(VERSÃO FINAL) SAUDE, MEDICINA, SEGURANÇA E FISC DO TRAB

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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR SANTA BÁRBARA – FAESB

ELIZA JAQUELINE JACOB LOPES


MARILIA DE OLIVEIRA LINCOLN
MARIANE TAVARES DOS SANTOS
VANESSA APARECIDA DE ALMEIDA

SAÚDE, MEDICINA, SEGURANÇA E FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO

TATUÍ
2024
ELIZA JAQUELINE JACOB LOPES
MARILIA DE OLIVEIRA LINCOLN
MARIANE TAVARES DOS SANTOS
VANESSA APARECIDA DE ALMEIDA

SAÚDE, MEDICINA, SEGURANÇA E FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO

Trabalho apresentado ao Curso de Direito da


Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara –
FAESB, integrando a disciplina de Direito Do
Trabalho II

TATUÍ
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................4

2. SAÚDE NO TRABALHO.......................................................................................4

3. MEDICINA DO TRABALHO.................................................................................8

4. SEGURANÇA DO TRABALHO..........................................................................10

4.1 ATIVIDADES DA SEGURANÇA DO TRABALHO.......................................10

4.2 LEGISLAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DO TRABALHO..............................11

4.3 RELAÇÃO DAS 37 NORMAS REGULAMENTADORAS:...........................11

5. FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO.......................................................................14

5.1 FISCALIZAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO.......................................16

5.2 DENÚNCIA E DEFESA ADMINISTRATIVA................................................16

5.3 MEDIDAS DE PREVENÇÃO.......................................................................16

6. CONCLUSÃO.....................................................................................................17

7. REFERÊNCIAS..................................................................................................18
4

1. INTRODUÇÃO

No contexto da dinâmica contemporânea do mercado de trabalho, a


fiscalização, a segurança e a fiscalização do trabalho surgem como pilares
essenciais para garantir o bem-estar dos trabalhadores e a integridade dos
ambientes de trabalho. Estes aspectos não só promovem condições adequadas
para o exercício das atividades profissionais, como também desempenham um
papel fundamental na prevenção de acidentes, na promoção da saúde ocupacional e
na salvaguarda dos direitos laborais.
A inspeção do trabalho abrange um conjunto de medidas e procedimentos
que visam garantir o cumprimento da legislação laboral e de segurança social, bem
como garantir os direitos dos trabalhadores. Este processo abrange desde a
verificação do cumprimento das normas de saúde e segurança ocupacional até a
garantia do pagamento justo e oportuno de salários e benefícios.
Por outro lado, a segurança no trabalho compreende a implementação de
medidas preventivas para evitar acidentes e doenças profissionais, bem como a
promoção de uma cultura organizacional focada na prevenção de riscos e no bem-
estar dos colaboradores. Esta abordagem envolve a identificação e avaliação de
perigos potenciais, a adopção de equipamento de proteção adequado e a prestação
de formação para capacitar os trabalhadores para agirem com segurança.
Nessa perspectiva, é fundamental compreender a inter-relação entre
fiscalização, segurança e fiscalização do trabalho como elementos essenciais para a
construção de ambientes de trabalho saudáveis, produtivos e socialmente
responsáveis. Este trabalho pretende explorar mais profundamente estes temas,
destacando a sua importância e impacto na sociedade contemporânea.

2. SAÚDE NO TRABALHO
Com a Revolução Industrial, embora uma revolução tecnológica à época,
aumentou o número de doenças e mortes dos trabalhadores devido aos abusos das
jornadas excessivas de trabalho, inclusive de mulheres e crianças.
Mesmo que os riscos fossem eminentes, não se focava em uma prevenção
de acidentes, tampouco uma preocupação pela saúde dos trabalhadores. O objetivo
5

principal nesta época era tratar as consequências, ou seja, as ações eram, portanto,
corretivas e não preventivas.
Em outros lugares, como Inglaterra e Alemanha, ocorreram a formação de leis
específicas à precariedade do trabalho, mas no Brasil, o ápice dos direitos dos
trabalhadores foi com a Consolidação das Leis do Trabalho – 5.452/43, sendo
estabelecida no Governo de Getúlio Vargas, momento em que consagrou-se os
direitos de segunda geração, os quais visavam melhorias no ambiente laboral.
Mas, ainda assim, havia a necessidade de normas mais preventivas do que
corretivas que assegurassem mais proteção ao trabalhador. Neste sentido, em 1978,
tivemos estabelecidas as Normas Regulamentadoras, chamadas de NRs, que serão
abordada posteriormente.
Logo, conta-se com um rol de Normas e Leis que defendem tal categoria, que
vai desde a Carta Magna, a Consolidação das leis Trabalhistas e normas
especificas, como as Normas Regulamentadoras supracitadas, mas que serão
abordadas posteriormente, estas, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
Na Constituição Federal de 1988, os direitos da classe trabalhadora ficaram
ainda mais evidentes, onde em seu Artigo 7º, estabeleceu-se direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, assegurando também a necessidade de redução dos
riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança:
Artigo 7º, CF, inciso XXII: “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio
de normas de saúde, higiene e segurança;”
Bem como, em seu Artigo 200, caput, assegura que ao Sistema Único de
Saúde, cabe colaborar na proteção do meio ambiente do trabalhador:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as
de saúde do trabalhador;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do
trabalho.
Como também a CLT, em seu Art. 157, dispõe que:
Art. 157 - Cabe às empresas: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
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I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;


(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. (Incluído
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
Bem como as organizações são orientadas por meio das Normas
Regulamentadoras de como atuar em relação aos seus empregados.
Menciona-se também a regulamentação de normas de proteção ao
trabalhador, em âmbito internacional, como o Pacto internacional de Direitos Sociais
e Culturais.
Nota-se, portanto, que atualmente existe uma preocupação por meio da
sociedade e do Estado, à proteção da classe trabalhadora, visando por meio das
ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, promover à proteção da
saúde dos trabalhadores, assim à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
Quanto à saúde do trabalhador, importante ressaltar que é essencial controlar
os chamados Riscos ocupacionais, que se dividem em: Higiene Ocupacional,
Riscos Mecânicos (de Acidentes), Ergonômicos e os Psicossociais.
Sobre a Higiene Ocupacional, trata de estudos sobre a exposição laboral aos
agentes físicos, químicos e biológicos, por meio de ações de antecipação,
reconhecimento, avaliação e controle das condições e locais de trabalho, visando à
preservação da saúde dos trabalhadores.
Parte-se da premissa que antecipar trata um trabalho preventivo de um risco
nesta atividade produtiva, investigando os riscos dessa atividade produtiva,
avaliando e classificando tais riscos e realizando ações de controle, pois uma vez
que a pessoa está exposta a um nível de risco prejudicial à saúde, torna-se
necessário ser realizado algo para melhorar as condições e locais laborais, visando
a preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores, considerando um meio
ambiente e a comunidade.
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Sobre a Higiene Ocupacional, importante conceituar cada um dos agentes,


dispondo que:
A) O Agente Físico é qualquer forma de energia que, em função de sua
natureza, intensidade e exposição, seja capaz de causar lesão ou agravo à
saúde do trabalhador. Exemplos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes e não ionizantes.
B) O Agente Químico, trata de substância química, por si só ou em
misturas, quer seja em seu estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada
no processo de trabalho, que em função de sua natureza, concentração e
exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos:
fumos de cádmio, poeira mineral contendo sílica cristalina, vapores de tolueno,
névoas de ácido sulfúrico.
C) O Agente Biológico são microrganismos, parasitas ou materiais
originados de organismos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição,
são capazes de acarretar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos:
bactérias e vírus, que podem atingir trabalhadores da limpeza, veterinários, saúde
entre outros.
Esses agentes são exemplos de perigo ou fatores/fontes de risco ocupacional
e compõe o conjunto denominado riscos ambientais, sendo objeto central da norma
Regulamentadora n.º 9
Os Riscos mecânicos são todos os riscos que podem ter relação com a falta
de organização, ambientes inadequados, máquinas sem proteção, falta de EPIs,
falta de treinamentos, entre outros.
Já os Riscos Ergonômicos são aqueles provenientes do esforço físico,
levantamento de peso, postura inadequada, além de controle rígido de
produtividade, bem como situação de estresse, trabalhos em período noturno,
jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina
intensa, podendo gerar destes, os riscos psicossociais, como Burnout, incluído como
doença decorrente do esgotamento no trabalho.
Vale salientar que vivemos em um sistema em que o trabalhador vende sua
força de trabalho em troca de uma remuneração para que possa adquirir
mercadorias, no entanto, a intensificação do trabalho é uma problemática
atualmente.
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Neste sentido, houve um importante acontecimento sobre a justiça trabalhista,


A SDI-1 do TST responsabilizou a Rede Bob's por um acidente grave que deixou um
atendente paraplégico, após uma longa jornada noturna no Aeroporto de Belo
Horizonte, o funcionário sofreu um acidente de moto por cansaço extremo.
O colegiado restabeleceu decisão do TRT da 3ª região que havia reconhecido
a relação entre o acidente e o trabalho e deferido indenização em R$ 280 mil por
danos morais e materiais.
Esse é um exemplo prático de como o trabalho em excesso pode ser
prejudicial ao trabalhador.
Uma forma de amenizar essa situação, é eliminar a jornada de trabalho, como
tem sido nas economias Centrais – Europa e Estados Unidos, por exemplo, que
diminuíram a jornada de trabalho realizando uma escala 6x1.
Isto posto, para seja garantidos os direitos dos trabalhadores, deve-se sempre
respeitar a Lei Vigente no País.
Sendo que a Constituição assegura o direito, a CLT determina que as
empresas cuidem da saúde dos trabalhadores e as Normas Regulamentadoras
detalha como uma organização podem utilizar, da melhor forma, assegurando que
sejam respeitados os direitos do seu bem mais precioso: o capital humano.

3. MEDICINA DO TRABALHO
Conhecida como Lei de Saúde e Segurança no Trabalho, é uma legislação
fundamental que visa proteger a saúde e garantir a segurança dos trabalhadores em
seus ambientes laborais. Essa legislação estabelece diretrizes e normas para
prevenir acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e outros problemas
relacionados à saúde física e mental dos seus trabalhadores.
A importância dessa lei reside no reconhecimento do direito fundamental dos
trabalhadores a um ambiente de trabalho seguro e saudável. Ela não apenas
protege os trabalhadores, mas também beneficia as empresas, promovendo a
produtividade, a qualidade do trabalho e a retenção de funcionários. Além disso,
contribui para a redução dos custos relacionados a acidentes e doenças
ocupacionais, tanto para as empresas quanto para a sociedade como um todo. É
essencial para garantir que os trabalhadores possam desempenhar suas funções
em um ambiente seguro e saudável. Ao promover a prevenção de acidentes e
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doenças ocupacionais, ela contribui para o bem-estar dos trabalhadores, a


produtividade das empresas e o desenvolvimento sustentável da sociedade como
um geral.
Implementação de Medidas Preventivas: Com base na avaliação de riscos, as
empresas devem adotar medidas preventivas para eliminar ou reduzir os riscos
identificados. Isso pode incluir a implementação de equipamentos de proteção
individual (EPIs), treinamento adequado, modificações nos processos de trabalho,
entre outras medidas.
Exames Médicos Ocupacionais: A lei estabelece a realização de exames
médicos periódicos para monitorar a saúde dos trabalhadores e detectar
precocemente possíveis problemas relacionados ao trabalho. Esses exames são
fundamentais para prevenir doenças ocupacionais e garantir a rápida intervenção
em casos de problemas de saúde.
Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho:
Art. 168 - Será obrigatório o exame médico do empregado, por conta do
empregador.
§ 1º - Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório compreenderá
investigação clínica e, nas localidades em que houver, abreugrafia.
§ 2º - Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros
exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da
capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva
exercer.
§ 3º - O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas atividades
e operações insalubres e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será
repetida a cada dois anos.
§ 4º - O mesmo exame médico de que trata o § 1º será obrigatório por
ocasião da cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas
pelo Ministério do Trabalho, desde que o último exame tenha sido realizado há mais
de 90 (noventa) dias.
§ 5º - Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à
prestação de primeiros socorros médicos.
Art. 169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das
produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto
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de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do


Trabalho.
Além da NR-7, outras normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e legislações complementares também podem ser aplicáveis,
dependendo das atividades desenvolvidas pela empresa e dos riscos presentes em
seu ambiente de trabalho. O não cumprimento das obrigações estabelecidas pelo
PCMSO pode acarretar penalidades legais para a empresa, além de colocar em
risco a saúde e segurança dos trabalhadores. Portanto, é fundamental que as
empresas estejam sempre em conformidade com a legislação e adotem as medidas
necessárias para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável.

4. SEGURANÇA DO TRABALHO
O Setor de Segurança do Trabalho é essencial nas empresas de todos os
portes e setores, a segurança do trabalho (ST) é o conjunto de normas, atividades,
medidas e ações preventivas que são desenvolvidas para garantir e melhorar a
segurança do ambiente de trabalho, atuando também na prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais. Portanto o objetivo de proteger a integridade física dos
trabalhadores, a área de segurança do trabalho analisa, com técnicas específicas de
estudo, os fatores que podem ser causa de doenças ou acidentes de trabalho.
Dessa forma, é possível evitar situações que afetem a saúde e qualidade de vida
das pessoas. Ao manter um ambiente de trabalho seguro, a ST influencia
positivamente na produtividade dos funcionários da empresa e ajuda até mesmo na
redução de custos, pois ações preventivas evitam que seja necessário direcionar
recursos para o tratamento de um colaborador que tenha se acidentado, ou para
eventuais processos judiciais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde ocupacional, que
faz parte da ST, busca “promover a melhoria das condições de trabalho e outros
aspectos de higiene ambiental”. Por meio de boas práticas de saúde ocupacional, é
possível melhorar o ambiente de trabalho e torná-lo mais saudável para todos que o
frequentam.
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4.1 ATIVIDADES DA SEGURANÇA DO TRABALHO


Diversos profissionais integram o quadro da Segurança do Trabalho, desde
engenheiros e técnicos de segurança no trabalho até médicos e enfermeiros.
Entre as principais atividades desenvolvidas pela equipe de ST, podemos
citar:
a) Elaboração de laudos técnicos, documentos de análise de risco e
planos de segurança;
b) Realização de palestras, treinamentos e rodas de conversa com os
colaboradores;
c) Fiscalização da segurança do ambiente e do cumprimento das normas;
d) Realização de campanhas de promoção de saúde e de programas de
prevenção e controle de acidentes; e
e) Orientação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Além disso, em ambientes onde é necessário utilizar EPIS, é a equipe de ST
que faz a orientação sobre como usar corretamente os equipamentos (capacetes,
luvas, protetores auriculares, etc.) e como higienizá-los.
Dentro de uma empresa, a ST não serve apenas para zelar pela saúde física
e mental dos funcionários e fazer cumprir as Normas Regulamentadoras.
Um ambiente de trabalho seguro é essencial também para motivar e engajar
a equipe, diminuir o absenteísmo e o presenteísmo (quando o funcionário está no
trabalho, mas sem foco nas atividades) e a concessão de licenças, além de
demonstrar aos colaboradores que o empregador valoriza o bem-estar da equipe.
Na prática, isso se traduz em menos atrasos e menos prejuízos financeiros
devido a multas, indenizações ou tratamentos médicos de doenças ou ferimentos
ocupacionais.

4.2 LEGISLAÇÃO SOBRE SEGURANÇA DO TRABALHO


As atividades da Segurança do Trabalho. Todas são regidas pela Portaria n.º
3.214/1978 do Ministério do Trabalho. Esse documento estabeleceu as 37 Normas
Regulamentadoras da área, que servem para determinar como a ST deve ser
desenvolvida em cada empresa, o quadro de funcionários, bem como as penas e
sanções em caso de descumprimento.
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4.3 RELAÇÃO DAS 37 NORMAS REGULAMENTADORAS:


NR 1 – Disposições Gerais: prevê a obrigatoriedade do PGR e o GRO,
documentos que substituirão o PPRA em março de 2021;
NR 2 – Revogada pela Portaria SEPRT 915, de 30 de julho de 2019. SEPRT
915, de 30 de julho de 2019;
NR 3 – Embargo ou Interdição: todo estabelecimento pode ser interditado ou
embargado caso comprovado risco iminente para o trabalhador;
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho: estabelece o dimensionamento do SESMT e a obrigatoriedade de sua
criação nas empresas;
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: regulamenta as regras
para criação dos procedimentos adotados para o funcionamento da Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI): determina as obrigações
do empregador/empregado acerca dos EPIs;
NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO):
estabelece a obrigatoriedade dos exames ocupacionais para atestar a saúde dos
colaboradores;
NR 8 – Edificações: define práticas necessárias para a segurança e
integridade física dos trabalhadores que atuam no ramo;
NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: obrigatoriedade do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) para empresas que admitam
funcionários CLT;
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: determina as
obrigações de quem trabalha com energia elétrica, visando redução de acidentes
com choques elétricos, entre outros;
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais:
medidas preventivas para tipos de materiais ou equipamentos de transporte;
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos:
obrigatoriedades sobre os locais de instalação de máquinas e equipamentos
utilizados por trabalhadores;
NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações: medidas de proteção
referente à caldeiras, vasos de pressão e tubulações;
13

NR 14 – Fornos: medidas de segurança para os trabalhadores que atuam


com fornos industriais, observando legislações estaduais, municipais e federais;
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres: estabelece limites de tolerância
para riscos que possam ser identificados no ambiente laboral;
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas: trata as responsabilidades do
empregador e direitos do trabalhador que atua em situações de perigo;
NR 17 – Ergonomia: alia as condições de trabalho com as questões
psicofisiológicas dos trabalhadores;
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção:
medidas de proteção para a indústria da construção (antes, durante e após a
finalização da obra);
NR 19 – Explosivos: visa reduzir os riscos de quem atua diretamente com
explosivos, definindo as obrigatoriedades para manuseio, controle e
armazenamento;
NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis:
práticas realizadas pelos empregadores e trabalhadores que atuam no ramo, do
armazenamento ao manuseio;
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto: assegura a proteção contra intempéries a
céu aberto que possam prejudicar a saúde;
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: assegura a
segurança e saúde ocupacional dos profissionais de mineração;
NR 23 – Proteção Contra Incêndios: define as condições de segurança contra
incêndios, levando em conta saídas de emergência, indicações, sinalizações, etc;
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho:
determina condições básicas para a qualidade de vida dos trabalhadores;
NR 25 – Resíduos Industriais: trata a eliminação de resíduos industriais que
ofereçam riscos à saúde, como os tóxicos, riscos biológicos etc.;
NR 26 – Sinalização de Segurança: rata as cores utilizadas nas sinalizações
de segurança dos ambientes de trabalho;
NR 27 – Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29052008, Registro Profissional
do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB;
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NR 28 – Fiscalização e Penalidades: fiscalização trabalhista da Segurança e


Medicina do Trabalho nas empresas e penalidades para o não cumprimento das
NRs;
NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: medidas de segurança
adotadas no trabalho portuário (para trabalhadores em terra e em alto mar);
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: medidas de segurança
adotadas por empresas do ramo (embarcações comerciais para o transporte de
pessoas ou mercadorias);
NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura: medidas aplicadas para tornar o
desenvolvimento dessas atividades seguras, visando a saúde dos trabalhadores;
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde:
obrigatoriedades para proporcionar segurança, recomendando medidas preventivas
e capacitação para o trabalho;
NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: medidas
de controle de risco adotadas por empregadores que atuam em espaços confinados;
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
e Reparação Naval: requisitos de conforto e qualidade de vida para os trabalhadores
da indústria naval;
NR 35 – Trabalho em Altura: requisitos para o empregado realizar o trabalho
em altura com segurança;
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados: regulamenta processos de identificação,
avaliação e controle dos riscos na indústria do abate e processamento de carnes;
NR 37 – Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo: medidas protetivas
que deverão ser tomadas pelos empregadores às plataformas de petróleo.
A área de Segurança do Trabalho é bastante ampla e essencial em empresas
de diferentes setores e portes. Quando aliada à saúde ocupacional, pode promover
qualidade de vida, saúde e bem-estar para todos os funcionários.

5. FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO
Inicialmente, trataremos sobre o que é de fato a fiscalização trabalhista. A
fiscalização trabalhista é uma ação investigativa, com a finalidade de verificar se
15

uma empresa está, ou não, cumprindo com o determinado pelas leis de trabalho. A
ideia é garantir que os direitos dos trabalhadores sejam devidamente executados.
Essa atividade é realizada por órgãos competentes previstos na legislação Nº
6.514, de 22 de dezembro de 1977, sendo exercida por auditores fiscais do
Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e da Previdência.
Nesta legislação, é nítida notoriamente essas atividades, no Art. 156,
“Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua
jurisdição:
I - Promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e
medicina do trabalho”
Mais especificamente:
 investigar as atividades trabalhistas da companhia para constatar se
há, ou não, alguma irregularidade;
 identificar e notificar questões trabalhistas errôneas e/ou desconformes
às leis;
 apontar quais medidas devem ser tomadas para corrigir as
inconsistências;
 aplicar as penalidades cabíveis, proporcionais às falhas identificadas.
A fiscalização do trabalho ocorre de uma denúncia feita por um colaborador,
juiz do trabalho ou pelo auditor fiscal. Essa denúncia é chamada de “notícia fato”.
Algumas empresas têm o direito a dupla visita, tema que será abordado mais à
frente. Sendo ela direta ou indireta.
Na fiscalização do trabalho direta o auditor vai até a empresa para fazer a
análise da denúncia e avaliar se os direitos trabalhistas estão sendo cumpridos.
Diferente da avaliação indireta, que é feita a distância, por meio da avaliação de
documentos e dados.
O artigo 12, inciso 10, da Portaria MTP Nº 547 detalha as duas modalidades
da seguinte forma:
§ 10. A fiscalização direta poderá ser executada na modalidade:
 Dirigida – cujo início e desenvolvimento ocorrem no local de trabalho
ou instituição supervisionada; ou
16

 Mista – ocorre da fiscalização no local de trabalho e notificação da


apresentação de documentos em unidades descentralizadas de fiscalização do
trabalho ou em meio digital.
§ 11. A fiscalização indireta poderá ser executada na modalidade:
 Presencia – não envolve fiscalização do trabalho ao notificar o
fiscalizado para apresentação de documentos a unidade descentralizada que não
envolvam inspeção em locais de trabalho; ou
 Eletrônica – Quando o local de trabalho não é fiscalizado e não exige a
presença do fiscalizado ou de seu preposto em unidade descentralizada de
fiscalização do trabalho, isso só poderá ocorrer por meio de análise de dados ou
pela apresentação de documentos pelo empregador em meio digital.

5.1 FISCALIZAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO


A fiscalização para análise de acidentes de trabalho tem origem nos boletins
de ocorrências de acidentes de trabalho (CAT) da empresa via e-Social. Isto está
estipulado no artigo IV do Decreto MTP nº 547. IV – Exame de Análise de Acidente
de Trabalho – produzido pela OS e destinado a coletar dados e informações para
identificar uma série de fatores causais relacionados à ocorrência de acidente de
trabalho; com base em relatos de incidentes graves ou fatais numa empresa, os
auditores fiscais avaliarão a causa e determinarão se a empresa não cumpriu as
suas obrigações legais relacionadas à segurança dos funcionários.

5.2 DENÚNCIA E DEFESA ADMINISTRATIVA


Quando uma empresa recebe uma denúncia, o órgão responsável pelo
cumprimento dos direitos trabalhistas envia um auditor fiscal para investigar a
denúncia. Os inspetores avaliarão as informações e, se as forem graves, a empresa
poderá estar sujeita a multas, multas ou até mesmo banimento. Agora, em relação a
defesa administrativa, trata-se da forma de defesa da empresa em relação a
denúncia. A empresa deverá reunir documentos que expliquem por que discorda do
auto de infração e exigir diligências para apurar novamente a denúncia. Para se
defender, a empresa deve enviar documentos e ir diretamente ao órgão emissor (o
endereço consta no auto de infração), ou diretamente à fiscalização regional do
trabalho. É importante ressaltar que uma notificação eletrônica pode ser processada
17

eletronicamente, mas nenhum processo físico a defesa deverá ser enviada


diretamente na unidade ou enviado para o endereço constante no documento de
notificação.

5.3 MEDIDAS DE PREVENÇÃO


a) Confie nas habilidades dos profissionais - quando uma empresa
recebe um auditor fiscal, é fundamental designar um responsável para acompanhar
o auditor na empresa.
b) Documentar as atividades dos funcionários - manter as
atualizações em relação à fiscalização do trabalho, pode isso ocorrer sem aviso, dos
funcionários. órgãos responsáveis, a empresa deve manter a documentação de seus
profissionais guardada de forma segura e de simples acesso para fiscalização.
c) Investimento em auditorias internas - potencial de atendimento que
pode fazer parte do processo para evitar ser processado pelo Ministério do Trabalho
é a auditórios internos. Este é um método de prever qualquer problema potencial
que levaria a uma multa.

6. CONCLUSÃO
Em resumo, a inspeção, a segurança e a supervisão do trabalho
desempenham um papel crucial na promoção de ambientes de trabalho seguros,
justos e produtivos. Ao garantir o cumprimento da legislação laboral, prevenir
acidentes e doenças profissionais e proteger os direitos dos trabalhadores, estes
aspectos contribuem não só para o bem-estar individual dos trabalhadores, mas
também para o desenvolvimento sustentável das organizações e da sociedade como
um todo.
Contudo, é importante ressaltar que a eficácia destas práticas depende não
apenas da existência de regulamentações adequadas, mas também do
compromisso das empresas, dos órgãos governamentais e da sociedade em geral
na promoção de uma cultura de segurança e de respeito aos direitos trabalhistas.
Portanto, é essencial desenvolver estratégias integradas e colaborativas para
fortalecer os mecanismos de fiscalização, melhorar as políticas de segurança no
trabalho e garantir a proteção eficaz dos trabalhadores em todas as esferas da
atividade laboral.
18

Através de um esforço conjunto e contínuo, podemos avançar na construção


de um ambiente de trabalho mais justo, seguro e digno, onde os direitos dos
trabalhadores sejam respeitados e valorizados e onde todos possam contribuir para
um futuro mais próspero e equitativo.
19

7. REFERÊNCIAS

BEECORP - BEM ESTAR CORPORATIVO. Tudo que você precisa saber sobre segurança do trabalho.
Disponível em: https://beecorp.com.br/seguranca-do-trabalho/. Acesso 19 abr. 2024.

Mapah - Consultoria, Auditoria e Contabilidade. Fiscalização trabalhista: como a empresa pode se


preparar. Disponível em: https://www.mapah.com.br/blog/trabalhista/fiscalizacao-
trabalhista#:~:text=A%20fiscaliza%C3%A7%C3%A3o%20trabalhista%20%C3%A9%20uma,dos
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Pontotel. Entenda como funciona a fiscalização trabalhista e quais cuidados deve ter em sua
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