Caderno de Libras

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Copyright Editora GRUPO UNIASSELVI 2008 Elaborao: Prof. Ktia Solange Coelho Rafaeli Prof.

. Maria Dalma Duarte Silveira Reviso, Diagramao e Produo: Centro Universitrio Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Ficha catalogrfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri Grupo UNIASSELVI Indaial. 419 R136c

Rafaeli, Ktia Solange Coelho. Caderno de estudos : libras / Ktia Solange Coelho Rafaeli [e] Maria Dalma Duarte Silveira, Centro Universitrio Leonardo da Vinci. Indaial : ASSELVI, 2009. x ; 170 p. : il. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7830-138-1 1. Linguagem de sinais - Surdos. 2. Educao especial LIBRAS. 3. Lngua brasileira de sinais. I. Silveira, Maria Dalma Duarte. II. Centro Universitrio Leonardo da Vinci. Ncleo de Ensino a Distncia. III. Ttulo.

APRESENTAO
Prezado(a) acadmico(a)! com alegria que estamos chegando at voc! Seja bem-vindo(a) disciplina de Lngua Brasileira de Sinais-LIBRAS.

Para que voc alcance um nvel razovel em seu desempenho comunicativo, precisar ter o desejo e oportunidade de se comunicar em LIBRAS. Por isso, as orientaes metodolgicas deste Caderno de Estudos serviro para nortear o processo de ensino/aprendizagem desta lngua. A construo deste Caderno de Estudos foi um grande desafio. Exigiu de ns um esforo no sentido de sistematizar os aspectos terico e metodolgico dessa disciplina, que extremamente visual. Possui como um dos seus principais objetivos oportunizar condies de igualdade ao educando surdo no ensino regular e ter acesso ao conhecimento mundialmente disseminado na sua prpria lngua materna, inclusive quele que no teve a oportunidade de adquirir a lngua de sinais no seu convvio familiar. Cabe salientar que estudar LIBRAS vai alm da leitura deste Caderno de Estudos, pois a Lngua Brasileira de Sinais no um conjunto de gestos soltos e isolados, mas uma lngua que possui suas caractersticas prprias como qualquer outra lngua oral. Sabemos que no esgotaremos o assunto a ser estudado aqui, mas esperamos poder contribuir na construo, divulgao e compreenso desta lngua enquanto alicerce para o desenvolvimento integral do educando surdo. Vamos ao estudo... Prof.a Ktia Solange Coelho Rafaeli Prof.a Maria Dalma Duarte Silveira

LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS-LIBRAS

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UNI
Oi!! Eu sou o UNI, voc j me conhece das outras disciplinas. Estarei com voc ao longo deste caderno. Acompanharei os seus estudos e, sempre que precisar, farei algumas observaes. Desejo a voc excelentes estudos! UNI

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SUMRIO

PLANO DE ESTUDO DA DISCIPLINA .............................................................................ix UNIDADE 1: LIBRAS: ASPECTOS LEGAIS, HISTRICOS E CULTURAIS .................. 1 TPICO 1: AQUISIO DA LNGUA ............................................................................... 3 1 INTRODUO ............................................................................................................... 3 2 SURDEZ ........................................................................................................................ 3 3 AQUISIO DA PRIMEIRA LNGUA (L1) .................................................................... 7 4 AQUISIO DA SEGUNDA LNGUA (L2) .................................................................... 9 RESUMO DO TPICO 1 ..................................................................................................11 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 12 TPICO 2: A EDUCAO DE SURDOS E A LEGISLAO ........................................ 13 1 INTRODUO ............................................................................................................. 13 2 RETROSPECTO HISTRICO ..................................................................................... 13 2.1 RETROSPECTO MUNDIAL ...................................................................................... 13 2.2 EDUCAO DE SURDOS NO BRASIL .................................................................... 16 3 LEGISLAO .............................................................................................................. 18 4 RGOS ...................................................................................................................... 30 4.1 INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAO DE SURDOS INES .............................. 30 4.2 FEDERAO NACIONAL DE EDUCAO E INTEGRAO DOS SURDOS FENEIS ..................................................................................................................... 32 RESUMO DO TPICO 2 ................................................................................................. 34 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 35 TPICO 3: CULTURA, IDENTIDADE, TECNOLOGIA E A COMUNIDADE SURDA .... 37 1 INTRODUO ............................................................................................................. 37 2 CULTURA .................................................................................................................... 37 3 CONSTRUO DE IDENTIDADE ............................................................................... 39 4 COMUNIDADES SURDAS .......................................................................................... 40 5 COMPORTAMENTO E TECNOLOGIA ........................................................................ 41 5.1 TELEFONE PARA SURDOS ..................................................................................... 41 5.2 CELULAR PARA SURDOS ...................................................................................... 42 RESUMO DO TPICO 3 ................................................................................................. 44 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 45 AVALIAO ..................................................................................................................... 46 UNIDADE 2: LIBRAS E SUAS ESTRUTURAS .............................................................. 47 TPICO 1: A LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS ........................................ 49 1 INTRODUO ............................................................................................................. 49
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2 PARMETROS ............................................................................................................ 49 2.1 CONFIGURAO DE MOS (CM) ........................................................................... 50 2.2 PONTO DE ARTICULAO (PA) .............................................................................. 51 2.3 MOVIMENTO (M) ...................................................................................................... 51 2.3.1 Expresso facial/corporal ....................................................................................... 53 2.3.2 Orientao/direo ................................................................................................. 54 3 SINAIS .......................................................................................................................... 55 RESUMO DO TPICO 1 ................................................................................................. 57 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 58 TPICO 2: DATILOLOGIA E NUMERAO ................................................................. 59 1 INTRODUO ............................................................................................................. 59 2 O QUE A DATILOLOGIA .......................................................................................... 59 3 ALFABETO MANUAL .................................................................................................. 59 4 NUMERAIS .................................................................................................................. 62 4.1 EXPRESSO PARA O ANO SIDERAL ..................................................................... 63 4.2 VALORES MONETRIOS, PESOS E MEDIDAS ..................................................... 66 RESUMO DO TPICO 2 ................................................................................................. 67 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 68 TPICO 3: ESTRUTURAO DE SENTENAS EM LIBRAS ..................................... 71 1 INTRODUO ............................................................................................................. 71 2 SISTEMA DE TRANSCRIO PARA LIBRAS ........................................................... 71 3 VERBOS ...................................................................................................................... 74 4 CLASSIFICADOR ........................................................................................................ 75 5 ADVRBIOS DE TEMPO ............................................................................................ 75 6 ADJETIVOS ................................................................................................................. 76 7 PRONOMES ................................................................................................................. 77 7.1 PRONOMES PESSOAIS .......................................................................................... 77 7.2 PRONOMES DEMONSTRATIVOS E ADVRBIOS DE LUGAR .............................. 81 7.3 PRONOMES POSSESSIVOS ................................................................................... 82 7.4 PRONOMES INTERROGATIVOS ............................................................................. 83 7.4.1 Que, quem, onde .................................................................................................... 83 7.4.2 Qual, como, para-que e por-que ........................................................................... 83 7.4.3 Quando, dia, que-hora, quantas-horas .................................................................. 85 7.5 PRONOMES INDEFINIDOS ..................................................................................... 86 LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................... 87 RESUMO DO TPICO 3 ................................................................................................. 92 AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 93 AVALIAO .................................................................................................................... 94 UNIDADE 3: ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AO DOCENTE NO ENSINO DOS SURDOS ..................................................................... 95

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TPICO 1: ATIVIDADES EDUCATIVAS ........................................................................ 97 1 INTRODUO ............................................................................................................. 97 2 AES NO TRABALHO COM O SURDO .................................................................. 97 RESUMO DO TPICO 1 ............................................................................................... 100 AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 101 TPICO 2: ATIVIDADES EDUCATIVAS MATEMTICA E LNGUA PORTUGUESA ......................................................................................... 103 1 INTRODUO ........................................................................................................... 103 2 ATIVIDADES DIVERSAS ........................................................................................... 103 2.1 ALFABETO MVEL ................................................................................................ 109 TPICO 3: JOGOS ........................................................................................................111 1 INTRODUO ............................................................................................................111 2 JOGOS ........................................................................................................................111 2.1 A PULGA SURDA .....................................................................................................111 2.2 O JOGO DAS MOS ................................................................................................112 2.3 TESTE DA CAIXINHA ..............................................................................................112 2.4 COLEO DE AUTGRAFOS ................................................................................113 2.5 TELEFONE SEM FIO ...............................................................................................113 2.6 SINAIS ......................................................................................................................114 2.6.1 Cores .....................................................................................................................114 2.6.2 Frutas ....................................................................................................................118 2.6.3 Animais ................................................................................................................. 124 2.6.4 Brinquedos ........................................................................................................... 130 2.6.5 Vesturio ............................................................................................................... 134 2.6.6 Datas comemorativas ........................................................................................... 140 2.6.7 Famlia .................................................................................................................. 146 2.6.8 Escola ................................................................................................................... 152 2.6.9 Semana ................................................................................................................ 157 2.6.10 Meses do ano ..................................................................................................... 159 2.6.11 Boas maneiras .................................................................................................... 163 AVALIAO .................................................................................................................. 167 REFERNCIAS ............................................................................................................. 169

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PLANO DE ESTUDO DA DISCIPLINA


EMENTA
Cultura surda e cidadania brasileira. Educao dos surdos: aspectos histricos e institucionais. Caractersticas da linguagem de sinais. Situaes de aprendizagem dos surdos. Aquisio de uma segunda lngua.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Esta disciplina tem os seguintes objetivos: apresentar o conceito e a importncia da lngua de sinais; propiciar a compreenso sobre a cultura e a tecnologia surda; fornecer elementos terico-metodolgicos para a compreenso da Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS); apresentar legislao que fundamenta essa disciplina; pontuar os aspectos de construo de identidade surda; identificar os parmetros dos sinais; conhecer os principais sinais utilizados na Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS) pelos surdos; reconhecer a importncia da aquisio da Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS); demonstrar situaes de aprendizagem; apresentar as contribuies da sociedade educao de surdos.

PROGRAMA DA DISCIPLINA
UNIDADE 1 LIBRAS: ASPECTOS LEGAIS, HISTRICOS E CULTURAIS TPICO 1 AQUISIO DA LNGUA TPICO 2 A EDUCAO DE SURDOS E A LEGISLAO TPICO 3 CULTURA, IDENTIDADE, TECNOLOGIA E A COMUNIDADE SURDA UNIDADE 2 LIBRAS E SUAS ESTRUTURAS TPICO 1 A LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS TPICO 2 DATILOLOGIA E NUMERAO TPICO 3 ESTRUTURAO DE SENTENAS EM LIBRAS
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UNIDADE 3 ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AO DOCENTE NO ENSINO DOS SURDOS TPICO 1 ATIVIDADES EDUCATIVAS TPICO 2 ATIVIDADES EDUCATIVAS MATEMTICA E LNGUA TPICO 3 JOGOS

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UNIDADE 1

LIBRAS: ASPECTOS LEGAIS, HISTRICOS E CULTURAIS


OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade voc ser capaz de:
compreender identificar

a aquisio da segunda lngua;

a legislao pertinente Lngua Brasileira de Sinais; o que surdez; a construo da cultura e da identidade do surdo;

conceituar

compreender verificar

a evoluo da educao dos surdos; as tecnologias voltadas ao atendimento dos surdos;

identificar

identificar e compreender os rgos criados para o atendimento da

comunidade surda.

PLANO DE ESTUDOS
Esta primeira unidade est dividida em trs tpicos. Voc encontrar, no final de cada um deles, atividades que contribuiro para a compreenso dos contedos explorados.

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TPICO 1 AQUISIO DA LNGUA TPICO 2 A EDUCAO DE SURDOS E A LEGISLAO TPICO 3 CULTURA, IDENTIDADE, TECNOLOGIA E A COMUNIDADE SURDA

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UNIDADE 1

TPICO 1
AQUISIO DA LNGUA

1 INTRODUO
Iniciamos esta unidade lembrando que, no Caderno de Educao Especial, voc estudou a histria da educao especial, os fundamentos da educao inclusiva, o que deficincia etc., por isso no iremos retomar esses conceitos que so fundamentais para a compreenso da importncia da educao inclusiva. Estamos partindo do princpio de que j foram trabalhados e so por voc compreendidos. Na Unidade 3, tpico 2, do Caderno de Estudos de Educao Especial, j se trabalhou sobre deficincia auditiva. Vamos agora, ao incio desse Caderno de Estudos relembrar, o conceito sobre surdez.

IMP

ANT ORT

E!

Volte ao Caderno de Educao Especial escrito pela Prof. Luciana Monteiro e releia com ateno o que foi trabalhado.

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2 SURDEZ
Quando se fala em deficincia auditiva, faz-se necessria a compreenso do que surdez, para que possamos compreender as implicaes desta deficincia. Iniciamos as nossas reflexes acerca deste tema destacando o que pontua Rodrigues (2008):
[...] segundo a FENEIS (Federao Nacional dos Surdos), o surdo-mudo a mais antiga e incorreta denominao atribuda ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas reas e divulgada nos meios de comunicao. Para eles o fato de uma pessoa ser surda no significa que ela seja muda. A mudez outra deficincia. [...] O surdo o indivduo em que a audio no funcional para

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UNIDADE 1

todos os sons e rudos ambientais da vida; que apresenta altos graus de perda auditiva, prejudicando a aquisio da linguagem e impedindo a compreenso da fala atravs do ouvido.

Com esta reflexo surge o nosso primeiro alerta em relao surdez: nem todo surdo mudo e nem todo mudo surdo. Precisamos conhecer a deficincia para que possamos compreend-la. Segundo Fernandes (2003), surdez a privao parcial ou total do sentido de ouvir. Essa incapacidade pode ser de origem congnita, causada por viroses maternas, doenas txicas desenvolvidas durante a gravidez, predisposio gentica etc., ou adquirida, isto , a pessoa pode nascer surda ou adquirir posteriormente atravs de uma doena ou acidente. A intensidade de perda auditiva medida conforme a intensidade necessria para amplificao do som, essa medida se d comumente atravs de decibis. As leis nmeros 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelecem normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, definem a deficincia auditiva como [...] perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequncias de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. Decibel (dB) a unidade de amplificao utilizada para medir a potncia do som. Essa
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classificao se d atravs da correspondncia da potncia do som que pode ser distinguida do silncio. Veja a seguir um exemplo da classificao por decibis:

UNIDADE 1

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FIGURA 01 - CLASSIFICAO POR DECIBIS FONTE: Disponvel em: <http://www.ines.gov.br/ines_livros/4/4_005.HTM>. Acesso em: 20 nov. 2008.

N ATE

!
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Hertz (Hz) a unidade que determina o comprimento da onda sonora e envolve a frequncia do som, ou seja, a capacidade de perceber sons graves e agudos. Assim, a audio normal aquela que se situa entre 0 a 20 dB e entre 250 a 4.000 Hertz. Para determinar a perda em um teste audiomtrico, geralmente so usadas as frequncias 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz e 4000 Hz. FONTE: Di spon vel em: <http://w ww.i nes.gov.br/i nes_ livros/4/4_006.HTM>. Acesso em: 20 nov. 2008.

Conforme o INES Instituto Nacional de Educao de Surdos , no livro Educao Especial: deficincia auditiva, do ponto de vista educacional e com base na classificao do Bureau Internacional dAudiophonologie - BIAP, e na Portaria Interministerial n 186, de 10/03/78, considera-se: Parcialmente Surdo a) Portador de Surdez Leve - aluno que apresenta perda auditiva de at quarenta decibis. Essa perda impede que o aluno perceba igualmente todos os fonemas da palavra. Alm

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disso, a voz fraca ou distante no ouvida. Em geral, esse aluno considerado como desatento, solicitando, frequentemente, a repetio daquilo que lhe falam. Essa perda auditiva no impede a aquisio normal da linguagem, mas poder ser a causa de algum problema articulatrio ou dificuldade na leitura e/ou escrita. b) Portador de Surdez Moderada - aluno que apresenta perda auditiva entre quarenta e setenta decibis. Esses limites se encontram no nvel da percepo da palavra, sendo necessria uma voz de certa intensidade para que seja convenientemente percebida. So frequentes o atraso de linguagem e as alteraes articulatrias, havendo, em alguns casos, maiores problemas lingusticos. Esse aluno tem maior dificuldade de discriminao auditiva em ambientes ruidosos. Em geral, ele identifica as palavras mais significativas, tendo dificuldade em compreender certos termos de relao e/ou frases gramaticais complexas. Sua compreenso verbal est intimamente ligada sua aptido para a percepo visual. Surdo a) Portador de Surdez Severa - aluno que apresenta perda auditiva entre setenta e noventa decibis. Este tipo de perda vai permitir que ele identifique alguns rudos familiares e poder perceber apenas a voz forte, podendo chegar at quatro ou cinco anos sem aprender a falar. Se a famlia estiver bem orientada pela rea educacional, a criana poder chegar a adquirir linguagem. A compreenso verbal vai depender, em grande parte, de aptido para utilizar a percepo visual e para observar o contexto das situaes.
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b) Portador de Surdez Profunda - aluno que apresenta perda auditiva superior a noventa decibis. A gravidade dessa perda tal que o priva das informaes auditivas necessrias para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir naturalmente a linguagem oral. As perturbaes da funo auditiva esto ligadas tanto estrutura acstica, quanto identificao simblica da linguagem. Um beb que nasce surdo balbucia como um de audio normal, mas suas emisses comeam a desaparecer medida que no tem acesso estimulao auditiva externa, fator de mxima importncia para a aquisio da linguagem oral. Assim, tambm no adquire a fala como instrumento de comunicao, uma vez que, no a percebendo, no se interessa por ela, e no tendo "feedback" auditivo, no possui modelo para dirigir suas emisses.

DICA

S!

Voc pode acessar os livros digitais disponibilizados pelo INES atravs do site http://www.ines.gov.br/ines_livros

UNIDADE 1

TPICO 1

Com o objetivo de identificar e possibilitar uma maior acessibilidade a servios, identificao de espaos, equipamentos etc., foi institucionalizado o smbolo internacional de acesso. Essa sinalizao deve estar fixada de forma visvel em locais pblicos, principalmente entre entradas, reas e vagas de estacionamento de veculos, embarque/desembarque, equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficincia. No Brasil, a Lei n 8.160, de 08 de janeiro de 1991, dispe sobre a caracterizao de smbolo que permita a identificao de pessoas portadoras de deficincia auditiva. Esse o smbolo internacional de surdez.

FIGURA 02 - SMBOLO INTERNACIONAL DE SURDEZ FONTE: Disponvel em: <http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/informativospfdc/edicoes-2007/.../Anexo%20Inf%2016%20simbolo%20 internacional%2>. Acesso em: 20 nov. 2008.

3 AQUISIO DA PRIMEIRA LNGUA (L1)

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A! NOT

A primeira lngua ser representada pela sigla (L1) e a segunda lngua atravs de (L2). Essa representao adotada pelos livros que serviram de referncia para a construo deste Caderno de Estudos.

Como voc aprendeu sua lngua nativa? Geralmente essa aquisio acontece ouvindo os pais, irmos, enfim toda a famlia. Adquirimos a linguagem atravs da comunicao oral. O questionamento : e o surdo, como vai adquirir sua linguagem, se nasce em uma famlia que no sabe a lngua nativa do surdo? As crianas surdas, filhas de pais surdos, geralmente fazem a aquisio da linguagem atravs da Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Esse processo se d como primeira lngua (L1), porm

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TPICO 1

UNIDADE 1

algumas pesquisas mostram que as crianas surdas, filhas de pais ouvintes, devido ao fato de no serem expostas Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), desenvolvem sistemas de sinais naturais para se comunicar com a famlia, ocasionando uma falta de identificao. Ou seja, se no participarem da comunidade de surdos adultos ou da prpria cultura surda, podero ficar sem linguagem, no adquirindo a linguagem nem dos surdos e nem a dos ouvintes. Alguns estudos mostram que a aquisio da lngua de sinais se processa igualmente aquisio da lngua oral-auditiva, obedecendo maturao da criana, que vai internalizando a lngua a partir do meio histrico sociocultural em que vive. Essa construo da aquisio da lngua se constitui das seguintes fases: Primeira fase: a criana surda produz sequncias de gestos que fonologicamente se assemelham aos sinais, como o balbucio da criana ouvinte. Segunda fase: a criana surda comea a relacionar o objeto com o sinal, produzindo assim suas primeiras palavras, produzindo sinais com erros nos parmetros da configurao das mos ou ponto de articulao, como a criana ouvinte que ainda no pronuncia corretamente as palavras nesta fase. Terceira fase: a sintaxe da lngua de sinais pela criana surda comea a partir de 2 anos e meio de idade, mas as palavras so usadas sem concordncia, ento, a ordem das palavras constituir sua primeira sintaxe.
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A partir dessa terceira fase, a criana surda comea a adquirir a morfologia de uma lngua de sinais, a aquisio de subsistemas morfolgicos mais complexos, que se d at aproximadamente os 5 anos de idade. Observa-se, a partir de alguns aspectos, que o processo de construo da aprendizagem de uma lngua de sinais semelhante aquisio de qualquer outra lngua. Como destaca Lima (2006, p.3), deve ser
[...] concebida como uma atividade constitutiva com a qual se pode tecer sentidos; vista como uma atividade cognitiva pela qual se pode expressar sentimentos, ideias, aes e representar o mundo; visualizada como uma atividade social atravs da qual se pode interagir com outros seres sociais e que apresenta caractersticas essencialmente dialgicas.

Destacamos um ponto fundamental: quanto mais cedo uma criana surda inicia este processo de aquisio da lngua, mais natural ele ser.

UNIDADE 1

TPICO 1

4 AQUISIO DA SEGUNDA LNGUA (L2)


Para Vygotsky (2001), os instrumentos de escrita so dirigidos ao mundo externo, com isto passam a conduzir o homem para o objeto de sua atividade. Neste momento, a natureza transformada como signo, assim, alm de construir a relao entre os seres humanos, ainda influi psicologicamente na conduta do prprio sujeito, capaz de alter-la e configur-la como meio de atividade interna dirigida. Ao transpormos estas afirmaes para a alfabetizao de crianas surdas, Silva (2001, p. 53) nos remete que [...] a lngua que o surdo tem como legtima e usa, no a mesma que serve como base ao sistema escrito, por ser um sistema visuomanual, portanto muito diferente do oral. Os ouvintes se alfabetizam pelo som, porm as crianas surdas se alfabetizam pelo visual; elas precisam representar pela escrita sua fala, que a lngua de sinais, que possui caractersticas visuo-espaciais, processa seus pensamentos atravs de sinais, passando a escrita para outra lngua, em nosso caso, o portugus. A compreenso da leitura no uma tarefa fcil para o educando surdo. Embora no apresente dificuldade para codificar os smbolos grficos, a dificuldade se apresenta quando no consegue atribuir sentido ao que l, por falta de significado ao signo. No exerccio de produzir a leitura, como se o surdo lesse um pargrafo e aparecessem vrias palavras em outra lngua, ficando o texto sem sentido e compreenso. O domnio insuficiente de vocabulrio, tanto da primeira como da segunda lngua, se configura a maior dificuldade da escrita e da leitura do educando surdo. A prtica pedaggica do professor se apresenta como fundamental para a compreenso textual do aluno, assim como no trabalho com os ouvintes. muito importante que os vocbulos no sejam trabalhados de forma solta, descontextualizada, fragmentada, pois necessria uma ao docente integrada e contextualizada para auxiliar o educando a ter a compreenso do contexto. Outro fator importante que os educadores devem levar em considerao o eixo norteador para o processo da aquisio da alfabetizao, independente se a criana surda ou ouvinte. O que diferencia esse processo que, em relao ao aluno surdo, ele deve ser alfabetizado na sua lngua materna (LIBRAS). Magda Soares (2003, p. 37), uma das grandes pesquisadoras brasileiras sobre alfabetizao, pontua que: [...] os diferentes usos da escrita dependem das crenas, dos valores e das prticas culturais, e da histria de cada grupo, reforando assim a alfabetizao na lngua materna, bem como o respeito s caractersticas especficas de cada grupo.
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TPICO 1

UNIDADE 1

A alfabetizao do surdo pode seguir trs eixos, como descreveremos a seguir: 1 oralidade: para o educando surdo, a oralidade tambm pode e deve ser exercitada, atravs de momentos em que o aluno possa se expressar na sua prpria lngua, relatando fatos do seu dia a dia. 2 leitura: fazer uma prtica constante em vrios tipos de textos, entre eles, textos literrios, cientficos, informativos, jornal, revista, folheto de propagandas etc. 3 escrita: a maneira mais eficaz de demonstrar a sua sequncia lgica de pensamentos. Para o educando surdo, o movimento de escrever o maior desafio e onde se apresenta a maior dificuldade, pois ele pensa em uma lngua e tem que se expressar graficamente em outra. Esses eixos tm que ser constantes em todas as situaes que envolvam o processo de ensino e aprendizagem, pois devem estar impregnados de interesse, sentido e significado do educando. O professor um mediador desse processo, e pode estar proporcionando situaesproblema e de constantes questionamentos, como: O que ? Para que serve? Como feito? Que lugar? diferente de qu? parecido com qu? Com essas indagaes, deve-se levar o educando a construir suas prprias ideias e desenvolver seu senso crtico. Discusses dessas ltimas dcadas vm redefinir o conceito de alfabetizao, assim como habilidades que as crianas devem desenvolver por meio dela. No se pode esquecer que a alfabetizao e todas as discusses relacionadas a ela devem ser tambm consideradas
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quando se trabalha com a alfabetizao da criana surda. Ou seja, o processo no pode e no deve ser puramente mecnico, ele deve ser compreendido como um processo complexo, que envolve um indivduo que pensa e necessita desenvolver ferramentas de integrao e convivncia na sociedade. Queremos, com essa discusso, alertar para que a alfabetizao do surdo no seja reduzida a poucos vocbulos, empobrecendo seu processo de aprendizagem.

UNIDADE 1

TPICO 1

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RESUMO DO TPICO 1

Nesse tpico voc viu que:


Surdez

a privao parcial ou total do sentido de ouvir, podendo ser congnita ou

adquirida.
Conforme

o INES Instituto Nacional de Educao de Surdos, sob o ponto de vista

educacional, considera-se parcialmente surdo o portador de surdez leve e moderada; e surdo o portador de surdez severa e profunda.
O

Smbolo Internacional de Surdez tem por objetivo identificar e possibilitar uma maior

acessibilidade a servios, identificao de espaos, equipamentos etc.


A

aquisio da linguagem pelo surdo atravs de LIBRAS se d como primeira lngua (L1). ouvintes se alfabetizam pelo som, porm as crianas surdas se alfabetizam pelo visual,

Os

elas precisam representar pela escrita sua fala, que a lngua de sinais, que possui caractersticas visuo-espaciais.
A

alfabetizao do surdo no pode ser reduzida a poucos vocbulos, empobrecendo seu

processo de aprendizagem.

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ADE

TPICO 1

UNIDADE 1

OAT AUT

IVID

Aps reler o Tpico 1 deste Caderno, faa um exerccio de escrita e redija um breve texto, sintetizando os principais aspectos levantados neste Tpico.

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UNIDADE 1

TPICO 2
A EDUCAO DE SURDOS E A LEGISLAO

1 INTRODUO
Neste tpico buscamos dar a voc, acadmico(a), uma viso geral de como se configurou o processo de construo da Lngua de Sinais e educao dos surdos no Brasil e no mundo. Neste processo de construo, dois aspectos apresentam-se como fundamentais na consolidao desta proposta. O primeiro foi o surgimento de rgos e entidades que auxiliam no fortalecimento da comunidade surda, o segundo aspecto a legislao que vem garantir os direitos adquiridos pelos surdos no decorrer dos tempos.

2 RETROSPECTO HISTRICO

2.1 RETROSPECTO MUNDIAL


Fazer um retrospecto histrico da Educao de Surdos se faz necessrio para compreendermos o percurso dessa caminhada e at a configurao que possui hoje. Os surdos j foram adorados no Egito, pois eram considerados como interlocutores entre os deuses e os faras, porm eram lanados ao mar na antiguidade pelos chineses; na Grcia eram vistos como seres incompetentes, sendo assim marginalizados. Os romanos no reconheciam o direito do surdo de pertencer sociedade, pois eram imperfeitos. Em Constantinopla, eles at podiam fazer algumas atividades, tais como: pajens das mulheres, servio de corte ou bobos de entretenimento. At o final da Idade Mdia, sob o prisma religioso, os pais que possuam um filho surdo

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estariam pagando por pecados anteriormente cometidos. As crianas surdas eram consideradas diferentes das crianas ouvintes; sob essa perspectiva da Igreja, elas possuam alma mortal, pois no podiam pronunciar os sagrados sacramentos. Vrias so as pessoas que, de alguma forma e em determinados momentos histricos, com maior ou menor intensidade, contriburam para a construo da histria do surdo e da Lngua de Sinais. Algumas personalidades se destacaram na construo dessa histria e buscamos, atravs do quadro a seguir, exemplificar brevemente quem foram e suas contribuies.
poca Idade Moderna Personalidade Pedro Ponce de Lon Fatos Fundou uma escola para surdos em Madri, ensinava os filhos surdos de pessoas nobres da sociedade da poca. Desenvolveu um alfabeto manual que auxiliava na soletrao das palavras. Utilizava o mtodo oral, estudando e escrevendo sobre as metodologias para ensinar o surdo a ler e a escrever. Adepto da lngua gestual, produziu um mtodo para comunicar-se com os surdos. Estudioso sobre a surdez, dedicou-se mais ao ensino da escrita. Foi o idealizador do sistema de datilologia. Defensor da leitura labial. Muitos o consideram o criador da lngua gestual, apesar de se saber que a lngua j existia anteriormente. Criou o Instituto Nacional de Surdos-Mudos em Paris (primeira escola de surdos do mundo), reconheceu o surdo como ser humano, assumiu o mtodo como uma educao coletiva, pontuou que ensinar o surdo a falar antes de aprender a lngua gestual seria uma perda de tempo. Usava os gestos, mas defendia o mtodo oral. Fundou uma escola de surdos na Europa (Edimburgo). Ensinou vrios surdos a falar e criou o mtodo oral, conhecido atualmente. Criador de vrios institutos de surdos na Frana. Foi defensor da lngua gestual e publicou o primeiro livro escrito por um surdo. Mdico, dedicou-se ao estudo da deficincia auditiva, usava em suas pesquisas mtodos tais como: descarga eltrica, perfurao de tmpanos, entre outros. Primeiro professor de surdos.

Juan Pablo Bonet

John Bulwer John Wallis George Dalgarno Konrah Amman Charles Michel de Lpe
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Jacob Rodrigues Pereira Thomas Braidwood Samuel Heinicke Idade Contemporana Roch Ambroise Cucurron Sicard Pierre Desloges Jean Itard

Jean Massieu

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Thomas Hopkins Gallaudet Edward Miner Gallaudet Alexander Graham Bell Helen Keller

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Abriu a escola de Hartdford, usava a lngua gestual e o alfabeto manual. Criador da Universidade Gallaudet. Defensor do oralismo, era contra o casamento entre os surdos. Ficou cega e surda aos 7 anos de idade, criou mais de 60 sinais para se comunicar com seus familiares. Tornou-se uma grande escritora e falava vrias lnguas.

QUADRO 01 HISTRIA DOS SURDOS FONTE: Disponvel em: adaptado de <http://pt.wikipedia.org/HistriadoSurdos>. Acesso em 24 nov. 2008.

IMPO

NT RTA

E!

Existe uma luta entre os estudiosos e educadores de surdos que se iniciou desde os primeiros registros sobre os surdos, luta esta que possui, de um lado, os que defendem o mtodo do oralismo, ou seja, que o trabalho com os surdos deve seguir o caminho do ensino da fala, e veem a surdez como algo possvel de correo. De outro lado, existe quem defende o mtodo gestual, em que o surdo deve comunicar-se atravs dos gestos. Essa discusso ainda se encontra presente nos dias atuais.

Na histria dos surdos existe um marco importante, que foi a realizao de dois congressos realizados em Milo para discutir e deliberar sobre a educao dos surdos:
O

primeiro foi realizado em 1872 e definiu que o meio para a comunicao do pensamento

humano a lngua oral; se os surdos fossem devidamente orientados, poderiam ler os lbios e, consequentemente, falar, e que a lngua oral traria um maior desenvolvimento intelectual, moral e lingustico.
O

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segundo, em 1880, provocou uma grande transformao na histria dos surdos, pois

foi conduzido por um grupo de ouvintes que tomou a deciso de excluir definitivamente da educao dos surdos a lngua gestual. O oralismo tornou-se o mtodo oficial de educao dos surdos. Deliberaram tambm que os governos deveriam tomar providncias para que todos os surdos tivessem educao; o mtodo mais oportuno para os surdos se apropriarem da fala o mtodo intuitivo (primeiro a fala, depois a escrita); a idade para admitir uma criana surda na escola entre os 8-10 anos; nenhum educador de surdos deve ter mais de 10 alunos; deviam ser reunidas as crianas surdas recm-admitidas nas escolas, onde deveriam ser educadas atravs da fala; essas mesmas crianas deveriam ser separadas das crianas que j haviam recebido educao gestual, a fim de que no fossem contaminadas; os alunos antigos tambm deveriam ser ensinados segundo este novo sistema oral. O objetivo dos congressos era definir o melhor mtodo de aquisio da linguagem pelo

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surdo, conforme Soares (2005, p.35): [...] nenhum deles demonstrou a preocupao em fazer com que o surdo pudesse adquirir a instruo, tal como era compreendido para os normais.

A! NOT

Gerolamo Cardano (1501-1576), matemtico, mdico e astrlogo italiano, apontado como um dos primeiros educadores de surdos. Seus estudos iniciais referiam-se mais s questes de fisiologia, porm foi a partir de seus estudos que teria afirmado que a escrita poderia representar os sons da fala ou representar ideias do pensamento e, por isso, a mudez no se constitua em impedimento para que o surdo adquirisse conhecimento. Foi o primeiro a afirmar que a surdez no afetava a inteligncia.

2.2 EDUCAO DE SURDOS NO BRASIL


A educao dos surdos no Brasil seguiu os passos que mundialmente se apresentavam para esta questo. Inicialmente a preocupao se dava em trabalhar com os aspectos da fala, os esforos surgiam no sentido de possibilitar ao surdo falar. No se percebe um movimento e nem uma preocupao com a aquisio do saber desses indivduos. Soares (2005) pontua que no relatrio apresentado ao ento Instituto Nacional de Surdos-Mudos, na defesa da oralizao dos surdos, Dr. Menezes Vieira dizia: [...] em relao educao do surdo, era a adoo do
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mtodo oral puro, pois, para ele, o aprender a falar era mais importante que o aprender a ler e escrever, j que o Brasil era um pas de analfabetos (p. 44). Essa caminhada em torno da educao no Brasil durou longos anos e ainda acontece nos dias atuais , vrios foram os pareceres emitidos propondo melhores metodologias para o ensino dos surdos, fomentando discusses sobre que nveis de escolarizao o surdo deveria ter, e qual a capacidade deles. O francs Eduard Huet foi um dos grandes personagens na histria brasileira em relao educao dos surdos. Emigrou para o Brasil em 1855, fundando, com o apoio de D. Pedro II, o Imperial Instituto de Surdos e Mudos, atual INES; comeou alfabetizando crianas de sete anos, utilizando como metodologia de ensino a lngua de sinais. Dr. Armando Lacerda assume o Instituto Nacional do Surdo-Mudo em 1930 e, em 1934, publica a Pedagogia Emendativa do Surdo-Mudo, documento este que, segundo Soares (2005), tinha como contedo principal aqueles que serviriam para a comunicao diria/cotidiana do surdo, obtendo um certo volume lingustico. No ano de 1950 assume a presidncia do Instituto a professora Ana Rmoli, que implanta o primeiro Curso Normal de Formao de Professores para

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Surdos no Brasil, como medida de incentivo ao Ensino Mdio. A importncia da implantao do curso se deu, segundo Soares (2005), no sentido de fundamentar modificaes e ampliaes dentro do prprio Instituto, sendo nesta poca oficializado o uso do mtodo oral pelo mesmo. Em 1957 acontece a Campanha de Educao de Surdos Brasileiros, que, conforme Soares (2005, p.92), [...] pretendia fazer o surdo falar, e com isso torn-lo til e produtivo. A campanha mostrou-se inadequada, porm contribuiu para o crescimento no atendimento de servios ao surdo. Nesta poca, a escola (Instituto) no apresentava preocupao com as questes relacionadas ao contedo e aquisio do saber, ainda estava baseada no assistencialismo. A histria da educao dos surdos percorreu um longo caminho, com vrios impasses educacionais, discusses ideolgicas, condicionantes histricos que acabaram por determinar as aes educativas adotadas. Assim como no mundo, a educao de surdos, aqui no pas, passou por fases distintas. No quadro a seguir apresentaremos trs abordagens que, conforme Lima (2006), influenciaram significativamente a educao dos surdos. A primeira fase apresentava uma abordagem oralista, a segunda apresentava uma abordagem de comunicao total e a terceira, que se encontra em processo de construo, a abordagem bilngue.
Abordagem oralista o processo pelo qual se pretende capacitar o surdo na compreenso e na produo de linguagem oral e que parte do princpio de que o indivduo surdo, mesmo no possuindo o nvel de audio para receber os sons da fala, pode se constituir em interlocutor por meio da linguagem oral. Essa abordagem ainda continua sendo usada em alguns educandrios no mundo todo. Ela tem por objetivo fazer com que o aluno surdo assimile a linguagem oral, tornando o surdo um falante, buscando superar as diferenas que separam os ouvintes dos no ouvintes. Nesta abordagem o espao escolar torna-se um laboratrio de fontica, na qual so utilizadas tcnicas de terapia de fala para que o aluno supere seu dficit (surdez). O professor atua mais como um terapeuta do que como um educador. Nesta abordagem admite-se a utilizao de uma lngua gestual, porm vista somente como um passo de transio para a lngua oral. A abordagem bilngue surge como uma metodologia de ensino que tem sido utilizada por escolas que se propem tornar acessveis ao surdo duas lnguas, no espao escolar: a lngua de sinais (L1) e a lngua portuguesa (L2), em sua modalidade oral e/escrita.

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Abordagem da comunicao total Abordagem bilngue

QUADRO 02 ABORDAGENS NA EDUCAO DE SURDOS FONTE: Adaptado de Lima ( 2006)

Aps muitos anos de discusso, estudos e reformulaes, os aspectos educacionais foram se reformulando, modificando-se no sentido de compreender que o desenvolvimento pleno do educando surdo passa, necessariamente, pelo domnio do saber mundialmente construdo.

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DICA

S!

Prepare a pipoca e confira em qual abordagem o filme se enquadra. Filhos do Silncio Um dos filmes mais aclamados pela crtica na dcada de 80, Filhos do Silncio recebeu quatro indicaes para o Oscar da Academia e ganhou o de Melhor Atriz para Marlee Matlin. Baseado no sucesso da Broadway, conta a histria de amor de John Leeds (William Hurt), um professor de deficientes idealista e uma decidida moa surda, chamada Sarah (Marlee Matlin). No incio, Leeds v Sarah como um desafio sua didtica. Mas logo o relacionamento dos dois transforma-se num romance to passional, que rompe a barreira do silncio que os separa.

3 LEGISLAO
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Na busca da garantia dos direitos dos surdos, e na luta pelo reconhecimento dos diferentes aspectos culturais e sociais da comunidade surda, a legislao foi uma aliada na repercusso e legitimidade destes direitos. A comunidade surda tem se organizado no sentido de garantir legalmente estes direitos como espao de construo e solidificao de sua identidade. Vrios foram os decretos e leis importantes que, em determinadas pocas histricas, regulamentaram esses direitos. Neste Caderno de Estudos abordaremos o Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamentou a Lei 10.436/02, que definiu formas institucionais para o uso e a difuso da Lngua Brasileira de Sinais (L1) e da Lngua Portuguesa (L2), visando o acesso das pessoas surdas educao, bem como reconhece como meio legal de comunicao e expresso a Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS.

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E!

IMPO

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A Lei 10.436/02, no seu Art. 1, Pargrafo nico, define a Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS, como a forma de comunicao e expresso em que o sistema lingustico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical prpria, constitui um sistema lingustico de transmisso de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

O Decreto n 5.626, de 22/12/05, trata da incluso da LIBRAS como disciplina curricular nos cursos de formao de professores e nos cursos de Fonoaudiologia, da formao do professor de LIBRAS e do instrutor de LIBRAS, da formao do tradutor e intrprete de LIBRAS/ Lngua Portuguesa, da garantia do direito educao e sade das pessoas surdas ou com deficincia auditiva e do papel do poder pblico e das empresas no apoio ao uso e difuso da LIBRAS.

DICA

S!

Para a certificao dos docentes, tradutores e intrpretes da LIBRAS, e cumprimento da Lei 10.436/2002, o Ministrio da Educao MEC instituiu o Prolibras, Programa de Certificao Nacional, que tem por objetivo realizar, por 10 anos, os exames anuais para a certificao de proficincia em LIBRAS, bem como a certificao de proficincia em traduo e interpretao da LIBRAS.
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Pela sua importncia comunidade surda, segue na ntegra o Decreto n 5.626, de 22/12/05.

DECRETO N 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005 Regulamenta a Lei n 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei n 10.098, de 19 de dezembro de 2000. O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, DECRETA: CAPTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

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Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experincias visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Lngua Brasileira de Sinais - Libras. Pargrafo nico. Considera-se deficincia auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequncias de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. CAPTULO II DA INCLUSO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatria nos cursos de formao de professores para o exerccio do magistrio, em nvel mdio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituies de ensino, pblicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes reas do conhecimento, o curso normal de nvel mdio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educao Especial so considerados cursos de formao de professores e profissionais da educao para o exerccio do magistrio. 2o A Libras constituir-se- em disciplina curricular optativa nos demais cursos
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de educao superior e na educao profissional, a partir de um ano da publicao deste Decreto. CAPTULO III DA FORMAO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS Art. 4o A formao de docentes para o ensino de Libras nas sries finais do ensino fundamental, no ensino mdio e na educao superior deve ser realizada em nvel superior, em curso de graduao de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Lngua Portuguesa como segunda lngua. Pargrafo nico. As pessoas surdas tero prioridade nos cursos de formao previstos no caput. Art. 5o A formao de docentes para o ensino de Libras na educao infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso normal superior, em que Libras e Lngua Portuguesa escrita tenham constitudo lnguas de instruo, viabilizando a formao bilngue. 1o Admite-se como formao mnima de docentes para o ensino de Libras na educao

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infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a formao ofertada em nvel mdio na modalidade normal, que viabilizar a formao bilngue, referida no caput. 2o As pessoas surdas tero prioridade nos cursos de formao previstos no caput. Art. 6o A formao de instrutor de Libras, em nvel mdio, deve ser realizada por meio de: I - cursos de educao profissional; II - cursos de formao continuada promovidos por instituies de ensino superior; e III - cursos de formao continuada promovidos por instituies credenciadas por secretarias de educao. 1o A formao do instrutor de Libras pode ser realizada tambm por organizaes da sociedade civil representativa da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por pelo menos uma das instituies referidas nos incisos II e III. 2o As pessoas surdas tero prioridade nos cursos de formao previstos no caput. Art. 7o Nos prximos dez anos, a partir da publicao deste Decreto, caso no haja docente com ttulo de ps-graduao ou de graduao em Libras para o ensino dessa disciplina em cursos de educao superior, ela poder ser ministrada por profissionais que apresentem pelo menos um dos seguintes perfis: I - professor de Libras, usurio dessa lngua com curso de ps-graduao ou com formao superior e certificado de proficincia em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo Ministrio da Educao; II - instrutor de Libras, usurio dessa lngua com formao de nvel mdio e com certificado obtido por meio de exame de proficincia em Libras, promovido pelo Ministrio da Educao; III - professor ouvinte bilngue: Libras - Lngua Portuguesa, com ps-graduao ou formao superior e com certificado obtido por meio de exame de proficincia em Libras, promovido pelo Ministrio da Educao. 1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas surdas tero prioridade para ministrar a disciplina de Libras. 2o A partir de um ano da publicao deste Decreto, os sistemas e as instituies de ensino da educao bsica e as de educao superior devem incluir o professor de Libras em seu quadro do magistrio. Art. 8o O exame de proficincia em Libras, referido no art. 7o, deve avaliar a fluncia no uso, o conhecimento e a competncia para o ensino dessa lngua. 1o O exame de proficincia em Libras deve ser promovido, anualmente, pelo Ministrio da Educao e instituies de educao superior por ele credenciadas para essa finalidade. 2o A certificao de proficincia em Libras habilitar o instrutor ou o professor para a funo docente.
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3o O exame de proficincia em Libras deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento em Libras, constituda por docentes surdos e linguistas de instituies de educao superior. Art. 9o A partir da publicao deste Decreto, as instituies de ensino mdio que oferecem cursos de formao para o magistrio na modalidade normal e as instituies de educao superior que oferecem cursos de Fonoaudiologia ou de formao de professores devem incluir Libras como disciplina curricular, nos seguintes prazos e percentuais mnimos: I - at trs anos, em vinte por cento dos cursos da instituio; II - at cinco anos, em sessenta por cento dos cursos da instituio; III - at sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituio; e IV - dez anos, em cem por cento dos cursos da instituio. Pargrafo nico. O processo de incluso da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se nos cursos de Educao Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliandose progressivamente para as demais licenciaturas. Art. 10. As instituies de educao superior devem incluir a Libras como objeto de ensino, pesquisa e extenso nos cursos de formao de professores para a educao bsica, nos cursos de Fonoaudiologia e nos cursos de Traduo e Interpretao de Libras - Lngua Portuguesa.
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Art. 11. O Ministrio da Educao promover, a partir da publicao deste Decreto, programas especficos para a criao de cursos de graduao: I - para formao de professores surdos e ouvintes, para a educao infantil e anos iniciais do ensino fundamental, que viabilize a educao bilngue: Libras - Lngua Portuguesa como segunda lngua; II - de licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Lngua Portuguesa, como segunda lngua para surdos; III - de formao em Traduo e Interpretao de Libras - Lngua Portuguesa. Art. 12. As instituies de educao superior, principalmente as que ofertam cursos de Educao Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar cursos de ps-graduao para a formao de professores para o ensino de Libras e sua interpretao, a partir de um ano da publicao deste Decreto. Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Lngua Portuguesa, como segunda lngua para pessoas surdas, deve ser includo como disciplina curricular nos cursos de formao de professores para a educao infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, de nvel mdio e superior, bem como nos cursos de licenciatura em Letras com habilitao em Lngua

UNIDADE 1 Portuguesa.

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Pargrafo nico. O tema sobre a modalidade escrita da lngua portuguesa para surdos deve ser includo como contedo nos cursos de Fonoaudiologia. CAPTULO IV DO USO E DA DIFUSO DA LIBRAS E DA LNGUA PORTUGUESA PARA O ACESSO DAS PESSOAS SURDAS EDUCAO Art. 14. As instituies federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, s pessoas surdas, acesso comunicao, informao e educao nos processos seletivos, nas atividades e nos contedos curriculares desenvolvidos em todos os nveis, etapas e modalidades de educao, desde a educao infantil at a superior. 1o Para garantir o atendimento educacional especializado e o acesso previsto no caput, as instituies federais de ensino devem: I - promover cursos de formao de professores para: a) o ensino e uso da Libras; b) a traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa; e c) o ensino da Lngua Portuguesa, como segunda lngua para pessoas surdas; II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educao infantil, o ensino da Libras e tambm da Lngua Portuguesa, como segunda lngua para alunos surdos; III - prover as escolas com: a) professor de Libras ou instrutor de Libras; b) tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa; c) professor para o ensino de Lngua Portuguesa como segunda lngua para pessoas surdas; e d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade lingustica manifestada pelos alunos surdos; IV - garantir o atendimento s necessidades educacionais especiais de alunos surdos, desde a educao infantil, nas salas de aula e, tambm, em salas de recursos, em turno contrrio ao da escolarizao; V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difuso de Libras entre professores, alunos, funcionrios, direo da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos; VI - adotar mecanismos de avaliao coerentes com aprendizado de segunda lngua, na correo das provas escritas, valorizando o aspecto semntico e reconhecendo a singularidade lingustica manifestada no aspecto formal da Lngua Portuguesa; VII - desenvolver e adotar mecanismos alternativos para a avaliao de conhecimentos
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24 eletrnicos e tecnolgicos;

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expressos em Libras, desde que devidamente registrados em vdeo ou em outros meios VIII - disponibilizar equipamentos, acesso s novas tecnologias de informao e comunicao, bem como recursos didticos para apoiar a educao de alunos surdos ou com deficincia auditiva. 2o O professor da educao bsica, bilngue, aprovado em exame de proficincia em traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, pode exercer a funo de tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa, cuja funo distinta da funo de professor docente. 3o As instituies privadas e as pblicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscaro implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficincia auditiva. Art. 15. Para complementar o currculo da base nacional comum, o ensino de Libras e o ensino da modalidade escrita da Lngua Portuguesa, como segunda lngua para alunos surdos, devem ser ministrados em uma perspectiva dialgica, funcional e instrumental, como: I - atividades ou complementao curricular especfica na educao infantil e anos iniciais do ensino fundamental; e II - reas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do ensino fundamental, no ensino mdio e na educao superior.
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Art. 16. A modalidade oral da Lngua Portuguesa, na educao bsica, deve ser ofertada aos alunos surdos ou com deficincia auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da escolarizao, por meio de aes integradas entre as reas da sade e da educao, resguardado o direito de opo da famlia ou do prprio aluno por essa modalidade. Pargrafo nico. A definio de espao para o desenvolvimento da modalidade oral da Lngua Portuguesa e a definio dos profissionais de Fonoaudiologia para atuao com alunos da educao bsica so de competncia dos rgos que possuam estas atribuies nas unidades federadas. CAPTULO V DA FORMAO DO TRADUTOR E INTRPRETE DE LIBRAS - LNGUA PORTUGUESA Art. 17. A formao do tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa deve efetivarse por meio de curso superior de Traduo e Interpretao, com habilitao em Libras - Lngua Portuguesa. Art. 18. Nos prximos dez anos, a partir da publicao deste Decreto, a formao de tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa, em nvel mdio, deve ser realizada por

UNIDADE 1 meio de:

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I - cursos de educao profissional; II - cursos de extenso universitria; e III - cursos de formao continuada promovidos por instituies de ensino superior e instituies credenciadas por secretarias de educao. Pargrafo nico. A formao de tradutor e intrprete de Libras pode ser realizada por organizaes da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituies referidas no inciso III. Art. 19. Nos prximos dez anos, a partir da publicao deste Decreto, caso no haja pessoas com a titulao exigida para o exerccio da traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, as instituies federais de ensino devem incluir, em seus quadros, profissionais com o seguinte perfil: I - profissional ouvinte, de nvel superior, com competncia e fluncia em Libras para realizar a interpretao das duas lnguas, de maneira simultnea e consecutiva, e com aprovao em exame de proficincia, promovido pelo Ministrio da Educao, para atuao em instituies de ensino mdio e de educao superior; II - profissional ouvinte, de nvel mdio, com competncia e fluncia em Libras para realizar a interpretao das duas lnguas, de maneira simultnea e consecutiva, e com aprovao em exame de proficincia, promovido pelo Ministrio da Educao, para atuao no ensino fundamental; III - profissional surdo, com competncia para realizar a interpretao de lnguas de sinais de outros pases para a Libras, para atuao em cursos e eventos. Pargrafo nico. As instituies privadas e as pblicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscaro implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficincia auditiva o acesso comunicao, informao e educao. Art. 20. Nos prximos dez anos, a partir da publicao deste Decreto, o Ministrio da Educao ou instituies de ensino superior por ele credenciadas para essa finalidade promovero, anualmente, exame nacional de proficincia em traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa. Pargrafo nico. O exame de proficincia em traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa funo, constituda por docentes surdos, linguistas e tradutores e intrpretes de Libras de instituies de educao superior.
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UNIDADE 1

Art. 21. A partir de um ano da publicao deste Decreto, as instituies federais de ensino da educao bsica e da educao superior devem incluir, em seus quadros, em todos os nveis, etapas e modalidades, o tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa, para viabilizar o acesso comunicao, informao e educao de alunos surdos. 1o O profissional a que se refere o caput atuar: I - nos processos seletivos para cursos na instituio de ensino; II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e contedos curriculares, em todas as atividades didtico-pedaggicas; e III - no apoio acessibilidade aos servios e s atividades-fim da instituio de ensino. 2o As instituies privadas e as pblicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscaro implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficincia auditiva o acesso comunicao, informao e educao. CAPTULO VI DA GARANTIA DO DIREITO EDUCAO DAS PESSOAS SURDAS OU COM DEFICINCIA AUDITIVA Art. 22. As instituies federais de ensino responsveis pela educao bsica devem
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garantir a incluso de alunos surdos ou com deficincia auditiva, por meio da organizao de: I - escolas e classes de educao bilngue, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilngues, na educao infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental; II - escolas bilngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino mdio ou educao profissional, com docentes das diferentes reas do conhecimento, cientes da singularidade lingustica dos alunos surdos, bem como com a presena de tradutores e intrpretes de Libras - Lngua Portuguesa. 1o So denominadas escolas ou classes de educao bilngue aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da Lngua Portuguesa sejam lnguas de instruo utilizadas no desenvolvimento de todo o processo educativo. 2o Os alunos tm o direito escolarizao em um turno diferenciado ao do atendimento educacional especializado para o desenvolvimento de complementao curricular, com utilizao de equipamentos e tecnologias de informao. 3o As mudanas decorrentes da implementao dos incisos I e II implicam a formalizao, pelos pais e pelos prprios alunos, de sua opo ou preferncia pela educao sem o uso de Libras.

UNIDADE 1 usurios da Libras.

TPICO 2

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4o O disposto no 2o deste artigo deve ser garantido tambm para os alunos no

Art. 23. As instituies federais de ensino, de educao bsica e superior devem proporcionar aos alunos surdos os servios de tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa em sala de aula e em outros espaos educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso comunicao, informao e educao. 1o Deve ser proporcionado aos professores acesso literatura e informaes sobre a especificidade lingustica do aluno surdo. 2o As instituies privadas e as pblicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscaro implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficincia auditiva o acesso comunicao, informao e educao. Art. 24. A programao visual dos cursos de nvel mdio e superior, preferencialmente os de formao de professores, na modalidade de educao a distncia, deve dispor de sistemas de acesso informao como janela com tradutor e intrprete de Libras - Lngua Portuguesa e subtitulao por meio do sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas s pessoas surdas, conforme prev o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004. CAPTULO VII DA GARANTIA DO DIREITO SADE DAS PESSOAS SURDAS OU COM DEFICINCIA AUDITIVA Art. 25. A partir de um ano da publicao deste Decreto, o Sistema nico de Sade - SUS e as empresas que detm concesso ou permisso de servios pblicos de assistncia sade, na perspectiva da incluso plena das pessoas surdas ou com deficincia auditiva em todas as esferas da vida social, devem garantir, prioritariamente aos alunos matriculados nas redes de ensino da educao bsica, a ateno integral sua sade, nos diversos nveis de complexidade e especialidades mdicas, efetivando: I - aes de preveno e desenvolvimento de programas de sade auditiva; II - tratamento clnico e atendimento especializado, respeitando as especificidades de cada caso; III - realizao de diagnstico, atendimento precoce e do encaminhamento para a rea de educao; IV - seleo, adaptao e fornecimento de prtese auditiva ou aparelho de amplificao sonora, quando indicado; V - acompanhamento mdico e fonoaudiolgico e terapia fonoaudiolgica;
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TPICO 2

UNIDADE 1

VI - atendimento em reabilitao por equipe multiprofissional; VII - atendimento fonoaudiolgico s crianas, adolescentes e jovens matriculados na educao bsica, por meio de aes integradas com a rea da educao, de acordo com as necessidades teraputicas do aluno; VIII - orientaes famlia sobre as implicaes da surdez e sobre a importncia para a criana com perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso Libras e Lngua Portuguesa; IX - atendimento s pessoas surdas ou com deficincia auditiva na rede de servios do SUS e das empresas que detm concesso ou permisso de servios pblicos de assistncia sade, por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua traduo e interpretao; e X - apoio capacitao e formao de profissionais da rede de servios do SUS para o uso de Libras e sua traduo e interpretao. 1o O disposto neste artigo deve ser garantido tambm para os alunos surdos ou com deficincia auditiva no usurios da Libras. 2o O Poder Pblico, os rgos da administrao pblica estadual, municipal, do Distrito Federal e as empresas privadas que detm autorizao, concesso ou permisso de servios pblicos de assistncia sade buscaro implementar as medidas referidas no art. 3o da Lei no 10.436, de 2002, como meio de assegurar, prioritariamente, aos alunos surdos ou com deficincia auditiva matriculados nas redes de ensino da educao bsica, a ateno integral sua sade, nos diversos nveis de complexidade e especialidades mdicas.
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CAPTULO VIII DO PAPEL DO PODER PBLICO E DAS EMPRESAS QUE DETM CONCESSO OU PERMISSO DE SERVIOS PBLICOS, NO APOIO AO USO E DIFUSO DA LIBRAS Art. 26. A partir de um ano da publicao deste Decreto, o Poder Pblico, as empresas concessionrias de servios pblicos e os rgos da administrao pblica federal, direta e indireta devem garantir s pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difuso de Libras e da traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa funo, bem como o acesso s tecnologias de informao, conforme prev o Decreto no 5.296, de 2004. 1o As instituies de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de servidores, funcionrios e empregados capacitados para o uso e interpretao da Libras. 2o O Poder Pblico, os rgos da administrao pblica estadual, municipal e do Distrito Federal, e as empresas privadas que detm concesso ou permisso de servios pblicos buscaro implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar s pessoas surdas ou com deficincia auditiva o tratamento diferenciado, previsto no caput.

UNIDADE 1

TPICO 2

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Art. 27. No mbito da administrao pblica federal, direta e indireta, bem como das empresas que detm concesso e permisso de servios pblicos federais, os servios prestados por servidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa esto sujeitos a padres de controle de atendimento e a avaliao da satisfao do usurio dos servios pblicos, sob a coordenao da Secretaria de Gesto do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, em conformidade com o Decreto no 3.507, de 13 de junho de 2000. Pargrafo nico. Caber administrao pblica no mbito estadual, municipal e do Distrito Federal disciplinar, em regulamento prprio, os padres de controle do atendimento e avaliao da satisfao do usurio dos servios pblicos, referido no caput. CAPTULO IX DAS DISPOSIES FINAIS Art. 28. Os rgos da administrao pblica federal, direta e indireta, devem incluir em seus oramentos anuais e plurianuais dotaes destinadas a viabilizar aes previstas neste Decreto, prioritariamente as relativas formao, capacitao e qualificao de professores, servidores e empregados para o uso e difuso da Libras e realizao da traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, a partir de um ano da publicao deste Decreto. Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municpios, no mbito de suas competncias, definiro os instrumentos para a efetiva implantao e o controle do uso e difuso de Libras e de sua traduo e interpretao, referidos nos dispositivos deste Decreto. Art. 30. Os rgos da administrao pblica estadual, municipal e do Distrito Federal, direta e indireta, viabilizaro as aes previstas neste Decreto com dotaes especficas em seus oramentos anuais e plurianuais, prioritariamente as relativas formao, capacitao e qualificao de professores, servidores e empregados para o uso e difuso da Libras e realizao da traduo e interpretao de Libras - Lngua Portuguesa, a partir de um ano da publicao deste Decreto. Art. 31. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independncia e 117o da Repblica. LUIZ INCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad Este texto no substitui o publicado no DOU de 23.12.2005.
FONTE: Disponvel em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/D5626.htm 38k> Acesso em: 30 nov. 2008.
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UNIDADE 1

4 RGOS
A comunidade surda vem, ao longo dos anos, conseguindo vrias conquistas, e o papel das organizaes governamentais e no governamentais nesse contexto tornou-se fundamental, pois elas do apoio, estrutura e organizam as comunidades surdas. Apresentaremos a seguir duas destas instituies, reconhecidas nacionalmente.

4.1 INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAO DE SURDOS INES

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FIGURA O3 SINAL DO INES FONTE: Capovilla (2001, p.755)

O Instituto Nacional de Educao de Surdos INES o rgo do Ministrio da Educao que possui, conforme seus documentos informam,
[...] a misso institucional de produo, o desenvolvimento e a divulgao de conhecimentos cientficos e tecnolgicos na rea da surdez em todo o territrio nacional, bem como subsidiar a Poltica Nacional de Educao, na perspectiva de promover e assegurar o desenvolvimento global da pessoa surda, sua plena socializao e o respeito s suas diferenas.

Este instituto tambm um Centro de Referncia Nacional na rea da surdez, presta assessoria tcnica nas reas que envolvam questes tais como: preveno surdez, audiologia, fonoaudiologia, orientao familiar, orientao para o trabalho e qualificao profissional, artes plsticas, dana, biblioteca infantil, Lngua de Sinais, informtica educativa etc. No Centro de Referncia encontra-se o colgio de aplicao, onde so atendidos alunos surdos, desde a Educao Infantil at o Ensino Mdio. Agora voc conhecer cronologicamente um pouco da histria do INES.

UNIDADE 1

TPICO 2

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1857: toda esta histria comeou em 26 de setembro de 1857, durante o Imprio de D. Pedro II, quando o professor francs Eduard Huet fundou, com o apoio do imperador, o Imperial Instituto de Surdos-Mudos. Huet era surdo. Na poca, o Instituto era um asilo, onde s eram aceitos surdos do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do pas e muitos eram abandonados pelas famlias. 1931: foi criado o externato feminino, com oficinas de costura e bordado. Com isso, o INES consolida o seu carter de estabelecimento profissionalizante, institudo em 1925. 1951: os anos 50 foram marcados por uma srie de aes importantes, como a criao do primeiro curso normal para professores na rea da surdez (1951). Neste ano, o INES recebeu a visita de Helen Keller, cidad americana, surda e cega, cuja trajetria de vida um exemplo at os dias de hoje. Em 1952 foi fundado o Jardim de Infncia do Instituto e nos anos seguintes criou-se o curso de Artes Plsticas, com o acompanhamento da Escola Nacional de Belas Artes. Em 06 de junho de 1957, o Instituto passou a denominar-se Instituto Nacional de Educao de Surdos. Neste mesmo ano foi criado o Centro de Logopedia do Instituto, o primeiro do Brasil. Anos 70 e 80: na dcada de 70 foi criado o Servio de Estimulao Precoce para atendimento de bebs de zero a trs anos de idade. No incio dos anos 80, com a criao do Curso de Especializao para professores na rea da surdez, o INES investe na capacitao de recursos humanos, com a finalidade no s de capacitar, como de gerar agentes multiplicadores nesta rea, uma vez que o curso, atualmente chamado de Curso de Estudos Adicionais, recebe professores de todo o pas que, ao retornarem s origens, disseminam os conhecimentos adquiridos no INES. 1985: atravs do convnio UNESCO/CENESP, em 1985 foi criado no INES o Centro de Diagnstico e Adaptao de Prtese Otofnica e um laboratrio de Fontica (atual Diviso de Audiologia). 1990: criado o informativo tcnico-cientfico Espao, cujos artigos so voltados para a educao do aluno surdo. A partir de 1993, o INES adquiriu nova personalidade com a mudana de seu Regimento Interno, atravs de ato ministerial. O Instituto passa a ser um centro nacional de referncia na rea da surdez. Com esta nova atribuio so realizadas aes que subsidiam todo o pas.
FONTE: Disponvel em: <http://www.ines.gov.br/>. Acesso em: 30 nov. 2008.
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UNIDADE 1

UNI
Esse o smbolo do INES.

Mais informaes sobre o instituto, consulte a pgina http://www. ines.gov.br/

4.2 FEDERAO NACIONAL DE EDUCAO E INTEGRAO DOS SURDOS FENEIS

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FIGURA 04 FENEIS FONTE: Capovilla e Raphael (2001, p. 660)

Outra instituio que tem grande influncia na comunidade surda e na sociedade de forma geral a Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos FENEIS, que est ligada Federao Mundial de Surdos. A entidade possui como objetivo a defesa e a luta pelos direitos culturais, sociais e lingusticos da comunidade surda. uma instituio filantrpica e sem fins lucrativos, e apresenta um trabalho de cunho social, assistencial e educacional. Seu incio acontece com a unio de vrias entidades que trabalhavam com surdos. Desta unio surge a FENEIDA (Federao Nacional de Educao dos Deficientes Auditivos). Em 16 de maio de 1987, em Assemblia Geral, a nova diretoria reestruturou o estatuto da instituio, que passou a se chamar Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos FENEIS, que atualmente possui escritrios regionais e filiados em todo territrio brasileiro. Segundo o seu Estatuto, no Art. 5, a FENEIS tem como principal finalidade: I- promover e assessorar a educao e a cultura das pessoas portadoras de surdez/deficincia auditiva;

UNIDADE 1

TPICO 2

33

II- incentivar o uso dos meios de comunicao social apropriados pessoa surda, especialmente em LIBRAS - Lngua Brasileira de Sinais; III- apoiar e colaborar com as filiadas, as Associaes de Surdos, de Pais e Amigos de Surdos, escolas e clnicas especializadas, objetivando uma ao conjunta no sentido de melhorar os recursos educativos e de integrao dos surdos; IV- incentivar a criao e o desenvolvimento de novas instituies, nos moldes das modernas tcnicas de atendimento, visando ao diagnstico, preveno, estimulao precoce, educao, profissionalizao e integrao da pessoa portadora de surdez; V- estender o seu mbito de ao s organizaes nacionais e internacionais, para maior troca de experincias e ampliaes de recursos tcnicos e materiais; VI- apresentar sugestes aos rgos oficiais e poderes pblicos, visando ao aperfeioamento do atendimento da pessoa portadora de surdez, servindo, inclusive, como rgo de assessoramento; VII- organizar e participar de congressos, seminrios, cursos ou correlatos, em nvel internacional, nacional, regional, estadual ou municipal, com fins de promover o intercmbio e aprimoramento dos assuntos que envolvem a problemtica da pessoa portadora da surdez; VIII- estimular a realizao de pesquisas, estudos e estatsticas referentes surdez, favorecendo a formao e o aperfeioamento de recursos humanos especializados; IX- realizar convnios com entidades pblicas e/ou privadas, escolas tcnicas, artsticas e artesanais e outras instituies no sentido de promover a profissionalizao da pessoa surda dentro dos padres (modernos e atuantes) de eficincia; X- promover a defesa e postulao pela substituio processual de interesses difusos e coletivos pertinentes deficincia.
FONTE: Disponvel em: <www.surdosdobrasil.hpg.ig.com.br/feneis.htm>. Acesso em 30 nov. 2008.
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UNI
Vale a pena visitar o site da FENEIS www.feneis.com.br. L voc encontrar vrias informaes sobre congressos, cursos, material para aquisio, tais como jornal e revistas da FENEIS, legislao, biblioteca virtual, eventos etc.

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TPICO 2

UNIDADE 1

RESUMO DO TPICO 2

Nesse tpico voc viu que:


Vrios

fatores e personalidades auxiliaram na construo da histria e na educao dos

surdos.
educao A

dos surdos no Brasil seguiu os passos mundiais que, no incio, tinham somente

a preocupao de trabalhar com os aspectos da fala.


1934

Dr. Armando Lacerda publica a Pedagogia Emendativa do Surdo. Acontece a Campanha de Educao dos Surdos Brasileiros. de Surdos apresentou trs abordagens: a oralista, comunicao total e bilngue.

1957

Educao

Decreto n 5626, de 22/12/05, regulamentou a Lei n 10.436/02, definindo formas institucionais

para o uso e difuso da Lngua Brasileira de Sinais.


As

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duas principais instituies de apoio ao surdo no Brasil so: INES Instituto Nacional

de Educao de Surdos e a FENEIS Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos.

UNIDADE 1

TPICO 2

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OAT AUT

IVID

ADE

1 Qual a funo da FENEIS e do INES? 2 Complete o quadro com um resumo das abordagens pelas quais passou a educao de surdos.
Oralista Comunicao Total Bilngue

3 Faa um breve resumo da retrospectiva mundial e do Brasil sobre a educao de surdos. Mundial: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Brasil: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 4 Leia o Decreto n 5.626, de 22/12/05, e destaque os cinco principais aspectos dessa lei: 1)___________________________________________________________ 2)___________________________________________________________ 3)___________________________________________________________ 4)___________________________________________________________ 5)___________________________________________________________
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TPICO 2

UNIDADE 1

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UNIDADE 1

TPICO 3
CULTURA, IDENTIDADE, TECNOLOGIA E A COMUNIDADE SURDA

1 INTRODUO
Neste tpico trataremos da cultura surda, da construo da identidade do surdo e da comunidade surda, dos aspectos tecnolgicos e da construo e importncia da comunidade surda. Esses aspectos so importantes aos surdos de forma geral, pois fornecem sustentao vida coletiva desses indivduos, possibilitando a eles viver de forma mais digna e igualitria na sociedade.

A! NOT

Voc deve retomar a leitura dos seguintes cadernos de estudos: Fundamentos da Educao: Temas Transversais e tica, Sociologia Geral e da Educao, Didtica e Avaliao. Esses cadernos trataram do que cultura e do multiculturalismo de forma geral e serviro como base para a reflexo deste tpico.

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2 CULTURA
O sociolgo e antroplogo DaMatta (1986) pontua que cultura o que nos faz humanos, com ela nos criamos em comunidade de lngua, costumes, valores, moral, nossa adaptao ecolgica ao ambiente em que vivemos, enfim, ganhamos nossa identificao tnica. A cultura surda se constitui da mesma forma que a cultura dos ouvintes, ela necessria para estabelecer a convivncia entre os surdos. O surdo, atravs da sua cultura, se expressa atravs da sua linguagem, da arte, dos movimentos etc., expondo os seus valores, suas relaes, seus costumes, enfim, dando sentido a seu grupo de pertena.

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TPICO 3

UNIDADE 1

necessrio compreender e respeitar as diferenas culturais existentes entre os surdos e os ouvintes. Segundo S (2006), as pessoas no-surdas tm muita dificuldade em admitir que os surdos tm processos culturais especficos, ento, muitos continuam a tratar os surdos apenas como um grupo de deficientes ou incapacitados. A cultura dos surdos, apesar de ser um grupo pequeno em relao aos ouvintes, no pode ser encarada como uma subcultura, pois a cultura surda vem fundamentada atravs de seus comportamentos, valores, atitudes diferentes da cultura dos ouvintes, ela surge em funo do grupo. A cultura surda deve ser respeitada em sua forma de constituir-se. No queremos dizer que uma cultura seja mais importante que outra, fazendo uma diviso surdo/ouvinte, mas que devemos possibilitar uma reflexo mais ampla sobre a questo. S (2006, p. 3) alerta dizendo: [...] no se trata de colocar a cultura surda de um lado, e a cultura ouvinte de outro, como se estivesse tratando de oposies binrias, mas trata-se da tentativa de proclamar os surdos enquanto grupo social, que tambm pela caracterstica cultural se organiza. Algumas pessoas so resistentes cultura surda, algumas vezes por incompreenso da construo deste processo, e outras por preconceitos adquiridos, entendendo o surdo como anormal. S (2006) destaca duas formas de negao dessa cultura: a primeira a compreenso de que os surdos so todos iguais (portanto, insignificantes) e a segunda, de que a cultura para ouvintes e surdos igual, a diferena que os surdos no escutam. Skliar (1998, p. 28) defende que
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[...] possvel aceitar o conceito de cultura surda por meio de uma leitura multicultural, em sua prpria historicidade, em seus prprios processos e produes, pois a Cultura Surda no uma imagem velada de uma hipottica Cultura Ouvinte, no seu revs, nem uma cultura patolgica.

Surdos e ouvintes encontram-se normalmente, no mesmo espao fsico, e partilham de uma cultura ditada pela maioria ouvinte; ambos compartilham uma srie de atitudes, costumes e hbitos, ou seja, aspectos prprios da cultura ouvinte; fato que torna os surdos indivduos multiculturais. Vemos aqui o multiculturalismo com o propsito de reflexo acerca das relaes que a sociedade expressa frente ao que pensa e vivencia enquanto relaes de gnero, etnia, classes, pessoas portadoras de necessidades educativas especiais, e as diferenas de cultura. Deve-se levar em conta o que nos alerta Weiduschat (2007, p. 27), [...] que a educao multiculturalista deve respeitar e integrar as diferentes formas de ensinar e aprender.

UNIDADE 1

TPICO 3

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3 CONSTRUO DE IDENTIDADE
A cultura de grupo est intimamente ligada sua construo de identidade. Como vimos no tpico anterior, a existncia da cultura surda serve como auxiliar nesse processo de construo identitrio. Buscar modificar o surdo para torn-lo igual ao ouvinte um desrespeito sua identidade e sua cidadania. Segundo S (2006), o que identifica o grupo da surdez no a raa ou posio social, a prpria surdez que passa a ser caracterstica determinante da sua identidade. De acordo com Perlin (1998), identidade pode ser definida como:
identidade

flutuante: na qual o surdo se espelha na representao hegemnica do ouvinte,

vivendo e se manifestando de acordo com o mundo ouvinte;


identidade

inconformada: na qual o surdo no consegue captar a representao da

identidade ouvinte, hegemnica, e se sente numa identidade subalterna;


identidade

de transio: na qual o contato dos surdos com a comunidade surda tardio,

o que os faz passar da comunicao visual-oral (na maioria das vezes truncada) para a comunicao visual sinalizada o surdo passa por um conflito cultural;
identidade

hbrida: reconhecida nos surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram e

tero presentes as duas lnguas numa dependncia dos sinais e do pensamento na lngua oral;
identidade

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surda: na qual ser surdo estar no mundo visual e desenvolver sua experincia

na Lngua de Sinais. Os surdos que assumem a identidade surda so representados por discursos que os vem capazes como sujeitos culturais, uma formao de identidade que s ocorre entre os espaos culturais surdos. A Lngua de Sinais apresenta-se como um dos principais aspectos de construo da identidade do surdo, a manifestao de sua linguagem. A construo da identidade surda se fortalece a partir do momento em que eles se relacionam com seus pares, pois socializam suas histrias, dificuldades, alegrias. Segundo BRASIL (2002, p. 41), [...] principalmente entre esses surdos que buscam uma identidade surda no encontro surdo-surdo[...]. Esses encontros acabam por resultar no surgimento das comunidades surdas.

40

TPICO 3

UNIDADE 1

FIGURA 05 - SINAL DE IDENTIDADE FONTE: Capovilla e Raphael (2001, p. 742)

4 COMUNIDADES SURDAS
As comunidades surdas se configuram num espao que possibilita aos surdos momentos de discusso sobre o trabalho, a vida, as questes pessoais, educao etc., so espaos de integrao, de compartilhar, e esses fatores se apresentam como uma das principais funes das comunidades surdas. Felipe (2001, p.63) pontua que [...] as comunidades surdas no Brasil tm como fatores de integrao: a LIBRAS, os esportes e interaes sociais [...], que acontecem no convvio entre os surdos, atravs da FENEIS, da Confederao Brasileira de Desporto de Surdos (CBDS), entre outras tantas associaes, confederaes, clubes etc. que realizam essa funo. As comunidades surdas tm demonstrado outro aspecto fundamental e importante para os surdos, que o espao de organizao social. Atravs delas, os surdos tm se organizado na luta e conquistas de direitos, a educao, sade, cultura, trabalho etc., como j vimos anteriormente. Para Felipe (2001), [...] a comunidade surda no um ambiente onde se encontram pessoas surdas consideradas deficientes, que tm problemas de comunicao: mas tem um lugar onde h participao e articulao poltica dos surdos que se organizam em busca de melhorias e lutam por seus direitos de cidadania e tambm por seus direitos lingusticos.

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UNI
A comunidade surda brasileira comemora, em 26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo, data em que so relembradas as lutas histricas por melhores condies de vida, trabalho, educao, sade, dignidade e cidadania. A Federao Mundial dos Surdos j celebra o Dia do Surdo internacionalmente no dia 30 de setembro. No Brasil no dia 26 de setembro devido ao fato desta data lembrar a inaugurao da primeira escola para surdos no pas, em 1857, atual INES Instituto Nacional de Educao de Surdos.

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5 COMPORTAMENTO E TECNOLOGIA
A tecnologia vem sendo incorporada na vida cotidiana do surdo e provocando transformaes em seu comportamento, assim como na vida dos ouvintes. Em termos tecnolgicos podemos citar os torpedos como a grande sensao do momento, o que acabou por criar um movimento dos surdos no alfabetizados a buscar a educao. Uma educadora bilngue nos relatou que os alunos chegam escola dizendo: [...] quero aprender a escrever para poder mandar mensagem pelo celular. Isso demonstra a importncia das tecnologias e como elas vm interferindo no comportamento das pessoas.

5.1 TELEFONE PARA SURDOS


TDD (Telecomunication Device for the Deaf) uma sigla em ingls equivalente a aparelho de telecomunicao para surdos.

FIGURA 06 - TELEFONE PARA SURDOS FONTE: Capovilla e Raphael (2001, p. 1.233)

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A ANATEL (Agncia Nacional de Telecomunicaes) possui um servio de informaes de atendimento aos surdos. O sistema funciona atravs de telefonista, acessado pelo nmero 0800517801, que visa melhorar os meios de comunicao entre pessoas surdas e pessoas ouvintes. Funciona da seguinte forma: Pessoa (A) surda telefona para 0800517801 atravs de seu aparelho de TDD, uma telefonista atende e faz a ligao para a pessoa (B) que ouvinte. A partir deste momento, tudo o que o surdo digitar via TDD, a telefonista falar para o ouvinte, e vice-versa, ou seja, tudo o que o ouvinte falar, ela digitar de volta para o surdo. A pessoa ouvinte telefona para 08007802.

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TPICO 3

UNIDADE 1

FIGURA 07 TELEFONE PARA SURDOS FONTE: Felipe (2001)

5.2 CELULAR PARA SURDOS


O telefone celular surge como um instrumento que possibilita a aproximao dos surdos com outros surdos e com os ouvintes, sem a necessidade de auxlio de outras pessoas. O avano dos modelos de celulares atravs do sistema vibracall para chamadas permite ao surdo ouvir o telefone chamar.

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FIGURA 08 TELEFONE CELULAR FONTE: Capovilla e Raphael (2001, p. 1.236)

Brasil (2002) pontua que os meios tecnolgicos atuais vm contribuindo para a comunicao dos surdos, bem como vm sendo incorporados na sua vida cotidiana. E essa comunicao vem se dando atravs de:
[...] bips; fax; a telemtica (comunicao via internet por meio de e-mails, chats, msn etc.); sinalizao luminosa para campainhas; relgios de pulsos e despertadores com alarmes vibratrios; legendas ou tela de intrprete na TV; intrpretes in loco nas igrejas, escolas, reparties pblicas, hospitais, delegacias, comrcio em geral etc.; adaptao da arbitragem nos esportes, substituindo os apitos por acenos e lenos entre outros (p.45).

UNIDADE 1

TPICO 3

43

UNI
A foto abaixo mostra a utilizao de TDD, que atualmente pode ser encontrado em locais como: aeroportos, escolas, universidades etc. O mensageiro Daniel Lima, deficiente auditivo, aprende a usar o aparelho TDD (Foto: Ana Limp).

FIGURA 09 A UTILIZAO DE TDD FONTE: Disponvel em: <http://www.dirad.fiocruz.br/?q=node/118>. Acesso em: 30 nov. 2008.

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44

TPICO 3

UNIDADE 1

RESUMO DO TPICO 3

Nesse tpico voc viu que:


A

cultura surda se constitui da mesma forma que a cultura dos ouvintes, ela necessria

para estabelecer a convivncia entre os surdos.


cultura A

dos surdos, apesar de ser um grupo pequeno em relao aos ouvintes, no pode

ser encarada como uma subcultura.


Algumas

pessoas so resistentes cultura surda, algumas vezes por incompreenso da

construo deste processo.


Surdos

e ouvintes encontram-se normalmente, no mesmo espao fsico, e partilham de uma

cultura ditada pela maioria ouvinte; ambos compartilham uma srie de atitudes, costumes e hbitos, ou seja, aspectos prprios da cultura ouvinte, fato que torna os surdos indivduos multiculturais.
A

cultura de grupo est intimamente ligada sua construo de identidade.

L Identidade pode ser definida como: identidade flutuante; identidade inconformada; identidade N de transio; identidade hbrida; identidade surda. G U A

Lngua de Sinais apresenta-se como um dos principais aspectos de construo da A B R identidade. A S I As L comunidades surdas se configuram num espao que possibilita aos surdos momentos de E discusso sobre o trabalho, a vida, as questes pessoais, educao etc., so espaos de I R integrao, de compartilhar, e esses fatores se apresentam como uma das principais funes A D E

das comunidades surdas.

A S tecnologia vem sendo incorporada vida cotidiana do surdo I em seu comportamento, assim como na vida dos ouvintes. N A I S L I B R A S

e provocando transformaes

UNIDADE 1

TPICO 3

45

OAT AUT

IVID

ADE

Escreva um pargrafo com a sua compreenso sobre os temas trabalhados neste tpico: cultura, construo de identidade, comunidade surda, comportamento e tecnologia.

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46
ad tivid a a ota. Ess le n va e

TPICO 3

UNIDADE 1

LIA AVA

Prezado(a) acadmico(a), agora que chegamos ao final da Unidade 1, voc dever fazer a Avaliao Somativa referente a esta unidade.

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UNIDADE 2

LIBRAS E SUAS ESTRUTURAS


OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM A partir desta unidade voc ser capaz de:
compreender conhecer perceber

os parmetros utilizados na Lngua de Sinais;

o alfabeto manual e sua funo; e conhecer as diferenas entre as estruturas da lngua; os nmeros em LIBRAS.

reconhecer

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade est dividida em trs tpicos. Voc encontrar, no final de cada um deles, atividades que contribuiro para a compreenso dos contedos explorados.
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TPICO 1 A LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS TPICO 2 DATILOLOGIA E NUMERAO TPICO 3 ESTRUTURAO DE SENTENAS EM LIBRAS

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UNIDADE 2

TPICO 1
A LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS LIBRAS

1 INTRODUO
Nesta unidade trataremos especificamente da construo da Lngua Brasileira de Sinais, dos seus parmetros, da datilologia, e apresentaremos o alfabeto, os nmeros e a construo da estrutura gramatical da lngua. O registro mais antigo que se tem sobre a Lngua de Sinais datado de 368 a.C., feito por Scrates, filsofo grego. A Lngua de Sinais atualmente utilizada foi baseada na Lngua de Sinais francesa. Para se comunicar atravs dessa lngua, os sinais so utilizados a partir de combinaes, movimentos e expresses que so realizados no momento da comunicao. A partir do momento em que compreendemos que a LIBRAS a lngua materna dos surdos, a escola deve reconhecer e utiliz-la como meio instrucional no processo de ensino e aprendizagem, fazendo uso de materiais didticos e mtodos especficos que atendam as necessidades educacionais dos surdos.
O !
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N ATE

A Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS, assim como acontece em toda lngua, tambm apresenta expresses que diferem de regio para regio, dentro do mesmo pas (os regionalismos), mantendo, mesmo assim a legitimidade de lngua. Cada pas desenvolve de maneira prpria a sua Lngua de Sinais, porm, nos ltimos tempos criou-se uma lngua que busca ser universal, que chamada de Gestuno.

2 PARMETROS
Servem para estruturar as diferentes formas de nveis lingusticos. Apresentam-se em trs grandes grupos: o primeiro a configurao de mos (CM); o segundo, o ponto de

50

TPICO 1

UNIDADE 2

articulao (PA), e o terceiro, o movimento (M). Veja como aparecem esses parmetros nos sinais no exemplo a seguir, no sinal de av.

AV FIGURA 10 PARMETROS FONTE: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO E DO DESPORTO SED; FUNDAO CATARINENSE DE EDUCAO ESPECIAL FCEE. Vocabulrio em lngua de sinais. Florianpolis, [2003?].

2.1 CONFIGURAO DE MOS (CM)


A configurao de mos o primeiro parmetro que estudaremos, ela se apresenta
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atravs da forma que a mo toma ao ser realizado o sinal ou a letra do alfabeto manual. Algumas letras so usadas vrias vezes para demonstrar uma determinada palavra, porm, se diferenciam pelo ponto no corpo em que expresso. A configurao de mos segue a mo predominante da pessoa que est realizando o sinal ou palavra, ou seja, ela pode ser realizada com a mo direita para os destros ou com a mo esquerda para os canhotos, tambm realizada com as duas mos. Os sinais DESCULPAR e IDADE, por exemplo, possuem a mesma configurao de mo (com a letra y). A diferena que cada uma produzida em um ponto diferente no corpo.

UNIDADE 2

TPICO 1

51

FIGURA 11 OS SINAIS DESCULPAR E IDADE FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

2.2 PONTO DE ARTICULAO (PA)


identificado atravs do local onde ocorre o sinal, sendo que este sinal poder ou no tocar em alguma parte do corpo da pessoa que o est realizando.

2.3 MOVIMENTO (M)


Conforme o sinal que se realiza, ele exige movimento ou no, dependendo do que ele representa. O movimento tambm pode representar intensidade, que tambm pode apresentar noo de pluralidade, como, por exemplo: posso realizar o sinal de estudar (quero dizer que quero que os alunos estudem), porm, se intensifico esse sinal fazendo um movimento mais rpido, quero dizer que quero que eles estudem muito.
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FIGURA 12 SINAIS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

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TPICO 1

UNIDADE 2

Vocs encontraro em muitos locais, tais como livros, placas, textos, artigos, que apresentem sinais em LIBRAS, alguns sinais que indicam o sentido, posio, movimento etc. que o sinal deve ser realizado. Apresentaremos alguns mais comumente utilizados.

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UNIDADE 2

TPICO 1

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FIGURA 13 MOVIMENTOS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

2.3.1 Expresso facial/corporal


Para a compreenso de alguns sinais, as expresses que fazemos com o nosso corpo e rosto so fundamentais para o seu entendimento, pois atravs delas revelamos nossas emoes de alegria, tristeza, frio, raiva, calor etc. e sentido que atribumos a determinados fatos, situaes e objetos. Conforme a expresso que manifestamos, damos a entonao dentro da Lngua de Sinais; ou demonstramos negao, dvida, questionamento ou afirmamos algo. Ex.: o dedo indicador em [G] sobre a boca, com a expresso facial calma e serena, significa silncio; porm, se o mesmo sinal for realizado mais rpido, com uma expresso de zanga, significa uma ordem maior: Cale a boca!

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TPICO 1

UNIDADE 2

FIGURA 14 EXPRESSES FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

2.3.2 Orientao/direo
Os sinais podem ser determinados conforme o local ao qual voc quer se referir, como, por exemplo, os verbos IR e VIR, que se opem em relao direo do local referido.
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FIGURA 15 VIR, IR FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 2

TPICO 1

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3 SINAIS
Agora que sabemos quais os parmetros existentes na construo dos sinais, vamos estudar o que so os sinais prpriamente ditos. Conforme informao disponvel no site do INES, o que denominado de palavras ou item lexical nas lnguas oral-auditivas denominado de sinais nas lnguas de sinais. Os sinais surgem a partir de uma combinao de configuraes de mo, movimentos e de pontos de articulao, constituindo assim o sistema lingustico da Lngua de Sinais, possibilitando a transmisso de ideias, fatos, dos valores, da identidade etc., que se apresentam como fundamentos das comunidades surdas. Para se comunicar em LIBRAS, no basta apenas conhecer os sinais; necessrio conhecer a sua gramtica para combinar as frases, e assim realmente estabelecer comunicao. Vale lembrar, como j dissemos anteriormente, que a Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS no um conjunto de gestos de forma solta e aleatria, mas uma lngua com toda a estrutura, nveis lingusticos e organizao que compem a constituio de qualquer outra lngua.

UNI
Os surdos identificam as pessoas que lhes so prximas, acabam de batiz-las com sinais que, quando realizados, indicam que esto falando de determinada pessoa. Esses sinais somente podem ser formalizados e, a sim, so reconhecidos por uma pessoa surda. Geralmente se utilizam de caractersticas pessoais ou traos da personalidade das pessoas.
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Os sinais no possuem desinncias para gnero e nmero, sendo assim representados na palavra portuguesa com o smbolo de @. Por exemplo: amig@, muit@ etc. Com o passar dos tempos pode haver alteraes dos sinais, isso acontece em funo das transformaes sociais que ocorrem. Alguns sinais na LIBRAS so representados pela aluso ao seu significado, por isso so chamados de sinais icnicos, como, por exemplo, telefone. Porm, os sinais arbitrrios no possuem nenhuma semelhana com a realidade que representam, por exemplo: perdoar.

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TPICO 1

UNIDADE 2

FIGURA 16 SINAIS ICNICOS E ARBITRRIOS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

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UNIDADE 2

TPICO 1

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RESUMO DO TPICO 1

Neste tpico voc viu que:


Para

se comunicar atravs dessa lngua, os sinais so utilizados a partir de combinaes, movimentos e expresses que so realizados no momento da comunicao. a lngua materna dos surdos, a escola deve reconhecer e utiliz-la como meio instrucional no processo de ensino e aprendizagem, fazendo uso de materiais didticos e mtodos especficos que atendam as necessidades educacionais dos surdos. Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS, assim como acontece em toda a lngua, tambm apresenta expresses que diferem de regio para regio, inclusive dentro do mesmo pas (os regionalismos), mantendo, ainda assim, a legitimidade de lngua. servem para estruturar as diferentes formas de nveis lingusticos. Apresentamse em trs grandes grupos: o primeiro a configurao de mos (CM); o segundo, o ponto de articulao (PA) e o terceiro, o movimento (M). configurao de mos se apresenta atravs da forma que a mo toma ao ser realizado o sinal ou a letra do alfabeto manual. ponto de articulao identificado atravs do local onde ocorre o sinal, sendo que este sinal poder ou no tocar em alguma parte do corpo da pessoa que o est realizando. o sinal que se realiza, ele exige movimento ou no, dependendo do que ele representa. expresso que fazemos com o nosso corpo e rosto fundamental para o entendimento do sinal. sinais podem ser determinados conforme o local ao qual voc quer se referir.

LIBRAS

Parmetros

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

Conforme

Os Os

sinais surgem a partir de uma combinao de configuraes de mo, movimentos e de pontos de articulao, constituindo assim o sistema lingustico da Lngua de Sinais, possibilitando a transmisso de ideias, fatos, dos valores, da identidade etc., que se apresentam como fundamentos das comunidades surdas.

Para se comunicar em LIBRAS no basta apenas conhecer os sinais; necessrio conhecer

a sua gramtica para combinar as frases e, assim, realmente estabelecer comunicao.

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TPICO 1

UNIDADE 2

OAT AUT

IVID

ADE

1 Complete o quadro com os principais aspectos dos parmetros.


CONFIGURAO DE MOS (CM) PONTO DE ARTICULAO (PA) MOVIMENTO (M)

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UNIDADE 2

TPICO 2
DATILOLOGIA E NUMERAO

1 INTRODUO
Neste tpico vamos trabalhar com o alfabeto, nmeros, quantidade e expresso para o ano sideral. Esses temas so a base para o incio da aprendizagem da Lngua de Sinais. Lembramos que aprender LIBRAS, para os ouvintes, como aprender uma segunda lngua, que exige esforo, dedicao, treino e principalmente o convvio com as pessoas que possuem esta lngua como primeira lngua. Com isto queremos dizer que fundamental a convivncia com os surdos para o aprimoramento da LIBRAS.

2 O QUE A DATILOLOGIA
A datilologia a utilizao das mos para soletrar o alfabeto, historicamente considerada como um elemento de comunicao manual. A posio das mos e dos dedos representa as letras do alfabeto. Algumas lnguas de sinais utilizam uma s das mos para fazer a soletrao, outras se utilizam das duas mos. A datilologia geralmente utilizada para os iniciantes na aprendizagem da Lngua de Sinais.

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3 ALFABETO MANUAL
O alfabeto manual parte integrante da LIBRAS e tem a funo de soletrar as palavras. Muitos objetos, palavras, lugares, situaes etc. no possuem sinais ou a pessoa no conhece o sinal, sendo neste caso usado o alfabeto para sua nomeao. Cabe salientar que, dependendo do nvel de habilidade e rapidez da pessoa que o utiliza, sua compreenso pode tornar-se complexa. Por isso se recomenda que a soletrao das palavras ocorra devagar, utilizandose uma pausa curta entre elas ou movendo a mo para o lado informando que esta palavra j foi soletrada.

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TPICO 2

UNIDADE 2

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 17 ALFABETO EM LIBRAS FONTE: Disponvel em: <http://libras.files.wordpress.com/2008/07/alfabeto-em-libras.jpg>. Acesso em 04 dez. 2008.

ALFABETO SINALIZADO COM OS PS

UNIDADE 2

TPICO 2

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FIGURA 18 ALFABETO SINALIZADO COM OS PS FONTE: Disponvel em: <http://www.atividadeseducativas.com.br/libras.php>. Acesso em 04 dez. 2008.
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ALFABETO PARA SURDOS E CEGOS

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TPICO 2

UNIDADE 2

FIGURA 19 ALFABETO PARA SURDOS E CEGOS FONTE: Disponvel em: http://www.grupobrasil.org.br/ Acesso em 04 dez. 2008.

4 NUMERAIS
As lnguas de sinais possuem formas diferentes para representar os numerais quando utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou ms, horas e valores monetrios. Em LIBRAS possuem tambm a sua configurao especfica. Segundo Strobel (1998, p. 37), [...] a sinalizao dos numerais depende da situao. Vejamos os numerais: a) cardinais: at 10, representaes diferentes para as quantidades e cardinais; a partir de 11 so idnticos.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

NMEROS

UNIDADE 2

TPICO 2

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FIGURA 20 NMEROS FONTE: Disponvel em: <www.dicionariolibras.com.br>. Acesso em 04 dez. 2008.

b) ordinais: do primeiro at o nono tm a mesma forma dos cardinais, mas os ordinais possuem movimento, enquanto os cardinais no possuem. Os ordinais do 1 ao 4 tm movimentos para cima e para baixo e os ordinais, do 5 at o 9, tm movimentos para os lados. A partir do numeral dez no h diferenas.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

4.1 EXPRESSO PARA O ANO SIDERAL


Na LIBRAS h dois sinais diferentes para a ideia dia: um sinal relacionado a dia do ms, que a datilologia D-I-A, e o sinal DIA.

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TPICO 2

UNIDADE 2

FIGURA 21 SINAIS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

Os numerais de 1 a 4 podem ser incorporados aos sinais DIA (durao), SEMANA, MS e ANO e VEZ. Exemplos:

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

UNIDADE 2

TPICO 2

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L N G U A B R A S I L E I R A

FIGURA 22 SINAIS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

D E S I N A I S L I B R A S

A partir do numeral 5, no h mais incorporao e a construo utilizada formada pelo sinal seguido do numeral segue. Esta construo tambm pode ser usada para os numerais inferiores a 5, que permitem a incorporao mencionada anteriormente. Exemplos: Aos sinais DIA (durao) e SEMANA podem ser incorporadas a frequncia ou durao atravs de um movimento prolongado ou repetido. Exemplos:

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TPICO 2

UNIDADE 2

TODOS-OS-DIAS - movimento repetido; DIA-INTEIRO o dia todo - movimento alongado; TOD@-SEMANA 2-FEIRA todas as segundas - movimento alongado, TOD@-SEMANA 4 -FEIRA todas as quartas.

4.2 VALORES MONETRIOS, PESOS E MEDIDAS


Quando se representam os valores monetrios de um at nove reais, usa-se o sinal do numeral correspondente ao valor, incorporando a este o sinal VRGULA. Por isso o numeral para valor monetrio ter pequenos movimentos rotativos. Para valores de um mil at nove mil tambm h a incorporao do sinal VRGULA, mas aqui o movimento desta incorporao mais alongado do que os valores anteriores (de 1 at nove reais). Podem ser usados tambm para estes valores anteriores os sinais dos numerais correspondentes seguidos de PONTO. Para valores de um milho para cima, usa-se tambm a incorporao do sinal VRGULA com o numeral correspondente, mas aqui o movimento rotativo mais alongado do que em mil. Pode-se notar uma gradao tanto na expresso facial como neste movimento da vrgula incorporada que ficam maiores e mais acentuados: de 1 a 9 < de 1.000 a 9.000 < de 1.000.000
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a 9.000.000. Quando o valor centavo, o sinal VRGULA vem depois do sinal ZERO, mas, na maioria das vezes, no precisa usar o sinal ZERO para centavo porque o contexto pode esclarecer e os valores para centavos ficam iguais aos numerais cardinais.

UNIDADE 2

TPICO 2

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RESUMO DO TPICO 2

Neste tpico voc estudou que:


Datilologia

a utilizao das mos para soletrar o alfabeto, historicamente considerada

como um elemento de comunicao manual.


alfabeto manual parte integrante da LIBRAS e tem a funo de soletrar as palavras. Muitos O

objetos, palavras, lugares, situaes etc. no possuem sinais ou a pessoa no conhece o sinal, sendo neste caso usado o alfabeto para sua nomeao.
Lngua A

de Sinais possui formas diferentes para representar os numerais quando utilizados

como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou ms, horas e valores monetrios.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

68

TPICO 2

UNIDADE 2

OAT AUT

IVID

ADE

1 Volte em seu Caderno de Estudos e exercite o alfabeto manual e os numerais. 2 Agora que voc j exercitou, responda qual a letra e o nmero.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

UNIDADE 2

TPICO 2

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L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

3 Identifique a frase a seguir.

___________

_____________

___________________

4 Agora procure fazer na datilologia o seu nome e o dos seus colegas.

70

TPICO 2

UNIDADE 2

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UNIDADE 2

TPICO 3
ESTRUTURAO DE SENTENAS EM LIBRAS

1 INTRODUO
Neste tpico abordaremos alguns componentes da estruturao da LIBRAS. Salientamos novamente que se faz necessrio, alm do estudo deste Caderno de Estudos, um aprofundamento de contedo para profissionais que desejam realmente adquirir essa lngua e as questes aqui trabalhadas. Todas as lnguas possuem palavras que so classificadas em relao a seus aspectos morfolgicos, sintticos, semnticos e pragmticos. Assim tambm acontece em LIBRAS. No se pode esquecer que estamos estudando uma outra lngua, que sua compreenso pode ser complexa, exigindo de ns um grande esforo para sua aprendizagem. Para fundamentar teoricamente este tpico nos utilizamos das informaes disponveis no site da INES http://www.ines.gov.br/ines_livros/37/37_005.HTM que trabalha as questes referentes s categorias gramaticais na LIBRAS.
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2 SISTEMA DE TRANSCRIO PARA LIBRAS


A Lngua de Sinais tem caractersticas prprias, como j vimos. Como formas de divulgao e para sua aprendizagem, vem sendo utilizado o vdeo que possibilita que, mesmo distncia, possamos conhecer e exercitar os sinais.

DICA

S!

O seu DVD traz vrios sinais que exercitaremos... V se preparando...

72 convenes:

TPICO 3

UNIDADE 2

Segundo Felipe (2001), a LIBRAS pode ser representada a partir das seguintes

1. os sinais da LIBRAS, para efeito de simplificao, sero representados por itens lexicais da lngua portuguesa (LP) em letras maisculas. Exemplos: CASA, ESTUDAR, CRIANA etc.; 2. um sinal, que traduzido por duas ou mais palavras em lngua portuguesa, ser representado pelas palavras correspondentes separadas por hfen. Exemplos: CORTAR-COM-FACA, QUERER-NO "no querer", MEIO-DIA, AINDA-NO etc.; 3. um sinal composto, formado por dois ou mais sinais, que ser representado por duas ou mais palavras, mas com a ideia de uma nica coisa, ser separado pelo smbolo ^ . Exemplo: CAVALO^LISTRA zebra; 4. a datilologia (alfabeto manual), que usada para expressar nome de pessoas, de localidades e outras palavras que no possuem um sinal, est representada pela palavra separada, letra por letra por hfen. Exemplos: J-O--O, A-N-E-S-T-E-S-I-A; 5. o sinal soletrado, ou seja, uma palavra da lngua portuguesa que, por emprstimo, passou a pertencer LIBRAS por ser expressa pelo alfabeto manual com uma incorporao de
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movimento prprio desta lngua, est sendo representado pela datilologia do sinal em itlico. Exemplos: R-S reais, A-C-H-O, QUM quem, N-U-N-C-A etc.; 6. na LIBRAS no h desinncias para gneros (masculino e feminino) e nmero (plural), o sinal, representado por palavra da lngua portuguesa que possui estas marcas, est terminado com o smbolo @ para reforar a ideia de ausncia e no haver confuso. Exemplos: AMIG@ amiga(s) e amigo(s), FRI@ fria(s) e frio(s), MUIT@ muita(s) e muito(s), TOD@, toda(s) e todo(s), EL@ ela(s), ele(s), ME@ minha(s) e meu(s) etc.; 7. os traos no-manuais: expresses facial e corporal, que so feitas simultaneamente com um sinal, esto representados acima do sinal ao qual est acrescentando alguma ideia, que pode ser em relao ao: a) tipo de frase ou advrbio de modo:
interrogativa

ou... i ...

negativa

ou

... neg ...

etc.

Para simplificao, sero utilizados, para a representao de frases nas formas exclamativas e interrogativas, os sinais de pontuao utilizados na escrita das lnguas oral-

UNIDADE 2

TPICO 3

73

auditivas, ou seja: !, ? e ?! b) advrbio de modo ou um intensificador: muito


rapidamente exp.f "espantado"

etc.; exclamativo muito LONGE

interrogativa Exemplos: NOME

ADMIRAR

8. os verbos que possuem concordncia de gnero (pessoa, coisa, animal), atravs de classificadores, esto representados por tipo de classificador em subscrito. Exemplos: ANDAR, ANDAR, COLOCAR etc.;

pessoa

veculo

coisa-arredondada

9. os verbos que possuem concordncia de lugar ou nmero-pessoal, atravs do movimento direcionado, esto representados pela palavra correspondente com uma letra em subscrito que indicar: a) a varivel para o lugar: i = ponto prximo 1a pessoa, j = ponto prximo 2a pessoa, e k' = pontos prximos 3a pessoa, e = esquerda, d = direita; b) as pessoas gramaticais: = 1a, 2a e 3a pessoas do singular; = 1a, 2a e 3a pessoas do dual; = 1a, 2a e 3a pessoas do plural;
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1s, 2s, 3s 1d, 2d, 3d 1p, 2p, 3p

Exemplos:

1s 2s k

DAR2S "eu dou para "voc", PERGUNTAR3P "voc pergunta para eles/elas",

dANDARk,e "andar da direita (d) para esquerda (e);

10. s vezes h uma marca de plural pela repetio do sinal. Esta marca ser representada por uma cruz no lado direito acima do sinal que est sendo repetido: Exemplo: GAROTA + 11. quando um sinal, que geralmente feito somente com uma das mos, ou dois sinais esto sendo feitos pelas duas mos simultaneamente, sero representados um abaixo do outro com indicao das mos: direita (md) e esquerda (me). Exemplos: IGUAL (md) ` IGUAL (me) ANDAR (me) EM-P (md)

PESSO@-MUIT@

PESSOA

74

TPICO 3

UNIDADE 2

3 VERBOS
Basicamente na LIBRAS existem dois tipos de verbo: a) verbos que no possuem marca de concordncia, embora possam ter flexo para aspecto verbal, como se eles ficassem no infinitivo. Veja os exemplos: EU TRABALHAR EL@TRABALHAR EL@ TRABALHAR FENEIS FENEIS FENEIS eu ele/a trabalho trabalha na na FENEIS; FENEIS;

eles/as trabalham na FENEIS.

b) verbos que possuem marca de concordncia. Esses verbos podem ser divididos em trs subgrupos: b1) Verbos que possuem concordncia nmero-pessoal: a orientao marca as pessoas do discurso. O ponto inicial concorda com o sujeito e o final com o objeto. Exemplos: PERGUNTAR eu pergunto a voc; PERGUNTAR voc me pergunta. b2) Verbos que possuem concordncia de gnero: so verbos classificadores porque a
L N G U A

eles est incorporada, atravs da configurao de mo, uma concordncia de gnero: PESSOA, ANIMAL ou COISA. Exemplos: ANDAR (configurao da mo em G);

pessoa

B ANDAR/MOVER (configurao da mo em 5 ou B, palma para baixo); veculo R A ANDAR (configurao da mo em 5 ou 5, palma para baixo). animal S I L E b3) Verbos que possuem concordncia com a localizao: so verbos que comeam ou I terminam em um determinado lugar que se refere ao lugar de uma pessoa, coisa, animal R A ou veculo, que est sendo colocado, carregado etc. Portanto, o ponto de articulao marca D E S I N A I S L I B R A S

a localizao. Exemplos: COPO MESAk COLOCARk;

coisa arredondada

CABEAk ATIRARk. Estes tipos de concordncia podem coexistir em um mesmo verbo. Assim, h verbos que possuem concordncia de gnero e localizao, como o verbo COLOCAR acima; e concordncia nmero-pessoal e de gnero, como o verbo DAR. Concluindo, pode-se esquematizar o sistema de concordncia verbal, na LIBRAS, da seguinte maneira:

UNIDADE 2
1. concordncia nmero-pessoal 2. concordncia de gnero e nmero 3. concordncia de lugar

TPICO 3
=> parmetro orientao => parmetro configurao de mo => parmetro ponto de articulao

75

4 CLASSIFICADOR
Nas lnguas do mundo as classificaes podem se manifestar de vrias formas. Podem ser: uma desinncia, como em portugus, que classifica os substantivos e os adjetivos em masculino e feminino: menina menino; pode ser uma partcula que se coloca entre as palavras; e ainda pode ser uma desinncia que se coloca no verbo para estabelecer concordncia. Um classificador uma forma que existe em nmero restrito em uma lngua e estabelece um tipo de concordncia. Em LIBRAS, os classificadores so configuraes de mos que, relacionadas coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores de concordncia, ou seja, so formas que, substituindo o nome que as precedem, podem vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o objeto que est ligado ao do verbo. Portanto, os classificadores na LIBRAS so marcadores de concordncia de gnero: pessoa, animal, coisa.

5 ADVRBIOS DE TEMPO
Na LIBRAS no h marca de tempo nas formas verbais, como se os verbos ficassem na frase quase sempre no infinitivo. O tempo marcado sintaticamente atravs de advrbios de tempo que indicam se a ao est ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no passado: ONTEM, ANTEONTEM; ou ir ocorrer no futuro: AMANH. Por isso os advrbios geralmente vm no comeo da frase, mas podem ser usados tambm no final. Para um tempo verbal indefinido, usam-se os sinais:

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

HOJE, que traz a ideia de presente;

76

TPICO 3

UNIDADE 2

PASSADO, que traz a ideia de passado;

FUTURO, que traz a ideia de futuro.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 23 - TEMPO VERBAL FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

6 ADJETIVOS
Os adjetivos so sinais que formam uma classe especfica na LIBRAS e sempre esto na forma neutra, no havendo, portanto, nem marca para gnero (masculino e feminino), nem para nmero (singular e plural). Muitos adjetivos, por serem descritivos e classificadores, apresentam iconicamente uma qualidade do objeto, desenhando-a no ar ou mostrando-a a partir do objeto ou do corpo do emissor. Em relao colocao dos adjetivos na frase, eles geralmente vm aps o substantivo que qualifica. Exemplos: LE@ COR CORPO AMAREL@ PERIGOS@ RAT@ PEQUEN@, COR PRET@, ESPERT@

UNIDADE 2

TPICO 3

77

UNI
Vamos dar uma parada e refrescar a cabea... Que tal pegar uma pipoca e assistir a alguns filmes?... Escolha um entre a lista a seguir e divirta-se! Filhos do Silncio O Milagre de Anne Sullivan Meu adorvel Professor Pontes do Silncio A msica e o silncio

7 PRONOMES

7.1 PRONOMES PESSOAIS


A LIBRAS possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso:
primeira

pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU; NS-2, NS-3, NS-4, NSL N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

GRUPO, NS-TOD@;

78

TPICO 3

UNIDADE 2

L N G U A B R A S I L E I R A D E

FIGURA 24 SISTEMA PRONOMINAL FONTE: Felipe (2001)

S I N A I segunda pessoa (singular, dual, S VOC-GRUPO, VOC-TOD@; L I B R A S

trial, quatrial e plural): VOC, VOC-2, VOC-3, VOC-4,

UNIDADE 2

TPICO 3

79

L N G U A

FIGURA 25 SISTEMA PRONOMINAL FONTE: Felipe (2001)

terceira

pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@-2, EL@-3, EL@-4, EL@-

GRUPO, EL@-TOD@

B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

80

TPICO 3

UNIDADE 2

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 26 SISTEMA PRONOMINAL FONTE: Felipe (2001)

UNIDADE 2

TPICO 3

81

A! NOT

Tiago Saretto, na sua apostila: Oficina de Multiplicadores de Interpretao da LIBRAS, nos diz que os pronomes pessoais em Lngua Brasileira de Sinais normalmente so um ndice (apontar). Explicando: a Ex.: 1 pessoa singular (EU) a 2a pessoa singular (TU) 2a pessoa dual (vocs dois) 2a pessoa trial (vocs trs) 2a pessoa plural (NS) 3a pessoa (apontar para outra pessoa) 3 pessoa dual (apontar para mais duas pessoas) FONTE: Disponvel em: <http://www.prefeituradejuina.com.br/ documentos/admin/downloads/apostila_interpretacao_libras.pdf>. Acesso em 15 dez. 2008.

No singular, o sinal para todas as pessoas o mesmo, ou seja, a configurao da mo predominante em d (dedo indicador estendido, veja alfabeto manual), o que difere uma das outras a orientao da mo: o sinal para eu um apontar para o peito do emissor (a pessoa que est falando), o sinal para voc um apontar para o receptor (a pessoa com quem se fala) e o sinal para ele/ela um apontar para uma pessoa que no est na conversa ou para um lugar convencionado para uma terceira pessoa que est sendo mencionada. No dual, a mo ficar com o formato de dois, no trial o formato ser de trs, no quatrial o formato ser de quatro e no plural h dois sinais: um sinal composto formado pelo sinal para a respectiva pessoa do discurso, no singular, mais o sinal GRUPO; e outro sinal para plural que feito pela mo predominante com a configurao em d fazendo um crculo.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

UNI
Quando se quer falar sobre uma terceira pessoa que est presente, mas deseja-se uma certa reserva, por educao, no se aponta para esta pessoa diretamente. Nesta situao, o emissor faz um sinal com os olhos e um leve movimento de cabea para a direo da pessoa que est sendo mencionada, ou aponta para a palma da mo encontrando o dedo na mo um pouco frente do peito do emissor, estando esta mo voltada para a direo onde se encontra a pessoa referida.

7.2 PRONOMES DEMONSTRATIVOS E ADVRBIOS DE LUGAR


Na LIBRAS os pronomes demonstrativos e os advrbios de lugar tm o mesmo sinal, somente o contexto os diferencia pelo sentido da frase acompanhada de expresso facial. Estes

82

TPICO 3

UNIDADE 2

tipos de pronome e de advrbio esto relacionados s pessoas do discurso e representam, na perspectiva do emissor, o que est bem prximo, perto e distante. Possuem a mesma configurao de mos dos pronomes pessoais (mo em d), mas os pontos de articulao e as orientaes do olhar so diferentes. Assim, EST@ / AQUI um apontar para o lugar perto e em frente do emissor, acompanhado de um olhar para este ponto; ESS@ / A um apontar para o lugar perto e em frente do receptor, acrescido de um olhar direcionado no para o receptor, mas para o ponto apontado perto da segunda pessoa do discurso; e AQUELE / L um apontar para um lugar mais distante, o lugar da terceira pessoa, mas diferentemente do pronome pessoal, ao apontar para este ponto h um olhar direcionado.

7.3 PRONOMES POSSESSIVOS


Os pronomes possessivos, como os pessoais e demonstrativos, tambm no possuem marca para gnero e esto relacionados s pessoas do discurso e no coisa possuda, como acontece em portugus: EU EL@
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

=> ME@ SOBRINH@; => [email protected]@.

VOC => TE@ ESPOS@;

Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configuraes de mo: uma a mo aberta com os dedos juntos, que bate levemente no peito do emissor; a outra a configurao da mo em P com o dedo mdio batendo no peito.

FIGURA 27 PRONOMES POSSESSIVOS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

Para as segunda e terceira pessoas, a mo tem esta segunda configurao em P, mas o movimento em direo pessoa referida: segunda ou terceira. No h sinal especfico para os pronomes possessivos no dual, trial, quadrial e plural (grupo), nestas situaes so usados os pronomes pessoais correspondentes.

UNIDADE 2

TPICO 3

83

Exemplo: NS FILH@ nosso(a) filho(a).

7.4 PRONOMES INTERROGATIVOS

7.4.1 Que, quem, onde


Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente so usados no incio da frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando est sendo usado com o sentido de quem- ou de quem so mais usados no final. Todos os trs sinais tm uma expresso facial interrogativa feita simultaneamente com eles.

FIGURA 28 PRONOMES INTERROGATIVOS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

7.4.2 Qual, como, para-que e por-que


Existe uma tendncia para a utilizao, no final da frase, dos pronomes interrogativos QUAL, COMO e PARA-QUE, e para a utilizao, no incio da frase, do pronome interrogativo POR-QUE, mas os primeiros podem ser usados tambm no incio e POR-QUE pode ser utilizado tambm no final. No h diferena entre o porqu interrogativo (por que) e o porqu explicativo (porque), o contexto mostra, pelas expresses facial e corporal, quando ele est sendo usado em frase interrogativa ou em frase explicativa pergunta.

84

TPICO 3

UNIDADE 2

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

UNIDADE 2

TPICO 3

85

FIGURA 29 PRONOMES INTERROGATIVOS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

7.4.3 Quando, dia, que-hora, quantas-horas


Quando e dia Sempre simultaneamente aos pronomes ou expresses interrogativas, h uma expresso facial indicando que a frase est na forma interrogativa. A pergunta com QUANDO est relacionada a um advrbio de tempo na resposta ou a um dia especfico. Por isso h trs sinais diferentes para quando. Um que especifica passado: QUANDO-PASSADO (palma da mo com um movimento para o corpo do emissor), outro que especifica futuro: QUANDO-FUTURO (palma da mo com um movimento para fora do corpo do emissor), e outro que especifica o dia: DIA. Que-horas e quantas-horas Na LIBRAS, para se referir a horas, usa-se a mesma configurao dos numerais para quantidade e, aps doze horas, no se continua a contagem, comea-se a contar novamente: 1 HORA, 2 HORA, 3 HORA etc., acrescentando o sinal TARDE, quando necessrio, porque geralmente pelo contexto j se sabe se est se referindo manh, tarde, noite ou madrugada. A expresso interrogativa QUE-HORAS? (um apontar para o pulso) est relacionada ao tempo cronolgico. J a expresso interrogativa QUANTAS-HORAS (um crculo ao redor do rosto) est sempre relacionada ao tempo gasto para se realizar alguma atividade.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

86

TPICO 3

UNIDADE 2

7.5 PRONOMES INDEFINIDOS


Os pronomes indefinidos NINGUM (1) e (3) so usados somente para pessoa, j o pronome NINGUM, identificado com o nmero (2), pode ser utilizado para pessoa, animais e coisas. NENHUM / NADA utilizado para pessoa, animais e coisas apresentando o sentido de no ter. Como reforo de uma frase negativa e vindo geralmente aps o NADA, podese utilizar o pronome NENHUM POUQUINHO. A expresso de nada usada como resposta para um agradecimento.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

UNIDADE 2

TPICO 3

87

FIGURA 30 PRONOMES INDEFINIDOS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

DICA

S!

Para um maior aprofundamento no assunto, leia o livro Ensino de Lngua Portuguesa para Surdos: caminhos para a prtica pedaggica, v. 2, das autoras Heloisa M.M.L.Salles; Enilde Fauslstich; Orlene L. Carvalho e Ana A. L. Ramos, integrante do Programa Nacional de Apoio Educao dos Surdos, Braslia, 2004.

LEITURA COMPLEMENTAR O INCIO DA ESCOLARIZAO Uma das maiores angstias vividas pelos pais de crianas surdas o encaminhamento de sua escolaridade. A rigor, desconhecem seus direitos e no possuem, portanto, argumentos quando uma porta escolar lhes fechada. A lei bastante clara ao afirmar que toda criana tem direito escola, mesmo as que possuem necessidades educativas especiais, como o caso dos portadores de deficincia auditiva. Muitas so as histrias de pais que escondem seus filhos em casa, por vergonha ou desespero; muitos desconhecem as instituies especializadas ou no, pblicas e particulares que podem atender a crianas especiais. Cabe aos governantes a responsabilidade de divulgar as ofertas educativas existentes, facilitando aos pais a busca de servios especializados. Nas escolas especiais ela tem a possibilidade de conviver com pessoas com as mesmas questes; nas escolas comuns ela estar inserida junto s crianas diferentes. fundamental, em ambos os casos, o envolvimento familiar. Seja qual for a escolha, a famlia dever estar atuando na base de sustentao de sua escolaridade e sociabilidade.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

88 precoce e na pr-escola.

TPICO 3

UNIDADE 2

Os servios educacionais iniciam-se pela Educao Infantil, no programa de estimulao

O Papel da Famlia no Incio da Escolarizao Nesta etapa compete aos pais possibilitar criana surda:
Segurana:

A aceitao da criana pelos pais e familiares e a crena nas suas potencialidades

fazem com que ela se sinta segura e adquira maior confiana em si mesma e se aceite melhor, procurando autossuficincia e emancipao, mesmo quando estiver na escola, longe de casa.
Carinho:

To importante quanto a necessidade de segurana a necessidade de carinho que,

quando suprida, possibilita o desenvolvimento da capacidade de contato afetivo adequado com outras pessoas e o estabelecimento de comunicao.
Comunicao:

Desde o nascimento, os pais devem estabelecer comunicao com seu filho

surdo, como o fazem com os demais filhos ouvintes, sem se deixar bloquear pela surdez. Os pais devem conversar com ele a respeito do que est acontecendo e do que vai acontecer, cuidando, porm, para que a criana fique atenta a quem est conversando com ela. Portanto, a famlia um elemento facilitador do processo de desenvolvimento da comunicao do surdo.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

Os pais, bem orientados pelos servios educacionais, sabem que precisam desenvolver a linguagem de seu filho, ou seja, sabem que as crianas, mesmo surdas, j nascem com capacidade para expressar o que quiserem, por meio do corpo, principalmente dos gestos, e at por meio das palavras. A famlia passa ento a agir normalmente com a criana surda: comunicando-se com ela o tempo todo, como uma me o faz com seu beb ouvinte, antes de ele aprender a falar; fazendo perguntas, e respondendo por ela, nos primeiros meses de vida; cantando para ela; contando histrias infantis, contando fatos acontecidos e que esto acontecendo. Essas atividades, sempre que possvel, so realizadas com o beb no colo, porque a criana percebe a vibrao do corpo de quem est se comunicando com ela. Os pais facilitam o desenvolvimento da comunicao do e com o filho surdo quando: conduzem a criana a olhar para eles, enquanto esto falando; fazem a criana sentir como so as vibraes produzidas pelos sons emitidos pelos pais e por ela mesma; colocam as mos da criana sobre o seu nariz, bochechas, garganta e no trax, enquanto falam, para que ela perceba com as mos os movimentos decorrentes da fala e as vibraes produzidas pelos sons; falam com movimentos labiais bem definidos, a fim de que ela compreenda o que esto dizendo, pela observao dos lbios; usam expresses faciais, movimentos do corpo,

UNIDADE 2

TPICO 3

89

das mos, gestos naturais (e at convencionais, conforme a metodologia adotada) para tornar mais clara a mensagem que esto transmitindo; expressam, no rosto, os sentimentos de dor, alegria, surpresa, enquanto esto falando; falam exclusivamente a respeito da situao em que esto vivendo ou dos objetos que esto mostrando; falam naturalmente, com voz normal, num nvel moderado de velocidade, sobre o que esto fazendo no momento: da alimentao; do banho; das brincadeiras; de levantar, deitar etc. Usam palavras simples, familiares, do cotidiano; usam frases curtas, simples e completas; solicitam criana respostas s suas perguntas; estimulam a criana a emitir qualquer som, pedao de palavra (slaba tnica) como resposta s suas perguntas; do as mesmas ordens, no dia a dia, ajudando a criana a execut-las, num primeiro momento; parabenizam a criana quando tenta emitir palavras novas e/ou corretamente; corrigem a fala distorcida, devolvendo o modelo correto; estimulam a criana a utilizar o desenho como meio de expresso; utilizam a lngua de sinais. Desenvolvimento Psicossocial: Os pais, ajudados tambm pelos professores, devem educar a criana para que tenha um comportamento socialmente adequado, incluindo noes de higiene, de moral e de religio. Durante os dois primeiros anos, devido s limitaes naturais do ser humano, os pais precisam dispensar toda uma srie de cuidados necessrios ao bom desenvolvimento da criana, que por isso sente-se o centro do universo. medida que a criana vai adquirindo mais recursos, espera-se que os cuidados dos pais sejam diminudos, gradualmente, o que dar lugar caminhada da criana para a autonomia. Verifica-se que no caso do surdo existe uma forte tendncia dos pais em manter esses cuidados nas etapas posteriores. Isso vai provocar uma forma de distoro, pois a caracterstica egocntrica ser transformada em egosmo. O egosmo aparece, porque a criana se acostuma a receber tudo e entende que isso obrigao dos outros, passando inclusive a cobrar da famlia esse tipo de ateno. Surge, ento, um juzo de valor: s serve, s bom o que me agrada. Esse juzo de valor pode acompanhar o surdo ao longo de seu desenvolvimento at provocar outras formas de distoro, como a dificuldade em aceitar limites e respeitar normas. A expectativa dos pais tambm fator importante para o desenvolvimento emocional do filho. A criana certamente procurar corresponder expectativa das pessoas que admira. Acreditar em sua capacidade fundamental.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

90

TPICO 3

UNIDADE 2

Educar tarefa importante e difcil e no h receita que ensine como se relacionar com um filho portador de deficincia auditiva. Porm, algumas atitudes apresentam resultados positivos, quais sejam: v-lo como uma criana normal, embora no oua e necessite de uma ateno particular; acreditar nas capacidades do filho surdo; procurar facilitar-lhe a percepo e compreenso global das situaes que ocorrem no ambiente, mantendo-o informado do que est se passando; dar o exemplo a forma mais segura para a criana surda entender as regras sociais, pois ela aprende com o que v e no com o que ouve; contribuir sempre para aumentar a autonomia e a segurana do filho surdo, a fim de que tenha mais facilidade para enfrentar o mundo com sua capacidade e seus recursos pessoais, porque no ter os pais por perto o tempo todo, disponveis para resolver suas dificuldades; estabelecer limites e regras claras, objetivas, adequadas e dosadas. Integrao: As crianas surdas tm direito a participar da vida familiar, de uma escola comum e da comunidade, mesmo que em cada um desses momentos meream uma ateno diferenciada s suas necessidades especiais. Integrao um processo dinmico que possibilita ao surdo interagir, conviver e comunicar-se com outras pessoas. Essa integrao pressupe atitudes de cooperao e reciprocidade e evolui de acordo com as tendncias internacionais e nacionais. O processo de integrao se baseia no princpio de normalizao, que significa oferecer aos portadores
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

de necessidades especiais modos e condies de vida diria o mais semelhantes possvel s formas e condies de vida do resto da sociedade (Poltica Nacional de Educao Especial/ MEC, 1994). Esse processo ocorre nos seguintes contextos relacionais: na famlia, na escola, no trabalho, na sociedade. O processo de integrao social contnuo e torna-se mensurvel medida que o surdo conscientiza-se de seu papel de cidado com pleno direito escolha de vida pblica e privada. O princpio constitucional que diz que toda criana tem direito educao vlido tambm para crianas surdas. Por isso, dever da famlia, da sociedade e do Estado oferecer as condies necessrias para que todas possam percorrer as etapas que constituem os diferentes nveis de ensino: Educao Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Mdio e Educao Superior. A continuidade da escolarizao visa oferecer criana surda as mesmas chances que so oferecidas s outras crianas no que diz respeito ao exerccio efetivo de sua cidadania, para que possa se desenvolver como pessoa, adquirir meios culturais para se posicionar na comunidade e para adquirir habilidades para o seu entrosamento eficiente e produtivo na sociedade.

UNIDADE 2

TPICO 3

91

FONTE: Disponvel em: <http://www.ines.gov.br/ines_livros/9/9_002.HTM>. Acesso em: 04 dez. 2008.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

92

TPICO 3

UNIDADE 2

RESUMO DO TPICO 3

Neste tpico voc estudou que:


Basicamente,

na LIBRAS, existem dois tipos de verbo: verbos que no possuem marca de

concordncia e os que possuem marca de concordncia. Este ltimo grupo se divide em trs subgrupos: verbos que possuem concordncia nmero-pessoal, verbos que possuem concordncia de gnero e verbos que possuem concordncia com a localizao.
Em LIBRAS, os classificadores so configuraes de mos que, relacionadas coisa, pessoa

e animal, funcionam como marcadores de concordncia, ou seja, so formas que, substituindo o nome que as precedem, podem vir junto ao verbo para classificar o sujeito ou o objeto que est ligado ao do verbo.
Na

LIBRAS no h marca de tempo nas formas verbais, como se os verbos ficassem na

frase quase sempre no infinitivo.


Os

adjetivos so sinais que formam uma classe especfica na LIBRAS e sempre esto na

forma neutra, no havendo, portanto, nem marca para gnero (masculino e feminino), nem
L N Os pronomes em LIBRAS: pronomes pessoais, pronomes demonstrativos e advrbios de G U lugar, pronomes possessivos, pronomes interrogativos (QUE, QUEM, ONDE, QUAL, COMO, A B R A S fundamental o envolvimento familiar na educao da criana surda. Seja qual for a escolha, a I L famlia dever estar atuando na base de sustentao de sua escolaridade e sociabilidade E I R A D E S I N A I S L I B R A S

para nmero (singular e plural).

PARA-QUE, POR-QUE, QUANDO, DIA, QUE-HORA, QUANTAS-HORAS).

UNIDADE 2

TPICO 3

93

OAT AUT

IVID

ADE

1 Quais os dois tipos existentes de verbos em LIBRAS? 2 Complete a tabela fazendo um resumo dos subgrupos existentes nos verbos que possuem marca de concordncia.
Concordncia nmeropessoal Concordncia de gnero Concordncia com a localizao

3 O que so os classificadores em LIBRAS? 4 Destaque as principais caractersticas dos advrbios, e dos objetivos. 5 Em relao aos PRONOMES, pontue os aspectos principais:
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

Pessoais

!
Demonstrativos e advrbios de lugar Possessivos

Pronomes Interrogativos

94
ad tivid a a ota. Ess le n va e

TPICO 3

UNIDADE 2

LIA AVA

Prezado(a) acadmico(a), agora que chegamos ao final da Unidade 2, voc dever fazer a Avaliao Somativa referente a esta unidade.

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UNIDADE 3

ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AO DOCENTE NO ENSINO DOS SURDOS


OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade voc ser capaz de:
visualizar

procedimentos para a realizao de atividades pedaggicas; Brasileira. alguns dos sinais mais utilizados na Lngua de Sinais

conhecer

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade possui trs tpicos. Voc encontrar, em cada um deles, atividades que contribuiro para a compreenso dos contedos explorados.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

TPICO 1 ATIVIDADES EDUCATIVAS TPICO 2 ATIVIDADES EDUCATIVAS MATEMTICA E LNGUA PORTUGUESA TPICO 3 JOGOS

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UNIDADE 3

TPICO 1
ATIVIDADES EDUCATIVAS

1 INTRODUO
Nesta unidade buscamos levar at voc um rol de atividades educativas que podem servir como exemplo de atividades a serem trabalhadas com os alunos surdos e tambm ouvintes. As atividades selecionadas no devem ser vistas como modelos prontos e acabados, mas sim sugestes. Ao final desta unidade voc encontrar tambm uma seleo de sinais realizada por ns, contendo o que acreditamos serem os sinais mais usados e de fundamental importncia para o primeiro contato com a Lngua de Sinais. No se esquea da regionalizao dos sinais. Os sinais aqui destacados podem, em outra regio do pas, ser realizados de forma diferenciada. Quando trabalhamos com os surdos, devemos levar em considerao alguns aspectos que so fundamentais na ao docente, pois a compreenso da prtica pedaggica desenvolvida pelo(a) professor(a) pode contribuir significativamente no processo de ensino-aprendizagem do aluno surdo.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

2 AES NO TRABALHO COM O SURDO


Devemos estar atentos a algumas aes que realizamos quando estamos em contato com os surdos, pois elas podem facilitar o nosso processo de comunicao, lembrando que para uma boa comunicao com o surdo o contato visual deve ser claro e apropriado. Veremos algumas dicas importantes:
Ao

falar com o surdo devemos falar de frente e usar frases curtas. tom de voz normal e articulando bem as palavras, no usando muitos gestos e nem

Usar

qualquer objeto na boca. No adianta falar mais alto, ele no escutar voc mesmo assim.

98
Ser

TPICO 1

UNIDADE 3

expressivo, demonstrar seus sentimentos, no cutucar, bater, puxar, mas, sim, tocar

delicadamente a pessoa.
Ao

mudar de assunto, avisar, pois os sinais se constituem dentro de um contexto; se no

avisarmos que mudamos de assunto, o contexto ficar trocado.


Caso

perceba que a comunicao no esteja sendo compreendida, use outra forma de

comunicao; a escrita, o desenho e objetos so importantes.


Solicitar

dos pais a participao, usar a escrita como forma de passar as informaes. no grupo de trabalho pessoas que tenham disponibilidade e pacincia.

Colocar

No

mnimo, aprender alguns sinais bsicos da LIBRAS. da situao, podemos dar leves batidas no cho ou fazer piscar a luz.

Dependendo

Voc, enquanto educador, deve trabalhar com sua criatividade levando em conta o nvel e habilidades das crianas com as quais voc j trabalha ou ir trabalhar. No podemos cruzar os braos, temos, sim, que buscar o aperfeioamento. Numa poca de constante desenvolvimento e a tecnologia avanando a cada segundo, necessrio acompanhar a evoluo, buscar recursos, novas metodologias, criar espao especificado para as diferentes disciplinas, possibilitando a facilitao e a integrao de todos.
L N G U A B R A S I L E I R A

Rodrigues (2008) alerta para o fato de que o trabalho com os surdos exige um ensino baseado na viso e no na audio. Ao trabalhar com o surdo, devemos usar materiais com visual, ter disponibilidade e acreditar que o surdo tem capacidade de se comunicar, aceitar sua escrita e lembrar que ele somente tem dificuldades no comunicar, mas possui capacidade e vontade de aprender. Brasil (2002, p. 50) apresenta uma relao de materiais didticos, selecionados entre tantos outros existentes. Alguns so comercializados, outros, distribudos gratuitamente: de poesias, histrias infantis, fbulas de Esopo (sinalizao) e nmeros em LSB,

D vdeos E

S I N Vdeos produzidos pelo INES: Histrias Infantis em Lngua de Sinais: Introduo s operaes A I matemticas; o verbo em portugus e em Libras; Hino Nacional; S L I CD-ROM Coleo Clssicos da Literatura em Libras/Portugus, volume I (Alice no Pas das B Maravilhas, de Lewis Carrol), editado por Cllia Regina Ramos, Editora Arara Azul; R A S

produzidos pela LSB vdeo e produes;

UNIDADE 3
material

TPICO 1

99

distribudo pelo MEC Comunicar proposta de adequao curricular para alunos

com necessidades especiais: vdeo I: dicionrio visual Libras; vdeo II parte 1: formulao de frases em Libras; parte 2: pidgin; vdeo III instalaes dos fonemas e aquisio de fala;
vdeo:

Preveno de HIV AIDS/DST para pessoas surdas produo AJA, com recursos

do Projeto UNESCO. www.aja.org.br/aids;


vdeo: A ilha dos sonhos (filme legendado contedos de geografia e matemtica), disponveis

nas Edies Paulinas;


17

programas infantis da srie Vejo Vozes, veiculados e produzidos na TV Cultura; diversos de Libras, entre os quais: LIBRAS em Contexto, distribudo pelo MEC e

livros

comercializado pela FENEIS;


dicionrio

de Libras:

CAPOVILLA, F. C; RAPHAEL, W.D. Dicionrio Enciclopdico Ilustrado Trilngue da Lngua de Sinais Brasileira. So Paulo, SP: Edusp, FAPESP, Fundao Vitae, Feneis, Brasil Telecom, 2001.

Dicionrio Digital da Lngua Brasileira de Sinais, desenvolvido pelo Programa Acessa So Paulo, produzido em CD-ROM, com oito mil palavras, trs mil vdeos, 4,5 mil sinnimos e cerca de 3,5 mil imagens.
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

100

TPICO 1

UNIDADE 3

RESUMO DO TPICO 1

Neste tpico voc estudou que:


Quando

trabalhamos com os surdos, devemos levar em considerao alguns aspectos que

so fundamentais na ao docente.
Devemos

estar atentos a algumas aes que realizamos quando estamos em contato com

os surdos, pois elas podem facilitar o nosso processo de comunicao.


Para

uma boa comunicao com o surdo, o contato visual deve ser claro e apropriado. enquanto educador, deve trabalhar com sua criatividade, levando em conta o nvel e

Voc,

habilidades das crianas com as quais voc j trabalha ou ir trabalhar.


necessrio acompanhar a evoluo, buscar recursos, novas metodologias, criar espao

especificado para as diferentes disciplinas, possibilitando a facilitao e a integrao de todos.


O

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

trabalho com os surdos exige um ensino baseado na viso e no na audio.

UNIDADE 3

TPICO 1

101

OAT AUT

IVID

ADE

Neste captulo as autoatividades sero realizadas com o auxlio do DVD. Portanto, pegue o seu DVD e exercite os sinais.

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102

TPICO 1

UNIDADE 3

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

UNIDADE 3

TPICO 2
ATIVIDADES EDUCATIVAS MATEMTICA E LNGUA PORTUGUESA

1 INTRODUO
Neste tpico apresentamos a voc alguns modelos de atividades que podem ser trabalhadas com alunos surdos e ouvintes iniciantes na Lngua de Sinais.

2 ATIVIDADES DIVERSAS

104

TPICO 2

UNIDADE 3

FIGURA 31 NMEROS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 32 MSICA FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 2

105

FIGURA 33 CARACOL FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

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TPICO 2

UNIDADE 3

FIGURA 34 JOGO DA MEMRIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 35 DITADO FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 2

107

L N G U A B R A S I L E I R A

FIGURA 36 SINAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

D E S I N A I S L I B R A S

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TPICO 2

UNIDADE 3

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 37 NMEROS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 2

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2.1 ALFABETO MVEL


Usando o alfabeto mvel, recorte com as crianas, cole as peas em EVA e produza um alfabeto mvel.

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110

TPICO 2

UNIDADE 3

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 38 ALFABETO MVEL FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3
JOGOS

1 INTRODUO
Os jogos propostos tm por objetivo ampliar o vocabulrio das crianas surdas, pois envolvem atividades de linguagem, como tambm dar destaque s configuraes de mo utilizadas na realizao dos sinais. uma forma divertida de fixar esse aspecto to importante da LIBRAS.

2 JOGOS
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

2.1 A PULGA SURDA


Material: tabuleiro do gato, botes coloridos e um dado. Objetivos: fixao das configuraes de mo e alfabeto manual, associao de letras e alfabeto manual, formao de palavras. Jogo: O jogador escolhe um boto colorido que representa sua pulga. Coloque as pulgas na casa Sada e sorteie quem comea o jogo. Cada jogador, em sua vez, lana o dado e vai pulando, procurando as letras correspondentes sequncia do alfabeto manual. Ex.: dado 4 a, b, c, d. O vencedor a pulga que chegar at a casa Final. Variao: Antes de iniciar o jogo, uma figura escolhida e juntos escrevem seu nome em um lugar visvel. Cada jogador lana o dado e vai pulando, procurando as letras da sequncia da palavra da figura mostrada. Caso o nmero de letras da palavra seja inferior ao nmero do dado, o jogador deve continuar pulando e, portanto, no completa a tarefa. Desse modo o

112

TPICO 3

UNIDADE 3

jogador, para completar a tarefa, precisa acertar no dado o nmero de letras que precisa para completar a palavra. O vencedor o dono da pulga que primeiro terminar a palavra. Obs.: O professor pode adequar a escolha das palavras s necessidades de seu grupo de alunos, variando os temas a serem explorados.

2.2 O JOGO DAS MOS


Material: tabuleiro com as categorias, roleta de configurao de mos, botes coloridos e 1 (um) dado. Objetivos: ampliao do vocabulrio e fixao das configuraes de mos da LIBRAS. Jogo: cada jogador coloca sua pea colorida na casa Sada e sorteia quem comea. Cada jogador, em sua vez, lana o dado e vai pulando as casas na sequncia correta do nmero sorteado. Ao parar em uma casa, gira a roleta e faz um sinal da LIBRAS com a configurao de mo (CM) sorteada, referente ao tema da casa em que parou (zoolgico, alimentos, casa, famlia etc.). Se acertar, poder continuar jogando na prxima rodada quando chegar a sua vez. Se errar, fica preso em sua casa uma rodada. Na prxima vez, gira a roleta novamente para mudar a configurao de mo. O vencedor aquele que chegar primeiro ao final. Ex.:
L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

CM [c] sinal: ma, copo, cunhado(a) etc.


FONTE: Disponvel em: <http://mail.amserver2.com/~consult/libraselegal/index.php?option=com_cont ent&task=view&id=17&Itemid=29>. Acesso em 04 dez. 2008.

2.3 TESTE DA CAIXINHA


Recorte cada palavra e coloque-as numa caixinha. Faa o sorteio de uma palavra por vez, e em seguida faa o sinal correspondente. Tente agora fazer uma frase utilizando este sinal. Repita este procedimento, e v anotando o resultado: quantos sinais consegui reproduzir? Quantas frases consegui formar? Entendeu como fazer? Voc pode utilizar vrios sinais. Use a criatividade.

UNIDADE 3

TPICO 3

113

2.4 COLEO DE AUTGRAFOS


A partir da lista de descries, solicite aos alunos que solicitem as informaes aos colegas utilizando a datilologia e pea a ele(a) que assine o seu nome na coluna ao lado e lhe d um abrao.
Perguntas 01 02 03 04 05 Qual o nome de seu pai? Qual o nome de sua me? Qual o n do seu celular? Voc mora em casa ou apartamento? O que voc mais gosta? Resposta Assinatura

DICA

S!

Vale a pena conferir os livros: Como Brincam as Crianas Surdas, da Editora Plexus, escrito pela pedagoga Daniele Nunes Henrique Silva. Ideias para ensinar portugus para alunos surdos, das autoras Ronice Mller de Quadros e Magali L. P. Schmiedt.

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

2.5 TELEFONE SEM FIO


Alinhe os alunos em fila um de costas para o outro, o primeiro da fila bate nas costas do colega da frente, que se vira e, em datilologia, diz uma palavra escolhida. Assim, o prximo faz a datilologia para o prximo e assim por diante, at chegar ao ltimo. Quando a corrente chegar ao ltimo, esse deve fazer a datilologia da palavra que chegou at ele para todos. Geralmente o resultado desastroso e engraado, a palavra se deforma ao passar de pessoa para pessoa e geralmente chega totalmente diferente no destino. possvel competir dois grupos para ver qual grupo chega com a palavra mais fielmente ao destino.
FONTE: Adaptado de <http://www.faberludens.com.br/pt-br/book/export/html/226>. Acesso em: 05 dez. 2008.

114

TPICO 3

UNIDADE 3

OAT AUT

IVID

ADE

2.6 SINAIS

2.6.1 Cores

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 39 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 40 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

!
Lembre-se de exercitar os sinais! Utilize o seu DVD...

UNIDADE 3

TPICO 3

115

FIGURA 41 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 42 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 43 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

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TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 44 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 45 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 46 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 47 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 48 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 49 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

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TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 50 CORES FONTE: SED; FCEE [2003?]

2.6.2 Frutas

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 51 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

119

FIGURA 52 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 53 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 54 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

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TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 55 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 56 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 57 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 58 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A

FIGURA 59 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 60 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

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TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 61 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 62 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 63 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

123

FIGURA 64 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 65 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 66 FRUTAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

124

TPICO 3

UNIDADE 3

2.6.3 Animais

FIGURA 67 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 68 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

125

FIGURA 69 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A

FIGURA 70 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 71 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

126

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 72 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 73 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 74 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

127

FIGURA 75 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 76 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 77 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

128

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 78 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 79 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 80 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

129

FIGURA 81 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 82 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 83 ANIMAIS FONTE: SED; FCEE [2003?]

130

TPICO 3

UNIDADE 3

2.6.4 Brinquedos

FIGURA 84 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 85 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

131

FIGURA 86 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A

FIGURA 87 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 88 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

132

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 89 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 90 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 91 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

133

FIGURA 92 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 93 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 94 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

134

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 95 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 96 BRINQUEDOS FONTE: SED; FCEE [2003?]

2.6.5 Vesturio

UNIDADE 3

TPICO 3

135

FIGURA 97 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 98 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 99 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

136

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 100 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 101 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 102 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

137

FIGURA 103 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 104 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 105 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

138

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 106 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 107 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 108 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

139

FIGURA 109 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 110 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

140

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 111 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 112 VESTURIO FONTE: SED; FCEE [2003?]

2.6.6 Datas comemorativas

UNIDADE 3

TPICO 3

141

FIGURA 113 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 114 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 115 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

142

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 116 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 117 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 118 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

143

FIGURA 119 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 120 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 121 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

144

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 122 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 123 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 124 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

145

FIGURA 125 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A

FIGURA 126 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 127 DATAS COMEMORATIVAS FONTE: SED; FCEE [2003?]

146

TPICO 3

UNIDADE 3

2.6.7 Famlia

FIGURA 128 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 129 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 130 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

147

FIGURA 131 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 132 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E

FIGURA 133 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

S I N A I S L I B R A S

148

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 134 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 135 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 136 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 137 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 138 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 139 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

150

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 140 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 141 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

FIGURA 142 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 143 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

L N G U A

FIGURA 144 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 145 FAMLIA FONTE: SED; FCEE [2003?]

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TPICO 3

UNIDADE 3

2.6.8 Escola

FIGURA 146 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 147 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)


L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 148 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 149 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 150 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A

FIGURA 151 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

D E S I N A I S L I B R A S

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TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 152 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 153 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 154 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 3

TPICO 3

155

FIGURA 155 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 156 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 157 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

156

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 158 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 159 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 160 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 3

TPICO 3

157

FIGURA 161 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 162 ESCOLA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

2.6.9 Semana

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 163 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 164 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

158

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 165 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 166 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 167 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 168 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 169 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 170 SEMANA FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

2.6.10 Meses do ano

L N G U A B R A S I L E I R A D E

FIGURA 171 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

S I N A I S L I B R A S

160

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 172 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 173 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 174 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 175 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 3

TPICO 3

161

FIGURA 176 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 177 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

L N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S L I B R A S

FIGURA 178 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 179 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

162

TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 180 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 181 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

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FIGURA 182 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 183 MESES DO ANO FONTE: Capovilla; Raphael (2001

UNIDADE 3

TPICO 3

163

2.6.11 Boas maneiras

FIGURA 184 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 185 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

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TPICO 3

UNIDADE 3

FIGURA 186 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 187 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)


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BOA NOITE FIGURA 188 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 189 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

UNIDADE 3

TPICO 3

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FIGURA 190 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

FIGURA 191 BOAS MANEIRAS FONTE: Capovilla; Raphael (2001)

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TPICO 3

UNIDADE 3

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UNIDADE 3
e

TPICO 3
ad tivid a a ota. Ess le n va

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LIA AVA

Prezado(a) acadmico(a), agora que chegamos ao final da Unidade 3, voc dever fazer a Avaliao referente a esta unidade.

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168

FINAL

UNIDADE 3

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REFERNCIAS

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170 SOARES, Maria Aparecida Leite. A educao de surdos no Brasil. 2. ed. Campinas. So Paulo: Autores associados, 2005. STROBEL. Karin Lilian; FERNANDES, Sueli. Aspectos lingusticos da lngua brasileira de sinais. Secretaria de Estado da Educao. Superintendncia de Educao. Departamento de Educao Especial. Curitiba: SEED/ SUED/DEE, 1998. VYGOTSKY. Lev. A construo do pensamento e da linguagem. So Paulo: Martins Fontes, 2001. WEIDUSCHAT, ris. Didtica e avaliao. 2.ed. Indaial: ASSELVI, 2007. RODRIGUES, Zuleide. Histrico da Educao dos Surdos. Disponvel em: <http://www. webartigos.com/articles/3639/1/historico-da-educacao-dos-surdos/pagina1.html>. Acesso em: 20 nov. 2008. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO. Departamento de Educao Especial. Falando com as mos. Libras: Lngua Brasileira de Sinais. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO E DO DESPORTE SED; FUNDAO CATARINENSE DE EDUCAO ESPECIAL - FCEE. Vocabulrio em lngua de sinais. Florianpolis, [2003?].

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