o nmero da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART. Art. 139. Os equipamentos e sistemas importados, utilizados na atividade prevista neste Captulo, devem ser, no mnimo, certificados no pas de origem por rgo oficial, devidamente reconhecidos pelo rgo padronizador nacional. Art. 140. Os operadores dos postos de servio devero adotar, manter e operar mtodos e sistemas de deteco e vazamentos dos tanques e suas tubulaes. Pargrafo nico. Entende-se como operador o representante local do proprietrio do posto de servio. Art. 141. O operador do posto, constatado o vazamento de combustvel, dever informar a ocorrncia imediatamente distribuidora e aos rgos pblicos competentes, tais como o Corpo de Bombeiros, a CETESB e o rgo municipal de meio ambiente, visando a adoo das medidas de proteo populao e ao meio ambiente. Art. 142. A implantao dos sistemas de controle na deteco de vazamentos de combustveis dever seguir as exigncias contidas nas normas tcnicas vigentes. Pargrafo nico. Os postos de servio e abastecimento de veculos devero prever procedimentos baseados nas normas tcnicas vigentes que visem evitar riscos de vazamento do produto estocado para o subsolo. Art. 143. As instalaes nas quais sejam executados servios de lavagem de veculos devero dispor de cmaras ou dispositivos que impeam a perturbao ao sossego e sade da populao causada pela gerao de rudos e emisso de aerodispersides txicos irritantes, alergnicos, odorferos ou causadores de quaisquer outros incmodos que possam induzir a queda da qualidade de vida.

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Art. 144. Os postos de servio, de abastecimento e/ou lavagem de veculos devem observar as exigncias estabelecidas por normas de segurana das concessionrias, da ABNT e dos rgos regulamentadores, alm das seguintes disposies: I - serem isolados de qualquer compartimento de uso residencial; II - possuirem instalaes que possibilitem a operao com veculos dentro do prprio terreno; III - possuirem canaletas destinadas coleta das guas superficiais em toda a extenso do alinhamento, convergindo para grelhas coletoras e caixas de areia em nmero capaz de evitar a passagem das guas e resduos de combustveis para os logradouros e sistemas de drenagem pblica; IV conduzirem as guas de lavagem canalizadas para caixa(s) separadora(s), antes do

lanamento rede de esgotos; V revestirem as reas de lavagem, abastecimento e troca de leo com material que no permita a impregnao ou a percolao no solo por produtos qumicos, devendo os pisos serem antiderrapantes e impermeveis; Art. 145. A rea destinada s unidades abastecedoras dever ser coberta. Art. 146. So proibidas a instalao e a operao de bombas do tipo auto-servio nos postos de servio e abastecimento de veculos instalados no Municpio de Santos.

TTULO II DA EXPLORAO DOS RECURSOS NATURAIS

Art. 147. O gerenciamento dos recursos naturais no Municpio visa a conservao e a economia dos recursos no renovveis e da energia por eles gerada, promovendo aes locais e de alcance global, minimizando os impactos ambientais e propiciando o equilbrio ecolgico, de forma a contemplar: I a utilizao de energias alternativas, a exemplo da solar e da elica; II a utilizao das guas pluviais e a economia de gua potvel; III - a preveno de enchentes; IV o estabelecimento de nveis mnimos de permeabilidade do solo para conservao do ciclo das guas;

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V a reutilizao adequada e segura sade pblica das guas servidas para o consumo em servios gerais de limpeza, irrigao, rega, manuteno, obras em geral, com economia de gua potvel; VI o controle, a conservao e o monitoramento de reas de risco ao equilbrio ecolgico; VII a reduo, a reutilizao, a reciclagem, o tratamento e a disposio final dos resduos.

CAPTULO I DOS RECURSOS HDRICOS

Art. 148. Depende de autorizao do Poder Pblico Municipal o uso das guas interiores subterrneas, superficiais, fluentes, emergentes ou em depsito, efetiva ou potencialmente utilizveis para o abastecimento pblico, sem prejuzo de outras licenas, concesses ou autorizaes necessrias, de acordo com a legislao federal e estadual vigente. Art. 149. Ficam vinculados ao procedimento de licenciamento ambiental municipal: I a implantao de empreendimento que demande a utilizao de recursos hdricos superficiais ou subterrneos; II a execuo de obras ou servios que possam alterar o regime, a quantidade e a qualidade dos recursos hdricos superficiais; III a execuo de obra destinada extrao de guas subterrneas; IV a execuo de obras, empreendimentos e atividades de desassoreamento, construes, reformas e ampliao de tanques, audes e barramentos de corpos dgua; V a derivao ou captao de gua de seu curso ou depsito, superficial ou subterrneo, para utilizao no abastecimento urbano, industrial, porturio, retroporturio, agropecurio e, a critrio do rgo municipal de meio ambiente, para qualquer outra finalidade; VI os lanamentos de efluentes nos corpos dgua. 1 O procedimento de licenciamento ambiental objeto deste artigo fica condicionado, quando couber, apresentao pelo empreendedor ou titular do direito de uso de concesso, autorizao, licena ou outorga do Departamento de guas e Energia Eltrica DAEE do Estado de So Paulo, ou seu substituto.

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2 Independem de autorizao do Poder Pblico Municipal ou de licenciamento ambiental municipal, as captaes de guas subterrneas em vazo inferior a 5 m3/dia (cinco metros cbicos por dia), no excluda a fiscalizao dos rgos pblicos municipais no que pertine quantidade e qualidade das guas superficiais e subterrneas captadas. Art. 150. Os sistemas de captao de guas objeto de autorizao do Poder Pblico Municipal e respectivo alvar de licena para abastecimento urbano, agropecurio, industrial, porturio e retroporturio, s sero permitidos nas Zonas de Conservao ZC e de Uso Agropecurio ZUA, nos termos da Lei Complementar que estabelece o Ordenamento do Uso e Ocupao do Solo da rea Continental do Municpio de Santos. Pargrafo nico. Os sistemas de captao de guas subterrneas para uso comercial ou de servios em qualquer rea do territrio do Municpio de Santos que no se destinem para consumo humano, podero realizar-se por meio de procedimento de licenciamento ambiental municipal. Art. 151. As guas destinadas ao consumo humano devero atender aos padres de potabilidade fixados na legislao sanitria. Art. 152. Quaisquer usos, obras, instalaes, empreendimentos ou atividades desenvolvidas nos crregos, valos de dreno, rios, riachos, ribeires, gamboas, lagos, lagoas, quedas dgua, cachoeiras, lenis freticos, no esturio ou em reas contguas a estes, ficam sujeitos apresentao de estudos ambientais para exame tcnico do rgo municipal de meio ambiente, tais como: relatrio ambiental preliminar, relatrio ambiental, relatrio de impacto ambiental, estudo de impacto ambiental, estudo hidrogeolgico, estudo sobre vazo e caracterizao do meio, diagnstico ambiental, plano de recuperao de rea degradada ou anlise preliminar de risco. Art. 153. A implantao de barragens, canais para navegao, hidrovias, sistemas de drenagem, irrigao, retificao de cursos dgua, aberturas de barras e embocadura, transposio de ecossistemas estuarinos, rios, bacias e diques ou atividades assemelhadas que possam causar efetiva ou potencial degradao do meio ambiente, ficam sujeitas apresentao de Relatrio Ambiental Preliminar RAP, a critrio do rgo municipal de meio ambiente. Pargrafo nico. Por fora do impacto proveniente das atividades referidas no caput podero ser exigidas uma ou mais medidas compensatrias previstas nesta lei complementar ou na legislao municipal que disciplina o ordenamento do uso e da ocupao do solo.
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Art. 154. A preservao e a conservao dos recursos hdricos implicam no uso racional e na manuteno do equilbrio fsico, qumico e biolgico destes, bem como na aplicao de medidas contra sua poluio. Art. 155. Na extrao de guas subterrneas ou superficiais ficam proibidas as alteraes fsicas ou qumicas que possam prejudicar as condies naturais dos aqferos ou do solo. Art. 156. A aduo de gua para uso domstico, comercial ou industrial, provenientes de poos ou fontes, no poder ser feita por meio de regos, valos de dreno ou canais abertos. Pargrafo nico. A implantao, a ampliao e o uso de adutores requer autorizao do Poder Pblico. Art. 157. Os poos ou fontes para abastecimento de gua domiciliar devero garantir sua qualidade dentro dos padres estabelecidos na legislao pertinente. Art. 158. Nos locais onde ocorrerem captaes de guas para o consumo humano, devero ser adotados os procedimentos necessrios a evitar a contaminao, a poluio ou o comprometimento significativo das caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas do corpo hdrico. Pargrafo nico. No podero ser descaracterizados a formao florstica e o estgio sucessional existentes no entorno das reas de captao de guas em um raio de 50m (cinqenta metros) ou de 100m (cem metros), no caso da largura do corpo dgua ser superior a 50m (cinqenta metros), sendo tolerados to-somente infra-estruturas e equipamentos inerentes e estritamente necessrios s atividades de captao. Art. 159. Os poos abandonados, temporria ou definitivamente, e as perfuraes ou escavaes realizadas para outros fins, que no a extrao de gua, devero ser adequadamente lacrados ou serem objeto de tratamento apropriado, de forma a evitar acidentes, contaminao ou poluio dos aqferos. Art. 160. Os projetos de disposio de resduos slidos no solo devem conter descrio detalhada da caracterizao hidrogeolgica de sua rea de localizao, que permita a perfeita avaliao da vulnerabilidade das guas subterrneas e das medidas de proteo a serem adotadas. Art. 161. No permitido fomentar, direta ou indiretamente, a lixiviao, a percolao, o carreamento ou o descarte de substncias ou de materiais provenientes de depsitos de resduos slidos urbanos, porturios, retroporturios ou industriais para qualquer corpo hdrico ou ecossistema estuarino ou marinho.
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Art. 162. Podero ser solicitados ao empreendedor ou ao titular do direito de uso do corpo hdrico, documentos que comprovem a sua concesso, autorizao, licena ou outorga, bem como estudos ambientais, projetos, planos e esclarecimentos relativos aos recursos hdricos. Art. 163. No controle dos recursos hdricos, a Prefeitura dever tomar as seguintes providncias: I promover a realizao de estudos, objetivando solues racionais sobre o controle de cheias em reas crticas; II promover o monitoramento e controle das condies de instalao de canalizaes ou de adutoras, que transportem substncias consideradas nocivas sade e ao meio ambiente; III compatibilizar as aes de preservao dos recursos hdricos e as de proteo ao meio ambiente com o uso e ocupao do solo e o desenvolvimento scio-econmico. Art. 164. Todas as bicas ou aqferos naturais, de rochas fraturadas ou confinadas de uso comum, devero ser cadastrados pelo rgo municipal de meio ambiente, cabendo ao rgo municipal de sade o monitoramento das caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas das guas para eventual liberao para consumo humano. 1 Cabe ao rgo municipal de meio ambiente a proteo dos aqferos, cabendo Guarda Municipal ao supletiva. 2 Dever ser adotada sinalizao de advertncia junto s bicas ou aqferos quando a gua encontrar-se imprpria para o consumo.

CAPTULO II DA EXTRAO E DO TRATAMENTO DE MINERAIS

Art. 165. As atividades extrativistas minerais com fins comerciais mencionadas neste captulo referem-se s jazidas de substncias minerais classificadas como Classe II pelo Cdigo de Minerao Federal e legislao correlata. Art. 166. A extrao mineral fica restrita Zona de Suporte Urbana - ZSU da rea de expanso urbana do Municpio de Santos, conforme disciplina a Lei Complementar que estabelece o ordenamento do uso e ocupao do solo da rea Continental do Municpio de Santos. Pargrafo nico. Excepcionalmente, visando fins cientficos, poder haver atividade extrativista mineral fora da rea referida no caput para elaborao de estudo ambiental ou pesquisa mineral, desde que precedida de manifestao favorvel do Poder Pblico.
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Art. 167. As atividades extrativistas minerais com fins comerciais podero ter incio aps a obteno do Registro de Licenciamento junto ao Departamento Nacional de Produo Mineral DNPM, da Licena expedida pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB, da autorizao do rgo municipal de meio ambiente e do Alvar de Localizao e Funcionamento. Art. 168. As atividades de aproveitamento de substncias minerais garimpveis, a lavra, a faiscao e a cata dependem de permisso, concesso ou licena do Poder Pblico e alvar municipal, independentemente de sua localizao. Art. 169. As autorizaes de pesquisa mineral devero ser requeridas pelo empreendedor ou pelo titular do registro de licenciamento, ficando adstritas rea mxima de 50 (cinqenta) hectares. Pargrafo nico. A reduo da rea de requerimento ou de registro de licenciamento depender de expressa manifestao do requerente. Art. 170. A aprovao do alvar municipal para atividades extrativistas minerais com fins comerciais fica condicionada anlise e apresentao de parecer tcnico pelo rgo municipal de meio ambiente, manifestao dos demais rgos municipais conforme as caractersticas do projeto ou atividade, e quando couber, ouvido o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA. Art. 171. Para o procedimento de licenciamento ambiental municipal de atividades extrativistas minerais devero ser apresentados o Estudo de Impacto Ambiental - EIA, o Relatrio de Impacto Ambiental - Rima e o Plano de Recuperao de rea Degradada - PRAD. Pargrafo nico. Podero ser solicitados o Relatrio de Controle Ambiental - RCA e o Plano de Controle Ambiental - PCA, como alternativas de estudo ambiental a serem apresentadas, de acordo e na forma prevista pela legislao vigente. Art. 172. A recuperao do stio degradado pela atividade extrativista mineral dever ter por objetivo seu retorno ao estado original ou possibilitar formas de utilizao do local de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, com vistas obteno da estabilidade do meio ambiente. Pargrafo nico. O Poder Pblico poder solicitar a apresentao de um novo PRAD para aprovao em detrimento do anteriormente encaminhado. Art. 173. O prazo da Licena Ambiental ou do Alvar de Localizao e Funcionamento contado a partir da data de sua expedio, salvo se outra data estiver disposta expressamente.
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Pargrafo nico. O prazo dever estar em consonncia quele fixado pelo DNPM ou como dispuser a legislao pertinente. Art. 174. Ao ser concedida a Licena Ambiental ou o Alvar de Localizao e Funcionamento, os rgos municipais de obras e/ou ambiental e de Defesa Civil podero estabelecer medidas de segurana e impor a interdio das atividades se constatado que a explorao mineral acarreta perigo ou dano vida ou propriedade de terceiros. Art. 175. No sero permitidas atividades extrativistas montante da captao de qualquer corpo d'gua, tampouco distncia mnima de 400m (quatrocentos metros) da mesma ou distncia mnima de 1.000m (mil metros) de habitaes ou aglomeraes urbanas existentes. Art. 176. Escavaes, sondagens, obras ou infra-estruturas de apoio s pesquisas, explorao de minerais ou seu beneficiamento, devero levar em considerao tcnicas de estabilidade e segurana do entorno, preservao dos corpos d'gua e proteo ambiental. Art. 177. No ser permitida a explorao de substncias minerais quando oferecer perigo estabilidade de pontes, pontilhes, muralhas ou de qualquer obra construda sobre o leito de rios ou nas margens dos corpos dgua. Art. 178. O empreendedor dever executar obras e promover as medidas necessrias para garantir o escoamento das guas pluviais ou de outra origem para o destino apropriado se, em conseqncia das atividades de explorao mineral, forem feitas escavaes que determinem formaes de bacias ou lodaais onde as mesmas possam se acumular. Art. 179. So deveres do permissionrio ou do titular da concesso de lavra, bem como daquele matriculado para o trabalho individual de faiscao ou cata: I - executar os trabalhos de minerao com observncia das normas regulamentares; II - confiar a direo dos trabalhos de lavra a tcnico legalmente habilitado ao exerccio da profisso; III - diligenciar no sentido de compatibilizar os trabalhos de lavra com a proteo ao meio ambiente; IV - evitar o extravio das guas servidas, drenar e tratar as que possam ocasionar danos a terceiros ou ao meio ambiente; V - adotar as providncias exigidas pelo Poder Pblico; VI - responder pelos danos causados a terceiros ou ao meio ambiente resultantes, direta ou indiretamente, dos trabalhos de beneficiamento, lavra, faiscao ou cata.
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CAPTULO III DAS PRAIAS

Art. 180. proibida a construo de edificaes privadas na orla. 1. Na zona entre-mars junto faixa de areia sero permitidas excepcionalmente estruturas necessrias proteo da vida, da sade pblica e do meio ambiente. 2. Tambm poder ser permitida a instalao de equipamentos permanentes na orla nos casos de interesse social ou utilidade pblica, mediante a apresentao de estudo ambiental pertinente e com pareceres favorveis: a) dos rgos pblicos estaduais e federais, de acordo com a legislao vigente; b) do rgo municipal de meio ambiente e demais rgos municipais, conforme as especificaes de cada projeto; c) do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA. Art. 181. Para a instalao de circos, parques de diverso, palcos para shows, eventos folclricos, religiosos, tursticos, de lazer ou qualquer outro que resulte em instalao temporria de equipamento na orla, necessria manifestao favorvel dos rgos municipais de obras, de finanas, de sade e de meio ambiente. Pargrafo nico. Devero ser atendidas as determinaes tcnicas provenientes das unidades citadas no caput, a qualquer tempo, a fim de garantir a segurana, as condies sanitrias, o bemestar e o sossego pblicos e a proteo ambiental, sob pena de multa, interdio, embargo e/ou demolio ou remoo, sem prejuzo da apurao da responsabilidade quanto a danos causados coletividade. Art. 182. Para a instalao de chuveiros, lixeiras fixas, equipamentos de esporte e de lazer, dutos e infra-estrutura de transposio necessria a manifestao dos rgos municipais de obras e de meio ambiente. Art. 183. Nas praias, a colocao de aparelhos e de quaisquer dispositivos para a prtica de esportes, equipamentos tursticos e culturais, s poder ser permitida, a ttulo precrio, em locais previamente delimitados pelos rgos municipais competentes. Art. 184. proibido o acesso e o estacionamento de veculos automotores em toda a extenso da faixa de areia da praia exceto, mediante autorizao do Poder Pblico e to-somente pelo tempo necessrio para a concluso dos trabalhos, para servios ambientais e de limpeza urbana, de sade, policial, de salvamento, de operao e fiscalizao de trnsito, de operao de comportas,
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para carga e descarga de estruturas e barracas, de aparelhos e dispositivos para a prtica de esportes, equipamentos tursticos e culturais. Pargrafo nico. permitido o uso de veculos apropriados circulao na areia pela Guarda Municipal de Santos na orla, no exerccio de suas funes. Art. 185. proibido o passeio, o transporte ou qualquer prtica com animais domsticos no mar e na areia da praia, em toda a sua extenso. Pargrafo nico. A fiscalizao da prtica aludida no caput caber Guarda Municipal. Art. 186. proibida a captura dos crustceos do gnero Callichirus em toda a faixa de areia das praias e ilhas do municpio de Santos. 1. A captura desses crustceos poder ser feita por profissional legalmente habilitado para fins tcnico-cientficos, mediante manifestao favorvel do rgo municipal de meio ambiente. 2. A infrao do disposto no caput acarretar a apreenso do equipamento de captura pela Guarda Municipal e a autuao pelo rgo municipal de meio ambiente. 3. O equipamento utilizado para captura do crustceo ser liberado mediante a apresentao do comprovante de recolhimento dos valores devidos em razo da apreenso. 4 O equipamento apreendido que no for reclamado em at 10 (dez) dias teis da data da apreenso ser declarado abandonado. 5 Decorridos 30 (trinta) dias da data da declarao de abandono, o equipamento ser considerado coisa no reclamada, aplicando-se o disposto na Lei n 3.531, de 16 de abril de 1968. Art. 187. A remoo de areia das praias ou de bancos estuarinos far-se- conforme diretrizes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA. Art. 188. Excepcionalmente, em caso de poluio e/ou contaminao, fica permitida a remoo de areia das praias ou de bancos estuarinos assim afetados, observando-se, quanto destinao, o disposto no Captulo II, do Ttulo I, da Parte Especial desta lei complementar.

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CAPTULO IV DA FAUNA

Art. 189. proibida a apanha, a utilizao, a perseguio, a caa ou a destruio de quaisquer espcimes da fauna nativa ou em rota migratria, no Municpio. 1 Ser permitida a apanha, utilizao e comrcio de espcimes da fauna silvestre local oriundos de criadouros, parques zoobotnicos ou zoolgicos, desde que devidamente licenciados e legalizados. 2 Ser permitida a coleta, apanha ou captura de espcimes da fauna em seu habitat, bem como o estudo de seus ninhos, abrigos ou criadouros naturais para fins de realizao de pesquisas cientficas ou estudos ambientais, mediante parecer prvio do rgo municipal de meio ambiente e com o acompanhamento de instituio pblica ou entidade oficialmente reconhecida para tal finalidade e/ou profissional legalmente habilitado. 3 Ser permitida a eliminao de espcimes da fauna consideradas nocivas agricultura, pecuria, aqicultura ou sade pblica, com utilizao de procedimentos tecnicamente adequados e compatveis com a preservao ambiental, desde que autorizada pelo Poder Pblico. 4 A posse, a criao ou a comercializao de animais protegidos da fauna nacional, bem como de animais exticos, adaptados ou no, devero observar a legislao especfica. Art. 190. proibido maltratar, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos. Art. 191. proibido o abandono ou a soltura de animais domsticos e/ou exticos no Municpio. Pargrafo nico. Ser permitida a soltura de espcimes da fauna silvestre, desde que realizada por profissional legalmente habilitado, mediante anuncia do rgo municipal de meio ambiente e daquele que detiver a posse do animal, no caso do territrio municipal compreender a rea de sua ocorrncia natural. Art. 192. livre a criao, a propriedade, a posse, a guarda, o uso e o transporte de ces e gatos de qualquer raa ou sem raa definida, desde que obedecida a legislao vigente. Pargrafo nico. vedado manter animais em quantidade tal que comprometa a higiene, o bem-estar e o sossego pblicos, a critrio da fiscalizao municipal sanitria e/ou ambiental, conforme o caso. Art. 193. Ser permitida a pesca comercial por pessoa fsica ou jurdica, devidamente registrada perante o rgo competente, salvo em perodo de moratria, reproduo ou defeso.
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Art. 194. O exerccio da pesca subaqutica fica restrito s reas legalmente permitidas e aos membros integrantes das entidades que se dediquem a essa atividade, desde que devidamente registradas e autorizadas pelo Poder Pblico, vedado o uso de equipamento de mergulho autnomo para tal prtica. Art. 195. Os pescadores profissionais, devidamente licenciados, podero dedicar-se extrao comercial de espcies aquticas, tais como moluscos, crustceos, peixes e algas, desde que observada a legislao especfica. Art. 196. So proibidos usos, atividades ou empreendimentos em reas em que ocorram espcies da fauna constantes de listas oficiais como ameaadas ou provavelmente ameaadas de extino, bem como em reas que sirvam como criadouro natural s espcies da fauna silvestre ou em corredores ecolgicos, mesmo que em determinada poca do ano, exceto nos casos previstos pela legislao ambiental vigente. Pargrafo nico. Sero permitidos usos e atividades nas reas referidas no caput, para fins de realizao de pesquisas cientficas ou de estudos ambientais, mediante parecer prvio do rgo municipal de meio ambiente. Art. 197. Ser permitida a coleta de material biolgico para fins cientficos, educacionais, exposio pblica ou manuteno de criadouros, atendidas as exigncias legais e mediante autorizao prvia do rgo municipal de meio ambiente.

CAPTULO V DA VEGETAO

Art. 198. proibida a supresso de qualquer tipo de vegetao arbrea, salvo com autorizao prvia do rgo municipal de meio ambiente. Pargrafo nico. Os projetos de edificao, reconstruo ou ampliao que compreendam a supresso de vegetao nativa, isolada ou em grupo, depender de autorizao prvia do rgo municipal de meio ambiente, mediante parecer tcnico, atendidas as legislaes federal e estadual. Art. 199. Consideram-se de preservao permanente as florestas e demais formas de vegetao natural situadas no Municpio, nos termos do Cdigo Florestal.

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Art. 200. Qualquer exemplar ou grupo de plantas, nativo ou extico, em rea pblica ou privada, poder ser declarado imune de corte ou de supresso, mediante ato de tombamento, na forma da legislao vigente, em razo de sua beleza, raridade, importncia histrica ou condio de portasementes. Art. 201. Toda e qualquer supresso de espcimes arbreos localizados em reas pblicas dever ser seguida do plantio de 05 (cinco) mudas para cada unidade suprimida. 1 O rgo municipal de meio ambiente indicar a espcie, o local e os cuidados necessrios manuteno das mudas plantadas, podendo determinar eventual troca do espcime, a ser executada em at 90 (noventa) dias, a contar da data da notificao. 2 Os espcimes arbreos suprimidos podero ser reaproveitados pelo rgo municipal de meio ambiente, o qual providenciar meios para a retirada e replantio. 3 Inexistindo interesse no reaproveitamento, o responsvel pelo pedido de supresso dever solicitar autorizao para a remoo do espcime arbreo, provendo meios para a sua execuo, cujo servio dever ser acompanhado por bilogo, engenheiro agrnomo ou florestal. Art. 202. Nas propriedades particulares, a supresso da vegetao de porte arbreo fica condicionada autorizao do rgo municipal de meio ambiente. 1 A supresso dever ser compensada com o fornecimento de 05 (cinco) mudas para cada unidade, com altura mnima de 1,80m (um metro e oitenta centmetros), entre as espcies indicadas pelo rgo municipal de meio ambiente. 2 As espcies objeto de compensao devero ser entregues em local indicado pelo rgo municipal de meio ambiente. Art. 203. Fica permitido o plantio de espcimes vegetais na calada fronteiria ao imvel, por seu proprietrio, compromissrio comprador ou possuidor a qualquer ttulo, mediante consulta e orientao do rgo municipal de meio ambiente. Pargrafo nico. As mudas devero ser devidamente tutoradas, bem como receber uma proteo de madeira de alta durabilidade, formada por 04 (quatro) pontaletes de 2,50m x 0,05m e 16 (dezesseis) ripas de 0,05m, espaadas em 0,50m, sendo a primeira colocada a 0,50m do solo e os pontaletes enterrados em 0,50m de profundidade, com a utilizao de terra de boa qualidade, na razo de 0,21m3 por muda. Art. 204. Ficam vedadas a pintura e a colocao, por quaisquer meios, de objetos nos espcimes vegetais em logradouros pblicos.
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Art. 205. Ao rgo municipal de meio ambiente compete realizar ou autorizar, mediante a exigncia de ART, a execuo dos servios de poda de copa e de razes, remoo, transplante e plantio de espcimes vegetais em logradouros pblicos. 1 A remoo ou o transplante de espcimes arbreos, nos termos do caput, poder ocorrer nos seguintes casos: I risco de queda; II rvores senescentes ou mortas; III condio fitossanitria em estado irrecupervel; IV exemplares de espcies de propagao prejudiciais ou comprovadamente inadequadas situao local; V danos eventuais ou efetivos ao patrimnio pblico ou privado, nos casos em que outra providncia no restar adequada; VI execuo de obras necessrias adequao do imvel fronteirio, de acordo com o projeto arquitetnico aprovado. 2 Em situaes emergenciais, nas quais haja risco de morte ou prejuzo ao patrimnio pblico ou privado, a concessionria de energia eltrica, o Corpo de Bombeiros e a defesa civil podero realizar poda e remoo de espcimes arbreos em logradouro pblico, devendo encaminhar relatrio justificativo ao rgo municipal de meio ambiente, no prazo de at 48 (quarenta e oito) horas, a contar da data da realizao do servio. Art. 206. O requerimento de remoo ou transplante dever ser instrudo com: I - endereo e localizao exata do(s) exemplar (es); II - nome do interessado; III - justificativa, com croqui(s) ou planta(s) do local contendo largura da via e da calada; IV - indicao dos acessos ao imvel e aos imveis vizinhos, especificando as entradas de automveis, eventual acesso a deficientes fsicos e as rvores prximas. V - parecer tcnico atestando a ocorrncia de quaisquer das situaes previstas no 1 do artigo anterior, contendo a data da vistoria, espcie botnica, porte, estado fitossanitrio, largura da calada e do leito carrovel, extenso do alinhamento entre o espcime e o imvel fronteirio, possibilidade de substituio, e concluso. Art. 207. A licena para remoo ou transplante ser vlida por um perodo de 3 (trs) meses, a contar da data da expedio.
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Pargrafo nico. O prazo de validade da licena, na hiptese da execuo dos servios de arborizao e manuteno de reas verdes vir a ser contratada pelo Poder Pblico, ser estipulado no edital de licitao. Art. 208. Deferida a remoo ou o transplante de rvore, o servio dever ser executado em at 72 (setenta e duas) horas aps o seu incio, includo, neste prazo, o conserto do passeio. Pargrafo nico. O material resultante da execuo do servio (folhas, galhos, troncos, razes, entulho etc.) dever ser retirado pelo responsvel e/ou solicitante, no prazo de at 24 (vinte e quatro) horas a contar da sua concluso, encaminhado-o para descarte em local apropriado. Art. 209. Para cada espcime vegetal arbreo removido, outro dever ser plantado no mesmo local, atendidas as recomendaes tcnicas e, no caso da impossibilidade tcnica, o plantio dever ser feito no local mais prximo, observada a compensao prevista no art. 201. Pargrafo nico. A substituio do espcime dever ser efetuada em at 7 (sete) dias teis, contados da data de concluso dos trabalhos de remoo. Art. 210. O requerimento de poda dever ser instrudo com: I - endereo com a localizao exata do(s) exemplar(es); II - nome do interessado; III - justificativa; IV - parecer tcnico contendo a data da vistoria, espcie botnica, porte da rvore, tipo de interferncia, outras providncias que auxiliem na soluo do problema e concluso. Art. 211. A licena para poda ser valida por um perodo de 1 (um) ms, a contar da data da expedio. Pargrafo nico. O prazo de validade da licena, na hiptese da execuo dos servios de arborizao e manuteno de reas verdes vir a ser contratada pelo Poder Pblico, ser estipulado no edital de licitao. Art. 212. Deferida a poda de rvore, o servio dever ser executado em at 24 (vinte e quatro) horas aps o seu incio, includa a retirada do material resultante (folhas, galhos, troncos, razes, entulho etc.), que dever ser providenciada pelo responsvel e/ou solicitante, no prazo de at 24 (vinte e quatro) horas a contar da sua concluso, apropriado. Art. 213. Fica vedada a execuo de poda excessiva, sujeitando-se o profissional responsvel s sanes previstas nesta lei complementar. 1 Considera-se poda excessiva:
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encaminhado-o para descarte em local

a) o corte de mais de 50% (cinqenta por cento) do total da massa verde da copa; b) o corte da parte superior da copa, com a eliminao da gema apical; c) o corte de somente um lado da copa, ocasionando o desequilbrio estrutural da rvore. 2 As razes e ramos de rvores que ultrapassarem a divisa entre imveis, podero ser cortados no plano vertical divisrio pelo proprietrio do imvel invadido, desde que no haja risco vida, segurana e/ou propriedade.

CAPTULO VI DAS ATIVIDADES AGROPECURIAS E SILVICULTURAIS

Art. 214. permitido criar ou manter bovinos, sunos, caprinos, ovinos e eqinos nas Zonas de Uso Agropecurio ZUA e Urbana ZU, nos termos da lei complementar que dispe sobre uso e ocupao do solo da rea continental. Pargrafo nico. Nas reas no contempladas no caput somente ser permitido manter os animais durante o tempo necessrio ao tratamento de doenas, para fins educacionais, abate, exposio comercial ou entretenimento temporrio, mediante autorizao dos rgos municipais competentes. Art. 215. A localizao dos estbulos, estrebarias, pocilgas, chiqueiros e currais, nas reas previstas no artigo anterior, dever observar uma distncia mnima de 100m (cem metros) das habitaes. Pargrafo nico. No se aplica a exigncia referida no caput quando a habitao sobrevier implantao das mencionadas instalaes. Art. 216. Os estbulos, estrebarias, pocilgas, chiqueiros, currais e galinheiros devero ser construdos e instalados de forma a proporcionar requisitos mnimos de higiene e qualidade ambiental. 1 No manejo das instalaes referidas no caput devero ser impedidos a estagnao de lquidos e o amontoamento de resduos e dejetos, assegurando-se a necessria limpeza. 2 As guas residuais devero ser tratadas e canalizadas para local adequado. Art. 217. A criao de animais somente ser permitida em regime de confinamento. Art. 218. Ser permitida a apicultura com manejo adequado, desde que em reas de menor concentrao urbana.
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Art. 219. Para o exerccio da atividade de maricultura, aqicultura e de criao de animais silvestres, alm das autorizaes legais, ser exigida a apresentao do Plano de Manejo ou de outro estudo ambiental, a critrio do rgo municipal de meio ambiente. Art. 220. A implantao de empreendimentos ou atividades agropecurias ou silviculturais em reas maiores ou iguais a 10.000 m2 (dez mil metros quadrados) fica condicionada apresentao e aprovao de Estudo de Impacto Ambiental EIA e de Relatrio de Impacto Ambiental RIMA. Art. 221. proibido o comprometimento da qualidade ambiental por adubos inorgnicos, agrotxicos e afins ou quaisquer biocidas. Art. 222. Os agrotxicos, seus componentes ou afins s podero ser produzidos, exportados, importados, comercializados, armazenados e utilizados se previamente registrados no rgo competente, de acordo com a legislao vigente. Art. 223. A aplicao de agrotxicos, de domissaneantes e de produtos voltados ao combate de cupins dever ser precedida de receiturio prprio, prescrito por profissional legalmente habilitado. Pargrafo nico. O uso indevido de quaisquer produtos referidos no caput, que venha a causar dano sade das pessoas ou ao meio ambiente, sujeitar o infrator s penalidades previstas nesta lei complementar.

TTULO III DO PODER DE POLCIA ADMINISTRATIVA

CAPTULO I DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 224. Compete ao rgo municipal de meio ambiente o licenciamento de empreendimentos e atividades geradores de impacto ambiental local, bem como dos que lhe forem delegados pelo Estado, pela lei ou mediante convnio. 1 Para o licenciamento ambiental devero ser ouvidos os rgos federais e estaduais competentes, quando couber.
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2 Do procedimento de licenciamento ambiental dever constar a certido municipal declarando a conformidade do local e do tipo de empreendimento ou atividade com a Lei Orgnica do Municpio e com a legislao aplicvel ao uso e ocupao do solo e, quando for o caso, especialmente: I - a autorizao para supresso de vegetao; II - a outorga para o uso da gua; III o registro para atividade extrativista mineral; IV a licena emitida pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB, ou pelo rgo que vier a substitu-lo. Art. 225. A localizao, construo, instalao, ampliao, modificao e operao de empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados de potencial ou efetiva poluio, bem como os usos capazes de causar, sob qualquer forma, degradao ambiental, dependero de prvio licenciamento do rgo municipal de meio ambiente, sem prejuzo de outras licenas legalmente exigveis. Art. 226. Compete ao rgo municipal de meio ambiente expedir as seguintes licenas ambientais: I - Licena Prvia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localizao e concepo, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos bsicos e condicionantes a serem atendidos nas prximas fases de sua implementao; II - Licena de Instalao (LI): autoriza a instalao de empreendimento ou atividade de acordo com as especificaes constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - Licena de Operao (LO): autoriza a operao da atividade ou empreendimento, aps a verificao do efetivo cumprimento do que consta das licenas anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas para a operao. 1 As licenas ambientais podero ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, caractersticas e fase do empreendimento ou atividade. 2 O empreendedor no fica desobrigado da obteno do alvar municipal.

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Art. 227. O procedimento de licenciamento ambiental obedecer s seguintes etapas: I apresentao do pedido de licena ambiental, acompanhado do comprovante de recolhimento da taxa de licenciamento ambiental, bem como dos documentos constantes do Anexo III desta lei complementar, observada a sua classificao; II anlise do pedido e realizao de vistorias tcnicas, quando necessrias; III anexao do parecer tcnico preliminar e/ou despacho elucidativo; IV definio acerca da necessidade de estudo(s) ambiental(is), entre outros documentos no apresentados pelo empreendedor; V realizao de consulta a rgos federais ou estaduais, quando couber; VI contratao de anlise tcnica especializada, excepcionalmente e a critrio do rgo municipal de meio ambiente, s expensas do empreendedor; VII encaminhamento de consultas s unidades administrativas e conselhos municipais, quando necessrio; VIII solicitao de esclarecimentos acerca da anlise dos documentos, estudos ambientais, planos e projetos apresentados, que podero ser objeto de pedido de complementao, sempre que couber; IX realizao de audincia pblica quando a lei a exigir; X solicitao de esclarecimentos decorrente da audincia pblica e/ou participao de conselho(s) municipal(is), que podero ser objeto de pedido de complementao, sempre que couber; XI anexao do parecer tcnico conclusivo e de manifestao da Procuradoria Geral do Municpio, se necessrio; XII emisso de despacho de deferimento ou de indeferimento, devidamente fundamentado, com a devida publicidade. 1 O procedimento de licenciamento ambiental ser submetido apreciao do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA, nas hipteses legais ou mediante requisio de sua(s) Cmara(s) Tcnica(s). 2 Os pareceres tcnicos preliminar e conclusivo sero elaborados pelo rgo municipal de meio ambiente. 3 O rgo municipal de meio ambiente elaborar exame tcnico, quando se tratar de procedimento de licenciamento ambiental de competncia federal ou estadual.
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4 O pedido de licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente depender da elaborao de estudos ambientais, nos termos do Anexo III desta lei complementar. 5. O Estudo de Impacto Ambiental EIA ser exigido para o prvio licenciamento de construes, instalaes, ampliaes e modificaes de empreendimentos e atividades constantes do Anexo IV desta lei complementar, considerados de potencial ou efetiva poluio, bem como queles capazes de causar degradao ambiental ou utilizao de recursos naturais. Art. 228. O prazo de validade da Licena Prvia (LP) dever compreender, no mnimo, o estabelecido no cronograma de elaborao de estudos ambientais, programas, planos e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, no podendo ser superior a 3 (trs) anos. Art. 229. O prazo de validade da Licena de Instalao (LI) dever compreender, no mnimo, o estabelecido no cronograma de instalao do empreendimento ou atividade, no podendo ser superior a 6 (seis) anos. Art. 230. O prazo de validade da Licena de Operao (LO) dever considerar os planos de controle ambiental e ser de, no mnimo, 4 (quatro) anos e, no mximo, de 10 (dez) anos. Pargrafo nico. O rgo municipal de meio ambiente poder estabelecer prazos de validade para a Licena de Operao (LO) de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificao em prazos inferiores. Art. 231. O rgo municipal de meio ambiente, mediante deciso motivada, poder modificar as condicionantes e as medidas de controle e adequao, suspender ou cancelar uma licena ambiental expedida, quando ocorrer: I violao ou inadequao de quaisquer condicionantes ou normas legais; II omisso ou falsa descrio de informaes relevantes que subsidiaram a expedio da licena; III supervenincia de graves riscos ambientais e de sade; IV afronta legislao ambiental vigente, aps a lavratura dos Autos de Interdio ou de Embargo. Pargrafo nico. A suspenso ou o cancelamento da licena ambiental expedida dever ser publicada por meio de edital no Dirio Oficial do Municpio. Art. 232. Durante o perodo de validade da licena ambiental dever ser solicitada a sua renovao, mediante novo pagamento da taxa de licenciamento ambiental.

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Art. 233. O arquivamento do processo de licenciamento no impedir a apresentao de novo requerimento de licena, que dever obedecer aos procedimentos estabelecidos no art. 227, mediante novo pagamento da taxa de licenciamento ambiental. Art. 234. Fica institudo o licenciamento ambiental simplificado, com o objetivo de licenciar empreendimentos ou atividades, cujas caractersticas e concepes: a) dispensem a expedio de Licena Prvia (LP), Licena de Instalao (LI) ou Licena de Operao (LO); b) configurem impacto ambiental negativo insignificante ou incuo; c) compreendem a utilizao mnima dos recursos ambientais, em termos percentuais ou de relevncia ambiental; d) revelem, to-somente, melhoria qualidade do meio ambiente e ao desenvolvimento scioeconmico. Pargrafo nico. Compete ao rgo municipal de meio ambiente promover o enquadramento do procedimento previsto no caput, observada as legislaes ambientais federal e estadual. Art. 235. O procedimento de licenciamento ambiental simplificado no exime o empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, da apresentao de documentos, estudos ambientais, planos e projetos necessrios ou inerentes anlise, avaliao e aprovao ou no das atividades, podendo ser dispensada a Certido de Uso e Ocupao do Solo. Art. 236. A licena ambiental simplificada poder determinar a adoo de medidas de controle ambiental, limites espaciais e condicionantes s atividades ou aos empreendimentos. Pargrafo nico. A descaracterizao da atividade ou do empreendimento, objeto da licena ambiental simplificada, implica na sua cassao, obrigando o infrator a corrigir, restaurar ou recuperar o meio ambiente alterado ou degradado, de acordo com as determinaes do rgo ambiental municipal de meio ambiente. Art. 237. Aplica-se ao procedimento de licenciamento ambiental simplificado o disposto nos artigos 232 e 233.

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SEO I DA TAXA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 238. Fica instituda a Taxa de Licenciamento Ambiental, tendo por fato gerador o exerccio regular do poder de polcia para fiscalizar e autorizar a realizao de empreendimentos e atividades considerados efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradao do meio ambiente. Art. 239. O valor da taxa ser fixado de acordo com a frmula constante dos Anexos I e II desta lei complementar, observada a deduo de 1% (um por cento) a cada 50 (cinqenta) empregos diretos gerados pelo empreendimento ou atividade. 1. O recolhimento do valor da taxa dever ser efetuado em qualquer agncia da rede bancria autorizada, mediante o preenchimento do Documento de Arrecadao Municipal DAM ou daquele que vier a substitu-lo, em favor do Fundo Municipal para o Meio Ambiente, a ser criado por lei especfica. 2. Nos casos de renovao e de ampliao das licenas, sero devidos os valores referentes atual classificao da atividade. Art. 240. O arquivamento ou o indeferimento do pedido de licenciamento ambiental no implica na devoluo da taxa. Art. 241. Ficam isentos do pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental: I. quando forem interessados: a) a administrao pblica direta, autarquias e fundaes pblicas da Unio, dos Estados e

dos Municpios; b) as entidades sem fins lucrativos que tenham por finalidade a promoo da sade, da

educao, da promoo ou assistncia social ou da proteo ambiental, desde que reconhecidas de utilidade pblica pela Unio ou pelo Estado; II. a) quando tiverem por objeto os seguintes empreendimentos, obras ou atividades: averbao de reserva legal, recomposio de vegetao em reas de preservao

permanente e em reas degradadas, desde que executados voluntariamente, sem vinculao com processos de licenciamento, nem decorrentes de imposio administrativa; b) obras para proteo de recursos hdricos e para desocupao e recuperao de reas

degradadas e de reas de risco;


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c)

corte e queima de culturas agrcolas para fins de controle fitossanitrio, desde que a

necessidade esteja atestada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento ou decorra de exigncia legal especfica; d) construo, ampliao ou regularizao de residncia unifamiliar popular, com rea

construda total de at 60 m, decorrente de projeto elaborado sob responsabilidade tcnica de rgo municipal, desde que o interessado no possua outro imvel, no tenha licena similar nos ltimos cinco anos e sua renda familiar no exceda a cinco salrios mnimos; e) supresso de vegetao nativa necessria para a construo ou ampliao das residncias

unifamiliares populares de que trata a alnea anterior, no podendo a supresso exceder a 125,00m; f) supresso de vegetao nativa e interveno em rea de Preservao Permanente APP,

quando solicitada por agricultores familiares ou oriundos de assentamentos federais ou estaduais; g) projetos e planos habitacionais de interesse social realizados por companhias

habitacionais cujo controle acionrio pertena ao poder pblico.

CAPTULO II DA RECUPERAO AMBIENTAL E DAS MEDIDAS COMPENSATRIAS

Art. 242. Nos processos de licenciamento ambiental poder ser determinada a recuperao e/ou compensao ambiental para os empreendimentos, usos e atividades que causem alteraes adversas s caractersticas dos ecossistemas originais ou ao meio ambiente. Art. 243. Aps avaliao do rgo municipal de meio ambiente, podero ser impostas, isoladas ou cumulativamente, as medidas compensatrias abaixo: I preservao, conservao, proteo, reposio, reafeioamento ou restaurao ambiental, em superfcie equivalente a 5 (cinco) vezes a interveno, mediante a formalizao de termo de compromisso; II averbao da reserva legal de que trata o Cdigo Florestal, margem da matrcula do imvel, no respectivo Cartrio de Registro Imobilirio; III realizao de obra ou empreendimento de relevante interesse ambiental e scio-econmico, relacionados cultura, recuperao e educao ambiental, manuteno das comunidades
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litorneas tradicionais, fontes alternativas de energia ou reciclagem de resduos, devidamente licenciados pelo Poder Pblico; IV determinao para recolhimento da compensao monetria, segundo parecer elaborado pelo rgo m63unicipal de meio ambiente o qual conter a avaliao do dano ambiental e a indicao de seu valor, devidamente publicada no Dirio Oficial do Municpio. 1 O valor devido a ttulo de compensao monetria dever ser pago no prazo de at 60 (sessenta) dias corridos, a contar da data da publicao prevista no inciso anterior, e ser recolhido em favor do Fundo Municipal de Meio Ambiente, a ser criado por lei especfica. 2 Durante o perodo de pagamento da compensao prevista no pargrafo anterior, dever ser solicitada a sua prorrogao, a qual poder ser deferida por at igual perodo, a critrio do rgo municipal de meio ambiente. 3 O interessado poder solicitar a reconsiderao do valor fixado para monetria, no prazo de at 30 (trinta) dias corridos, a contar da data da publicao. 4 A compensao monetria no paga no prazo legal ser inscrita na dvida ativa e executada judicialmente. Art. 244. O rgo municipal de meio ambiente poder determinar ou acolher medidas de recomposio natural ou de reafeioamento ambiental, nos casos em que os empreendimentos ou atividades: a) configurem impacto ambiental insignificante; b) compreendem a utilizao mnima dos recursos ambientais, em termos percentuais ou de relevncia ambiental. compensao

CAPTULO III DAS PENALIDADES E DAS ADVERTNCIAS

Art. 245. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, s sanes previstas nesta lei complementar, sem prejuzo da obrigao de reparar os danos causados. Art. 246. O rgo municipal de meio ambiente dever promover a intimao do infrator, visando o cumprimento das disposies desta lei complementar.

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1 A intimao conter os dispositivos legais que foram infringidos, bem como aqueles que devero ser cumpridos, conferindo--se prazo para cumprimento, que poder ser imediato ou no excedente a 45 (quarenta e cinco) dias. 2 Mediante requerimento devidamente justificado e, a critrio do rgo municipal de meio ambiente, poder ser prorrogado o prazo fixado para o cumprimento da intimao. 3 A intimao ser publicada por meio da imprensa oficial do Municpio, caso o infrator se recuse a assin-la ou no seja encontrado. Art. 247. O infrator ter prazo de at 30 (trinta) dias corridos, a contar da data do recebimento ou da publicao da Intimao para apresentar recurso. Pargrafo nico. A apresentao de recurso no conferir efeito suspensivo intimao, quando se tratar de medidas urgentes envolvendo a segurana pblica, proteo sanitria e/ou poluio ambiental. Art. 248. O descumprimento do disposto nesta lei complementar ensejar a aplicao das seguintes penalidades: I - advertncia; II interdio; III - apreenso de mquinas, equipamentos e animais, conforme o caso; IV - embargo das obras; V - demolio ou desmonte/remoo, parcial ou total, das obras, infra-estruturas ou instalaes; VI penalidades compensatrias para a preservao ou correo da degradao ambiental: VII cancelamento do cadastro emitido pelo rgo municipal de meio ambiente; VIII - multa; IX suspenso, cancelamento ou cassao da licena ambiental. 1 As penalidades sero impostas a qualquer pessoa fsica ou jurdica que cumprir em desacordo ou descumprir o disposto nesta lei complementar. 2 A aplicao de qualquer penalidade prevista nesta lei complementar no dispensar o infrator das demais sanes e exigncias previstas na legislao federal ou estadual.

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SEO I DAS MULTAS E DOS DBITOS

Art. 249. Verificada a infrao a qualquer dos dispositivos desta lei complementar ou o no cumprimento de Intimao emitida pela fiscalizao, ser lavrado o Auto de Infrao, com os seguintes elementos: I - dia, ms, ano, hora e lugar em que foi lavrado; II - nome, endereo, CNPJ ou CPF e RG, conforme o caso; III - descrio objetiva do fato; IV - indicao do dispositivo infringido; V - dispositivo que determina a penalidade; VI - valor da multa expressa em Real (R$); VII - assinatura e identificao de quem a lavrou; VIII - assinatura do infrator ou averbao da recusa em assinar. Pargrafo nico. Na fixao do valor da multa devero ser considerados: I - as condies econmico-financeiras do infrator; II - os antecedentes do infrator; III a existncia de prvia comunicao do dano ambiental, a tempo de amenizar suas conseqncias lesivas; IV o grau de intensidade do dano; V a gravidade da infrao. Art. 250. No caso de reincidncia, caracterizada pelo cometimento de nova infrao da mesma natureza e gravidade, a multa ser aplicada em dobro. Art. 251. O pagamento da multa no desonera o infrator do cumprimento da exigncia a que estiver obrigado. Art. 252. No prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da cincia do Auto de Infrao o infrator dever efetuar o pagamento da multa ou apresentar defesa por devidamente protocolado. 1 Apresentada a defesa, o rgo municipal de meio ambiente decidir no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogvel por igual perodo. 2 Indeferida a defesa, o infrator dever promover o recolhimento da multa no prazo de 05 (cinco) dias contados da data da publicao da deciso.
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meio de requerimento,

Art. 253. As multas no pagas nos prazos legais sero inscritas na dvida ativa e executadas judicialmente. Art. 254. Os valores provenientes das multas sero destinados ao Fundo Municipal de Meio Ambiente, a ser criado por lei especfica. Art. 255. O descumprimento s disposies previstas nesta lei complementar ensejar a aplicao das seguintes multas: I - relativas qualidade ambiental e do controle da poluio: a) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), s infraes de grau mnimo; b) de R$ 10.001,00 (dez mil e um reais) a R$ 50.000,00 (cinqenta reais), s infraes de grau mdio; c) de R$ 50.001,00 (cinqenta mil e um reais) a R$ 250.000,00 (duzentos e cinqenta mil reais), s infraes de grau mximo; Pargrafo nico. Nos casos de infrao continuada, a critrio da autoridade competente poder ser imposta multa diria de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 250.000,00 (duzentos e cinqenta mil reais). II - relativas poluio do ar: a) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 1.000,00 (mil reais); b) de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), pela instalao ou pelo funcionamento de incineradores sem autorizao do Poder Pblico e de no utilizao de psqueimadores, conforme determina o art. 18. III - relativas poluio das guas: a) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pelo lanamento irregular de esgoto no sistema pblico ou privado de drenagem de guas pluviais; b) de R$ 150,00 (cento e cinqenta reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), pelo lanamento ou derrame de poluentes no sistema pblico ou privado de drenagem de guas pluviais ou em quaisquer corpos dgua, ou descarte de resduos provenientes da limpeza de caixas coletoras de gordura, fossas spticas ou filtros anaerbios, em local diverso do indicado pelo Poder Pblico Municipal; c) R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais) aos prestadores de servio e ao consumidor, pela execuo de servios prestados pelas pessoas jurdicas que no possuam o cadastro tratado no 2 do art. 33;
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d) R$ 270,00 (duzentos e setenta reais), por descumprimento s determinaes contidas no art. 35; e) R$ 400,00 (quatrocentos reais), por descumprimento s determinaes contidas no art. 37; f) R$ 3.000,00 (trs mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 38; g) de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas poluio das guas, no previstos nas alneas anteriores. IV relativas poluio sonora: a) de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 1.000,00 (mil reais), s infraes de grau mnimo, em que os ndices de rudo e/ou vibraes excedam os nveis estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT entre 5,1 dB(A) e 20,0 dB(A); b) de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), s infraes de grau mdio, em que os ndices de rudo e/ou vibraes excedam os nveis estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT entre 20,1 dB(A) e 40,0 dB(A); c) de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), s infraes de grau mximo, em que os ndices de rudo e/ou vibraes excedam os nveis estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT em mais 40,1 dB(A); d) de R$ 250,00 (duzentos e cinqenta reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), pelo no cumprimento de exigncia relativa ao tratamento acstico; e) de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 1.000,00 (mil reais), por descumprimento aos horrios e perodos de funcionamento determinados; f) de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por realizar eventos ou atividades sem autorizao ou em desacordo com o estabelecido pelo rgo municipal de meio ambiente; g) de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas poluio sonora, no previstos nas alneas anteriores. V relativas poluio do solo e subsolo, de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais); VI - relativas poluio por radiao: a) de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 4.000,00 (quatro mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 63;
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b) de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por descumprimento ao disposto nos arts. 65 e 66; c) de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) a R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas poluio do solo e subsolo, no previstos nas alneas anteriores. VII relativas poluio visual e paisagstica: a) de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais), pela venda de tinta spray a menores de 18 (dezoito) anos ou por descumprimento ao disposto no 2 do art. 69; b) de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 3.000,00 (trs mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 67; c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas poluio visual e paisagstica, no previstos nas alneas anteriores. VIII relativas aos resduos slidos: a) R$ 75,00 (setenta e cinco reais), por descumprimento ao disposto no 4 do art. 78 e nos arts. 85 e 86; b) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), por deposio, descarte e lanamento irregular de resduos slidos urbanos em logradouros pblicos; c) de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por disposio final irregular de resduos slidos urbanos, industriais, porturios e retroporturios; d) de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas aos resduos slidos, no previstos nas alneas anteriores. IX relativas aos resduos reaproveitveis: a) R$ 75,00 (setenta e cinco reais), por descumprimento ao disposto no art. 89; b) R$ 165,00 (cento e sessenta e cinco reais), por descumprimento ao disposto no art. 91; c) de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas aos resduos reaproveitveis, no previstos nas alneas anteriores. X - relativas aos resduos slidos da construo civil, de R$ 300,00 (trezentos reais) R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
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XI relativas aos resduos slidos dos servios de sade, de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais); XII relativas s atividades nuticas, porturias e retroporturias e nuticas, de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais); XIII relativas aos postos de abastecimento de combustveis e de revenda de GLP: a) R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pela no apresentao de laudo das condies de estanqueidade e de suas instalaes subterrneas; b) R$ 2.000,00 (dois mil reais), por instalar e/ou operar bombas do tipo auto-servio, nos postos de abastecimento de combustveis; c) de R$ 250,00 (duzentos e cinqenta reais) a R$7.300,00 (sete mil e trezentos reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas aos postos de abastecimento de combustveis e de revenda de GLP, no previstos nas alneas anteriores. XIV - relativas aos recursos hdricos: a) de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por descumprimento ao disposto nos arts., 150, 151, 154 e 155; b) de R$ 250,00 (duzentos e cinqenta reais) a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 158; c) de R$ 250,00 (duzentos e cinqenta reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 161; d) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) nos demais casos de descumprimento s disposies relativas aos recursos hdricos, no previstos nas alneas anteriores. Pargrafo nico. Nos casos de infrao continuada, a critrio da autoridade competente poder ser imposta multa diria de de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). XV - relativas extrao e tratamento de minerais: a) de R$ 250,00 (duzentos e cinqenta reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), pela extrao e/ou tratamento de minerais sem autorizao do rgo municipal de meio ambiente ou em desacordo ao disposto nesta lei complementar; b) de R$ 2.350,00 (dois mil e trezentos e cinqenta reais) a R$ 12.750,00 (doze mil e setecentos e cinqenta reais), pela no adoo das medidas que visam obteno de uma estabilidade do
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meio ambiente conforme determinado pelo Plano de Recuperao de rea Degradada PRAD ou pelo Plano de Controle Ambiental - PCA, aprovados pelo Poder Pblico. XVI - relativas s praias: a) de R$ 250,00 (duzentos e cinqenta reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), por descumprimento ao disposto nos artigos 181 a 183; b) R$ 580,00 (quinhentos e oitenta reais), por descumprimento ao disposto no art. 184; c) R$ 75,00 (setenta e cinco reais), por descumprimento ao disposto no art. 185; d) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas s praias, no previstos nas alneas anteriores. XVII - relativas fauna: a) de R$ 355,00 (trezentos e cinqenta e cinco reais) a R$ 12.700,00 (doze mil e setecentos reais), por descumprimento ao disposto nos arts. 189 e 190, considerado-se agravada a infrao quando envolver espcies da fauna constantes em lista oficial de espcies ameaadas ou provavelmente ameaadas de extino; b) de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 195; c) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), nos demais casos de descumprimento s disposies relativas fauna, no previstos nas alneas anteriores. XVIII - relativas vegetao: a) R$ 10,00 (dez reais), por m2 (metro quadrado) suprimido de vegetao nativa, podendo esse valor ser aumentado at o limite de R$ 250.000,00 (duzentos e cinqenta mil reais), de acordo com as caractersticas da degradao da qualidade ambiental; b) de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por descumprimento ao disposto no art. 198; c) de R$ 130,00 (cento e trinta reais) a R$ 950,00 (novecentos e cinqenta reais), por executar os servios de poda de copa e de razes, transplante e plantio de espcies vegetais em logradouros pblicos sem autorizao do rgo municipal de meio ambiente; d) R$ 3.000,00 (trs mil reais), por remoo de rvore pertencente arborizao pblica, sem autorizao do rgo municipal de meio ambiente; e) de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), nos demais casos de descumprimento as disposies relativas vegetao, no previstos nas alneas anteriores.
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XIX - relativas s atividades agropecurias e silviculturais, de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais); XX por recusa adoo de medidas de recomposio natural, de reafeioamento ambiental ou de reposio da cobertura vegetal, exigidas pelo rgo municipal ambiental competente, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), podendo ser reduzida at o limite de R$ 500,00 (quinhentos reais) de acordo com o previsto no artigo 243. XXI por iniciar atividade ou empreendimento gerador de impacto ambiental desprovido da Licena de Operao (LO), a que se refere o art. 226, de R$ 100,00/dia (cem reais), at ser obtida a licena ou cessada a atividade irregular, independentemente da aplicao das demais sanes cabveis. Art. 256. Por infrao a qualquer dispositivo desta lei complementar, no especificada nesta seo, sero aplicadas multas de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais).

SEO II DOS EMBARGOS, DAS INTERDIES, DAS DEMOLIES E DOS DESMONTES

Art. 257. Qualquer construo, demolio, reconstruo, ampliao, reforma, servios ou instalaes dever ser, a qualquer tempo, embargada ou interditada quando oferecer risco ou perigo a populao ou ao meio ambiente, Art. 258. Esgotadas as medidas administrativas voltadas ao cumprimento dos dispositivos desta lei complementar, a fiscalizao dever promover o embargo ou a interdio, sem prejuzo da aplicao das demais sanes cabveis. Pargrafo nico. O descumprimento do embargo ou da interdio ensejar a aplicao de multa diria de 10% (dez por cento) a 100% (cem por cento) do valor da multa constante do auto de infrao. Art. 259. O infrator dever ser notificado pessoalmente ou por meio de edital publicado no Dirio Oficial do Municpio da determinao do embargo ou da interdio. Art. 260. A interdio ou o embargo somente sero levantados quando cumpridas as exigncias que os motivaram e comprovado o pagamento de eventuais sanes pecunirias. Art. 261. A demolio ou o desmonte, parcial ou total, dever ser determinado em se tratando de obra, infra-estruturas ou instalaes clandestinas, sem possibilidade de legalizao.
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TTULO IV DAS DISPOSIES FINAIS

Art. 262. Compete ao Poder Executivo determinar a realizao de programas e campanhas de educao ambiental, visando a complementar. Art. 263. As propostas de alterao desta lei complementar devero ser analisadas e aprovadas pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA, previamente ao encaminhamento do respectivo projeto Cmara Municipal. Art. 264. As despesas decorrentes da execuo desta lei complementar correro por conta de dotaes oramentrias prprias, suplementadas se necessrio. Art. 265. Esta lei complementar entra em vigor no prazo de 90 (noventa) dias aps a data da publicao, revogadas as seguintes disposies: I arts. 105 a 110, 121 e 122, 274 a 276, 278 a 281, 298 a 305, 307 e 308, 310 a 312, 392, 395 a 397 da Lei n 3.529, de 16 de abril de 1968; II incisos VI e VIII do art. 10, arts. 13 a 15, 19 e 20, 30 a 33, 37 a 47, 133 a 140, 145, 149, 191 a 212, 217 a 219, 229 e 230, 242, 249, 294, 296 a 299, 301 a 308, 394, inciso VII do art. 466, arts. 482 a 486, 505, 12 do art. 537, arts. 538 a 550, 601, 630 e 631 da Lei n 3.531, de 16 de abril de 1968; III Lei n 621, de 16 de novembro de 1989; IV Lei n 790, de 5 de novembro de 1991; V Lei n 793, de 7 de novembro de 1991; VI Lei n 850, de 19 de maro de 1992; VII Lei n 1.216, de 22 de maro de 1993; VIII art. 43 e inciso III do art. 49 da Lei Complementar n 84, de 14 de julho de 1993; IX Lei Complementar n 138, de 27 de setembro de 1994; X - Lei n 1.402, de 22 de agosto de 1995; XI Lei n 1.436, de 30 de novembro de 1995; XII Lei n 1.455, de 15 de dezembro de 1995; XIII - Lei n 1.471, de 04 de maro de 1996; XIV Lei Complementar n 220, de 10 de junho de 1996; XV Lei Complementar n 221, de 11 de junho de 1996;
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implementao dos objetivos e das finalidades desta lei

XVI Lei n 1.661, de 11 de maro de 1998; XVII Lei n 1.668, de 9 de abril de 1998; XVIII Arts. 1 a 4 e 6 a 9 da Lei Complementar n 320, de 29 de dezembro de 1998; XIX Lei Complementar n 321, de 29 de dezembro de 1998; XX Lei Complementar n 322, de 29 de dezembro de 1998; XXI Lei n 1.846, de 07 de janeiro de 2000; XXII Lei Complementar n 416, de 12 de dezembro de 2000; XXIII Lei n 1.923, de 28 de dezembro de 2000; XXIV Lei n 1.951, de 05 de julho de 2001; XXV - Lei Complementar n 439, de 13 de dezembro de 2001; XXVI - Lei Complementar n 454, de 15 de abril de 2002.

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ANEXO I VALOR DO CUSTO DAS HORAS TCNICAS DESPENDIDAS EM ANLISES PARA EXPEDIO DE LICENAS, AUTORIZAES, PARECERES TCNICOS E OUTROS DOCUMENTOS. O preo de anlise para todos os requerimentos relativos aos procedimentos, para fins de licenciamento ambiental e de atribuio do rgo ambiental municipal estabelecido com base na seguinte frmula: P = (C x H) onde: P = preo cobrado em reais, expresso em Reais; C = custo da hora tcnica; H = quantidade mdia de horas tcnicas despendidas na anlise, de acordo com o Anexo II desta Lei Complementar. Fica fixado o valor correspondente ao custo da hora tcnica da frmula para o clculo do preo de anlise (C), conforme segue: Valor do custo da hora tcnica: o custo da hora tcnica calculado considerando-se o salrio mdio dos profissionais, os encargos sociais e os custos indiretos, variando, portanto, somente quando se alterarem os valores desses parmetros, como segue: a) Salrio base do Nvel NO (curso universitrio) = R$ 1.002,40 (mil e dois reais e quarenta centavos); b) Encargos sociais = 10% (dez por cento) = R$ 100,24 (cem reais e vinte e quatro centavos); c) Nmero de horas/ms = 220 (duzentos e vinte horas); d) Custos indiretos = 30% (trinta por cento) - despesas com gua, luz, telefone, vigilncia, limpeza, etc. = R$ 300,72 (trezentos reais e setenta e dois centavos); e) Despesas administrativas = 36,14% (trinta e seis vrgula quatorze por cento) = R$ 362,27 (trezentos e sessenta e dois reais e vinte e sete centavos). Frmula do valor da hora tcnica: a + b + d + e / c = hora tcnica Desta forma, a hora tcnica fixada em R$ 7,86 (sete reais e oitenta e seis centavos).

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ANEXO II

PREO PARA ANLISE DOS SERVIOS DE LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS SUJEITOS AVALIAO DE IMPACTO AMBIENTAL

I. A) RELATRIO AMBIENTAL PRELIMINAR - RAP E PLANO DE RECUPERAO DE REA DEGRADADA - PRAD TIPOS DE SERVIOS E NVEL DE COMPLEXIDADE Anlise de Consultas 1

Anlise de PRAD 2

Plano de Trabalho de empreendimentos energticos 2

Anlise de RAP Classe I 2 Extrao mineral 2 Linha de transmisso e subestaes 2 Usina de acar e destilaria de lcool 2 Projeto agrossilvopastoril e reassentamento rural 2 Sistema de abastecimento de gua 2 Sistema de esgoto 2 Sistema de irrigao 2 Canalizao, retificao ou barramento de curso d'gua para controle de cheias 2 Outras obras hidrulicas 2

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Anlise de RAP Classe II 3 Distrito industrial 3 Loteamento misto (residencial e industrial) 3 Loteamento, Conjunto habitacional 3 Condomnio 3 Transbordo de resduos domsticos associados ou no a instalao industrial 3 Unidade de transbordo e armazenamento de resduos industriais 3 Depsito ou comrcio atacadista de produto qumico ou inflamvel 3 Estrutura de apoio a embarcaes 3 Terminal de cargas 3

Anlise de RAP Classe III 4 Aterro sanitrio 4 Aterro industrial 4 Usina de reciclagem de compostagem de resduos slidos domsticos 4 Necro-crematrios 4 Incinerador para resduos domsticos 4 Incinerador para resduos de servio de sade 4 Incinerador para resduos industriais, integrados ou no a instalao industrial 4 Incinerador para resduos porturios e de aeroportos 4 Sistema de tratamento para resduos de servio de sade 4 Sistema de tratamento reciclagem e disposio final de resduos 4 Industriais associado ou no a instalao industrial 4 Complexo industrial 4 Zona Estritamente Industrial 4 Parques temticos 4 Complexo turstico 4
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Anlise de RAP classe IV 5 Zona Estritamente Industrial 5 Porto, aeroporto 5 Rodovia, ferrovia e metropolitano 5 Oleoduto e gasoduto 5 Central termoeltrica e hidroeltrica 5.6 I. B) ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVO RELATRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA E RIMA TIPOS DE SERVIOS/NVEL DE INTERFERNCIA (*) NVEL DE COMPLEXIDADE Anlise de EIA e RIMA Classe I (nvel de interferncia at 12) 5 Anlise de EIA e RIMA Classe II (nvel de interferncia de 13 a 24) 6 Anlise de EIA e RIMA Classe III (nvel de interferncia > de 24) 7 (*) O quadro I.b.1 especifica os nveis de interferncia

I. C) QUANTIDADE DE HORAS TCNICAS DESPENDIDAS NAS ANLISE, SEGUNDO NVEL DE COMPLEXIDADE

NVEL DE COMPLEXIDADE QUANTIDADE DE HORAS DESPENDIDAS NA ANLISE

Nvel 1 = 40 horas Nvel 2 = 80 horas Nvel 3 = 120 horas Nvel 4 = 160 horas Nvel 5 = 240 horas
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Nvel 6 = 480 horas Nvel 7 = 960 horas

I. D) NOS CASOS EM QUE, APS A ANLISE DO RAP, FOR EXIGIDA A APRESENTAO DO EIA E RESPECTIVO RIMA, AS HORAS DESPENDIDAS NA ANLISE DO RAP SERO DEDUZIDAS. I. E) O VALOR APURADO, CONFORME OS ITENS I.A, I.B E I.C, CORRESPONDE AOS CUSTOS DE ANLISE NA FASE DA LICENA PRVIA - LP. I. F) O VALOR DO PREO DE ANLISE PARA A LICENA DE INSTALAO CORRESPONDE A 40% DO VALOR DA ANLISE DO DOCUMENTO QUE POSSIBILITOU A CONCESSO DA LICENA PRVIA, SENDO O MESMO PERCENTUAL APLICADO PARA A LICENA DE OPERAO. NOS CASOS DE LI OU LO FRACIONADAS, ESTE VALOR INCIDIR SOBRE CADA LICENA SOLICITADA. QUADRO I.b.1 - ATRIBUIO DOS PESOS, SEGUNDO NVEL DE INTERFERNCIA

A complexidade de anlise de EIA e Rima definida a partir do nvel de interferncia do empreendimento nos meios fsico, bitico e antrpico, constatado por meio das informaes contidas no RAP ou no Plano de Trabalho, conforme tabela a seguir. A cada tipo de interferncia atribuem-se pesos de 0 a 3, de acordo com a significncia da interferncia constatada. O nvel de complexidade de anlise de EIA e Rima dado pela somatria dos pesos obtidos, e classificados, conforme segue: Nvel de interferncia baixo: at 12 pontos Nvel de interferncia mdio: de 13 a 24 pontos Nvel de interferncia alto: mais de 24 pontos
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TIPOS DE INTERFERNCIA - PESOS 0 1 2 3 PESOS TIPOS DE INTERFERNCIA 1. guas superficiais 2. guas subterrneas 3. Qualidade do ar 4. Solo e sub solo 5. Formaes florestais e ecossistemas associados ao Domnio Mata Atlntica 6. Unidades de Conservao assim definidas pela legislao 7. Stio espeleolgico 8. Fauna endmica e/ou ameaada de extino 9. reas de Preservao Permanente assim definidas pela legislao 10. rea Natural Tombada 11. rea de Proteo aos Mananciais 12. Comunidade tradicional e/ou indgena 13. Patrimnio cultural, histrico e arqueolgico 14. Conflito com o uso e ocupao do solo 15. Implantao de outros programas, planos e projetos na rea 16. Relocao da populao 17. Travessia de cursos d'gua 18. Desapropriao de reas 19. Infra-estrutura existente (gua, esgoto, resduo slido) 20. Sobrecarga nos sistemas pblicos e na superestrutura instalada 21. Macro estrutura regional 0 1 2 3

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USO INDUSTRIAL Indstria - ME 01 Adaptao de empreendimento industrial anterior a LCM 02 Indstria 02 Empreendimentos minerrios 03 Adaptao de empreendimentos minerrios anteriores a LCM 03

USO COMERCIAL Escritrios comerciais 01 Lanchonete / Restaurante 01 Outros usos relacionados atividade comercial no especificados 01 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 01 Hotel / Motel 02 Piscicultura / pesque-pague / pesqueiro 02 Supermercado / hipermercado 02 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 02 Complexos tursticos e de lazer / Parques temticos / Clubes 03 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 03

USO DE PRESTAO DE SERVIOS Dutos e caixas subterrneas, bases e postes para telefonia 01 Emissora de rdio 01 Oficina mecnica 01 Ptio / estacionamento 01 Torre de Transmisso / Torre de telefonia 01 Outros usos relacionados prestao de servios no especificados 01 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 01
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Garagem de nibus 02 Posto de abastecimento e de servios 02 Rede de abastecimento de gua (implantao / extenso - pblica ou particular) 02 Rede coletora de esgoto (implantao / extenso - pblica ou particular) 02 Rede de energia eltrica (implantao / extenso) 02 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 02 ETA - Estao de Tratamento de gua 03 ETE - Estao de Tratamento de Esgoto 03 Linhas de Transmisso de Energia 03 Oleoduto / gasoduto 03 SES - Sistema de Esgoto Sanitrio 03 STA - Sistema de Tratamento de gua 03 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 03

USO INSTITUCIONAL Casa de repouso / Casa de retiro religioso 01 Delegacia 01 Igreja / Templos religiosos 01 Instituio assistencial / filantrpica 01 Instituio de ensino (pblica ou privada) 01 Outros usos relacionados atividade institucional no especificados 01 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 01 Hospital / Pronto Socorro / Posto de Sade (pblico ou particular) 02 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 02 Cemitrio 03
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Penitenciria 03 Adaptao de empreendimentos descritos acima anteriores a LCM 03

OUTROS USOS OU ATIVIDADES Ancoradouro de pequeno porte 01 Desassoreamento de rios e crregos 01 Desdobro de rea 01 Limpeza de lagos e tanques 01 Movimento de terra (em rea de at 01 ha.) 01 Remembramento de rea 01 Outros usos ou atividades no especificados 01 Adaptao de usos descritos acima anteriores a LCM (o que couber) 01 Abertura de estrada (exceto rodovias) 02 reas de Bota Fora 02 reas de Emprstimo 02 Criadouros de animais 02 Desmembramento de rea 02 Formao de dique / lagos / tanques 02 Movimento de terra (em rea de 01 ha. at 10 ha.) 02 Obras de pavimentao / drenagem / conteno 02 Adaptao de usos descritos acima anteriores a LCM (o que couber) 02 Aterro Sanitrio 03 Disposio de resduos slidos inertes em cava de minerao 03 Loteamento / parcelamento de solo 03 Movimentao de terra (em rea acima de 10 ha) 03 Rodovias / Praas de Pedgio / reas de Apoio 03 Adaptao de usos descritos acima anteriores a LCM (o que couber) 03
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Incinerador de resduos slidos 03 Usina asfltica 03 Usina de Compostagem 03 II. a) Quantidade de horas tcnicas despendidas nas anlises, segundo nvel de complexidade: NVEL DE COMPLEXIDADE QUANTIDADE DE HORAS DESPENDIDAS NA ANLISE Nvel 1 = 5 horas Nvel 2 = 10 horas Nvel 3 = 40 horas II. b. Parecer de Viabilidade: * empreendimentos em reas acima de 10 ha = R$ 204,00 (duzentos e quatro reais) * outros empreendimentos = R$ 120,00 (cento e vinte reais)

QUADRO III.9 PREO PARA ANLISE DE ATIVIDADES E EMPREENDIMENTOS QUE IMPLIQUEM SUPRESSO DE VEGETAO NATIVA E DOCUMENTOS ESPECFICOS: TIPO DE SERVIOS NVEL DE COMPLEXIDADE

Autorizao para supresso de vegetao nativa, para interveno em rea de preservao permanente: rea menor que 10 ha 1 rea acima de 10 ha at 50 ha 3 rea acima de 50 ha 5

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Autorizao para manejo florestal sob regime sustentado rea menor que 50 ha 3 rea acima de 50 ha at 500 ha 7 rea acima de 500 ha 9

Autorizao para corte de rvores isoladas at 30 rvores 1 acima de 30 rvores at 100 rvores 2 acima de 100 rvores 4

Autorizao para uso do fogo em queima controlada quando envolver vistoria 4 quando no envolver vistoria 1

NVEL DE COMPLEXIDADE QUANTIDADE DE HORAS DESPENDIDAS NA ANLISE Nvel 1 = 04 horas Nvel 2 = 08 horas Nvel 3 = 10 horas Nvel 4 = 16 horas Nvel 5 = 24 horas Nvel 6 = 30 horas Nvel 7 = 40 horas Nvel 8 = 50 horas Nvel 9 = 80 horas

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ANEXO III Anlise de Projetos, Planos e/ou Estudo Ambiental Tipos de Licena Licena Prvia (LP) Requerimento de Licena Prvia Projeto, Plano e/ou Estudo Ambiental Cpia da DUA referente ao pedido da LP Certido de Uso e Ocupao do Solo elaborada pela Prefeitura Municipal de Santos Licena de Instalao (LI) Requerimento de Licena de Instalao Cpia da publicao da concesso da LP ou da Licena Ambiental Municipal anterior Cpia da DUA referente ao pedido de LI Projeto, Plano, Estudo Ambiental e/ou esclarecimentos e complementaes necessrias Licena de Operao (LO) Requerimento de Licena de Operao Cpia da publicao da concesso da LI ou da Licena Ambiental Municipal anterior Cpia da DUA referente ao pedido de LO Projeto, Plano, Estudo Ambiental e/ou esclarecimentos e complementaes necessrias Documentos necessrios ao licenciamento

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ANEXO IV Empreendimentos e Atividades Dependero de EIA na Forma Prevista pelo Art. 115 desta Lei Complementar: 1. Lavra garimpeira, extrao e tratamento de minerais; 2. Perfurao de poos e produo de petrleo e gs natural; 3. Armazenamento e terminais de minrio, petrleo e produtos qumicos txicos, inflamveis ou corrosivos; 4. Terminais rodovirios, ferrovirios e hidrovirios, modais e intermodais de cargas e passageiros; 5. Estruturas de apoio nutico (PEAs, MEAs e GEAs); 6. Marinas, portos, aeroportos e helipontos; 7. Atividades e infra-estruturas de apoio ao retroporto; 8. Torres de difuso, transmisso e retransmisso; 9. Autdromo, kartdromo, hipdromo e hpica; 10. Lagoas para pesca e recreao, tanques e audes; 11. Parques temticos, complexos tursticos e de lazer; 12. Infra-estruturas de apoio ao turismo monitorado em reas verdes; 13. Instalaes, estruturas e obras civis de conduo, transposio e apoio; 14. Complexos virios urbanos e estrutura viria de transposio; 15. Barragens, diques e canais de drenagem; 16. Abertura de barras, embocaduras e canais; 17. Obras civis que possam acarretar transposio de bacias hidrogrficas; 18. Obras de drenagem e escoamento, includos retificao de curso dgua e amortecimento de cheias; 19. Captao de gua superficial e subterrnea; 20. Obras para extrao de gua subterrnea, poo profundo e escavado; 21. Implantao e ampliao de adutoras, redes e reservatrios dgua; 22. Tratamento e destinao de resduos provenientes de fossas e caixas detentoras; 23. Implantao e ampliao de estaes elevatrias, redes coletoras e interceptores de esgotos domsticos; 24. Aterros sanitrios, tratamento e disposio de resduos slidos urbanos, industriais e do sistema de sade;

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25. Incineradores industriais, domiciliares, utilizados para resduos slidos do sistema de sade, urbanos e necro-crematrios; 26. Cemitrios e crematrios; 27. Criao de animais, projeto agropecurio ou agrcola, em rea igual ou superior a 20.000 m2; 28. Aqicultura, maricultura e manejo de recursos aquticos; 29. Explorao e supresso de vegetao primria ou nos estgios avanado e mdio de regenerao do Complexo Florestal Atlntico; 30. Supresso de vegetao em rea considerada de preservao permanente e/ou localizadas nas Zonas de Preservao - ZP ou de Conservao - ZC; 31. Supresso de vegetao necessria implantao de obras de drenagem, escoamento e saneamento urbano; 32. Uso da diversidade biolgica pela biotecnologia; 33. Introduo de espcies exticas e/ou geneticamente modificadas; 34. Atividades industriais, usinas, fabricao, beneficiamento, transformao de matria-prima e metalurgia de qualquer natureza; 35. Silvicultura, explorao econmica de madeira ou lenha, em reas igual ou acima a 20.000 m2; 36. Projetos urbansticos em reas acima ou igual a 40.000 m2 ou em reas consideradas de relevante interesse ambiental.

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ANEXO V

PLANILHA DESCRITIVA DO PROJETO DE RESDUOS DE CONSTRUO CIVIL

Endereo da Obra: Tipo de Obra: Tempo estimado (meses): Tipo de transporte: ( ) Prprio ( )

Contratado:_________________________________________________

PROJETO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL Classe Caracterizao ITE (A, M B,C ou D) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
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Depsito

Acondiciona Unida Quantid Observa mento de ade Total es

(madeira,ferro,v Transitrio idro,etc.)

(canteiro,dep (granel,lata,e sito,etc.) tc.)

10. 11. 12. 13.

PROJETO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL ITEM Reutilizao Quantidade Local Descarte Final Quantidade rea de destinao

dos resduos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.

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ANEXO VI CRONOGRAMA DE RESDUOS DE CONSTRUO CIVIL Razo Social : Endereo da obra : Natureza da obra : ( ) Obra de terra ( ) Obra de infra-estrutura ( ) Edificao Nova ( ) Reforma em edificao ( ) outros Data de incio da obra : ___/___/___ Tempo estimado de obra (meses): Informar se os resduos sero separados e classificados para serem transportados para reas de recebimento: Residuos Classe A Classe B Classe C Classe D Sim No

Quan Resd Natureza Unid tidad uos ade e Estim ada 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 m m m m m m m m m Cronograma de Remoo de Resduos (por ms)

s s s s s s s s s m m m s s s Tijolos/b locos
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Class Concreto eA Argamas sa Asfalto Solo Outros Plstico Papel/pa pelo Class Metal eB Vidro Madeira Outros Class Gesso eC Outros

Tintas Solvente s Class leos eD Contami nados Radiolg ico Outros

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Obs.: Resduos perigosos, oriundos de obras de reforma ou demolio de clnicas radiolgicas e similares e, de instalaes industriais devero ser obrigatoriamente separados e identificados com rtulos, indicando a procedncia e a natureza. Informaes complementares: __________________________________________________________ __________________________________________________________

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