0% acharam este documento útil (0 voto)
14 visualizações3 páginas

Qa 2.º Tas

O documento apresenta questões sobre o movimento Romântico e a obra 'Frei Luís de Sousa', abordando aspectos como o período do Romantismo, suas características e a introdução em Portugal. Inclui um excerto da peça e solicita análises sobre a cena, personagens e elementos cénicos. Os alunos devem responder a perguntas sobre o contexto literário e as percepções dos personagens em relação a eventos trágicos.

Enviado por

Ana
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
14 visualizações3 páginas

Qa 2.º Tas

O documento apresenta questões sobre o movimento Romântico e a obra 'Frei Luís de Sousa', abordando aspectos como o período do Romantismo, suas características e a introdução em Portugal. Inclui um excerto da peça e solicita análises sobre a cena, personagens e elementos cénicos. Os alunos devem responder a perguntas sobre o contexto literário e as percepções dos personagens em relação a eventos trágicos.

Enviado por

Ana
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 3

Questão-aula Frei Luís de Sousa– Módulo 5

Nome: _________________ N.º ______ Turma: _____ Data: ____/____/________

Avaliação: Oralidade Educação Literária

Professora: ____________________________________ EE: ______________________________

Grupo I – Oralidade

1. Que período abrange o movimento Romântico?


(A) Século XV e século XVI.
(B) Século XVII.
(C) Século XVIII.
(D) Fim do século XVIII e início do século XIX.

2. Qual o significado etimológico de “romântico”?


(A) Deriva de “romance” que significa narrativa longa ficcionada.
(B) Deriva de “romance” que significa narrativa medieval.
(C) Deriva do latim e significa novidade.
(D) Deriva do grego e significa ficção.

3. Onde teve origem o Romantismo?


(A) O Romantismo teve origem em Inglaterra.
(B) O Romantismo teve origem em Roma.
(C) O Romantismo teve origem na Grécia antiga.
(D) O Romantismo teve origem em França.

4. Que características globais apresenta o movimento romântico?


(A) O Romantismo caracteriza-se pela exuberância estilística.
(B) O Romantismo valoriza o nacionalismo e a afirmação da individualidade do “eu”.
(C) O Romantismo privilegia a sobriedade.
(D) O Romantismo caracteriza-se pela valorização da razão sobre o coração.

5. Como se caracteriza a literatura romântica?


(A) A literatura romântica apresenta uma grande profusão de recursos expressivos.
(B) A literatura romântica caracteriza-se pelo predomínio da lógica.
(C) A literatura romântica procura dar protagonismo ao passado histórico.
(D) A literatura romântica privilegia a poesia.

6. Quem é o introdutor do Romantismo em Portugal?


(A) D. Pedro.
(B) Alexandre Herculano.
(C) Almeida Garrett.
(D) D. Branca.

7. Qual é o contexto político em Portugal cerca de 1820?


(A) Portugal vive uma guerra civil.
(B) Portugal está sob domínio filipino.
(C) Portugal acredita no regresso de D. Sebastião.
(D) Portugal é governado por D. João V.
Grupo II – Educação Literária

Leia o excerto de Frei Luís de Sousa que se segue. Se necessário, consulte as notas.

ATO SEGUNDO
É no palácio que fora de D. João de Portugal, em Almada; salão antigo, de gosto melancólico e pesado,
com grandes retratos de família, muitos de corpo inteiro, bispos, donas, cavaleiros, monges; estão em lugar
mais conspícuo1, no fundo, o del-rei D. Sebastião, o de Camões e o de D. João de Portugal. Portas do lado
direito para o exterior, do esquerdo para o interior, cobertas de reposteiros com as armas dos condes de
Vimioso. São as antigas da casa de Bragança, uma aspa vermelha sobre campo de prata com cinco escudos
do reino, um no meio e os quatro nos quatro extremos da aspa; em cada braço e entre os dois escudos uma
cruz floreteada2, tudo do modo que trazem atualmente os duques de Cadaval; sobre o escudo, coroa de
conde. No fundo um reposteiro muito maior e com as mesmas armas sobre as portadas da tribuna, que deita
sobre a capela da Senhora da Piedade, na lgreja de S. Paulo dos domínicos de Almada.

CENA I
Maria e Telmo
Maria – (saindo pela porta da esquerda e trazendo pela mão a Telmo, que parece vir de pouca vontade)
Vinde, não façais bulha, que minha mãe ainda dorme. Aqui, aqui nesta casa é que quero conversar.
E não teimes, Telmo, que fiz tenção, e acabou-se!
Telmo – Menina…
Maria – «Menina e moça me levaram de casa de meu pai»3 – é o princípio daquele livro tão bonito que minha
mãe diz que não entende; entendo-o eu. Mas aqui não há menina nem moça; e vós, senhor Telmo
Pais, meu fiel escudeiro, «faredes4 o que mandado vos é». E não me repliques, que então
altercamos, faz-se bulha, e acorda minha mãe, que é o que eu não quero. Coitada! Há oito dias que
aqui estamos nesta casa, e é a primeira noite que dorme com sossego. Aquele palácio a arder,
aquele povo a gritar, o rebate dos sinos, aquela cena toda… oh! tão grandiosa e sublime, que a mim
me encheu de maravilha, que foi um espetáculo como nunca vi outro de igual majestade!… À minha
pobre mãe aterrou-a, não se lhe tira dos olhos; vai a fechá-los para dormir e diz que vê aquelas
chamas enoveladas em fumo a rodear-lhe a casa, a crescer para o ar e a devorar tudo com fúria
infernal… o retrato de meu pai, aquele do quarto de lavor5, tão seu favorito, em que ele estava tão
gentil homem, vestido de cavaleiro de Malta com a sua cruz branca no peito, aquele retrato não se
pode consolar de que lho não salvassem, que se queimasse ali. Vês tu? Ela, que não cria em
agouros, que sempre me estava a repreender pelas minhas cismas, agora não lhe sai da cabeça que
a perda do retrato é prognóstico6 fatal de outra perda maior, que está perto, de alguma desgraça
inesperada, mas certa, que a tem de separar de meu pai. E eu agora é que faço de forte e assisada7,
que zombo de agouros8 e de sinas9… para a animar, coitada!… que aqui entre nós, Telmo, nunca
tive tanta fé neles. Creio, oh, se creio! que são avisos que Deus nos manda para nos preparar. E
há… oh! há grande desgraça a cair sobre meu pai… decerto! e sobre minha mãe também, que é o
mesmo.
Telmo – (disfarçando o terror de que está tomado) Não digais isso… Deus há de fazê-lo por melhor, que lho
merecem ambos (cobrando ânimo e exaltando-se). Vosso pai, D. Maria, é um português às direitas.
GARRETT, Almeida, 2013. Frei Luís de Sousa. Porto: Porto Editora (pp. 51-53)

1. conspícuo: destacado; 2. floreteada: floreada; 3. «Menina e moça me levaram de casa de meu pai»: frase de abertura da obra Menina e
Moça, de Bernardim Ribeiro, autor português do século XVI; 4. faredes: «É o antiquado de fareis, que Maria aqui emprega com graciosa
afetação, para falar em estilo de donzela romanesca, dando ordens ao seu escudeiro. Ponho isto aqui, porque sei que me notaram o arcaísmo
como impróprio do tempo; era-o com efeito no século XVII em que aí estamos, se não fora trazido assim.» (A. Garrett). 5. quarto de lavor:
quarto destinado a trabalhos femininos; 6. prognóstico: prenúncio; 7. assisada: sensata, discreta; 8. agouros: presságios; 9. sinas: sortes,
destinos.
Apresente as suas respostas aos itens que se seguem de forma bem estruturada.

1. Localize, de forma completa, o excerto na globalidade da obra.

2. Explique a função da longa didascália inicial, referindo o significado dos elementos cénicos de maior
destaque.

3. Apresente uma explicação para as palavras de Maria: «Aqui, aqui nesta casa é que quero
conversar.» (l. 12)

4. Maria tem uma perspetiva diferente da de Madalena, relativamente ao incêndio.


Comprove a afirmação.

5. Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando da tabela a opção adequada a cada


espaço.
Regista apenas as letras e o número que corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.
Neste excerto, Telmo mostra (a) .
Ao dizer «Mas aqui não há menina nem moça» (l. 16), Maria (b) .
A destruição do quadro de Manuel de Sousa Coutinho é vista como mau presságio (c) .

(a) (b) (c)

1. não querer estar naquela casa 1. revela as suas 1. pelo próprio


2. não querer dar explicações a preferências literárias 2. por Maria, Madalena e Telmo
Maria 2. revela os seus medos 3. por Madalena e Telmo
3. ter admiração por D. João de
3. sugere que já tem idade 4. por Maria, Madalena e Manuel
Portugal
para saber a verdade
4. a sua preocupação pelo
destino de Maria 4. pretende mostrar que é
diferente da sua mãe

Você também pode gostar