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Resenha de Fisica

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CURSO TÉCNICO NÍVEL MÉDIO EM GEOLOGIA

DISCIPLINA: FÍSICA
Código da Disciplina: 10831 - Turma: 10831 - Bloco: O. Andar: 1 - Sala: 06.

DOCENTE:
PROF. ELYMAR SOUZA OLIVEIRA
DISCENTE:
JOÃO DANIEL MATTOS BRASIL

REENHA:
A relação entre Magnetismo, Eletromagnetismo e Telecomunicações, com foco
especial, na Geologia

Salvador - BA
Janeiro de 2025
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS.........................................................................................................................3
3. METODOLOGIA.................................................................................................................. 4
4. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 4
4.1. Fundamentos do magnetismo e como eles se manifestam no dia a dia.................... 4
4.2. Histórico das leis magnéticas......................................................................................6
4.3. Campo magnetico terrestre.........................................................................................8
4.4. Avanços históricos do magnetismo e do eletromagnetismo..................................... 10
4.5. Magnetismo nos dispositivos.................................................................................... 12
4.6. Eletromagnetismo e telecomunicações.....................................................................14
4.7. Relações de eletromagnetismo e geologia............................................................... 16
5. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO

O magnetismo, o eletromagnetismo e as telecomunicações são conceitos interligados


que desempenham papéis cruciais em diversas áreas da ciência e tecnologia, incluindo a
geologia. Na geologia, o uso de métodos eletromagnéticos e magnéticos tem sido
amplamente adotado para investigação do subsolo, proporcionando informações sobre a
composição e estrutura da crosta terrestre. A técnica de prospecção magnética, por exemplo,
permite a identificação de variações nos campos magnéticos gerados por rochas ferrosas ou
minerais magnéticos. Já a eletromagnética, através de métodos como a indução
eletromagnética, é essencial para explorar recursos minerais, avaliar a resistência elétrica do
solo e monitorar a presença de água subterrânea.

2. OBJETIVOS
O objetivo principal deste trabalho é investigar a relação entre os fenômenos do
magnetismo, eletromagnetismo e telecomunicações, com ênfase nas suas aplicações
geológicas. Para isso, busca-se examinar os princípios fundamentais do magnetismo e do
eletromagnetismo, analisando seus conceitos básicos e inter-relações. Além disso, o trabalho
visa explorar como essas propriedades físicas são aplicadas na geologia, especialmente por
meio das técnicas de prospecção magnética e métodos eletromagnéticos para estudo do
subsolo, mapeamento de minerais e identificação de recursos naturais. Outro objetivo
importante é compreender como as telecomunicações, com base em ondas eletromagnéticas,
têm facilitado a transmissão de dados e o monitoramento remoto em estudos geológicos. O
relatório também abordará como a interação entre magnetismo, eletromagnetismo e
telecomunicações contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas,
aprimorando a coleta e análise de dados geológicos. Por fim, serão discutidos os desafios e as
perspectivas futuras no uso dessas técnicas, visando melhorar a precisão e a eficiência das
investigações geológicas.
3. METODOLOGIA
O docente Elymar disponibilizou uma lista das temáticas que deverão,
obrigatoriamente, serem enunciadas e discutidas ao longo do desenvolvimento textual da
Resenha Descritiva, tendo ciência que, por base inicial; deve se considerar a análise, a
exploração e o estudo dos elementos presentes nos vídeos indicados e compartilhados. Os
tópicos apresentados não devem ser percebidos como respostas a serem reunidas
sequencialmente ou expostas em texto; nesse caso, na situação onde cada parágrafo do texto
faz menção a um tópico, que deve ser parte do estudo.

4. DESENVOLVIMENTO

4.1. Fundamentos do magnetismo e como eles se manifestam no dia a dia

O magnetismo é um fenômeno físico fundamental que se manifesta por meio da


interação de materiais e objetos com campos magnéticos, os quais são gerados por cargas
elétricas em movimento. No nosso dia a dia, o magnetismo é evidenciado por uma variedade
de dispositivos, como ímãs, motores elétricos, alto-falantes, cartões magnéticos e até mesmo
na orientação de bússolas. Esses dispositivos funcionam devido à capacidade dos campos
magnéticos de atrair ou repelir certos materiais, como ferro e aço. O magnetismo também é
essencial em construções mais complexas como o caso do trem bala que flutua sobre os
trilhos por causa desse fenômeno.

Um campo magnético consiste em uma região ao redor de um ímã ou corrente elétrica


onde forças magnéticas podem ser observadas. As características essenciais de um campo
magnético incluem a direção, o sentido e a intensidade. A direção do campo é dada pela linha
de força do campo, enquanto o sentido é geralmente representado como o caminho que uma
agulha magnética segue, do pólo norte para o pólo sul. A intensidade do campo magnético é
determinada pela densidade das linhas de força: campos magnéticos mais fortes têm linhas de
força mais próximas. Essas linhas de força, que saem do pólo norte de um ímã e entram no
pólo sul, são visualmente representadas por linhas curvas que nunca se cruzam, formando
padrões que ilustram como a força é distribuída no espaço.

Imagem 01: Representação de campo magnético

Fonte: crgsoft.com

Esses pólos magnéticos de um ímã têm um papel crucial em sua interação. Todo ímã
possui dois pólos, o norte e o sul, que têm a capacidade de interagir de forma específica:
polos opostos se atraem (norte e sul), enquanto pólos iguais se repelem (norte com norte ou
sul com sul). Essa propriedade de atração e repulsão é a base de muitas aplicações
tecnológicas que utilizam ímãs para gerar movimento, como nos motores elétricos, ou para
formar dispositivos de fixação, como imãs de geladeira.

As linhas de campo magnético têm uma direção específica, saindo do pólo norte de
um ímã e indo em direção ao pólo sul. Visualmente, elas são representadas como linhas
curvas que formam padrões fechados. O número de linhas de campo em uma área indica a
intensidade do campo magnético naquela região: campos mais fortes têm linhas de campo
mais densas. A representação dessas linhas é crucial para entender como as forças magnéticas
se distribuem e interagem com os objetos ao redor.

Finalmente, as propriedades dos campos magnéticos variam conforme o ambiente e o


material em questão. Por exemplo, em materiais ferromagnéticos (como ferro), as
propriedades magnéticas são mais intensas, pois os domínios magnéticos se alinham
facilmente. Em outros materiais, como aqueles de natureza paramagnética ou diamagnética, a
interação com o campo magnético é mais fraca ou até repulsiva. Além disso, o ambiente
também pode influenciar as propriedades magnéticas, como ocorre com a intensidade do
campo magnético terrestre, que é afetada por fatores como latitude e altitude. Portanto, tanto
os materiais quanto o ambiente têm um impacto significativo nas características dos campos
magnéticos, sendo esses fatores essenciais para aplicações práticas do magnetismo, como na
geologia, engenharia e telecomunicações.

Por fim, a diferença de materiais magnéticos e não magnéticos estão na capacidade de


cada tipo de material de se magnetizar quando exposto a um campo magnético como dito
anteriormente. Materiais magnéticos (como ferro, níquel e cobalto) têm elétrons que se
alinham de forma a gerar um campo magnético próprio, o que os torna atraídos por ímãs. Já
materiais não magnéticos (como madeira, plástico e vidro) não apresentam essa capacidade
de alinhamento, sendo indiferentes a campos magnéticos. Para identificar se um material é
magnético ou não, é simples: basta aproximar um ímã do material. Se o material for atraído, é
magnético; se não, não é magnético.

4.2. Histórico das leis magnéticas

As civilizações antigas, como os chineses, gregos e romanos, foram as primeiras a


descobrir as propriedades magnéticas dos materiais, principalmente a atração e repulsão de
certos minerais. Um exemplo notável é a magnetita, também apelidada de pedra-imã, um
mineral naturalmente magnético, que os chineses usaram já por volta de 2000 a.C. para criar
um protótipo de bússola com o intuito de localizar-se nos chamados nevoeiros do terreno.
Embora as civilizações antigas não compreendessem a origem do magnetismo, elas
reconheceram a utilidade dos ímãs, especialmente para navegação, e observaram que certos
minerais poderiam magnetizar objetos ferrosos. Eles utilizavam esses minerais para fins
práticos, como na orientação de viagens e em instrumentos rudimentares de navegação.

A bússola teve um papel crucial nas grandes navegações, especialmente a partir do


século XI, quando foi aperfeiçoada pelos chineses e mais tarde introduzida na Europa. Este
instrumento foi fundamental para os navegadores, pois permitiu a orientação precisa nos
oceanos, independentemente das condições climáticas, como a falta de visibilidade dos astros
como as estrelas. A bússola tornou-se um dos pilares da navegação oceânica durante as
viagens de exploração, facilitando descobertas geográficas, como as viagens de Cristóvão
Colombo e Fernão de Magalhães, e contribuindo para a expansão do comércio e do império
europeu.

Em 1544-1603 William Gilbert foi um médico e cientista inglês, considerado um dos


fundadores do estudo científico do magnetismo. Em seu trabalho "De Magnete", Gilbert
demonstrou que a Terra, assim como um ímã, tem um campo magnético. Ele também foi o
primeiro a fazer a distinção entre o magnetismo natural e o gerado por objetos magnetizados,
estabelecendo a base para a teoria moderna dos ímãs. Além disso, ele propôs a ideia de que a
Terra mesma é um grande ímã, uma teoria que ajudou a explicar fenômenos como a
orientação das bússolas. Suas descobertas ajudaram a consolidar o magnetismo como uma
área científica de estudo, entretanto, ele não fez nenhuma correlação entre magnetismo e
eletricidade.

Em 1820, Hans Christian Ørsted, um físico dinamarquês, fez uma descoberta


revolucionária: ele demonstrou experimentalmente que a eletricidade e o magnetismo
estavam interligados. Durante um experimento, Ørsted observou que uma corrente elétrica
passando por um fio condutor era capaz de desviar a agulha de uma bússola, indicando que o
campo magnético era gerado pela eletricidade em movimento. Essa descoberta foi
fundamental para o desenvolvimento do eletromagnetismo, uma das grandes áreas da física
moderna, e foi um marco na transição entre os estudos isolados do magnetismo e da
eletricidade.

O experimento de Ørsted foi um ponto de virada no entendimento científico, pois


estabeleceu a ligação entre eletricidade e magnetismo, o que mais tarde levou ao
desenvolvimento de uma série de inovações tecnológicas, como os motores elétricos e
geradores, além de contribuir para a formulação das equações de Maxwell, que descrevem os
campos eletromagnéticos. Sua descoberta também foi o impulso para o trabalho de outros
cientistas, como Michael Faraday, que aprofundaram o estudo do campo eletromagnético e
possibilitaram o desenvolvimento de tecnologias que estão presentes em nosso cotidiano,
como a geração e transmissão de energia elétrica. O trabalho de Ørsted foi, portanto,
fundamental para o avanço do eletromagnetismo e a base para muitas inovações tecnológicas
que moldaram o mundo moderno.
Imagem 02: Experimento de Ørsted

Fonte: UFRGS.br

4.3. Campo magnetico terrestre

Recapitulando os campos magnéticos são formados por partículas carregadas, como


os elétrons, em movimento. Quando uma carga elétrica se move, ela gera um campo
magnético ao seu redor, criando linhas de força que ilustram a direção e a intensidade do
campo. Essas linhas saem do pólo norte e entram no pólo sul, formando um padrão fechado.
Para representar visualmente um campo magnético, usamos linhas de campo que mostram a
direção da força magnética. Quanto mais densas as linhas, mais forte é o campo magnético
naquela região. Os campos magnéticos podem ser representados em diagramas e modelos
tridimensionais, facilitando a compreensão da sua distribuição espacial.

A Terra atua como um gigantesco ímã natural devido ao seu núcleo interno, composto
principalmente por metais de ferro e níquel. A movimentação do material no núcleo terrestre
gera correntes elétricas que, por sua vez, criam um campo magnético ao redor do planeta.
Esse campo tem um formato semelhante ao de um ímã, com um pólo norte magnético e um
pólo sul magnético. Embora o eixo geográfico da Terra não esteja perfeitamente alinhado
com o eixo magnético, o campo magnético da Terra é crucial para a manutenção da vida na
proteção do planeta contra partículas solares e radiações cósmicas, além de orientar bússolas
em todo o mundo.

O campo magnético da Terra é formado por correntes de convecção no núcleo externo


líquido, que geram o movimento de cargas elétricas e, consequentemente, criam o campo
magnético. A rotação da Terra também influencia o comportamento do campo magnético,
tornando-o dinâmico. As principais características do campo magnético terrestre incluem a
sua intensidade, que varia de acordo com a localização geográfica, e a inversão
geomagnética, que ocorre periodicamente quando os pólos magnéticos trocam de lugar. O
campo magnético da Terra é essencial para a vida no planeta, pois ele cria a magnetosfera,
que protege a Terra da radiação solar prejudicial e dos ventos solares.

Imagem 03: Representação dos campo magnético terrestre

Fonte: blogspot.com

O eletromagnetismo foi descoberto no início do século XIX, quando cientistas


começaram a investigar a relação entre eletricidade e magnetismo na logica do cmpo
magnético terrestre. A primeira evidência experimental significativa dessa conexão foi
fornecida por Hans Christian Ørsted, que em 1820 demonstrou que uma corrente elétrica em
um fio pode gerar um campo magnético ao redor do fio. Essa descoberta foi um marco, pois
mostrou pela primeira vez que a eletricidade e o magnetismo não eram fenômenos
independentes, mas sim intimamente relacionados. Posteriormente, Michael Faraday e James
Clerk Maxwell fizeram contribuições importantes para o desenvolvimento do
eletromagnetismo, com Faraday criando o conceito de indução eletromagnética e Maxwell
formulando as equações que descrevem os campos elétricos e magnéticos, consolidando o
entendimento de como essas duas forças se interagem. A descoberta do eletromagnetismo
levou à criação de muitas tecnologias modernas, como motores elétricos, geradores e
sistemas de telecomunicações, fundamentais para a sociedade contemporânea.

4.4. Avanços históricos do magnetismo e do eletromagnetismo

Michael Faraday foi um dos cientistas mais importantes na história do


eletromagnetismo. Seus experimentos pioneiros no início do século XIX forneceram a base
para muitas das descobertas subsequentes. Um dos experimentos mais notáveis de Faraday
foi a indução eletromagnética, realizada em 1831. Ele demonstrou que uma corrente elétrica
poderia ser induzida em um fio condutor por meio de um campo magnético variável, ou seja,
ao mover um ímã perto de um fio, ele gerava uma corrente elétrica no fio. Esse fenômeno é
conhecido como indução eletromagnética e é a base de muitos dispositivos modernos, como
geradores e transformadores. Outro experimento importante de Faraday envolveu a
rotatividade da luz polarizada, em que ele observou que um campo magnético poderia afetar
a luz polarizada, sugerindo uma conexão entre eletricidade, magnetismo e a luz. Esses
experimentos foram cruciais para entender como as forças elétricas e magnéticas interagem.

As equações de James Clerk Maxwell, formuladas no final do século XIX, tiveram


um impacto transformador no campo do eletromagnetismo, unificando os conceitos de
eletricidade e magnetismo de uma maneira que nunca havia sido feita antes. Maxwell
combinou as leis de Faraday, Gauss e Ampère em um conjunto de equações matemáticas que
descrevem os comportamentos dos campos elétricos e magnéticos. Ele demonstrou que as
ondas eletromagnéticas, ou seja, flutuações nos campos elétrico e magnético que se propagam
pelo espaço, são a base para a propagação da luz e outras formas de radiação eletromagnética.
Essas equações não apenas unificaram os dois fenômenos como uma única teoria, mas
também previram que a luz visível era uma forma de onda eletromagnética. As equações de
Maxwell revolucionaram a física, fornecendo a base teórica para o estudo das ondas
eletromagnéticas, a eletrônica moderna e a teoria da relatividade de Einstein.

Heinrich Hertz, no final do século XIX, foi o primeiro a demonstrar


experimentalmente a existência de ondas eletromagnéticas previstas por Maxwell. Hertz
produziu e detectou ondas eletromagnéticas em um laboratório, usando um circuito oscilante
e gerando ondas de rádio. Ele demonstrou que essas ondas podiam se propagar através do
espaço e interagir com objetos metálicos, confirmando a teoria de Maxwell de que as ondas
eletromagnéticas poderiam se mover à velocidade da luz. Hertz também foi o primeiro a
observar que as ondas eletromagnéticas possuíam as propriedades de reflexão, refração,
polarização e difração, características típicas de outras ondas, como as sonoras ou luminosas.
O trabalho de Hertz foi fundamental para o desenvolvimento de tecnologias de comunicação,
como o rádio, e estabeleceu a base para futuras inovações em eletrônica e telecomunicações.
Ele confirmou experimentalmente a teoria de Maxwell, e suas descobertas possibilitaram a
exploração e o avanço de muitos sistemas de comunicação moderna, como rádio, televisão e
radar.

Imagem 04: Representação do experimento de Heinrich Hertz

Fonte: Alamy
4.5. Magnetismo nos dispositivos

O eletromagnetismo é um dos pilares fundamentais para o funcionamento dos


sistemas elétricos e eletrônicos, permitindo a geração, transformação e controle de energia,
além de possibilitar uma vasta gama de tecnologias modernas. Desde a geração de energia
elétrica até os dispositivos mais avançados, como computadores e smartphones, o
eletromagnetismo, através da interação entre correntes elétricas e campos magnéticos, está
presente em diversas aplicações cruciais.

O primeiro impacto do eletromagnetismo nos sistemas elétricos e eletrônicos está em


sua aplicação na geração e transformação de energia elétrica. Os princípios fundamentais da
indução eletromagnética regem a operação de geradores elétricos e transformadores. Em
geradores, a energia mecânica é convertida em energia elétrica à medida que um condutor se
move em um campo magnético, gerando uma corrente elétrica. Nos transformadores, esse
princípio é expandido para permitir o aumento ou diminuição da tensão elétrica através da
indução de corrente entre dois enrolamentos. Este processo é crucial para a distribuição de
energia elétrica em redes de alta e baixa tensão.

Esses princípios de indução eletromagnética são os mesmos usados em muitos


dispositivos eletrônicos. Motores elétricos, por exemplo, convertem energia elétrica em
movimento mecânico por meio da interação entre campos magnéticos e correntes elétricas.
Indutores e capacitores, comuns em circuitos eletrônicos, também dependem da manipulação
de campos elétricos e magnéticos para armazenar e liberar energia de forma controlada,
essencial para o processamento de sinais em dispositivos como computadores e celulares.

Enquanto o magnetismo é fundamental para a geração de energia e operação de


dispositivos elétricos, as ondas eletromagnéticas têm um papel de destaque na transmissão de
informações e comunicação sem fio. Tecnologias como rádio, televisão, Wi-Fi e telefonia
móvel dependem dessas ondas para a transmissão de dados através do espaço. A capacidade
de transmitir sinais através de diferentes frequências de ondas eletromagnéticas (como
micro-ondas e ondas de rádio) possibilitou a revolução na forma como nos comunicamos e
acessamos informações.

Essas ondas são criadas quando correntes elétricas oscilam, gerando campos elétricos
e magnéticos que se propagam pelo espaço. O princípio de geração e modulação dessas ondas
é amplamente usado em antenas de rádio e televisão, sistemas de radar, e também em redes
Wi-Fi que permitem a comunicação sem fio entre dispositivos, como computadores e
smartphones. A utilidade dessas ondas vai além das telecomunicações, atingindo áreas como
micro-ondas, onde são usadas em fornos e sistemas de radar, aplicando os mesmos princípios
de propagação de ondas eletromagnéticas para fins de aquecimento e detecção.

A aplicação do magnetismo não se limita à transmissão e transformação de energia ou


comunicação. Ele também está profundamente integrado aos dispositivos tecnológicos
modernos. Em computadores e smartphones, o magnetismo é utilizado em uma série de
tecnologias avançadas. Nos discos rígidos de computadores, a leitura e gravação de dados
ocorre por meio de cabeças de leitura magnéticas que alteram a magnetização de discos de
armazenamento, permitindo que as informações sejam salvas e acessadas.

Nos smartphones, o magnetismo é usado em uma bússola digital que ajuda a


determinar a orientação do dispositivo através de sensores magnéticos. Além disso,
alto-falantes e microfones de dispositivos utilizam campos magnéticos para converter sinais
elétricos em som e vice-versa, permitindo a comunicação e o entretenimento. Outro exemplo
interessante é o carregamento sem fio, que utiliza princípios de indução magnética para
transferir energia de uma base para um dispositivo, eliminando a necessidade de cabos.

Essas diferentes aplicações do eletromagnetismo estão interconectadas de forma


dinâmica. Os dispositivos eletrônicos, como computadores e smartphones, que utilizam tanto
ondas eletromagnéticas para comunicação quanto magnetismo para armazenamento de dados,
funcionam graças a tecnologias que baseiam seu funcionamento na indução magnética. Ao
mesmo tempo, esses dispositivos fazem uso de sinais eletromagnéticos para interagir com
outros sistemas, como redes de Wi-Fi ou redes móveis, e sua energia elétrica é gerada e
distribuída por sistemas que dependem de princípios eletromagnéticos, como geradores e
transformadores.

O ciclo completo de geração de energia, transmissão de dados e operação de


dispositivos eletrônicos demonstra como o eletromagnetismo, através de suas diferentes
manifestações—seja na indução magnética, seja nas ondas eletromagnéticas—está
entrelaçado com as tecnologias que moldam o mundo moderno. Cada um desses campos
depende do outro para garantir o funcionamento contínuo e a eficiência dos dispositivos que
usamos no nosso dia a dia, desde a geração de energia elétrica até o carregamento sem fio de
smartphones e a comunicação em redes móveis.

4.6. Eletromagnetismo e telecomunicações

As telecomunicações, um dos principais pilares da sociedade moderna, utilizam


conceitos fundamentais de magnetismo e eletromagnetismo para a transmissão de
informações. O eletromagnetismo é a base para a geração, modulação e recepção de sinais,
sendo responsável pela transmissão de dados por meios sem fio, como rádio, TV e internet.
Os princípios de campo elétrico e campo magnético interagem para criar ondas
eletromagnéticas, que viajam pelo espaço e podem transportar informações codificadas. Em
sistemas de transmissão de sinais, a corrente elétrica que oscila em uma antena cria um
campo magnético variável, o qual, por sua vez, gera ondas eletromagnéticas. Essas ondas
viajam pelo espaço e, ao atingirem outra antena receptora, provocam uma corrente elétrica no
dispositivo receptor, que é então convertida de volta em sinais utilizáveis, como som ou
imagem.

As ondas eletromagnéticas são a chave para a transmissão sem fio de sinais em


telecomunicações. Essas ondas consistem em flutuações simultâneas nos campos elétrico e
magnético que se propagam pelo espaço. A modulação é o processo pelo qual as informações
(voz, imagem, dados) são impressas em uma onda eletromagnética, alterando suas
propriedades, como amplitude, frequência ou fase. No caso da rádio e televisão, os sinais de
áudio e vídeo são modulados em ondas de rádio (geralmente de alta frequência) que viajam
por longas distâncias, sendo transmitidas de uma estação para outra. Para a internet, as ondas
de micro-ondas ou sinais de Wi-Fi utilizam frequências específicas de ondas eletromagnéticas
para transmitir dados de um roteador para dispositivos como smartphones ou computadores.
Essas ondas podem ser codificadas com uma grande quantidade de dados, permitindo não
apenas comunicação de voz ou vídeo, mas também a troca de dados em alta velocidade.

As antenas desempenham um papel central na transmissão e recepção de sinais


eletromagnéticos. Elas funcionam como dispositivos de acoplamento entre os campos
elétricos e magnéticos das ondas eletromagnéticas e os circuitos elétricos. Durante a
transmissão, uma corrente elétrica oscilante é aplicada à antena, gerando um campo
magnético variável. Esse campo, por sua vez, cria ondas eletromagnéticas que se propagam
pelo espaço. Quando uma antena receptora é colocada dentro do campo dessas ondas, ela
induz uma corrente elétrica correspondente ao sinal da onda, permitindo que a informação
seja recuperada. As antenas podem ser projetadas para operar em diferentes frequências de
ondas (como micro-ondas, ondas de rádio, etc.), o que permite a operação de diversas
tecnologias, desde rádios AM/FM até comunicação via satélite e Wi-Fi.

O uso de ondas eletromagnéticas para comunicações de rádio, televisão e internet é


um exemplo claro de como o eletromagnetismo está integrado às tecnologias que usamos
diariamente. No rádio, as ondas de rádio são moduladas para transportar sinais de áudio a
longas distâncias, sendo transmitidas por torres de rádio e recebidas por antenas de rádio em
carros ou em casa. No caso da televisão, sinais de áudio e vídeo são modulados em ondas
eletromagnéticas e transmitidos para as casas, onde são recebidos por antenas ou via satélite.
A internet, por sua vez, utiliza ondas eletromagnéticas para transmitir dados via sinais de
Wi-Fi e micro-ondas, que são enviadas entre torres de telecomunicações ou satélites. A
transmissão de dados por ondas eletromagnéticas oferece uma grande flexibilidade e permite
a comunicação sem a necessidade de cabos físicos, o que é fundamental para a conectividade
global.

Apesar de sua ampla utilização, a transmissão de dados via ondas eletromagnéticas


enfrenta uma série de desafios. Um dos maiores problemas é a interferência entre diferentes
sinais, especialmente em ambientes urbanos, onde múltiplas fontes de sinais eletromagnéticos
competem pelo mesmo espectro de frequências. A atenuação do sinal, que ocorre quando as
ondas eletromagnéticas perdem força ao percorrer grandes distâncias ou atravessar obstáculos
(como edifícios), também representa um desafio significativo. Além disso, a capacidade de
banda é limitada, o que significa que a quantidade de dados que pode ser transmitida
simultaneamente em uma frequência é restrita. Com o crescente uso de dispositivos
conectados à internet e serviços de streaming de alta qualidade, a demanda por mais largura
de banda e a necessidade de novos métodos de modulação e compressão de dados se tornam
cada vez mais urgentes. Finalmente, questões como a segurança da transmissão de dados e a
privacidade também são preocupações importantes em sistemas de comunicação sem fio,
exigindo o desenvolvimento contínuo de criptografia e outras tecnologias de proteção.
4.7. Relações de eletromagnetismo e geologia

O magnetismo da Terra tem um impacto significativo nos processos geológicos, desde


a formação de rochas até os movimentos das placas tectônicas. O campo magnético terrestre
é gerado pelo movimento de metais fundidos no núcleo externo da Terra, um fenômeno
conhecido como dínamo terrestre. Esse campo magnético afeta a orientação de minerais
magnéticos, como a magnetita, durante a solidificação das rochas ígneas, o que pode registrar
informações sobre a direção e intensidade do campo no momento da formação da rocha.
Além disso, o campo magnético influencia as correntes oceânicas e atmosféricas, que têm
implicações para o clima e os processos de erosão. O magnetismo também pode afetar a
movimentação das placas tectônicas, uma vez que as forças magnéticas interagem com as
forças de gravidade e pressão dentro do interior da Terra, influenciando a dinâmica do manto
terrestre e a atividade sísmica.

Na geologia minerais magnéticos mais estudados são aqueles com a maior


porcentagem de ferro em suas composições, isso inclui a magnetita (Fe₃O₄), a hematita
(Fe₂O₃), a pirrotita (Fe₁₋ₓS) e a ilmenita (FeTiO₃). Esses minerais têm a capacidade de se
magnetizar devido à presença do próprio ferro e outros elementos em sua estrutura cristalina.
A magnetita, em particular, é amplamente utilizada na geologia por sua forte resposta ao
campo magnético terrestre, o que permite aos geólogos estudar processos como a formação
de rochas e a movimentação de placas tectônicas. A importância desses minerais vai além da
geologia básica, sendo fundamentais na compreensão de processos de sedimentação,
formação de rochas ígneas e metamórficas, além de fornecerem informações sobre o
paleomagnetismo, que reúne a orientação e a intensidade do campo magnético terrestre no
passado.

A magnetostratigrafia ou magnetismo das rochas é uma técnica que estuda a variação


do campo magnético terrestre ao longo do tempo, analisando as inversões geomagnéticas
registradas em rochas sedimentares e ígneas. Essas inversões magnéticas ocorrem quando o
campo magnético terrestre se inverte, ou seja, os pólos magnéticos trocam de lugar no
espaço. Através da magnetostratigrafia, os geólogos podem estabelecer uma cronologia
detalhada dos eventos geológicos, correlacionando as inversões com outras camadas de
rochas e datando períodos de atividade tectônica, mudanças climáticas e outros eventos
significativos. Essa técnica é particularmente útil para entender a história da Terra,
especialmente em áreas onde o registro geológico é fragmentado ou incompleto, auxiliando
para trabalhos futuros, como os de levantamentos geofísicos.

O levantamento geofísico magnético é uma técnica que os geofísicos utilizam o


magnetismo para mapear recursos minerais através do campo magnético. Essa técnica
envolve o uso de magnetômetros para medir as variações no campo magnético da Terra,
causadas pela presença de minerais magnéticos em depósitos subterrâneos. Essas variações
podem indicar a presença de depósitos minerais, como ferro, níquel, cobalto e outros metais,
além de ser útil na detecção de formações geológicas associadas à mineralização, como falhas
ou intrusões ígneas. O mapeamento magnético é uma ferramenta eficaz porque fornece uma
visão do subsolo sem a necessidade de escavações, permitindo a identificação preliminar de
áreas com alto potencial mineral.

Imagem 05: Exemplo de Magnetômetro PCE-MFM 2400+

Fonte: pce-instruments.com

Além disso, o magnetismo é um dos métodos geofísicos mais utilizados na exploração


mineral devido à sua capacidade de detectar minerais magnéticos e estruturas geológicas
associadas a depósitos minerais de forma eficaz. Ao medir as anomalias magnéticas no
campo que seria a concentração do bem mineral, os geofísicos podem identificar áreas de
interesse para futuras explorações. A técnica é especialmente útil em terrenos onde os
depósitos minerais são profundos ou inacessíveis. Além disso, ela auxilia na delimitação de
depósitos de ferro e outros minerais magnéticos, orientando perfurações e escavações. O
magnetismo também é valioso na detecção de depósitos de petróleo e gás, pois as formações
rochosas relacionadas com esses recursos muitas vezes apresentam características magnéticas
distintas.
Por fim um exemplo de uso da magnetometria, está na indução eletromagnética (IE)
que é uma técnica que utiliza campos eletromagnéticos para explorar a condutividade elétrica
do subsolo e mapear a presença de minerais metálicos ou recursos hídricos. A indução
eletromagnética funciona gerando um campo magnético de baixa frequência, que induz
correntes elétricas nos minerais condutores presentes no subsolo. Essas correntes geram um
campo magnético secundário, que pode ser detectado pela superfície. A técnica é amplamente
utilizada na prospecção de minerais como cobre, ouro, ferro e outros metais, além de ser
eficaz na detecção de águas subterrâneas e carvão. A indução eletromagnética oferece uma
vantagem significativa sobre outros métodos porque pode penetrar mais profundamente no
subsolo e fornecer dados detalhados sobre a estrutura geológica e a composição mineral do
local.

4.7. Relações de campo magnético e geologia nas telecomunicações

Os campos magnéticos e as correntes elétricas estão intrinsecamente relacionados, um


fenômeno que se baseia na interação entre cargas elétricas e campos magnéticos. A famosa
Leis anteriormente citadas de Ampère e a Lei de Faraday explicam como essas interações
ocorrem: um campo magnético pode gerar uma corrente elétrica em um material condutor, e,
inversamente, uma corrente elétrica gera um campo magnético ao redor de um fio condutor.
Esse princípio é fundamental para a compreensão de muitos processos naturais e
tecnológicos, além de ter implicações significativas para a geologia e as telecomunicações.

Na geologia, a relação entre campos magnéticos e correntes elétricas se torna evidente


em técnicas de exploração como a indução eletromagnética (EM). Minerais condutores, como
metais e certas rochas, reagem a esse campo, induzindo correntes elétricas que geram seus
próprios campos magnéticos. A detecção dessas correntes secundárias na superfície permite
aos geofísicos mapear estruturas subterrâneas e identificar recursos minerais. O magnetismo
também desempenha um papel crucial na formação das rochas, como ocorre com minerais
magnéticos, como a magnetita, que são orientados pelo campo magnético da Terra enquanto
as rochas se solidificam, permitindo a reconstrução do passado geológico da Terra através do
estudo da paleomagnetismo.

Nas telecomunicações, a interação entre campos magnéticos e correntes elétricas é a


base para muitas tecnologias, como os circuitos eletrônicos, antenas e dispositivos de
comunicação sem fio. O comportamento de sinais elétricos em campos magnéticos é
fundamental para o funcionamento de sistemas de transmissão de rádio, TV, e até das
comunicações via satélite. A propagação de ondas eletromagnéticas, por exemplo, é
determinada pela interação entre os campos elétricos e magnéticos, que se propagam em
forma de ondas através do espaço. No contexto geológico, isso também se relaciona com a
forma como os sinais de rádio e micro-ondas podem ser afetados por diferentes formações de
rochas e minerais, influenciando a qualidade e a precisão das medições feitas em estudos
geofísicos.

5. CONCLUSÃO
A interdependência entre magnetismo, eletromagnetismo e telecomunicações
evidencia como as descobertas científicas ao longo do tempo moldaram e continuam a
impulsionar o avanço tecnológico. As primeiras pesquisas sobre magnetismo, juntamente
com as inovações no campo do eletromagnetismo, possibilitaram a criação de sistemas que
revolucionaram as áreas de comunicação e exploração geológica. Tecnologias modernas,
como os sistemas de GPS, rádio e técnicas de magnetometria, demonstram a aplicação prática
desses conceitos. Assim, o estudo dessas áreas reflete como o entendimento e a utilização do
magnetismo continuam a exercer uma influência significativa sobre o desenvolvimento
científico e seu impacto na sociedade.

6. REFERÊNCIAS DE IMAGEM

FIGURA 1:

https://crgsoft.com/uploads/2022/01/Direction-of-a-magnetic-field.jpg

FIGURA 2:

https://www.ufrgs.br/amlef/wp-content/uploads/2020/07/cropped-Oersted_experiment.png

FIGURA 3:

https://www.pce-instruments.com/italiano/slot/5/artimg/large/pce-instruments-magnetometro-
pce-mfm-2400-5947499_1511101.jpg
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, Raimundo Albenes Perreira de. Aplicações do Eletromagnetismo nas


Telecomunicações: Uma Proposta de Sequência Didática para o Ensino Médio. Revista
Portuguesa Interdisciplinar, v. 3, n. 1, p. 37-51, jan./jul. 2022. Disponível em:
http://www.revistas.editoraenterprising.net/

CAPÍTULO III - PETRÓLEO E GÁS. Disponível em:


https://www.cembra.org.br/sites/default/files/2024-06/Cap%C3%ADtulo%20III%20-%20Petr%C3%
B3leo %20e%20G%C3%A1s.pdf.

FROTA, Pedro; SOBRAL, Davi. Propriedades Físicas e Mecânicas das Rochas. Trabalho acadêmico.
Turma T590-15, orientador: Tiago Alves Morais. 2024. Disponível em:
https://www.academia.edu/42758437/PROPRIEDADES_FISICAS_E_MECANICAS_DAS_ROCHA
S

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Vulcões. Disponível em:


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TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T. R.; TOLEDO, M. C. de; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. 2. ed. São
Paulo: IBEP Nacional-Conrad, 2009. 623 p. Disponível em:
https://midia.atp.usp.br/impressos/lic/modulo02/geologia_PLC0011/geologia_top04.pdf.

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (SGB). Magnetismo terrestre. Disponível em:


https://www.sgb.gov.br/magnetismo-terrestre

TONIDANDEL, Danny Augusto Vieira; ARAÚJO, Antônio Emílio Angueth de;


BOAVENTURA, Wallace do Couto. História da Eletricidade e do Magnetismo: da
Antiguidade à Idade Média. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 40, n. 4, e4602, 2018.
DOI: 10.1590/1806-9126-RBEF-2018-0046. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbef/a/t7YKLHYLtjRwcy5tnJhVSRc

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP). Experimentos sobre Ørsted. Disponível em:


https://fap.if.usp.br/~lumini/f_bativ/f1exper/magnet/C%F3pia%20de%20oersted_shi_ann.ht
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