Pregação. A Fé Que Ganhou A Benção

PARTIDA DE JESUS: V21 Partindo Jesus dali...
. Alm de qualquer outra coisa, tem um interesse nico: descreve a nica oportunidade em que Jesus saiu da Palestina e do territrio judeu. O sentido supremo desta passagem que preanuncia a propagao do evangelho a todo mundo; mostra-nos o princpio do fim de todas as barreiras. Para Jesus se tratava de uma ocasio de retiro deliberado. O fim se aproximava, e antes do fim Jesus queria dispor de uns momentos de tranqilidade para preparar-se. No era tanto que se queria preparar a si mesmo, embora tambm tivesse esse propsito, mas sim desejava dispor de algum tempo para ensinar e preparar aos seus discpulos para o momento da cruz. FENCIOS: V21 - ...retirou para os lados de Tiro e Sidom. Viagem: De maneira que se dirigiu ao norte atravs da Galilia at chegar terra de Tiro e Sidom, habitada pelos fencios. Esta passagem mostra a Jesus procurando um perodo de tranqilidade antes do alvoroo do fim. Nome: Fencio, segundo John D. Davis significa terra das tamareiras ou da prpura, ou da gente de pele escura. Localizao: Terra muita acidentada e grandemente pedregosa. Origem: Isaias chamou os fencios de cananeu (Isaias 23:1-2), cananeu significa comerciante. Expanso: Como eram comerciantes por excelncia, tornaram-se navegadores e dos maiores da antiguidade. Comrcio: Os fencios sempre se dedicaram, em grande escala, ao comrcio. Negociavam com as maiores naes da terra, exigimos negociadores por arte. As duas cidades grandes que tornaram Fencia conhecida no mundo, rica e famosa: Sidom e Tiro. Caractersticas: Os fencios eram sbios (Ezequiel 28) diz que o prncipe de Tiro era mais sbio que Daniel, no havia segredo para ele e pela sua sabedoria ajuntou ouro e prata, e com esses tesouros se torno o mais poderoso da terra. Eram diplomatas. Sabiam negociar com os poderosos das naes, no s com mercadorias, mas na rea poltica. Religio: A religio dos fencios convergia para duas divindades principais: Astarote: deusa dos sidnios [culto prostituio, homossexualismo e outras impurezas imorais], Baal: deus dos cananeus [era considerado o criador, aquele que dava a vida e a fecundidade s plantas]. Forte deus, cruel, vingativo, cuja ira s era aplacada com sacrifcios de vidas humanas: homens e mulheres, moos e donzelas, crianas. A MULHER: V22 E eis que uma mulher canania... A mulher gentia, que implorava pela ajuda de Cristo em benefcio de sua filha possuda de demnio, apresentada como "canania", "siro-fencia" e "grega". Como tal, tinha sido idolatra, pois os fencios adoravam Achetorete, a rainha do cu. Mas, como os seus pedidos ao seu deus pago no foram atendidos, se volta para o Cristo celestial, para obter a libertao da filha. PLEITO DE MULHER: Os discpulos estavam confundidos. "D-lhe o que pede", diziam, "e livre-se dela." A reao dos discpulos no era um sentimento de compaixo. Pelo contrrio, para eles a mulher era um estorvo e queriam livrar-se dela o mais rpido possvel. Aceder a um pedido para livrar-se de algum que , ou pode converter-se em um estorvo, uma reao muito comum, mas muito diferente do amor, da compaixo e da piedade cristos. No podemos duvidar por um instante de que sentia compaixo pela mulher. Mas era uma gentia. No s era gentia, mas tambm pertencia aos cananeus e os cananeus eram inimigos ancestrais dos
judeus. Nessa mesma poca, ou no muito depois, Josefo podia escrever: "Dos fencios, os de Tiro so os que tm os piores sentimentos contra ns. DILOGO ENTRE JESUS E A MULHER: No bom tomar o po dos filhos e lan-lo aos cachorrinhos. Chamar co a algum era um insulto mortal e pejorativo. Essa mulher gentia tinha conhecimento do costume judeu de chamar os gentios de cachorros e a si mesmos de filhos de Deus. Naqueles dias os ces eram os sujos habitantes das ruas animais fracos, selvagens, freqentemente doentes. Mas devemos lembrar duas coisas. O tom e o olhar que se empregam para dizer algo fazem uma grande diferena. Inclusive algo duro pode dizer-se com um sorriso que desarma. Podemos chamar um amigo "vilo" ou "vadio" com um sorriso e um tom que lhe tira toda maldade e o enche de afeto. Podemos estar seguros de que o sorriso no rosto de Jesus e o tom de sua voz tirou toda a amargura e o insulto de suas palavras. interessante observar o termo usado aqui para "cachorros". Esse vocbulo era incomum e foi empregado somente nessa passagem. Ele est em sua forma diminutiva e significa "cachorrinhos", "filhotes". No campo ficavam os cachorros em sua forma mais selvagem; mas dentro de casa estavam os pequenos cachorros domsticos, queridos das crianas, que esperavam em volta da mesa pelas migalhas. Em segundo lugar, emprega o diminutivo de ces (kunaria) e os kunaria no eram os ces vagabundos, mas os ces de madame, muito distintos dos vira-latas que assolavam as ruas e revolviam os montes de lixo. A mulher era grega, de rpida percepo e com o engenho dos gregos. "Sim", respondeu, "porm os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos". E os olhos de Jesus se iluminaram de alegria ao perceber uma f to indomvel; e lhe outorgou a bno e a sade que tanto desejava. 1. Amor: Podia ser pag, mas em seu corao estava esse amor por sua filha que sempre o reflexo do amor de Deus por suas criaturas. 2. (a) Era uma f que cresceu em contato com Jesus: Era uma f que cresceu em contato com Jesus. Comea chamando-o Filho de Davi; tratava-se de um ttulo popular, poltico. Era um ttulo que considerava Jesus como uma pessoa que fazia milagres grandes e poderosos, mas o via em termos de poder e glria terrenos. Aproximou-se para pedir um dom de algum a quem considerava um homem grande e poderoso. (b) Era uma f que adorava. Comeou seguindo-o, terminou ajoelhada. Comeou com uma petio, terminou com uma orao. Cada vez que nos aproximamos de Jesus devemos faz-lo em primeiro lugar em adorao de sua majestade, e s depois devemos expressar nossa necessidade. (3) Esta mulher tinha uma persistncia inquebrantvel: Esta mulher se aproximou no s porque Jesus era o nico que podia ajud-la, mas sim porque era sua nica esperana (4) Esta mulher tinha o dom da alegria. Estava em meio da aflio; apaixonadamente ansiosa; e entretanto, podia sorrir. Havia nela uma espcie de alegria cheia de luz. Deus ama a f alegre, a f em cujas almas sempre brilha a luz da esperana, a f com um sorriso que pode iluminar a tristeza. CONCLUSO: A mulher se aproximou de Cristo com um amor audaz, com uma f que cresceu at adorar aos ps do divino, com uma insistncia inquebrantvel que brotava de uma esperana invencvel, com uma alegria que no aceitava o desalento. Essa a f que no pode deixar de receber uma resposta a suas oraes.

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