TRABALHO DE DIREITO FISCAL

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO _______________________________________________ 2

1.RELAÇÃO DO DIREITO FISCAL COM A ECONOMIA _________ 3

1.1.MICROECONOMIA ___________________________________ 4

1.2. MACROENOMIA E POLÍTICA FISCAL ___________________ 5

CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________ 7

BIBLIOGRAFIA ______________________________________________ 8
INTRODUÇÃO

O Direito Fiscal em razão da sua natureza transversal mantém íntimas e


inevitáveis relações com distintos ramos do Direito Público e Privado e bem
assim com outros ramos do saber científico.

Se Por um lado o Direito Fiscal prende-se com a questão da cobrança e


pagamento de Impostos, por outro lado a Economia enquanto ciência
preocupa-se nos seus aspectos macro e micro com a garantia do bem estar
económico das pessoas e do Estado equilibrando a problemática recursos
disponíveis vs necessidades.

É assim que a questão em causa neste trabalho prende-se em analisar a


natureza das relações mantidas entre o Direito Fiscal com a Economia nos
seus domínios micro e macroeconómico e bem assim deste último com a
política fiscal.

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1.RELAÇÃO DO DIREITO FISCAL COM A ECONOMIA

Os objectivos do sistema tributário continuam a ser os enunciados pelos


clássicos da teoria económica em que a administração pública deve
necessariamente garantir a equidade e a justiça distributiva de forma a criar
uma sociedade mais justa fomentando assim a actividade económica; tal
exercício busca necessariamente estratégias do governo para manter o
equilíbrio e o crescimento saudável da economia do país.

O Direito Fiscal como o sistema de normas e princípios jurídicos que incidem


sobre os impostos (tributos com natureza unilateral que em virtude da sua
obrigação não constituem a contrapartida de qualquer prestação
individualizada do estado e demais entes públicos – nº 5 do art. 3º do CGT)
mantém uma estrita relação com a Economia enquanto ciência social que
estuda a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços e bem assim
os efeitos da desvalorização da moeda, políticas monetárias e fiscais.

Neste sentido a relação entre estes dois grandes ramos do saber humano
começa já quando se entende de que o nível de arrecadação fiscal está
dependente da actividade económica desenvolvida dentro do Estado tal como
as opções políticas em matéria fiscal afectam directamente o crescimento
económico e o comportamento das pessoas singulares e colectivas uma vez
que as contribuições fiscais implicam que os cidadãos e os agente económicos
tenham que prescindir de uma parte do seu rendimento para pagar os impostos
o que lhes retira de uma certa forma o poder de compra e lhes reduz a
capacidade de investimento.

Os tributos produzem um consideravel efeito no processo económico de


produção, distribuição e consumo. Desta maneira podem ser utilizados pelo
estado para a concretização e efectivação de políticas públicas que visem a
consecução dos objectivos constitucionais de um estado de Direito.

Vemos pois de que se por um lado o Estado necessita da receita fiscal de


modos a realizar aquelas que são as necessidades colectivas por outro lado o
regime jurídico tributário aplicado neste exercício joga um papel preponderante
no que tange as aspirações económicas do Estado nos seus sentidos macro e
micro.

Isto porque é o contexto económico que acaba definindo em parte o nível de


arrecadação de impostos. Daí que a Economia enquanto ciência para que
possa assim ver cumprido o seu objectivo relactivo a garantia do bem estar da
população, o bom funcionamento do estado, e se adaptar as necessidades da
população face aos recurso existentes deve recorrer ao complexo normativo
relactivo á ordem jurídica fiscal.

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1.1.MICROECONOMIA

Falar de Microeconomia é falar de um dos grandes ramos da ciência


económica que tem incidência no comportamento económico individual de
consumidores e firmas bem como a distribuição da produção e rendimento
entre eles.

As normas fiscais têm um grande impacto nas decisões das empresas em


domínios como o investimento nacional e estrangeiro, a distribuição de lucros
ou o diferimento das mesmas para reinvestimento, o financiamento junto da
banca ou do mercado de capitais, a contratação de trabalhadores, preços
praticados, etc.

No que diz respeito aos efeitos microeconómicos dos impostos a doutrina


refere habitualmente os seguintes:

Repercussão, amortização, remoção e difusão.

Repercussão fiscal: designa a transferência do sacrifício fiscal do


contribuinte de direito (pessoa sobre a qual se da a incidência legal) para o
contribuinte de facto (pessoa sobre a qual se da a incidência real).

A repercussão pode ser progressiva ou regressiva. Será progressiva


quando o encargo tributário é transferido por meio do vendedor para o
comprador através da subida dos preços. Será regressiva quando o imposto é
transferido pelo comprador para o vendedor através da diminuição dos preços.

A repercussão regressiva pode ocorrer por exemplo quando é agravado um


imposto sobre o consumo o que nos casos de bens com procura elástica pode
levar a uma significativa redução da quantidade procurada e ao subsequente
impacto negativo sobre as receitas e os lucros dos vendedores o que levaria
por exemplo os vendedores a terem o interesse em suportar eles próprios
através da diminuição do preço dos bens, o custo adicional gerado pelo
agravamento do imposto, minimizando assim, o impacto negativo sobre os
seus lucros.

Amortização fiscal: consiste na redução do valor de um bem duradouro


(por exemplo um bem imóvel) decorrente da incidência futura de um imposto
sobre o valor patrimonial ou sobre o rendimento deste bem.

Remoção fiscal: ocorre quando o contribuinte para compensar (total ou


parcialmente) a diminuição do seu rendimento resultante da incidência de um
imposto faz aumentar a sua matéria colectável, normalmente através da
intensificação do seu trabalho em detrimento do descanso.

Difusão Fiscal: traduz-se nos efeitos negativos gerados na actividade


económica de determinados sujeitos (normalmente produtores) pela contracção

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do rendimento disponível dos contribuintes em virtude da incidência de um
novo imposto ou do agravamento de um imposto já existente. Por exemplo o
agravamento de um imposto faz diminuir o rendimento disponível dos
contribuintes (no caso de não haver remoção fiscal levando a uma redução no
consumo de determinados bens (cuja procura seja mais elástica), com
consequências negativas para os produtores de tais bens, verificando-se,
portanto uma sequencia de efeitos indirectos negativos sobre a actividade
económica.

1.2. MACROENOMIA E POLÍTICA FISCAL

A macroeconomia como uma das divisões da ciência económica dedica-se


ao estudo, medida e observação de uma economia no ambito nacional ou
regional como um todo e individual; abrange questões como renda nacional,
nível geral de preços, distribuição, produção nacional etc.

Assim a Macroeconomia é guiada por aquilo que é concebido em termos de


política fiscal visto esta consistir na manipulação dos instrumentos fiscais tendo
em vista a prossecução de finalidades económicas consideradas vantajosas
em que a componente orçamental da despesa desempenha também um
importante papel. Por outras palavras a mesma traduz-se na visão do sistema
fiscal como instrumento de política económica, orientado para a maximização
do rendimento e do bem-estar social através da promoção da poupança, da
formação de capital, do investimento, do emprego e do crescimento
económico.

Do ponto de vista jurídico-constitucional a politica fiscal assume grande


relevo na medida em que estes fins têm um inegável fundamento
constitucional. Assim a avaliação da eficácia do sistema fiscal não escapa ao
princípio da proporcionalidade em sentido amplo a que se subordina toda a
actividade estatal

Na política fiscal, é em função da realização dos fins económicos e sociais


constitucionalmente consagrados que se deve aferir da adequação,
necessidade e proporcionalidade em sentido estrito, dos diversos meios fiscais
empregues.

Neste contexto, os critérios de avaliação e quantificação da relação entre os


meios fiscais e os fins económicos, tendo em vista a tributação óptima, resulta
da análise económica e econométrica. Todavia, os autores chamam ainda
atenção para o relevo de variáveis como as condições institucionais do estado,
a racionalidade orçamental do sector público, a descentralização do sistema
tributário, a existência de instituições extra orçamentais, etc.

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Do mesmo modo, sublinha-se a importância de uma avaliação global do
funcionamento das estruturas políticas e económicas da sociedade e das
oportunidades e desigualdades geradas bem como o funcionamento dos
sectores público e privado.

Em todo caso a intima relação entre o sistema fiscal e a macroeconomia


recomenda que as decisões relativas ao primeiro tenham em conta os
desenvolvimento e as tendências que se desenham na segunda. Ou seja
compete a politica fiscal observar a produção económica de um país e agir de
forma a direccionar a economia para o rumo que dela se espera.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das abordagens ora desenvolvidas no que refere a relação do Direito


Fiscal com a Ciência Económica (microeconomia, macroeconomia e política
Fiscal) somos a título de conclusivo considerar o seguinte:

 O Direito Fiscal incide sobre a relação jurídica fiscal (a cobrança e o


pagamento de impostos) e a Economia enquanto ciênca que se
preocupa com a produção, distribuição e o consumo dos bens tem como
fim ultimo garantir o bem estar económico das pessoas;
 Neste Contexto o alcance dos fins da ciência económica muito depende
do regime jurídico fiscal concebido pelo estado pois tal como foi aqui
apresentado esta variável se reflete nos aspectos micro e
macroeconómico;
 A Macroeconomia enquanto parte da Economia que se preocupa com o
comportamento de uma determinada Economia considerada no seu todo
é guiada por auilo se de define em termos de politica fiscal visto que
esta traduz-se na visão do sistema fiscal como instrumento de política
económica, orientado para a maximização do rendimento e do bem-
estar social através da promoção da poupança, da formação de capital,
do investimento, do emprego e do crescimento económico.

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BIBLIOGRAFIA

 Direito Fiscal Angolano _segundo a reforma de 2014 (2ª edição) - Jónatas


Machado, Paulo Nogueira, Osvaldo Macaia – Petrony Editora 2017;

 Conceito de economia: quais as divisões e seus conceitos básicos -


https://www.topinvest.com.br/

 Politica Fiscal
https://www.topinvest.com.br/politicafiscal

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