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O documento aborda a importância das séries de Fourier, destacando sua aplicação em problemas de aproximação, limites e integrais, em contraste com séries de potências. Ele também explora conceitos de funções periódicas, fórmulas trigonométricas e funções absolutamente integráveis, além de descrever a série de Fourier e seus coeficientes. O trabalho é fundamentado na obra de Jean B. Fourier e suas contribuições para a matemática e ciências aplicadas.

Enviado por

Jaime Chambisse
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O documento aborda a importância das séries de Fourier, destacando sua aplicação em problemas de aproximação, limites e integrais, em contraste com séries de potências. Ele também explora conceitos de funções periódicas, fórmulas trigonométricas e funções absolutamente integráveis, além de descrever a série de Fourier e seus coeficientes. O trabalho é fundamentado na obra de Jean B. Fourier e suas contribuições para a matemática e ciências aplicadas.

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CONTEÚDO iii

Conteúdo

1 A importância das séries de Fourier 1


1.1 Problema de aproximação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Problema do limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Problema da integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.4 Jean B. Fourier . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

2 Funções Periódicas 2
2.1 Conceitos gerais sobre funções periódicas . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Núcleo de Dirichlet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.3 Polinômio trigonométrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.4 Série trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 Fórmulas e integrais trigonométricas 5


3.1 Algumas fórmulas trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Integrais trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 Funções absolutamente integráveis 6


4.1 Função integrável sobre um intervalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Função integrável sobre a reta real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.3 Função absolutamente integrável sobre um intervalo . . . . . . . . . 7
4.4 Função absolutamente integrável sobre a reta real . . . . . . . . . . . 7

5 Séries de Fourier e Coeficientes de Fourier 7


5.1 Aplicação de série de Fourier à soma de uma série numérica ..................... 12

6 Tipos importantes de simetrias 13


6.1 Propriedades de funções com simetrias par e ímpar ..................................... 14

7 Integrais de funções com simetrias 15


7.1 Propriedades das integrais com simetrias ...................................................... 15
CONTEÚDO iv

7.2 Propriedades das simetrias para os coeficientes de Fourier ......................... 16

Lista de Figuras

1 Uma função periódica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3


2 Função sinc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Função sinal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4 Função modular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5 Função sinal transladada para cima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6 Função sinal multiplicada por π/2 ................................................................... 11

7 Média aritmética entre t e |t| ............................................................................ 12


8 Função parabólica............................................................................................... 13
9 Funções com simetrias par e ímpar ................................................................. 14
10 Função com simetria de meia-onda ................................................................. 14
1 A importância das séries de Fourier

Existe uma enorme diferença entre estudar séries de Fourier e séries


de potências, pois uma série de Fourier funciona como um processo
global enquanto que uma série de potências é local. Apresentaremos
alguns problemas mostrando que nem sempre é viável trabalhar com
séries de potências, mas pelo contrário, temos a necessidade de traba-
lhar com Séries de Fourier em sistema práticos.

1.1 Problema de aproximação

Com a série de Taylor de uma função f , obtemos o polinômio de


Taylor que dá uma boa aproximação para a função f nas vizinhan-
ças de um ponto, mas uma há uma exigência: que esta função f seja
suficientemente suave, ou seja, que f possua derivadas contínuas até
uma certa ordem dada, tanto no ponto como nas vizinhanças deste
ponto. Para obter um processo de aproximação global, este método
falha pois a aproximação de Taylor é local e não global.

1.2 Problema do limite

Para obter o limite de f num ponto x0, a aproximação polinomial de


Taylor funciona bem mas em pontos distantes de x0, o processo é ruim.
Isto acontece também para funções descontínuas e ocorrem falhas pois
este processo de aproximação é local.

1.3 Problema da integral

Para obter valores aproximados para uma integral sobre um intervalo,


a aproximação de Taylor não funciona. Este problema pode ser resol-
vido com o uso de Séries de Fourier uma vez que trabalhamos com
funções periódicas.
1.4 Jean B. Fourier 2

1.4 Jean B. Fourier

Jean B. Fourier (1768-1830) foi pioneiro na investigação destes proble-


mas. No livro “Théorie Analytique de la Chaleur”, escrito em 1822, ele in-
troduziu o conceito conhecido atualmente como Série de Fourier, que
é muito utilizado nas ciências em geral, principalmente nas áreas en-
volvidas com: Matemática, Engenharia, Computação, Música, Ondu-
latória, Sinais Digitais, Processamento de Imagens, etc.

2 Funções Periódicas

2.1 Conceitos gerais sobre funções periódicas

Uma função f : R → R é periódica, se existe um número p ∈ R tal que


para todo x ∈ R:
f (x + p) = f (x)

O número p é um dos períodos de f . Às vezes existem vários números


com esta propriedade, mas o menor número real positivo com esta
característica é chamado período fundamental de f , que é simplesmente
denominado período.
Se uma função f tem período p, diz-se que f é p-periódica e denota-
mos este fato por f (x) = f (x + p).
Muitas vezes, é vantajoso tomar o período p = 2L e a função definida
no intervalo real simétrico [ L, L], com o objetivo de simplificar as
operações.
Exemplos: As funções f (x) = sin(x), g(x) = cos(x), h(x) = sin(nx),
k(x) = cos(mx) e p(x) = A cos(mx) + B sin(nx) são periódicas.
Exercício: Sejam f e g funções reais.

1. Obter o período (fundamental) de:

f (x) = 3 sin(2x) + 4 cos(3x)


2.2 Núcleo de Dirichlet 3

Figura 1: Uma função periódica

2. Se a ∈ R e f = f (x) é 2L-periódica, mostrar que


∫ a+L ∫ L
f (x)dx = f (x)dx
a—L —L
∫x
3. Se g(x) = f (u)du, f = f (x) é 2L-periódica e além disso
∫ L
f (u)du = 0
—L
demonstrar que g é 2L-periódica.
∫x
4. Se g(x) = f (u)du e g é 2L-periódica, mostrar que
∫ L
f (u)du = 0
—L

2.2 Núcleo de Dirichlet

O Núcleo de Dirichlet é definido para todo x ∈ R, por:


1
Dn(x) = + cos(x) + cos(2x) + · · · + cos(nx)
2
É possível mostrar que se sin(x) /= 0, então:
sin[(n + 12)x]
Dn(x) =
2 sin(x)
2.3 Polinômio trigonométrico 4

Como 2 cos(p) sin(q) = sin(p + q)— sin(p — q), tomando p = kx e q = x/2


teremos para todo k = 1, · · · , n:
x 1 1
2 cos(kx) sin( ) = sin[(k + )x] — sin[(k — )x]
2 2 2
Assim:
2 cos(1x) sin( )
2 2 2
2 cos(2x) sin( )
2 2 2
2 cos(3x) sin( )
2 2 2
···
x 1 1
2 cos(nx) sin( ) = sin[(n + )x] — sin[(n — )x]
2 2 2
Somando membro a membro as igualdades acima e dividindo a soma
por 2 sin(x), teremos o resultado.
No ponto x = 0, definimos
1 1
Dn(0) = lim Dn(x) = lim 2 =n+
x→0 x→0 2 sin(x) 2
Este valor é garantido pelo limite fundamental
sin(x)
lim =1
x→0 x

Exercício: Escrever a função f (x) = B cos(nx) + C sin(nx) na forma:

f (x) = A cos(nx — ϕ)

2.3 Polinômio trigonométrico

Um polinômio trigonométrico pn = pn(x) de ordem n é uma função


2π-periódica da forma:
n
pn(x) = 0 + [ak cos(kx) + bk sin(kx)]
2
k=1
2.4 Série trigonométrica 5

2.4 Série trigonométrica

Uma série trigonométrica é uma representação f = f (x) em série de


funções trigonométricas da forma:

a0
f (x) = + [a cos(kx) + b sin(kx)]
k k
2 k=1

3 Fórmulas e integrais trigonométricas

3.1 Algumas fórmulas trigonométricas

Se m, n ∈ N = {1, 2, 3, · · · }, então

1. cos(m + n)x = cos(mx) cos(nx) — sin(mx) sin(nx)


2. sin(m + n)x = sin(mx) cos(nx) + sin(nx) cos(mx)

3. 2 sin(mx) cos(nx) = sin[(m + n)x] + sin[(m — n)x]


4. 2 cos(mx) cos(nx) = cos[(m + n)x] + cos[(m — n)x]
5. 2 sin(mx) sin(nx) = cos[(m — n)x] — cos[(m + n)x]

3.2 Integrais trigonométricas

Se m, n ∈ N = {1, 2, 3, · · · }, então
1. ∫ π ∫ π ∫ π
cos(nx)dx = sin(nx)dx = sin(mx) cos(nx)dx = 0
—π —π —π
2. ∫ π ∫ π
π se m = n
π π
4 Funções absolutamente integráveis 6

4 Funções absolutamente integráveis

4.1 Função integrável sobre um intervalo

Uma função real f : R → R é integrável sobre um intervalo real [a, b]


se
∫ b
f (u) du < ∞
a

Exemplo: As funções f (x) = cos(mx) e g(x) = sin(nx) são integráveis.

4.2 Função integrável sobre a reta real

Uma função real f : R → R é integrável sobre a reta R se


∫ ∞
f (u) du < ∞
—∞

Exemplo: A função (sinc) f : R → R definida por:


sin(x)
f (x) = se x /= 0
x
1

Figura 2: Função sinc

Esta função é integrável sobre a reta real, pois


∫ ∞ sin(x)
dx = π
—∞ x
4.3 Função absolutamente integrável sobre um intervalo 7

4.3 Função absolutamente integrável sobre um intervalo

Uma função real f : R → R é absolutamente integrável sobre um


intervalo [a, b] se:
∫ b
|f (u)| du < ∞
a

Exemplo: As funções f (x) = cos(mx) e g(x) = sin(nx) são absoluta-


mente integráveis sobre intervalos da forma [a, b].

4.4 Função absolutamente integrável sobre a reta real

Uma função real f : R → R é absolutamente integrável a reta R se



∞ |f (u)| du < ∞

—∞

Exemplo: A função (sinc) f : R → R definida por:


sin(x)
f (x) = x se x /= 0
1 se x = 0

não é absolutamente integrável, pois


∫ ∞
sin(x)
| |dx = +∞

5 Séries de Fourier e Coeficientes de Fourier

Seja f (x) = f (x + 2π) uma função integrável sobre sobre o intervalo


[—π, π] e n ∈ N. A série de Fourier de f é a série trigonométrica:

a0
f (x) + [a cos(nx) + b sin(nx)]
n
2 n=1
5 Séries de Fourier e Coeficientes de Fourier 8

onde a0, an e bn são os coeficientes de Fourier de f definidos por:


∫ π
1
π π
1∫ π
an = f (x) cos(nx) dx
π —π
1
bn = f (x) sin(nx) dx
π —π

O símbolo foi usado aqui, pois nem sempre esta série de funções
converge para f , mas se f for 2π-periódica e seccionalmente dife-
renciável, obteremos a convergência da série trigonométrica, e dessa
forma poderemos substituir o sinal ~ pelo sinal de igualdade.
Exercícios:

1. Seja a função (sinal) 2π-periódica, definida por:

—1 se —π < x < 0

Figura 3: Função sinal

Mostrar que a série de Fourier da função sinal é representada por

4 Σ sin[(2k — 1)x]
f (x) ~
π 2k — 1

2. Seja a função 2π-periódica, definida por:


5 Séries de Fourier e Coeficientes de Fourier 9

f (x) = |x|, (—π ≤ x ≤ π)

Figura 4: Função modular

Mostrar que a série de Fourier desta função é representada por

π Σ cos[(2k — 1)x]
f (x) —4
2 π (2k — 1)2

Exemplos:

1. Para obter a série de Fourier da função

0 se —π ≤ x < 0
π se 0 ≤ x < π

Figura 5: Função sinal transladada para cima

devemos calcular primeiramente os seus coeficientes de Fourier:


5 Séries de Fourier e Coeficientes de Fourier 10

∫ 0 ∫ π
1
a0 = { 0 dx + π dx} = π
π —π 0

e para n ∈ N, temos

an = π cos(nx)dx = 0
π 0

Como
∫ π
1 1 — cos(nπ)
π 0 nπ
Para n par, obtemos bn = 0 e para n ímpar:

2
b2k—1 = (k ∈ N )
2k — 1
assim a série de Fourier será dada por

π Σ
f (x) ~ +2 sin[(2k — 1)x]
2
k=1 2k — 1

ou seja

π sin(3x) sin(5x)
f (x) ~ + 2 sin(x) + + + ...
2 3 5
2. Para obter a série de Fourier da função

—π/2 se —π ≤ x < 0
π/2 se 0 ≤ x < π
basta usar o fato que

π —1 se —π ≤ x < 0
g(x) = sinal(x) =
2
e utilizar a série de Fourier da função sinal, para obter:
5 Séries de Fourier e Coeficientes de Fourier 11

Figura 6: Função sinal multiplicada por π/2

sin(3x) sin(5x)
g(x) ~ 2 sin(x) + + + ...
3 5

Observação: A partir da série de Fourier para funções 2π-periódicas


podemos obter a série de Fourier para funções periódicas com período
2L. Basta tomar a mudança de variável x = πt/L para obter a nova
função, agora dependente da variável t, que será 2L-periódica e inte-
grável no intervalo simétrico [—L, L].
Definição: Se f = f (t) é uma função 2L-periódica e integrável no
intervalo [—L, L], a sua série de Fourier é dada por:

a0 nπt nπt
f (t) + [a cos( ) + bn sin( )]
2 n=1
L L

onde os coeficientes podem ser dados pelas expressões:

∫ L nπt
1
an = f (t) cos( )dt
L —L L
∫ L nπt
1
bn = f (t) sin( )dt
L —L L

para n ≥ 1. a0 pode ser obtido se tomarmos n = 0 no coeficiente an.


Exemplo: A série de Fourier da função 4-periódica
5.1 Aplicação de série de Fourier à soma de uma série numérica 12

t + |t| 0 se —2 ≤ t < 0
f (t) =
2 t se 0 ≤ t ≤ 2

Figura 7: Média aritmética entre t e |t|

pode ser obtida com L = 2 (metade do período=4). Assim:

1 ∫ 2
a0 = t dt = 1
2 0
∫ 2
1 nπt 2
2 2
((—1) n 1)
2 0 ∫ 2nπ
2
1 πt 2(—1)n
bn = t sin(n )dt = —
2 0 2 nπ
Logo
∞ n n

1 Σ (—1) — 1 nπt 2(—1) nπt


f (t) ~ 2 + [ 2
nπ 2 cos( 2 ) — nπ sin( 2 )]

5.1 Aplicação de série de Fourier à soma de uma série numérica

Através da séries de Fourier podemos obter somas de séries numé-


ricas reais onde é difícil (ou até impossível) estabelecer a regra para
definir a n-ésima soma parcial.
Exercício:

1. Obter a série de Fourier da função 2π-periódica f (x) = x2 defi-


nida sobre [—π, π].
6 Tipos importantes de simetrias 13

Figura 8: Função parabólica

Tomar x = π na série de Fourier para obter:


π2
n2 6
n=1

2. Obter as séries de Fourier das funções 2π-periódicas f (x) = x3 e


g(x) = x4 definidas sobre [ π, π] e calcular as somas das séries
numéricas:

∞ ∞

3
e 4
n=1 n=1

6 Tipos importantes de simetrias

Uma função real T -periódica f = f (t), tem

1. simetria par, se para todo t R, f ( t) = f (t). As funções pares


são simétricas em relação ao eixo vertical t = 0.
2. simetria ímpar, se para todo t R, f ( t) = f (t). As funções
ímpares são simétricas em relação à origem (0, 0).
3. simetria de meia-onda, se para todo t R, f (t + T ) = f (t).
Do ponto de vista geométrico, o gráfico da segunda metade da
função f = f (t) no período T é a reflexão do gráfico da primeira
metade de f = f (t) em relação ao eixo horizontal, deslocada de
T
para a direita. Tal situação pode ser vista no gráfico.
6.1 Propriedades de funções com simetrias par e ímpar 14

Figura 9: Funções com simetrias par e ímpar

Figura 10: Função com simetria de meia-onda

4. simetria de quarto de onda, se para todo t R a função f tem


simetria de meia-onda e além disso, vale uma das alternativas
abaixo:

(a) f é ímpar.
(b) T
Transladando f de para a direita (esquerda), a função se
4
torna par, isto é

T
f (t — ) = f (t)
4

6.1 Propriedades de funções com simetrias par e ímpar

São válidas as seguintes propriedades:

1. A soma de funções pares é uma função par.


2. A soma de funções ímpares é uma função ímpar.
7 Integrais de funções com simetrias 15

3. O produto de duas funções pares é uma função par.


4. O produto de duas funções ímpares é uma função par.
5. O produto de uma função par por uma função ímpar é uma
função ímpar.
6. Toda função real f = f (t) pode ser decomposta na soma

f (t) = fp(t) + fi(t)

onde fp = fp(t) é uma função par e fi = fi(t) é uma função ímpar,


definidas respectivamente por

f (t) + f (—t) f (t) — f (—t)


fp(t) = fi(t) =
2 2

Exemplo: São pares as funções reais:

f (x) = cos(nx), f (x) = x2, f (x) = x76

São ímpares as funções reais:

f (x) = sin(nx), f (x) = x, f (x) = x77

A função real identicamente nula é, ao mesmo tempo, par e ímpar.

7 Integrais de funções com simetrias

7.1 Propriedades das integrais com simetrias

Seja f : R → R uma função integrável no intervalo simétrico [—L, L].

1. Se f = f (t) é uma função par, então:


∫ L ∫ L
f (t) dt = 2 f (t) dt
—L 0
7.2 Propriedades das simetrias para os coeficientes de Fourier 16

2. Se f = f (t) é uma função ímpar, então:


∫L

7.2 Propriedades das simetrias para os coeficientes de Fourier

Seja f : R → R uma função 2π-periódica, integrável e absolutamente


integrável no intervalo simétrico [—π, π].

1. Se f é uma função par, então bn = 0 e n = 0, 1, 2, 3, · · · :


∫ π
2
π 0

2. Se f é uma função ímpar, então an = 0 e n = 1, 2, 3, · · · :


∫ π
2
π 0

Exemplo: Usando o benefício da paridade, obteremos a série de Fourier


da função 2π-periódica, definida sobre [—π, π] por:

f (x) = x, (—π ≤ x ≤ π)

Como f é ímpar, então an = 0 e para n ≥ 0, basta obter os coeficientes


bn. Para qualquer n ≥ 1, temos:
∫ π (—1)n+1
2
bn = x sin(nx)dx = 2
π 0 n

logo

Σ (—1)n+1 sin(2x) sin(3x)


2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS 17

Referências bibliográficas utilizadas

[1] Figueiredo, Djairo Guedes Análise de Fourier e Equações Diferenciais Parciais,


Coleção Euclides, IMPA/CNPq, Rio de Janeiro, 1986.

[2] Kaplan, Wilfred, Cálculo Avançado, Edgard Blücher Editora e EDUSP, (1972),
São Paulo, Brasil.

[3] Kolmogorov, A.N. e Fomin, S.V., Elementos de la Teoria de Funciones y del Ana-
lisis Funcional, Editorial MIR, (1972), Moscou.

[4] Quevedo, Carlos P., Circuitos Elétricos, LTC Editora, (1988), Rio de Janeiro, Bra-
sil.

[5] Spiegel, Murray, Análise de Fourier, Coleção Schaum, McGraw-Hill do Brasil,


(1976), São Paulo, Brasil.

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