Cloud Computing
Cloud Computing
Computing
(Computação
em Nuvem)
PROFESSORES
Dr. Raul Greco Junior
Esp. Fernando Ferreira Sombrio
Esp. Miguel Garcia Junior
FICHA CATALOGRÁFICA
Lattes: http://lattes.cnpq.br/1794410844337573
Raul Greco Junior
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8447571087123317
CLOUD COMPUTING
Sempre que encontrar esse ícone, Ao longo do livro, você será convida-
esteja conectado à internet e inicie do(a) a refletir, questionar e trans-
o aplicativo Unicesumar Experien- formar. Aproveite este momento.
ce. Aproxime seu dispositivo móvel
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex- EXPLORANDO IDEIAS
plore as ferramentas do App para
saber das possibilidades de intera- Com este elemento, você terá a
ção de cada objeto. oportunidade de explorar termos
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
RODA DE CONVERSA
1
13 2
47
INFRAESTRUTURA CONCEITOS E
DE TI CARACTERÍSTICAS
DA NUVEM
3
85 4 125
MODELOS DE IMPLANTAÇÃO
SERVIÇOS EM DE SERVIÇOS
NUVEM (CLOUD) EM NUVEM
(CLOUD)
5
159
FUNCIONAMENTO
E SEGURANÇA
1
Infraestrutura
de TI
Esp. Fernando Ferreira Sombrio
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UNICESUMAR
15
UNIDADE 1
Agora que você já viu como os problemas citados estão impactando nos
serviços de TI da universidade e os alunos já estão fazendo várias reclamações,
convido você a registrar no Diário de Bordo quais sensações e questionamentos
você tem a respeito desse tema. Você chegou a imaginar como grandes empresas
tratam esses assuntos e como mantêm os serviços tão estáveis?
Reflita comigo sobre os pontos-chave dessa história:
■ Lentidão dos sistemas;
■ Queda constante de energia nos ambientes;
■ Datacenter local com problemas de infraestrutura (energia, superaque-
cimento);
■ Link de internet.
Você acha que a solução desses tópicos já garante a qualidade do serviço nos
próximos 10 anos? Ou o mercado já está à frente, pensando em migração para
nuvem, onde estes problemas são minimizados pela empresa contratada?
DIÁRIO DE BORDO
16
UNICESUMAR
INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO
17
UNIDADE 1
que estão na internet, fazendo com que sempre fiquemos atentos às questões de
segurança da informação (VERAS, 2009, p. 9).
Para que a nossa infraestrutura seja robusta, precisamos ter um planejamento
bem-feito e alinhado aos processos da organização, tais como metas e alinhamen-
tos estratégicos, pois, com isso, o gestor de TI terá as informações necessárias para
traçar os melhores caminhos de sistemas e processos de TI. A dependência da
infraestrutura e das aplicações do negócio exige cada vez mais a participação dos
gestores de tecnologia no planejamento da empresa. Em algumas delas, esta parti-
cipação ainda encontra barreiras, pois é mais fácil entender um alto investimento
em marketing do que em infraestrutura de TI. Para isso, precisamos mostrar a
importância da tecnologia para o negócio, trazendo os resultados de investimentos
em hardware, software, redes e pessoas.
Você deve ter notado que, no início da década de 2020, empresas foram
forçadas a investir em tecnologias adaptadas para o trabalho remoto. E, com
isso, os investimentos em infraestrutura de TI se mostraram importantes por
serem um fator quase crucial para a continuação da prestação de serviços pelas
empresas. Outra grande demanda que sofreu um crescimento exponencial foi
o consumo de entretenimento através de televisores, computadores e tablets. O
consumo de música, vídeos, programas de televisão e etc., através da internet
por serviços de streaming, fez parte da nossa realidade nos últimos anos e, com
isso, o gasto com infraestrutura de TI por parte dessas empresas cresceu, a fim
de melhor atender toda a demanda.
De acordo com um estudo do Gartner (apud ESTUDO, 2021, n. p.), a pande-
mia do coronavírus, que teve grande impacto nos anos 2019 a 2021, ampliou em
mais de 6% os gastos governamentais com TI, ultrapassando mais de 500 bilhões
18
UNICESUMAR
Quadro 1 - Previsão de gastos globais de governos com TI por segmento para 2021-2022 (em bi-
lhões de dólares) / Fonte: ESTUDO, 2021.
19
UNIDADE 1
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UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
ITIL (Information Technology Infrastructure Library) é uma biblioteca de boas práticas para a
área de TI. Neste acervo está estabelecido o padrão para o gerenciamento de processos
e atividades. Esta biblioteca surgiu a partir de um projeto na Grã-Bretanha, nos anos 80,
com o principal objetivo de padronizar as melhores práticas em gestão de TI.
21
UNIDADE 1
ORGANIZAÇÃO TI
Planejamento Planejamento
Estratégico Estratégico
de TI
Objetivo Objetivo
Indicadores Indicadores
Metas Metas
Ações Ações
Portfólio Portfólio de
de Projetos Projetos de TI
Projetos Projetos de TI
Descrição da imagem: A figura é descrita em duas colunas, cada uma com seus quadrados representando
processos. Na primeira coluna, temos a Organização. Logo abaixo, temos quadrados com os seguintes pro-
cessos: Planejamento Estratégico, Objetivo, Indicadores, Metas Ações, Portfólio de Projetos e Projetos. Na
segunda coluna, temos TI, com os seguintes processos: Planejamento Estratégico de TI, Objetivo, Indicadores,
Metas, Ações, Portfólio de Projetos de TI e Projetos de TI. Ambas as colunas estão interligadas por uma seta.
Para que possamos criar o portfólio de projetos de TI, teremos que envolver o
total de investimentos em TI, tal como aquisições de hardware e software, redes
22
UNICESUMAR
e pessoas. VERAS (2016, p. 20) apresenta dados interessantes que apontam para
esse investimento. O autor traz fontes que afirmam que, em 2004, o investimen-
to em infraestrutura de TI já representava cerca de 60% dos investimentos das
empresas em TI nos Estados Unidos. O autor cita uma pesquisa, realizada em
grandes corporações americanas, que sugeriu que “25% do orçamento de TI de
grandes empresas dos Estados Unidos vai para o datacenter. A pesquisa aponta
que, dos 60% dos investimentos em infraestrutura, 25% vão para o datacenter, o
que o torna o elemento mais importante da infraestrutura. O datacenter é onde
boa parte dos dados e informação são processados e armazenados.”
Isso nos mostra o quanto é importante o alinhamento estratégico da empresa
e do departamento de TI. Além disso, a importância que o datacenter (local ou
na nuvem) possui na ascensão da empresa no mercado.
PENSANDO JUNTOS
23
UNIDADE 1
DATACENTER
Para que possamos nos aprofundar mais nos conceitos de computação em nu-
vem, precisamos entender como muitas empresas ainda mantêm seus serviços
de TI e como tudo começou. Para isso, vamos entender os conceitos e caracte-
rísticas de um datacenter.
Datacenter (centro de dados) é um conjunto integrado de componentes de
alta tecnologia que permite fornecer serviços de infraestrutura de TI com va-
lor agregado (tipicamente processamento e armazenamento de dados em larga
escala). O datacenter é o elemento central da infraestrutura de TI, ou seja, toda
organização de alguma forma possui um datacenter, seja físico, terceirizado ou
em nuvem (VERAS, 2009, p. 42).
Com o aumento expressivo de utilização dos recursos de TI por parte dos
usuários, muitos gerentes de TI têm repensado a forma de prover seus serviços. As
organizações estão repensando a arquitetura e o planejamento do datacenter de-
vido ao aumento dessas demandas de processamento e armazenamento. Muitas
vezes, há um aumento de custo para manter um datacenter estável e operante, por
isso muitas empresas têm buscado atualmente os serviços disponíveis em nuvem,
não precisando se importar com alguns recursos, tais como energia etc. Porém,
para que possamos consolidar nosso datacenter, precisamos envolver todos os
ativos de TI, pessoas e as aplicações, fazendo um planejamento abrangente para
que o negócio continue a funcionar sem interrupção, entregando um nível de
serviços adequado para cada aplicação.
Veras (2020, p. 42) afirma que:
“
A maneira de construir o Datacenter e a forma de gerenciá-lo foi
alterada desde o surgimento do conceito, em 1942, com o lança-
mento do IBM System 360, um mainframe (computador de grande
porte) que prometia centralizar todo o processamento de dados de
uma organização. O domínio da IBM se prolongou até meados da
década de 70 com o lançamento de vários mainframes comerciais
que atendiam o Datacenter corporativo. [...] Na década de 1970, ini-
ciou-se um movimento baseado em microprocessadores 8080, lin-
guagem de programação chamada Basic e um Sistema Operacional
chamado CP/M. Em 1981, surgiu o IBM PC (IBM personal com-
24
UNICESUMAR
“
[...] Enquanto os PCs se moviam em direção aos mainframes, outra
mudança estava em rumo, era o surgimento das redes de área local
que permitiam a comunicação em PCs e Estações de trabalho já
no início da década de 80. O próximo passo foi o surgimento dos
servidores de arquivo que permitiam que os arquivos fossem dis-
ponibilizados para vários clientes da rede, ao mesmo tempo garan-
tindo a integridade destes arquivos. O surgimento do Windows, na
década de 80, e o seu uso em LANs (Local Area Network), propiciou
uma mudança no conceito de centralização. Surgiram as aplicações
cliente-servidor que rodavam parte da aplicação no servidor e parte
da aplicação nos clientes. Posteriormente, o LINUX se tornou uma
opção. [...] Com a adoção da World Wide Web (www), em 1990, os
usuários descobriram o poder de usar a Internet (surgida em 1969)
como principal opção de conexão ao mundo externo. Além das re-
des locais privadas, as companhias passaram a se comunicar através
da Internet, uma rede pública, com aspectos de segurança muito
mais sérios a serem considerados. A partir do ano de 2005 existiu
um movimento com foco na consolidação das aplicações e dos re-
cursos de hardware. A mudança na arquitetura das aplicações, o uso
de servidores blades (estrutura composta de um chassi e lâminas de
servidores) e servidores em RACK baseados em processadores x86,
e mais as tecnologias de virtualização, facilitaram a consolidação
do ambiente de Datacenter, além do aumento da oferta de banda.
Atualmente, há um grande movimento de migração de datacenter
locais para a nuvem, ou seja, hospedar as aplicações em grandes
datacenter de empresas especializadas. (VERAS, 2020, p. 43-45).
25
UNIDADE 1
26
UNICESUMAR
27
UNIDADE 1
Energia Gerenciamento
DC Instalações
Refrigeração
Serviços de Segurança
Descrição da imagem: No topo da imagem, temos um círculo representando o datacenter, ligado a outros
quatro círculos, com os dizeres: Instalações, Energia, Refrigeração e Gerenciamento, respectivamente. Este
mesmo círculo do datacenter está ligado à outro círculo denominado TI, que, por sua vez, está ligado a um
grande quadrado onde constam os seguintes subprocessos: Serviços de Alta Disponibilidade e Recuperação
de Desastres, Serviços de Segurança, Serviços de Aplicação (Virtualização), Serviços de Processamento, Ser-
viços de Rede e Serviços de Automação e Gerenciamento.
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UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
29
UNIDADE 1
“
O desempenho e a disponibilidade do Datacenter podem ser des-
critos por uma série de termos como confiabilidade, disponibili-
dade, normalmente difíceis de serem calculados. Uma alternativa
a estes termos é categorizar o Datacenter em termos de camadas
(tiers) de níveis críticos. Existe sempre um compromisso entre o
custo (TCO) e a escolha de uma camada de criticidade. Ou seja,
quanto mais sofisticado for o Datacenter, menor o downtime, e
maior é o seu custo de propriedade.
De acordo com Caciato (2010), a norma TIA 942 (ANSI/EIA/TIA 942) nos
permite definir o nível de criticidade de um datacenter. A escolha de criticidade
é feita baseada em um balanço entre custo do downtime (tempo de queda) e o
equivalente TCO.
A topologia de um datacenter pode ser feita de várias formas, porém podemos
descrevê-la baseado na norma TIA 942. Lembrando que a construção de um da-
tacenter deve ser baseada em requisitos do negócio. Para a classificação TIA 942,
o rating da camada só é mantido se os aspectos-chave da camada forem conside-
rados, ou seja, não adianta ter um datacenter robusto em termos elétricos e um
sistema ruim de refrigeração, pois, neste caso, para efeito de classificação, o que
vai valer é o sistema inadequado de refrigeração (VERAS, 2009, p. 50). Vejamos, a
seguir, a Figura que ilustra os principais componentes de acordo com a TIA 942:
30
UNICESUMAR
Sala de Suporte
e Centro de ER Provedor
Operações de Acesso
Cabeamento
Horizontal
Sala de Cabeamento
Backbone
Telecomunicações
MDA
EDA
Figura 3 - Topologia básica de um Datacenter, segundo a TIA 942 / Fonte: VERAS, 2009, p. 51.
Descrição da imagem: No topo da imagem, temos dois quadrados interligados por um traço representando
um cabeamento horizontal de datacenter. No primeiro quadrado está escrito Sala de Suporte e Centro de
Operações e no segundo quadrado está escrito Sala de Telecomunicações. À direita, temos um quadrado
escrito ER, que está interligado em um conjunto de quadrados, localizados logo abaixo, através de suas retas,
representando um cabeamento de backbone. Na parte inferior da imagem, temos um quadrado central escrito
MDA e, abaixo dele, três quadrados escritos HDA, um quadrado escrito ZDA e três quadrados escritos EDA. Na
parte superior, no canto direito, temos um quadrado escrito Provedor Acesso, ligando ao quadrado central ER.
31
UNIDADE 1
Segundo Caciato (2010, p. 3), a Norma TIA942 define a classificação dos datacen-
ters em quatro níveis independentes, chamados tiers (camadas), considerando
Arquitetura, Telecomunicações, Aspectos Elétricos e Mecânicos.
TIER 1 - Básico: Neste modelo não existirá redundância em rotas físicas ou lógi-
cas. Tem uma distribuição de energia elétrica sem redundância, podendo haver
falhas elétricas que podem causar interrupções parciais ou totais dos serviços;
32
UNICESUMAR
■ Pontos de falha: se a MDA primária falhar e não houver uma MDA secun-
dária. Se a HDA primária falhar e não houver HDA secundária;
■ Downtime: 0.4 hr/ano (equivalente a 99.995%).
Veja, a seguir, o Quadro com o resumo dos tipos e downtimes sugeridos de acordo
com a norma TIA 942:
33
UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
VIRTUALIZAÇÃO
“
A virtualização é um conceito bem conhecido na área de TI, oriundo
dos sistemas operacionais de mainframe, que já possuíam esta carac-
terística há muitos anos. Na verdade, os benefícios da virtualização são
fáceis de serem entendidos pelo staff de TI. A dificuldade é convencer os
níveis superiores sobre a real vantagem do ambiente virtualizado, con-
siderando que o paradigma de comprar servidores físicos a cada nova
demanda está sendo quebrado por uma nova forma de aquisição que
implica em maior custo inicial, mas que no longo prazo trará uma série
de facilidades no atendimento de novas demandas computacionais.
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UNICESUMAR
VM 1 VM N
Figura 4 - Virtualização com
Hypervisor
Fonte: VERAS, 2009, p. 197.
35
UNIDADE 1
“
A Forrester Consulting fez uma pesquisa (pegar ref.) onde entrevis-
tou vice-presidentes e diretores do nível C em 29 grandes corpora-
ções e constatou que a virtualização de servidores trouxe os seguin-
tes benefícios para as suas organizações: TI se tornou mais eficiente,
a organização passou a ter um time-to-market mais adequado e os
serviços de TI se tornaram mais previsíveis. O benefício principal
apontado pelas organizações que fizeram parte da pesquisa para
fazer a virtualização de servidores foi a redução de custos de hard-
ware, em primeiro lugar, e a melhoria da condição de recuperação
de desastres e da continuidade do negócio, em segundo.
36
UNICESUMAR
37
UNIDADE 1
COMPUTAÇÃO EM NUVEM
38
UNICESUMAR
39
UNIDADE 1
A seguir podemos ver alguns exemplos do que é possível fazer com serviços
de nuvem.
40
UNICESUMAR
Testar e criar
Criar aplicativos aplicativos
nativos da nuvem
Armazenar, fazer
backup e recuperar
Analisar os dados dados
Descrição da imagem: A imagem tem uma nuvem e, dentro dela, as seguintes dizeres: Criar aplicativos
nativos da nuvem; Testar e criar aplicativos; Armazenar, fazer backup e recuperar dados; Analisar os dados;
Transmitir áudio e vídeo; Fornecer software sob demanda; Inserir inteligência.
41
UNIDADE 1
Referente aos tipos de serviços (SAAS, PAAS e IAAS), você os estudará em ou-
tro momento deste livro. Outro ponto importante da computação em nuvem é
o modelo de negócio de cobrança, que é baseado na contratação de serviços,
que são pagos mensalmente. Sobre este assunto, você verá mais detalhes, pois é
extremamente importante que possamos conhecer os pormenores das formas
e modelos de pagamentos que estes players de nuvem nos propõem. Como DE
ROSE (2020, p. 10), muito bem destaca:
“
O modelo de nuvem não substitui o modelo de computação pes-
soal, mas vem para complementá-lo, ficando o dispositivo pessoal,
seja ele o computador de mesa, notebook ou telefone celular, como
uma porta de acesso para serviços e dados que estão na nuvem. Esta
migração pode e deve ser feita de forma gradual, entendendo que o
modelo de computação em nuvem também envolve riscos e limi-
tações. Recomenda-se, então, aplicá-lo nos casos em que realmente
vai resolver um problema específico, nos trazer maiores facilidades
no manuseio de dados e aplicativos ou ter um custo menor, sem nos
impressionarmos com modismos ou pressões do mercado.
42
UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
Para finalizar, vamos resgatar os três principais conceitos que aprendemos nesta Unidade.
Datacenter: Podemos considerar que é um espaço físico equipado e preparado para
hospedar os ativos de tecnologia, como servidores e equipamentos de rede. Neste local
teremos todos estes equipamentos e qualquer outro item que integra e garante o funcio-
namento das atividades do negócio.
Virtualização: É uma tecnologia que otimiza a utilização de hardware através da criação
de “versões virtuais” das aplicações ou recursos de infraestrutura, tal como hardware,
sistemas operacionais, computadores, servidores etc. Ou seja, essa tecnologia permite
compartilhar recursos de hardware de um computador e utilizá-lo para criar diversos am-
bientes virtuais dentro do mesmo equipamento.
Computação em nuvem: Trata-se do uso de tecnologias que permitem o acesso a pro-
gramas, serviços e arquivos por meio da internet, através de servidores alocados em ou-
tros computadores que podem estar em qualquer lugar do mundo. Geralmente, utiliza-se
servidores de alta capacidade, que armazenam arquivos e dados de forma fluída, sem es-
paço geográfico definido, por isso, o termo “nuvem”. Na maioria das vezes, os serviços em
cloud são operados por empresas especializadas, utilizando tecnologias de ponta para
tornarem esses espaços virtuais mais seguros.
43
Com a finalização desta Unidade, qual tal aplicarmos todo o nosso conhecimento
nas questões a seguir? Vamos lá!
a) Redução do TCO: o TCO pode ser reduzido com o uso de virtualização. Alguns
fabricantes disponibilizam ferramentas que permitem o cálculo de TCO compa-
rando infraestrutura de TI, com e sem virtualização;
b) Aumento do uso de espaço físico: como utilizamos mais servidores, reduz o es-
paço físico, permitindo colocar outras coisas, tal como cadeiras.
c) Aumento do consumo de energia: sempre que fizermos a virtualização, os servi-
dores irão consumir mais energia.
d) Diminuição de flexibilidade: tendo em vista a dificuldade de criação de servidores
virtuais, diminuímos a flexibilidade de criação destes ambientes.
e) Dificulta a alta disponibilidade: não sendo possível criar cluster de servidores
com a virtualização, isso faz com que não tenhamos alta disponibilidade nestes
ambientes
.
44
3. A norma TIA942 faz uma classificação dos datacenters em quatro níveis, chamados
tiers. Assinale a alternativa correta que mostra os conceitos de cada Tier (1, 2, 3 e
4), nesta ordem.
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2
Conceitos e
Características
da Nuvem
Esp. Fernando Ferreira Sombrio
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
DIÁRIO DE BORDO
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
Descrição da imagem: Nesta imagem, encontramos o logotipo dos três maiores provedores de tecnologia em
nuvem da atualidade. À esquerda, temos a plataforma AWS (Amazon Web Services), representada pelo logo
que contém as letras a, w, s. Embaixo, há uma seta ligando as letras desde o a até o s, em forma de sorriso.
No centro da imagem, há o logotipo da plataforma Microsoft Azure, representado por quatro quadrados que
formam uma janela, nas cores vermelha, verde, azul e amarela, respectivamente. À direita, há a logomarca
da plataforma Google Cloud, representada por uma nuvem nas cores do Google: amarelo, vermelho, verde
e azul, com a escrita Google Cloud logo abaixo.
Neste modelo de negócio, na maioria das vezes, a economia destes serviços está no
fato de que o pagamento é feito somente pelo que foi consumido, mais conhecido
como on-demand, e a disponibilidade atende à perspectiva do just-in-time, que
deixa os recursos tecnológicos disponíveis em um formato 24x7x365 (vinte e qua-
tro horas por dia, sete dias por semana e trezentos e sessenta e cinco dias por ano),
utilizado de forma online. Além disso, o acesso é feito através de uma interface
gráfica entre máquina e ser humano, que apresenta alta agradabilidade, de forma
a chamar a atenção, e elevada usabilidade, garantindo um alto grau de satisfação
àquele que navega por sua infraestrutura digital. (KOLBE JÚNIOR, 2020, p. 6).
52
UNIDADE 2
Figura 2 - Console de gerenciamento (interface gráfica) da AWS / Fonte: Elaborado pelo autor.
Descrição da imagem: Nesta imagem, encontramos o console de gerenciamento da AWS. No topo da imagem,
temos uma borda com algumas informações, dentre elas: o logotipo da empresa (AWS), um menu de serviços
disponíveis, uma barra de pesquisa. Nesta mesma barra, na parte direita do console, temos um botão de ajuda
e o local do datacenter em que esteja trabalhando, neste caso, São Paulo. Abaixo dessa barra, temos um console
dividido em quatro quadros. O primeiro quadro contém os serviços mais utilizados pelo controlador, como, por
exemplo: EC2, RDS etc. No segundo quadro, links de treinamentos e documentações sobre a navegabilidade dos
serviços. No terceiro quadro, um resumo contendo a “saúde” do ambiente. Já no quarto quadro, um resumo
de custos mensais de todos os serviços utilizados, tal como um top 5 dos serviços que mais estão gastando.
53
UNIDADE 2
54
UNIDADE 2
PENSANDO JUNTOS
Estudos desenvolvidos pelo Instituto Gartner informam que: “[...] até o ano de
2020, empresas que ainda não utilizam serviços de computação em nuvem serão
tão raras quanto as que hoje não utilizam a internet” (GARTNER apud KOLBE
JÚNIOR, 2020, p. 8). Isso nos mostra o quanto as empresas estão investindo nesse
tipo de tecnologia. Quando fizemos um estudo de adaptação de nossa empresa
para utilizar os serviços em nuvem, temos que tomar cuidado. A justificativa de
economia de espaço, hardware e a necessidade de programação deve ser ques-
tionada. É preciso uma análise sobre a real necessidade de tal serviço em deter-
minada empresa. Todos esses elementos fazem parte de uma análise, entretanto é
preciso saber se o volume de armazenamento e serviços justifica o trabalho inicial
desgastante em termos de sobrecarga laboral, cognitiva e até social que pode advir
de uma decisão como essa. Se a corporação não tiver um grande volume de servi-
ços ou dados e se não houver a necessidade de cópias e gestão de segurança, talvez
a migração para a nuvem não faça tanto sentido. (KOLBE JÚNIOR, 2020, p. 8).
Caso você tenha determinado, após esse estudo inicial, que a migração para a
nuvem é uma saída para que a organização apresente diminuição de gastos, en-
tramos na segunda fase do processo, na qual analisamos quais serviços devem ser
55
UNIDADE 2
Figura 3 - Empresas com serviços de sincronização de arquivos (documentos, fotos etc.) em nuvem
Fonte: Elaborado pelo autor.
Descrição da imagem: Na imagem, temos três logotipos de serviços de sincronização de arquivos em nuvem.
O primeiro é o Dropbox, da empresa homônima, representado por uma caixa azul com a escrita Dropbox
logo abaixo, também em azul. No centro, há o logotipo do serviço Google Drive, da Google, formado por um
triângulo de quatro cores: azul, verde, amarela e vermelha, e pelo nome Google Drive, escrito logo abaixo da
figura geométrica. O terceiro logotipo refere-se ao serviço OneDrive, da Microsoft. O logo é composto por
duas nuvens azuis, com a escrita OneDrive logo abaixo do desenho.
De acordo com De Rose (2020), temos cinco características da nuvem que podem
nos ajudar:
■ Compartilhamento dos dados: A computação em nuvem facilita o
compartilhamento de dados sem stateless (sem estado), isto é, não man-
tém o estado nas máquinas locais, mas o transfere para a nuvem. Uma
forma de compartilhar dados é com a utilização de um serviço de SAAS,
ou seja, além do estado, a própria ferramenta também executa na nuvem,
56
UNIDADE 2
Figura 4 - Serviços disponíveis na nuvem da Apple, chamada iCloud / Fonte: Elaborado pelo autor.
Descrição da imagem: Na imagem, temos os ícones das funções disponíveis no serviço de nuvem da Apple,
chamado iCloud. Ao centro, um ícone com um desenho do usuário com os seguintes dizeres: “Boa noite,
Fernando”. Abaixo, temos 11 ícones com os serviços disponíveis, sendo eles: Mail (formado por um envelope
branco, circulado em azul); Contatos (formado por uma representação de um caderno cinza com um ícone
de uma pessoa ao centro); Calendário (com o número 6 no centro, e escrito “domingo” logo acima; Fotos
(formado por uma flor colorida ao centro com as cores do arco-íris); iCloud Drive (ícone branco com uma
nuvem azul ao centro); Notas (ícone com a representação de uma folha de caderno amarela com branco);
Lembretes (representação de itens de lembretes, com três marcadores em disposição um abaixo do outro);
Pages (ícone laranja com uma caneta em branco ao centro); Numbers (ícone verde com um gráfico de colunas
em branco); Keynote (ícone azul com uma mesa de desenhar em branco); Buscar iPhone (representação de
um painel verde de busca).
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
Todavia, devemos saber que nem tudo é tão perfeito quanto pa-
rece, e a nuvem pode trazer várias limitações. De acordo com De
Rose (2020), a nuvem pode trazer as seguintes limitações:
■ Dependência de rede e de uma conexão boa: A depen-
dência de rede é sem dúvida um dos principais pontos
fracos da computação em nuvem. Como as demandas
de processamento e de armazenamento estão todas na
nuvem, a existência de conexão com a internet é impres-
cindível para permitir a utilização desses serviços. E de-
pendendo do tipo de serviços que estaremos usando, não
basta apenas estarmos conectados e termos uma conexão
estável, ela também terá que ser rápida para que funcione
de forma satisfatória. Já serviços de edição colaborativa
de textos e clientes de e-mail em nuvem são menos exi-
gentes e funcionam também com conexões mais lentas.
A qualidade dos serviços prestados pelas operadoras no
Brasil deixa muito a desejar, mesmo em um centro urba-
no é comum que a velocidade oferecida oscile bastante,
sendo na prática muito menor do que a que de fato foi
contratada. Isto acontece porque, no Brasil, as operado-
ras não precisam entregar 100% do que foi contratado.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que
regulamenta o setor, determina que a média mensal do
serviço tem que ser, no mínimo, de 80%, podendo chegar,
em alguns momentos do dia, a 40%. Estas oscilações no
serviço de internet afetam diretamente a qualidade e a
confiança nos serviços em nuvem e, dependendo da gra-
vidade da situação, tornam essa alternativa impraticável,
como, por exemplo, em zonas rurais.
59
UNIDADE 2
SE 84,4%
MG 84,0%
DF 84,0%
AL 83,6%
RS 83,3%
PB 82,9%
PR 82,6%
RJ 82,1%
MS 81,5%
AM 81,5%
CE 81,0%
PI 80,7%
Brasil 80,6%
TO 80,6%
RN 80,5%
GO 80,2%
PE 80,1%
MT 80,0%
ES 79,7%
BA 79,4%
PA 79,2%
AC 78,2%
RR 76,6%
RO 76,3%
MA 76,3%
SP 73,9%
AP 68,9%
Figura 5 - Percentual de cumprimento de indicadores de qualidade por estado / Fonte: Anatel, 2020.
Descrição da imagem: Uma listagem com o ranking em percentual dos indicadores de qualidade de rede por
estado, sendo estes dispostos em linhas horizontais uma abaixo da outra, representando cada estado da se-
guinte forma: SC com 86,5%, SE com 84,4%, MG com 84,0%, DF com 84%, AL com 83,6%, RS com 83,3%, PB com
82,9%, PR com 82,6%, RJ 82,1%, MS com 81,5%, AM com 81,5%, CE com 81%, PI com 80,7%, Brasil com 80,6%,
TO com 80,6%, RN com 80,5%, GO com 80,2%, PE com 80,1%, MT com 80%, ES com 79,7%, BA com 79,4%,
PA com 79,2% AC com 78,2%, RR com 76,6%, RO com 6,3%, MA com 76,3%, SP com 73,9% e AP com 68,9%.
60
UNIDADE 2
61
UNIDADE 2
NOVAS DESCOBERTAS
62
UNIDADE 2
63
UNIDADE 2
78% Segurança;
46% Preço;
18% Marca;
14% Experiência;
6% Outros.
64
UNIDADE 2
65
UNIDADE 2
66
UNIDADE 2
Atualmente, a AWS oferece um nível de serviço gratuito, porém com uma deter-
minação de limite de uso. Dentre os serviços mais conhecidos estão:
■ AWS EC2;
■ Amazon RDS - Serviço de banco de dados relacional, podendo ser My-
SQL, PostgreSQL, dentre outros;
■ Amazon S3 - Infraestrutura de armazenamento de objetos segura, durável
e escalável.
67
UNIDADE 2
“
A integração entre essas duas tecnologias levou a Amazon a criar um
webservice especificamente voltado para tal finalidade. O serviço é
oferecido separadamente e recebe o nome de AWS IoT. Segundo a
divulgação do serviço pela Amazon, ele é uma plataforma de nuvem
gerenciada, e permite que dispositivos interajam facilmente, com se-
gurança, com aplicativos da própria nuvem e com outros dispositivos.
Segundo o criador do projeto, Kevin Ashton, esses elementos que se conectam são
dispositivos físicos incorporados a dispositivos eletrônicos, sensores e atuadores
na nuvem, além de se conectarem uns aos outros, utilizando protocolos que não
precisam ser visíveis ao usuário final, ou seja, a complexidade fica escondida
com a utilização de interfaces altamente amigáveis. Também podemos analisar a
capacidade de conexão, gerando uma quantidade enorme de dispositivos interli-
gados, permitindo a geração de um gigantesco volume de informações, trazendo
milhares de dados que podem vir a ser utilizados com diferentes finalidades,
dando destaque ao Big Data. Além disso, essa tecnologia impacta também no
mercado de trabalho, destacando a função de analista de dados: profissionais que
irão visualizar e analisar essa grande quantidade de volume gerado.
Dessa forma, residências poderão estar conectadas a dispositivos, veículos
poderão se conectar a centrais de controle e dados de saúde poderão ser en-
viados para algum dispositivo de controle, ou algum sistema de software, que
monitorará o comportamento do paciente e orientará sobre aspectos como o
uso de medicação, dentre outros.
Kolbe Júnior (2020, p. 48), cita um do exemplo dessa utilização:
“
Atmosphere Sky Air é um aplicativo desenvolvido pela Amway,
e pode ser considerado um aplicativo de interesse geral, voltado
para a melhoria da qualidade de vida. Trabalha com a purificação
do ar e a remoção de causadores de alergia e também de outros
contaminantes de qualidade. Seu funcionamento está baseado na
utilização de sensores, que enviam dados que permitem avaliar as
condições em diferentes pontos.
68
UNIDADE 2
Serviço Descrição
Quadro 2 - Serviços especialistas em IoT da AWS / Fonte: Adaptado de KOLBE JÚNIOR, 2020, p. 43.
69
UNIDADE 2
Como vimos até o momento, a computação em nuvem já está no nosso dia a dia
e, com ela, surgiram novos profissionais e uma mudança de mercado. Com
essa inovação, podemos montar uma equipe terceirizada, muitas vezes aceitável
em pequenas e médias empresas. Além disso, podemos criar uma equipe interna
para cuidar do ambiente em nuvem. Com o advento da computação em nuvem
e suas complexidades, novas profissões surgiram, ainda não deslocando pro-
fissionais anteriores, porém muitos deles têm que estudar e entender essa nova
tecnologia para o mercado atual e futuro. No momento em que estamos, com
muitas empresas ainda estudando a migração ou até mesmo mantendo nuvens
híbridas, se destacam três formações de profissionais:
■ Engenheiro de migração;
■ Arquiteto de computação em nuvem;
■ Engenheiro de software com ênfase em computação em nuvem.
70
UNIDADE 2
“
Na esteira dos CIOs - Chief Information Officer, Chief Learning
Officer, surgem os CCOS - Chief Cloud Officer, para manter um
tradicional isolamento dos elementos que ocupam esses cargos do
próprio pessoal de TI, o que aproxima mais das gerência estratégi-
cas. Ele é a pessoa que, por delegação direta das chefias estratégicas,
gerencia, supervisiona e determina diretrizes, normas e procedi-
mentos que definem como será o ambiente em nuvem adquirido
pela empresa. É sua a responsabilidade pelo gerenciamento da nu-
vem e pelas aplicações que serão colocadas nela. (2020, p. 67)
Esses profissionais, podendo ter um nível salarial elevado, têm como principal
responsabilidade garantir que a empresa consiga aproveitar ao máximo o que a
tecnologia de computação em nuvem tem a oferecer. Todavia, por serem funções
estratégicas e que alteram as aplicações e a forma como elas atuam, aconselha-se
que sejam profissionais da própria empresa nesses cargos.
Existem inúmeros tipos de serviços de Computação em Nuvem. À pri-
meira vista, quando se fala no assunto, tendemos a imaginar um único modelo,
geralmente de infraestrutura. Porém, existem diversos serviços de computação
em nuvem, o que, por um lado, é positivo, pois permite que a empresa adquira
os serviços mais adequados às suas necessidades.
De acordo com Veras (2015, p. 44), há três principais modelos de serviços
de computação em nuvem:
■ Infraestrutura como um serviço (Infrastructure as a Service - IaaS): ca-
pacidade que o provedor tem de oferecer uma infraestrutura de processa-
mento e armazenamento de forma transparente. Nesse cenário, o usuário
não tem o controle da infraestrutura física, mas, através de mecanismos de
virtualização, possui controle sobre as máquinas virtuais, armazenamento,
aplicativos instalados e possivelmente um controle limitado dos recursos
de rede. Um exemplo de IaaS é a opção Amazon Web Services (AWS).
■ Plataforma como um serviço (Platform as a Service - PaaS): capacidade
oferecida pelo provedor para o desenvolvedor de aplicativos que serão exe-
cutados e disponibilizados na nuvem. A plataforma na nuvem oferece um
71
UNIDADE 2
72
UNIDADE 2
SaaS
Hosting PaaS
Colocation IaaS
Datacenter Nuvem
73
UNIDADE 2
Com esses dois conceitos, deve ficar claro que computação em nuvem é uma
proposta mais sofisticada do que a simples oferta dos serviços descritos ante-
riormente. Alguns provedores de internet confundem os clientes com o anúncio
de disponibilidade de serviços em nuvem, mas essencialmente operam fazendo
Colocation e Hosting.
Vejamos a Figura a seguir:
Figura 9 - Papéis em computa-
ção em nuvem
Fonte: Adaptado de VERAS,
2015, p. 45.
SaaS Cliente/Usuário
Final
Descrição da imagem: À es-
querda da Figura, temos um re-
tângulo com a palavra Provedor.
Provedor Desenvolvedor Essa forma geométrica se co-
PaaS
necta a outros três retângulos lo-
calizados no centro da imagem.
Os três retângulos estão orde-
nados verticalmente, em cada
IaaS um deles, as palavras: SaaS,
PaaS e IaaS, respectivamente.
À direita da imagem, temos dois
Fornece
retângulos, com as palavras:
Consome Cliente/Usuário final, ligado ao
retângulo SaaS, e Desenvolve-
dor, ligado aos retângulos PaaS
e IaaS, respectivamente.
74
UNIDADE 2
Podemos analisar que o modelo IaaS suporta o modelo PaaS, que suporta o mo-
delo SaaS. Do ponto de vista de interação entre os três modelos de serviços, a IaaS
fornece recursos computacionais, seja de hardware ou software, para a PaaS, que,
por sua vez, fornece recursos, tecnologias e ferramentas para o desenvolvimento e
execução dos serviços implementados a serem disponibilizados como SaaS. Vale
lembrar que um provedor de nuvem não precisa obrigatoriamente disponibilizar
os três modelos. Ou seja, um provedor pode disponibilizar a opção IaaS sem ter
que obrigatoriamente disponibilizar uma plataforma de PaaS (VERAS, 2015).
Também deve-se definir onde os serviços de nuvem serão implementados.
Na Figura a seguir, veremos três opções: datacenters empresariais, provedores
regionais e provedores globais. A definição de onde os serviços de nuvem irão
rodar depende de alguns fatores, tais como latência das aplicações e aspectos
institucionais. Ou seja, a latência pode obrigar a aplicação a estar mais perto do
usuário, enquanto as questões institucionais definem muitas vezes onde os dados
devem ser armazenados.
SaaS
IaaS
Figura 10 - Serviços de nuvem versus localização / Fonte: Adaptado de VERAS, 2015, p. 46.
Descrição da imagem: À esquerda, temos três retângulos dispostos verticalmente, com as palavras SaaS,
PaaS e IaaS, respectivamente. À direita, temos uma nuvem, com a palavra Computação em nuvem escrita.
Na parte inferior da imagem, três retângulos apresentam as palavras Datacenters empresariais, Provedores
regionais e Provedores globais, respectivamente.
75
UNIDADE 2
Veras (2015, p. 47) nos mostra que existem quatro principais modelos de implan-
tação de computação em nuvem, são eles:
■ Nuvem privada (private cloud): compreende uma infraestrutura de
computação em nuvem operada e quase sempre gerenciada pela orga-
nização do cliente. Os serviços são oferecidos para serem utilizados pela
própria organização, não estando publicamente disponíveis para uso ge-
ral. Em alguns casos pode ser gerenciada por terceiros.
76
UNIDADE 2
Podemos elencar alguns benefícios comuns nas nuvens públicas e privadas: alta
eficiência; alta disponibilidade; elasticidade; economia de escala; mais fácil inte-
gração, dentre outros.
OLHAR CONCEITUAL
Para finalizar, vamos resgatar os três principais modelos de serviços de computa-
ção em nuvem de acordo com Carissimi (2015, p. 8-9):
77
UNIDADE 2
VENDA
SOFTWARE COMO SERVIÇO
Um software ou aplicativo acessado
SaaS pelo usuário final
CONTROLE
Descrição da imagem: À esquerda da imagem, um traço vertical informa que quanto mais para baixo, maior
o controle, e quanto mais ao topo, menor o controle. À direita do traço, há uma pirâmide dividida em três
partes. Na base da pirâmide, em uma forma geométrica em degradê roxo e azul está escrito IaaS. À direita,
os dizeres “Infraestrutura como serviço. Serviços como Backup, Servidores Virtuais, Armazenamento, entre
outros”. No meio da pirâmide, em verde, a palavra PaaS. À direita, os dizeres “Plataforma como serviço. Você
pode hospedar ou desenvolver um software que será utilizado por usuários finais”. No topo da pirâmide,
em azul, a palavra SaaS. À direita, os dizeres “Software como Serviço. Um software ou aplicativo acessado
pelo usuário final”.
Neste momento, temos muito mais informações sobre os tipos de nuvens e como
o mercado está adotando este tipo de tecnologia. Cada vez mais, estamos nos
aprofundando nesses conhecimentos da tecnologia em nuvem!
78
UNIDADE 2
79
Agora que já finalizamos a Unidade, qual tal aplicarmos todo o nosso conhecimento
nas questões a seguir? Vamos juntos!
80
2. Durante os estudos, vimos muitas características e benefícios que a nuvem pode
trazer para a empresa. Assinale a alternativa CORRETA quanto a essas características.
3. O modelo SaaS provê serviços para o usuário final, ou seja, provavelmente é utilizado
em nosso dia a dia, seja no acesso ao E-mail ou a alguns serviços, tal como Google
Drive, Dropbox, entre outros. Descreva, em no mínimo 5 e no máximo 10 linhas, qual
a forma mais segura de deixar nossos dados nesses serviços, demonstrando algumas
técnicas de segurança que aprendemos nessa Unidade.
81
4. Sabemos que os modelos de serviços disponibilizados em nuvem são interligados
e um suporta o outro em uma ordem. Qual a ordem correta de suporte e interação
entre os modelos? Assinale a alternativa correta.
82
6. Quando formos escolher ou analisar qual provedor de nuvem contratar, temos que
considerar alguns aspectos para que essa escolha seja assertiva. Descreva, em no
mínimo 5 e no máximo 10 linhas, quais seriam os aspectos essenciais para a escolha
segura do provedor.
83
3
Modelos de
Serviços em
Nuvem (Cloud)
Dr. Raul Greco Junior
Esp. Miguel Garcia Jr.
86
UNICESUMAR
Até agora, você pode perceber que um projeto de migração para nuvem
(cloud) não é tão simples quanto parece e demanda uma série de análises e de-
cisões. Uma delas é o modelo a ser adotado em nuvem. Nesta Unidade, iremos
abordar os principais modelos: IaaS, PaaS e SaaS, porém, existem que podem
ser adotados, dependendo do tipo de serviço que a universidade de Jeff deseja
utilizar futuramente.
Pensando em ampliar nosso horizonte de conhecimento no mundo cloud,
faça uma pesquisa na internet e liste, pelo menos, dois tipos de modelos de servi-
ços diferentes dos que vimos nesta Unidade. Não esqueça de descrever cada um,
para que consigamos avaliar a diferença entre eles e a aplicabilidade de cada um.
Mais importante do que simplesmente listar modelos de serviços utilizados em
nuvem (cloud) é entender, realmente, o conceito de cada um, para que possamos
deixar clara a real aplicabilidade de cada modelo.
E aí? Você está conseguindo compreender como um projeto de migração
para nuvem é complexo?
Muitas decisões precisam ser tomadas e, dependendo do cenário, não são
nada fáceis. O item-chave para qualquer tipo de projeto chama-se planejamento.
Quando bem-feito, um planejamento se torna a execução menos traumática e
mais rápida. Se coloque no lugar de Jeff e reflita sobre os itens a seguir, que são
de suma importância para uma tomada de decisão:
■ Como dimensionar os recursos computacionais, em nuvem (cloud), com
base no ambiente local (on-premises)?
■ Posso ter um ambiente híbrido, que me garanta disponibilidade durante
o processo de migração, independente do modelo escolhido?
■ Posso fazer um ambiente mesclado, utilizando parte de dois modelos di-
ferentes (Ex.: alguns recursos como IaaS, outros como PaaS)?
Agora que você viu que a adoção de serviços em nuvem demanda planejamento,
convido você a registrar, no Diário de Bordo, quais sensações e questionamentos
você tem a respeito deste tema. Que perguntas vieram à sua mente, relacionadas
ao tema migração para nuvem? Seria muito mais fácil adotar a nuvem do zero
do que fazer uma migração? Por quê?
87
UNIDADE 3
88
UNICESUMAR
89
UNIDADE 3
PENSANDO JUNTOS
Para uma adoção sadia da nuvem, temos que entender um pouco melhor como
os serviços de uma organização podem ser migrados. Lembra que falamos que
no caso da migração dos serviços de TI para nuvem, da universidade em que Jeff
é o coordenador de TI, o modelo a ser adotado seria muito importante, tanto no
quesito financeiro, visando à economia, quanto no quesito tecnológico, visando à
facilidade na migração dos recursos? Pois bem, nesse caso, Jeff precisará analisar
alguns modelos de serviço em nuvem (cloud) que podem ser adotados.
90
UNICESUMAR
Usuários
Pública
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma nuvem ao lado esquerdo com a legenda “Pública”. Essa nuvem
possui três setas que apontam para ícones que representam usuários, de forma direta.
91
UNIDADE 3
Usuários
Privada
Organização
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma nuvem ao lado direito com a legenda “Privada” e a palavra
“Organização” abaixo. Essa nuvem possui três setas que apontam para ícones que representam usuários,
de forma direta.
92
UNICESUMAR
Usuários
Híbrida Pública
Usuários
Privada
Organização
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma nuvem ao lado esquerdo com a legenda “Privada” e a palavra
“Organização” abaixo. Essa nuvem possui três setas que apontam para ícones que representam usuários,
de forma direta. Possui uma nuvem ao lado direito com a legenda “Pública”. Essa nuvem também possui
três setas que apontam para ícones que representam usuários, de forma direta. E, por fim, apresenta uma
nuvem interseccionando as anteriores com a legenda “Híbrida”.
93
UNIDADE 3
Comunitária
Organização A Organização C
Organização B
Figura 4 – Modalidade Nuvem Comunitária / Fonte: o autor.
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma nuvem ao centro com a legenda “Comunitária”. Essa nuvem
possui três setas que apontam para ícones que representam organizações, respectivamente representadas
por A, B e C; de forma direta.
94
UNICESUMAR
95
UNIDADE 3
96
UNICESUMAR
EXPLORANDO IDEIAS
Mas o que é um datacenter? Para muitas pessoas, esse ainda é um termo desconhecido
ou pouco explorado, apesar dos dias de hoje. Muitos ainda se remetem ao antigo CPD ou
Centro de Processamento de Dados, que era uma sala, geralmente pequena, onde fica-
vam servidores e equipamentos de redes.
Um datacenter, ou Centro de Dados, nada mais é do que uma instalação física (sala ou
prédio), onde todos os servidores corporativos e principais equipamentos de rede es-
tão localizados. Nesse local, você irá encontrar servidores, roteadores, switches, storages
(conjunto de discos para armazenamento), dentre outros. Se verificarmos tudo o que um
datacenter possui, podemos notar que é nesse local que estão todos os equipamentos de
TI que dão suporte às operações de negócio da instituição.
Os datacenters podem ser de diferentes tamanhos, dependendo da infraestrutura que
necessitarem, bem como ser interconectados um ao outro, caso a empresa deseje ter
mais de um, para garantir a continuidade dos serviços de TI, no caso de um desastre.
Fonte: adaptado de O que é um data center, [20-?].
“
O IaaS tem ganhado espaço pelo uso de um modelo de pagamento
por demanda (on demand), em que o cliente paga apenas pelos
serviços utilizados, e pode, facilmente, aumentar ou reduzir os
serviços contratados (KOLBE JUNIOR, 2020, p. 18)
97
UNIDADE 3
EXPLORANDO IDEIAS
Quando falamos de serviços em nuvem, três conceitos devem estar muito bem dissemi-
nados: escalabilidade, redundância e flexibilidade.
A Escalabilidade, em nuvem, é a possibilidade que a companhia que está usando os ser-
viços tem de acrescer ou diminuir o uso de recursos de forma dinâmica e inteligente, por
exemplo, memória ou processamento. Isso acontece acrescentando ou abatendo os re-
cursos da máquina já cunhada, bem como designando ou apagando uma nova máquina
idêntica. (VERDI et al., 2010, p. 6)
A Redundância pode ser descrita como a duplicação dos recursos que compõem a in-
fraestrutura de TI em nuvem, sejam eles virtuais ou físicos. Caso algum elemento da in-
fraestrutura venha a falhar, um outro item assume seu lugar, não deixando que os servi-
ços fiquem indisponíveis. (MARINESCU, 2018, p. 76)
Por fim, a Flexibilidade permite que você cresça ou diminua, ou seja, a capacidade do
sistema de suportar uma variedade de aplicações conforme a necessidade vigente, pa-
gando somente por aquilo que estiver usando. Ser flexível permite que a empresa possa
ir crescendo conforme necessidade. (MARINESCU, 2018, p. 215)
98
UNICESUMAR
“
No modelo IaaS, mesmo que o usuário não disponha do contro-
le da infraestrutura física, com mecanismos de virtualização, ele
consegue controlar as máquinas virtuais, o armazenamento, os
aplicativos instalados e, mesmo limitadamente, os recursos de rede
(SOUSA NETO, 2015)
Conforme já falamos, a partir do momento que uma empresa inicia o seu pro-
cesso de migração para nuvem, ou a adota desde o início de sua existência, ela
não precisa mais se preocupar com a parte física do ambiente, ou seja, com o
hardware, independente do modelo escolhido.
Aplicações
Dados
Figura 5 – Modelo IaaS de
Controle controle
do Usuário Processamento Fonte: o autor com base em
SILVA et al., 2020, p. 149-158.
99
UNIDADE 3
100
UNICESUMAR
101
UNIDADE 3
102
UNICESUMAR
Aplicações
Controle
do Usuário
Dados Figura 6 – Modelo PaaS de
controle / Fonte: o autor com
base em SILVA et al., 2020, p.
Processamento 159-172.
PaaS
Ainda olhando para a Figura 6, observamos que o usuário não é mais o respon-
sável pela gestão do sistema operacional e de todos os programas lá instalados,
inclusive, das atualizações de segurança e de resolução de bugs do próprio sistema
operacional. Isso agora é de responsabilidade do provedor, que precisa manter o
ambiente atualizado e seguro para que o usuário possa manter o foco no desen-
volvimento dos seus aplicativos.
Você percebeu que, conforme o modelo escolhido, o nível de responsabili-
dade do usuário, com relação a manutenção do ambiente, diminui? Notou como
o planejamento para a adoção de serviços em nuvem é muito importante, tanto
em uma migração quanto em uma adoção do zero, levando em consideração o
custo/benefício? Que tal irmos comparando os modelos?
Na Figura 7, trazemos o comparativo entre os modelos de Infraestrutura
IaaS e PaaS, lado a lado, para que você possa observar com mais clareza os con-
troles do provedor e do usuário em cada um dos modelos.
103
UNIDADE 3
Aplicações Aplicações
Controle do
Usuário
Dados Dados
PaaS
Middleware Middleware
Sistema Sistema
Operacional
IaaS
Operacional
Controle do
Virtualização Provedor Virtualização
Servidores Servidores
Controle do
Provedor Armazenamento
Armazenamento
Rede Rede
Figura 7– comparativo entre os modelos de Infraestrutura IaaS e PaaS / Fonte: o autor com base
em SILVA et al., 2020 (p. 149-172)
Descrição da Imagem: a figura apresenta duas imagens, lado a lado. Na figura da esquerda, apresentamos
o modelo IaaS que traz uma coluna principal chamada “IaaS”, que se subdivide em outras duas colunas, a
primeira chamada “Controle do Usuário”, que apresenta as ramificações “Aplicações”, “Dados”, “Processamen-
to”, “Middleware” e “Sistema Operacional”. A segunda coluna, chamada de “Controle do Provedor”, apresenta
as ramificações “Virtualização”, “Servidores”, “Armazenamento” e “Rede”. Na figura da direita, apresentamos
o modelo PaaS, que traz uma coluna principal chamada “PaaS”. Essa coluna se subdivide em outras duas: a
primeira chamada “Controle do Usuário”, que apresenta as ramificações “Aplicações” e “Dados”, e segunda
chamada de “Controle do Provedor”, que apresenta as ramificações “Processamento”, “Middleware”, “Sistema
Operacional”, “Virtualização”, “Servidores”, “Armazenamento” e “Rede”.
104
UNICESUMAR
Com tudo que já vimos, a Plataforma como Serviço (PaaS) permite que as
organizações criem, executem e gerenciem aplicativos sem a infraestrutura de TI.
Nesse sentido, o processo se torna mais fácil e rápido, quando falamos de desenvol-
vimento, teste e implementação de aplicativos. Como os desenvolvedores podem se
concentrar em escrever códigos e criar aplicativos sem se preocupar com atividades
demoradas de infraestrutura de TI, como provisionamento de servidores, armaze-
namento e backup, o PaaS, de certa forma, agrega mais valor à nuvem. Dessa forma,
esse processo pode reduzir a sobrecarga de gerenciamento e os custos.
105
UNIDADE 3
106
UNICESUMAR
Aplicações
Dados
Figura 8 – Modelo SaaS de
controle / Fonte: o autor com
base em SILVA et al., 2020, p.
Processamento 173–192.
PENSANDO JUNTOS
Você notou que a escolha do modelo depende da estratégia que a instituição possui,
tanto em termos de evolução dos sistemas, quanto na manutenção de uma equipe de
TI? Dependendo do modelo escolhido, e da estratégia da empresa, você pode ter tanto
uma equipe pequena, terceirizando o que for necessário, quanto uma equipe maior,
visando grandes projetos e desenvolvimento de produtos.
107
UNIDADE 3
“
Aplicativos de interesse para uma grande quantidade de clientes
passam a ser hospedados na nuvem como uma alternativa ao pro-
cessamento local. Os aplicativos são oferecidos como serviços por
provedores e acessados pelos clientes por aplicações como o brow-
ser. Todo o controle e gerenciamento da rede, sistemas operacionais,
servidores e armazenamento é feito pelo provedor de serviço.
108
UNICESUMAR
Aplicações
Aplicações Aplicações
Aplicações
Controle do do
Controle
cações Aplicações Usuário
Usuário
Controle do Dados
Dados Dados
Dados
Usuário
ados Controle dodo
Controle Dados
Processamento
Processamento Processamento
Processamento
Usuário
Usuário
PaaS
PaaS
samento Processamento
Middleware
Middleware Middleware
Middleware
IaaSPaaS
dleware Middleware
Sistema
Sistema Sistema
Sistema
Operacional Operacional
IaaS
Operacional Operacional
tema Sistema Controle do do
Operacional Controle Virtualização
acional Virtualização
Virtualização Provedor
Provedor Virtualização
Controle do
alização Provedor Virtualização Servidores
Servidores
Servidores Servidores
Controle dodo
Controle
Provedor
Provedor Servidores
idores Armazenamento
Armazenamento
Armazenamento
Armazenamento
Armazenamento Rede
enamento Rede Rede
Rede
Rede
ede
Aplicações Aplicações
Aplicações Aplicações
Figura 9 – Comparativo IaaS x PaaS x SaaS
Fonte: o autor com base em SILVA et al., 2020, p.
cações Dados
Aplicações Dados
Dados 149–192. Dados
ados Processamento
Dados Processamento
Processamento Descrição da Imagem: A figura apresenta três colunas. A
Processamento
coluna da esquerda apresenta uma coluna principal cha-
Middleware
SaaSOn Premise
Middleware
primeira chamada “Controle do Usuário”, que apresenta
SaaS
dleware Controle do
Usuário Sistema
Operacional Provedor do Operacional
Usuário Middleware Provedor
“Middleware” e “Sistema Operacional”. A segunda coluna,
Operacional Operacional
Virtualização chamada de “Controle do Provedor”, apresenta as rami-
tema Controle do Sistema Virtualização
acional Provedor Virtualização
Operacional ficações “Virtualização”, “Servidores”, “Armazenamento”
Virtualização
e “Rede”. A coluna do centro apresenta uma coluna
Servidores Servidores
alização Servidores
Virtualização principal chamada “PaaS”, que se subdivide em outras
Servidores
duas colunas. A primeira, chamada “Controle do Usuá-
Armazenamento Armazenamento
rio”, apresenta as ramificações “Aplicações” e “Dados”.
idores Servidores
Armazenamento Armazenamento
A segunda coluna, chamada de “Controle do Provedor”,
Rede Rede
apresenta as ramificações “Processamento”, “Middlewa-
enamento Rede
Armazenamento Rede
re”, “Sistema Operacional”, “Virtualização”, “Servidores”,
“Armazenamento” e “Rede”. A coluna da direita apresenta
ede Rede uma coluna escrito “SaaS”, que traz nove definições colo-
cadas uma em cima da outra. Começando de baixo para
cima, temos nove retângulos: “Rede”, “Armazenamento”,
“Servidores”, “Virtualização”, “Sistema Operacional”, “Mi-
ddleware”, “Processamento”, “Dados” e “Aplicações”. Ao
lado esquerdo deles, temos um retângulo conectado aos
nove, escrito “Controle do Provedor”.
109
UNIDADE 3
Você lembra que, no início dessa Unidade, nós vimos que o modo como os servi-
ços seriam utilizados em nuvem seria um dos desafios que Jeff precisaria resolver,
pois uma escolha errada poderia ocasionar desde a perda de performance do
sistema até um custo financeiro elevado? Pois bem, com os modelos que descre-
vemos, Jeff precisa analisar muito bem o ambiente que será migrado, podendo,
dependendo da estratégia da instituição, escolher um deles ou trabalhar com
mais de um modelo combinado.
Que tal, agora, se eu trouxer uma Figura para ilustrar o que seria uma hierar-
quia, quando nos referimos ao modelo em que o usuário tem o maior controle
de tudo que será instalado no seu ambiente, até o modelo em que ele apenas
utiliza serviços? Essa Figura pode ser encarada como um complemento da
Figura 9, porém de uma forma mais lúdica.
110
UNICESUMAR
Descrição da Imagem: a figura apresenta três colunas. A primeira delas, a coluna da esquerda, é um
retângulo maior com o título SaaS, que traz dois retângulos internos, um sobre o outro, escrito “Menor
Controle” e “Software como serviço”. A coluna do centro é um retângulo maior com o título PaaS e traz dois
retângulos internos, um sobre o outro, escrito “Médio Controle” e “Plataforma como serviço”. Por fim, a coluna
da direita é um retângulo maior com o título IaaS e traz dois retângulos internos, um sobre o outro, escrito
“Maior Controle” e “Infraestrutura como serviço”.
NOVAS DESCOBERTAS
111
UNIDADE 3
Antes de continuarmos, e por mais que muitos saibam o significado dessa expres-
são, é muito importante fixarmos o significado de on-premises:
“
Os softwares on-premises são os softwares convencionais, que
exigem da empresa que os utilizam uma extensa infraestrutura de
hardware para sua implementação, o que promove um alto custo
financeiro, pois, além do hardware, é necessário pagar o software e
suas licenças, além de demandar tempo e uma equipe de TI total-
mente dedicada a esse suporte e às manutenções. Nesse caso, toda a
responsabilidade é do cliente, e o software é instalado diretamente
em cada estação de trabalho, sem poder ser acessado de outras ma-
neiras. (MARIANO et al., 2020, p. 234)
Agora que passamos pelos conceitos dos modelos de serviço em nuvem Infraestru-
tura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço
(SaaS), que tal fazermos uma abordagem comparativa com a realidade de muitas
empresas? Muitas começam, ou começaram, com servidores e equipamentos locais.
Você já imaginou o grau de gerência que é necessário para manter esse ambiente?
Outro ponto interessante é que falamos que os modelos IaaS, PaaS e SaaS são
os principais, mas não os únicos, certo? A nuvem evolui a cada dia, trazendo mais
e mais recursos para seus clientes. Com isso, os modelos também evoluem e novos
são criados, pois o mercado está sempre de olho nas necessidades dos clientes.
Podemos citar, além dos modelos estudados nessa Unidade, alguns outros, para
que você possa ir se familiarizando com eles. Cada modelo tem sua particulari-
dade e pretende trazer mais agilidade e economia para os usuários:
■ Modelo DaaS ou Desktop as a Service: o modelo Desktop como Serviço
nada mais é que uma máquina virtual ofertada para o cliente. A ideia é que
o usuário não precise investir em desktops para as áreas administrativas,
tendo um equipamento mínimo, para permitir acesso a uma máquina
virtualizada na nuvem. Com isso, a empresa que contrata esse tipo de
serviço pode criar imagens de máquinas com aplicativos já instalados,
trazendo muito mais agilidade no provisionamento de máquinas para
os usuários administrativos;
112
UNICESUMAR
113
UNIDADE 3
114
UNICESUMAR
115
UNIDADE 3
Aplicações Aplicações
Controle do
Usuário
Dados Dados
Controle do Processamento
Usuário Processamento
PaaS
Middleware Middleware
Sistema Sistema
IaaS
Operacional Operacional
Controle do
Virtualização Provedor Virtualização
Servidores Servidores
Controle do
Provedor
Armazenamento
Armazenamento
Rede
Rede
Aplicações Aplicações
Dados Dados
Processamento Processamento
Middleware
On Premise
Middleware
SaaS
Virtualização Virtualização
Servidores Servidores
Armazenamento Armazenamento
Rede Rede
Figura 11 - On-premise
Fonte: O autor com base em INTEL, 2022 e SILVA et al., 2020, p. 149–192.
116
UNICESUMAR
Descrição da Imagem: a figura apresenta quatro colunas, divididas em dez retângulos cada uma, posi-
cionados um embaixo do outro. O primeiro retângulo da coluna à esquerda, no topo, traz o nome “On-
-premise”. Começando de baixo para cima, temos nove retângulos na cor azul: “Rede”, “Armazenamento”,
“Servidores”, “Virtualização”, “Sistema Operacional”, “Middleware”, “Processamento”, “Dados” e “Aplicações”.
Ao lado esquerdo deles, temos um colchete conectado aos nove, escrito “Controle do Usuário”. O primeiro
retângulo da coluna superior, do lado esquerdo, traz o nome “IaaS”. Começando de baixo para cima, temos
quatro retângulos na cor cinza: “Rede”, “Armazenamento”, “Servidores”, e “Virtualização”. Ao lado esquerdo
deles, temos um colchete conectado aos quatro, escrito “Controle do Provedor”. Na sequência, temos cinco
retângulos na cor azul: “Sistema Operacional”, “Middleware”, “Processamento”, “Dados” e “Aplicações”. Ao
lado esquerdo deles, temos um colchete conectado aos cinco, escrito “Controle do Usuário”. O primeiro
retângulo da coluna superior, lado direito, traz o nome “PaaS”. Começando de baixo para cima, temos
sete retângulos na cor cinza: “Rede”, “Armazenamento”, “Servidores”, “Virtualização”, “Sistema Operacional”,
“Middleware” e “Processamento”. Ao lado esquerdo deles, temos um colchete conectado aos sete, escrito
“Controle do Provedor”. Na sequência, temos dois retângulos na cor azul: “Dados” e “Aplicações”. Ao lado
esquerdo deles, temos um colchete conectado aos dois, escrito “Controle do Usuário”. O primeiro retângulo
da coluna inferior, lado direito, traz o nome “SaaS”. Começando de baixo para cima, temos nove retângulos
na cor cinza: “Rede”, “Armazenamento”, “Servidores”, “Virtualização”, “Sistema Operacional”, “Middleware”,
“Processamento”, “Dados” e “Aplicações”. Ao lado esquerdo deles, temos um colchete conectado aos nove,
escrito “Controle do Provedor”.
117
UNIDADE 3
“
A diversidade de aplicações que podem ser hospedadas usando o
modelo em nuvem inclui desde aplicações comerciais, aplicações
de TI e aplicações Web tradicionais até aplicações científicas para
processamento paralelo em batch e aplicações móveis. Estas dife-
rentes aplicações requerem diferentes arquiteturas de data centers
e isto tem motivado a pesquisa e o desenvolvimento de soluções
que atendam a esta demanda, no sentido de criar mecanismos
escaláveis, com alto desempenho e custos mínimos. Isto inclui a
pesquisa em infraestrutura voltada para a eficiência energética,
cabeamento, resfriamento e, principalmente, infraestrutura de in-
terconexão dos servidores. (VERDI et al., 2010, p. 2).
118
1. Os serviços em nuvem consistem em infraestrutura, plataformas ou software hos-
pedados por fornecedores terceirizados e disponibilizados aos usuários via internet.
Dentre os vários serviços em nuvem que temos no mercado, vamos optar pelo pa-
cote Microsoft 365. Esse serviço é uma versão online do pacote Office, com várias
outras funcionalidades, com foco no trabalho colaborativo e simultâneo. Levando em
consideração o que foi estudado nesta Unidade e analisando o fragmento de texto
acima, o pacote Microsoft 365 se enquadra em qual modelo de nuvem? Assinale a
alternativa correta:
a) PaaS.
b) SaaS.
c) IaaS.
d) DaaS.
e) Nenhuma das alternativas.
119
2. Os modelos de nuvem vêm em três tipos: SaaS (software como serviço), IaaS (infraes-
trutura como serviço) e PaaS (plataforma como serviço). Cada um dos modelos de
nuvem tem seu próprio conjunto de benefícios que podem atender às necessidades
de vários negócios.
SOUSA, J. Modelos de serviço em Nuvem SaaS, IaaS, PaaS – Escolha o certo para
sua empresa! Disponível em: https://otg.com.br/modelos-de-servico-em-nuvem-saas-
-iaas-paas-escolha-o-certo-para-sua-empresa/. Acesso em: 10 jan. 2022
Com base no texto acima, vamos analisar os três modelos de serviço em nuvem,
descritos abaixo:
120
3. Funciona como um complemento das demais opções de computação em nuvem que
podem ser adotadas pelas empresas. Ele envolve toda a mudança de uma infraes-
trutura física para os servidores do serviço contratado. A grande vantagem desse
serviço é a sua ótima flexibilidade. Isso significa que os usuários vão pagar apenas
pelo que consomem, on demand.
MULTIEDRO. IaaS, PaaS e SaaS: entenda as diferenças entre eles. Disponível em:
https://blog.multiedro.com.br/iaas-paas-saas/. Acesso em: 10 jan. 2022.
O texto acima descreve um dos modelos estudados. Agora, analise o excerto abaixo:
Conforme foi estudado, qual das alternativas abaixo completa as lacunas em branco
da questão? Assinale a alternativa correta:
a) Infraestrutura e IaaS
b) Plataforma e PaaS
c) Software e SaaS
d) Infraestrutura e PaaS
e) Plataforma e IaaS
121
4. Embora as siglas SaaS, IaaS e PaaS sejam conhecidas por muitos profissionais, o
assunto ainda gera dúvidas frequentes, mesmo para quem atua em TI. Essa clas-
sificação, que diz respeito aos modelos de serviço na nuvem, representa formatos
complementares com vantagens e direcionamentos específicos.
a) II, III e V
b) III, IV e V
c) I, III e V
d) I, II e IV
e) III, I e IV
122
4
Implantação
de Serviços em
Nuvem (Cloud)
Dr. Raul Greco Junior
Esp. Miguel Garcia Jr.
126
UNIDADE 4
127
UNIDADE 4
Mostrar para essas instituições Ele deverá deixar claro qual o tipo de
que os dados estão seguros em sua modelo de serviços que irá utilizar
estrutura é o ponto de partida para os para migração de sua infraestrutura,
provedores em nuvem. Deixar trans- preocupando-se com os impactos
parente que os ambientes estão total- desta sobre usuários finais (colabora-
mente isolados, sem que uma empresa dores e estudantes), bem como preci-
tenha acesso a dados da outra, é fator sará mostrar para seus gestores que a
fundamental para esclarecer várias mudança de uma estrutura local para
dúvidas e sanar de vez a preocupa- uma em nuvem pode ser segura e tra-
ção que várias empresas têm quando zer uma relação custo-benefício ali-
o assunto é adoção dos serviços em nhada ao orçamento da universidade.
nuvem. Aliado a isso, deixar claro o Conforme vamos avançando nes-
valor de cada recurso em nuvem tor- se mundo de serviços ofertados em
na o processo comparativo com o am- nuvem, podemos notar que a adoção
biente local muito mais fácil, trazendo da nuvem pode ser um pouco mais
agilidade na tomada de decisão. complexa, quando o assunto é migra-
Hoje em dia, a promessa de redu- ção de serviços/servidores. Quando a
ção de custos, quando se adota os ser- empresa começa do zero, a definição
viços em nuvem, não é o suficiente para se torna um pouco mais fácil, pois não
garantir que as empresas mudem seus há ambientes para serem migrados. O
workloads (cargas de trabalho) para serviço já nasce na nuvem.
o ambiente em nuvem. A adoção dos Analisando tudo o que vimos
serviços em nuvem vem, além da re- até aqui, que tal buscarmos por mais
dução de custos, acompanhada de uma materiais que construam um conhe-
decisão estratégica, sempre alinhada ao cimento sólido em nossas mentes?
negócio da empresa. Isso não pode ser Faça uma pesquisa, na internet, sobre
ignorado, pois permite que a empresa os aspectos legais em nuvem e como
cresça, além de trazer um grande dife- isso pode afetar a decisão da empre-
rencial para ela no mercado. sa na adoção de serviços em nuvem.
Com essas informações, Jeff, que Além disso, pesquise como as em-
coordena o setor de Tecnologia da In- presas têm feito sua migração para
formação de uma universidade com a nuvem. Quais fatores críticos de
15 mil alunos, precisa fazer um pla- sucesso para uma boa adoção desses
nejamento minucioso da migração serviços. Por último, mas não menos
dos serviços de TI dessa instituição. importante, busque por ferramentas
128
UNIDADE 4
que possam lhe dar uma noção do investimento necessário para a utilização
de determinados serviços em nuvem.
Essa pesquisa vai deixar os conceitos até aqui estudados mais claros, bem
como fortalecer os vários itens que devem ser abordados quando falamos em
um projeto de adoção de serviços em nuvem, seja ele do zero ou uma migração
de um ambiente já existente.
Após essa nova etapa, com mais itens a serem considerados na adoção dos
serviços em nuvem, você consegue compreender como é importante uma análise
minuciosa de como será o ambiente em nuvem?
Novamente caímos na questão do planejamento, que é a peça-chave para
um projeto de sucesso e que Jeff deverá dedicar boa parte do seu tempo para
que os problemas que possam surgir, na migração do ambiente, possam ser
sanados o mais rápido possível.
Novamente, vou pedir para que você se coloque na mesma posição de Jeff,
que possui um grande trabalho a ser feito, e reflita sobre o seguinte:
■ Como fazer os gestores da universidade entenderem que, ao colocar os
dados em nuvem, tanto o provedor de nuvem quanto o cliente têm papéis
fundamentais quando o assunto é dado e aspectos legais no ambiente cloud?
■ Como você trabalharia a questão de investimento a ser feito, visto que
você tem um prévio conhecimento dos serviços que serão migrados?
■ Cogitaria a hipótese de ter um ambiente Multicloud? Por quê?
129
UNIDADE 4
Vamos lá, convido você a registrar no Diário de Bordo quais sensações e ques-
tionamentos vieram na sua cabeça após a apresentação desta Unidade. Você já
conhecia os aspectos legais que implicam a utilização da nuvem por parte da
empresa e de seus usuários? Sabia que os aspectos financeiros podem justificar a
adoção dos serviços em nuvem? Tem conhecimento de como definir o que será
migrado e o que pode ser reconstruído no ambiente em nuvem, levando em
consideração a relação custo-benefício para a organização?
130
UNIDADE 4
EXPLORANDO IDEIAS
Você já teve contato com uma RFI ou RFP? É muito bom deixarmos vários conceitos bem
claros, pois eles podem fazer parte do dia a dia de muitos profissionais que farão a sele-
ção de sistemas e outros itens de TI para as empresas em que trabalham.
A RFI vem do inglês Request For Information (Requisição/Solicitação de Informação). Esse
documento ajuda as empresas a entender melhor a solução que será contratada, pois
solicita informações sobre o funcionamento da solução e como ela atende às demandas
necessárias às empresas. Com isso, elas têm mais clareza sobre aquilo que pretendem
contratar (DENNIS; WIXON; ROTH, 2014, p. 261).
A RFP vem do inglês Request For Proposal (Requisição/Solicitação de Proposta). Esse do-
cumento é um tipo de apontamento de licitação usado para requerer propostas de pro-
váveis fornecedores de serviços ou produtos. A RFP sempre é utilizada após a RFI, uma
vez que a RFI é feita para adquirir informações sobre a solução pretendida. Diferente da
RFI, que pode ser utilizada para fazer uma primeira abordagem e descartar fornecedores
que não atendem aos requisitos, a RFP é mais detalhada, no quesito de funcionalidades e
necessidades da empresa (DENNIS; WIXON; ROTH, 2014, p. 260).
Sendo muito bem construídas, tanto a RFI quanto a RFP são grandes aliadas das
empresas que pretendem contratar um determinado serviço de TI, pois deixam
muito claro para o provedor de serviços quais objetivos pretendem alcançar com
a implementação da solução a ser contratada. Além disso, o provedor de serviço
terá a real noção do que a empresa busca em termos de funcionalidades, possi-
bilidades de integração, suporte aos usuários, dentre outros.
131
UNIDADE 4
RFI RFP
No ambiente em nuvem não é diferente. Você já parou para pensar quantos prove-
dores de serviço em nuvem temos disponíveis no mercado? Buscar um provedor
que melhor se adeque às necessidades da empresa se tornou fundamental, para
não dizer um diferencial competitivo, levando em consideração o sucesso de uma
implantação ou migração.
É notório que muitos gestores veem os serviços em nuvem como uma ótima
chance de trazer mais inovação para o seu negócio, aliado a uma redução de
custos e melhoria na gestão de recursos de TI. Contudo, é muito importante
estar ciente que é um caminho muito delicado e qualquer tropeço pode levar a
empresa a ter uma tremenda “dor de cabeça”, ao invés de inovação. Isso vai de
encontro à forma como esse tipo de tecnologia é empregada. A grande sacada é
132
UNIDADE 4
133
UNIDADE 4
Outro ponto muito importante é ter ciência que nem tudo é compatível com a
nuvem. Falando do ponto de vista de uma empresa que já possui sua infraes-
trutura de TI, a análise da infraestrutura tecnológica, com suas integrações de
sistemas, deve ser feita minuciosamente, principalmente no caso de possuir uma
quantidade considerável de sistemas legados (sistemas antigos).
“
Sistemas legados, ou seja, sistemas críticos em uso a determinado
período e desenvolvidos com tecnologia supostamente ultrapas-
sada, são peças importantes em uma organização. Na contramão
da tecnologia, em constante evolução, estes sistemas costumam
entrar em produção já desatualizados tecnologicamente, devido
a atrasos no seu ciclo normal de desenvolvimento. Geralmente
estes sistemas contêm informações vitais para a organização.
(PINTO; BRAGA; 2018, p. 47)
Uma vez que a empresa conhece bem o que tem e para onde quer ir, a análise
do que precisa ser migrado, ou implementado em nuvem, fica muito mais
134
UNIDADE 4
PENSANDO JUNTOS
Você está percebendo como a implantação de serviços em nuvem é muito mais do que pen-
sar em sistemas e/ou servidores? Notou que há uma série de fatores que podem impactar
no sucesso de um projeto de adoção dos serviços em nuvem? Não basta querer contratar
um serviço em nuvem ou achar que uma implantação envolve somente sistemas e equipa-
mentos de TI. O planejamento, alinhado aos objetivos da empresa, é fundamental para que
ela possa colher resultados positivos no futuro e não tenha experiências ruins.
“
As negociações com as candidatas a fornecer o serviço devem ser sub-
metidas ao crivo de recomendações apontadas pelos especialistas da área.
Com esse cuidado, aumenta a possibilidade de efetuar uma boa escolha
da melhor plataforma, ou pelo menos daquela que mais se adequa às
necessidades da empresa em particular (KOLBE JÚNIOR, 2020, p. 57).
135
UNIDADE 4
Seja como for, o ideal é que a implantação dos serviços em nuvem aconteça de forma
incremental, quando no caso de uma migração, pois garante o mínimo de interrup-
ções nos serviços e a continuidade da operação do negócio. A escolha de um prove-
dor que possa lhe auxiliar com profissionais experientes e gabaritados no assunto é
garantia certa de uma migração mais rápida e segura.
136
UNIDADE 4
“
Com relação aos aspectos de segurança, um último cuidado está
voltado à garantia da integridade da informação. Trata-se da garan-
tia de que os dados que são acessados para cópia ou leitura perma-
neçam os mesmos, desde a data de sua inserção nas grandes bases
de dados, não tendo sido modificados, alterados ou danificados por
qualquer ação, seja ela de erro de sistema ou erro humano, desde o
último acesso autorizado (KOLBE JÚNIOR, 2020, p. 94).
137
UNIDADE 4
NOVAS DESCOBERTAS
138
UNIDADE 4
139
UNIDADE 4
“
“Ser compliant”, nesse sentido, é mais do que conhecer as normas
da organização, é seguir os procedimentos recomendados, agir em
conformidade, ser correto, sentir o quanto é fundamental a éti-
ca e a idoneidade em todas as atitudes humanas e empresariais.
“Estar em compliance” é estar em conformidade com as leis e regu-
lamentos internos e externos. (BLOK, 2020, p. 20).
140
UNIDADE 4
“
A ideia central da nuvem pública é permitir que as organizações
executem boa parte dos serviços que hoje são executados em data-
center corporativos em datacenters na rede, provido por terceiros,
podendo sair de um modelo baseado em Capex (custo de capital)
para um modelo baseado em Opex (custo de operação) e onde
agora os indicadores de desempenho estão atrelados aos níveis de
serviços, principalmente disponibilidade e desempenho, acordados
entre clientes e provedores (VERAS, 2015, p. 39).
EXPLORANDO IDEIAS
Você sabe a diferença de CAPEX e OPEX e como isso impacta a escolha de uma nuvem?
CAPEX e OPEX são termos usados pelas companhias, principalmente, no planejamen-
to contábil. São siglas originadas de expressões em inglês. CAPEX e OPEX significam
Capital Expenditure e Operational Expenditure, respectivamente. Em outras palavras,
Capital Expenditure, em tradução livre, significaria despesa de capital, ou seja, o di-
nheiro que uma empresa gasta em imóveis e equipamentos que precisa para produzir
e/ou prestar serviços. Já o Operational Expenditure tem a ver com despesas operacio-
nais, melhor dizendo, todos os custos pertinentes com a feitura de bens e serviços de
uma companhia (MAXIMO, 2019, p. 10)
Quando uma empresa opta pelo CAPEX, ela compra bens dos quais se torna dona. Em
nosso caso, a nuvem se torna um bem adquirido e passa a fazer parte do patrimônio da
empresa. Já quando uma empresa opta por opex, ela não se torna a dona da nuvem, mas
paga pela utilização desse serviço por tempo determinado.
141
UNIDADE 4
Economia proporcionada
Todos esses itens, citados por Veras (2015), e outros que veremos a seguir, fazem
parte do que chamamos de economia em escala. Que tal exemplificarmos para
um melhor entendimento? Imagine que, na sua empresa, você tenha um sistema
hospedado em um servidor dedicado a sua aplicação e mantido pela equipe de
TI. Caso o acesso a essa aplicação aumente e você precise de mais recursos, sua
142
UNIDADE 4
empresa terá que comprar um servidor novo, correto? Imagine a sua empresa
com várias máquinas, sendo que em um determinado momento nem todas estão
sendo utilizadas na sua totalidade. Desperdício de recursos e dinheiro jogado
fora. Isso não acontece na nuvem, uma vez que o provedor tem vários clientes,
ou seja, empresas que contrataram serviços em nuvem, e conseguem distribuir
os vários recursos tecnológicos entre esses clientes. É como um condomínio, em
que cada unidade paga a sua parte.
Conseguiu perceber a economia que é para o provedor ter vários clientes utili-
zando suas plataformas? É basicamente um jogo de ganha-ganha, em que o cliente
não precisa investir em hardwares, pagando só por aquilo que realmente utiliza.
Ainda segundo Veras (2015), há outros itens que colaboram para a economia
em escala, atenuando o problema de variabilidade de carga e permitindo aumen-
tar a taxa de utilização de servidores:
143
UNIDADE 4
Voltando para o lado do cliente, ou seja, de quem paga pelos serviços em nuvem, a
otimização dos recursos computacionais utilizados em nuvem trará, consequen-
temente, um uso mais eficiente dos recursos financeiros. Como esses serviços
são cobrados conforme o consumo, é muito importante ter uma gerência eficaz
sobre aquilo que está sendo utilizado, para não acabar pagando por algo que está
em funcionamento, porém sem aproveitamento.
Traçando um paralelo com a arquitetura de um datacenter on-premises (lo-
cal), em que a empresa compra os recursos de hardware e pode utilizá-los da
maneira que quiser, a utilização dos recursos em nuvem incorre em uma despesa
diária, fazendo com que a equipe de TI tenha que fazer um planejamento, junto
com as áreas de negócio da empresa, de como os recursos vão funcionar, levando
em consideração dias e horários.
Os valores dos serviços em nuvem podem ser os mais diversos, dependendo
do serviço escolhido, mas, principalmente, da modalidade que a empresa que
está contratando os serviços que utilizará. Para tanto, os valores podem variar
bastante, dependendo do tipo de contrato. Que tal verificarmos alguns? Lembra-
mos que nem todos os modelos são comuns para as operadoras de serviços em
nuvem, ou seja, elas podem apresentar tipos diversos.
■ Pay As You Go (PAYG): a modalidade “pague conforme o uso” é a
mais popular entre os provedores de serviços em nuvem. Nessa moda-
lidade, a empresa que contrata os serviços em nuvem paga somente por
aquilo que foi provisionado e está sendo utilizado, ou seja, usa e paga
depois o que consumiu. Se comparado ao serviço de telefonia, seria
como um plano pós-pago;
144
UNIDADE 4
145
UNIDADE 4
Esses são só alguns modelos de cobrança que as empresas vão encontrar pelo
mercado. Pode ser que tenha algum que não foi listado aqui, porém a intenção
é mostrar que os provedores de serviço em nuvem estão abertos à negociação,
principalmente quando o assunto for fidelização do cliente. Um bom contrato,
aliado à utilização consciente dos recursos em nuvem pode gerar a economia
financeira que a empresa almeja.
Mas teria alguma possibilidade de consultar o valor da minha infraestrutura
em nuvem, sem precisar contactar um provedor de serviços ou um parceiro de
implementação? A resposta é sim. Muitos profissionais podem fazer uma esti-
mativa dos valores necessários para determinada infraestrutura nos sites dos
provedores, porém esses orçamentos não vêm acrescidos de impostos, são os
chamados “valores de balcão”, aqueles que não possuem desconto algum. Outro
ponto é que o profissional tem que ter um know-how (experiência) mínimo para
saber compor o preço de uma infraestrutura em nuvem. A seguir, listamos os
endereços de alguns provedores em que você pode verificar o custo dos recursos
em nuvem para compor uma infraestrutura:
NOVAS DESCOBERTAS
1. Amazon
2. Google Cloud
3. IBM Cloud
4. Microsoft Azure
5. Oracle Cloud Infrastructure (OCI)
146
UNIDADE 4
147
UNIDADE 4
um código pequeno, mas traz grandes proporções em um código que vai crescendo
ao longo do tempo, agregando mais processos.
Com isso, pensar em aplicativos com arquiteturas monolíticas tornou-se um
grande fator de risco, visto que a disponibilidade do aplicativo pode ser impac-
tada, no seu todo, em virtude do mau funcionamento de apenas um processo.
Trazendo isso para o conceito de utilização de serviços em nuvem, podemos ver
que, dependendo do caso, você terá que aumentar a infraestrutura, para que um
aplicativo possa rodar bem, em virtude de um processo que está apresentando falha.
Mas, se não for desse jeito, como pode ser feito? Atualmente, muitas em-
presas usam uma abordagem baseada em microsserviços. Tal método facilita
a escalabilidade, uma vez que consistem em pequenos serviços independentes.
Além disso, agilizam o processo de desenvolvimento de aplicativos, uma vez que
o desenvolvedor não pensa no todo de uma vez, mas em serviços independentes
que podem se complementar e se comunicar uns com os outros.
O conceito dos microsserviços não é algo que surgiu agora, originou-se nas
aplicações distribuídas nos anos 1970. As ideias primordiais que identificam a
arquitetura de microsserviços são a arquitetura orientada a serviços (SOA -
Service Oriented Architecture), o modelo de atores (actor model) e, até mesmo,
conceitos iniciais da arquitetura orientada a objetos. A maioria dos citados já
levantava alguns aspectos basais pertinentes à arquitetura de microsserviços que
temos atualmente, originando os bons resultados destes.
Uma vez que os microsserviços trazem uma abordagem de “pequenos servi-
ços independentes”, a arquitetura acaba sendo mais flexível, com uma manuten-
ção mais simples, pois você foca em um serviço específico e totalmente escalável.
O foco aqui é o desenvolvimento de algo que irá realizar uma única função,
podendo funcionar independente ou como parte de algo maior.
NOVAS DESCOBERTAS
148
UNIDADE 4
Vamos, agora, analisar a Figura 2, que nos mostra uma arquitetura de microsservi-
ços. Nela, você pode notar a “independência” dos serviços.
Figura 2 – Arquitetura Microsserviços / Fonte: autor com base em Rodrigues e Pinto,2018, p. 42-69.
149
UNIDADE 4
150
UNIDADE 4
151
UNIDADE 4
Agora que vimos como se comporta a arquitetura monolítica por meio de suas
vantagens e desvantagens, vamos analisar a arquitetura de microsserviços. Ro-
drigues e Pinto (2018, p. 42) observam a arquitetura de microsserviços como
uma abordagem para desenvolver uma singular aplicação com uma gama de
possibilidades, pois cada parte roda seu próprio processo e se comunica por meio
de estruturas ligeiras. Portanto, na arquitetura de microsserviços, o sistema é di-
vidido em vários serviços concomitantes. Vamos ver as vantagens:
Agora, vejamos as vantagens dos microsserviços:
152
UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
156
1. Leia o texto a seguir:
A aceleração da evolução tecnológica parece não ter fim. Todos os dias surgem
novos aparatos. A mudança de comportamentos sociais enseja similar trans-
formação nas técnicas de desenvolvimento da atividade de análise de sistemas.
MUNHOZ,A.S.Fundamentosdetecnologiadainformaçãoeanálisedesistemasparanão
analistas. Curitiba: Intersaberes, 2017. E-book. Acesso restrito via Biblioteca Virtual Pearson.
a) Microsserviços e monolítica;
b) Monolítica e Multicloud;
c) Monolítica e Microsserviços;
d) Microsserviços e Multicloud;
e) Nenhuma das anteriores.
ROSE, C. A. F. de. O que é essa tal de nuvem e o que pode fazer por você? Porto
Alegre: EdiPUC-RS, 2020. E-book. Acesso restrito via Biblioteca Virtual Pearson.
157
tem contrato firmado ainda e só quer verificar como os serviços em nuvem fun-
cionam, qual seria o melhor plano, levando em consideração o custo-benefício?
a) Funcionalidade;
b) Otimização;
c) Escalabilidade;
d) Juridicamente legal;
e) Relação custo-benefício.
158
5
Funcionamento
e Segurança
Me. Raul Greco Junior
160
UNICESUMAR
te será uma ação advinda de algum volumes de uso, a natureza dessa uti-
pedido ou solicitação. Desse modo, o lização pode gerar exceções de tempo
Cloud Computing é uma novidade no de execução que reduzem os servido-
campo da tecnologia da informação res de hospedagem. Devido à falta de
(TI), concebendo recursos para pro- controles de confiabilidade dentro
blemas de gargalos da informática, da infraestrutura, a capacidade de res-
sem a necessidade de altos investi- posta aos requisitos do consumidor
mentos para montar uma base com- ou do cliente pode ser reduzida a um
pleta nas companhias. ponto em que a continuidade geral de
As empresas precisam da capa- uma empresa está ameaçada.
cidade de se adaptar e evoluir para Em uma escala mais ampla, os cus-
enfrentar com sucesso mudanças tos dos investimentos e a propriedade
causadas por fatores internos e exter- de infraestrutura necessários para per-
nos. A agilidade organizacional é a mitir soluções de automação de negó-
medida da capacidade de resposta de cios novas ou expandidas podem ser
uma organização à mudança. Uma proibitivas o suficiente para que uma
empresa de TI geralmente precisa empresa se contente com a infraestru-
responder à mudança de negócios, tura atual totalmente fora do ideal, di-
dimensionando seus recursos além minuindo sua capacidade em aten-
do escopo do que foi previsto ou pla- der aos requisitos do mundo real. Pior
nejado anteriormente. Por exemplo, ainda, o negócio pode regredir o pro-
a infraestrutura pode estar sujeita cesso com uma solução de automação
a limitações que impedem a orga- completamente errada após a revisão
nização de responder à flutuação do de seu orçamento de infraestrutura,
uso, mesmo quando previsto, se os porque simplesmente não pode se dar
esforços anteriores de planejamento ao luxo de gastar tanto. Essa forma de
de capacidade forem restringidos por incapacidade de responder pode ini-
orçamentos inadequados. bir uma organização de acompanhar
Em outros casos, a mudança de as demandas do mercado, pressões
necessidades e prioridades dos competitivas e seus próprios objetivos
negócios pode exigir que os recur- de negócios estratégicos.
sos de TI estejam mais disponíveis e Dessa forma, é importante conhe-
confiáveis do que antes. Mesmo que cer cases (casos já acontecidos de suces-
a infraestrutura suficiente esteja em so ou não) para que possamos aprender
vigor para uma organização apoiar com acertos e erros de algumas compa-
161
UNIDADE 5
nhias mundialmente conhecidas. Pesquise por, pelo menos, dois case de im-
plantação de Cloud Computing em âmbito empresarial e faça uma lista com as
vantagens e desvantagens.
Até aqui, você já aprendeu sobre o que é a computação em nuvem e o
que ela faz. Agora, temos que entrar em dois assuntos muito complexos: Valor
e Segurança. É preciso saber a importância desses dois pontos perfeitamente
para se discutir a implantação de sistemas baseados em nuvem e quebrar velhos
pensamentos e paradigmas.
A computação em nuvem representa, sim, uma mudança de paradigma. Isso
ocorre porque o Cloud Computing é uma tecnologia que facilita muitas fun-
ções. Quais funções são essas? Quais paradigmas essa nova tecnologia modifi-
cou? Como isso afeta os negócios de uma empresa?
Compare-as e verá que algumas soluções são muito mais simples do que
imaginava, além de economizarem milhares (até milhões) de reais. Ao mesmo tem-
po, verá que algumas coisas são bem mais complexas do que parecem e precisam de
uma organização e planejamento bem estruturados para que não incorram em
erro. Após fazer esse comparativo, anote seus resultados em seu Diário de Bordo.
DIÁRIO DE BORDO
162
UNICESUMAR
Os usuários de sistemas em larga escala descobriram ao longo dos anos como é difícil
desenvolver aplicativos eficientes tanto em dados quanto em performance. É
igualmente difícil localizar os códigos mais adequados para executar um aplicativo,
determinar quando uma aplicação é capaz de executar bem nesses sistemas e estimar
quais resultados podem ser esperados.
Migrar um aplicativo de um sistema para outro frequentemente representava
um trabalho desafiador, para não dizer hercúleo. Repetidamente, um aplicativo oti-
mizado para um sistema teve um desempenho ruim em outros. Também houve de-
safios extraordinários para os fornecedores de serviço, pois os recursos do sistema
não podiam ser efetivamente gerenciados e não era viável fornecer garantias de QoS
(Quality of service, ou seja, Qualidade de Serviço). Sem contar que se acomodava uma
carga dinâmica, apoiando a segurança e a rápida recuperação após uma falha
em todo o sistema, eram tarefas assustadoras devido à escala da operação. Qualquer
vantagem econômica oferecida pela concentração de recursos foi compensada pela
utilização relativamente baixa de recursos caros (MARINESCU, 2018).
A computação em nuvem alterou as visualizações e percepções dos usuá-
rios e provedores de serviço sobre como calcular com mais eficiência e a um
custo muito menor. A maioria dos desafios enfrentados pelos desenvolvedores de
aplicativos e provedores de serviços desapareceu ou diminuiu significativamente.
Eles começaram a aproveitar as vantagens de uma infraestrutura just-in-time
(de acordo com a demanda), livres para projetar um aplicativo sem se preocupar
quando será executado.
A elasticidade em nuvem admite que os aplicativos concentrem per-
feitamente a workload (carga de trabalho) adicional. Os usuários também se
beneficiam da aceleração devido à paralelização empregada, pois a carga de tra-
balho pode ser particionada em níveis, a aplicação pode gerar instâncias de si
mesmo e executá-las ao mesmo tempo, derivando em performances eficientes.
Isso é muito útil para o desenvolvedor na hora de modelar aplicações com-
plexas quando muitas variáveis e vários modelos de um sistema físico podem
ser avaliados ao mesmo tempo.
Marinescu (2018) deixa claro que a computação em nuvem está focada na
informática corporativa, isso a diferencia abertamente do esforço da computa-
ção em grades computacionais, amplamente focados em aplicações científicas
e de engenharia. Uma vantagem importante da computação em nuvem sobre
163
UNIDADE 5
EXPLORANDO IDEIAS
É provável que você não se preocupe com o número de empregados que a empresa tem,
os custos que ela tem mensalmente, o software usado ou os computadores que estão
parados. Em vez disso, seu interesse estará nos benefícios e serviços da empresa. Esses
benefícios de serviço formam um contrato, um título entre você e a empresa de contabi-
lidade em um formato por escrito, um verdadeiro documento, chamado de Contrato de
Nível de Serviço (SLA).
Fonte: MAHMOOD; PUTTINI, 2013.
Uma coisa que precisa ficar clara em nossos estudos é que o Cloud Computing
já existe há vários anos e a infraestrutura contemporânea de computação em
nuvem confirma uma série de atributos que trouxeram benfeitorias significa-
tivas para companhias e empresas de todos os tamanhos no mundo inteiro,
com segurança e alta performance.
Segundo MARIANO et al:
“
O armazenamento em nuvem tem alterado a maneira como as
organizações pensam seu ativo eletrônico e sua infraestrutura de
tecnologia da informação (TI) ultimamente. As preocupações com
a segurança e a privacidade — antes exclusivas do proprietário —
mudaram de feição e passaram a ser o foco do administrador dos
dados. A garantia da disponibilidade passou a ter mais relação com
a qualidade da conexão com a internet do que com a confiabilidade
dos discos rígidos da empresa (2020, p. 241).
164
UNICESUMAR
165
UNIDADE 5
“
Assim, a computação em nuvem trouxe flexibilidade aos servi-
ços computacionais, uma vez que datacenters em diversos locais
executam a função de hospedagem e compartilhamento de in-
formações e soluções, por meio de grandes velocidades de banda
larga. Ainda, existe uma facilidade de adaptação dos serviços, de
acordo com a carga computacional exigida, já que esse modelo
de serviço oferece virtualização de hardware e dos ambientes de
desenvolvimento (2020, p. 13-14).
166
UNICESUMAR
Descrição da Imagem: a imagem constitui-se de seis hexágonos divididos em três pares, um sobre o
outro. Da esquerda para a direita, no primeiro par, temos um hexágono verde escuro escrito Automação e
amplo acesso e um azul escrito Controle de custos. Abaixo, temos mais um par de hexágonos, o primeiro,
em laranja, com os dizeres Monitoria de performance e um marrom, em que está escrito Governança e
padronização’. Por fim, temos mais abaixo um par de hexágonos em que o primeiro, verde, tem a palavra
Segurança escrita e, ao seu lado, um outro hexágono, roxo, em que está escrito Flexibilidade e Elasticidade.
167
UNIDADE 5
168
UNICESUMAR
Todo modelo de preço começa sua vida como modelo de custo, ou seja, é
um modelo financeiro que o CSP (Cloud Service Provider ou Provedor de Serviços
em Nuvem) cria para descobrir quanto dinheiro gasta em um serviço em nuvem
específico para desenvolvê-lo, operá-lo e depois atualizá-lo para tecnologias mais
recentes, quando necessário. Segundo Ruparelia (2016), o tempo para atualização
de um servidor é de três anos, em média, que é a vida útil usual da tecnologia antes
de ficar obsoleta, alguns podem chegar a cinco anos, que é considerado o tempo
máximo para que um provedor de nuvem substitua a sua tecnologia. O modelo
de custo incluirá fatores como a inflação, variações de taxa de câmbio (caso
você contrate em moeda estrangeira), depreciação, custos com eletricidade (eles
podem ser significativos devido à energia e resfriamento exigidos por um grande
número de servidores), espaço, licença de software, mão de obra especializada
e capital de giro para comprar e operar servidores.
Há uma variedade de modelos de preços existentes. Em termos gerais,
vamos categorizá-los como modelos de utilidade, serviço, desempenho e mar-
keting. Embora, hoje, a computação em nuvem use principalmente modelos
de preços baseados em serviços públicos e de serviços, uma ampla gama de
modelos é considerada, porque a inovação financeira e negocial deve alcançar
a inovação técnica, permitindo assim alguns dos modelos menos usados para
entrar na nuvem no domínio da computação no futuro.
169
UNIDADE 5
170
UNICESUMAR
pode ter uma taxa mensal baseada nos recursos que são alocados a você, inde-
pendentemente do uso total desses recursos alocados. Além disso, você pode ter
um período de aviso prévio de três meses para que, se decidir não usar mais o
serviço, avisar o fornecedor. O preço da assinatura pode ser usado para todos
os modelos de implantação em nuvem.
Modelos de preços de serviço usam o benefício entregue a você, como,
por exemplo, o SLA (ou acordos de nível de serviço) realizado, a transferência
de risco ou o dinheiro economizado, como critérios para definir o preço que
você vai pagar pelo serviço em nuvem. Em termos gerais, o modelo de preço
fixo é um modelo de transferência de risco, pois você divide as expectativas de
boa performance para avaliar seu custo na nuvem.
Modelo de preço fixo é aquele em que o valor é fixado sazonalmente, seja
anualmente, trimestral ou mensalmente. O preço fixo pode ser composto por dois
componentes: preços recorrentes (valores fechados próprios da sua contratação)
e não recorrentes (valores de serviços adicionais durante o percurso). O modelo
de preço fixo é geralmente escolhido quando você tem um escopo claramente
definido que está alinhado às suas metas de curto prazo.
Modelo de preço baseado em volume é avaliado pela quantidade de espaço
de armazenamento, velocidade das transações (indicada como número de
transações por minuto ou hora), quantidade de largura de banda ou capacida-
de de processamento utilizado. Portanto, é imperativo definir, calcular e medi-lo.
Embora o preço do volume seja mais frequentemente usado em IaaS e PaaS, é
igualmente adequado para os outros tipos de nuvem.
Modelo de preço em camadas usa uma forma de preços baseada em SLAs,
volume ou quantidade gasta. É semelhante aos níveis que as companhias aéreas
têm para seu ranking de associação (Ouro, Prata e Bronze ou Premium, Diamond e
Gold) que são determinados pelo montante de valores gastos em viagens com a
companhia aérea. Com a computação em nuvem, uma forma semelhante de preços
em camadas pode ser aplicada com maiores descontos, desde que você gaste uma
certa quantia a cada ano. Como alternativa, você pode ter camadas com base nos
SLAs, de modo que quanto mais complexos os SLAs, mais você paga.
Modelos de preços de desempenho são modelos baseados em referência
que dependem de métricas-chave ou benchmarks (avaliação de performance)
para decidir o preço pago. A maioria dos modelos de desempenho se origina das
estratégias de preços relacionados à remuneração ou terceirização de funcioná-
171
UNIDADE 5
rios, mas pode ser aplicada à com- com seus funcionários. Em um con-
putação em nuvem, especialmente texto de computação em nuvem, em
a um serviço de nuvem privada ou vez de ter penalidades, caso certos
híbrida. Às vezes, esses modelos são SLAs não sejam atendidos, você re-
usados para alinhar suas metas de compensa o provedor de serviços
negócios às metas do seu serviço compartilhando seus lucros se os
de nuvem, a fim de criar uma ver- SLAs forem excedidos. É uma abor-
dadeira parceria. dagem diferente da baseada em resul-
Modelo de preço baseado em tados, pois o “bônus” só vai se passar
resultados é o modelo baseado no de uma meta predefinida.
retorno que sua empresa tem. Se Modelos de preços de marketing
o seu departamento quiser usar a são modelos de preços impulsionados
computação em nuvem, pois dese- pelo marketing e não pelo desempenho.
ja reduzir o tempo para o mercado, O principal fator por trás desses
convém negociar um pagamento de modelos é o contato dos usuários
“bônus” ao provedor de serviços em com o produto e, só depois, a preocu-
nuvem vinculado a esse resultado. A pação com a monetização para avaliar
maioria dos resultados usa métricas um lucro. Podemos entender melhor
relacionadas à proposta de valor da nos dois modelos abaixo:
Cloud Computing; quanto mais se Modelo de preço do Freemium
ganha, mais se paga. (junção das palavras Free, grátis, e Pre-
Modelo de preço ligado aos mium, plano melhor) é um modelo de
negócios medem a contribuição que preço de marketing em que você testa
a computação em nuvem faz para os antes de comprar um serviço mais apri-
KPIs (ou indicador-chave de desem- morado ou você recebe um serviço
penho) que afetam seu modelo de ne- gratuito, mas os anúncios que apare-
gócios. Um dos desafios é vincular o cem para você “custeiam” o valor do
resultado comercial à contribuição serviço. Esse modelo é especialmente
feita pela computação em nuvem. adequado para o SaaS, porque muitas
Modelo de preço de comparti- empresas de software, como o LinkedIn
lhamento de ganho tem suas raízes e o Dropbox, usam bastante. Eles ofere-
nos esquemas de remuneração dos cem uma versão gratuita de seu produto
funcionários. A ideia é que, à medi- que possui funcionalidade limitada,
da que a organização ganhe, alguns mas disponibilizam a opção de pagar
desses ganhos sejam compartilhados por um serviço premium com recursos
172
UNICESUMAR
extras. A ideia é oferecer valor suficiente aos usuários na versão gratuita para
atraí-los e convertê-los, e mais valor na versão aprimorada para garantir que os
usuários convertam e maximizem a receita do provedor de serviços.
Modelo de preço de razor-and-Blades (em uma tradução literal seria ba-
seado em “Lâminas e Barbear”), ou seja, um modelo de preços que depende de
dois elementos, um componente básico e um componente reutilizável para forne-
cer um serviço. Na computação em nuvem, um dispositivo ou um aplicativo que
usa um serviço em nuvem pode ser distribuído, mas o preço pode ser composto
dos dados armazenados, analisados e apresentados pelo serviço em nuvem.
Por exemplo, você pode ter um monitor de pressão arterial que envia dados au-
tomaticamente para um serviço em nuvem. O serviço em nuvem armazena e
analisa os dados, que usaria para alertá-lo se um certo nível de pressão arterial
fosse atravessado. O sensor pode ser fornecido gratuitamente ou a um preço
reduzido, enquanto você pagaria pelo uso do serviço em nuvem que torna as
informações do sensor significativas para você.
Modelos de preços híbridos, que é a união dos modelos de preços de
utilidade, serviço e desempenho. Eles podem ser agrupados para produzir
modelos de preços híbridos. Por exemplo, você pode ter um sistema baseado
em assinatura que utiliza uma abordagem em camadas. Se o gasto por ano
estivesse em um determinado nível, esse nível decidiria o de desconto que se
aplicaria a você. O modelo de preço híbrido pode ser aplicado com sucesso a
todos os tipos de planos de nuvem.
173
UNIDADE 5
EXPLORANDO IDEIAS
Para fixar a ideia dos modelos de preços usados pelos provedores de nuvem
é importante analisar que eles são definidos usando padrões que especificam
custos unitários para o uso de recursos específicos de acordo com as métricas
de custo de uso. Vários fatores podem influenciar um modelo de preços, como:
■ Concorrência de mercado e requisitos regulatórios;
■ Sobrecarga incorrida durante o design, desenvolvimento, implan-
tação e operação de serviços em nuvem e outros recursos de TI;
■ Oportunidades para reduzir as despesas por meio de compartilha-
mento de recursos de TI e otimização de datacenters.
174
UNICESUMAR
175
UNIDADE 5
Alguns acreditam que mudar para uma nuvem livra uma organização de to-
das as preocupações relacionadas à segurança e elimina uma ampla gama de
ameaças à integridade dos dados. Outros acreditam que a segurança em nuvem
está nas mãos de especialistas, portanto os usuários de nuvem são melhor
protegidos do que quando usam seus próprios recursos de computação, porém
não é bem assim que funciona.
A terceirização de computação para uma nuvem gera novas preocu-
pações de segurança e privacidade. Além disso, os acordos de nível de serviço
(SLA) não fornecem proteção total para usuários de Cloud Computing que, mui-
tas vezes, são negligenciados e têm de lidar com eventos além de seu controle que
podem prejudicar demais o funcionamento habitual da empresa, gerando
gastos e prejuízos desnecessários.
Alguns usuários de nuvem estavam acostumados a operar dentro de um
perímetro seguro protegido por um firewall corporativo. Agora, eles preci-
sam estender sua confiança ao provedor de serviços em nuvem se quiserem se
beneficiar das vantagens econômicas da computação de utilidade. A transição
de um modelo interno para um modelo externo gera muitas preocupações,
principalmente porque os usuários estão acostumados a ter controle total de
todos os sistemas em que suas informações confidenciais são armazenadas e
processadas; mudando para um em que a confiança torna-se parte importante
do processo de aceitação e entendimento (MARINESCU, 2018).
Uma coisa importante é que a segurança deve ser abrangente, ou seja, não
apenas para o uso de serviços em nuvem da sua organização, mas também em
nome dos usuários que adquirem esses serviços, aos aplicativos associados a eles
e aos dispositivos que permitem acesso aos serviços. Além disso, deve-se consi-
derar a integridade e a privacidade dos dados numa perspectiva de ponta
a ponta (do usuário ao servidor e de volta ao usuário). As questões legais e de
conformidade relacionadas aos dados e ao seu uso, como supracitadas, são
de inteira relevância e importância para escolha.
176
UNICESUMAR
177
UNIDADE 5
Quadro 2 – Protocolo Parkerian Hexad / Fonte: O autor com base em Ruparelia, 2016.
178
UNICESUMAR
Descrição da Imagem: a imagem é formada por um círculo central em azul com a palavra “segurança”,
que aponta para outros seis círculos coloridos com os seguintes dizeres e cores: Confidencialidade
(Laranja), Controle de Acesso (verde claro), Integridade (Roxo), Autenticidade (Verde), Disponibilidade
(Vermelho) e Utilidade (Marrom). Dando a ideia de que a segurança aponta para todos os seis elementos
ao mesmo tempo.
179
UNIDADE 5
180
UNICESUMAR
181
UNIDADE 5
é quem finge ser ou se sua reputação é confiável, ainda mais à proporção que as
transações vão ocorrendo entre entidades separadas pelo tempo e pela distância.
Por fim, não há garantias de que os institutos com os quais negociamos entendem
completamente o papel que assumiram.
Para remediar a perda de pistas, precisamos de mecanismos de seguran-
ça para controle de acesso, transparência da identidade e vigilância. Os
mecanismos para controle de acesso são projetados para manter os intrusos
afastados. A transparência da identidade exige que a relação entre um agente
virtual e uma pessoa física seja cuidadosamente verificada através de méto-
dos como identificação biométrica. Assinaturas digitais e certificados digitais
são usados para identificação. A vigilância pode ser baseada na detecção de
intrusões ou pode ser baseada em auditoria. O primeiro é baseado no moni-
toramento em tempo real, enquanto o segundo depende de vasculhar off-line
através de registros de auditoria (LOGs).
PENSANDO JUNTOS
Vamos pensar um pouco, por que tanta gente ainda tem resistência em mudar para o
Cloud Computing se a relação custo-benefício é melhor e se sua segurança é comprovada-
mente confiável?
Muitas pessoas são resistentes à mudança, pois acreditam que do jeito que está
funciona (sentem-se seguras) ou por estarem numa zona de conforto muito
grande. Não é algo que aconteça só com pessoas com mais idade e/ou donos da
empresa, mas com muitos profissionais que têm medo de aprender coisas
novas, que não se reciclam e que não têm uma formação continuada. O que po-
demos tirar de lição disso é que temos que nos atualizar dia após dia e estar
sempre receptivos a novas possibilidades e tecnologias.
Para compreender esse avanço tecnológico, bem como sua aceitação, é
necessário entender as camadas de tecnologias subjacentes às nuvens, as
motivações que levaram à sua criação pelos líderes da indústria. São vários
os fatores de negócios que promoveram a moderna tecnologia baseada em
nuvem, assim como sua origem e inspiração advém de muitas características,
modelos e mecanismos abrangentes que dificultavam a evolução de muitos
negócios e a majoração dos lucros.
182
UNICESUMAR
“
Ela permite o desenvolvimento de aplicativos de forma acelerada,
movendo-os entre os dois ambientes; auxilia na migração de servi-
dores físicos e virtuais alocados na rede local para a nuvem; moni-
tora e gerencia a infraestrutura como um todo: serviços, aplicativos
e contêineres de forma centralizada; gerencia o tráfego de uso dos
recursos; traz diversas vantagens ao ambiente, como modernização
de aplicativos, automatização de tarefas e gerenciamento da nuvem
de forma centralizada, além de permitir o acesso à plataforma de
qualquer lugar via web(Adaptada, 2020, p.128).
183
UNIDADE 5
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um círculo central azul com o dizer Aplicação, em volta desse
círculo há outros quatro interligados por um aro maior que os perpassa. O círculo acima, em laranja,
tem escrito a palavra AWS; o círculo do lado direito, em azul claro, tem escrito MS Azure; o círculo roxo
localizado abaixo tem escrito Google Cloud; por fim, temos um círculo azul marinho, à esquerda, escrito
IBM Cloud. A imagem dá a ideia de que a aplicação está funcionando em vários prestadores de serviços
cloud computing ao mesmo tempo.
184
UNICESUMAR
185
UNIDADE 5
Outra possibilidade interessante é a nuvem híbrida, que nada mais é que o uso
de ambientes de nuvem pública e privada, com gerenciamento, governança e
portabilidade entre eles, o que permite que uma organização os use como uma
infraestrutura de TI única, unificada e otimizada. Nuvem multicloud e híbrida não
são reciprocamente exclusivas (BADGER et al., 2012). Na verdade, a maioria das
nuvens híbridas corporativas são multicloud híbridas, ou seja, incluem serviços
de nuvem pública e/ou privada de pelo menos dois fornecedores de serviços.
Multicloud híbrido baseia-se em benefícios como:
186
UNICESUMAR
Quadro 3 – Benefícios do modelo Multicloud híbrido / Fonte: Adaptado de Badger et al., 2012.
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UNIDADE 5
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UNICESUMAR
a reputação da fornecedora junto a outros clientes. Além disso, terá que avaliar
cada item apontado e ver se irão suprir ou não as demandas de maneira folgada.
Ou seja, cada requisito deve ter uma margem para que a aplicação possa
crescer e se desenvolver. Ainda nesse mote, é importantíssimo que ele avalie
o modelo de preços de cada empresa que já passou no crivo dos requisitos téc-
nicos, pois não adianta ter tudo o que ele precisa se o valor gerar um prejuízo ou
uma desvantagem para sua instituição. Concorda?
Seguindo esses passos, a tendência é que Jeff consiga escolher a melhor pres-
tadora de serviço, levando em consideração a segurança, os modelos de preço,
as funcionalidades e os lucros que toda empresa almeja.
Parece muito? Esse é o começo de um trilhar muito especial em sua vida
acadêmica, que será repleta de boas surpresas e boas experiências. Agora, que tal
fixar os conceitos apresentados através de um mapa mental. Caso precise, retorne
e relembre os conhecimentos da Unidade, tudo bem?
189
Passamos por um texto que trouxe muitos conceitos, definições e mode-
los de segurança. Dessa forma, propomos que construa um mapa mental
unindo toda parte de seguridade em Cloud Computing. Não se preocupe, o
que pode parecer um pouco confuso no começo apenas ganhará corpo e de-
monstrará o quanto as ideias foram se conectando em sua mente. Uma su-
gestão para a construção de um mapa mental é usar uma palavra-chave e
depois ir conectando-a a outras palavras-chave que tragam ideias afins. Veja
bem, não existe “certo” e nem “errado” em um mapa mental, mas como dis-
cutimos muitos conceitos que podem se perder caso não sejam correlacio-
nados com outras ideias, você verá que ganhará muito com este exercício.
Você pode usar uma folha em branco, ou ainda, usar uma tecnologia (olha só
que interessante!). Uma sugestão de ferramenta gratuita é o www.goconqr.com.
Ou, ainda, você pode se basear no seguinte mapa mental e preencher os dados
baseado no que estudamos nesta unidade:
UNIDADE 1
DE ROSE, C. A. F. O que é esta tal de nuvem e o que pode fazer por você? Porto Alegre: EDI-
PUCRS, 2020. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/185000.
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2018. Disponível em: http://pbh.gov.br/informaticapublica/ANO7_N1_PDF/IP7N1_mendespin-
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VELHO, A. G.; GIACOMELLI, G. Empreendedorismo. 3. ed. Porto Alegre: Sagah, 2017. E-book.
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UNIDADE 5
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MARINESCU, D. C. Cloud Computing: Theory and Practice. 2. ed. Cambridge: Morgan Kau-
fmann Publishers, 2018.
SILVA, F. R. da et al. Cloud computing. Porto Alegre : Sagah, 2020. E-book. Acesso restrito via
Biblioteca A.
195
UNIDADE 1
UNIDADE 2
196
ele mesmo utiliza para a segurança desses dados, tais como: senha forte, utilização
de mais de um serviço (em questão de indisponibilidade de algum), dentre outros.
UNIDADE 3
197
em sua infraestrutura, e os usuários podem acessá-los por meio de um navegador
(browser) ou aplicativo, de diferentes dispositivos, IaaS (Infraestrutura como Serviço)
é um modelo de computação em nuvem que permite o provisionamento e o gerencia-
mento de recursos computacionais, tais como servidores, armazenamento (storage)
e rede e PaaS é um modelo de computação em nuvem que fornece um ambiente de
desenvolvimento pronto para uso, em que os desenvolvedores podem se concentrar
em escrever e executar código para criar softwares e aplicativos.
UNIDADE 4
198
3. Resposta correta: c).
O elemento responsável é a escalabilidade, pois ela demonstra a capacidade de uma
empresa, ou sistema, de atender às suas necessidades de crescimento sem perder
qualidade e com pouco aumento de custos. Elevando a performance e tendo uma
baixa dificuldade para manutenção.
UNIDADE 5
199