PFD - Sequência Didática

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS- UNIDADE CARANGOLA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, LINGUÍSTICA E LETRAS


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

BRUNA VALADÃO GONÇALVES - 1294369


ELISE MURER FRAGA- 1294458
HATALLY DA SILVA MATOS- 1294637
MARIA EDUARDA DE SOUZA FERREIRA- 1294370

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE FORMAÇÃO DOCENTE DA DISCIPLINA


PRÁTICAS EDUCATIVAS DE EDUCAÇÃO INFNATIL I

Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em


Pedagogia da Universidade do Estado de Minas Gerais,
Unidade Carangola, como requisito para a aprovação na
Prática de Formação Docente da disciplina Práticas
Educativas de Educação Infantil I.

CARANGOLA
MINAS GERAIS- BRASIL
2022
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, LINGUAGENS E LETRAS
CURSO: Pedagogia
DISCIPLINA: Práticas Educativas de Educação Infantil I
Prof. Diego Gonzaga Duarte da Silva

1- INTRODUÇÃO
Vale salientar o processo longo e árduo de lutas que a sociedade vivenciou entre os séculos
XVII e XX. Lutas essas que trouxeram como resultado a concepção real e verdadeira de infância
das crianças e a conquista da garantia pelos seus direitos, principalmente pela educação
igualitária. Nesse sentido, a creche deixa de ser vista apenas como uma instituição de caráter
assistencialista, ou seja, como “depósito de crianças”, pois na época só os filhos de operários
ficavam “alojados” sob os cuidados de outras pessoas, já que os pais saíam para trabalhar e as
mães eram donas de casa (ou até mesmo quando conseguiram lugar no mercado de trabalho) e
começa a ser vista como um ambiente de caráter educacional.
Para conseguir exercer essa proposta educacional com êxito, é necessário o trabalho planejado
e baseado em projetos com temas geradores, um documento norteador da instituição (o PPP),
por exemplo, a boa relação entre a creche e a comunidade, entre outros quesitos. A partir disso,
pode-se citar como ferramenta educacional a sequência didática, onde será organizado e
dividido um conjunto de atividades em diferentes etapas para melhor aproveitamento. Ela pode
ser feita de maneira em que possa ser trabalhada diariamente, mensalmente ou se possível
anualmente, isso dependerá do objetivo proposto pelo docente de acordo com as necessidades
pedagógicas das crianças.
Dessa forma, para o contato com todo o conteúdo estudado e com o objetivo de colocá-los em
prática, foi proposto para a turma do 3° período de pedagogia o trabalho de Prática de Formação
Docente, no qual seria efetivada diversas atividades, incluindo visitas, entrevistas, aplicação de
sequência didática, relatos etc. Assim, a creche “Centro Municipal de Educação Infantil Maria
Olinda Pinheiro Lima”, foi a instituição escolhida para a realização da Prática de Formação
Docente. Ela foi construída com o intuito de ser a “Creche Modelo” do município de Carangola,
Minas Gerais e é localizada na Rua Machado de Assis – Bairro Triângulo -, Nº 809. Atualmente,
seu horário de funcionamento é em tempo integral e para melhor atender as famílias da
comunidade, proporciona turmas de Berçário, Maternal e Pré-Escolar.
No dia 05 de julho de 2022, foi realizada a primeira visita na instituição com o intuito de
executar o diagnóstico e a caracterização do local e entrevistar a professora regente da turma.
Após o reconhecimento do espaço, a sala do Maternal, ministrada pela professora Ana Paula
no turno vespertino, foi disponibilizada pela direção para a continuidade das atividades da PFD
propostas pelo professor de licenciatura do curso de pedagogia Diego Gonzaga. Foi feita, então,
uma entrevista com a professora, a observação do ambiente, dos alunos e da rotina para dar
início a preparação da sequência didática, aplicada pelas alunas Bruna, Elise, Hatally e Maria
Eduarda.

No dia 14 de julho de 2022, após recorrentes trocas de ideias entre as alunas e a professora, foi
realizada mais uma visita na instituição, porém o intuito dela era de aplicação da sequência
didática. Ela foi elaborada de acordo com as necessidades pedagógicas das crianças, respeitando
o nível de aprendizagem de cada uma e contando com a aprovação da professora em cada etapa
estabelecida. Como orientação da Ana Paula, foi proposto a aplicação de uma sequência
didática envolvendo mais o lúdico, já que não era permitido a realização de atividades que
exigissem mais dos alunos, pois elas já estariam cansadas d o turno matutino, e que o turno
vespertino era para a descontração e relaxamento delas. Com isso, foi criada uma série de
dinâmicas e atividades para serem colocadas em prática com as crianças dentro do prazo de 1
dia (1 tarde), com o objetivo de somar no processo de aprendizagem.
Figura 1 - Pátio

Fonte: Elaborado pela Autora, 2022


Figura 2- Sala de Aula
Fonte: Elaborado pela Autora, 2022
2 REFLEXÕES, ANÁLISES E IMPRESSÕES

Em 05 de julho de 2022, após o primeiro contato com a instituição e observações, convidamos


a professora regente do maternal II, Ana Paula, para que respondesse algumas questões
relacionadas à creche a fim de analisar o ambiente escolar, conhecer um pouco mais sobre a
prática na creche além de comparar o que diz a teoria e como realmente funciona a prática. A
partir dessa entrevista será levantado algumas considerações, sendo as perguntas divididas em
duas seções: 1° em relação ao ambiente, organização e cuidados; 2° em relação as atividades
desenvolvidas, e interação.

Na questão de ambiente, organização e cuidados:


Estrutura da creche: Como é o espaço físico da creche que visitou? O espaço físico da
creche é muito bem estruturado. Tem espaço separado para cada sala de recreação, os berçários
possuem banheiro interno; a escola não possui escada, o que possibilita um melhor acesso; tem
um lactário onde é preparada a alimentação das crianças do berçário como mamadeiras; a
cozinha é muito bem-organizada; do outro lado da creche se encontra o maternal I; possui 1°
período 1 e 2 que é o pré-escolar.
Dia a dia da creche: Como é o dia a dia da creche que visitou? Há uma rotina ou as
atividades são variadas? Sobre a rotina na creche, ela possui uma rotina estruturada onde na
parte da manhã é tralhado o pedagógico a partir do maternal e na parte da tarde é trabalhado a
questão lúdica, movimentação da criança. Cada sala possui uma rotina própria.

Ao visitar a creche Maria Olinda foi perceptível que é uma escola bem estruturada apesar de
haver alguns erros como algumas salas pequenas assim como a que foi presenciada. O ambiente
fora de sala é amplo possibilitando as crianças espaço para correr, pular e gastar suas energias
fora do horário do parque; possui também salas temáticas com ilustrações nas paredes, mesmo
que em algumas sejam poucas, permitindo que as crianças tenham um espaço mais chamativo
e alegre.
Após conhecer melhor a creche e analisar sua estrutura, o texto qual se irá comparar é o capítulo
6. “Educação infantil: espaços e experiência – Daniela Guimarães” do livro “Educação infantil:
cotidiano e políticas – Patrícia Corsino”. Segundo a autora, a criança é um ser que necessita de
observação para conhecer o que a mesma já sabe, conhece, vivencia, como enxerga a realidade.
Um ambiente montado para suas necessidades a importância que se está no espaço escolar bem
equipado, com brinquedos para que a criança explore e aprenda dentro desse espaço,
apresentado e desenvolvido para elas valorizando assim a investigação a integração, a
cooperação e incentivo a ação do aluno dentro da sala de aula com outros colegas. O estímulo
ao dividir e compartilhar experiência com o outro, desenvolvendo também habilidades básicas
do processo de aprendizagem, a importância das brincadeiras e da interação com o outro, sendo
assim a criança desenvolve ao interagir com o outro e com brincadeiras variadas para despertar
suas habilidades e coordenações motoras. A autora considera uma criança ativa e exploradora
para exemplificar que um ambiente que favoreça crianças com essa personalidade é um espaço
que apoie os seus movimentos, incentivem sua mobilidade e diversificação de suas
possibilidades.
Além disso, um espaço que possui uma rotina juntamente com momentos que proporciona
liberdade às crianças, permite que os pequenos abranjam sua mente e criatividade ao mesmo
tempo que aprendem a controlar sua ansiedade e entendem que tudo há um momento certo para
acontecer ensinando-os e preparando-os para um futuro organizado e libertador.
Dessa forma, a creche visitada se encaixa bem nessa parte do texto já que possui um espaço
amplo e observa as necessidades das crianças, disponibiliza um espaço flexível, relacional e
instigador e segue uma rotina bem formatada.

Adaptação e Acolhimento: Como é o processo de adaptação e acolhimento dos bebês e


crianças de 0 a 3 anos na creche em que atua? A princípio, nas primeiras semanas de aula,
as crianças têm um processo de adaptação que funciona da seguinte forma: a criança fica nos
primeiros dias no horário das 7:00h às 09:00h ou chega 09:00h e sai às 11:00h. Assim, no
primeiro momento o horário é diferenciado. Após a adaptação da criança aos poucos se introduz
um horário maior até que ela consiga permanecer o dia todo na creche.
Cuidados pessoais: Como ocorre os cuidados pessoais das crianças? A respeito dos
cuidados pessoais cada berçário possui uma professora e uma monitora para poder auxiliar a
cuidar das crianças e, junto com a professora e monitora tem também uma serviçal que ajuda
na hora da troca dos bebês, do banho, alimentação. Toda essa rotina é organizada, tem a hora
do banho para todas as turmas e cuidados pessoais em que tudo ocorre devidamente correto.

Tendo como base o livro “Educar e cuidar ou, simplesmente educar? Buscando a teoria para
compreender discursos e práticas, Lea – PUC-Rio”, é possível reconhecer que, de fato, em
ambientes que formam profissionais que atuam junto à criança menor são recorrentes as
polêmicas em volta de suas atribuições, principalmente quando diz respeito a professoras das
redes de ensino público que, em diversos casos, não assumem o ato de cuidar, por entendê-lo
como ligado apenas ao corporal e doméstico, como dar banho e comida. Assim, a distância
entre o educar e o cuidar inclui um conceito hierárquico: as professoras ficam responsáveis por
educar (mente) enquanto as auxiliares ficam encarregadas de cuidar do corpo.
Dessa feita, associando o texto com a resposta da professora à questão “Cuidados pessoais:
Como ocorre os cuidados pessoais das crianças?”, observamos que, conforme a resposta da
professora Ana Paula, o cotidiano da creche analisada se encaixa na realidade citada no
parágrafo anterior visto que tal possui um serviçal responsável apenas para cuidar da parte
corporal da criança enquanto a professora participa apenas das atividades que envolvem o
cognitivo das crianças.
Porém, ao se tratar do acolhimente das crianças, a organização da creche demonstra haver um
cuidado especial principalmente com os bebês já que lhes dá o direito de se adaptar ao local
que para ele é um ambiente completamente novo, ampliando o olhar para as necessidades da
mesma e tomando cuidado para que a criança não fique traumatizada em um lugar que não
deseja permanecer ou que ainda não se acostumou com o que aquele espaço oferece. Tais atos
torna a creche uma instituição saudável e de boa convivência.

Na questão de atividades desenvolvidas, e interação:


O espaço planejado para se constituir a interação e o desenvolvimento das atividades, deve ser
organizado de tal a maneira a estimular a criança em suas mais diversas formas de se relacionar
com o mundo, evocando sua criatividade, imaginação e a necessidad e de contato com o Outro,
aquele que é diferente. “Cabe ao educador atentar para o encontro das crianças com os objetos
e os espaços, compreendendo e mapeando as possibilidades que daí surgem” (Nunes, 2012).
Vem daí a necessidade, de mesmo a partir de escassos materiais, transformar o que se tem em
algo além, qualquer objeto que for planejado, mesmo que simples, pode ser um meio de evocar
algo nas crianças, atentando-se também para a questão da diversidade de possibilidade que
podem ser realizadas a partir do mesmo item. Em relação as perguntas direcionadas nesse
momento:

Brinquedos e objetos: Há brinquedos e objetos para que os bebês e crianças de 0 a 3 anos


manuseiem e brinquem? Se sim, quais são eles? Há brinquedos na creche sim. De 3 anos os
brinquedos vêm de doações, brinquedo de encaixe manipulado deveriam ter desde o início
quando a creche foi estruturada, porém o que ficou foi muito pouco. Na sala do maternal de 3
a 4 anos não há muitos brinquedos.
Brincadeiras: Quais brincadeiras são desenvolvidas para os bebês de 0 a 3 anos? A
professora não tinha um planejamento desenvolvido, nem o conhecimento dos métodos
aplicados em outras salas. Na turma em que é regente, o projeto não é direcionado, as atividades
acontecem a partir do requerimento e dos desejos das crianças, apesar de existir uma rotina
como base.

Ao avaliar as questões, é perceptível que muitas vezes esse momento de “experiência” que é
demasiado significativo no processo de aprendizagem nos anos iniciais, é muitas vezes
negligenciado, não por conta apenas de uma hostilidade, mas sim ignorância. O ambiente
observado, apesar de ser amplo e bem organizado estruturalmente, não contava com o auxílio
de muitas materiais, até mesmo essenciais. O espaço da sala de aula se uni ao ambiente em que
se alimentam e dormem, criando para o lugar um caráter mais assistencialista do que
exploratório. Porém, entende-se que é a partir daí que acontece a intervenção do professor, ele
vai ser o responsável por transformar essa realidade em cima do que é possível. E essa
transformação acontece no momento em que o professor se torna o mediador dessas
experiências, auxiliando o aluno na ampliação de seu universo. Desenvolvendo a interação com
os outros, a criatividade e imaginação, e a partir disso se manifestará a criação de uma
identidade própria e autonomia. Promovendo essa necessidade a partir do interesse e
curiosidade da criança dentro do próprio espaço. Esse interesse, como colocado pela autora,
pode ser estimulado por objetos simples até presentes em nosso dia a dia, mas que são diferentes
para as crianças e instigam sua imaginação, tentando entender para que servem, e seu
significado dentro do espaço. A brincadeira é uma atividade propícia ao processo de
significação.

Interações: Como ocorre a interação entre os bebês e crianças de até 3 anos entre os seus
pares e os adultos/educadores (as)? A relação das crianças do maternal com o professor,
educador ou os adultos que interagem com elas é a interação de troca. Uma rodinha, momentos
do cuidado em que o adulto tende a conduzir a criança para o banho e questões de higiene no
geral. Além disso, existem momentos na sala de aula em que a professora brinca com as
crianças, conversa respondendo, sempre de forma lúdica e interativa, principalmente as crianças
que estão na fase de curiosidade.
Relação família x creche: Como se dá a relação entre a família e a creche? Qual a
importância da participação da família nos processos educativos desenvolvidos dentro das
instituições de Educação Infantil? A relação entre a família e a escola acontece de forma
contínua, sendo que ambas contribuem para o processo de desenvolvimento da criança. A
relação entre família e creche acontece no dia a dia, através das trocas de informações pela
agenda e contato secretaria com a secretária.

Olhando pela perspectiva da concepção do desenvolvimento infantil, apesar das diversas


teorias, a sociointeracionista colocada pela autora Zilma como sendo “um empreendimento
conjunto e não individual” (Oliveira, 1993, 40), uma vez que se dá a partir da relação da criança
com o meio, sendo esta ativa e levando em consideração os aspectos psicológicos do indivíduo,
sendo um ser sócio histórico. Dessa forma, deve acontecer plenamente pela ligação estabelecida
com outros pessoas, e é portando nesse aspecto que se traz a importância do professor,
principalmente nos anos iniciais no qual o entendimento do mundo e da individualidade da
criança ainda está sendo formada. Essa interação deve ser proporcionada e regida pelo
educador, adaptando-se de acordo com o ambiente em que se encontra. Deve assim, ser
planejada e executada de forma a estimular a exploração do aluno, e promover um indivíduo
capaz de alterar a realidade em que vive a partir dos conhecimentos e mudanças propostas.
Assim, a relação entre a família e a creche se coloca mais importante, uma vez que o
aprendizado na escola deve complementar a ação da família, e não algo singular. É importante
que os pais ativamente participem desse processo de aprendizagem, já que compreendemos que
em todos os ambientes presentes no convívio daquele indivíduo serão levados em consideração
no período de formação. “A forma como a criança aprende e incorpora a cultura..., é pela relação
com parceiros mais experientes.” (Oliveira, 1993) e essa relação se dá com todas as pessoas ao
seu redor, e principalmente com aquelas que passam um período mais longo com ela, tanto a
família quanto o professor, uma vez que “Toda criação é influenciada pela história, o que nos
faz acreditar que não existe uma criação totalmente individual...” (Nunes,2012).
3 SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA SER DESENVOLVIDA COM CRIANÇAS ENTRE
0 A 3 ANOS
Tema Gerador: Cores e sabores.
Público alvo: Maternal (3 anos).
Objetivos:
● conhecer as diversas espécies de frutas;

● identificar as cores por meio das frutas;

● conscientizar os alunos sobre a higiene em relação às frutas;

● compreender a importância das frutas para o nosso organismo;

● incentivar à boa alimentação;

● desenvolver o raciocínio lógico, a percepção oral e auditiva das crianças.


Tempo de duração: Uma tarde.
Materiais necessários:
● frutas;

● pratos descartáveis;

● cartões de cartolina coloridos;

● recorte de frutas em papel.

Etapas:
1°) Rodinha interativa, onde será lido, o “Versinho das frutas”, para um maior entendimento do
tema que será abordado na aula; 20 min
Figura 3- Versinho das Frutas
Fonte: Blog – Pequenos Grandes Pensantes

2°) Momento de exposição das frutas citadas no “Versinho das frutas” e contato das crianças
com as texturas delas, cores e formas; 10 a 15 min
3°) Demonstração de cartões feitos de cartolinas coloridas com recortes de imagem das
respectivas frutas para a associação da imagem x cor; 10 a 15 min
4°) Realização de uma degustação das frutas apresentadas nas dinâmicas, proporcionando um
momento bem descontraído e repleto de sabores e sensações. 20 a 30min
5°) Após, solicitação da realização de um desenho da fruta preferida de cada aluno. 10 min
6°) Finalização: novamente em roda, avaliar os conhecimentos adquiridos durante a aula e o
momento preferido dos alunos. 10 min

Referências bibliográficas:
Versinho das Frutas - Semana da Boa Alimentação. Pequenosgrandespensantes, 25 de mar.
de 2018. Disponível em: <http://www.pequenosgrandespensantes.com.br/2018/03/versinho -
das-frutas-semana-da-boa.html?spref=pi>. Acesso em: 01 de jul. de 2022.

Projeto Adoro frutas para a educação infantil. Espaço Educar, c2022. Disponível em:
<https://www.espacoeducar.net/2009/09/projetos-para-educacao-infantil.html>. Acesso em:
01 de jul. de 2022.

Plano de aula alimentação saudável: frutas para educação Infantil de acordo com a BNCC.
Anifrux, 21 de out. de 2019. Disponível em: < https://anifrux.blogspot.com/2019/10/plano-de-
aula-alimentacao-saudavel.html >. Acesso em: 01 de jul. de 2022.
4 RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE A APLICAÇÃO DA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A visita para a prática da sequência didática foi realizada no dia 14 de julho de 2022, de acordo
com a disponibilidade e preferência da professora regente. A sequência foi desenvolvida a partir
do entendimento da necessidade de ampliar-se o conhecer o contextualizar, promovendo uma
oportunidade de contato com diferentes texturas, gostos, cores e formas proporcionados a partir
de uma relação com a alimentação.

É importante considerar, ao planejar uma sequência didática, as relações interativas entre professor/aluno,
aluno/aluno e as influências dos conteúdos nessas relações, o papel do professor e o papel do aluno, a
organização para os agrupamentos, a organização dos conteúdos, a organização do tempo e espaço, a
organização dos recursos didáticos e avaliação

Batista 2016, p. 5380-5385.

O desenvolvimento metodológico se deu da seguinte maneira:


Em primeira instância, a sala foi organizada em roda e disponibilizou se um tempo para a
apresentação das estagiárias: Hatally, Bruna, Maria Eduarda e Elise. Além disso, a turma
também teve seu período de apresentação, dizendo os nomes e suas referidas idades. Após esse
momento, iniciou-se a rodinha interativa, na qual o tema proposto para aula foi apresentado a
partir de perguntas sobre o tipo de frutas que são consumidas pelos alunos, suas preferidas, a
importância de se alimentar com frutas, etc.
Logo em seguida, aconteceu a exposição do poema “Versinho das frutas” por meio da leitura
do mesmo pelas estagiárias, e foi solicitado que as crianças identificassem as frutas que elas
conheciam. Durante esse momento, os alunos ficaram muito empolgados e iniciaram um debate
sobre as frutas que mais gostavam, identificando as mesmas no cartaz produzido.
Em seguida, iniciou se o momento para o toque e reconhecimento das formas e cores dos
alimentos. Esse foi realizado a partir de cartolinas coloridas representando as cores de cada
fruta, e as próprias frutas que foram passadas pelos alunos em roda a fim de que sentissem sua
textura, e forma. A partir desse momento, promulgou se uma discussão para avaliar o
conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto proposto. A cada fruta passada era perguntado
seu formato e cor, a maioria com facilidade respondia, entretanto alguns tiveram dificuldade no
momento de definir a forma.
Após, foi separado um período para a degustação das frutas, com a finalidade de estimular o
consumo, e promover uma experiência agradável. A partir da degustação, os alunos puderam
ter o contato com o alimento, experimentando diferentes texturas e gostos. Antes desse instante,
as frutas foram todas higienizadas, e as crianças tiveram um momento para se limpar e lavar as
mãos.
Para finalizar, deixou-se a turma a vontade para desenhar o seu momento preferido da aula, ou
a fruta que mais lhe chamou a atenção. Nesse momento, nenhum desenho foi delimitado, a
pintura foi feita em um papel A4 a fim de desenvolver as habilidades motoras, além da
criatividade e imaginação. E apesar dos alunos não terem ainda a coordenação motora
necessária para fazer as formas, eles ficaram muito animadas em tentar. Foi disponibilizado
figuras para que eles tentassem copiar, muitos da turma gostaram muito de fazer essa tentativa.
Logo após, novamente se organizou uma roda a fim de discutir com os alunos os conhecimentos
adquiridos a partir da aula, e o momento preferido para cada um. Assim, percebeu-se que as
crianças já conseguiam identificar melhor as formas e cores, e muitos auxiliavam aqueles que
ainda tinham dificuldade. Além disso, apresentaram um maior conhecimento sobres a variedade
existente de frutas, sua importância e sua originalidade.
Figura 4- Exposição das Frutas

Fonte: Elaborada pela Autora

Figura 5- Crianças Lavando as Mãos


Fonte: Elaborada pela Autora

Em suma, a partir da análise da sala e a aplicação da sequência notou se que: a turma possui
dificuldade em se expressar, e alguns não utilizam a comunicação para tal ação, tendo ainda
dificuldades de pronunciar ou falar de forma compreensível. Além disso, a sala possui recursos
escassos, e falta de diversos materiais como por exemplo lápis de cor e outros recursos para
realizar as pinturas, que foram feitas apenas com lápis preto e algumas canetinhas disponíveis
para identificar as frutas.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destarte, entende-se que, o entendimento da concepção de desenvolvimento e a organização de
um ambiente que fosse adequado e preparado para realizar esse processo se deu a partir de
extenso período, sendo ainda necessário uma constante evolução, com o intuito de aperfeiçoar
esses conceitos cada vez mais. Foi a partir desse entendimento que surgiu a necessidade de um
planejamento, a Sequência didática é definida por Zabala como “um conjunto de atividades
ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que
têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos.” (ZABALA,
1998, p.18). Assim sendo, pode ser compreendida como uma forma de intervenção pedagógica
organizada, considerando as necessidades e os objetivos que pretendem ser alcançados.

Sua importância encontra-se na necessidade da busca por uma educação de qualidade, e


integrativa de cunho inclusiva. Esta só pode melhor efetuada por meio da consideração do que
se deseja passar, e os motivos deste conhecimento ser importante, analisando criticamente “Para
que educar? Para que ensinar?” - Zabala(1998, p. 21)

Portanto, tendo em vista o exposto, e a partir da realização desse trabalho, compreende-se que
a realização das atividades da Prática de Formação Docente no ambiente escolar foi uma
ferramenta enriquecida de informações e novos conhecimentos, principalmente sobre a
realidade vivida ali pelos profissionais, alunos e familiares. (NUNES, 2009, p.41) quando
afirma que “o espaço pedagógico é privilegiadamente um local facilitador de interações e de
confrontos das crianças entre elas [...] também das crianças com os adultos, quando
experimentam a descoberta de ensinar e aprender e dos adultos entre si [...]” a autora coloca em
pauta a importância do diálogo entre ambas as partes para um bom funcionamento da instituição
e melhor desenvolvimento das crianças. Além de trabalhar a autonomia, a instituição e os
profissionais presentes nela são os responsáveis pelo processo de criação da identidade delas,
pois ao terem contato com outros indivíduos e convivendo com diferentes realidades, nasce ali,
um ser mais crítico, solidário etc. Mesmo tendo bagagens de conhecimento teórico, as
experiências adquiridas após o contato com a verdadeira rotina de funcionamento da creche,
trouxe uma visão esclarecedora sobre uma certa divergência entre teoria e a prática para a
formação como futuras docentes.

Assim, foi permitido um maior conhecimento sobre como se dá a organização de uma creche,
vista de forma mais concreta a realidade desse ambiente, percebendo a diferença existente entre
teoria e prática, e a maneira como ocorre esse processo. Além disso, para a execução do que foi
proposto, foi demandado um aprofundamento em relação ao o que deveria ser desenvolvido a
partir da sequência didática a fim de alcançar maior êxito, e maior compreensão quanto aos
métodos de lidar com as crianças e suas necessidades durante essa fase. Para nós, futuros
docentes, a atividades contribuíram de forma a ampliar a nossa visão a respeito da
responsabilidade que as professoras devem ter ao lidar com as crianças, o cuidado e a atenção
para além do educar de maneira cognitiva. Além disso, ao nos inserir em ambientes que
pretendemos ou não trabalhar é possível elaborar possíveis intervenções para que sejamos uma
boa influência do âmbito educacional e para que transformemos a vida das crianças. Em suma,
entende-se necessário que essa atividade seja realizada a fim de uma “... reflexão sobre a prática
docente através da observação do seu processo de desenvolvimento e interação entre todos os
envolvidos.” (Batista, 2016).

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de et al. Creche: criancas, faz de conta e cia. Rio de
Janeiro: Vozes. Acesso em: 03 ago. 2022, 1993
TIRIBA, Lea. Educar e cuidar ou, simplesmente, educar? Buscando a teoria para
compreender discursos e práticas. XXVIII Rbbeunião anual da Anped, 2005.
NUNES, Maria Fernanda Rezende; CORSINO, Patricia Corsino. A institucionalização da
infância: antigas questões e novos desafios. In: CORSINO, Patrícia (Org.). Educação Infantil
–cotidiano e políticas. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
BATISTA, Rozilene da Costa; OLIVEIRA, Júlia Emanuelly de; RODRIGUES, Sílvia de
Fátima Pilegi. Sequência Didática – ponderações teórico-metodológicas. In: XVIII ENDIPE
– Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasil.
Anais 2016, p. 5380-5385.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, LINGUAGENS E LETRAS
CURSO: Pedagogia
DISCIPLINA: Práticas Educativas de Educação Infantil I
Prof. Diego Gonzaga Duarte da Silva

ANEXO 2 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você também pode gostar